Estruturas que compõem o sistema respiratório
CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS NERVOSO
E CARDIORRESPIRATÓRIO
Profa. MSc. Ângela C. Ito
ANATOMIA
FISIOLOGIASistema Respiratório
Nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios,
bronquíolos, alvéolos, pulmões e pleura
Desenvolvimento embrionário
Sistema Respiratório
Sistema Respiratório
Nariz
• O nariz é dividido em duas partes: a externa e a interna.
Parte• externa: arcabouço de sustentação para o osso e a cartilagem
hialina, coberta com músculo e pele e revestida por uma túnica mucosa.
Parte• interna do nariz possui três funções: aquecimento, umidificação e
filtração do ar inalado, além de atuar na detecção dos estímulos
olfatórios (odor), como também na modificação das vibrações da fala, à
medida que elas passam pelas câmaras de ressonância, que vão
promover através da vibração a ampliação ou a modificação do som.
Nariz
Quando• o ar entra pelas
narinas, passa inicialmente
pela cavidade anterior, que
é revestida por pele e
contém pelos grossos, que
têm a finalidade de filtrar
as partículas de poeira.
Faringe
• Faringe: também chamada de garganta, é um tubo afunilado que mede 13 cm,
está situada imediatamente posterior à cavidade nasal e à oral, superiormente à
laringe e anteriormente às vértebras cervicais.
• Parede da faringe composta de músculos esqueléticos, revestida por uma túnica
mucosa.
• Função: proporciona a passagem para o ar e também para o alimento, tendo
uma câmara de ressonância para os sons da fala, e aloja as tonsilas, que
participam das reações imunológicas contra invasores.
• Dividida em três regiões anatômicas: parte nasal da faringe, parte oral da faringe
e parte laríngea da faringe.
Laringe
Corresponde• a uma
passagem curta, que
conecta a parte laríngea
da faringe com a
traqueia, situada na linha
mediana do pescoço,
anterior à 4ª até á 6ª
vértebra cervical (C4 –
C6).
Pregas vocais
As• duas pregas vocais (ou cordas vocais)
são um tecido musculoso, situadas no
interior da laringe. O expulsar do ar por
elas as fazem vibrar produzindo o som pelo
qual nos comunicamos. As pregas
são fibras elásticas que se distendem ou se
relaxam pela ação dos músculos da laringe
com isso modulando e modificando o som
e permitindo todos os sons que
produzimos enquanto falamos ou
cantamos.
Traqueia
• A traqueia mede
aproximadamente 12 cm de
comprimento e 2,5 cm de
diâmetro, está localizada
anteriormente ao esôfago e
estende-se da laringe até a
margem superior da 5ª
vértebra torácica, onde se
divide em brônquios
principais direito e
esquerdo.
Traqueia
Brônquios
• O brônquio principal direito e o esquerdo estão situados na altura da 5ª vértebra
torácica. O brônquio principal direito é mais curto, mais vertical, e mais largo
que o esquerdo, portanto é provável que um objeto quando aspirado entre e se
aloje no brônquio principal direito do que no esquerdo.
• Assim como na traqueia, os brônquios principais possuem anéis incompletos de
cartilagem e são revestidos por epitélio ciliado pseudoestratificado.
• Os brônquios principais direito e esquerdo, ao penetrarem nos pulmões,
dividem-se para formar brônquios menores: os brônquios lobares, sendo
chamados também de secundários; o pulmão direito possui três lobos enquanto
o pulmão esquerdo possui dois.
Brônquios
• Os brônquios lobares vão formar brônquios ainda menores, chamados
brônquios segmentares ou terciários, que dividem em bronquíolos, que
continuam ramificando-se em condutos ainda menores, chamados de
bronquíolos terminais.
• Esta ramificação da traqueia é chamada de árvore bronquial e é
semelhante a uma árvore, só que de cabeça para baixo. Conforme o
aumento da ramificação na árvore bronquial, existem diversas alterações.
Brônquios
Bronquíolos
Os• bronquíolos terminais subdividem-se
em ramos menores, são microscópicos,
chamados de bronquíolos respiratórios.
Conforme• os bronquíolos respiratórios vão
penetrando os pulmões, o revestimento
epitelial vai ser alterado de cúbico simples
para pavimentoso simples. Os bronquíolos
respiratórios vão se subdividir em diversos
ductos alveolares.
Bronquíolos
Alvéolos
• O alvéolo é revestido por um epitélio pavimentoso simples e sustentado por
uma membrana basal elástica fina, um saco alveolar é formado por dois ou
mais alvéolos, que compartilham uma abertura em comum. As paredes dos
alvéolos são formadas por dois tipos de células epiteliais alveolares.
• As células alveolares (pneumócitos) tipo I são células epiteliais escamosas
simples, que formam um revestimento quase contínuo da parede alveolar,
enquanto as alveolares tipo II, também chamadas de septais, são menos
numerosas e encontradas entre as células alveolares tipo I.
Alvéolos
• As células alveolares tipo I são os principais locais onde ocorrem as trocas
gasosas, enquanto as alveolares tipo II, são células epiteliais arredondadas ou
cúbicas, com superfícies livres contendo microvilosidades, que vão secretar o
líquido alveolar, mantendo a superfície úmida, entre as células e o ar, este
líquido é chamado de surfactante e contém uma mistura complexa de
fosfolipídios e lipoproteínas. O surfactante reduz a tensão de superfície do
líquido alveolar, reduzindo a tendência dos alvéolos de sofrerem colapso.
• Nas paredes alveolares existem macrófagos que vão remover as finas
partículas de poeira e outros fragmentos presentes nos espaços alveolares.
Alvéolos
Membrana respiratória
• A troca de O2 e CO2 ocorre entre os espaços aéreos, nos pulmões e no
sangue, através da difusão das paredes capilar e alveolar, que juntas
formam a membrana respiratória.
• A membrana respiratória, mesmo possuindo muitas camadas, é muito
fina: aproximadamente 0,5 µm de espessura, essa pequena espessura
garante uma rápida difusão dos gases.
Membrana respiratória
• A membrana respiratória se estende do espaço aéreo até o plasma sanguíneo
e consiste em quatro camadas, que são:
• Uma camada de células alveolares tipo I e II e os macrófagos associados, que
constituem a parede alveolar.
• Uma membrana basal epitelial subjacente à parede alveolar.
• Uma membrana basal capilar, muitas vezes fundida com a membrana basal
epitelial.
• As células endoteliais do capilar.
Pulmões
Os• pulmões possuem cerca de 300 milhões de alvéolos, propiciando uma área de superfície
em torno de 70 m2 para a troca gasosa.
Cada• lobo recebe seu próprio brônquio lobar (secundário). Assim, o brônquio principal
direito dá origem a três brônquios lobares (secundários), chamados de brônquios lobares
(secundários) superior, médio e inferior, enquanto o brônquio principal esquerdo dá origem
a dois brônquios lobares (secundários) superior e inferior.
No• interior do pulmão, os brônquios lobares vão dar origem aos brônquios segmentares
(terciários); em cada pulmão existem 10 brônquios segmentares (terciários). O segmento do
tecido pulmonar que cada brônquio segmentar vai suprir é chamado de segmento
broncopulmonar.
Pulmões
Os• pulmões estão localizados desde
o diafragma até um pouco acima
das clavículas, situando-se na altura
das costelas anterior e
posteriormente. A parte inferior do
pulmão é chamada de base, sendo
côncava e ajustando-se sobre a área
convexa do diafragma, enquanto a
parte superior do pulmão é
chamada de ápice.
Pulmões
• O pulmão esquerdo tem umaconcavidade chamada deimpressão cardíaca, local em queestá situado o coração, emconsequência do espaço que éocupado pelo coração, o pulmãoesquerdo é aproximadamente10% menor que o direito.
• O pulmão direito é mais espessoe mais largo, sendo também umpouco mais curto do que oesquerdo, porque o diafragma émais alto no lado direito paraacomodar o fígado, que estásituado abaixo dele.
Os• pulmões praticamentepreenchem quase todo o tórax,as faces anterior, lateral eposterior do pulmão estãosituadas contra as costelas,enquanto a base do pulmãoestende-se da 6ª cartilagemcostal, anteriormente, até oprocesso espinhoso da 10ªvértebra torácica,posteriormente.
Pleura• Existem duas lâminas de túnica
serosa, chamadas de pleura, que
envolvem e protegem cada pulmão. A
lâmina superficial que reveste a
parede da cavidade torácica é
chamada de pleura parietal; e a
lâmina mais profunda, é chamada de
pleura visceral, ficando presa ao
próprio pulmão.
Pleura
• Entre as duas pleuras (visceral e
parietal), existe um pequeno espaço
chamado de cavidade pleural, contendo
uma pequena quantidade de líquido
lubrificante que é secretado pelas duas
lâminas com a finalidade de reduzir o
atrito entre as pleuras, permitindo que
elas deslizem facilmente uma sobre a
outra durante a respiração.
Pleura
• A pleurite, é a inflamação das pleuras,
no início desse processo, pode
provocar dor, decorrente do atrito
entre as lâminas parietal e visceral da
pleura. Quando a inflamação persiste,
observa-se um excesso de líquido que
fica acumulado no espaço pleural,
condição conhecida como derrame
pleural.
Pneumotórax e hemotórax
Pneumotórax• : presença de ar nas cavidades pleurais.
Hemotórax• : ocorre quando as cavidades pleurais ficam cheias
de sangue ou de pus.
• A presença de ar nas cavidades pleurais pode ocorrer em
função principalmente de uma abertura cirúrgica do tórax ou
como resultado de uma ferida por arma perfurante ou de
fogo, provocando o colapso dos pulmões. Este colapso ocorre
geralmente em uma parte do pulmão e mais raramente em
todo o pulmão, sendo chamado de atelectasia. O objetivo é
retirar o ar ou o sangue do espaço pleural, fazendo com que o
pulmão insufle novamente.
Pneumotórax e hemotórax
• Quando o pneumotórax é pequeno, existe a possibilidade de ser resolvido sem ajuda
externa, mas na maioria dos casos é necessária a inserção de um tubo no tórax com a
finalidade de auxiliar na evacuação.
Desenvolvimento Embrionário do Sistema Respiratório
• O sistema respiratório é derivado do intestino primitivo; seu primeiro esboço é o
sulco laringotraqueal que se forma na endoderme da face ventral da faringe. Este
sulco se aprofunda, formando o divertículo laringotraqueal, que cresce em
sentido ventral e caudal, distanciando-se gradualmente do intestino anterior. A
medida que se desenvolve, o septo traqueoesofágico por um processo de
pinçamento lateral que avança de baixo para cima, o esôfago se separa do tubo
laringotraqueal. A partir deste último, irão se desenvolver a laringe, a traqueia,
os brônquios e os pulmões. A endoderme invaginada formará o epitélio de
revestimento e glandular. O tecido conectivo, a cartilagem, os vasos e o músculo
liso se desenvolverão a partir do mesênquima esplâncnico que envolve a porção
ventral do intestino anterior.
Desenvolvimento Embrionário do Sistema Respiratório
Bibliografia recomendada
JUNQUEIRA,• L. C.; CARNEIRO, José. Histologia básica. 12 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2013.
• SOBOTTA, James. Atlas de Anatomia Humana. 22 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2006, v2.
• TORTORA, G.J. Princípios de anatomia humana. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2013.
• DANGELO, J.G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 3 ed. São
Paulo: Atheneu, 2008.
• CONSTANZO, L. S. Fisiologia. 5 ed. São Paulo: Elsevier, 2014.
MOORE, Keith L. • Embriologia básica. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
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