ESCOLA SUPERIOR DE DESENVOLVIMENTO RURAL
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL
Estudo da erosão costeira no Município de Vilankulo
Licenciatura em Engenharia Rural
Autor:
Simão José Cardoso
Vilankulo, Novembro de 2015
Simão José Cardoso
Estudo da erosão costeira no Município de Vilankulo
Supervisor:
dr. Edgar José do Rosário Inácio Faria, MSc
UEM – ESUDER
Vilankulo
2015
Trabalho de Culminação de Curso
Apresentado ao Departamento de
Engenharia Rural da Universidade
Eduardo Mondlane – Escola Superior
de Desenvolvimento Rural para a
obtenção do grau de Licenciatura em
Engenharia Rural
DECLARAÇÃO DE HONRA
Declaro que o presente trabalho é integralmente da minha autoria e foi elaborado com base
nos recursos a que se faz referência ao longo do texto. Sendo esta a primeira vez que
submeto-o para obtenção de um grau académico numa instituição de ensino superior.
Vilankulo, __ de Outubro de 2015.
_________________________________
(Simão José Cardoso)
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Chicote José Cardoso e Domingas Lourenço, para quem não existem palavras
suficientes que possam qualificar aquilo que eles foram e continuam sendo para mim, apenas
dizer a
eles,
Muito obrigado
i
AGRADECIMENTOS
A Deus todo-poderoso e Misericordioso por sua presença em minha vida em todos os
momentos, sustendo-me e protegendo-me;
A toda minha família, verdadeiros alicerces e grandes colaboradores da minha vida
estudantil, em especial meus pais, irmãos e primos, pelo investimento em meus estudos; meu
eterno muito obrigado;
Ao meu Supervisor dr. Edgar José do Rosário Inácio Faria, MSc pela preciosa
orientação e dedicação, Paciência, compreensão e, sobretudo, pelos conhecimentos
transmitidos ao longo da elaboração deste trabalho;
A minha namorada Inácia Tomas Temane, pela motivação, carinho e compreensão dos
momentos em que estive ausente pela realização deste trabalho;
Ao Departamento de Engenharia Rural e a todos docentes da Escola Superior de
Desenvolvimento Rural, que tiveram uma participação activa na realização deste sonho;
Aos meus colegas da Faculdade e amigos nomeadamente: Ilídio Zuanze, Fidel Luís
Rodrigues Tambo, Idalêncio Chichava, Oldemiro Utui, Josefo Noa, Gineve, Davide Jaime
Mucambe, Bernardo matavele, Manuel Ismael, Arlindo Júnior, Lucidio Fazenda, Meco
Vilanculos, Olece José Olece, Jeremias Sinalo, Altino Chapo, Arune Jamu, Fernando
Zandamela, Nhamposse e Danilo Mavanhane por todas as convivências, experiências e
momentos que partilhámos, que jamais serão esquecidos;
A todos cujo os nomes não foram mencionados e que de alguma forma direita ou
endireita contribuíram para o desenvolvimento e conclusão deste trabalho, que não se sintam
esquecidos porque vivem no meu coração.
.
O Meu muito Obrigado de Coração.
ii
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SIMBOLOS
SIGLAS
INE - Instituto Nacional de Estatística;
MICOA – Ministério para a Coordenação Da Acção Ambiental;
SDPIV – Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas de Vilankulo;
SIMBOLOS
h – Altura;
Km – Quilómetros;
iii
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Lista de Figuras
Figura nº 2.1: Erosão por gota ou “Splash”…………………...………………………………7
Figura nº 2.2: Erosão laminar ………………………………………………………………...7
Figura nº 2.3: Erosão por sulcos ………………………………….…………………………..8
Figura nº 2.4: Erosão por ravinas………..…………………………………………………....9
Figura nº 2.5: Erosão fluvial ………………………………………………………………...10
Figura nº 2.6: Erosão costeira ou marinha …………………………………………...……...11
Figura nº 2.7: Praia ………………………………………………………………...………..12
Figura nº 2.8: Imagem satélite da área de estudo ……………………………………..……16
Figura nº 2.9: Medição da erosão……………………………………...………...………….17
Figura nº 3.1: Mapa do Distrito de Vilankulo…………………………………………..…...18
Figura nº 4.1: Acção de escavamento vertical ………………………………………….…...21
Figura nº 4.2: Acção das ondas nas rochas………………………………………………….22
Figura nº 4.3: Tipo de erosão …………………………………………………………….....24
Lista de Tabelas
Tabela nº 3.1: Classificação da erosão pelos factores activos ………...…...……………..…..6
iv
LISTA DE APÊNDICES E ANEXOS
Apêndice
Apêndice A: A erosão actual no município de Vilankulo …………………………………….I
Apêndice B: Níveis de erosão no município de Vilankulo ……...…....................................... II
Apêndices C: Altura relativa a erosão no bairro Dense e Central……..…...………………....II
v
GLOSSÁRIO
Dunas – são formações maioritariamente de origem arenosa misturada com outras partículas
de origem sedimentar que varia desde conchas, calcário e material orgânico. Cuja sua
composição varia com idade, humidade e potencial orgânico, forma-se a travez de transporte
de partículas por acção das ondas e do vento (CLÁUDIO 1997).
Falésias – são elementos comuns do ambiente costeiro formado pela acção erosiva das ondas
sobre as rochas (SUGUIO, 1992).
Friável – é substância que desagrega, desmonta, fractura, desmancha, dissolve ou destruí se
naturalmente (APA, 2014).
Onda - é a perturbação da superfície de água do mar, rio e lagos causada por ventos, sismos,
deslizamento e vulcões (CARTER 1988).
Ondas de arrebentação – são as ondas que se formam após elas quebrarem-se na zona de
arrebentação (AUTOR, 2015).
Pós - praia – é a região que localiza-se fora do alcance das ondas e mares normais, somente é
alcançada pela água quando da ocorrência de marés muito altas ou tempestades (CASTRO,
J.W. et al., 1992).
Ravina – é um processo erosivo provocado essencialmente pelo escoamento de água,
causando grandes depressões no solo (CARLOS, 2008)
Zona de arrebentação - é aquela porção do perfil praial caracterizada pela ocorrência de
quebramento de ondas (GOMES, 2003).
vi
RESUMO
O presente trabalho teve como objectivo analisar a erosão costeira no Município do
distrito de Vilankulo no bairro Desse e Central. O levantamento de dado foi realizado em
cinco (5) pontos de ocorrência de erosão em cada bairro, nos meses de Julho e Agosto de
2015. Foi aplicada técnica volumétrica de pino para medir a remoção do solo e o sistema de
informação geográfica para classificar e mapear as áreas vulnerável. O bairro Desse, Central e
a rua marginal, são as áreas mais vulneráveis que estão actualmente marcadas por erosão do
tipo voçoroca, devido a intensificação do fenómeno natural e antropogénicos, que é
influenciado pela acção das ondas na zona de arrebentação, bem como pela destruição de
estruturas naturais para a construção de centros turísticos e residências privadas, condução na
praia, remoção de vegetação nas dunas, insuficiência de espécies de plantas resistente a
erosão, aberturas de caminhos para o mar e o crescimento demográfico especialmente
próximo á zona costeira, também o aquecimento global que proporciona a elevação média do
nível do mar devido a destruição de gelo na zona polar.
Palavra-chave: Erosão, vulnerabilidade e níveis
ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
1.1. Problemática ....................................................................................................................... 2
1.2. Justificativa ......................................................................................................................... 2
1.3. Objectivos ........................................................................................................................... 3
1.3.1. Geral: ............................................................................................................................... 3
1.3.2. Específicos: ...................................................................................................................... 3
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................. 4
2.1. Conceito .............................................................................................................................. 4
2.1.2. Erosão .............................................................................................................................. 4
2.1.2.1. Quanto a divisão ........................................................................................................... 4
2.1.2.2. Quanto o desgaste do solo ............................................................................................ 5
2.1.2.3. Quanto os factores activos ............................................................................................ 5
2.1.3. Erosão pluvial .................................................................................................................. 6
2.1.4. Erosão fluvial ................................................................................................................. 10
2.1.5. Erosão costeira ou maritima .......................................................................................... 10
2.2. Praia .................................................................................................................................. 11
2.2.1. Característica geomorfológica da praia. ........................................................................ 13
2.3. A zona costeira ................................................................................................................. 14
2.3.1. Característica da zona costeira ...................................................................................... 14
2.3.1.1. Clima…………………………………………………………………………………14
2.3.1.2. Hidrografia..………………………………………….………………………………14
2.3.1.3. Relevo…….………………………………………………………………………….15
2.3.1.4. Solo…………………………………………………………………………………..15
2.4. Escolha da área de estudo…….………………………………………………………….15
2.5. Estudo relacionado com o tema ........................................................................................ 16
III. MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................................. 18
3.1. Descrição da área de estudo.............................................................................................. 18
3.2.1. Levantamento de dados ................................................................................................. 18
3.3. Materiais usados na pesquisa. ........................................................................................... 19
3.4. Método usado na interpretação dos dados ........................................................................ 19
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 20
4.1. Factores que influenciam a ocorrência da erosão costeira no Município de Vilankulo ... 20
4.1.1. Os factores marítimos .................................................................................................... 20
4.1.1.1. Acção da onda ............................................................................................................ 20
4.1.1.2. Correntes ..................................................................................................................... 22
4.1.2. Factores atmosféricos .................................................................................................... 23
4.1.2.1. A pluviosidade ............................................................................................................ 23
4.1.2.2. Os ventos .................................................................................................................... 23
4.1.3. Factores antropogénicos ................................................................................................ 23
4.2. Consequências da erosão costeira no Município de Vilankulo. ....................................... 23
4.3. Tipos de erosão e os seus factores erosivos ...................................................................... 24
V. CONCLUSÃO E RECOMENDÇÃO ................................................................................ 26
5.1. Conclusão ......................................................................................................................... 26
5.2. Recomendações ................................................................................................................ 26
5.2.1 Aos investigadores e os próximos estudos: .................................................................... 26
5.2.2. Ao município de Vilankulo ........................................................................................... 26
5.2.3. A instância turisca ......................................................................................................... 27
5.2.4. Aos habitantes da zona costeira ..................................................................................... 27
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 28
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 1
I. INTRODUÇÃO
Actualmente vive-se em várias partes do mundo um período marcado por uma
preocupação ambiental jamais vista anteriormente. Esta inquietação tem como causa o maior
ritmo acelerado do crescimento demográfico que proporciona mudanças rápidas e constantes
no espaço geográfico (GUERRA & CUNHA, 2007).
Em Moçambique grande parte do território enfrenta problemas sérios de erosão em
particular a zona costeira. As razões para a ocorrência de erosão de solos são diversas
destacando-se a disposição do relevo (em forma de escadaria), actividade humana (maiores
aglomerados populacionais que se localizam ao longo na zona costeira), localização
geográfica do país, queimadas descontroladas, prática de agricultura e uso de terra para outros
fins em locais susceptíveis à erosão (MICOA, 2007).
Enquanto o distrito de Vilankulo, tem sofrido a erosão costeira como um dos maiores
problemas ambientais (SDPIV; 2015). Onde, a actual intransitabilidade da avenida da
marginal mostra que, não sendo tomadas quaisquer medidas para estancar a erosão, torna-se
aos munícipes e ao governo local cada vez mais sombrias as possibilidades de reposição da
via, essencialmente devido ao agravamento cada vez maior dos custos de intervenção.
Salientar que, os problemas ambientais existentes na área costeira do município de
Vilankulo, levam a realização deste trabalho que tem como objectivo de analisar a erosão que
afecta a zona costeira do município de Vilankulo. Visto que, a paisagem das áreas costeiras,
tem sofrido modificações bastante significativas em relação a degradação ambiental
provocada principalmente pela acção Antropogênica ou seja provocada pelo homem. Também
de modo a contribuir na identificação da argumentação dos factores concorrentes ao
desencadeamento do fenómeno e compreensão dos principais impactos registados no
município de Vilankulo, interpretação e compreensão da situação actual e futura do ambiente
e propõem-se medidas mitigadoras da erosão, podendo contribuir desta maneira para melhorar
estratégias de intervenção na zona costeira.
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 2
1.1. Problemática
A erosão na zona costeira do Município de Vilankulo tem sido acarretada pelas chuvas
fortes, aumento do nível do mar, crescimento demográfico, destruição de estruturas naturais
para a construção de centros turísticos e residências privadas, condução na praia, insuficiência
de espécies de plantas resistente a erosão, remoção de vegetação nas dunas, aberturas de
caminhos para o mar, a força das ondas do mar bem como a força dos ventos e tempestades
que tem atingido este distrito. O impacto de todos factores acima descritos causa a degradação
estrutural do solo, pois esta remove o material fino do horizonte superficial do solo deixando-
o propenso a ocorrência da erosão.
Em que essa erosão produz vários problemas económicos, sociais e ambientais, pois a área
afectada por este problema diminuiu a prática da actividade turística, e outras actividades
económicas importantes o que causas vários transtornos para economia do Município de
Vilankulo.
O presente estudo pretende responder a seguinte questão:
“Quais são os factores que contribuem para a ocorrência da erosão na zona costeira do
Município de Vilankulo?”
1.2. Justificativa
Entende-se que haja a necessidade de se estudar a erosão costeira a nível do município de
Vilankulo pelo facto do mesmo poder servir de guia para a identificação dos principais
factores erosivos, contribuindo significativamente na melhoria de medidas mitigadoras,
fazendo com que haja prevenção da erosão a nível do município, reduzindo deste modo o
efeito do problema erosivo, sócios económicos e ameaça a própria sustentabilidade do meio
ambiente.
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 3
1.3. Objectivos
1.3.1. Geral:
Estudar a erosão costeira no Município do distrito de Vilankulo.
1.3.2. Específicos:
Identificar os principais factores que influenciam para ocorrência da erosão costeira;
Descrever os processos erosivos na zona costeira do município de Vilankulo;
Identificar os tipos de erosão.
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 4
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Conceito
2.1.2. Erosão
Vários autores definem a erosão de diversas formas, mas dentre eles há que destacar os
conceitos de BARROS, C. & PAULINO, W. (2009) & GUERRA (2007), que se
assemelham entre si.
Segundo BARROS, C. & PAULINO, W. (2009), a erosão é processo natural de
desagregação, decomposição, transporte e deposição de materiais de rochas e solo. Mas,
GUERRA (2007), define como um conjunto de processos, tais como desgaste, transporte e
acumulação, que transformam e modelam a superfície da terra e resultante da acção dos
agentes naturais, nomeadamente as chuvas, o vento, os rios, os glaciares e mar.
De acordo com a MICOA (2007), a erosão pode ser classificada quanto a divisão, o
desgaste do solo e factores activos:
2.1.2.1. Quanto a divisão
A erosão natural ou geológica:
É aquela que envolve um processo lento e gradativo, propriamente constitutivo das
diversas formas de relevos existentes, como a formação de vales por onde passam os rios
(RICARDO, 2001).
A erosão acelerada:
É aquela que envolve geralmente as actividades humanas e que costuma resultar na
rápida destruição ou danificação dos solos ou realizada na superfície terrestre pela
intervenção humana e seres vivos, em geral, ocasionando um desequilíbrio ambiental. É o
aceleramento da erosão nas camadas superficiais do solo, motivados por desmatamento,
cortes de buracos em estradas etc (RICARDO, 2001).
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 5
2.1.2.2. Quanto o desgaste do solo
A erosão superficial
Surge do escoamento da água que não se infiltra. Ela está associada ao transporte, seja
das partículas ou agregados desprendidos do maciço pelo impacto das gotas de chuva, seja
das partículas ou agregados arrancados pela força atractiva desenvolvida entre a água e o
solo (RICARDO, 2001).
O poder erosivo da água em movimento e sua capacidade de transporte dependem da
densidade e da velocidade de escoamento, bem como da espessura da lâmina da água e,
principalmente, da inclinação da vertente do relevo. A formação de filetes no fluxo
superficial amplia o potencial de desprendimento e arraste das partículas de solo, dando,
quase sempre, origem aos sulcos que evoluem para ravinas podendo chegar à condição de
voçoroca (RICARDO, 2001).
Os escoamentos superficiais, originados por uma chuva intensa sobre uma bacia, é uma
parte do ciclo hidrológico local, sendo produzidos quando os componentes de recarga da
bacia são satisfeitos. Esses componentes são a interceptação e escoamento ao longo da
vegetação, o armazenamento no perfil do solo, a percolação profunda que atinge o aquífero
e o armazenamento em depressões da superfície (RICARDO, 2001).
A erosão em profundidade ou subterrânea
São aquelas que, acontece por fluxos tubulares na existência de um gradiente
hidráulico (diferença de nível), favorecida por perfurações abertas pelo sistema radicular
de plantas, animais escavadores, movimento de dissecação do manto rochoso pelo
intemperismo, deslizamentos nos depósitos colúvio-aluvionares de encostas ou nas
estruturas reliquiares das rochas originais, impressas na massa de solo residual, A coesão e
granulometria dos solos são determinantes para a evolução da erosão (RICARDO, 2001).
2.1.2.3. Quanto os factores activos
De acordo com CAMAPUM DE CARVALHO (2006) propõem uma terminologia para
a classificação dos principais tipos de erosão, enfatizando o carácter combinado entre os
agentes erosivos e a acção da gravidade, mostrados na Tabela nº 2.1.
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 6
Tabela nº 2.1: Classificação da erosão pelos factores activos
Factores Tipos
1.água Erosão Hídrica
1.1 Chuva Erosão Pluvial
1.2 Fluxo Superficial Erosão Laminar
1.3 Fluxo Concentrado Erosão linear (sulco, ravina, voçoroca)
1.4. Rio Erosão Fluvial
1.5. Lago, Reservatório Erosão Lacustrina ou límica
1.6. Mar Erosão marinha
2. Geleira Erosão glacial
3. Neve Erosão Nival
4. Vento Erosão Eólica
5. Terra, detritos Erosão soligênica
6. Organismos Erosão organogênica
6.1. Plantas Erosão fotogénica
6.2. Animais Erosão Zoogênica
6.3. Homem Erosão Antropogênica
Fonte: Camapum de Carvalho, 2006.
2.1.3. Erosão pluvial
É erosão causada pela chuva. Quando o terreno está descoberto, ou sem vegetação, este
fica desprovido e quando chove as enxurradas carregam a camada superficial do solo, que
contém as substâncias necessárias para as plantas e a mesma subdivide-se em Splash,
laminar, sulcos e ravina.
Erosão por gota ou “Splash”
Quando as gotas de chuva ao atingirem o solo nu separam as partículas do solo e estas
vão ocupar o espaço entre os agregados de solo formando assim uma crosta na sua
superfície que dificulta a infiltração da água (WATE, 2012), como mostra a figura nº 2.1.
Salientar que a energia das gotas faz com que os elementos estruturais do solo se
desagregar e as partículas arrancadas e espalhadas em todas direcções, essencialmente pelo
declive abaixo, entupindo assim os poros do solo e reduzindo a capacidade de infiltração.
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 7
Figura nº 2.1: Erosão por gota
Fonte: RODOLFO & ALVES, 2015
Erosão laminar
É devido a formação da crosta, a água não consegue infiltrar, começa a escorrer das
áreas mais altas para as mais baixas em zonas declivosas. Neste processo devido a
turbulência, a água vai desprendendo e carregando consigo as partículas de solo. Nesse
percurso a água segue um caminho preferencial podendo formar sulcos que por sua vez
podem originar as ravinas (WATE, 2012), como mostra a figura nº 2.2.
Figura nº 2.2: Erosão laminar
Fonte: SÃO LUÍS, 2008
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 8
Sulcos erosivos
São fissuras no solo que se assemelham a ravinas mas com cerca de 30 cm de
profundidade, o sulco pode-se transformar em ravina se não forem tomadas medidas para
Controlo (WATE, 2012), como mostra a figura nº 2.3.
Figura nº 2.3: erosão por sulcos
Fonte: RODOLFO & ALVES, 2015
Ravinas
São fissuras profundas (podem atingir muitos metros de profundidade e largura) que
ocorrem no solo e que são causadas por enormes quantidades de água que são
transportadas em pouco tempo. Geralmente este tipo de erosão é devido ao pasto de gado e
aos caminhos que as pessoas vão abrindo ao passar em áreas declivosas (WATE, 2012),
como mostra a figura nº 2.4.
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 9
Figura nº 2.4: erosão por ravinas
Fonte: ALEXEI, 2011
Segundo MORGAN, (1986), as ravinas estão quase sempre associadas com a erosão
acelerada, e, por conseguinte com a instabilidade do meio ambiente. O mesmo autor refere
que a principal causa de formação de ravinas é o excesso de água na condição como se
escoa.
Durante o escoamento, o grau de erosão depende primeiramente do volume e
velocidade da água, da espessura da lâmina da água, da declividade, comprimento e
presença da vegetação (MAGALHÃES, 1995 citado por JAGUARIUNA, S.P. 2011).
As ravinas desenvolvem-se por processos do grau de erosão que podem ocorrer
simultaneamente ou durante períodos diferentes de crescimento. Estes processos podem
compreender em 4 estágios:
Erosão em canais através de limpeza descendentes da camada superficial do solo;
Movimento superficial da crista da ravina e alargamento da ravina em largura e
profundidade;
Início da estabilização com crescimento da vegetação nos canais;
Estabilização das ravinas com o desenvolvimento de nova camada superficial do
solo (SCHWAB et al, 2004).
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 10
Ravinas e voçoroca são processos erosivos distintos. Mas, GUERRA, (1998), explica
que a diferença entre esses processos refere-se ao carácter dimensional. “As ravinas são
incisões de até 50 centímetros de largura e profundidade. Acima desses valores, as incisões
erosivas seriam denominadas de voçoroca”.
2.1.4. Erosão fluvial
Este tipo é causado pela água dos rios, transformando o seu curso em vales mais
profundos do que o seu entorno. Alem disso, quando não há uma vegetação nas margens
dos cursos de água, elas são erodidas pela força das águas, intensificando processos de
assoreamento e alargamento do leio das bacias de drenagem (RODOLFO & ALVES,
1998) como mostra a figura nº 2.5.
Figura nº 2.5: Erosão fluvial
Fonte: RODOLFO & ALVES, 2015
2.1.5. Erosão costeira ou marinha
Viu-se anteriormente que existem diversos tipos de erosão, porém, deve se dar enfoque
à erosão marinha, por ser o desastre natural que está causando sérios prejuízos à praia de
Município de Vilankulo.
Segundo o SCHWAB et al (2004), a erosão marinha ou costeira é um longo processo
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 11
de atrito da água do mar com as rochas que acabam cedendo transformando-se em grãos,
esse trabalho constante actua sobre o litoral transformando os relevos em planície e deve-
se praticamente à acção de um factor presente na termodinâmica: da direcção dos ventos,
responsáveis pelo surgimento das ondas, correntes e marés. Enquanto, CAMPOS (2003),
define a erosão costeira como um fenómeno de proporções globais que vem se agravando
com o aumento do nível dos mares provocado pelo aquecimento do planeta. Localmente,
diversos factores podem acelerar e multiplicar os efeitos destes impactos, especialmente
quando interferem no fluxo de sedimentos e no equilíbrio dinâmico da linha de costa e seus
processos. Como mostra a figura nº 2.6.
Figura nº 2.6:Erosão costeira ou marinha
Fonte: SÃO LUÍS, 2008
Dizer que a erosão na zona Costeira é causada pela água do mar que se batem sobre as
rochas e as praias através das suas ondas.
2.2. Praia
De acordo com ANA, (2008), a praia é um sistema litoral de acumulação de
sedimentos da areia ao bloco, depositados pelo mar e que se mantêm soltos. Enquanto
GUERRA (2007), define a praia como depósitos de sedimentos acumulados por acção de
ondas que se ajustam às condições de maré, como mostra afigura nº 2.7.
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 12
Figuras nº 2.7: praia de Vilankulo
Fonte: Autor, 2015
Segundo LOPES. M, (1972/73), citados por CLÁUDIO, (1997), as praias constituem
uma faixa arenosa ou saibrosa, de fraco pendor, limitada inferiormente pela linha da maré
mais baixa e superiormente pela linha atingida pelas ondas durante as tempestades. Mas
BROWN & MCLACHLAN, (1990), diz que, as praias constituem sistemas dinâmicos,
onde elementos básicos como ventos, água e areia interagem, resultando em processos
hidrodinâmicos e de posicionais complexos.
Salientar que, a Praia do município de Vilankulo, é uma faixa de terra pertencente ao
litoral da zona de Marginal e, por conseguinte à Zona Costeira e Marinha do município. A
faixa da praia representa um sistema ambiental dos mais dinâmicos do planeta. Encontra-se
localizada no limite entre a terra e o mar, de amplitudes variáveis, recebendo,
transformando e gerando processos energéticos na linha da confluência das conexões entre
o continente, o mar e a atmosfera.
Segundo CAMPOS, (2003), a morfologia das praias vária porque as areias
permanecem em contínuo movimento devido às ondas que quebram na linha de costa.
Durante as variações diárias das marés, e principalmente nos ventos de ressacas, as ondas
transportam grandes quantidades de sedimentos. Parte desse material é deslocado para
outros pontos em praias mais adiante (quando as ondas atingem a linha de costa formando
ângulos oblíquos), e o restante, transportado fora do mar.
Salientar quanto geomorfológica da praia de município de Vilankulo, a linha de costa
se caracteriza por instabilidade decorrente de alterações por efeitos naturais e antrópicos,
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 13
que se traduzem em modificações na disponibilidade de sedimentos, no clima de ondas e
na altura do nível relativo do mar. O litoral e a praia respondem com mudança de forma e
de posição que podem ter consequências económicas indesejáveis quando resultam em
destruição de património ou em custos elevados, na tentativa de interromper ou retardar o
processo de reajuste morfológico (GUERRA & CUNHA, 2007).
2.2.1. Característica geomorfológica da praia.
Segundo MACEIO, (2005), a característica geomorfológica da praia divide-se em:
Praias arenosas
São ecossistemas dinâmicos que consistem de depósitos de sedimentos, continuamente
retrabalhados, e se estendem desde a base de sua actividade até o limite da zona de varrido
das ondas (SHORT & WRIGHT, 1983, citado por DIAS & ROCHA-BARREIRA, 2011).
Também, são constituídas por areias, claras ou escuras (MACEIO, 2005).
Segundo LIMA, (2003), as praias arenosas subdivide-se em praia longas e rasas que
crescem onde o aporte de areia é abundante, frequentemente onde os sedimentos friáveis
formam a costa. Nos locais onde a pós-praia é baixo e os ventos sopram em direcção ao
continente, largos cinturões de dunas bordejam a praia. Se a linha de costa for
tectonicamente elevada e as rochas forem resistentes, formam-se falésias alinhadas na
costa, e quaisquer pequenas praias que se formarem serão compostas por material erodido
das falésias. Nos locais onde a costa é baixa, a areia é abundante e as correntes de maré são
fortes, sendo construídas extensas planícies de maré que serão expostas durante as marés
baixa.
Salientar que nas praias arenosas do município do Vilankulo a erosão constitui um
grave problema para as populações costeiras. Em que os danos causados podem ir desde a
destruição das habitações e infra-estruturas humanas até os graves problemas ambientais.
Praias rochosas
São formadas por seixos de diferentes tamanhos, podendo conter ainda pedaços de
conchas e de esqueletos de corais e outros invertebrados, além de restos de algas calcárias
(MACEIO, 2005).
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 14
2.3. A zona costeira
Segundo MARCUS et al.; (1997), a zona costeira, é aquela que compreende uma faixa
de terra seca e o espaço oceânico adjacente, na qual a parte terrestre e seus usos afectam
directamente a ecologia do espaço oceânico e vice-versa. Mas, LAIR. (2014), define a
zona costeira como a simplicidade paisagística e na sua dinâmica habitual, exigem
considerações similares ou até mais complexas do que os espaços interiores, já que elas
envolvem sérias questões relacionadas com a interacção do ar, nível do mar e da terra,
incluindo os seus recursos ambientais e abrangendo a faixa marítima e a faixa terrestre.
2.3.1. Característica da zona costeira
Salientar que a zona costeira do município de Vilankulo apresenta ambiente costeiros
muito atraente, incluem a diversidade do clima, hidrografia, relevo e solo.
2.3.1.1. Clima
O clima é diversificado, sendo dominado a costa com o clima tropical húmido e o
interior o clima tropical seco. Á medidas que se caminham para costa verificam-se duas
estações, a seca e chuvosa (JEREMIAS, 2005. Na época chuvosa atingir as precipitações
mais elevadas nas zonas costeiras, oscilando entre os 800 a l000 milímetros, não
verificando-se o mesmo com o interior onde as médias anuais atingem apenas 600
milímetros (EQUIPA TÉCNICA DISTRITAL, 2005).
A zona costeira, apresenta temperaturas médias entre o 18 º e os 33ºC (JEREMIAS,
2005). As temperaturas médias anuais na faixa costeira variam de 22,7 ºC com diferença
em amplitudes anuais, (EQUIPA TECNICA DISTRITAL, 2005). De acordo com MAE
(2005), a evaporação total anual é de 1.135, 1ml-1
, e a velocidade do vento é de 14.9 km/h,
a pressão atmosférica media anual é de 1.014, 3 Hectopascais e a insolação total é de
2.955,5h.
2.3.1.2. Hidrografia
Apresenta o rio Govuro como a única bacia hidrográfica, que nasce na região de
Mapinhane e desagua no Mar na zona de Bartolomeu Dias. O nível freático ao longo das
dunas do litoral é bastante alto, tornando se mais profundo à medida que se avança para o
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 15
interior (MAE, 2005). Também dizer que, apresenta varias lagoas ao longo da mesma
zona.
2.3.1.3. Relevo
Apresenta poucos acidentes geográficos, formação de dunas na zona costeira e no
interior zonas predominantemente planas. Também existe o florestamento de grés costeiro,
onde, o relevo é acidentado por vezes com vales profundos revestidos de matas e restingas
rochas formando entre si várias enseadas (EQUIPA TÉCNICA DISTRITAL, 2005).
2.3.1.4. Solo
Apresenta solos arenosos esbranquiçados com baixa capacidade de retenção de
humidade na faixa costeira. No interior, são solos areno-argilosos avermelhados,
acastanhados e calcários ao longo do rio Govuro, na baixa de Machongos, na zona de
chixocane e Macunhe, que classificam-se como solos fluviais de alta fertilidade, onde as
vezes há um excesso de água e ocorrência de altos índices da salinidade (EQUIPA
TÉCNICA DISTRITAL, 2005).
2.4. Escolha da área de estudo
A escolha da área de estudo, foi baseado no espaço privilegiado para os mais diversos
propósitos como turismo, pesca, lazer, moradia e espaço de maior vulnerabilidade, de
maneira a identificar os possíveis factores erosivos que se encontram ao longo da costa
municipal, como mostra a figura nº 2.8, (vide anexo A).
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 16
Figura nº 2.8: imagem satélite da área de estudo
Fonte: Google earth, 2015
2.5. Estudo relacionado com o tema
Segundo DE PLOEY & GABRIELS (1980), a estimativa de perda de solo por erosão
para uma determinada área é o princípio para planear medidas e acções correctivas. Os
mesmos autores, afirmam que pode-se utilizar técnica volumétrica de pinos de erosão para
medir a remoção do solo. Os pinos (vergalhões de ferro graduado/estaca graduada) são
parcialmente colocada a face do solo ou enterrados no solo (15 cm) ficando uma parte
exposta para realização da leitura.
Segundo estudo feito em São Paulo por THOMAZ (2008),Realizou-se avaliação da
erosão, medindo troncos e raízes de árvores de erva-mate na área intensamente erodida.
Utilizando a técnica volumétrica de pinos de erosão ao fazer as medições de raízes
expostas. As medições foram realizadas na transição do colo da árvore (tronco-raízes ou
parte aérea-subaérea), figura nº 2.9
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 17
Figura nº 2.9:Ilustra a medição da erosão
Fonte: THOMAZ, 2000
De acordo com o trabalho realizado na universidade estadual de Ponta Grossa, a
tecnicavolumetrica consistiu na inserção da estaca de madeira na face da margem do rio e
canal. posteriormente, objectivando medir o valor da erosão através de uma trena metálica
fixada em uma estaca de madeira. A medição foi realizada em intervalos fixos dos canais
dos rios a uma distancia de 1metro (CASADO et al., 2002, citado por DIAS 2012).
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 18
III. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Descrição da área de estudo
O estudo foi realizado na zona costeira do município de distrito de Vilankulo, que
localiza-se na região sul de Moçambique a Norte da Província de Inhambane, com uma
superfície a cerca de 5.867km2,
incluindo as ilhas de Benguerra e Magaruque o que
corresponde a l8% da área total da província. A sede do Distrito, localiza-se na Autarquia
da Vila de Vilankulo. Tendo como limites, a Norte o Distrito de Inhassoro, a Sul com o
Distrito de Massinga, a Oeste com o Distrito de Mabote e Funhalouro e a Este com o
Oceano Indico que situa-se entre a Latitude 22º35′47″ Sul e Longitude 35º6′45″Este
(JEREMIAS, 2005). Como mostra a figura nº 3.1.
Figura nº 3.1: Mapa do Distrito de Vilankulo
Fonte: INE, 2008
3.2. Levantamento de dados
O levantamento de dado foi realizado nos meses de Julho e Agosto de 2015, com
objectivo de observar os factores capazes de interferir na área em estudo. Porem, fez-se o
levantamento, utilizando diversos métodos e procedimentos, com recurso à interpretação de
imagens actual dos níveis erosivos da zona costeira do município de Vilankulo.
Alguns aspectos complementares, foram recolhidos através da observação directa no
campo, isto é, na medida em que foram feitas algumas visitas no campo de estudo, onde foi
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 19
possível apurar as causas, bem como os factores naturais e artificiais que influenciam para a
ocorrência da erosão costeira.
Os dados foram levantados em áreas de maior vulnerabilidade na zona do bairro Desse
e Central. Onde, seleccionou-se cinco (5) pontos em cada área com variável alturas de
erosão (vide apêndice C). Posteriormente, observou se em cada ponto o limite inferior e
superior da quantidade de areia removida, que, foi feita a leitura do nível por meio de uma
fita métrica fixada numa estaca e colocada acima duma pedra a mesma face do limite
inferior em posição vertical junto a zona radicular das plantas, margem da rua marginal e
valas ou picada para o mar. Depois, tirou-se as imagens de cada ponto a uma distância
aproximadamente de 2 a 50 m. De seguida, os dados foram transferidos para o laptop onde
efectuou-se a total análise e interpretação dos factores erosivos.
A análise, foi efectuada através dos dados introduzidos numa planilha de Microsoft
Office Excel, onde posteriormente, fez-se a construção do diagrama que ilustra o tipo da
erosão no bairro Desse e Central.
3.3. Materiais usados na pesquisa.
Para a realização do trabalho usou-se os seguintes materiais:
Bloco de notas;
Esferográficas;
Fitametrica.
3.4. Método usado na interpretação dos dados
A interpretação dos dados baseou-se no Sistema de Informação Geográfica do modelo
Arcview 3.2 e Mapinfo 5.5 que consistiu no mapeamento das áreas mais vulneráveis em
três níveis erosivo, nomeadamente nível alto (ravina ou voçoroca), nível moderado (sulcos)
e nível baixo (laminar), (vide anexo B).
Os níveis foram apresentados e classificados numa grelha do mapinfo com célula de
0.25*0.25km, a qual foi atribuindo a cada célula um valor entre 1 a 3, onde, 1 é a erosão do
alto nível, 2 erosão do nível moderado e 3 erosão do nível baixo.
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 20
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Factores que influenciam a ocorrência da erosão costeira no Município de
Vilankulo
Com base no estudo realizado, sobre a erosão actual no município de Vilankulo (anexo
A), a erosão no bairro Dense e Central, é causada pelos factores marítimos, atmosféricos e
antropogénicos. Cuja, a acção conjunta destes factores, cria a existência de outras causas,
que estão na origem de um processos erosivos recentes no município de Vilankulo, dentre
elas, são destacadas as seguintes:
A elevação do nível do mar, em que no entanto, não é possível a realização de uma
investigação segura sobre a influência da maré nos processos erosivos na zona do bairro
Desse e Central, mas estou ciente que a elevação do nível do mar nos mesmos bairros, esta
na origem do aumento dos índices da erosão na praia, devido a falta de medida preventivas
e de recuperação das áreas degradadas, onde observa-se as constantes inundações,
causadas pela redução da quantidade do gelo acumulados nos glaciares, que são induzida
pela maior mudanças do tempo geológico ou das temperaturas atmosféricas. Portanto, a
redução da quantidade do gelo, proporciona o aumento do volume da água no oceano.
Enquanto, a abertura de caminhos para o mar, é explicada pela diversas actividades da
população da zona do bairro Desse e Central.
4.1.1. Os factores marítimos
A zona do bairro Desse e Central, é afectada directamente pelos processos erosivos
marítimos tais como:
4.1.1.1. Acção da onda
Observa se que a praia na zona do bairro Desse e Central, é ataca na obliqua pelas
pequenas ondas, durante a transformação da ondulação para ondas de arrebentação que
provoca um movimento de sedimentos parcial, por arrastamento em zigue-zague e pela
corrente longitudinal. No local de rebentação, as ondas exerce uma remoção e deposição
de sedimento, como mostra a figura nº 4.1.
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 21
Figura nº 4.1: Acção de escavamento vertical
Fonte: Autor, 2015
Durante o processo da rebentação, a corrente apresenta uma acção acumulativa no seu
limite superior. Quando rebenta contra as rochas, muro e areia, age por choque, por
compressão do ar e da água, por sucção quando se retira e por metralhagem quando carrega
materiais em suspensão e volta a bater contra as rochas, muro e areia. Posteriormente, a
corrente transporta areia para o mar na medida que se retira.
As ondas apresentam um movimento transversal, que verifica-se, no sentido terra mar,
ocasionando a erosão na praia e mar – terra criando o enchimento. Posteriormente, os
leitos com pouca inclinação, promovem a quebra da onda mais longe da costa e os leitos
com grande inclinação, fazem a onda quebrar próximo da costa.
As ondas quebram se directamente nas rochas com uma força muito grande, e atirando
água para o alto mar, este processo, actualmente verifica-se na zona de hotel da Dona Ana
e zona Central. Porem, o processo condiciona rapidamente a destruição das rochas
existente na praia e muro de concretos erguida para proteger a rua marginal, como mostra a
figura nº4.2.
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 22
Figura nº 4.2: Acção das ondas nas rochas
Fonte: Autor, 2015
As ondas após se quebrar, reduzem de altura e continuam com movimento de ida e
volta ou vai-vem. Salientar que este movimento, é forte e suficiente para a lixiviação de
grãos de areia e até cascalho.
4.1.1.2. Correntes
O processo da rebentação nas rochas, muro e areias, resulta nas correntes que se fazem
sentir entre a rebentação e a linha da costa. Posteriormente, este processo condiciona o
rápido afastamento da linha da costa nas área arenosa e quase constante nas áreas rochosas,
como mostra a figura acima (figura nº 4.2.).
Verifica-se que a corrente sobe pela praia arenosa e rochosa em sentido oblíquo e recua
sobre a linha de declividade, onde transporta o material posto em suspensão durante o
processo da rebentação. Salientar que deste modo, o processo da rebentação proporciona a
erosão em todas as áreas de estudo.
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 23
4.1.2. Factores atmosféricos
4.1.2.1. A pluviosidade
Verifica-se que, as gotas da chuva criam impacto sobre as dunas e a rua marginal,
resultando na erosão durante o processo do escoamento superficial da água sobre as
margens da rua marginal e extremidade das dunas. Durante o impacto, as gotas quebram os
agregados do solo, separam as partículas, espalham os materiais em todas as direcções e
criam os pequenos sulcos por onde escoa a água.
4.1.2.2. Os ventos
Nas praias arenosas e rochosas do bairro Dense e Central, o vento transporta as
partículas de areias muito fina para a formação de pequenas dunas ao longo da faixa
costeira, esta formação verifica-se em forma lento ou quase invisível em toda área de
estudo.
O nível do mar e alturas das ondas aumenta com a presença dos ventos fortes,
ocasionando a erosão eólica de menor frequência que quase não se nota.
4.1.3. Factores antropogénicos
Verifica-se ao longo do bairro Desse e central o pasto de cabrito, destruição de mangal,
construção de edifício, abertura de picadas e parques de campismos, trânsito de veículos na
praia, insuficiência de medidas de prevenção e má utilização da praia, a remoção da
cobertura vegetal por partes de construtores de hotéis, lodge, bar, restaurante, casa e
campos de campismo para proporcionar a praia um aspecto limpo e aberto.
4.2. Consequências da erosão costeira no Município de Vilankulo.
Entende-se que a erosão costeira é um fenómeno natural que sem a intervenção da
actividade humana actua no litoral, modelando a sua forma sem grandes problemas.
Portanto, a zona costeira no município de Vilankulo apresenta alto poder destrutivo da
erosão, que é influenciada pela construção de obras de instâncias turísticas e residências
privadas.
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 24
Sabe-se que o poder destrutivo no município de Vilankulo, causa danos nas
construções públicas, privadas e no meio ambiente como mangais e plantas. Também
destrui algumas praias mais conhecidas, que são forte atractivo económico para o
desenvolvimento do turismo na região distrital.
O risco de perder relevantes instâncias turísticas, constitui na ameaça por parte da
economia municipal e populacional, porque a maior parte dos munícipes deste distrito,
encontram como a formas de sobrevivência trabalhando nestas instâncias turísticas.
4.3. Tipos de erosão e os seus factores erosivos
A partir do anexo B, os bairros Desse e Central, são identificados como as áreas de
maior vulnerabilidade ao processo erosivo a nível municipal bem como distrital e
classificada em alto nível de severidade, devido a erosividade da chuva, inclinação
acentuada do terreno e a falta da cobertura vegetal.
A erosão no bairro Desse na área de baobablodge e kuvuka café e no bairro central na
rua marginal (tropical bar e house for rent), apresentam a erosão costeira do tipo voçoroca,
devido a existência dos buracos e as zonas radiculares das plantas altamente erodida.
Portanto, os buracos e as zonas radiculares, apresentam as medidas erosivas acima de
50cm de altura ou profundidade, como mostra a figura nº 4.3.
Figura nº 4.3: ilustra o tipo de erosão
Fonte: Autor, 2015
0
50
100
150
200
1 2 3 4 5
Alt
ura
da e
rosa
o e
m c
m
Pontos de medição
Diagrama da erosão
E.B.Dense
E.B.Central
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A ocorrência da erosão ao longo da rua marginal, é condicionada pela retida da
vegetação em área com inclinação acentuada, devido actividade turística não planejada,
também, pela destruição do muro e ausência das plantas ao longo da costa. Enquanto o
bairro Desse, é devido a falta do muro e sistema de drenagem da água pluvial.
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 26
V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇOES
5.1. Conclusão
Após a realização do estudo no bairro Desse e Central no Município de Vilankulo.
Concluiu-se que, a intensificação do fenómeno natural e antropogénicos, é influenciado
pela acção da corrente e das ondas, bem como pela destruição de estruturas naturais para a
construção de centros turísticos, condução na praia, remoção de vegetação nas dunas,
insuficiência de espécies de plantas resistente a erosão, aberturas de caminhos para o mar,
tempestade e chuvosas que caem no litoral.
Deste modo, afirma se que os factores erosivos tem trazido prejuízos económicos
considerável e degradação das características naturais da costa.
A rua marginal, bairro Desse e Central são áreas vulneráveis que apresentam o nível
severo da erosão do tipo voçoroca e são identificadas através de sistema de informação
geográfica do modelo Arcview 3.2 e Mapinfo 5.5.
5.2. Recomendações
Com base nos resultados obtidos durante o estudo, recomenda-se:
5.2.1 Aos investigadores e os próximos estudos:
Aprofundar o estudo da erosão costeira principalmente no tipo voçoroca e incluindo
outros factores que não são analisados neste estudo, como uma forma de mostrar
detalhadamente que acção da maré e da velocidade do vento poderá incentivar ao governo
local na implementação da preservação do sistema costeiro.
5.2.2. Ao município de Vilankulo
O município do distrito de Vilankulo em coordenação com outros sectores ligado ao
meio ambiente (como a MICOA e SDAE), deve adquirir viveiros de pinheiros, causarina e
outras plantas de natureza resistente a acção da erosão e fácil de crescer em solo arenosos,
cujo plantio desses viveiros deve ser realizado em conjunto com o plantio da vegetação
natural ao longo das dunas;
Construir o dissipador de energia barra - mar em toda faixa da praia municipal, que
poderá gera mínimos impactos ambientais e maiores efectividades na contenção do avanço
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 27
do mar reduzindo os efeitos da erosão;
Construção do muro com várias vias de acesso a praia, de modo a evitar a remoção
do solo na criação de picadas para o mar. Também, implementar o projecto da defesa do
litoral da cidade da Beira e Maputo.
Aumentar chapas de sinalização de trânsito de veículos na faixa da praia, que
devem ser fixadas em locais de maior frequência de pessoas ou estratégico (por ex: em
frente das instancias turísticas como tropical, beachlodge, águia negra e principalmente a
faixa da praia de 19 de Outubro e bairro Desse na área de kuvuka café e baobablodge) para
facilitar a compreensão dos utentes da zona;
Colocar rede sobrepostas com algumas pedras de maior peso, de modo a permitir
que não seja arrastada pela força da água. Isto é, para evitar o deslizamento da terra.
5.2.3. A instância turística
Procurar uma forma de construir as instâncias sem destruir as dunas e a cobertura
vegetal ao longo da faixa de praia;
Não construir as instâncias a menos de 200m da faixa da praia;
A instância existente na faixa da praia, deve construir barreiras, e fazer o plantio
das espécies de árvores resistente ao vento e que tenha a zona radicular altamente
profunda.
5.2.4. Aos habitantes da zona costeira
Através de meios de comunicação social lançaria-se a campanha de plantação de
árvores nos buracos e na faixa da praia, com a participação dos membros do Governo
municipal e a sociedade em geral como escolas, igrejas, forças de defesa e segurança,
clubes desportivos e activistas de protecção da natureza;
Colocar a vedação da madeira, com uma altura que não ultrapassa dois metros para
se escapar da acção do vento e de modo a evitar a remoção das areias.
Estudo da erosão costeira no município de Vilankulo
Cardoso, Simão José Página 28
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APÊNDICES
E
ANEXOS
I
Apêndice A: A erosão actual no município de Vilankulo/área do estudo
Fonte: Autor, 2015
II
Apêndice B: Níveis de erosão no município de Vilankulo
Fonte: Autor, 2015
Apêndice C: Altura relativa a erosão no bairro Dense e Central
Eros.B.Dense Eros.B.Central
Ponto Altura (cm) Altura (cm)
1 98 106
2 90 185
3 62 107
4 93 103
5 78.5 155
Fonte: Autor, 2015
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