LIDER COACH: APRIMORANDO PESSOAS, DESEMPENHOS E RESULT ADOS
Tatiana Finamore
A cada dia mais, a eficácia do papel da liderança é colocada no cerne da questão quando se pensa em
pessoas, desempenho e resultado. Não há mais espaço para o velho ditado popular “manda quem pode,
obedece quem tem juízo”.
A eficácia do líder, hoje, está atrelada à sua capacidade de inspirar e de mobilizar pessoas e equipes.
Essa é uma das reflexões que se pretende neste artigo. Conceber que o processo de coaching é
comportamental e intervém na conduta observável e na esfera do consciente e que a visão do conflito
seja percebida como algo saudável e orientada para a solução em nome de resultados. Assim,
cabe ao líder “tocar” as pessoas pela palavra: promover o diálogo é essencial neste processo que é de
crescimento conjunto tanto para o líder quanto para o liderado.
A atuação do lider coach aponta possibilidades e não os erros do passado. Toda experiência é, por si só,
aprendizagem e, portanto, um processo, todo o resto é informação.
Compete ao gestor abrir possibilidades de ação, expandir cenários e contextos. A aprendizagem é ativa,
dinâmica porque requer intenção e ação de movimento de um estado a outro. Significa sair da zona de
conforto para um novo lugar, um novo espaço que muitos autores denominam “zona de expansão”.
Motivar pessoas neste sentido é um processo para se desenhar o futuro. O que lamentavelmente ainda
assistimos são gestores apostando na gestão do medo. Onde existe o medo não há espaço
para o diálogo e a construção coletiva. No medo, o que queremos é estar a salvo e poderá haver
cumprimento, mas nunca comprometimento. E a prática do coaching é o antônimo de comando e
controle. Pensar no lider coach é assumir um novo estilo de liderança.
Uma liderança compromissada com o autodesenvolvimento.
E que, portanto, preocupa-se com a qualidade do clima organizacional entendendo que cabe a ele,
gestor, oferecer apoio e ferramentas, propiciar atividades que gerem novos aprendizados e,
consequentemente, estimular o desenvolvimento de potenciais continuamente.
Não há como pensar em alto desempenho sem geração de desenvolvimento humano.
Assim sendo, o feedback, tão amplamente falado e vulgarmente utilizado, é uma ferramenta rica na
construção do engajamento. É o momento da empatia, um encontro de dois, olho no olho, cara a cara. É
necessária a palavra franca, construtiva e provocativa. O feedback é um presente para ambas as partes.
Para aquele que se dispõe a ensinar e para aquele que se dispõe efetivamente a aprender. Pois
é nesta interação que os papéis se misturam, os lugares se revezam e ocorre a transformação, não dos
fatos e dados, mas sim das pessoas.
Valorizar e reconhecer pessoas, humanizar o modelo de gestão, potencializar competências é o que de
maior valor a empresa pode oferecer aos empregados, pois compreende que pessoas melhores e mais
capazes oferecem mais oportunidades de crescimento à organização. Mas fazer acontecer esta premissa
é, na essência, o exercício da liderança porque implica enxergar as pessoas em termos de potencial e
não de performance.
O líder é tal qual um maestro que ensina e guia. Anima os músicos levando-os a extrair o melhor de si.
Catalisa as diferentes habilidades, afina instrumentos e determina o tom. Combina pessoas e seus
talentos em nome do resultado. O bonito da melodia não consiste em um único acorde, mas na
combinação dos sons que ora se sobrepõem, ora se harmonizam. Mas tudo isso sob a batuta de um
líder que imprime o ritmo e deixa um legado. E sua equipe, que música está tocando?
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