Download - ePE0708P02e03

Transcript

( ) Sexta-feira, 7 de agosto de 2015 .3 2. ESTADO DE MINASA lgica capitalista neoliberal transforma a relao entre cidados e o espao urbano em mercadoria,mas temenfrentado umcrescente movimento da sociedade que busca recuperar o espao comumAs disputas elutas sociais pelodireito cidadeconfiguram-secomo umentre-lugarqueabre brechas parapostos inovadoresde colaboraoe de contestaoPARA LER MAIS A CIDADE VISTA: MERCADORIASE CULTURA URBANAMnica Stahel, WMF Martins Fontes,2014 CIDADES REBELDESDavid Harvey, Martins Editora, 2014 REVISTA AUEditora Pini (au.pini.com.br) PARIS, CAPITAL DA MODERNIDADEDavid Harvey, Boitempo, 2015TEORIAS E PRTICAS URBANAS,CONDIES PARA A SOCIEDADE URBANAVrios autores, Editora C/ Arte, 2015APor que algum deve ler O capital? O que ficou ul-trapassado e o que se mantm atual no livro?Uma das primeiras razes para se ler O capital que umlivro fabuloso, incrvel quandovoc seacostuma com alguns dos movimentos do estilode Marx. um pea maravilhosa da literatura. Eporque tem algumas poderosas ideias analticasque fazem com que voc compreenda a vida aoseu redor. Muitas coisas n'Ocapital so bem con-temporneas. Quandofaloaos estudantes sobreasprticas contemporneas de empregoemBangla-desh e quando as fbricas entraram em colapso,nohdiferenanenhumasobreoqueMarxfaloue o que ocorre nesses espaos atualmente.Por que h cidades pelo mundo que se tornam lu-gares to hostis para os seres humanos? E de quemaneira a globalizao afeta a vida e a estruturadas rotinas nas cidades?Cada vez mais, as cidades foram criadas para queocapital sejainvestido, noparaqueas pessoas vi-vamnelas. Ocapital no se importa comumam-bientedecenteparaviver, mas sepreocupaemab-sorver muitos projetos, muito capital e fazer umprojetoquedmuitolucro. Hmuitodeslocamen-toocorrendonas cidades, eisso, naverdade, mui-to hostil. Umdos conceitos-chave que Marxfala dotempodegirodocapital quesignificaumaten-dncia de qualquer capital continuar a estimularas coisas. O que significa que o tempo est sendoconstantemente encolhido e comprimido e, naverdade, avidanascidadesestficandomaisapressada emvrios aspectos, pois o tempo de gi-ro est sendo impulsionado a se tornar cada vezmais rpidoerpido. Eissoestcolocandopressonohomemenavidadele. Issosignificaqueas cida-des tm essencialmente se tornado refns de umprocesso de circulao de capital que acelerado,que temos de acelerar nossa vida e isso a tornamais estressante.Comoessas mudanas tmafetadoavidanas cidades?As pessoas estocadavezmais perdendoocontro-le da qualidade de suas vidas dirias. Isso significaqueelas estoficandoalienadas emsuas condiesde vida e crescentemente alienadas nas condiesde seu trabalho, que se tornou automtico e semsentido. Alienadas doprocessopoltico, pois as pes-soas sentemque noh uma consulta democrti-ca sobre grandes projetos ocorrendo nas cidades.Ento, humaalienaogeneralizada. Umapopu-laoalienadatendeaser muitopassivaatqueal-go acontece e eles ficam extremamente raivosos.Estamos vendomuitos protestos nas cidades, quelevamaumaondadeviolncia, comoLondres, Es-tocolmo, Paris, Istambul, aqui no Brasil.O que significa essa onda de violncia?Essesmomentosdeviolnciasoexpressesdedes-contentamento, oque sugere que devemos pensarem melhores maneiras de consultar as pessoas eelas se sentirem participantes da democracia eachar maneiras decriar novos significados emsuasvidas. Encontramos indivduos fazendo isso pormeioda criaode institutos para definir significa-dos para suas vidas e novas maneiras de viver suasvidasousejuntandoagruposreligiosos, queconfe-remalgumsignificado. Ento, precisamos confron-tar tudoisso. Eparar denosconcentrar emnoape-nas encontrar empregos para as pessoas, mas em-pregossignificantes, noscasas, masmoradiasde-centes emumambiente culturamente rico.Como concebeu o direito cidade?Issosobrecomotentar estabelecer odireitodeto-dos de ter o controle da natureza do conjunto ur-bano que o cerca. No o direito sobre algo que jexiste. o direito de mudar o que existe, menosalienante, algo mais enriquecido. Acho que essedireito cidade deve pertencer a todos. Oque ve-mos hoje soalguns moldandoas cidades dojeitoque quereme desejam, excluindo os outros da ci-dade. Quandofalosobreisso, tenhoquefalar sobrea luta de definir quemtemdireito cidade. Queroconsiderar o direito cidade a todos aqueles queestomarginalizados eexcludos, odireitodoalie-nadoe dodescontente de mudar a cidade, e entodeixar de ser alienado e descontente. Ento, paramim, ummovimentopolticoquedeveser colo-cadojuntonocontextodemoradia, educao, sa-de, culturaeunificar umprograma. Colocar juntose juntos criar uma alternativa urbanizao, ci-dade, que possa preencher os desejos e as necessi-dades emcaminhos significantes.Como o senhor v o movimento reivindicando es-paos para bicicletas e atividades culturais luz dodia nas cidades?Gosto da diversidade nas cidades. Quanto mais di-versidadecultural, melhor. GostodealgumascoisasdeNovaYork, hvriosmodosdevidal. HChina-town, uma cidade chinesa. H Koreatown, comati-vidades daCoreia. Issoadicionamuitas cores vidasocial. Quantomaisfor construdo, melhor. Precisa-mostermaisespaospblicos, ondeaspessoaspos-samfazer coisas diferentes. Acho muito bomessevoltadabicicletacomoformadetransporte, poisaspessoasestofazendoexerccio, nousamgasolina,epode-sechegar mais rpidoaotrabalhodoquedecarro. Ter pistas para bicicletas muitobom, mas precisoter certeza de que elas estonolocal certoena posio certa. Temos que transformar a cidadeemamiga das bicicletas, mas issoexige muita edu-caodos motoristas e respeito.O que senhor acha das cidades do Brasil?Fiquei impressionado com a transformao queocorreu no Brasil. Estive aqui h 40 anos. Todas ascidades quevisitei nos anos de1970setransforma-ramno seutodo. Oque interessante como ocor-reuessatransformao. Foi construdaemvoltadeautoestradas, condomnios eshoppings. Todos noBrasil insistemquenoBrasil foi diferente. Mas dei-xe-medizer: omesmoqueaconteceucomtodos.Foi o mesmo que aconteceu na Turquia, na ndia,noCanad, nos EUA. Vocs nosodiferentes, soexatamente cpias disso. Todos reclamam que osocialismo no tem diversidade, mas acho que ocapitalismo que no tem(risos).Como mudar a cidade de acordo com o nosso dese-jo? E como a especulao imobiliria tem promovi-do, como no Brasil, a campanha poltica?Omais importanteagorater movimentos sociaisfortes nas cidades, que estopreparadas para cola-borar nasmudanasdassituaes. Temosqueir pa-raoladodeforadapolticacontempornea, temosque ir para o lado de fora dos mecanismos de po-der poltico, que sobre o poder do dinheiro, usa-do para legal ou ilegalmente corromper decisespolticas. Eessa a nica coisa que vai mudar as ci-dades. Precisamos de movimentos sociais fortes epoderosos dizendoquequeremos mudar acidade,e queremos fazer dessa ou daquela maneira. Notenho nenhuma frmula, as pessoas tm que seunir, se consultar, falar, trabalhar e descobrir oquepodeser feito. Criar umaestruturaconfederal paradiscutir comopodemos fazer nossacidademelhorde forma coletiva.DAVID HARVEYOdireito a uma cidade humanaSEVERINO FRANCISCOGRUPO INDISCIPLINARBraslia Comoprocessovertiginosode globalizao, as cidades de todos os pontos doplanetaforamassoladas pelos poderosos e milionrios interesses daespeculaoimobiliriae dosmegaprojetos de urbanizaoque desumanizaramos espaos urbanos. Aomesmotempo,surgirammobilizaes populares nosentidode preservar aqualidade davida, de ocupar as viascombicicletas, de garantir lugar paraos pedestres e de frear odelriodos interesses corporativosque enriquecemmeia dzia de pessoas espertas emdetrimento do interesse pblico. Oantroplogoingls DavidHarvey umdos mais importantes pensadores das questes urbanasnaatualidade. Ele formulouumnovoconceitode direitocidade.Para Harvey, isso no se resume ao acesso aos bens existentes, mas simao direito detransformar a cidade emumlugar de todos e no de alguns privilegiados. Ele autor de vrioslivros sobre o clssico Ocapital, de Karl Marx. Ocurso que concebeu sobre o livro de Marx,disponibilizado no site da Cuny, em2008, j obteve mais de 700 mil acessos. No Brasil, foilanado recentemente Paris, a capital da modernidade (Ed. Boitempo), emque analisa astransformaes urbanas e culturais da cidade francesa no sculo 19. Aglobalizao, aespeculao imobiliria, a invaso das bicicletas e as mobilizaes sociais pela qualidade devida nas cidades so temas abordados nesta entrevista.As cidades tmessencialmente se tornadorefns de um processo decirculao de capital que acelerado. Isso significa quetemos de acelerar nossavida e isso a torna maisestressanteA metrpolebiopolticatendncia neoliberal, que h trs d-cadas assola o mundo, marca-se pormodos de manipulao do tempo edoespaourbanosqueimplicammutuamente o Estado e o mercadoemformas hbridas degovernana. Aproduo, nestaetapadodesenvolvi-mentocapitalista, passa, deformaca-da vez mais evidente, do antigo for-dismo fabril centrado na disciplinados corpos nas fbricas aumps-for-dismo imaterial, semitico, calcadona produoe na difusonode dis-ciplina e gestos mecnicos, mas delinguagens, desejos, modos de vida,servios etc. Desse modo, toda a me-trpole e seus cidados conformam,paraocapitalismops-fordista, oqueafbricaeosoperriosoutroraforampara os donos dos meios de produ-o. Acidade emtoda a sua amplitu-de o lugar do qual o capital extraimais-valia e renda, expropriando eapropriando-setantodocomumma-terial (terra, ar, gua, natureza) quan-to do comumimaterial (linguagens,modos de vida e de trabalho) para oseu funcionamento maqunico. Bas-taobservarmos nossocotidianoparaperceber quecadacentmetrodoter-ritriourbanotemvalor noprocessode expanso da metrpole, intensa-mente implicandoconsumoemins-tncias do viver como a moradia, otransporte, a cultura, a segurana, aarte, os espaos verdes etc.Nessecontexto, opoder pblicoea iniciativa privada confluem-se emdiversas formas deparcerias. Oargu-mento do qual o Estado lana mopara sustentar tais alianas comfre-quncia baseia-se na expectativa degerao de mais recursos e riquezas,deempregos, edoembelezamentoda cidade tendo em vista a promo-odoturismo. Seemalgumamedi-da istopode at ser verdade, oque anosedizque, emltimainstncia,os recursos levantados pelos investi-dores visam ao benefcio primeirodos prprios investidores, e no dapopulaoemgeral, levandonomaisdasvezesaumprocessodegentrificao ou de enobrecimentode grandes reas. Nesta ciranda, ostrabalhadores que outrora eram de-tentores do prprio negcio ou decasa prpria na regio escolhida pa-ra, digamos, uma requalificao ourevitalizaocomoemumaopera-ourbana, porexemploserotransformados em empregados ouobrigados a transferir seu negciopararegies perifricas dacidade; osempregos gerados sero de menorvalor agregado; e os moradores debaixarendaseveroobrigadosamudar para regies onde consigampagar aluguel compatvel. Por fim, osnovos custos com a mobilidade ur-bana sero novamente motivo paranovosempreendimentosenovasparcerias pblico-privadas. Diantedisso, pode-seafirmar queotal eno-brecimento de uma regio acom-panhadopor ummovimentode ex-pulso de grande parte das pessoasque ali moram e/ou trabalham, res-paldado pelodiscursoda revitaliza-o edarequalificao, comoseshouvesse vida (ou qualidade espa-cial) aps a morte de um certo coti-dianoesocialidade, vistos comopou-co rentveis pela tica neoliberal.Em tempos de capitalismo ps-fordista, imaterial, cognitivo, criati-vo, rentista, viver e produzir torna-ram-se prticas indissociveis. Habi-tar, morar, deslocar e ocupar a cida-depodemassimser vistos comopro-cessos biopolticos, ouseja, processosem que a poltica e a economia pas-samaseconfundir comoprpriovi-ver. No obstante, emmeio veloci-dade alucinada do avano capitalis-ta, assistimos ao surgimento de mo-vimentos sociais, culturais eambien-tais determinados a defender os es-paos urbanos comuns, isto , espa-os em que a vida em comum (nomediada apenas pelo consumo) to-ma forma. A causalidade prpria dourbano o encontro, lugar de trocase do fazer-junto, do viver-com. Aomovimentar mbitos plurais de tro-cas, as disputas e lutas sociais pelaproduo do espao e pelo direito cidadeconfiguram-secomoumen-tre-lugar que abre brechas para no-vos signos epostos inovadores deco-laborao e de contestao, e reali-nham as fronteiras entre pblico eprivado, entretradioemodernida-de e enfrentamas expectativas nor-mativas daideiadeprogresso(qual a cidade que queremos? quemsoos sujeitos da produo do espao?).A natureza urbana uma instn-cia, entre outras como a cultura e aslinguagens, paradigmtica para serefletir sobre oviver emcomumnascidades, ecomotal tambmfunda-mental como ponto de partida paraconstruodepolticas urbanas maisdemocrticas e sustentveis.Em um ambiente urbano predo-minantementetomadopor constru-es, avenidas e carros, o verde dosjardins, das praas, dos parques, dosquintais edaarborizaodas vias soimportantes vetores de resistnciapositivadocomumurbano. Essas re-sistncias tomam forma quando asprticas da jardinagem, da constru-o e manuteno de hortas urba-nas, da contemplao, etc. passamaocupar o cotidiano dos cidados. Anatureza urbana proporciona espa-os de lazer e de sociabilidade quepodem criar mundos e tecer o aces-soaoespao comum: lugar partilha-do, que se move comlgica e tempoprprios paraalmdas presses eco-nmicas. As reas livres e a arboriza-o representamtambmpotencialespao para a agricultura urbana eparaos jardins comestveis. Deoutrolado ainda, no podemos esquecer acrise ambiental e, eminentemente,hdrica que enfrentamos. reas ver-des funcionamemconjunto, susten-tando os processos naturais e o cicloda gua, indicando que, no limite, oprprio planeta nos impe a condi-oirrevogveldeumnecessrioplanejar e viver em sintonia com obem comum. Assim, cada reservaflorestal, cada rvore, cada praa, ca-daparque, cadajardim, cadaquintal,cada pequena rea permevel den-tro das edificaes relevante e pre-cisa ser valorizada e protegida.Nofazmuito, umProjetodeEmenda Lei Orgnica n 7/2014 deBeloHorizonte propunha permitir autilizao de 15% da rea de praas,parques e reservas ecolgicas para aconstruo de edifcios pblicos. Aaprovao desta lei permitiria a des-truio de mais de 1 milho de me-tros quadrados dereas verdes urba-nas, poltica que iria de encontro apossveis solues para a crise hdri-ca atual. Neste contexto, a Rede Ver-de emergiu em Belo Horizonte co-nectandomovimentos comoSalveaMata do Planalto ou Criao do Par-que Jardim Amrica, contra as pro-postasdemudananasregrasdeocupaodas reas verdes dacidade.Observa-se a que no faz sentido,por exemplo, a transferncia pelomunicpiodelotespblicosparauma empresa denominada PBHAti-vos, por meio da Lei 10.699, de 10 dejaneiro de 2014. J que a prefeituranecessita de reas para construir no-vos equipamentos pblicos, por quedoar terrenos para a alienao e, aomesmo tempo, permitir a ocupaode reas verdes?Nacontramodasambieseprticas do poder pblico em BeloHorizonte, em2014, Copenhaguefoieleita pela Comisso Europeia comoa cidade mais verde da Europa (EC,2012). Ao entender como a natureza desenhada na cidade, percebemosplanos epolticas voltados paraumarededecemitrios tratados comoo-sis, casas de cultivo agrcola, escolasde jardinagem e uma comunidadede produo e distribuio de ali-mentos orgnicos locais. A natureza inserida no cotidiano da cidade detal forma que atravessa no apenastodas as quadras, assimcomo as su-perquadras, como em Braslia, mastambmavidadeseus habitantes. Olazer, oconsumodealimentos, amo-bilidadeeasocializaoestodireta-mente conectados e interdependesnesta natureza que se infiltra no de-senhodacidadeedeseus edifcios. Acomplexidadedodesenhodacidadee suas mltiplas variveis inter-rela-cionadas soreveladas na agenda deCopenhague ao tratar do verde queincorpora da natureza nos planos detransporte local, biodiversidade, usosustentvel dereas verdes, poluiosonora, manejo do lixo, tratamentode gua e esgoto, performance ener-gtica, entreoutras esferas explicita-das nos relatrios enviados Comis-so Europeia (EC, 2014).Parques, praas, jardins, reas depreservao ambiental so funda-mentais para a qualidade ambientalnasmetrpolesegarantemvidamais saudvel para todos. Almdis-to, defende-se a importncia damultiplicao desses locais. So es-paos coletivos nos quais os cida-dos podemconviver parte das suasvidas emespaos de convvio semamediaodoconsumo, comoobser-vamos nosque no sejam necessa-riamenteshoppings, instituiesprivadas, condomnios fechados,dentre outros exemplos. Entender aimportncia do verde sob a tica docomum, oque isto, aquiloque per-tence e pode ser gerenciado porto-dos indistintamente, permite que abandeira ecolgica seja resgatada deformaefetiva, tendoemvistaquehemaoumafortetendnciadetransform-loemapenas umselodequalidade cooptadopelos interessesde mercado e esvaziado de polticasocial de fato. Vale, pois, lembrar Da-vidHarveyquando, nolivroCidadesrebeldes, coloca a seguinte questo,a partir da teoria do socilogo urba-no Robert Park: se a cidade o mun-doqueohomemcriou, acidadetambm o mundo no qual o ho-mem est condenado a viver. apartir desta concepoque odireitocidadeseformula, nodevendoserconfundidocomoumdireitoestan-que, que deve estar garantido pelalei. Aluta pelo direito cidade no a luta pela norma, mas pela possibi-lidade de construo democrtica,coletiva, comum e cotidiana do es-pao e das leis.Grupo Indisciplinarda Escola de Arquitetura daUniversidade Federal de MinasGerais (UFMG, CNPq) realizapesquisas sobre a produocontempornea do espaourbano, aliando teoria e prtica,atividades de ensino, pesquisa,extenso, ativismo urbano eexperincias diversas emabordagem transversal eindisciplinar. Este texto, escritopara o caderno Pensar, assinadocoletivamente por Alemar S. A.Rena, Arthur Nasciutti Prudente,Jlia Franzoni, Luciana Bragana,Marcela Silviano Brando Lopes,Marcelo Maia e Natacha Rena.ANA YUMI KAJIKI/DIVULGAO*Seja em Belo Horizonte, em Istambul, naTurquia, ou em Nova York, movimentos civisreivindicam maior participao dos cidadossobre as decises relacionadas cidadeJEWELSAMAD/AFPALEXANDREGUZANSHE/EM/D.APRESSBOGDANCRISTEL/REUTERSEMMANUELDUNAND/AFP