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Crie sua empresa
com pouco ousem dinheiro e tenhasucesso na atividade
empreendedora
JOS DORNELAS
EMPREENDAQUASE SEM
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ISBN 978-85-02-08655-5
CIP-BRASIL CATALOGAO NA FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
D757e
Dornelas, Jos Carlos Assis,Empreenda (quase) sem dinheiro : crie sua empresa com
pouco ou sem dinheiro e tenha sucesso na atividade empreendedora/ Jos Carlos Assis Dornelas. - So Paulo : Saraiva, 2009.
-(101 Maneiras)
Inclui bibliografiaISBN 978-85-02-08655-5
1. Empreendimentos. 2. Empresas novas. 3. Administraode empresas. I. Ttulo. II. Srie.
09-4958 CDD 658.4012CDU 65.012.2
Copyright Jos Dornelas2009 Editora Saraiva
Todos os direitos reservados.
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Sobre o autor
Jos Dornelas um dos maiores especialistas brasileiros em
empreendedorismo e um dos mais requisitados conerencis-tas sobre o tema no pas. J empreendeu vrios negcios de su-
cesso e preside a Empreende consultoria especializada em
empreendedorismo, plano de negcios e captao de recursos.
Realizou seu ps-doutoramento nos Estados Unidos e oi o pri-
meiro e nico proessor brasileiro como Visiting Scholar noCentro de Empreendedorismo do Babson College considera-
da a melhor escola de negcios com oco em ensino de em-
preendedorismo no mundo. engenheiro pela USP-So Carlos,
com mestrado e doutorado tambm pela USP, especializao
em marketing pela ESPM e cursos de extenso em Harvard e
no MIT. Leciona em cursos de MBA na Fundao Instituto de
Administrao (FIA), na Universidade de So Paulo (USP) e
como proessor convidado em diversos programas no pas e no
exterior. autor de diversos livros e mantm o blogsite , com dicas e inormaes aos inte-
ressados em empreender.
Contato com o autor: [email protected].
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Apresentao
Saber como empreendersem dinheiro o desejo da maioria
dos brasileiros que sonham com o negcio prprio, j que nemtodos tm o mnimo necessrio para iniciar suas empreitadas
no mundo do empreendedorismo e da autorrealizao como
empresrios de sucesso. A coleo 101 Mtraz de or-
ma simples e objetiva recomendaes comprovadamente efi-
cazes queles que buscam colocar suas ideias em prtica.As dicas esto apresentadas em dez partes que contm ma-
neiras relacionadas obteno e utilizao de recursos para a
sua (utura) empresa e voc poder usar antes, durante e aps
a criao do seu prprio negcio. E o mais importante que
mesmo sem dinheiro voc pode azer acontecer no Brasil, poishoje em dia h alternativas de recursos at a undo perdido.
claro que no to simples assim, pois em empreende-
dorismo nada acontece sem o mnimo de dedicao e para
chegar ao sucesso o empreendedor ter de trabalhar muito. O
objetivo deste livro auxiliar voc a trabalhar da orma correta,
evitando cometer os erros mais comuns relacionados obten-
o e utilizao de recursos nas empresas, permitindo que
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concentre seus esoros no que realmente interessa: o desen-
volvimento do seu negcio.
Dessa orma, se voc seguir algumas das lies aqui apre-
sentadas ou por que no todas? , com certeza suas chan-
ces de sucesso sero muito maiores. No se trata de teoria,muito pelo contrrio, trata-se de aprendizado prtico obtido
dos empreendedores que conseguiram vencer o desafio do
acesso a recursos e hoje podem se orgulhar de ter realizado
seus sonhos.
O que voc est esperando? Siga em rente. Mas, antes, apren-da com quem j chegou l. E se mesmo assim ainda restarem d-
vidas acesse meu blogsite para obter mais inormao e material
complementar para download: .
Boa leitura!
J D
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SumrioPARTE 1Quem empreende sem dinheiro?
1 Voc no est sozinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2 Empreender no Brasil no muito dierentede empreender em outros pases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3 Todo empreendedor comea com
menos dinheiro do que gostaria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4 Siga os conselhos dos seus avs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
5 Dinheiro apenas o combustvel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
6 No adianta reclamar do governo: aa a sua parte . . . . . . . . . 297 Faa o dinheiro trabalhar por voc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
8 No busque emprstimos quando voc mais precisa . . . . . . . . 34
9 Divida a pizza para az-la crescer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
10 Conhea seu perfil de risco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
PARTE 2 De quanto dinheiro voc precisa?11 Determine sua necessidade de recursos . . . . . . . . . . . . . . . . 43
12 O investimento inicial s o comeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
13 Busque o equilbrio entre dvida e patrimnio . . . . . . . . . . . . 47
14 Antes de gastar, descubra o que essencial . . . . . . . . . . . . . . 49
15 Descubra quanto tempo voc ficar sem receber . . . . . . . . . . . 51
16 Voc no ter rias... Ento tire umasantes de comear o negcio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
17 S comece depois de ter quitado todas as suas dvidas . . . . . . . 55
18 Planeje a necessidade de recursos pessoais . . . . . . . . . . . . . . 57
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19 Dilua os riscos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
20 Conhea seu perfil financeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
PARTE 3Planeje cada etapa do negcio
21 Ideias no recebem investimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
22 Oportunidades atraem investimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . 6723 Cuidado com previses aproximadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
24 As trs perguntas essenciais do planejamento . . . . . . . . . . . . 71
25 No comece o negcio sem antes conhecer
uma histria de sucesso no seu ramo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
26 Voc precisa gostar de nmeros para ser empreendedor . . . . . . 75
27 O fluxo de caixa o Rei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
28 No coloque todos os ovos no mesmo cesto . . . . . . . . . . . . . . 79
29 Simule como ser a empresa antes de abri-la . . . . . . . . . . . . . 81
30 Voc sabe planejar? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
PARTE 4Onde est o dinheiro?
31 Conhea as principais ontes de recursos . . . . . . . . . . . . . . . 89
32 Busque dinheiro no lugar certo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
33 Descubra onde est o dinheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
34 O mapa da mina: dinheiro a undo perdido . . . . . . . . . . . . . . 95
35 Fontes de dinheiro a undo perdido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
36 Inovar az a dierena . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
37 Entenda o capital de risco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
38 Investidor anjoversusscio capitalista . . . . . . . . . . . . . . . . 104
39 Amigos, amlia e o seu prprio dinheiro . . . . . . . . . . . . . . 106
40 Agora com voc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
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PARTE 5Como conseguir dinheiro para o seu negcio
41 No busque dinheiro, apresente uma oportunidade . . . . . . . . 113
42 Desistir no az parte do vocabulrio do empreendedor . . . . . 115
43 Networkingunciona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
44 Entenda o que voc deve oerecer ao investidor . . . . . . . . . . 119
45 Pense duas vezes antes de ir ao banco . . . . . . . . . . . . . . . . 12146 J que vai ao banco, aprenda a negociar . . . . . . . . . . . . . . . 123
47 Ansiedade pode prejudicar o acesso a (mais) recursos . . . . . . 125
48 Aprenda a no perder o dinheiro que ainda no conquistou . . 127
49 Pagando a conta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
50 Voc sabe vender seu peixe? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
PARTE 6Agora que conseguiu o dinheiro, multiplique-o!
51 No pense que o mais difcil oi conseguir o dinheiro . . . . . . . 135
52 Liquidez tudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
53 Evite emprstimos de curto prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139
54 Endivide-se para crescer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
55 Prepare-se para a ase de vacas magras . . . . . . . . . . . . . . . . 14356 Permuta, permuta, permuta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
57 Crescer rapidamente pode no ser para voc . . . . . . . . . . . . 146
58 Crescimento orgnico nem sempre unciona . . . . . . . . . . . . 148
59 Alm de vender, voc precisa saber receber . . . . . . . . . . . . . 150
60 Quando 1 + 1 igual a 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
PARTE 7Reduzindo custos para no precisar de mais dinheiro
61 Reduza os custos entrando em
uma incubadora de empresas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157
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62 Compartilhe servios no essenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
63 Negocie com ornecedores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161
64 Recuse clientes que daro prejuzo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163
65 Comprando vista e vendendo a perder de vista . . . . . . . . . . 165
66 Ponto importante, mas no para todos os negcios . . . . . . . 167
67 No imobilize seus recursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169
68 Cuidado com ativos que depreciam . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170
69 Crie o comit de reduo de custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172
70 Faa sua lio de casa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174
PARTE 8Fazendo mais com menos
71 Faa marketing com pouco dinheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . 177
72 Marketing na internet barato e unciona . . . . . . . . . . . . . . 179
73 Construa uma marca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181
74 Venda mais aos mesmos clientes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183
75 Tenha receitas recorrentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 185
76 Imagem (quase) tudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187
77 Atraia os melhores talentos sem recursos . . . . . . . . . . . . . . 189
78 Proponha participao nos resultados e evite desembolsos . . . 191
79 Faa promoes e esvazie o estoque . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193
80 Entenda o recado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195
PARTE 9Minimize os riscos
81 No terceirize as decises financeiras da empresa . . . . . . . . . 199
82 Assessoria jurdica pode ajudar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201
83 No economize com bons profissionais . . . . . . . . . . . . . . . 203
84 Fio do bigode inelizmente no vale mais . . . . . . . . . . . . . . 205
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85 A difcil deciso de parar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 207
86 No dependa de um nico cliente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209
87 Controleversusagilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211
88 Focoversusdiversificao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213
89 Empreendedores no ganham escala . . . . . . . . . . . . . . . . . 215
90 Prepare-se para o crescimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 216
PARTE 10A hora da colheita
91 Empreendedor no pensa s em dinheiro . . . . . . . . . . . . . . 221
92 As lies tambm so vlidas se voc j tem dinheiro . . . . . . 222
93 Empreenda mais de um negcio
com pouco ou sem dinheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22394 Vender a empresa pode ser uma sada . . . . . . . . . . . . . . . . 225
95 Fuso e aquisio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227
96 Abertura de capital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229
97 Empreendedor no se aposenta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 231
98 Passando o basto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233
99 Agora que voc j sabe, empreenda de novo . . . . . . . . . . . . 235100 Entenda o que empreender sem dinheiro . . . . . . . . . . . . . 237
101 Empreender vale a pena . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 238
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Parte 1
Quem empreendesem dinheiro?
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Voc no est sozinho
No se desespere, pois voc no est sozinho! isso mesmo,
alm de voc, tenha certeza de que mais de 90% dos empreende-dores ou candidatos a empreendedor encontram-se na mesma
situao: tm uma ideia, querem abrir um negcio ou j monta-
ram a empresa e esto procura do combustvel essencial que
ar o negcio decolar. Se isso no serve de consolo, atente para o
ato de que mesmo nessa situao os empreendedores que acre-ditam no prprio sonho no se desanimam com obstculos como
esse. Os empreendedores no se limitam pela necessidade de re-
cursos. Entendem que o dinheiro parte essencial do processo de
empreender e buscam alternativas para conseguir obter e alocar o
mximo de recursos na hora e no lugar certos.Muitos desistem antes da hora e reclamam que a alta de
dinheiro o principal motivo que os impede de criar e desen-
volver seus negcios. No verdade. Esse o discurso dos que
alharam. Voc j se perguntou quantos brasileiros esto en-
volvidos com o prprio negcio? Surpreenda-se: mais de 15milhes de pessoas! E como eles conseguiram? So vrias as
ontes, como ser apresentado ao longo do livro, mas no oi a
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alta de dinheiro que os impediu de tentar. Pelo contrrio, a
motivao de azer acontecer os levou ao prximo estgio, ven-
cendo um desafio aps o outro.
Porm, apenas motivao no suficiente. preciso em-
pregar tcnicas comprovadamente eficazes, praticadas pelosque venceram a barreira da alta de recursos, para ento azer
parte desse seleto grupo que busca e consegue concretizar seus
projetos empreendedores.
No se sinta prejudicado, excludo ou sem sorte. Esse tipo
de sentimento no condiz com o apetite de vencer dos empreen-dedores. Prepare-se, conhea o seu negcio e entenda que con-
seguir dinheiro apenas uma parte do processo. E no se
surpreenda com a quantidade de nos que receber. Voc
no ser o nico. Aprenda com cada no para melhorar o seu
projeto e o seu discurso de venda para ento chegar ao sim.Mude seu jeito, no seja mais um reclamando das condi-
es para empreender no Brasil. Foque no lado positivo do
empreendedorismo, pois os empreendedores de sucesso co-
nhecem suas limitaes e desafios e os enrentam com pre-
paro e determinao. No pense voc que se sua ideia denegcio osse desenvolvida em outro pas a situao seria
muito dierente.
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Empreender no Brasilno muito dierente deempreender em outros pases
Voc j deve ter ouvidocomentar que no Brasil complicado
empreender, que o acesso a recursos muito limitado e as ta-
xas cobradas pelos bancos so extorsivas. De certa orma, quem
passa por esse processo de busca de dinheiro realmente vai en-contrar um cenrio nada convidativo se a nica alternativa
considerada or bater porta de bancos comerciais. Mas ser
que esse um enmeno brasileiro?
Longe de ser uma caracterstica do sistema de crdito brasi-
leiro, isso ocorre na maioria dos pases, mesmo nos mais desen-volvidos. O ato que o empreendedor precisa entender que
qualquer negcio em ase embrionria ou de planejamento
sempre vai representar um alto risco para quem empresta recur-
sos financeiros. Mesmo negcios j estruturados que buscam
dinheiro em bancos comerciais enrentaro grandes desafios. a lgica do risco versusrecompensa. O empreendedor
imagina, erroneamente, que os bancos so os principais
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parceiros iniciais pa-
ra comear um ne-
gcio. Mas os bancos
analisam o negcio em
ase inicial como umaaposta muito arriscada e,
assim, cobram caro pelo recur-
so, quando emprestam, pois na
maioria dos casos solicitam uma ga-
rantia real do empreendedor em caso de nopagamento do emprstimo. O que muda em relao aos ou-
tros pases est no ato de que certas economias mais est-
veis praticam taxas de juros menores e permitem que os
bancos cobrem menos juros dos emprestadores de dinhei-
ro: os empreendedores. Mas no muda muito, pois o neg-cio em ase inicial em qualquer lugar do mundo ter riscos
e, dessa orma, ser menos convidativo para receber em-
prstimos vantajosos.
O que voc deve azer? Deve analisar todos os riscos do
negcio, planejar cada passo e, o mais importante, levantarTODAS as alternativas de investimento e inanciamento
existentes. Com isso, perceber que os bancos comerciais
Mesmo negciosj estruturados quebuscam dinheiro embancos comerciais
enfrentarograndes desafios.
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no so a onte de recursos mais adequa-
da para um negcio em ase inicial em ne-
nhum lugar do mundo. H um mito de
que os bancos comerciais so o lugar cer-
to, onde o empreendedor deve bater por-ta para comear o seu negcio. Errado!
Voc aprender aqui que os negcios que
chegam ao sucesso comeam de orma di-
erente tanto no Brasil como em qualquer
outro pas. E se voc acertar desde o incioter mais chances de vencer. Do con-
trrio, poder cometer um erro
atal... Pense bem!
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O negcio em faseinicial em qualquer
lugar do mundoter riscos e, dessaforma, ser menos
convidativo parareceber emprstimos
vantajosos.
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Todo empreendedorcomea com menosdinheiro do que gostaria
natural que voc queiracomear seu negcio com o mon-
tante de recursos completamente definido e sem precisar de
mais nada, pois assim no ter problemas uturos. Mas ser
que na prtica o que ocorre? Inelizmente, no bem assim...Na verdade, os empreendedores nem sempre planejam bem
o incio dos negcios e estimam de orma precria a neces-
sidade de recursos. O que ocorre que a partir da abertura ee-
tiva da empresa a realidade mostra-se bem dierente do
cenrio terico imaginado pelo empreendedor. E mesmo quealguns saibam disso no esperam at conseguir todo o recur-
so, preerem antecipar-se com agilidade e colocar o negcio
para uncionar a levantar 100% do dinheiro que julgam ser
o necessrio.
O problema-chave a ser analisado aqui o erro ou a alta deplanejamento. Principalmente quando o empreendedor nova-
to, ele visualiza apenas cenrios positivos para o negcio, esquece
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atores como sazonalidade, alta de experincia, marca desco-
nhecida, competio acirrada etc., e projeta receitas recorrentes
mensais que no se mostraro verdadeiras no incio. Nesse caso,
importante criar cenrios alternativos, principalmente aque-
le que nenhum empreendedor gostaria de enrentar, mas nodeve esquecer de considerar: o cenrio em que as vendas no
ocorrero na velocidade imaginada. A partir da, o empreende-
dor perceber que vai precisar no s do recurso inicial, mas de
uma ajuda extra para levar a empresa at o ponto de equilbrio,
quando ela prpria gerar os recursos suficientes para manteras operaes sem a necessidade de investimento externo.
E no caso de o empreendedor ter planejado adequada-
mente o negcio, definido o montante necessrio
para az-lo sair do papel, o que ocorre no
muito dierente. Mesmo quando o em-preendedor no obtm todo o recur-
so do qual precisa, ele se antecipa
e cria o negcio na crena que
conseguir o dinheiro em eta-
pas. Em tese o empreende-dor no est errado, mas
estar assumindo um risco
O problema--chave a ser
analisado aqui
o erro oua falta de
planejamento.
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calculado. Ele sabe que ter caixa para manter a empresa por
alguns meses e nesse perodo ter de encontrar alternativas
para atrair mais dinheiro para o negcio.
Por que isso acontece? Porque os empreendedores tm
apetite pelo risco? Ou porque eles no querem deixar a oportu-nidade passar? A resposta um pouco de cada coisa. O cenrio
ideal, no qual o empreendedor define com clareza a necessidade
de investimento do negcio e consegue esse investimento,
menos requente. Por isso, mesmo que no tenha todo o recur-
so em mos, pense se no vale a pena definir uma estratgiaousada e colocar o negcio em ao. Mas cuidado, pois se a es-
tratgia no uncionar voc pode quebrar a em-
presa antes de saber se ela realmente
tinha potencial.
importantecriar cenriosalternativos,principalmente
aquele que nenhumempreendedorgostaria de enfrentar.
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Siga os conselhosdos seus avs
Diz o ditado quese conselho osse bom no seria dado de graa,mas seus avs com certeza lhe deram conselhos que se mostra-
ram ou se mostraro verdadeiros. Em empreendedorismo, ouvir
a voz da experincia az a dierena e antecipa ou evita muitos
problemas. Voc no pode se comportar como um super-homem
ou uma mulher-maravilha, pois os empreendedores so pessoasde carne e osso e no super-heris. Isso mesmo, empreendedo-
res de sucesso no chegaram ao auge porque tm superpoderes
ou pensam de orma dierente, mas porque pensam e agem com
simplicidade e tentam dividir em etapas as atividades que bus-
cam desenvolver, dando oco adequado a cada uma delas.Alm disso, os que chegam ao sucesso descobrem bem
cedo, ainda durante o processo de empreender, que buscar ou-
vir outros empreendedores e ter um ou mais conselheiros a
quem recorrer em momentos de dvida ser especialmente in-
teressante. No pense que os empreendedores se isolam e to-mam decises sem pedir orientao. Muitos azem isso, claro,
mas a maioria que chega ao sucesso escolhe algumas pessoas
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Dinheiro apenaso combustvel
Sem dinheiro no h negcio,mas empreendedores de pri-meira viagem do excessiva importncia posse do dinheiro
para azer acontecer. Na verdade, h um mito muito diundido
de que o dinheiro o principal ingrediente para criar o negcio
prprio. Porm, se o negcio or mal estruturado ou criado sem
o mnimo de planejamento, no ser o dinheiro injetado quear a empresa prosperar, muito pelo contrrio. Negcios mal
geridos que recebem dinheiro indiscriminadamente acabam
por se tornar malsucedidos.
O que ocorre muito parecido com a analogia do iceberg. O
empresrio visualiza apenas a ponta ou pequenos problemas eacredita estar prosperando pelo ato de ter vendas crescentes.
Mas no consegue mensurar o quanto est gastando para atin-
gir os objetivos de vendas. s vezes, o resultado lquido cada
vez pior, mas como o caixa mal gerido isso no aparece clara-
mente. S quando um evento inesperado acontece como aqueda brusca nas vendas devido ao cancelamento de um con-
trato que o empresrio se preocupa com uma anlise mais
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criteriosa dos custos, do caixa da empresa e com a perspectiva
exata de retorno do investimento. Vender essencial, mas ven-
der com lucro imperativo.
Quando o empresrio no tem todo o dinheiro de que ne-
cessita para criar o negcio e mesmo assim o az, acaba tendode gerir com muito zelo cada centavo que entra e sai da empre-
sa e aprende na prtica o que empreender sem dinheiro. Ele
planeja cada passo do dia a dia e considera variveis como sa-
zonalidade, concorrncia, equipe, prazo para desenvolvimento
de produtos, qualidade do que se vende etc., bem como se pre-para para negociar com ornecedores e parceiros.
Em empreendedorismo essencial ter trs ingredientes
presentes para levar a empresa ao sucesso: pessoas, oportuni-
dade e recursos. Pessoas so a equipe que ar sua empresa
crescer; oportunidade a carncia ou lacuna presente no mer-cado e para a qual voc identificou uma soluo; recursosso o
combustvel que ar a empresa progredir. Sem os dois primei-
ros ingredientes bem equilibrados no adianta ter ape-
nas o combustvel, pois todo negcio precisa de um
motor potente e de uma direo clara de onde sequer chegar.
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