“Em Espírito e em Verdade”"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." (Romanos 12:2).
Disponível no site www.musicaeadoracao.com.br
Hinos Sugeridos (HA):Hino Inicial –12, 18, 16Meditação – 1, 10Hino Final – 282, 287, 304
Baseado no livro Cristãos em Busca do Êxtase, Ed. Unaspress – SP, de autoria de Vanderlei Dorneles
A Adoração e o Grande Conflito A adoração é tema central do Grande Conflito:
Satanás desejou ser adorado (Isaías 14:13-14) Foi uma das tentações de Jesus (Mateus 4:8-9) Ele e seus representantes ainda desejam isso hoje (
II Tessalonicenses 2:3-4) Será o divisor final entre o Povo de Deus e os ímpios (
Apocalipse 14:6-12) Das três mensagens angélicas, duas tratam da adoração!
O Grande Conflito e nós "Muitos há que não consideram esse conflito entre
Cristo e Satanás como tendo relação especial com sua própria vida; pouco interesse tem para eles. Mas essa luta repete-se nos domínios de cada coração". (O Desejado de Todas as Nações, p. 116)
A Adoração e o Grande Conflito Adoração à besta
(a qual recebeu o poder da mão de Satanás) Apocalipse 13:4, 8, 14 e 15
Adoração a Deus É uma atividade constante no céu, e será nosso privilégio
ao lá chegarmos Apocalipse 4:10-11; 5:14; 7:11-12; 11:16-17; 15:4; 19:4
O resultado do Grande Conflito Adoradores da besta: Apocalipse 14:9-11
“E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome.
O resultado do Grande Conflito Adoradores de Deus: Apocalipse 20:4
“E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.”
A importância da Adoração A quem dedicamos a nossa adoração?
Então disse-lhe Jesus: (...) Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. (João 4:10)
Esta será a prova final durante a tribulação dos últimos dias, conforme já vimos nas mensagens dos três anjos de Apocalipse 14. E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta,
para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta (Apocalipse 13:15)
O que é adorar? "Adoração é uma reação ativa a Deus, pela qual
declaramos a sua dignidade. A adoração não é passiva, mas sim participativa. Adoração não é simplesmente um clima; é uma reação. Adoração não é apenas uma sensação; é uma declaração. (Allen/Borror, Teologia da Adoração - pág. 16 – (ênfase no original))
Como adorar? Já sabemos que devemos adorar e a nossa adoração
deve ser somente a Deus, mas como adorar? “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (João 4:23-24)
Adorar em espírito – distorções Muitos crêem que, ao falar em “espírito”, o
evangelista está se referindo às emoções, a sentimentos profundos e poderosos. Com base neste conceito, muitos interpretam as palavras
de Jesus como nos instruindo a adotarmos um estilo de adoração que excite o lado emocional, buscando “sentir” a presença de Deus.
Não há base bíblica para tal afirmação.
Por que? Se não existe base bíblica para esta distorção, de
onde ela se originou? Por que muitos concordam com ela? Por que este erro de interpretação tem permeado
todas as igrejas cristãs ocidentais, até mesmo as mais tradicionais, inclusive a igreja católica?
Origens do culto emocional A adoção, a partir do início do século XX de um
estilo de adoração fortemente emocional tem suas raízes bem definidas: Os movimentos de reavivamento que surgiram a partir de meados do século XIX, principalmente nos estados do meio-oeste e do sul dos EUA.
Origens do culto emocional A característica mais marcante destes movimentos
era seu estilo de culto com forte ênfase nas emoções e nos dons do Espírito.
Mas por que este movimento surgiu, nesta época, exatamente nesta região?
Raízes mais profundas Para compreendermos melhor as alterações que
ocorreram no cristianismo a partir desta época, é necessário fazermos um estudo mais profundo nas características das religiões do mundo
A partir esta análise, compreenderemos como (e por quem) a religião cristã ocidental foi influenciada, a ponto de fazer surgir a tendência atual em direção a um culto de celebração, mesmo nas igrejas tradicionais.
Divisões básicas das religiões As religiões mundiais podem ser divididas, em
quatro grupos, de acordo com suas características: Servidão – Culto a deuses poderosos e impiedosos, com
uso de sacrifícios e rituais de sofrimento e transe e/ou orgias. Casta sacerdotal rígida. Egípcios, povos cananitas, gregos e romanos
Integração – Culto a divindades da natureza, com um ser supremo e vários deuses intermediários. Xamanismo e rituais de transe extático. Oceania, indígenas, africanos.
Divisões básicas das religiões Libertação – Busca de um retorno à comunhão espiritual.
Meditação, transe místico. Religiões orientais, hinduísmo. Salvação – Possui uma revelação divina objetiva.
Judaísmo, Islamismo e Cristianismo
As religiões de servidão, integração e libertação são chamadas de religiões naturais
As religiões de salvação são chamadas de religiões de revelação
Foco nas religiões de integração Não recebemos muitas influências das religiões de servidão,
as quais estão praticamente extintas Recebemos muito pouca influência das religiões de libertação
Apenas após o despertar dos movimentos vinculados à Nova Era, a partir das décadas de 1960-70 é que passamos a conhecer mais profundamente essas formas de culto
Porém, fomos profundamente influenciados pelas religiões de integração. A principal dessas influências foi a partir dos negros trazidos da
África como escravos. Estes homens e mulheres trouxeram sua cultura e seus conceitos de culto. Precisamos, portanto, estudar mais detidamente este grupo de religiões.
Religião de Integração Características básicas:
Comunhão com a divindade em função de benefícios materiais (aqui e agora)
Não há a teorização da divindade. Não existem dogmas ou doutrinas. Não há verdades absolutas morais ou filosóficas.
Não existem conceitos de salvação, pecado, redenção Comunhão com a divindade através de sensações, sentidos, em vez
de convicção e razão Crença em um deus supremo, porém distante. Deve ser alcançado
através de intermediários. Muitos dos intermediários são espíritos dos mortos, que devem ser apaziguados através de rituais com sacrifícios, bebidas e comidas.
Religião de Integração O sobrenatural permeia a natureza. Portanto, a natureza humana
também tem um componente sobrenatural e pode apresentar-se diante da divindade com todas as suas experiências.
O culto é caracterizado pelo transe ou possessão, seja individual ou grupal. O transe é o foco central do culto, buscado, como evidência da comunhão com a divindade. Utiliza-se, na busca do êxtase espiritual, músicas ritmadas, com tambores e danças
Riqueza de simbolismos e imagens, consideradas mais eficazes do que idéias e palavras
Dificuldade em separar o santo do profano. Na verdade, existe uma forte interação entre o sagrado e o profano
Influências no cristianismo O meio-oeste e o sul dos EUA eram os estados com maior
densidade populacional de negros, recém libertos da escravidão
“Em 1937 havia mais de 100 mil ex-escravos vivendo nos Estados Unidos.” “Dos escravos trazidos da África, esperava-se tanto que falassem
inglês quanto que adotassem a religião professada por seus proprietários. O texto bíblico era citado para endossar a escravidão e induzir à obediência. Os escravos abraçavam a nova religião, muitos acreditando que seus sofrimentos seriam recompensados na outra vida, no ‘paraíso superior’.” (Oliver, Harisson e Bolcom, Gospel, Blues e Jazz, Ed. L&PM – Porto Alegre, pág. 12)
Religião africana nos EUA Esses escravos “convertidos” criaram um certo sincretismo
(ou mistura) religioso dentro do cristianismo, ao interpretar os ensinos que recebiam de acordo com a sua herança cultural e seus conceitos de divindades e de como culto cultuar a essas divindades.
Daí surgiram os cânticos negro spirituals e os estilos de culto envolvendo manifestações físicas, como bater palmas, bater pés, erguer dos braços, dançar, expressar-se com informalidade.
Religião africana nos EUA “Sua natureza extática, induzindo ao transe, tinha elos
evidentes com as tradições africanas. Outros elementos que podem ser de origem africana neste tipo de spiritual, como a cantoria antífona improvisada, gritarias, cantochões, pisadas e os espasmos involuntários dos membros ‘possuídos’ das congregações também tem sido observados em igrejas brancas fundamentalistas e podem ser relacionados com as formas altamente emocionais de expressão religiosa desenvolvidas no Grande Despertar.” (Oliver, Harisson e Bolcom, Gospel, Blues e Jazz, Ed. L&PM – Porto Alegre, pág. 16)
Religião africana nos EUA “... Contratempos eram marcados por palmas e,
naquelas seitas que permitiam isto, pela ‘dança sagrada’ sem cruzar os pés. Freqüentemente membros das congregações ‘ficavam felizes’, entrando num transe induzido pelos cantos e ritmos dos spirituals mais rápidos, alguns também ‘falando em dialetos’ ou balbuciando sílabas sem significação.” (Idem, pág. 21)
Essencialmente entre os negros Segundo o pesquisador Francisco Calixto Rolim, por ser
negra a maioria dos primeiros crentes que falaram em línguas, houve estranheza em relação ao movimento entre as igrejas americanas e mesmo nos meios seculares. O fato de os negros falarem “línguas estranhas, em cultos com alegres cânticos e orações em altas vozes, agitou a imprensa norte-americana, que taxava o episódio como invasão da cultura africana na civilização ianque. (O Que É Pentecostalismo, Ed. Brasiliense, pág. 22)
Razões para a aceitação nos EUA Exatamente nesta época estava ocorrendo um grande
reavivamento espiritual, devido aos ensinos de Jonh Wesley (igreja Metodista). Wesley pregava uma maior busca da santidade e dos frutos do
Espírito Santo. Ele se preocupava em evitar que a igreja fosse fria e meramente ritual
Devido às influências culturais africanas, o ensino de Wesley foi deturpado, criando alguns movimentos paralelos. Estes movimentos enfatizavam mais os dons do Espírito do que os
frutos do Espírito
Surgimento da glossolalia Historicamente, a primeira manifestação de “falar em
línguas” ocorre na vigília de Ano Novo de 1900 para 1901. Uma moça chamada Agnes Ozman emite sons estranhos durante uma oração.
Em 1906, em Los Angeles, William J. Seymour, ensina que o Espírito Santo deve manifestar-se nos crentes através do dom de línguas. Este é o marco inicial do pentecostalismo. O movimento cresce rapidamente entre as igrejas negras, embora alguns brancos também participassem.
Religião africana no Brasil Ao contrário dos Estados Unidos, no Brasil (apesar do grande
número de escravos), os cultos africanos não resultaram em movimentos semelhantes porque: Ao contrário das igrejas protestantes americanas, a igreja dominante
na América do Sul, era a Igreja Católica A liturgia católica era (até o Concílio Vaticano II, em 1962) muito
rígida, não permitindo variações Não é permitido ao adorador católico ter a sua própria interpretação
da verdade. O clero tem o papel de intérprete final da verdade. A igreja católica não dava ao papel do Espírito Santo a mesma
importância que os protestantes americanos davam.
Religião africana no Brasil Como não encontrou meios de penetrar diretamente no
catolicismo, como ocorreu com o protestantismo nos EUA, a religião africana no Brasil, influenciada pelo catolicismo, resultou nos rituais de Umbanda. Isto explica o porque, na Umbanda, existe uma forte interação
simbológica entre as divindades africanas e os santos católicos Apesar do discurso aparentemente divisionista, vemos
atualmente, através dos movimentos neo-pentecostais e carismáticos, rituais muito semelhantes aos rituais da Umbanda acontecendo nos templos cristãos (possessões e exorcismos, amarrações, descarregos, adivinhações do futuro, etc.), inclusive na própria igreja católica, através dos movimentos carismáticos.
Liturgia emocional e corporal “O pentecostalismo, possuído pela ênfase na
experiência tangível da salvação, encontrou nos elementos culturais africanos uma forma adequada de expressão. Essa forma incorporada ao culto abre espaço para uma liturgia emocional e corporal” (Vanderlei Dorneles, Cristãos em Busca do Êxtase, Ed. Unaspress, pág. 88)
Conseqüências desta influência “Os estudos sobre os cultos antigos permitem ver
como o ‘senso da divindade’ ou a religiosidade natural da psique humana, percebidos em todas as culturas, facilmente se degenera em condescendência com as paixões carnais, principalmente quando a religião não é governada por princípios morais sólidos e conceitos absolutos de verdade e santidade.” (Idem, pág. 33)
Conseqüências desta influência “A mistura de elementos cristãos (...), com a forma
litúrgica caracteristicamente africana, sugere que o pentecostalismo não é um movimento autenticamente cristão. O cristianismo vivo sempre se caracterizou por sua separação do mundo, inclusive em termos culturais. A liturgia africana vai distanciar gradativamente o pentecostalismo de sua inicial orientação bíblica-wesleyana para uma aproximação sistemática do culto primitivo.” (Idem, pág. 89)
Conseqüências desta influência “A aproximação do culto primitivo (...) se verifica no
predomínio do misticismo, no conceito imanentista de Deus e na visão subjetivista das Escrituras. Verifica-se ainda na abertura para a intuição para o inconsciente como fonte de verdade; e, por fim, no uso crescente da música popular na adoração, com o conseqüente rompimento dos limites entre o sagrado e o profano. (...) O espaço sagrado abriga as manifestações culturais do mundo profano. Neste ambiente onde o ser humano solta-se para ser ele mesmo, o adorador já não vê oposição entre o Deus santo e o comportamento trivial” (Idem, págs. 90 e 118)
A música e a dança no transe “A música percussiva rítmica é um dos principais
elementos do transe provocado. Na história das religiões, a música do tambor e a dança ocupam um espaço evidente. Mas no culto primitivo, em particular, por ser pobre em dogmas e mitos, e ao mesmo tempo rico em rituais, a música e a dança são ainda fundamentais. Os religiosos primitivos (...), empregavam a música para alcançar a meta primordial de seu culto e a unidade com o sobrenatural.” (Idem, pág. 24)
O conceito de Deus O conceito de Deus no cristianismo influenciado pelas
experiências místicas e pelo uso da música popular, tende inevitavelmente a se distanciar do conceito cristão de um Deus pessoal dotado de vontade, e migrar para o conceito pagão primitivo, que vê a divindade como força impessoal, imersa na criação. (Wolfgang H. M. Stefani, Música Sacra, Cultura & Adoração, Unaspress, pág. 182)
Qual é o conceito bíblico de Deus? Ele é, paradoxalmente, transcendente e imanente. E a nossa adoração deve manter este equilíbrio. (Isaías 57:15)
Implicações para a igreja de hoje Como estão os nossos conceitos de “verdade e santidade”? Nossos “princípios morais” são “sólidos”? Será que o fato de não termos entre nós transes e possessões
explícitas poderia indicar que não fomos influenciados por este histórico?
O que é, para mim, a “comunhão com Deus”? Qual é o meu conceito de Deus? Qual a razão para virmos à igreja: buscar bênçãos materiais
ou reconhecer a majestade de Deus e nossa plena dependência dEle?
Implicações para a igreja de hoje O que o nosso estilo de adoração, caracterizado por nossas
músicas, postura e testemunho tem indicado? Precisamos “sentir” o poder e a presença de Deus ou
podemos compreender Sua revelação e confiar em Suas promessas pela fé?
Estamos buscando um culto emocional, com manifestações físicas e espontaneidade informal, ou estamos adorando “em espírito em em verdade”?
O que é efetivamente, adorar “em espírito” e “em verdade”?
Adorar em espírito – pneuma (385 ocorrências no NT)
Este termo é usado usado para: o Espírito Santo; espíritos, potestades; princípio vital pelo qual o corpo é animado; vento, sopro;
Neste texto, é usado no sentido de: O espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa,
decide; maturidade
Nunca usado para referir-se a uma força despersonalizada
Espírito (pneuma) – Exemplos (apenas nos Evangelhos)
Mateus 5:3 – Bem aventurados os pobres de espírito; Mateus 22:43 – Davi, em espírito, lhe chama Senhor Mateus 26:41 – O espírito está pronto, mas a carne é fraca. Marcos 2:8 - E Jesus, conhecendo logo em seu espírito... Marcos 14:38 – O espírito está pronto, mas a carne é fraca. Lucas 1:47 – E o meu espírito se alegra em Deus... Lucas 1:80; 2:40 – Crescia, e se robustecia em espírito.
Adorar em espírito - Mente Notamos assim que a expressão “espírito”, conforme
utilizada em João 4:23-24 e nos versos destacados refere-se à sede da razão, à mente, e não às emoções.
Portanto, “adorar em espírito” quer dizer que devemos adorar de forma racional, inteligente. “O princípio fundamental da genuína adoração é que
devemos conhecer a Deus, antes de poder adorá-Lo” (Miguel Angelo Darino, La Adoración: Analisis y Orientación, 1992, pág. 108)
Razão x Emoção É possível dissociar a razão das emoções? O homem é um ser
bipolar, com uma parte racional e outra parte emocional, sendo essas partes independentes uma da outra?
A dicotomia entre razão e emoção surgiu na cultura grega. A visão bíblica do homem é um ser completo, com corpo,
razão e emoção, sendo estes elementos interdependentes entre si. I Tessalonicenses 5:23 – E o mesmo Deus de paz vos santifique em
tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
Santificação através da razão Por que, então, esta ênfase na razão?
"Muitos dos que professam santificação ignoram inteiramente a obra de graça sobre o coração. (...) Põem de lado a razão e o juízo, e confiam completamente em seus sentimentos, baseando suas pretensões à santificação nas emoções que em algum tempo experimentaram. (...) A santificação bíblica não consiste em forte emoção. Eis onde muitos são levados ao erro. Fazem dos sentimentos o seu critério. Quando se sentem elevados ou felizes, julgam-se santificados. Sentimentos de felicidade ou a ausência de alegria não é evidência de que a pessoa esteja ou não santificada. Não existe tal coisa como seja santificação instantânea. A verdadeira santificação é obra diária, continuando por tanto tempo quanto dure a vida.” (Ellen G. White, Santificação, págs. 9-10)
Excitação de sentimentos “Se trabalharmos para criar excitação do sentimento, teremos
tudo quanto queremos, e mais do que possivelmente podemos saber como manejar. Calma e claramente "prega a Palavra". Importa não considerar nossa obra criar excitação. Unicamente o Espírito de Deus pode criar um entusiasmo são. Deixai que Deus opere, e ande o instrumento humano silenciosamente diante dEle, vigiando, esperando, orando, olhando a Jesus a todo momento, conduzido e controlado pelo precioso Espírito que é luz e vida.” (Ellen G. White, Carta 68, 1894 – Publicado em Mensagens Escolhidas, vol. 2, págs. 16-17)
Intoxicação do excitamento “Muitos andam interrogativos e perturbados. Isto é porque
não têm fé em Deus. Para alguns, os cultos não significam mais que um tempo agradável. Quando seus sentimentos são despertados, pensam que estão grandemente abençoados. Alguns não acham que são abençoados a menos que sejam agitados e exaltados. A intoxicação do excitamento é o objetivo que buscam; e, se o não obtêm, julgam tudo estar errado com eles, ou que algum outro o está.” (Ellen G. White, Carta 89, 1902– Publicado em Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 21)
Culto emocional “Muitos crêem que estão cheios do Espírito Santo
quando, na realidade, estão somente reagindo fisicamente ao estímulo sonoro que secreta um hormônio que os faz sentir desta maneira, especialmente quando a música é altamente animada. É interessante notar que os sentimentos de euforia da reação a tal música é o mesmo que os apaixonados sentem, pois o mesmo hormônio é secretado. (Eurydice V. Osterman, O Que Deus Diz Sobre Música – Unaspress, pág. 46)
ExperiênciaFilme sobre acidentes de trabalho (dedos sendo cortados... ou pior)
Segundo Grupo:“É um filme real, com fins educativos, para aumentar a segurança
no trabalho.”
Terceiro Grupo:Sem qualquer
informação prévia
Primeiro Grupo: “Tudo não passa de uma brincadeira com atores.
O sangue não é real”
Negação“Aquilo não é real”
Racionalização“É importante aprender
com os erros”
Resposta fisiológica fraca Stress
Experiência - Conclusão “A cognição é uma condição necessária e suficiente para a
emoção” (Richard Lazarus, On The Primacy of Cognition, American
Phsychologist, 1991, 39, pp. 124-129
Ou seja: A adoração é racional (Romanos 12:1-2), mas a emoção não pode ser
descartada. Porém, vimos que para adorar plenamente é preciso conhecer. Além
disso, o conhecimento é a base na qual a emoção se constrói. Portanto, a emoção genuína na adoração é aquela que brota como
conseqüência da compreensão e aceitação intelectual das verdades da salvação.
Adorar em verdade O que é a verdade? Pilatos fez esta pergunta, mas não esperou a
resposta. Mas, pela Bíblia nós temos esta resposta! Deus é a verdade (Deuteronômio 32:4) Jesus é a verdade (João 14:6) O Espírito Santo é a Verdade (I João 5:6) A palavra de Deus é verdade (João 17:17)
Adorar em verdade A religião cristã é uma religião de revelação. Como cristãos e
protestantes, cremos e ensinamos que a Bíblia, a palavra viva de Deus, é a nossa única regra de fé e prática.
A Palavra de Deus é verdade; logo, se cremos nela e pautamos nossa vida por ela, estamos na verdade e adoraremos em verdade.
Contudo, não é possível adorarmos “em verdade” e ainda seguirmos os padrões do mundo: isto seria mentira! I João 2:4 Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus
mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.
Em verdade = Em santidade Deus (a Trindade) é a verdade, e é Santo É óbvio que, todo aquele que se entrega a Deus, será
santo I Pedro 1:13-19
Portanto, uma adoração que não seja em conformidade com os padrões de santidade, não pode ser uma adoração “em verdade”!
Santo x Profano “A menos que aos crentes sejam inculcadas idéias precisas
acerca do culto verdadeiro e da verdadeira reverência para com Deus, prevalecerá entre eles a tendência para nivelar o sagrado ao comum. Tais pessoas, professando a verdade, serão uma ofensa a Deus e uma lástima para a religião.” (White – Testemunhos Seletos, vol. 2, p. 202)
O estilo de vida e as atitudes do povo que adora a Deus devem ser santificados. Esta santificação não é uma condição para a salvação, mas uma conseqüência de receber a revelação e a própria salvação.
Desde o Monte Sinai Este preceito divino foi ordenado ao povo de Deus já
desde o monte Sinai (Êxodo 19:5-6) Ao detalhar os rituais do serviço do tabernáculo,
nada foi deixado ao improviso. Tudo refletia a santidade dAquele que era adorado
Claramente, já naquele tempo era necessária uma adoração racional: (Levítico 19:5)
Santidade = Separação Santidade quer dizer separação Deus ordenou que houvesse uma nítida separação entre o Seu
povo e os povos ao redor. A morte de Nadabe e Abiú é a mais clara indicação de que o
culto a Deus requer santidade (separação) e inteligência (racionalidade) (Levítico 10:1-2)
É exigida uma clara separação entre o que é consagrado ao Senhor e o que á banal, corriqueiro e mundano. (Levítico 10:10; Mateus 6:24)
Este princípio ainda é válido? “Deus tem revelado santas e sagradas verdades para separar
Seu povo dos ímpios e purificá-los para Si. Os adventistas do sétimo dia devem viver sua fé. Os que obedecem aos Dez Mandamentos, vêem o estado do mundo e as coisas religiosas de um ponto de vista inteiramente diferente de como os vêem os professos cristãos que são amantes dos prazeres, que se esquivam à cruz e vivem na transgressão do quarto mandamento.” (Ellen White, Testemunhos Seletos, vol.1 pág. 155)
Como tem sido o nosso culto? Nosso culto é caracterizado pela solenidade e reverência? Temos buscado o culto “em espírito” (racional) e “em
verdade” (santificado)? Nosso louvor se distingue claramente dos estilos musicais
mundanos? Temos evitado terminantemente o estilo de culto que remete
às religiões primitivas, com acentuado apelo emocional, com alto volume e acompanhamento de tambores? Podemos argumentar que não temos manifestações extáticas em
nosso meio, mas este é o caminho para isto!
Conselhos de Ellen White Este movimento de incitação a um culto fortemente
emocional chegou a permear a igreja Adventista. Em 1900, houveram, em uma reunião campal, manifestações estanhas, incitadas por música ritmada. Prontamente enfrentada por Ellen White, esta tentativa não prosperou.
Quando informada através de cartas acerca do ocorrido, Ellen White disse:
Música não convida os anjos "Aparelhamento faustoso, ótimo canto e música instrumental
na igreja não convidam o coro angélico a cantar também. À vista de Deus estas coisas são como galhos da figueira infrutífera, que só mostrava folhas pretensiosas. Cristo espera frutos, princípios de bondade, simpatia e amor. (...) Pode uma congregação ser a mais pobre da Terra, sem música nem ostentação exterior, mas se ela possuir esses princípios, os membros poderão cantar, pois o gozo de Cristo está em sua alma, e esse canto podem eles oferecer como uma oblação a Deus." (White – Manuscrito 123, 1899)
O Autor do padrão do culto Quem está sendo adorado: Deus ou o ser humano? Se é Deus, então devemos permitir que Ele dite o padrão do
culto, e não o nosso gosto pessoal. O padrão ditado por Deus é um culto “em espírito” (racional)
e “em verdade” (santificado) (Romanos 12:1-2) 1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis
os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2 E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
A nossa resposta Qual será a nossa resposta de agora em diante? Vamos prestar um culto a nos mesmos, nossos
gostos, nossas vaidades e paixões carnais? Ou prestaremos um culto verdadeiro a Deus, de acordo com Seus padrões, um culto que Ele possa aceitar e ter prazer nele?
O verdadeiro culto "Religião não é limitar-se a formas e cerimônias
exteriores. A religião que vem de Deus é a única que leva a Ele. Para O servirmos devidamente, é mister nascermos do divino Espírito. Isso purificará o coração e renovará a mente, dando-nos nova capacidade para conhecer e amar a Deus. Comunicar-nos-á voluntária obediência a todos os Seus reclamos. Esse é o verdadeiro culto.
(...continua...)
O desejo de Deus ... É o fruto da operação do Espírito Santo. É pelo
Espírito que toda prece sincera é ditada, e tal prece é aceitável a Deus. Onde quer que a alma se dilate em busca de Deus, aí é manifesta a obra do Espírito, e Deus Se revelará a essa alma. A tais adoradores Ele busca. Espera recebê-los, e torná-los Seus filhos e filhas." (D.T.N., 189)
Decida-se, diante de Deus! Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é
Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. (I Reis 18:21)
Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor. (Josué 24:15)
Despedida Que Deus me ajude, nesta decisão que tomo diante
dEle, e ajude a cada um dos que ouvem estas palavras, nas decisões que estão tomando.
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