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EDWARDS, Carolyn. Parceiro, promotor de crescimento e guia os papis dos professores
de Reggio em ao. !n" EDWARDS, Carolyn, #A$D!$!, %ella e &'R(A$, #eorge. As cem
linguagens da criana.A a)ordagem de Reggio Emilia na Educao da primeira inf*ncia.
Porto Alegre" Artes (dicas, +. -p.+/+012
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Parceiro, Promotor do Crescimento e #uia 's Papis dos Professores de Reggio
em ao
Carolyn Ed4ards
$'5A D' 5RA$SCR!5'R" 63 a figura de um desen7o, so) o 8ual est3 escrito" 9:Retrato
de uma professora:, reali;ado por uma criana de anos da Escola Pa)lo $eruda.< &!( DE
$'5A.
Em Reggio Emilia, o papel do professor no au=>lio a aprendi;agem um tema de interesse
e preocupao central e cont>nua. $os ?ltimos @ anos, os professores e administradores
tBm discutido e refletido muito acerca das responsa)ilidades, dos o)etios, das dificuldades,
dos pra;eres e das oportunidades enfrentados pelos professores em seu sistema pu)lico de
cuidados infantis. Criaram untos uma forma coerente de pensar e falar so)re o papel do
professor dentro e fora da sala de aula, )aseada / como todos os aspectos de sua
organi;ao, desen7o am)iental, pedagogia e curr>culo / em uma filosofia e=pl>cita so)re a
nature;a da criana como aprendi;. Este cap>tulo descree a iso 8ue Reggio Emilia tem
so)re o papel do professor, )aseado em o)seraes graadas em >deo em uma pr/
escola, a Escola Diana, e em discusses registradas e entreistas com professores e
administradores, condu;idas desde +F@ como parte de um estudo a ser
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lanado, Colaborao e Comunidade na Sala de Aula Pr-Escolar: Amherts, Pistia e
Reggio Emilia, por Carolyn Ed4ards, %eila #andini e Go7n $immo. Citaes de entreistas
formais, discusses em grupo e de o)seradores Hcoletadas, transcritas e tradu;idas por
mem)ros da e8uipe do proetoI so usadas ao longo de todo este cap>tulo para ilustrarem
os conceitos e transmitirem os significados distintios, os modos particulares de
transmisso de idias e de comunicao com outros 8ue foram encontrados em ReggioEmilia.
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DEFINIES DO PAPEL DOS PROFESSORES EM REGGIO EMILIA
$os Estados Jnidos, 8uando definimos o papel do professor para a primeira inf*ncia,
geralmente comeamos es)oando suas dimenses essenciais, por e=emplo" HaI promoo
da aprendi;agem das crianas nos dom>nios cognitio, social, f>sico e afetioK H)I maneo da
sala de aulaK HcI preparao do am)ienteK HdI oferecimento de incentio e orientaoK HeI
comunicao com outras pessoas importantes Hpais, colegas, administradores, pu)lico em
geralI e HfI )usca de crescimento profissional. ' tra)al7o dos professores de Reggio Emilia
co)re esses mesmos aspectos e, alm disso, 73 dois outros papis essenciais" HgI
engaamento no atiismo pol>tico para defender a causa da educao p?)lica precoceK e H7I
conduo de pes8uisas sistem3ticas so)re o tra)al7o di3rio em sala de aula para
finalidades de difuso profissional, planeamento do curr>culo e desenolimento do
professor.
Contudo, em)ora os educadores de Reggio Emilia assumam muitos papis, eles
inariaelmente comeam, ao definir o papel do professor, discutindo a essBncia do 8ue os
professores fa;em para a promoo do crescimento intelectual pelas crianas em grupos.
Comeam notando 8ue imposs>el uma cultura e=istir sem uma imagem das crianas. As
crianas, como entendidas em Reggio, so protagonistas atias e competentes 8ue
)uscam a reali;ao atras do di3logo e da interao com outros, na ida coletia das
salas de aulas, da comunidade e da cultura, com os professores serindo como guias.
A iso intrinsecamente social da criana / um comunicador com uma identidade pessoal,
7istLrica e cultural ?nica / lea a sua iso particular so)re o tra)al7o do professor. 5i;iana
&ilippini, falando a uma grande audiBncia de americanos em +, definiu esse papel
claramente. ' professor, como disse &ilippini, Ms e;es tra)al7a NdentroN do grupo de
crianas e ocasionalmente Napenas em oltaN delas. ' professor estuda/as, proporciona
ocasies, interm em momentos cr>ticos e compartil7a as emoes intensificadas das
crianas"' papel do adulto acima de tudo o de ouinte, de o)serador e de algum 8ue entende a
estratgia 8ue as crianas usam em uma situao de aprendi;agem. 5em, para nLs, o papel
de 9distri)uidor< de oportunidadesK e muito importante 8ue a criana sinta 8ue ele no
um ui;, mas um recurso ao 8ual pode recorrer 8uando precisa tomar emprestado um gesto,
uma palara. De acordo com o 8ue Oygotsy -o
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psicLlogo russo2 disse, se as crianas 3 foram do -ponto2 A a Q e esto c7egando muito
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prL=imas a C, ocasionalmente, em um momento to especial, precisam da assistBncia do
adulto. Sentimos 8ue o professor dee estar enolido com a e=plorao da criana, se
desea entender o 8ue ser o organi;ador e o estimulador de oportunidades... e nossas
e=pectatias so)re a criana deem ser muito fle=>eis e ariadas. Deemos ser capa;es de
pegar a )ola 8ue ela nos lana e og3/la de olta, de modo a fa;er com 8ue desee continuar
ogando conosco, desenolendo, tale;, outros ogos, en8uanto amos em frente H&illipini,
Palestra, $ational Association for t7e Education of oung C7ildren, Was7ington, DC,
$oem)er +1, +I.
A met3fora final de pegar a )ola da criana e lan3/la de olta foi enunciada antes por
%oris (alagu;;i em uma discusso formal com nossa e8uipe de pes8uisas e com a
e8uipe de profissionais da Escola Diana H+ de un7o de +I. &oi uma met3fora
importante, ?til para outros, por8ue foi usada depois por Oea Oecc7i, a atelierista desta
escola, e depois reapareceu em outras entre istas mantidas em meses su)se8entes,
)em como durante a palestra de &ilippini, a pedagogista, na $AEC. Ao formular
originalmente essa idia, (alagu;;i estaa salientando a import*ncia de se o)serar
e=atamente o 8ue as crianas di;em no dialogo, de modo 8ue o professor possa captar
uma idia e lan3/la de olta / e assim, tornar o ogo mais interessante. Oecc7i ento
ela)orou as ra;es pelas 8uais consideraa essa tarefa ital" por8ue fre8entemente as
crianas e=pressam um noo insight e=perimental e parcialmente, de modo no/claro
tanto para si ou para outros. ' professor, o)serando o potencial da idia para estimular o
tra)al7o intelectual e o crescimento pelo grupo como um todo, entra em cena para
reafirmar a idia em uma linguagem mais clara e mais emp3tica e, assim, toma o insight
operante para as crianas, uma espcie de fagul7a intelectual para conersas e aes
adicionais pelo grupo" .
Desta forma, o ogo da participao e o ogo da comunicao realmente ocorrem.
$aturalmente, a comunicao pode ocorrer sem o seu au=>lio, mas seria importante no
perder essa situao HOecc7i, Discusso em #rupo, + de un7o de +I.
AS VRIAS DIMENSES DO PAPEL DO PROFESSOR
' papel do professor centrali;a/se na proocao de oportunidades de desco)ertas,
atras de uma espcie de facilitao alerta e inspirada e de estimulao do di3logo, de
ao conunta e da co/construo do con7ecimento pela criana. Jma e; 8ue a
desco)erta intelectual e supostamente um processo essencialmente social, o professor
au=ilia mesmo 8uando as crianas menores aprendem a ouir outros, a lear em
considerao seus o)etios e idias e a se comunicar com sucesso. Como nos EstadosJnidos, entende/se 8ue esse tipo de ensino uma tarefa comple=a, delicada e
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multifacetada, enolendo e e=igindo muitos n>eis de con7ecimento e o auto/e=ame
cont>nuo.
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Carlina Rinaldi,pedagogista, )uscou similarmente e=plicar as coisas mais cr>ticas 8ue os
professores deem fa;er em Reggio Emilia. Em uma entreista em +FF com %ella
#andini, Rinaldi oferece uma descrio complementar a de &ilippini. Em)ora M primeira
ista parea ser uma lista simples, na erdade ela nos apresenta uma perspectia em
espiral, en8uanto fala repetidamente so)re professores, crianas, atelierista e pais. Alm
disso, sua lista espiral em sua dimenso cronolLgica, opostamente a uma se8Bncia
r>gida. !sto , Rinaldi descree um conunto de eentos isitados e reisitados de acordo
com o ulgamento do professor, M medida 8ue o proeto aana. ' modo de pensar em
espiral, ao ins de linear, e muito caracter>stico dos educadores de Reggio, esteam
descreendo o processo de aprendi;agem e desenolimento, planeando um proeto ou
a8ui, falando so)re pedagogia.
'utro elemento c7ae na perspectia de Rinaldi seu progressiismo e idealismo social.
Ela orgul7a/se da longa tradio de empreendimento cooperatio e pol>tica progressista na
Regio de Emilia Romagna na !t3lia, e acredita igorosamente 8ue os adultos deem
inestir recursos p?)licos no )em/estar das crianas e ingressar em um processo cont>nuo
e permanente de construo do con7ecimento unto a elas, Npara o progresso de Reggio
Emilia e, esperamos, de toda a sociedadeN.
Assim, de acordo com Rinaldi, o professor guia a aprendi;agem de um grupo de crianas
)uscando as idias dos indi>duos para us3/las na formulao da ao do grupo.
'casionalmente, enole a conduo de encontros de grupo e a tentatia de estimular uma
Nfagul7aN / escreer o 8ue as crianas di;em, depois ler seus coment3rios, )uscando com
elas os insights 8ue iro motiar 8uestes e atiidade adicional do grupo. Em outros
momentos, o professor dee sentar/se e ouir, o)serar coment3rios instigantes ou plenosde insight, depois repetir ou esclarecB/los para audar as crianas a manterem sua fala ou
atiidade. E, em outros momentos, especialmente no final da atiidade de uma man7a,
enole a )usca por uma idia / especialmente a8uela 8ue emerge em uma disputa
intelectual entre as crianas / e a tentatia de mold3/la em uma 7ipLtese 8ue dee ser
testada, uma comparao emp>rica 8ue dee ser feita, ou uma representao 8ue dee ser
tentada, como )ase para uma futura atiidade do grupo. E=aminar a 8uesto, a 7ipLtese ou
o argumento de uma criana, portanto, torna/se parte de um processo cont>nuo de leantar
e responder 8uestes para todos. Com o au=>lio do professor, a d?ida ou a o)serao deuma criana lea as outras M e=ploraco em um territLrio amais percorrido, tale; amais
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se8uer suspeitado. U isso o 8ue os educadores de Reggio Emilia 8uerem di;er com Nco/
aoN das crianas.
V medida 8ue um proeto aana, os professores refletem, e=ploram, estudam, pes8uisam
e planeam untos poss>eis modos de ela)orar e estender o tema por meio de materiais,
atiidades, isitas, uso de ferramentas e assim por diante. As idias so ento leadas de
olta M sala de aula e inestigadas. $as pr/escolas municipais de Reggio Emilia, os
professores tBm tra)al7ado por anos em pares
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$'5A D' 5RA$SCR!5'R" 63 uma fotografia 8ue mostra uma professora e um menino
me=endo com cartelas 8ue contBm 3rios materiais em forma de gros. A)ai=o da figura
est3 escrito" 9FIG!RA ".# Jma professora tra)al7ando como parceira de uma criana.sico, da oferta de liros
suplementares e assim por diante. Dessa forma, os pais so leados a reisar a imagem
8ue tBm de seus fil7os e a compreender a inf*ncia de um modo mais rico e comple=o.
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A e8uipe de ensino tra)al7a estreitamente com outros adultos HMs e;es com o atelierista,
Ms e;es com o pedagogista para planear e documentar o proeto. !sso ocorre de
diferentes maneiras em diferentes escolas, mas, em geral, a documentao inclui registros
em fita e transcries do di3logo das crianas e das discusses em grupo, materiais
impressos e fotografias em slide de momentos cruciais das atiidades e coleta de produtos
e de construes feitos pelas crianas.
Durante todo o proeto, os professores agem como a NmemLriaN do grupo e discutem comas crianas os resultados da documentao, permitindo 8ue elas reisitem sistematicamente
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seus prLprios sentimentos e os sentimentos de outros, suas percepes e o)seraes,
suas refle=es, e ento os reconstruam e reinterpretem de formas mais profundas. Ao
reierem momentos passados atras de fotografias e de graaes em fita, as crianas
so profundamente reforadas e alidadas por seus esforos e rece)em um incentio a sua
memLria, o 8ue fundamental nesta idade.
's professores prestam ateno, constantemente, a atiidade das crianas. Acreditam
8ue 8uando as crianas tra)al7am em um proeto de interesse para elas, encontraro
naturalmente pro)lemas e 8uestes 8ue desearo inestigar. ' papel dos professores
aud3/las a desco)rir seus prLprios pro)lemas e 8uestes. $este ponto, no oferecero
solues f3ceis, mas, ao ins disso, audaro as crianas a focali;arem/se em um
pro)lema ou dificuldade e a formularem 7ipLteses. Seu o)etio no tanto NfacilitarN a
aprendi;agem no sentido de Ntornar f3cil ou leeN, mas, ao contr3rio, procurar NestimularN,
tornando os pro)lemas mais comple=os, enolentes e e=citantes. Eles perguntam Ms
crianas o 8ue elas precisam para reali;ar as e=periBncias / mesmo 8uando perce)em
8ue determinada a)ordagem ou 7ipLtese no est3 NcorretaN. Serem como seus parceiros
apoiando/as e oferecendo au=>lio, recursos e estratgias para 8ue possam prosseguir
8uando encontram dificuldades. Com fre8Bncia, os professores encoraam as crianas a
continuarem fa;endo algo, ou pedem 8ue terminem ou acrescentem algo ao 8ue esto
fa;endo. Preferem no as dei=ar tra)al7ando sempre por conta prLpria, mas tentam
cooperar com as metas dos alunos.
En8uanto tra)al7a com um grupo de crianas, cada professor fa; anotaes escritas
para discutir mais tarde com o co/professor, com o atelierista, com opedagogista e com
outros colegas, no 8ue se refere ao curso do proeto. Depois, sempre 8ue poss>el,
tra)al7ar3 com um grupo ainda maior de colegas professores Hincluindo os de outras
escolasI para redirecionar ou ampliar um proeto e enri8uecer a e=periBncia das crianas.
Atiidades anal>ticas e cr>ticas so itais para o desenolimento do professor
indiidualmente e, em ultima an3lise, para o sistema educacional como um todo. A
documentao sistem3tica permite 8ue cada professor se torne um produtor depes8uisas, isto , algum 8ue gera noas idias so)re o curr>culo e so)re a
aprendi;agem, em e; de ser meramente um Nconsumidor da certe;a e da tradioN.
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's educadores de Reggio Emilia no consideram o papel do professor algo f3cil, com
respostas o)etias orientando o 8ue os professores deem fa;er. Possuem, contudo, a
confiana e o senso de segurana de 8ue sua a)ordagem do ensino, desenolidacoletiamente nos ?ltimos @ anos em Reggio, e o modo como de!eriam estar
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tra)al7ando. Como a professora %aura Ru)i;;i afirma" NU um mtodo de tra)al7o no
apenas 3lido, mas tam)m corretoN HEntreista, ++ de noem)ro de +FI. Sua colega
na Escola Diana, Paula Stro;;i, disse"
Somos parte de um proeto )aseado na co/ao das crianas e na certe;a de 8ue esta
uma )oa maneira de aprender HEntreista, + de un7o de +I.
' tra)al7o no dia/a/dia, contudo, enole desafios e decises constantes, em ista do
uso do curr>culo emergente. Jma tarefa" dif>cil para os professores a de audar as
crianas a encontrarem pro)lemas suficientemente grandes e dif>ceis para engaarem sua
maior energia e pensamento ao longo do tempo. Est3 claro, pela descrio de Qai Ranin
do Proeto do Dinossauro, na Escola Anna &ran Hcapitulo ++I 8ue os professores Ms e;es
oltam atr3s em um proeto 8ue no parece estar c7egando a lugar algum.
$o apenas o proeto maior dee conter pro)lemas e=citantes, mas at mesmo uma
sesso di3ria de tra)al7o dee, idealmente, conter pontos mais dif>ceis, ou NnLsN. Esses
NnLsN so mais do 8ue apenas momentos de confuso ou desarmoniaK em e; disso, so
momentos de dese8uil>)rio cognitio, contendo possi)ilidades para o teste de 7ipLteses e a
comparao intelectual de idias. A tarefa dos professores perce)er esses nLs e tra;B/los
ao centro da cena para uma ateno adicional / ponto de partida para as atiidades do dia
seguinte.
Jm segundo aspecto do papel do professor, 8ue os professores de Reggio
e=perienciam como dif>cil, sa)er como e 8uando interferir, pois isso depende de uma
an3lise de momento a momento do pensamento das crianas. As professoras (agda
Qondaalli e (arina (ori afirmaram"
Com relao Ms dificuldades -no ensino2, nos as emos continuamente. ' modo como
oferecem as possi)ilidades e sugestes Ms crianas dei=a as coisas sempre a)ertas. U
um modo de estar com elas, reaustando/nos continuamente. $ada e=iste de definitio
ou a)soluto. 5entamos, o tempo todo, interpretar, atras de seus gestos, palaras e
aes, como esto iendo uma e=periBnciaK e depois prosseguimos da>. !sso
realmente dif>cilX HEntreista, + de un7o de +I.5am)m nos Estados Jnidos, os professores preocupam/se acerca de 8uanto e
8uando interferir, como apoiar a soluo de pro)lemas sem oferecer a soluo
HEd4ards, +F1I. Como (alagu;;i H+F0I escreeu, as crianas esto Nperigosamente
na fronteira entre a presena 8ue deseam e a represso 8ue no deseamN Hp. +0I.
Portanto, um professor no dee interir muito e, ainda assim, no
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dee dei=ar passar um momento precioso para o ensino. Oea Oecc7i e=pressou isto
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elo8entemente"
OocB esta sempre com medo de perder a8uele momento 8uente. U realmente um ato
de Ne8uili)rar as coisasN. Acredito na intereno, mas pessoalmente estou propensa a
esperar, pois notei 8ue as crianas fre8entemente resolem o pro)lema por conta
prLpria, e nem sempre da forma 8ue eu teria propostoX Elas fre8entemente encontram
solues 8ue eu amais teria perce)ido. Contudo, Ms e;es, esperar significa perder o
momento. Assim, uma deciso 8ue precisamos tomar muito rapidamente HDiscusso
em grupo, +F de outu)ro de +I.
' 8ue eles esto descreendo a8ui um compromisso genu>no com o curr>culo
emergente, no uma sutil manipulao do tema do proeto para 8ue termine em algum lugar.
's professores 7onestamente no sa)em onde o grupo terminar3. Em)ora a a)ertura
acrescente uma dimenso de dificuldade a seu tra)al7o, ela tam)m o torna mais e=citante.
Como %aura Ru)i;;i coloca"
Eu tra)al7o em um estado de incerte;a por8ue no sei onde as crianas c7egaro, mas
esta uma e=periBncia fa)ulosaX HEntreista, ++de noem)ro de +FI.
U como se estissemos decolando untos em uma iagem. Ela pode ser curtaK ela pode
ser longa. (as e=iste uma ontade intensa de fa;B/la untos HDiscusso em grupo, +F de
outu)ro de +I.
Alm disso, mais do 8ue e=citante, seu modo de tra)al7ar apresenta a antagem adicional
das estruturas de apoio em)utidas. $o se espera 8ue o professor imagine por si mesmo o
8ue deeria estar fa;endo. Ele sempre tra)al7a em cola)orao com outros adultos, como
Qondaalli e (ori atestam"
Este realmente o camin7o a seguir nesta escola, pois comparamos notas continuamente
e falamos uns com os outros o tempo todo HEntreista, + de un7o de +I.
5ais conersas ocorrem 8uase diariamente, em encontros curtos entre professor e co/
professor, professor e atelierista e discusses informais entre professores de diferentes
classes a 7ora do almoo. 's professores acreditam 8ue discutindo a)ertamente oferecem
modelos de cooperao e participao Ms crianas e aos pais e promoem uma atmosferade comunicao franca e a)erta. Jma an3lise mais formal e e=tensa ocorre durante
encontros da e8uipe da prLpria escola ou em alguma reunio com um grupo mais amplo,
enolendo administradores, professores de outras escolas e tale; at mesmo isitantes e
palestrantes.
U importante notar 8ue a an3lise e"eedbac# em Reggio Emilia enole tanto apoio 8uanto
cr>ticas. Em contraste com um sistema cua preocupao de ferir os sentimentos ou
propriedade de idias eita o e=ame e a argumentao e=tensos, em Reggio Emilia o
conflito intelectual considerado agrad3el tanto para adultos 8uanto para crianas. ComoPaola Stro;;i disse" NEstou conencida de 8ue e=iste alguma espcie de pra;er em tentar
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concordar so)re como fa;er as coisasN
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HEntreista, + de un7o de +I. ' foco de uma discusso no apenas entilar pontos de
ista diersos, mas, em e; disso, prosseguir at ficar claro 8ue todos aprenderam algo e
aanaram um pouco em seu pensamento. Jma discusso dee continuar at aparecer
uma soluo ou o prL=imo passo tornar/se aparenteK depois, a tenso dissipa/se e um noo
entendimento compartil7ado oferece a )ase para a atiidade futura ou esforo conunto. A
discusso pode e=igir certa resistBncia e perseerana.
Certamente, os professores e a e8uipe oferecem uns aos outros apoio emocional e
encoraamento, )em como sugestes concretas e consel7os. Alm disso, entretanto, um
mtodo de longas cr>ticas m?tuas e auto/e=ame e aceito com muito )oa/ontade. $ossa
e8uipe de pes8uisas participou desses encontros na Escola Diana, cada um com 3rias
7oras de durao e enolendo professores, e8uipe au=iliar, co;in7eiros, atelierista,
pedagogista e %oris (alagu;;i. Por e=emplo, em uma dessas reunies, a professora (arina
Castagnetti apresentou uma fita editada de >deo e uma an3lise comportamental de uma
sesso enolendo dois meninos de cinco anos 8ue tentaam criar um castelo em um
grande pedao de papel usando uma tartaruga %ogo atiada por computador. Sua
apresentao foi seguida por uma e=tensa discusso a)ordando as escol7as e as decises
pedagLgicas. As crianas 7aiam se preparado ade8uadamente para a soluo de seu
pro)lemaY Ser3 8ue eles conseguiram lidar com os comandos do computadorY Precisaram
de um conunto de regras unto a si para estimular noes de medidaY Ser3 8ue foram
dei=ados cogitando solues por conta prLpria por tempo demais, sem o au=>lio da
professoraY A professora perdeu um Nmomento 8uenteN ao Na)andonarN as crianas por
tempo demaisY A linguagem fre8ente so)re unio das crianas HNOamos fa;er issoN,
NOamos tentar issoN, NOeamosN, N$Ls deemosN, etc.I indicou a cola)orao produtia ou o
desesperoY Em determinado ponto desta discusso, Castagnetti perguntou" N$esse ponto,como professora, o 8ue eu
$'5A D' 5RA$SCR!5'R" 63 uma fotografia 8ue mostra 3rios professores sentados em
olta de uma mesa, conersando entre si. A)ai=o da figura est3 escrito" 9FIG!RA ".$
Reunio de professores.< &!( DE $'5A.
P3gina +1F
supostamente deo e no deo fa;erYN 's mem)ros de nossa e8uipe de pes8uisas
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estaam impressionados pela profundidade das discusses e pela falta de defensiidade
pelas professoras. Comentamos so)re seu mtodo de refle=o critica e (alagu;;i, com um
sorriso de afeto para Castagnetti, disse" N$Ls temos sempre dois )olsos" um para a
satisfao e outro para a insatisfaoN HDiscusso em #rupo, +1 de outu)ro de ++I.
' conflito intelectual compreendido como a ma8uina de todo o crescimento em Reggio.
Portanto, os professores tentam tra;er M tona, e e; de suprimir, os conflitos de opinio
entre as crianas. Similarmente, entre eles mesmos, aceitam prontamente discord*ncias e
esperam uma discusso e=tensa e cr>ticas construtiasK isso isto como o mel7or meio de
aanar. ' pra;er dos professores com a e8uipe de tra)al7o e a aceitao de diferenas de
opinio oferecem um modelo para crianas e pais.
E%EMPLOS DE &OMPOR'AMEN'O DOS PROFESSORES
Para darmos um 8uadro mais completo e oferecermos e=emplos concretos dos princ>pios
a)stratos apresentados acima, oferecemos 8uatro curtos registros de o)seraes
e=tra>dos de fitas de >deo graadas na Escola Diana em +FF e +. Eles ilustram
diferentes tipos de comportamento dos professores istos geralmente nas pr/escolas de
Reggio Emilia.
O (r)*ess)r D+ In,ci) - A) das &rianas
$este episLdio HT de maio de +FF, graao em >deo reali;ada pela e8uipe de
pes8uisasI, a professora #iulia $otari age como Numa ofertante de ocasiesN, audando as
crianas a fa;er a transio da reunio matinal do grupo para sua primeira atiidade.
')sere sua fle=i)ilidade e carin7o ao atender as necessidades de uma meninin7a 8ue no
est3 pronta para o ingresso em uma atiidade focali;ada.
So "T@7s, na sala de aula das crianas de @ anos, e a reunio da man7 recm
terminou. Durante esse encontro, a professora #iulia $otari falou a todas as crianas so)reas atiidades da man7, enolendo o tema da Primaera, 8ue esto tra)al7ando
atualmente. Depois, sua co/professora, Paola Stro;;i, afasta/se com oito crianas para
tra)al7ar com argila na pia$$a central da escola. #iulia superisiona as +T crianas
restantes. (oe/se pela sala encoraando as crianas a iniciarem uma atiidade, e passa
alguns momentos com cada grupin7o, estimulando/os M ao.
Por e=emplo, em uma mesa, ela mostra um grupo de 8uatro crianas os materiais 8ue ali
esto. NSintam, este papel e diferente do outroN.
NEle frioN, di; uma criana.NU, ele frioN, ela concorda. NU frio. E a8ui esta outro papel, tam)m diferente. E ol7em,
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a8ui esto os marcadores, o gi; e o l3pis de cera, todos amarelosN.
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$'5A D' 5RA$SCR!5'R" 63 a fotografia de um desen7o 8ue indica as locali;aes das
salas de aula de uma escola. A)ai=o da figura est3 escrito" 9 FIG!RA "./ Planta da sala de
aula para crianas de anos na Escola Diana. os pontos indicam a distri)uio t>pica de
crianas durante atiidades matinais.< &!( DE $'5A.
En8uanto ai de uma para outra mesa, #iulia B crianas ainda no enolidas e pergunta"
NOocBs 8uerem tra)al7ar com a cor erde no atelier pe8uenoY 'u deseam cortar com as
tesouras e usar colaYN
Ela ai a uma pe8uena mesa, onde as crianas esto sentadas ol7ando para fol7as de
papel )ranco e pe8uenas cestas c7eias de fol7as, eras e flores col7idas mais cedo
na8uela man7. #iulia di;" 9OocB est3 endo o 8ue temos a8uiY Pedacin7os de erde 8ue
ocBs encontraram. E as flores 8ue ocBs col7eram. OocBs podem coloc3/las no papel
como 8uiserem. Se um pedao de papel no suficiente, ocBs podem colocar um outro ao
lado dele. 5udo )emY< H#iulia e=plica depois 8ue a atiidade comunica a import*ncia e o
pra;er da e=plorao e auda as crianas a acostumarem/se com a colagemI. En8uanto
#iulia se afasta, as duas crianas comeam a atiidade alegres, conersando uma com a
outra. NOocB 8uer istoYN, NEu tam)m peguei uma dessasN. N'l7a 8ue linda esta a8uiN. NOai
com calmaN H' 8ue o)iamente uma imitao de algo 8ue a professora di; ocasional/
menteI. Vs "T1, #iulia retorna para ol7ar e admirar o tra)al7o das crianas, di;endo,
N#ostei muito. OocBs podem usar mais papei. Se 8uiserem algo, digam/meN.
As "TF, ela entra em uma pe8uena sala 8ue um ane=o da sala de aula. Duas meninas
esto sentadas em uma mesa. Jma est3 desen7ando com canetas. #iulia $otari d3 M
primeira menina mais materiais de desen7o, depois ai at M outra.
NQem, ento, ser3 8ue deemos procurar o tra)al7o 8ue ocB 3 comeouY Oeamos, ondeest3YN Ela retira uma pasta de papel de uma gaeta e comea a manuse3/la, passando as
p3ginas lentamente, di;endo" NZual o seuY Zual Y Zual Y Zual
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YN A criana parece desanimada e no responde. ' desen7o da criana locali;ado, e
ento #iulia di;, N' 8ue isto precisaY OocB precisa de uma caneta preta para continuarY ...
OocB 8uer tra)al7ar em outro desen7oY OocB 8uer outro papel para tra)al7ar com a colaYOocB gostaria de ir )rincarY (eu amor, o 8ue ocB gostaria de fa;erYN A criana
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desanimada no responde a nen7uma de suas perguntas. &inalmente, a professora
simplesmente a)ai=a/se, )eia/a e fala com ela gentilmente. Ento, pega alguns liros de
figuras de uma prateleira alta e afasta o desen7o. Jma outra criana aparece na porta,
pedindo auda, e #iulia di;" NEstou indo, 8ueridaN. Ela dei=a a meninin7a en=ugando suas
l3grimas e fol7eando um liro. En8uanto sai, para e elogia o desen7o da primeira menina.
A Pr)*ess)ra O*erece Ins0ru) s)1e ) !s) de Ferramen0as e '2cnicas
So "@ da man7 HT de maio, +FFI, no grande espao compartil7ado %pia$$a, onde a
co/professora Paola $otari est3 tra)al7ando com oito crianas de @ anos e com grandes
8uantidades de argila. Ela oferece instruo Ms crianas so)re o uso correto dos materiais e
de ferramentas como parte do processo de facilitao, apoio e encoraamento. Zuando
indagada so)re isso, di; 8ue tenta oferecer a auda e os consel7os necess3rios para 8ue as
crianas atinam suas prLprias metas art>sticas e representatias e no seam derrotadas
pelos materiais. Por e=emplo, ela sa)e 8ue a argila pode 8ue)rar/se se for enrolada em tiras
muito finas e 8ue as crianas ficariam desapontadas.
As crianas esto sentadas em torno de uma grande mesa retangular, en8uanto Paola
esta de p e moimenta/se entre elas. $a frente de cada uma das crianas est3 uma grande
pranc7a de madeira so)re a 8ual tra)al7aro com a argila. Paola est3 preparando para cada
criana uma fatia plana de argila. Ela corta um )ocado de argila, aplaina/a com um rolo de
massa, corta os lados para fa;er um 8uadrado, oferecendo/os Ms crianas. Ela est3 usando
uma faca para cortar a argila e di;" NPodemos usar esta ferramenta para cortar a argila
8uando ela est3 )em grossaN.
As crianas tBm muitas ferramentas para cortar e enrolar, perto dali. Esto tra)al7ando no
pro)lema de Nrepresentar moimento em uma superf>cieN. Com uma faca, podem cortar um
pedao de argila, depois do)r3/lo muitas e;es para dar uma sensao de moimento na
superf>cie do naco. HEla e=plica depois 8ue algumas das crianas no conseguem dar
8ual8uer sensao de moimento em sua argila. (as Paola no interfere e insiste em suaidia de moimento. Jma e; 8ue todas as crianas esto muito enolidas no 8ue esto
fa;endo, ela no impe suas prLprias idias a elas. Entretanto, instrui as crianas so)re
8uestes de tcnica / mostrando/l7es como enrolar e cortar a argila e como usar as
ferramentasI.
Vs "@ Paola $otari ista usando uma esp3tula para dar uma poro recm/enrolada de
argila a uma criana. NOocB precisa distoYN, ela pergunta. Di; a uma outra" NOocB est3
pressionando muito. Se pressionar demais, no poder3 erguer a argila e ento no
poderemos co;in73/la na estufa. $o pressione muito.N Depois uma outra criana dirige/sea ela" N!sto est3 )omYN
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NSim, simN, Paola responde. NEst3 )om. Se ocB 8uiser outra poro de argila, posso
preparar umaN.
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$'5A D' 5RA$SCR!5'R" 63 uma fotografia de 3rias crianas e professoras de)ruadas
so)re alguns papis, conersando entre si. A)ai=o da figura est3 escrito" 9FIG!RA ".3
Crianas e professora discutindo um proeto.< &!( DE $'5A.
Ela o)sera uma pe8uena diergBncia entre duas crianas. Jma 8uer o cortador de massa
8ue a outra est3 usando. Esta protesta NU meu. Eu estaa com ele antesN.
N(as so todos iguaisN, Paola di;, apontando mais cortadores. NSo realmente todos
iguaisN. Ela apro=ima/se mais e a primeira criana mostra/l7e 8ue na erdade o cortador
deseado dei=a um tipo diferente de marca na argila. Paola ento di;" N'7, estou endo.
Qem se ocB ol7ar na cai=a de ferramentas, ocB poder3 encontrar outro l3, precisamente
igual a esteN. A criana ai ol7ar na cai=a, contente.
Paola comea a preparar uma poro de argila para uma das meninas e, en8uanto fa;
isso, ol7a para a criana M sua frente" N' 8ue ocB est3 fa;endoY pergunta. ' menino
mostra, e Paola di;" N6mm, est3 )omXN
5erminando de preparar a noa poro de argila, lea/a para a outra menina 8ue a
solicitou. Oendo sua primeira pea, comenta" N'l7e esta marail7aX Agora ocB precisa
pensar no 8ue mais 8uer fa;er. OocB poderia colocar as mesmas marcas Hna noa poro
de argilaI 8ue na outra. 'u ocB poderia colocar esses pedaos do)rados, ou de pN. Ela
demonstra, usando pe8uenas tiras de argila. A menina tem em sua mo um cortador de
massa, 8ue moe so)re a poro de argila sem di;er coisa alguma. Paola continua" NOocB
apenas 8uer cortar com esta rodin7a, no mesmoY Ela realmente fa; marcas muito
)onitasXNPaola ai ao lado oposto da mesa onde uma criana muito pe8uena parece estar tendo
dificuldades, perguntando a ele" NPosso limpar isto para ocBYN Sua mo alisa o )olo de
argila, desli;ando so)re ele. Ela e=plica" NU como um apagador. (ostrarei a ocB como usar
esta ferramenta Hum cortadorI. OocB pode fa;er uma tira fina, como esta, e do)r3/la ou
erguB/laN. Ela mostra a ele como erguer a e=tremidade da tira. Depois, coloca o cortador nas
mos do menino e, de p atr3s dele, orienta/o no uso de am)as as mos. NCom esta mo,
segure a argila. Agora com esta outra mo, empurre com fora. (ais. Assim. 5udo )emY
Agora ocB pode fa;er istoN.
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Vs "+, ela pergunta a todas as crianas" NOocBs 8uerem mais argilaY Eu posso ir pegarN.
NEu tam)mXN, NEu tam)mXN, gritam todas as crianas.
N(uito )emN, Paola di;, NEstou indo )uscar maisN. Ela sai da sala por alguns minutos,
dei=ando as crianas so;in7as por alguns momentos. A o)serao continua da mesma
maneira, 8uando ela retorna.
A (r)*ess)ra 'rans*)rma uma Dis(u0a em uma 4i(50ese a Ser 'es0ada
So "+T de uma man7 do final de maio H+, graao feita pela e8uipe de pes8uisasI
e a professora %aura Ru)i;;i senta/se com crianas de anos em uma mesa em uma
pe8uena sala fora do atelier& Seu grupo est3 enolido em um proeto para a preparao de
um Nlireto de instruesN so)re a escola, para remetB/lo Ms crianas pe8uenas 8ue
ingressaro na Escola Diana no outono seguinte. ' grupo de trBs meninos e trBs meninas
decidiu, entre outras coisas, incluir no lireto de )oas/indas algumas orientaes so)re
como encontrar o atelier&
Contudo, como comunicar essas orientaesY Em uma discusso ocorrida no dia anterior,
uma menina, #iulia, prop[s 8ue, uma e; 8ue as crianas pe8uenas no sa)em ler, o grupo
dee, em e; disso, desen7ar uma figura. Silio, entretanto, disse 8ue as crianas pe8uenas
falam de um eito diferente das crianas maiores, de modo 8ue deem escreer suas
instrues em Nra)iscosN para falarem a linguagem de crianas de @ anos. 's outros
discordam eementementeX Jm desen7o com ra)iscos no seria )omX
%aura deu uma sugesto construtia, de 8ue as crianas desen7em am)os os tipos de
figuras para er 8ual funciona mel7or. Assim, ao final de seu tempo, as crianas prepararam
dois desen7os. Silio fe; seu diagrama com ra)iscos, en8uanto #iulia fe; um desen7o de
uma criana ogando no !ideogame na pe8uena sala prL=ima do atelier& Para testar 8ue
desen7o comunica mel7or, o grupo prope entrar na sala de aula das crianas menores naEscola Diana e perguntar a elas" NZue figura ocBs preferemY Zual delas ocBs entendemYN
Cristina, uma outra menina, o)sera 8ue eles deeriam mostrar o desen7o a um grupo de
crianas contendo um n?mero igual de meninos e meninas, pois as meninas
compreendero mel7or o desen7o de #iulia, en8uanto os meninos entendero o desen7o
de Silio.
Portanto, Ms "+F emos as seis crianas de anos de p, com %aura Ru)i;;i, na posio
central do c>rculo onde todas as crianas na sala de aula de @ anos esto sentadas, unto
com suas professoras, Paola Stro;;i e #iulia $otari. ')sere como as professorascooperam para salientar o interessante pro)lema a ser resolido por uma comparao de
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idias, e como %aura, sem aumentar ou c7amar a ateno para a possi)ilidade de magoar
sentimentos, oferece apoio a Silio em um momento particularmente delicado.
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%aura di; a seus ansiosos alunos de @ anos" N5emos um pro)lema grande, )em grandeN. A
criana, #iulia, comea a e=plicar por 8ue eles precisam desco)rir 8ue desen7o funciona
mel7or com crianas de @ anosK %aura assume e, permanecendo prL=ima a #iulia, ol7ando
para ela, gesticula e fa; coment3rios para tornar a e=plicao mais clara. Depois a
professora, #iulia $otari, ol7ando para os rostos de seu grupo de @ anos, fala como se por
eles, repetindo os pontos principais. En8uanto termina, so ouidas o;es por todo o
c>rculo, M medida 8ue as crianas de @ anos oferecem suas opinies iniciais.
%aura re?ne/se com seus alunos de anos em uma rodin7a fec7ada, para ela)orarem um
plano so)re como prosseguir a partir da>. Ento, com seu au=>lio, eles esto prontos" Silio
e #iulia ficam no centro do c>rculo das crianas de @ anos, segurando entusiasmadamente
seus desen7os. %aura di; 8ue crianas de @ anos iro, estudaro os dois desen7os,
decidiro 8ual deles comunica mel7or as intenes, depois ficar3 atr3s do menino ou
menina 8ue segura o desen7o. Gunto de Silio e #iulia, esto os alunos restantes, de
anosK sua tarefa ser3 decidir 8ual fila de crianas a mais longa.
#iulia $otari seleciona, um por um, alunos de @ anos para a escol7a do desen7o. Jm
menino d3 um passo M frente, estuda os desen7os, aponta para o de Silio, depois, com o
au=>lio da professora, assume seu lugar atr3s de Silio. 'utro menino em, aponta para o
desen7o de #iulia, depois retorna a seu lugar, em)ora a professora l7e diga para ficar de p
atr3s de #iulia, A criana seguinte tam)m aponta para o desen7o de #iulia e depois ai
postar/se corretamente atr3s de #iulia. Agora o sistema est3 funcionando. Jm outro menino
fica atr3s de Silio. Ento as 8uatro crianas seguintes escol7em o desen7o de #iulia e
assumem seus lugares atr3s dela.
$esse ponto, %aura decide 8ue a 8uesto foi resolida e 8ue dee interir" N(uito )emN,afirma, ol7ando para seu pe8ueno grupo de u>;es, di;endo" NCrianas do grupo. Esta a
fila da8ueles 8ue selecionam o desen7o com ra)iscos. De acordo com ocBs, 8ual a fila
mais longaYN ' grupo aponta decisiamente para a fila atr3s de #iulia. NEsta a8uiXN di;em.
Agora so "T1. %aura a)ai=a/se e fala diretamente com Silio, a sLs. Depois ergue/se
noamente e di;" N'., o)rigada a todos ocBsX Ooltaremos para a nossa salaN, e todos
saem.
As crianas de anos c7egam na sala, tomam seus lugares e comeam a discutir o
desen7o de um mapa de sua escola para o lireto, e todos, incluindo Silio, parecemigualmente contentes e enolidos.
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A Pr)*ess)ra Enc)ra6a as &rianas a S)luci)narem suas Pr5(rias Dis(u0as
&alta pouco para o almoo HPrimaera, +, graao em >deo feita pela e8uipe da
Escola DianaI e dois meninos de anos, Daniele e C7ristian, esto arrumando as mesas
para sua turma. $esta escola, as crianas rece)em maior responsa)ilidade na preparao
da mesa para o almoo conforme sua idade. As crianas de anos ree;am/se, decidindo
8uem sentar3 onde. 's professores da escola acreditam 8ue seu sistema de dei=ar 8ue
algumas crianas colo8uem a mesa e decidam so)re o arrano de lugares funciona mel7or e
mais de acordo com
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sua filosofia do 8ue ter uma ordem fi=a para a posio dos alunos M mesa Hcontrolada pelos
professoresI ou permitir a lire escol7a para todos no momento de sentarem/se a mesa.
Daniele e C7ristian estendem as toal7as, colocam os pratos e tal7eres e decidem onde
todos iro sentar, colocando seus guardanapos indiiduais Hcada um em um pe8ueno
enelope com o nome da criana )ordadoI. En8uanto tra)al7am, outro menino entra e pede
para sentar/se prL=imo a um determinado garoto. 's encarregados de colocar a mesa
concordam e ele sai. Ento uma menina, Elisa, entra e pergunta" NCom 8uem ocBs me
colocaramYN Daniele responde" N'l7e ocB mesmaN. Ela di;" NQem, Daniele, ocB no 8uer
me di;er onde me colocouYN
$esse meio/tempo, outras crianas c7egam. U dif>cil acompan7ar e=atamente o 8ue
di;em, 3 8ue esto lutando com as tampas das garrafas de 3gua mineral, o 8ue distrai
Daniele e C7ristian da solicitao de Elisa. Eentualmente Daniele di;, mostrando a ela um
dos enelopes de guardanapo" NEste o seuYN Ela responde 8ue sim. C7ristian comenta"
NPrL=imo de (ic7eleN. !sso o)iamente desagrada Elisa, 8ue protesta, NE eu no gosto
dissoN. A professora, #iulia, entra e o)sera a disputa. Daniele pergunta a Elisa" NOocB no 8uer
sentar ao lado de (ic7eleYN Ela di;" N$oX &inalmente ocB entendeuXN
#iulia ol7a para a segunda professora, 8ue est3 graando a cena em silBncio, e toma a
deciso de no interferir. NC7eguem a um acordo, ocBs doisN, ela di; Ms crianas. NElisa,
c7egue a um acordo com elesN. Ela olta a sala ao lado. C7ristian tenta desco)rir com 8uem
Elisa sentar3, depois e=plica 8ue ela dee sentar onde a colocaram. Ela grita" NEst3 )emXN e
sai, furiosa, )atendo o p e tam)m a porta, C7ristian corre atr3s dela, c7amando seu nome
e tra;endo/a de olta M sala de aula. Ele pergunta duas e;es" NOocB 8uer sentar perto de(aria #iuliaYN Ela continua ;angada. N&aa como 8uiserXN, grita. H(ais tarde, discutindo a
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situao, a professora #iulia $otari afirmou 8ue ulgou apropriado minimi;ar a situao e
dei=ar 8ue as crianas a maneassem so;in7as. Elisa fre8entemente apresenta essas
reaes, o)serou e, assim, esta situao no seria muito dolorosa para elaI.
&ON&L!SES
' papel do professor em Reggio Emilia mostra muitas similaridades com o papel
geralmente conce)ido nos Estados Jnidos. Em am)os os conte=tos, a educao para a
primeira inf*ncia enole a interao comple=a com m?ltiplas pessoas Hcrianas, pais,
colegas, goerno, pu)licoI e estimulao da aprendi;agem e desenolimento das crianas
atras da concepo de uma organi;ao escolar Ltima, dos am)ientes f>sicos, do
curr>culo e da pedagogia.
Em Reggio Emilia, contudo, o professor da pr/escola sempre permanece com o mesmo
grupo de crianas e pais por trBs anos e sempre tra)al7a com uma co/professora. Em
duplas, relacionam/se com outros professores, com a e8uipe de au=iliares e com o
atelierista em sua escola e, alm disso, rece)em apoio do pedagogista, 8ue tra)al7a com
3rias escolas, )em como com a administrao central do munic>pio. Em sua interao com
as crianas, os professores de Reggio
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$'5A D' 5RA$SCR!5'R" 63 uma fotografia mostrando trBs mul7eres analisando alguns
papis e discutindo entre si. A)ai=o da figura est3 escrito" 9FIG!RA ".7Jma dupla de
professoras reunida com a atelierista.< &!( DE $'5A.
Emilia tentam promoer o )em/estar das crianas e encoraar a aprendi;agem em / todos os
dom>nios Hcognitio, f>sico/motor, social e afetioI, ao mesmo tempo e=traindo antagens de
momentos importantes para instru>rem as crianas no uso ainda mais sofisticado deferramentas e materiais necess3rios para sua e=presso nos m?ltiplos meios art>sticos e
sim)Llicos. So) seu ponto/de/ista, o tra)al7o dos professores centrali;a/se em Nproocar
oportunidadesN de crescimento intelectual genu>no por uma ou mais crianas"
especialmente, escutando as palaras das crianas e oferecendo essas mesmas palaras
ao grupo para reestimular e estender sua discusso e atiidade conunta. Esse mtodo de
ensino considerado importante, comple=o e delicado pelos professores, eoluindo e
mudando constantemente, e uma 8uesto de esforo e preocupao coletios.
Sua tendBncia para engaarem/se com colegas em cr>ticas e=tensas e m?tuas e auto/aaliar seu comportamento de ensino parece distinguir notaelmente os educadores de
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Reggio Emilia. Assim como eles Bem as crianas como aprendendo mel7or pela
comunicao, conflito e ao em conunto, tam)em Bem a si mesmos como aprendendo
dessa maneira. OBem o tra)al7o e o desenolimento dos professores como uma atiidade
pu)lica, 8ue ocorre dentro da ida compartil7ada da escola, da comunidade e da culturaK
colocam um forte alor so)re si mesmos, comunicando e interagindo dentro e fora da
escola. ' esforo para cumprirem esses ideais e=ige muito, eles )em sa)em, mas tam)em
gratificante e enolente, )em como ital para o progresso da sociedade e )em/estar
7umano.
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Ed4ards, C.P. H+F1I. Promoting social and moral de!elopment in 'oung children:
Creati!e approaches "or the classroom& $e4 or" 5eac7ers College Press.
(alagu;;i, %. H+F0I. (he hundred languages o" children: )arrati!e o" the possible& Catalog
of t7e E=7i)it, N57e 6undred %anguages of C7ildrenN, pu)lis7ed )y t7e Comune di
Reggio Emilia, Assessorato all\!stru;ione, Regione di Emilia Romagna.
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