8/17/2019 Educação Não-Formal em Museus de Ciência
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EDUCAÇÃO NÃO FORMAL EM
MUSEUS E CENTROS DE CIÊNCIA
LEVANTAMENTO DE QUESTÕES
Ciência Educação e Cultura – CEC
Carlos Adriano Cardoso
Programa de Doutoramento em História das Ciências e Educação Científica - UC
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Resumo:
• Nos últimos 50 anos, os Museus e Centro de Ciência
baseiam suas exposições nos fundamentos das teoriascognitivistas construtivistas de aprendizagem.
• Eles oferem para o visitante a possibilidade de se engajar
intelectualmente e aprender fazendo, descobrindo e
vivenciando o significado dos conceitos e dos fenômenoscientíficos.
• Apresentamos uma seleção de estudos e pesquisas quefocam as questões relacionadas aos processos de
aprendizagem não formal nos Museus e Centros de Ciênciae as teorias que dão suporte as estratégias educacionaisadotadas por estes espaços, bem como alguns estudosrelacionados aos processos de avaliação e mediação emMuseus e Centros de Ciências.
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Questões:
•
Que critérios pedagógicos orientam a montagem deprogramas e atividades para educação científica emMuseus e Centros de Ciência?
• A aprendizagem realmente acontece em um Museu de
Ciência? Quais são as evidências?
• O que se pode esperar de uma visita a um Museu ouCentro de Ciência?
Essas são algumas questões encontradas na literatura e que
norteiam o desenvolvimento deste estudo.
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Três fases ou gerações de museus relacionadas astendências pedagógicas adotadas:
• primeira geração: Gabinetes de Curiosidades -
papel passivo do visitante, que teria uma relaçãodireta com a pedagogia tradicional;
• segunda geração: surgimento em 1794, doMuseu de Artes e Ofícios (Musée des Arts etMétiers), em Paris - aparatos acionáveis comrespostas programadas e interação limitada,características do tecnicismo educacional
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Histórico da educação em Museus de Ciência
terceira geração:
– inauguração em 1938, do Palais de la Découverte, emParis,
– Exploratorium em São Francisco, Califórnia em 1968
Exposições baseadas em teorias cognitivistasconstrutivistas de aprendizagem
Foco na atividade do visitante,
“aprender fazendo”, descobrindo e vivenciando osignificado dos conceitos e dos fenômenoscientíficos, engajando-se intelectualmente atravésdesta interação.
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Diferença entre museus e centros de ciência
Museus de Ciências
• Focado na contemplação de objetos e coleções deinstrumentos;
• A conservação do patrimônio, pesquisa, recuperação eexibição de artefatos relacionados;
•
Memória materializada de nosso passado científico;• Instrumentos em vitrines "intocáveis”.
Centros de Ciência
•
Orientados para proporcionar experiências a partir deinstrumentos "manipuláveis”.
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Ambos estão comprometidos com a educação nãoformal de ciências e a divulgação científica.
Alguns Museus de Ciência, nos últimos anos,proporcionam experiências e intrumentosmanipuláveis, mídias interativas e exposiçõestemáticas visando acompanhar as transformaçõesocorridas na área museal adotando práticaspedagógicas que visam maior participação dovisitante no processo de aprendizagem.
Diferença entre museus e centros de ciência
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Aprendizagem em Museus e Centros de Ciências
Identificação de três teorias da aprendizagem queseriam mais referenciadas nestes estudos:
– a Teoria Construtivista,
–
a Teoria Sociocultural e
– a Teoria Contextual.
Acrescenta como contribuição, a relevância da
Teoria Situacionista de Siemens
(Bizerra, 2009)
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Identificação de cinco modelos de educação escolar emciências, presentes na literatura da área:
– o modelo tradicional,
– o modelo da redescoberta,
– o modelo tecnicista,
– o modelo construtivista e
– o modelo ciência-tecnologia-sociedade (CTS).
(Marandino e Ianelli, 2012)
Aprendizagem em Museus e Centros de Ciências
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•
Mistura de várias tendências pedagógicasoriginadas de diferentes épocas e contextoshistóricos, políticos, econômicos, sociais eculturais.
• A autora aponta para a existência de um“pluralismo na interpretação do processoensino/aprendizagem, não só referente ao
ensino de ciências(Fahl, 2003)
Aprendizagem em Museus e Centros de Ciências
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Demonstra como as relações entre asdiferentes teorias do conhecimentoinfluenciariam as teorias de
aprendizagem, e consequentemente osmodelos educacionais museais.
(HEIN, 1998)
Aprendizagem em Museus e Centros de Ciências
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Relação entre teorias do conhecimento e teorias da
aprendizagem
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Autonomia em escolher o que ver e o que aprender
•
A autonomia de escolha do que aprender como fatorcaracterístico da aprendizagem não formal emespaços museais.
(Falk e Storksdieck, 2005)
•
A aprendizagem em museus dependeria doconhecimento cultural de cada visitante, das vivênciaspassadas, e da situação individual de cada pessoa.
•
Os museus teriam um papel fundamental na produçãode sentido que acarretaria a aprendizagem, sendouma importante ferramenta social para este fim.
(Schauble, Leinhardt e Martin, 1997)
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• Pedagogia museal que implica na construção de umanarrativa expositiva focada na brevidade do tempodispendido pelo visitante em cada objeto da exposição.
• E esta narrativa seria uma construção coletiva em que
cada um dos atores do processo acrescentariam ouresignificariam os conteúdos.
• Seja qual for o modelo de educação adotado em umaexposição, é a avaliação que ira" aferir se ocorreu
aprendizagem, se as estratégias estão corretas para opúblico alvo, para fornecer indicadores.
(Marandino, 2008)
Autonomia em escolher o que ver e o que aprender
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• As exposições em centros e Museus de Ciência poderiam alcançar resultados
mais efetivos com a utilização de objetos históricos combinados comdispositivos interativos, multimídias multissensoriais, que envolvessem
atividades relacionadas a um ou vários temas unificadores.
• Preocupação com a apresentação da ciência contemporânea relacionada aos
contextos sociais, culturais e políticos, e introduzindo os riscos e benefíciosdas aplicações tecnológicas, do elemento humano como criador e utilizador de
ciência.
(Delicado, 2006)
•
Este visão seria o cerne das abordagens do Modelo Ciência - Tecnologia -Sociedade (CTS) que “colocam em "xeque" a crença na neutralidade da ciência
e a visão apenas dos aspectos positivos do desenvolvimento tecnológico”
(Fahl, 2003:).
Avaliação da Aprendizagem em Museus e Centros de Ciências
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Avaliação da Aprendizagem em Museus e Centros de Ciências
Audience Research Center, do Australian Museum disponibiliza em seu website,
uma metodologia de quatro fases para avaliação de exposição. Esse processo prevê:
– Avaliação Preliminar (Front-End Evaluation),
– Avaliação Formativa (Formative Evaluation),
– Avaliação Corretiva (Remedial Evaluation) e
– Avaliação Somativa (Summative Evaluation).
A autora descreve também os vários recursos disponíveis para a coleta de dados em
um processo de avaliação, como as:filmagens de grupos;
as entrevistas individuais pré e pós visita;
os questionários anônimos;
os grupos focais;
as entrevistas com membros da própria equipe e
a observação da exposição e de grupos, todos estes instrumentos seriam escolhidos de acordo com o objetivo
da avaliação, como por exemplo, se o foco está relacionado a um objeto expositivo, sugere que grave-se as
conversas entre os visitantes perto do objeto.
(Marandino, 2008)
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Mediação
• Os mediadores teriam um papel de destaque na relação decomunicação da instituição com o público, cabendo a elesdialogar com os visitantes acerca das questões presentesno museu, dando-lhes novos significados.
• O mediador reconstrói o saber elaborado pelo especialista,
com objetivo de torna"-lo compreensível ao público, sendonecessário que o mediador obtenha informações sobre ovisitante, buscando estabelecer pontes entre osconhecimentos relativos aos conceitos, vivências e ideiascom aqueles apresentados nesses locais.
(Marandino, 2008)
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Conclusões:
•
exposições de Museus e Centros de Ciência são pensadas com baseem escolhas de modelos teóricos de aprendizagem e que estasescolhas estariam associadas às teorias da aprendizagem que porsua vez estão relacionadas com específicas visões da teoria doconhecimento.
• As equipes pedagógicas museais utilizam um ‘mix’ de modelospedagógicos como suporte educacional para suas exposições.
• Os modelos construtivistas, sócio-histórico e o modelos contextual
vem sendo largamente utilizado por grande parte destasinstituições em todo mundo, mas, que sua eficácia no sentido deveicular o conhecimento científico tem que ser constantementeavaliado e reorientado.
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Referências: BIZERRA, Alessandra F. (2009) Atividade de aprendizagem em Museus de Ciência. Tese de doutorado em educação, SãoPaulo: USP. 274p. Disponível em: www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/.../AlessandraFernandesBizerra.pdf (Visitado em15/12/2015)
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FAHL, Deise Dias (2003) Marcas do ensino escolar de Ciências presentes em Museus e Centros de Ciências: um estudo da
Estação Ciência - São Paulo e do Museu Dinâmico de Ciências de Campinas (MDCC). Campinas, Tese de Mestrado.Faculdade de Educação da UNICAMP. (Visitado em 9/12/2015)
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FALK, John H and STORKSDIECK, Martin (2005). Learning science from museums. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio
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SCHAUBLE, Leona; LEINHARDT, Gaea and MARTIN, Laura (1997). A Framework for Organizing a Cumulative Research Agenda in
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Grato!
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