1
Eduardo João Zanotto do Carmo
R.A. 3250172 – 10ª Semestre
FÔRMAS E ESCORAMENTOS
Itatiba
Dezembro 2007
2
Eduardo João Zanotto do Carmo
R.A. 3250172 – 10ª Semestre
FÔRMAS E ESCORAMENTOS
Monografia apresentada à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Engenharia Civil da Universidade São Francisco, sob orientação do Prof. Dr. Adilson Franco Penteado, como exigência parcial do curso de graduação.
Itatiba
Dezembro 2007
3
Carmo, Eduardo João Zanotto do. Fôrmas e Escoramentos. Monografia defendida e
aprovada no dia 11 de Dezembro de 2007, na Universidade São Francisco pela banca
examinadora constituída pelos professores:
Prof. Dr. Adilson Franco Penteado
USF – orientador
Prof. Dr. Adão Marques Batista
USF – examinador
Prof. Ms. André Penteado
USF - examinador
4
Ao Prof. Dr. Adilson Franco Penteado
Pelo entusiasmo, atenção e paciência com que conduziu os momentos de aprendizado, orientando sem imposição, dialogando e alegrando – se com cada conquista.
5
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, que me propicia vida, todos os dias e me orienta em todas as
minhas escolhas.
A minha família, que sempre me apoiou e orientou a cada passo da minha vida e se
esforçou durante toda ela, pra me dar o melhor.
A minha namorada, Priscilla, que entendeu minha ausência quando necessária, para
me dedicar aos estudos e vibrou com cada conquista minha e a sua mãe Sandra que
contribui com o auxilio a tradução do português para o inglês quando necessário.
Aos professores Adilson Franco Penteado e Adão Marques Batista, pela orientação e
dedicação na realização deste trabalho.
A todos os professores do curso de Engenharia Civil, que durante todos esses anos
contribuíram para a minha formação profissional e pessoal.
Aos meus colegas de classe, que compartilharam conhecimento e experiências que
contribuíram para a realização desse trabalho.
6
CARMO, Eduardo João Zanotto do. Fôrmas e Escoramentos. 2007. 44 f. Monografia – Curso de Engenharia Civil da Unidade Acadêmica de Área de Ciências Exatas da Universidade São Francisco, Itatiba.
RESUMO
O binômio fôrma / escoramento, cada vez mais vem sendo analisado dentro de um cronograma na construção civil. Hoje em dia as fôrmas se apresentam em grande variabilidade de materiais, como por exemplo, madeira serrada, madeira revestida, aço, papelão, plástico e alumínio. Já o escoramento é dividido em dois tipos de materiais: madeira e aço. E mesmo assim, dentro desses dois materiais temos alternativas, como no caso do aço, podemos optar por um sistema mais simples e leve, com escoras ou um sistema mais complexo e pesado, formado por torres, que apesar de ter uma montagem mais complexa, ele proporciona mais estabilidade para que os operários possam trabalhar. Para a escolha de um bom sistema, seja de fôrma ou escoramento, devemos analisar algumas variáveis e se possível envolver arquitetos, calculistas e encarregados de executar o serviço no momento de tomar a melhor decisão, pois todos tem participação direta na construção e suas opiniões são determinantes para uma boa escolha. As variáveis mais importantes a serem analisadas são: projeto arquitetônico, projeto estrutural, projeto de formas, planejamento, produtividade, custos, número de reutilizações, perdas no processo, movimentação, disponibilidade no mercado, espaço no canteiro e segurança. O levantamento de custos dos materiais mostra que a madeira serrada, comprada em madeireiras ainda é o material que apresenta menor custo. Porém, não devemos avaliar isso separadamente das outras variáveis citadas acima, além do que temos o custo da mão – de – obra, o custo das ferramentas e maquinas para manusear este equipamento, que acaba se tornando artesanal e ainda corremos o risco de não obter um produto final de tão boa qualidade, como teríamos utilizando um sistema de fôrma ou escoramento industrializado. Os profissionais da construção civil nos dias de hoje, sejam eles engenheiros, mestres – de – obra, encarregados ou operário, já estão totalmente adaptados a esses novos sistemas. Como os prazos de entrega das obras estão cada vez menores e a exigência de qualidade está cada vez maior, esse tipo de equipamento industrializado, seja fôrma ou escoramento, já é visto pela grande maioria como indispensável e insubstituível na construção civil. Além da otimização da madeira na construção civil, devido à preocupação com o meio ambiente, devido ao aquecimento global. Nos dias atuais, é de extrema importância analisar vários fatores para a escolha dos materiais empregados na construção civil. Palavras – chave: FÔRMA, ESCORAMENTO, SISTEMA E CUSTO.
7
Abstract These two names pattern and support, more and more are being analyzed inside a schedule on building construction. Nowadays the patterns present itself in a big fickleness of materials, l for example sawn wood, wood coated, steel, board, plastic and aluminum. The support is divided into two types of materials: wood and steel. Even so, inside of this two kinds of materials we have alternatives, like in the case of the steel, we can going for a system simpler and light, or a system more complex and hard, formed by towers, that, in spite of have an assembly more complex, it provides more stability in order that the workers can work. For choice a one good system, in pattern or support, we must analyze some variables and if possible envelop architects, calculating and people in charge of executing the service at the moment of taking the best decision, because all of them have participation on building and their opinions are determining for a good choice. The most important variables to be analyzed are: architectonic project, structural project, and project of shapes, planning, productivity, costs, number of re-use, losses into the process, movement, availability in the market, space into the stonecutter and safety. The search in costs of the materials shows that the wood sawed, bought in lumber merchant is the material that has minor cost. But we mustn’t evaluate it separately from the another variables named above, beyond this we've the cost of hand – of – work, the the cost of the tools and machines to work with this equipment, and turn out to be handicraft and we have the risk of don’t get a good final product as we could have using a system of pattern or industrialized support. The professionals of building construction nowadays, as engineers, masters – of – work, people in charge or those who work in production, are totaly adapted in these new systems. As deadlines of delivers of works are each time minors and the requirement of quality is each time bigger, this kind of industrialized equipment, it may be pattern or support, is already seen by big majority as indispensable and irreplaceable on building construction, besides of optimization of wood on building construction, due on the preoccupation with the environment, due the heating global. Nowadays, it has an extreme importance to analyze various factors for choice of the materials used on building construction. Key -words: PATTERN , SUPPORT , SYSTEM AND COST
8
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 01
1.1 Objetivos .................................................................................................................... 02
2 FÔRMAS ....................................................................................................................... 03
2.1 Cargas atuantes ......................................................................................................... 04
2.1.1 Cargas devido ao peso do concreto ........................................................................ 04
2.1.2 Cargas devido ao peso das fôrmas e respectivos escoramentos ........................... 04
2.1.3 Cargas temporárias ................................................................................................. 04
2.2 Materiais alternativos utilizados em fôrmas ............................................................... 05
2.2.1 Madeira serrada ...................................................................................................... 05
2.2.2 Chapas de madeira revestidas ................................................................................ 06
2.2.3 Aço .......................................................................................................................... 07
2.2.4 Alumínio .................................................................................................................. 08
2.2.5 Plástico .................................................................................................................... 08
2.2.6 Papelão ................................................................................................................... 10
3 ESCORAMENTO .......................................................................................................... 12
3.1 Reescoramento .......................................................................................................... 13
3.1.1 O processo de reescoramento ................................................................................ 14
3.1.2 Prazos para desforma ............................................................................................. 15
3.2 Cargas atuantes ......................................................................................................... 16
3.3 Materiais utilizados ..................................................................................................... 16
3.3.1 Madeira bruta .......................................................................................................... 17
3.3.2 Madeira serrada ...................................................................................................... 18
3.3.3 Metálicos ................................................................................................................. 18
3.3.3.1 Escoras (sistema pontual) .................................................................................... 20
3.3.3.2 Torres metálicas ................................................................................................... 22
4 METODOLOGIA ............................................................................................................ 26
5 SISTEMATIZAÇÃO DE FÔRMAS ................................................................................. 27
5.1 Levantamento de custos ............................................................................................ 32
5.1.1 Dimensionamento de fôrmas para pilares ............................................................... 33
5.1.2 Dimensionamento de fôrmas para vigas ................................................................. 35
5.1.3 Dimensionamento de fôrmas para lajes .................................................................. 36
5.1.4 Totalização do custo dos materiais para fôrma serrada ......................................... 36
5.2 Comparativo de custos ............................................................................................... 37
9
6. SISTEMATIZAÇÃO DO ESCORAMENTO ................................................................... 39
6.1 Levantamento de custos ............................................................................................ 40
6.1.1 Dimensionamento de escoramento para projeto A ................................................. 44
6.1.2 Dimensionamento de escoramento para projeto B ................................................. 42
6.2 Comparativo de custos ............................................................................................... 43
7 OPINIÃO DE ALGUNS PROFISSIONAIS ..................................................................... 45
8 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 48
ANEXOS .......................................................................................................................... 50
10
Lista de Ilustrações
Figura 2.01 – Fôrma de madeira serrada ......................................................................... 06
Figura 2.02 – Assoalhamento de laje com fôrma plastificada .......................................... 07
Figura 2.03 – Sistema de fôrma pronta ............................................................................ 07
Figura 2.04 – Fôrma metálica em paredes de reservatório ............................................. 08
Figura 2.05 – Fôrma plástica para laje nervurada ............................................................ 09
Figura 2.06 – Laje nervurada executada com fôrma plástica .......................................... 10
Figura 2.07 – Fôrma de papelão para pilar de seção redonda ........................................ 11
Figura 2.08 – Travamento em madeira para fôrma de papelão ....................................... 11
Figura 3.01 – Sistema de escoramento metálico ............................................................. 12
Figura 3.02 – Sistema de escoramento de madeira ........................................................ 13
Figura 3.03 – Escoramento provisório para caixa d´água ................................................ 13
Tabela 3.01 – Prazos para desforma ............................................................................... 16
Figura 3.04 – Escoramento em madeira bruta ................................................................. 17
Figura 3.05 – Cunha em madeira para ajuste de escoramento de madeira .................... 18
Figura 3.06 – Escoramento metálico ................................................................................ 20
Figura 3.07 – Cruzeta metálica ........................................................................................ 21
Figura 3.08 – Tripé metálico ............................................................................................. 21
Figura 3.09 – Fundo de viga escorado com escoras e cruzetas ...................................... 22
Figura 3.10 – Escoramento metálico composto por torres ............................................... 23
Figura 3.11 – Escoramento metálico para pé – direito alto .............................................. 24
Figura 3.12 – Operário trabalhando sobre escoramento metálico ................................... 24
Figura 3.13 – Plataforma metálica para trabalho ............................................................. 25
Tabela 5.01 – Comparativo: sistemas de fôrmas ............................................................. 29
Tabela 5.02 – Orçamento de fôrma pronta em madeira .................................................. 32
Tabela 5.03 – Empresa de locação de fôrmas metálicas ................................................ 33
Tabela 5.04 – Orçamento de locação de fôrma metálica ................................................. 33
Tabela 5.05 – Madeireiras ................................................................................................ 33
Figura 5.01 – Estruturação da fôrma dos pilares ............................................................. 34
Tabela 5.06 – Material utilizado na fabricação de fôrmas dos pilares ............................. 34
Figura 5.02 – Estruturação da fôrma das vigas ............................................................... 35
Tabela 5.07 – Material utilizado na fabricação de fôrma das vigas ................................. 35
Figura 5.03 – Estruturação da fôrma das lajes ................................................................ 36
Tabela 5.08 – Material utilizado para fabricação de fôrma das lajes ............................... 36
Tabela 5.09 – Custo do material utilizado para fabricação de fôrmas ............................. 37
Tabela 5.10 – Comparativo de custos .............................................................................. 37
11
Tabela 6.01 – Comparativo: sistemas de escoramento ................................................... 40
Tabela 6.02 – Madeireiras ................................................................................................ 41
Tabela 6.03 – Custo de escoramento metálico ................................................................ 41
Figura 6.01 – Protótipo de escoramento de laje maciça................................................... 42
Tabela 6.04 – Custo do material utilizado no escoramento do projeto A ......................... 42
Tabela 6.05 – Custo do material utilizado no escoramento do projeto B ........................43
Tabela 6.06 – Comparativo de custos de escoramento para projeto A ........................... 43
Tabela 6.07 – Comparativo de custos de escoramento para projeto B ........................... 43
1
1 INTRODUÇÃO
A questão tratada nesse projeto é de extrema importância na construção civil. O
escoramento, uma estrutura provisória destinada a suportar cargas de uma estrutura
permanente ou não permanente e as fôrmas que são o invólucro da estrutura de concreto
armado quando este ainda não tem o tempo de cura suficiente para se auto – sustentar, tem
grande representatividade no custo de um empreendimento e na qualidade do produto
entregue.
Sabe – se que é de grande importância conhecer o material ou equipamento utilizado
numa construção, pois esses garantem a segurança, a qualidade e a durabilidade de um
edifício, seja residencial, industrial ou comercial.
A construção civil vem evoluindo e se modernizando através do tempo. As fôrmas e
os escoramentos não ficam de fora dessa evolução, com o crescimento industrial e a
necessidade de novas opções, foram desenvolvidos equipamentos e materiais que
atendessem as mais diversas situações da construção civil.
Apesar do tema ainda ser pouco difundido, o binômio fôrma / escoramento ganha
cada vez mais espaço no cronograma da obra e a atenção de quem trabalha na construção
civil.
Serão apresentados aqui, os materiais disponíveis no mercado atual, para a
obtenção de fôrmas e escoramento, suas vantagens e desvantagens, a finalidade desses e
em quais situações são melhores empregados.
Procuramos soluções com maior produtividade e menor custo, mostrando o quanto
um estudo bem realizado antes do inicio de uma obra pode reduzir os gastos e diminuir os
problemas que podem vir a ocorrer durante uma construção.
Analisar os projetos e envolver arquitetos, calculistas, encarregados de execução
pode ser o inicio para uma escolha acertada quando tratamos de fôrmas e escoramento.
Levantar os valores, decidir a maneira que será feito o transporte dentro da obra,
verificar a disponibilidade de material, analisar o número de reutilizações, o número de
perdas e reformas no equipamento e a segurança que este proporciona são outros pontos
importantes a serem analisados na escolha de um bom sistema de fôrma e escoramento.
Por fim, em cima de todos esses parâmetros citados anteriormente, analisar o custo
do equipamento, que não se restringem apenas ao custo direto que ele tem e sim a todo o
processo, como por exemplo a produtividade e a mão – de – obra empregada.
2
1.1 Objetivos
O objetivo deste trabalho é mostrar o quanto o binômio fôrma / escoramento é
importante na construção civil. O projeto pretende mostrar os diversos tipos de
equipamentos para execução dos serviços, comparar o custo entre eles, analisar as
vantagens e desvantagens de cada um. Será feita ainda uma pequena introdução sobre as
cargas atuantes em cada uma dessas etapas construtivas.
Pretende – se apresentar um roteiro, onde serão encontradas as questões a serem
avaliadas quanto à escolha de um sistema ideal de fôrmas e escoramentos.
Com a preocupação ambiental, vivida nos dias de hoje, devido ao aquecimento global,
devemos otimizar a utilização de madeira na construção civil e quando possível, substitui –
lá por materiais, como aço, plástico, papelão e até materiais recicláveis.
Por fim, será ilustrado o valor bruto, para a obtenção de fôrmas e escoramento,
fazendo um comparativo de custos entre eles.
Deseja – se com esse trabalho, trazer informações pouco encontradas nos canteiros
de obra e nas salas de aula, ajudando aqueles que trabalham na construção civil.
3
2 FÔRMAS
As fôrmas são de grande importância, apesar de quase nunca agregar valor estético
ao produto final. Um escritório, um hospital ou uma residência. Pois a estrutura na sua
grande maioria receberá acabamentos e revestimento. Por isso, esse item, muitas vezes
não recebe a atenção devida.
Mas devemos ter cuidados especiais ao escolher a solução de fôrmas que utilizaremos
em nossas construções e ainda acompanhar sua aplicação e o seu uso, visando o máximo
desempenho.
A língua portuguesa diz que a expressão fôrma significa algo como um molde ou
modelo.
A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) afirma que:
Além de modelar, de dar forma a qualquer peça em concreto que
desejarmos construir, as fôrmas são responsáveis por atender a várias
exigências não menos importantes:
• Garantir a geometria (dimensões e formatos)
• Garantir o posicionamento das peças (junto com o cimbramento
permite a locação exata no espaço de todas as peças estruturais)
• Manter a conformação do concreto “fresco”
• Permitir a obtenção de superfícies especificadas (concreto aparente, a
ser revestido, texturado, etc)
• Possibilitar o posicionamento de outros elementos nas peças (furos de
passagens, inserts, elementos de instalações hidráulicas e elétricas,
espaçadores, a própria armadura)
• Proteger o concreto novo (devido a fragilidade do concreto novo, as
fôrmas o protegem contra impactos acidentais bem como contra
variações bruscas da temperatura ambiente)
• Evitar a fuga de finos (as fôrmas devem ser estanques, evitando perda
de argamassa ou nata de cimento)
• Limitar a perda de água do concreto fresco (mantendo a quantidade de
água necessária para hidratação do concreto)
Devemos considerar fôrmas não apenas as chapas de madeira ou material específico
e sim todo o travamento que acompanha está e tem influência na formação da estrutura de
concreto.
Segundo Magalhães (2000), estudos realizados mostram que as fôrmas representam
de 40 % a 60 % do custo total da estrutura de concreto armado e cerca de 8 % a 12 % no
custo final de uma edificação. Hoje, com os materiais alternativos que existem no mercado,
o valor da forma para uma construção deve girar em torno de 2%.
4
2.1 Cargas atuantes
A ABCP mostra que as fôrmas devem ser projetadas e fabricadas a fim de atender
todas as necessidades enumeradas anteriormente, mantendo sua geometria e posição
dentro de limites aceitáveis, às cargas atuantes. Essas cargas são: devido ao peso do
concreto, devido ao peso das fôrmas e respectivos escoramentos e cargas temporárias.
2.1.1 Cargas devido ao peso do concreto
Sabendo que o concreto “fresco” não constitui um líquido perfeito, fica difícil determinar
a pressão que este exerce contra fundo e laterais das fôrmas. Então utilizamos o dado
fornecido pela NBR-6118, que estabelece a massa do concreto como 25 KN/m³.
Segundo Moliterno (1989), nos fundo das vigas consideramos a massa do concreto e
acrescemos 10 % devido à vibração do concreto, totalizando assim 2.750 kgf/m³, já que se
trata da ação gravitacional agindo diretamente sobre os painéis de fundo.
No caso de painéis laterais, levam – se em conta mais itens, como a altura da peça, a
velocidade de lançamento no interior da fôrma, o processo de vibração e até a temperatura,
afirma Moliterno (1989).
2.1.2 Carga devida ao peso das fôrmas e respectivos escoramentos
Como hoje em dia temos muitos tipos de fôrmas disponíveis no mercado, deve – se
consultar o fabricante da fôrma para obter esse dado, ou no caso da utilização de madeira
devemos executar um anteprojeto ou então um esquema de como serão executadas,
constando um memorial de calculo.
2.1.3 Cargas temporárias
Na questão das cargas temporárias, Moliterno (1989) sugere que devemos analisar as
fôrmas vazias e cheias de concreto.
Quando vazias devemos nos preocupar com a ação dos ventos, embora muitos
projetistas não a considerem, pois já contam com os travamentos contra vibrações, mas,
devemos lembrar que cada caso deve ser analisado sobre uma ótica diferente.
Quando cheias, temos que levar em conta a movimentação de pessoas sobre a fôrma,
equipamentos, o concreto concentrado em determinados pontos antes de ser espalhado.
Isso é denominado sobrecarga e como critério de cálculo adota – se 0,15 a 0,20 KN/m²,
afirma Moliterno (1989).
5
2.2 Materiais alternativos utilizados em fôrmas
A evolução e o desenvolvimento da construção nas ultimas décadas foi muito grande e
as fôrmas não ficaram de fora dessa evolução.
Segundo o Portal do Concreto era necessário que elas fossem melhoradas, já que os
concretos de alta resistência, secagem cada vez mais rápidas e menos deformáveis
estariam totalmente comprometidos se essa evolução não acontecesse.
A preocupação com o meio ambiente, a quantidade de reaproveitamentos, a qualidade
do acabemanto do concreto e a praticidade na hora de montar e desmontar foram apenas
alguns dos fatores que fizeram com que se pensasse mais no item fôrma.
Antes a execução das fôrmas era totalmente artesanal, na própria obra, gerando
resíduos e desperdícios. Hoje temos muitas opções de materiais para utilização, vindo
acompanhados de uma produção industrializada, com projetos específicos para cada
situação e redução total dos custos finais.
Hoje em dia não precisamos mais ficar restritos ao uso de madeiras naturais. Podemos
utilizar compensados de reflorestamento, fôrmas metálicas, de plásticos, plásticos
recicláveis, aço, alumínio, papelão e até pvc.
Independente do método construtivo, do material a ser utilizado, é de grande valia um
bom estudo das alternativas antes de comprar ou alugar um conjunto de fôrmas.
2.2.1 Madeira serrada
Foi o primeiro material a ser utilizado como fôrma para concreto, hoje em dia é pouco
utilizado, apenas quando se deseja que o concreto adquira a textura dos veios da madeira.
Tem como vantagem o baixo custo, facilidade de corte e sua disponibilidade.
A ABCP mostra que, como desvantagem temos a sua baixa durabilidade, dificuldade
de acabamento nas pontas das chapas, necessitando sempre reforços e grande mão – de –
obra, como mostra a Figura 2.01, sua variabilidade (que exige cálculos muitas vezes
superdimensionados) e poucos fornecedores “profissionalizados”, além de ser um recurso
natural que precisa ser explorado de maneira sustentável.
6
Figura 2.01 – Fôrma de madeira serrada
2.2.2 Chapas de madeira revestidas
Utilizadas em contato com o concreto em quase todos os tipos de fôrmas, desde
simples, curvas e moduladas, surgiram no mercado na década de 60.
Dentre as vantagens estão à facilidade de corte da madeira e o reaproveitamento das
chapas, como exemplifica a Figura 2.02, que mostra fôrmas que já foram utilizadas, sendo
reaproveitadas numa próxima etapa.
Existe hoje em dia um sistema conhecido como sistema de fôrma pronta, Figura 2.03,
que já vem com as chapas de madeira nas dimensões corretas para os elementos de
concreto armado.
Um estudo feito pela ABCP, mostra que quando contam com revestimento resinado
podem ser reaproveitadas até 8 vezes sem causar danos ao aspecto da superfície do
concreto. Já quando revestidas com material plástico permitem a reutilização até 18 vezes.
7
Figura 2.02 – Assoalhamento de laje com fôrma plastificada
Figura 2.03 – Sistema de fôrma pronta
2.2.3 Aço
Proporciona aspecto altamente liso a superfície do concreto e tem como grande
vantagem o alto número de reaproveitamento.
8
Devido ao alto custo inicial deste equipamento, porém com alta produtividade, é
geralmente fornecido por empresas especializadas, que trabalham com locação de
equipamentos.
A sua utilização nos dias de hoje está mais difundida nas construções de muros de
concreto armado, reservatórios, como mostra a Figura 2.04 e fundações, devido ao alto
custo é pouco utilizada em edifícios.
Uma obra com sistemas de escoramentos com mesa voadora e uma grua para
movimentar tanto escoramento, quanto fôrma, pode fazer a solução de fôrmas metálicas
uma solução interessante, pois, uma vez montada, não é necessário a desmontagem
completa para o transporte, o que gera grande produtividade na obra.
Figura 2.04 – Fôrma metálica em paredes de reservatório
2.2.4 Alumínio
Apresenta as mesmas características do aço, porém ainda leva em conta como
vantagem a leveza, proporcionando fácil manuseio.
A grande desvantagem é custo alto de aquisição e manutenção.
2.2.5 Plástico
Material de grande versatilidade, podendo trazer soluções interessantes para as
diversas situações da construção civil, como demonstra a Figura 2.05 , proporcionando um
acabamento de qualidade, como mostra a Figura 2.06.
9
Hoje em dia temos vários tipos de fôrmas plásticas, como mostram Morikawa e Demarzo.
PVC, plástico reforçado com fibra de vidro, polipropileno, poliuretano e até plásticos recicláveis. Além de o custo ser abaixo do aço e do alumínio, o plástico tem baixo peso, facilitando
o manuseio e a montagem das fôrmas.
Figura 2.05 – Fôrma plástica para laje nervurada
A grande desvantagem é que ele tem grande deformabilidade devido a temperatura e
as cargas atuantes, por isso deve – se ter cuidados especiais em relação a estruturação dos
painéis.
10
Figura 2.06 – Laje nervurada executada com fôrma plástica
2.2.6 Papelão
Utilizado geralmente para pilares de seção redonda, como mostra a Figura 2.07, tem
como grande vantagem ser alto estruturado, precisando apenas de equipamentos para
posicionamento e prumo. A grande desvantagem desse material é que o seu
reaproveitamento é zero, pois para a desforma é necessário destruir o molde, como mostra
a ABCP.
11
Figura 2.07 – Fôrma em papelão para pilar de seção redonda
Outra desvantagem é que esse tipo de fôrma não tem auto - estruturação,
necessitando de madeira como complemento para que este fique no prumo, como mostra a
Figura 2.08.
Figura 2.08 – Travamento em madeira para fôrma de papelão
12
3. ESCORAMENTO
A ABCP define escoramento como uma estrutura provisória composta por um conjunto
de elementos que apóiam as fôrmas de lajes e vigas, suportando as cargas atuantes (peso
próprio do concreto, movimentação de operários e equipamentos, etc) transmitindo para a
estrutura anterior ou para o piso, até que essa estrutura se torne autoportante, podendo ser
metálico como mostra a Figura 3.01 ou de madeira, como mostra a Figura 3.02 . O
escoramento também funciona bem como plataforma, servindo de suporte para
equipamentos, caixas d´água, cilos de concreto ou qualquer outro tipo de material, tal como
a Figura 3.03 demonstra.
Figura 3.01 – Sistema de escoramento metálico
Fonte: Catálogo de escoramento Mecan
Com o grande problema de desperdício de uma construção, que vai desde a mão de
obra desqualificada, a pouca otimização dos projetos e a aplicação do material inadequado
para os serviços executados, um escoramento bem projetado e uma escolha adequada de
equipamentos, fazem com que tenhamos menos desperdícios, uma obra mais limpa,
racionalização e agilidade na produção, tudo isso gerando um menor custo no fim da
construção e muitas vantagens técnicas.
13
longarina
cunha
escora
tirante
cunha
Mão-francesaprumo
tensor
gastalho
Sarrafonivelamento
Painel dalaje
garfo
guia
gravata
Figura 3.02 – Sistema de escoramento de madeira
Fonte: Madeirit
Figura 3.03 – Escoramento provisório para caixa d´água
3.1 Reescoramento
Logo após a concretagem da estrutura, dá se inicio ao processo de cura do concreto,
onde as peças atingem sua condição de serem autoportantes. Até o concreto chegar à
resistência a qual ele foi projetado, costuma – se utilizar um sistema de reescoramento, a
fim de retirar o máximo de equipamentos possíveis da área recém concretado, para que
14
possa se ter um reaproveitamento do equipamento e até uma disponibilização de área para
armazenar materiais ou até para executar outros serviços, como alvenaria de fechamento
por exemplo.
Segundo Guilherme (2004), o reescoramento tem também como finalidade o
reaproveitamento de fôrmas de lajes e vigas para próximas etapas da obra, visando assim
economia, tanto no escoramento, quanto nas fôrmas.
Também é necessário o reescoramento, quando a estrutura mesmo após a cura total
de 28 dias e a resistência do concreto ter sido atingida, exista a necessidade de se
movimentar equipamentos sobre a estrutura com pesos maiores do que a sobrecarga de
projeto, afirma Guilherme (2004).
O reescoramento é de menor complexidade do que o escoramento, porém não menos
importante.
3.1.1 O processo de reescoramento
O processo em obra se inicia com a retirada das formas, as lajes e vigas são escoradas
com algumas escoras para evitar ação, de sobrecarga enquanto se processa a preparação
da concretagem do teto superior.
Para lajes maciças o reescoramento segue prescrições da Norma Brasileira Reguladora
(NBR) 6118 “projeto e execução de obras de concreto armado” item 14.2, que através de
ensaios em laboratórios, com equipamentos adequados, confirmam a evolução das
resistências do concreto, como é citado a seguir:
NBR 6118
14.2 Princípios gerais da análise estrutural
14.2.1 Objetivo da análise estrutural
O objetivo da análise estrutural é determinar os efeitos das ações em uma
estrutura, com a finalidade de efetuar verificações de estados limites
últimos e de serviço.
A análise estrutural permite estabelecer as distribuições de esforços
internos, tensões, deformações e deslocamentos, em uma parte ou em
toda a estrutura.
14.2.2 Premissas necessárias à análise estrutural
A análise deve ser feita com um modelo estrutural realista, que permita
representar de maneira clara todos os caminhos percorridos pelas ações
até os apoios da estrutura e que permita também representar a resposta
não linear dos materiais.
15
Em casos mais complexos a interação solo-estrutura deve ser contemplada
pelo modelo.
No caso da aplicação da protensão, deve-se garantir deslocabilidade
adequada à sua realização efetiva, minimizando a transmissão não
desejada para elementos adjacentes.
Análises locais complementares devem ser efetuadas nos casos em que a
hipótese da seção plana não se aplica.
Análises locais complementares também devem ser efetuadas quando a
não linearidade introduzida pela fissuração for importante, como por
exemplo na avaliação das flechas.
Guilherme (2004), na apostila de escoramentos Mecan sugere que para as lajes pré –
fabricadas o próprio escoramento se torne o reescoramento, podendo ser retirado somente
após 21 dias, quanto o concreto não conter aditivos. Isto se dá, pois a retirada do
escoramento num tempo menor que este pode provocar uma flecha na laje, provocando
posteriormente fissuras, desconforto visual dependendo de quanto cedeu a laje e em casos
mais graves a ruptura dessa laje.
Guilherme (2004) sugere que a retirada das escoras deve ser feita da seguinte maneira:
• Do meio do vão para a extremidade nas lajes bi– apoiadas e a partir da
extremidade para o apoio nos balanços.
A maneira como o reescoramento é disposta em uma estrutura é determinado pelo
resultado dos ensaios da evolução da resistência do concreto. Tendo isso em mãos, as
empresas de escoramento executam um projeto específico para este item.
3.1.2 Prazos para Desforma
A retirada das fôrmas e do escoramento somente poderá ser feita quando o concreto
estiver suficientemente endurecido para resistir aos esforços que nele atuarem. Um plano
prévio de desforma pode reduzir custos, prazos e melhorar a qualidade.
A desforma deve ser progressiva a fim de impedir o aparecimento de fissuras e
trincas. Também é indicada a utilização de pessoal capacitado para executar a desforma.
Sugere – se atribuir o encargo da desforma a, no mínimo, um auxiliar de carpintaria (nunca
deixar a cargo de serventes), sob a supervisão de um carpinteiro experiente ou um oficial
pedreiro. Evitar utilizar ferramentas que danifiquem as formas ou mesmo a superfície do
concreto (nunca usar pés – de – cabras ou pontaletes).
Na tabela 3.01, fornecida pela empresa Mecan Industria e Locação de Equipamentos
para Construção Ltda., estão especificados os prazos de desforma definidos pela norma,
16
tanto para concretos com cimento portland comum e cura úmida como para concretos
aditivados (com cimento de alta resistência inicial):
Tabela 3.01: Prazos para desforma
Tipos de fôrmas Concreto comum Concreto
aditivado
Paredes, pilares e faces laterais de vigas 03 dias 02 dias
Lajes até 10 cm de espessura 07 dias 03 dias
Faces inferiores de vigas com reescoramento 14 dias 07 dias
Lajes com mais de 10 cm de espessura e faces
inferiores de vigas com menos de 10 m de vão
21 dias 07 dias
Arcos e faces inferiores de vigas com mais de 10 m
de vão
28 dias 10 dias
Fonte: Apostila interna Mecan
3.2 Cargas atuantes
O escoramento deve ser montado de modo que receba as cargas verticais, seja de
laje, vigas ou equipamentos e transmiti – las ao solo ou a estrutura de apoio, segundo a
ABCP
Já o reescoramento é um sistema dinâmico, que visa prever, além do peso próprio da
estrutura, o quanto às estruturas inferiores podem receber dessa carga.
É sempre importante estudar junto aos projetistas e calculistas da estrutura a maneira
que será feito o reescoramento, para que ele possa definir o vão máximo entre escoras, o
prazo que eles devem ficar montadas e o número de pavimentos a serem reescorados se
houver mais de um.
3.3 Materiais utilizados
Hoje em dia, temos no mercado dois tipos de materiais para serem utilizados no
processo de escoramento. A madeira e o metal. Sendo que a madeira ainda se divide em
dois tipos, a madeira bruta e a madeira serrada.
É necessário um estudo aprofundado para escolher o tipo de material que iremos
utilizar em nossas obras, muitas vezes o mais barato pode sair caro no final, levando em
conta a mão de obra nele aplicada, o tempo utilizado para executar o escoramento e a
qualidade final da estrutura.
Além desses itens citados acima, ainda temos que observar outros detalhes para a
escolha do material aplicado, como por exemplo: o pé direito, necessidade de
17
reaproveitamento, limpeza e organização da obra, acompanhamento de projetos específicos
e ainda o acompanhamento técnico na obra para assegurar todo o processo.
Veremos a seguir uma breve explicação sobre os materiais que podem ser escolhidos
para executar um escoramento.
3.3.1 Madeira bruta
Geralmente encontramos na forma de troncos de eucalipto, como mostra a Figura 3.04
é um sistema rudimentar, onde o material encontrado é muito heterogêneo, fazendo com
que os cálculos de dimensionamento sejam feitos para os piores casos,
superdimensionando a utilização de escoras. Seu nivelamento é muito complicado,
necessitando sempre de cunhas, como demonstrado na Figura 3.05 e a sua estabilidade
não é garantida, tendo assim que utilizar sarrafos para travamento vertical, proporcionando
uma grande mão de obra. Tem custo muito baixo e é facilmente encontrado, afirma a ABCP.
Figura 3.04 – Escoramento em madeira bruta
18
Figura 3.05 – Cunha em madeira para ajuste de escoramento de madeira
3.3.2 Madeira Serrada
É um material imbatível quando se trata de custo em obras lentas, comparada ao
sistema metálico.
Foi criado junto com o sistema “formapronta”, é composta por madeiras aparelhadas,
padronizadas e com encaixes previstos.
A ABCP mostra que esses tipos de materiais são compostos normalmente por:
• Escoras simples de pontaletes 3” x 3” para lajes
• Escoras duplas (garfos) de pontaletes 3“ x 3” para as vigas
• Longarinas de sarrafos 1” x 6” duplos
• Barrotes de sarrafos 1” x 4” ou pontaletes 3” x 3”
As suas desvantagens são que o nivelamento é através de cunhas, assim como na
madeira bruta e o seu uso é restrito a apenas uma obra já que temos grande dificuldade de
reforma e de adaptação a outras dimensões.
3.3.3 Metálicos
Hoje em dia temos muitas empresas especializadas nesse tipo de equipamento, que
no geral são compostos por aço ou alumínio. Essas empresas trabalham com venda e
locação de equipamentos.
19
Esses equipamentos têm como características a flexibilidade, ajustes precisos, alta
resistência, montagem simples com peças de encaixes simples.
Além disso, pode se contar com uma equipe de projetistas e técnicos para que junto
com a obra possa se escolher a solução mais adequada para cada construção. Tendo ainda
acompanhamento técnico para instrução de montagem e conferencia do escoramento já
montado para que não haja nenhum problema posterior com a estrutura que será
concretada, devido à má utilização do equipamento de escoramento. O equipamento
metálico é muito indicado quando não se aceita deformações na laje.
Guilherme (2004) ainda cita como vantagens os seguintes pontos:
• Não existir estocagem de equipamento na obra, pois os equipamentos são
enviados conforme um projeto;
• Grande reaproveitamento do equipamento;
• Montagem rápida e simples;
• Organização e limpeza na obra, evitando acidentes e permitindo boa
movimentação entre o equipamento montado, como é mostrado na Figura 3.06,
diferente da madeira, em que os pontaletes ficam muito próximos uns aos
outros.
Como já foi citado antes, existem hoje várias empresas no segmento de locação e
venda de escoramento metálico, cada uma com suas características próprias, porém, de
uma maneira geral, os sistemas podem ser divididos em dois tipos: escoras e torres
20
Figura 3.06 – Escoramento metálico
3.3.3.1 Escoras (sistema pontual)
Segundo Batista e Mascia, são peças de fácil montagem, com formada a partir de dois
tubos que deslizam um dentro do outro, tendo o tubo inferior com diâmetro maior do que o
tubo superior, que é conhecido por “flauta”, já que possui furos a cada 10 cm para ajuste
através de um pino. No topo da peça superior existe uma luva metálica, com rosca e duas
alças para o ajuste milimétrico.
As escoras, associadas a um acessório conhecido por cruzeta, Figura 3.07 , que é
uma peça metálica feita para receber um caibro de 8 x 8 cm², são ideais para o escoramento
de vigas com a seção maior medindo até 70 centímetros (cm), como mostra na Figura 3.09.
21
Figura 3.07 – Cruzeta metálica
Fonte: Catálogo de escoramento Mecan
Esse equipamento trabalha a compreensão e está sujeito a instabilidade por
flambagem.
Necessitam de complementos que a deixem em pé, como sarrafos de madeiras ou
tripés próprios, Figura 3.08, que veremos em seguido quando falarmos dos acessórios.
Figura 3.08 – Tripé metálico
Fonte: Catálogo de escoramento Mecan
A grande vantagem em relação à madeira é que tem grande resistência e precisão no
nivelamento.
Hoje em dia já existem sistemas de escoras com desforma rápida, na qual utiliza – se
um cabeçal na ponta da escora para que seja feito o reaproveitamento maior de fôrmas.
22
Figura 3.09 – Fundo de viga escorado com escoras e cruzetas
3.3.3.2 Torres metálicas
É um equipamento de montagem mais complexa que as escoras, porém apresenta
uma capacidade de carga muito maior, segundo a ABCP .
É composta por elementos verticais múltiplos, ligados entre si (por diagonais ou tubos,
dependendo do fabricante do equipamento), formando quadros, conforme Figura 3.10.
Este tipo de equipamento é ideal para grandes alturas, pois seu sistema de montagem
não limita o seu alcance como acontece com as escoras, como é mostrado na Figura 3.11.
23
Figura 3.10 – Escoramento metálico composto por torres
Uma vantagem desse sistema é que ele proporciona maior estabilidade, permitindo
que os operários caminhem sobre ele, Figura 3.12 para fazer o assoalhamento das lajes,
armação e com o desenvolvimento que já chegamos hoje em dia, nas vigas de periferia de
um edifício é possível fazer uma plataforma com guarda corpo em balanço para trabalho na
face externa da viga, como mostra a Figura 3.13.
24
Figura 3.11 – Escoramento metálico para pé – direito alto
Figura 3.12 – Operário trabalhando sobre escoramento metálico
26
4. METODOLOGIA
O trabalho presente, consiste em avaliar qual é a melhor escolha para os sistemas de
fôrmas e escoramentos de uma obra.
Evidentemente cada obra tem sua necessidade e cada situação se adapta a um tipo
de equipamento, mas, através de um estudo das vantagens e das necessidades para a
implantação de cada sistema, podemos fazer uma avaliação precisa da melhor escolha.
Para isso, foi realizada a princípio, uma pesquisa bibliográfica, a qual foram colocadas
as características de cada equipamento.
Após isso, foram feitas algumas avaliações e comparações, criando tabelas, de
sistematização, onde foi indicado o melhor material para cada situação.
Baseado - se em um projeto, foram feitas cotações, para serem feitas avaliações de
custos de cada equipamento.
No caso das fôrmas, foi feito um comparativo entre fôrma de madeira bruta, sistema de
fôrma pronta de madeira e sistema de fôrma metálica.
Já no caso de escoramento, foram comparados dois projetos, o mesmo citado no item
fôrmas, que contem laje maciça e foi feito o comparativo entre escoramento de madeira e
escoramento metálico misto, composto por torres e escoras.
No segundo projeto, trata – se de uma laje pré – fabricada e foi feito uma analise de
custos entre escoramento de madeira e escoramento metálico composto apenas por
escoras.
Por fim, foi feita uma pesquisa com alguns profissionais que trabalham na construção
civil, na qual, colocaram suas opiniões sobre os sistemas de fôrmas e escoramentos mais
adequados para a construção nos dias de hoje.
27
5 SISTEMATIZAÇÃO DE FÔRMAS
Com tantos sistemas de fôrmas disponíveis no mercado, é necessário uma analise de
vários pontos para a escolha do equipamento ideal para cada construção.
Como não há regras para fazermos essa escolha, a ABCP mostra os principais pontos
a serem analisados, para que se feita uma boa escolha de um sistema de fôrmas, as quais
são demonstradas a seguir:
• Projeto arquitetônico: E o início de tudo, pois ele influencia diretamente no projeto
estrutural e conseqüentemente no sistema construtivo adotado. O arquiteto trabalha
com muitas variáveis pra execução de um projeto, como o desejo do cliente,
legislação, custo, topografia, materiais e a geometria estrutural também deve fazer
parte dessas variáveis para a execução de um projeto.
• Projeto estrutural: Determina a geometria das peças, logo, este qualifica os matérias e
sistemas construtivos que devem ser utilizados. Determina o número de reutilizações
também, que chega a ser tão importante quanto os consumos de concreto e de aço
em uma obra.
• Planejamento: Fornece o ritmo da execução da estrutura e a seqüência de trabalhos.
O aluguel de uma fôrma se torna viável se o ritmo da obra é acelerado e se
reutilizam várias vezes ao mesmo. Quando temos um prazo longo, o ideal é utilizar
fôrmas de madeira.
• Forma de lançamento e adensamento do concreto: O tipo de concreto utilizado
determina vários fatores, tais como, a estanqueidade da fôrmas e a inexistência de
reações químicas. É bom sempre lembrar que uma concretagem bombeada exerce
um grande esforço sobre as fôrmas em comparação a uma concretagem utilizando a
grua. Devemos pensar também que as fôrmas respondem diferentemente ao
adensamento com vibradores de imersão e ao vibradores de placa. Esses detalhes
devem ser discutidos com o fornecedor do concreto e o projetista de fôrmas.
• Custo: Com certeza, nos dias de hoje, com um mercado muito competitivo, o item mais
importante é o custo. Não é algo que deve ser analisado individualmente, pois
englobado ao custo do material, existe o custo da mão – de – obra, reposições,
equipamentos utilizados, o descarte desse material após a utilização. É importante
que os fornecedores estejam interados com as nossas necessidades sempre. E que
possamos entender que nem sempre o menor preço é o melhor preço.
• Número de utilizações: Devemos sempre buscar a alternativa que nos permita um
número de reutilização do material o mais próximo da nossa necessidade. Por isso,
que um bom sistema de fôrmas é aquele fácil de desmontar. O momento de
desforma é o que os painéis sofrem mais dano, o que compromete a durabilidade
28
dele. É necessária uma equipe consciente disso, que trabalhe com equipamentos
adequados e o cuido necessário para danificar o menos possível as fôrmas durante
a desmontagem.
• Movimentação: É de extrema importância a escolha do equipamento adequado para
cada tipo de estrutura. Uma grua pode transportar fôrmas mais pesadas, junto com
concreto, aço e blocos. Se o transporte for manual, deve – se optar por um sistema
mais leve. E mesmo quando a opção for pela grua, ela deve ser dimensionada para
o transporte das fôrmas.
• Produtividade: É fundamental que os profissionais que irão utilizar as fôrmas sejam
consultados sobre o sistema escolhido, pois os pequenos detalhes de fabricação dos
painéis sugeridos pelos operários, podem transformar a fôrma padrão na fôrma ideal
para a obra. Além de que o tipo de material escolhido deve respeitar a forma de
trabalho planejado.
• Espaço no canteiro: A obra deverá contar com espaço maior ou menor dependendo da
escolha do sistema e do material, deve – se levar em conta se a fabricação das
fôrmas será in – loco e os cuidados especiais para armazenamento antes, durante e
após o uso.
• Perdas no processo: Muitas vezes a escolha mais barata se torna mais cara, pois
existe a necessidade de reparos e reposições durante o uso. Existem alternativas
mais duráveis, que devem ser analisadas sua viabilidade junto ao cronograma da
obra.
• Disponibilidade no mercado: Quando optarmos por uma alternativa que nunca
utilizamos, devemos ficar atentos a sua disponibilidade de entrega, assistência
técnica se necessário, cumprimento dos prazos de entrega e as garantias técnicas e
comerciais.
• Segurança: Escolher material que garanta a segurança dos operários é obrigação
primária do engenheiro.
A ABCP criou um comparativo entre fôrmas de madeira e fôrmas industrializadas, como
é mostrado na Tabela 5.01.
29
Tabela 5.01 – Comparativo: sistemas de fôrmas
Variável Fôrma de madeira
(convencional ou industrializada)
Fôrma industrializada
Projeto
Arquitetônico
Adaptam-se a praticamente todas
as formas geométricas, basta
termos no canteiro as
ferramentas necessárias. Porém
elas nem sempre são de fácil
acesso.
Quando se trata de estruturas muito
recortadas não são recomendadas,
pois os seus painéis geralmente são
modulados. Tornando necessária a
utilização de madeira em alguns
pontos ou até inviabilizando o uso
desse sistema.
Projeto
Estrutural
Padronizar ao máximo as
dimensões de vigas e pilares, faz
com que tornemos o trabalho com
fôrmas de madeira mais rápido e
com um melhor custo.
Deve – se sempre estar em sintonia
com o fornecedor da fôrma, para
padronizar a estrutura as dimensões
dos painéis da fõrma.
Planejamento Deve se estudar o ritmo da obra,
pois se o ritmo for lento podemos
optar por ½ jogo de fôrmas para o
pavimento tipo se este for
simétrico.
As fôrmas industrializadas podem ser
compradas e alugadas. Devemos
apenas nos lembrar que o aluguel
mensal de uma fôrma utilizada 2
vezes é o mesmo de uma utilizada 4
vezes.
Forma de
lançamento /
adensamento
do concreto
É importante conhecer bem o
concreto que se utilizara na obra,
tal como sua maneira de
lançamento e adensamento, para
definirmos os travamentos que
serão utilizados e até o tipo de
madeira das fôrmas.
Fôrmas industrializadas são
projetadas para atender vários
solicitações e possuem encaixes
praticamente perfeitos, garantindo sua
estanqueidade. Mas, ainda sim é
importante que o fornecedor conheça
as características do concreto, sua
forma de lançamento e adensamento.
Custo Se analisarmos apenas uma
obra, com poucas reutilizações, a
fôrma de madeira é imbatível,
pois é barata e ainda é
necessária mão de obra
especializada.
Quando tratamos de fôrmas
industrializadas, devemos pensar em
duas situações.
Aquisição: inicialmente é mais cara
em comparação a madeira, porém sua
vida útil é muito maior, o que torna
essa opção muito interessante.
30
Locação: como foi colocado no item
planejamento, quanto maior o número
de reutilização das fôrmas, mais
barato é sua locação.
Número de
utilizações
Os fabricantes garantem o
seguinte número de reutilizações.
Compensado resinado: 8 vezes
Compensado plastificado: 18
vezes
Compensado vitrificado: 12 a 14
vezes
Evidentemente os painéis que
são retirados com pé – de –
cabra, que sofrem algum tipo de
quebra provido de impactos, não
são cobertos pelas garantias
citadas acima.
São painéis fabricados buscando um
grande número de reutilizações e
baixa manutenção. Mesmo os painéis
metálicos, com chapa de compensado
plastificado embutida tem uma
expectativa de ser utilizado acima de
100 vezes.
Movimentação É importante analisar o tipo de
movimentação na obra antes de
projetar e fabricar as fôrmas.
Se a movimentação for manual,
pede – se peças de fácil
manuseio, leves, porém um
número maior de peças.
Com a movimentação feita por
grua ou guindaste, podemos ter
peças já montadas com seus
elementos de estruturação e
travamentos já fixados.
Mesmo quando a fôrma for leve e de
fácil transporte manual, é interessante
que seja solicitado ao fornecedor
pallets, para melhor organização após
a desforma, para que o transporte
para o próximo nível ou etapa seja
facilitado.
Produtividade Quando temos um projeto
estrutural complexo, com muitos
pilares e vigas, lajes pequenas e
recortadas, a fôrma de madeira
tem ótimos resultados.
Quando o projeto leva em conta a
modulação dos painéis, e a estrutura
conta com número reduzido de vigas e
pilares, a fôrma industrializada é
imbatível.
Espaço no
canteiro
Quando pensarmos em fabricar
as fôrmas na própria obra,
Devemos pensar que muitos sistemas
de fôrmas industrializadas tem peças
31
devemos prever espaço para o
posicionamento de máquinas e
matéria prima.
Quando pensamos em fôrmas
prontas, devemos estar em
sintonia com o fornecedor para
planejar os prazos de entrega
conforme o cronograma da obra.
de encaixes pequenas e soltas,
portanto devem ser armazenadas e
locais organizados e com controle de
acesso, para evitar as perdas e
reposições. Quando locamos,
devemos estar atento aos valores de
indenizações por peças quebradas e
perdidas.
Perdas no
processo
A madeira é mais frágil que o
metal e o plástico, então é
necessário cuidado no transporte
e na desforma. É necessária a
conscientização dos operários,
evitando cortes desnecessários
nas fôrmas. Uma maneira de
evitar isso, é identificação das
peças, com uma numeração
idêntica ao projeto estrutural ou
criada em obra mesmo.
Como sua durabilidade é muito maior,
devemos voltar nossa atenção a
peças pequenas e soltas, evitando
quebras ou perdas. Devemos sempre,
junto aos operários, compreender
cada peça e maneira como devem ser
utilizadas.
Disponibilidade
no mercado
A madeira é um material de fácil
acesso, disponível em qualquer
região do território nacional.
Quando optamos por fôrmas
prontas, estamos restritos aos
grandes centros.
Devemos ficar atentos aos
valores dos fretes nas regiões
mais distantes.
Graças a grande demanda do
mercado nos dias de hoje, temos
fabricantes ou representantes de
fôrmas industrializadas em quase
todas as capitais brasileiras.
Segurança O projeto de fôrmas de madeira
deve contemplar estes aspectos
criando elementos específicos
para a segurança durante a
montagem.
Geralmente os sistemas de fôrmas
industrializadas possuem peças que
visam a segurança durante a
montagem, tais como guarda – corpos
que são fixados aos painéis de vigas
de bordo.
Fonte: ABCP
32
Caso optarmos pela escolha de madeira, temos as opções de fabrica – las na obra ou
então utilizar o sistema de fôrma pronta, devemos nos responder as seguintes perguntas:
1. Espaço físico: O canteiro possui área para uma central de fôrmas, onde serão
locados o maquinário necessário e a matéria prima?
2. Aquisição de máquinas: Pretende – se disponibilizar verbas para adquirir serras
circulares, desengrossos, serras de fita, que serão necessárias para esta e outras
obras?
3. Mão – de – obra capacitada: A fabricação de fôrmas exige profissionais capacitados,
que tenha atenção a pequenos detalhes e grande precisão, esse funcionários nem
sempre são encontrados com facilidade e geralmente tem salários mais elevados se
comparando aos encarregados e carpinteiros habituada a montagem de fôrmas. É
interessante para a construtora contratar esse tipo de funcionário?
4. Cronograma: O prazo de execução da estrutura permite que as fôrmas sejam
fabricadas in loco?
5. Preços: Hoje, graças a grande concorrência e a grande demanda, os preços de
fôrmas industrializadas se tornaram bastantes competitivos e viáveis. Os custos
decorrentes da fabricação das fôrmas no canteiro são menores do que os preços
oferecidos pelos fabricantes de fôrmas prontas, levando – se em conta todos os itens
citados acima?
5.1 Levantamento de custos
Foi feita a escolha do projeto de um andar tipo, para que fossem feitos os orçamentos
e as analises dos custos das fôrmas.
A Tabela 5.02, mostra os custos da fôrma pronta, obtidos junto a empresa que fabrica
e fornece fôrmas para concreto. Através de contato telefônico, foi enviado cópia do projeto
via e–mail e assim os projetistas e vendedores da empresa forneceram os valores a seguir
Tabela 5.02 – Orçamento de fôrma pronta em madeira
Elemento Material Área (m²) Valor (R$/m²) Valor total (R$)
Pilares retos Compensado Plastificado 97,00 48,00 4.656,00
Vigas Retas Compensado Plastificado 209,00 48,00 10.032,00
Lajes Compensado Plastificado 227,00 48,00 10.896,00
Total: 25.584,00
A Tabela 5.03, mostra um comparativo de custos do aluguel de fôrmas metálicas, entre
duas empresas.
33
Tabela 5.03 – Empresas de locação de fôrmas metálicas
Empresa Valor (m²/dia) Valor (m²/mês)
Fôrmas metálicas A R$ 1,20 R$ 36,00
Fôrmas metálicas B R$ 1,40 R$ 42,00
Como não iremos levar em conta o frete do equipamento, optaremos pelo menor custo
do equipamento, utilizando os valores da empresa de Fôrmas metálicas A.
Tabela 5.04 – Orçamento de locação de fôrma metálica
Elemento Material Área (m²) Valor (R$/m²) Valor total (R$)
Pilares retos Metálicos 97,00 36,00 3.492,00
Vigas Retas Metálicos 209,00 36,00 7.524,00
Lajes Metálicos 227,00 36,00 8.172,00
Total: 19.188,00
Finalmente, foi feita uma cotação de compra de madeira, para execução em obra, a
Tabela 5.05, mostra as cotações feitas em três empresas.
Tabela 5.05 – Madeireiras
Material / Empresa Madeireira A Madeireira B Madeireira C
Compensado 18 mm
(Chapa 2,20x1,60 m)
R$ 92,55
R$ 27,15/m²
R$ 90,00
R$ 25,56/m²
R$ 76,25
R$ 21,80/m²
Sarrafo 7,0 cm
(metro linear)
R$ 1,90 R$ 1,97 R$ 1,79
Caibro 7,5x5,0 cm
(metro linear)
R$ 5,22 R$ 4,95 R$ 4,11
Da mesma fôrma como no caso do equipamento metálico para locação, aqui foram
considerados os menores preços, pois não levaremos em conta o frete para entrega do
material.
5.1.1 Dimensionamento de fôrmas para pilares
Foi definida a estruturação das fôrmas, para que haja uma uniformidade, quanto ao
material que será utilizado.
34
Para levantamento do material, foi adotado que as fôrmas dos pilares seriam
compostas por uma caixa de compensado 18 mm, com sarrafos de 7,0 cm na vertical,
sendo 3 nas faces maiores e 2 nas faces menores e teríamos caibros de 7,5 x 5,0 cm na
horizontal a cada 60 cm nos dois lados maiores da seção, como mostra a Figura 5.01.
Figura 5.01 – Estruturação da fôrma dos pilares
Fonte: Apresentação interna Mecan
Os pilares foram divididos por seção e a Tabela 5.06 demonstra a quantidade de
material que será usado para executar as fôrmas dos pilares.
Tabela 5.06 – Material utilizado para fabricação de fôrmas dos pilares
Pilares
(seção)
Quantidade Compensado 18 mm Sarrafo 7,0 cm Caibro 7,5 x 5,0
cm
19 x 98,5 cm 04 27,00 m² 113,60 m 48,00 m
19 x 60 cm 04 18,20 m² 113,60 m 48,00 m
19 x 40 cm 16 54,50 m² 454,40 m 192,00 m
Total: 24 99,40 m² 681,60 m 288,00 m
Compensado 18 mm
Caibro 7,5x5,0
Sarrafo 7,0 cm
35
5.1.2 Dimensionamento de fôrmas para vigas
Foi adotado para o dimensionamento de vigas, compensado 18 mm, 03 linhas de
sarrafo de 7,0 cm nas laterais das vigas, 02 linhas de sarrafo de 7,0 cm nos fundos e
sarrafos de 7,0 cm a cada 70 cm nas laterais e nos fundos para travamento, como mostra a
Figura 5.02.
Figura 5.02 - Estruturação da fôrma das vigas
Fonte: Apresentação interna Mecan
A Tabela 5.07, mostra a quantificação do material usado para a fabricação de fôrmas das
vigas.
Tabela 5.07 – Material utilizado para fabricação de fôrmas das vigas
Pilares
(seção)
Quantidade
(metro linear)
Compensado 18 mm Sarrafo 7,0 cm
14 x 60 cm 73,00 m 98,55 m² 750,00 m
19 x 60 cm 66,00 m 92,40 m² 678,00 m
Total: 139,00 m 190,95 m² 1428,00 m
5.1.3 Dimensionamento de fôrmas para lajes
No caso das lajes, os materiais utilizados, representados na Figura 5.03, foram:
compensado de 18 mm para assoalho e sarrafo de 7,0 cm para travamento das
bordas.
Sarrafo 7,0 cm Sarrafo 7,0 cm
4 - Sarrafo de pressão
compensado 18 mm
36
Figura 5.03 - Estruturação da fôrma das lajes
Fonte: Apresentação interna Mecan
A Tabela 5.08, mostra a quantificação do material utilizado para fabricação das fôrmas
das lajes.
Tabela 5.08 – Material utilizado para fabricação de fôrmas das lajes
Lajes Quantidade (m²) Compensado 18 mm Sarrafo 7,0 cm
212,00 212,00 m² 114,00 m
Total: 212,00 212,00 m² 114,00 m
5.1.4 Totalização do custo dos materiais para fôrma s em madeira serrada
Após ser feita a quantificação dos materiais, foi feito o levantamento de custos,
considerando os menores valores, da cotação feita, citada anteriormente na Tabela 5.05.
A Tabela 5.09 mostra a quantidade total de madeira que será utilizada para execução
das fôrmas.
Sarrafo 7,0 cm Compensado 18 mm
37
Tabela 5.09 – Custo do material utilizado para fabricação de fôrmas
Material Quantidade
Valor Unitário Valor Total
Compensado 18 mm 450,40 m² R$ 21,80/m² R$ 9.818,72
Sarrafo 7,0 cm 2.223,60 m R$ 1,79/m R$ 3.980,25
Caibro 5,0 x 7,5 cm 288,00 m R$ 4,11/m R$ 1.183,68
Total: R$ 14.982,65
5.2 Comparativo de custos
Após todos levantamentos feitos, podemos avaliar os custos de cada sistema.
Analisando a Tabela 5.10, vemos que o valor da madeira serrada para fabricação das
fôrmas em obra é relativamente menor.
Tabela 5.10 – Comparativo de custos
Material utilizado Valor
Madeira: Sistema fôrma pronta R$ 25.584,00
Metálico: Locação R$ 19.188,00
Madeira R$ 14.982,65
Obviamente cada obra apresenta suas necessidades.
Para fazermos uma escolha adequada de fôrma, não basta olharmos apenas o custo
da fôrma ou do material empregado nela.
O sistema de madeira serrada, o de custo mais baixo no nosso comparativo, seria
ideal para uma construção de um prédio, com prazo longo e poucas repetições de material,
em que não tivéssemos a necessidade de concretagem de lajes semanalmente.
O caso do sistema metálico, devido ao alto custo da locação, é inviável para obras de
edifícios, embora, como já havia sido dito antes, com equipamentos adequados e mão – de
– obra treinada este equipamento apresente grande produtividade, podendo fazer o custo
inicial alto, ser transformado em grandes ganhos devido ao tempo curto de execução da
obra. Hoje em dia, ela é muito recomendada para obras de galpões industriais,
reservatórios, pontes e muros de concreto maciço, onde o prazo para desforma é rápido e
não exige que a cobrança seja feita mensalmente. Também é viável para fábricas de pré –
moldados, as quais adquirem o equipamento, fazendo com que através do tempo ele se
pague.
38
Definitivamente, nos dias de hoje, com a mão – de – obra que temos, o sistema de
fôrma pronta é o mais adequado para a grande maioria das construções, que hoje em dia
são dinâmicas e pedem concretagem semanal de lajes, onde se exige grande durabilidade
das fôrmas e fácil reaproveitamento.
Como esse tipo de fôrma é modulada com faixas para reescoramento, ela permite a
rápida desforma.
39
6. SISTEMATIZAÇÃO DO ESCORAMENTO
Antes da escolha por um sistema de escoramento é necessário levar em consideração
vários aspectos.
A ABCP fez a analise de alguns pontos para a escolha de um bom sistema de
escoramento:
• Projeto de fôrmas: é importante a escolha de uma fôrma adequada para cada tipo de
construção, pois além de ela influenciar na qualidade final, ela é determinante para a
escolha ideal do escoramento.
• Projeto estrutural: é fundamental que tenhamos o projeto estrutural em mãos e até o
acompanhamento do projetista estrutural na obra, pois com ele determinamos as
dimensões dos elementos estruturais a serem escorados e ainda a escolha do
equipamento ideal.
• Planejamento: planejar cada etapa da obra e o reaproveitamento do equipamento, é
de suma importância para avaliar a escolha do equipamento, se esse equipamento
deve ser alugado ou comprado e também pra avaliar a mão de obra que será
empregada para montagem.
• Custo: deve ser levado em conta, além dos custos diretos, os custos indiretos para
escolha do escoramento, tais como frete, reposição, indenizações por perdas ou
danos ao equipamento (no caso de metálicos), manutenção, etc.
• Durabilidade: quando o equipamento é comprado, devemos nos certificar se a vida útil
dele é compatível com o número de utilização desejada para ele, já quando falamos
em locação, devemos nos certificar de que os equipamentos são adequados para o
uso, evitando assim que haja interrupções para troca de peças.
• Movimentação: determinar se a obra possuirá um elevador de carga ou uma grua,
pode significar a escolha de um equipamento mais pesado ou até paletizado, quando
o transporte for manual, deverá se optar por elementos mais leves.
• Produtividade: alguns sistemas permitem uma montagem inicial parcial, pra realizar e
adiantar o processo de fôrmas e também, uma desmontagem parcial para a
reutilização, ainda sim, é importante ter uma equipe de montagem qualificada, com
conhecimento no equipamento, para gerar maior produtividade.
• Segurança: parte essencial é a segurança, por isso o equipamento deve conter peças
específicas, como plataformas de trabalho, guarda – corpos, etc.
• Flexibilidade: como em muitas construções temos elementos a serem concretados
com formas geométricas variáveis, o sistema de escoramento escolhido deve se
adaptar a essas situações.
40
• Facilidade de Ajustes: é fundamental para a execução de uma boa estrutura de
concreto armado que o escoramento tenha ajustes precisos, para evitar
desnivelamentos indesejados.
• Estabilidade: devido à segurança e qualidade, o escoramento deve ser estável no seu
apoio e também proporcionar estabilidade para as fôrmas e para os operários que
irão trabalhar sobre ele.
• Pé-direito: em geral, os sistemas mais leves só podem ser utilizados em construções
com pé – direito baixo (até 4,50 m), os sistemas que atendem pé – direito alto são
pesados, um bom sistema deve vencer a altura do projeto sem ser muito pesado.
• Quantidade de elementos: Quanto mais elementos um escoramento, maior a
probabilidade de perda e maior a dificuldade de montagem e desmontagem.
A ABCP fez também, um estudo comparando o desempenho esperado de cada
sistema em todas as variáveis, ilustradas na Tabela 6.01.
Tabela 6.01 – Comparativo: sistemas de escoramento
Variáveis / Sistema Madeira
Escoras
Metálicos
Escora
Metálicos
Torres
Custo inicial Baixo Médio Médio / Alto
Durabilidade Baixa Alta Alta
Movimentação Manual Manual Manual ou mecânica
Produtividade Baixa Média / Alta Média
Segurança Baixa Média Média / Alta
Flexibilidade Baixa Média Alta
Facilidade de ajustes Baixa Alta Alta
Estabilidade Baixa Baixa Alta
Pé – direito Até 3 m (sem
contraventamento)
Normalmente até 4,5
m
Qualquer altura
Quantidade de
peças soltas*
Média Média Variável
Peças que devem ser montadas e desmontadas a cada concretagem
Fonte: ABCP
6.1 Levantamento de custos
Foram escolhidos 2 projetos para execução do orçamento de escoramento.
O mesmo utilizado para levantar os custos de fôrmas, com laje maciça, será utilizado
para levantamento de custos com madeira e um escoramento metálico misto, com escoras e
torres. Chamaremos este de projeto A.
41
Um outro projeto, com laje pré – fabricada, será utilizado para fazer comparativo entre
escoramento de madeiro e escoramento metálico apenas com escoras. Chamaremos este
de projeto B.
A Tabela 6.02, mostra os valores levantados para as madeiras utilizadas nos
escoramentos.
Para os dois projetos, foram considerados pé – direito de piso à piso de 3,00 m.
Tabela 6.02 – Madeireiras
Material / Empresa Madeireira A Madeireira B Madeireira C
Pontalete 3 metros R$ 4,10 R$ 4,35 R$ 4,45
Caibro 15,5x5,0 cm
(metro linear)
R$ 10,04 R$ 9,20 R$ 6,00
Caibro 7,5x5,0 cm
(metro linear)
R$ 5,22 R$ 4,95 R$ 4,11
Os custos do escoramento metálico, são de locação mensal e foram fornecidos pela
empresa Mecan Industria e Locação de Equipamentos para Construção. Estes custos estão
descritos na Tabela 6.03.
Tabela 6.03 – Custo de escoramento metálico
Projeto Valor da Locação mensal
Projeto A R$ 2.960,00
Projeto B R$ 1.755,00
6.1.1 Dimensionamento de escoramento para projeto A
Quando optamos pela escolha da madeira para o escoramento, não temos bases
técnicas do material que iremos usar, portanto, temos que dimensionar o escoramento de
uma maneira que nos proporcione segurança.
O escoramento para o nosso projeto foi dimensionado da seguinte maneira:
• Pontaletes afastados a cada 70 cm;
• Barrotes feitos em caibro 15,5 x 5,0 a cada 70 cm;
• Contra - barrotes de caibro 7,5 x 5,0 a cada 50 cm.
No caso das vigas, será feito escoramento com pontaletes de madeira a cada 80 cm.
O escoramento fica mais bem detalhado na Figura 6.01.
42
Figura 6.01 – Protótipo do escoramento de laje maciça
Fonte: Apresentação interna Mecan
A quantificação do material para o escoramento das lajes maciças e das vigas, ficou
como mostra a Tabela 6.04.
Tabela 6.04 – Custo do material utilizado no escoramento do projeto A
Material Quantidade
Valor Unitário Valor Total
Pontalete 3 m 612 unidades R$ 4,10 R$ 2.509,20
Caibro 5,0 x 15,5 cm 269,20 m R$ 6,00/m R$ 1.615,20
Caibro 5,0 x 7,5 cm 382,80 m R$ 4,11/m R$ 1.573,31
Total: R$ 5.697,71
6.1.2 Dimensionamento de escoramento para projeto B
O escoramento para o projeto com lajes pré – fabricadas é diferente do escoramento
para lajes maciças, pois não necessita do contra – barrote para apoio do compensado.
Portanto, o escoramento foi dimensionado da seguinte maneira:
Contra-barrote 15,5x5,5 cm
Barrote 5,0x7,5 cm
Pontalete
Compensado 18 mm
43
O escoramento para o nosso projeto foi dimensionado da seguinte maneira:
• Pontaletes afastados a cada 80 cm;
• Barrotes feitos em caibro 15,5 x 5,0 a cada 70 cm, onde serão apoiados os trilhos na
laje.
O escoramento das vigas, segue o mesmo padrão do escoramento de laje maciça,
pontaletes a cada 80 cm.
A Tabela 6.05 mostra a quantidade e o custo da madeira empregada nesse
escoramento.
Tabela 6.05 – Custo do material utilizado no escoramento do projeto B
Material Quantidade
Valor Unitário Valor Total
Pontalete 3 m 375 unidades R$ 4,10 R$ 1.537,50
Caibro 5,0 x 15,5 cm 179,00 m R$ 6,00/m R$ 1.074,00
Total: R$ 2.611,50
6.2 Comparativo de custos
Após todos os custos serem levantados, podemos fazer uma análise sobre os
materiais utilizados para escoramento.
Na Tabela 6.06, vemos a diferença de custos entre o escoramento metálico e
escoramento com madeira, feito para o projeto A.
Tabela 6.06 – Comparativo de custos de escoramento para projeto A
Material utilizado Valor
Escoramento metálico: locação mensal R$ 2.960,00
Escoramento de madeira: aquisição R$ 5.697,71
Os custos levantados para o projeto B, estão representados na Tabela 6.07.
Tabela 6.07 – Comparativo de custos de escoramento para projeto B
Material utilizado Valor
Escoramento metálico: locação mensal R$ 1.755,00
Escoramento de madeira: aquisição R$ 2.611,50
44
Assim como no caso das fôrmas, cada obra tem suas peculiaridades e suas
exigências.
Nesse caso, devemos analisar o cronograma da obra, se este permitir um prazo longo
de execução, devemos evidentemente optar pela aquisição de madeira para executar o
escoramento, pois não seria viável pagar a locação de um equipamento que estaria parado
na obra.
Se a obra tiver no cronograma a execução de níveis de laje diferente a cada semana,
com grandes repetições e grande chance de reaproveitamento do equipamento, utilizando
assim um sistema de reescoramento, o ideal é a utilização do equipamento metálico, pois o
valor da locação mensal chega a ser quase a metade do valor para aquisição de madeira,
sem contar os custos indiretos, como mão – de – obra empregada para execução do
escoramento que é muito maior quando tratamos de madeira e os custos de reposição
durante a obra, que com a madeira sempre acontece e com o equipamento metálico é
praticamente zero. E com um cronograma bem organizado, é possível que mesmo o
equipamento sendo utilizado por mais de dois meses, esse custo sejam menores com a
locação do equipamento metálico.
45
7. OPINIÃO DE ALGUNS PROFISSIONAIS
Durante todo o período de pesquisa trabalho, foram feitas algumas entrevistas com
alguns profissionais da área da construção civil.
Entre eles, engenheiros, mestres - de – obra e carpinteiros.
O senhor Joaquim Gomes, mestre – de – obras, relatou o seguinte:
“A fôrma metálica é a que tem produção mais rápida. Certa vez, trabalhando na construção
de um complexo industrial em Rio Claro, cheguei a executar uma média de 10 pilares com
seção 40 x 40 cm e altura de 8 m por dia.”
O Engenheiro Alois Silva, que está atuando na construção de 2 edifícios residenciais,
em Campinas/SP, é categórico ao dizer que nos dias de hoje, com os cronogramas
apertado que temos, seria impossível executar uma construção do porte da dele, sem a
utilização de escoramento metálico e sistema de fôrmas prontas.
Já o Engenheiro José Luis, que está atuando na construção de uma universidade,
junto ao senhor Joaquim Gomes, exemplifica o caso deles, que em 4 meses necessitariam
entregar a estrutura dos 3 blocos que lá estão sendo construídos e que se não fosse a
agilidade na montagem, facilidade de desforma e o alto índice de reaproveitamento do
escoramento metálico e da fôrma pronta, seria impossível cumprir o prazo programado.
O mestre – de – obras José Luis Roberto, de Piracicaba, que está utilizando
escoramento metálico para execução da estrutura de um edifício residencial de 4
pavimentos, relatou que o prazo que ele demora para executar o cimbramento de uma laje,
com 2 carpinteiros e 2 ajudantes, utilizando equipamento metálico é de 4 dias, se fosse
utilizado o mesmo número de operários, porém usando madeira para o escoramento, o
prazo de execução seria de aproximadamente 10 dias, devido as dificuldades de ajustes e
travamentos.
Claudemir dos Santos, mestre – de – obras, falou mais, disse que o mais valido no
caso da opção por fôrmas prontas e escoramento metálico é o acompanhamento técnico e
os projetos, pois estes asseguram que a obra não terá nenhum problema ou acidente
durante a execução da estrutura.
A opinião destes profissionais é importante, pois trata – se de pessoas que trabalham
diretamente ligadas ao planejamento e execução de obras de grande porte.
46
8 CONCLUSÃO
Evidentemente, cada obra tem sua peculiaridade, suas exigências, seu cronograma
definido, seu numero de operários e suas tecnologias empregadas, o que é de grande
importância quando pretendemos fazer uma analise do binômio fôrma / escoramento.
O que é possível concluir, após o termino desse trabalho, é que atualmente, o
mercado de hoje nos oferece várias opções de equipamentos para execução de uma obra.
Muitas vezes, o orçamento estipulado para a obra, não permite a escolha do sistema
mais prático e que proporcione grande agilidade na construção. O fluxo de caixa de uma
obra, é determinante para a escolha do equipamento ideal,
E muitas outras situações, por falta de planejamento ou conhecimento nos
equipamentos, o profissional acaba fazendo uma escolha ruim.
É possível, através de um estudo detalhado, evitar os erros na escolha dos melhores
sistemas de fôrmas e escoramento.
Apesar de a madeira serrada ter apresentado o menor custo de material, tanto para
fôrmas quanto para escoramentos, é importante sabermos que quando se trata desse
assunto, não basta apenas analisarmos o custo do material ou equipamento empregado,
devemos levar em conta outras variáveis, como:
• Prazo de entrega da obra;
• Mão – de – obra empregada na construção;
• Disponibilidade de ferramentas e máquinas adequadas para utilização do sistema
escolhido;
• Número de reutilizações;
• Disponibilidade no mercado;
• Produtividade;
• Planejamento;
• Adequação do sistema aos projetos;
• Segurança.
O fluxo de caixa de uma obra, é determinante para a escolha do equipamento ideal,
pois ela determina se é viável a locação de um equipamento ou a compra. Por ele é
determinado o andamento da obra, se está será mais lenta ou se ela terá alta produtividade,
o que influencia diretamente na escolha do material utilizado.
A produtividade que um equipamento proporciona, pode viabilizar uma obra, baixando
o custo da mão – de – obra empregada, mesmo esse equipamento tento um custo inicial
alto, como no caso das fôrmas metálicas e do escoramento metálico.
47
A partir do momento que tivermos uma mão – de – obra qualificada, que nos
preocuparmos com treinamento para os operários, conscientização, teremos mais
produtividade e muitos equipamentos que hoje nos parecem caros, se tornarão de baixo
custo, fazendo a construção civil evoluir.
O importante também é nos preocuparmos, quando adquirimos um equipamento, seja
ele para fôrma ou para escoramento, que a manutenção destes deve ser dada
periodicamente, para que sempre que necessitarmos eles estejam em condições idéias para
uso e não gerem custos de reforma.
Nota – se também que a construção civil está passando por uma grande evolução e
que os profissionais que nela trabalham, sejam eles engenheiros, mestres – de – obra,
encarregados e até operários, estão se especializando para as novas tecnologias que estão
chegando e nos dias de hoje, procuram sempre os sistemas mais práticos e de maior
produtividade para execução das obras, visto que os prazos de entrega estão cada vez mais
curtos e a exigência de qualidade está cada vez maior.
48
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
SILVA, Francisco Alberto Ferreira da. Estruturas de Concreto. Fôrmas e Escoramentos. Rio
de Janeiro: 1998.
PFEIL, Walter do Couto. Cimbramentos. Rio de Janeiro; São Paulo: LTC – Livros Técnicos e
Científicos, 1987.
OLIVEIRA, Maurício Gomes de. Cimbramento metálico oferece qualidade e agilidade na
obra. Anuário 2007 ALEC (Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens
Móveis), n. 9. São Paulo, 2007.
Associação Brasileira de Cimento Portland. Fôrmas. Disponível em:
http://www.dptoce.ufba.br/construcao1_arquivos/F%F4rmas_ABCP.pdf . Acesso: 17
de set. 2007.
Associação Brasileira de Cimento Portland. Escoramento. Disponível em:
http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/comunidade/filesmng.nsf/Ativos/cimbra
mento.pdf/$File/cimbramento.pdf . Acesso: 17 de set. 2007.
Portal do concreto. Fôrmas para concreto. Disponível em:
http://www.portaldoconcreto.com.br/index.php?pagina=forma. Acesso: 8 de set.
2007.
MARANHÃO, George Magalhães. Fôrmas para concreto: Subsídios para otimização do
projeto segundo a NBR 7190/97. 2000. 226 f. Dissertação apresentada à Escola de
Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo.
BATISTA, A. M. e MASCIA, N. T. Escoras metálicas empregadas em cimbramentos para
edificações em concreto armado. 2006. 10 f. Anais da XXXII Jornadas
Sulamericanas de Engenharia Estrutural
MORIKAWA, M. S. e DEMARZO, M. A. Materiais alternativos utilizados em fôrmas para
concreto armado. 6 f. Disponível em: http://www.cefetsp.br/edu/sinergia/7p4c.html.
Acesso: 15 de set. 2007.
49
GUILHERME, Marcos Roberto. Apostila de escoramento (material interno Mecan
industria e locação de equipamentos para construção civil). 2004
_____. NBR 6118: Projeto e execução de obras de concreto simples, ar mado e
protendido.
Top Related