Editorial
Todo mundo quer enriquecer. Ter mais do que aquilo que já tem é uma tendência
do ser humano. Contudo, não basta só querer, é preciso fazer algo para que isso aconteça.
Gustavo Cerbasi tornou esse desejo realidade. O consultor financeiro traçou um ambicioso
planejamento financeiro para conquistar seu primeiro milhão e conseguiu conquistá-lo dez
anos antes do previsto. Sorte? Com certeza teve na escolha acertada de seus investimentos,
porém nada seria possível se Cerbasi não tivesse colocado em prática o sonho de enrique-
cer, que incluiu arrochos no orçamento durante sete anos.
Além de continuar investindo e multiplicando seus milhões, hoje, por meio de li-
vros, palestras e consultorias, ele ajuda as pessoas a conquistar e multiplicar seu primeiro
milhão, porque tem certeza que isso é possível.
Para Cerbasi, se este não for o melhor momento para enriquecer no Brasil é por-
que ele ainda estará por vir. Mas será que nós, brasileiros, estamos preparados para enri-
quecer?
Os exemplos, os livros, a mídia e as oportunidades estão ajudando muito. Mas ainda
falta muita coisa. Falta-nos educação financeira na escola – cálculos práticos, economia doméstica
e empreendedorismo no lugar de fórmulas que são esquecidas logo que se sai dela.
Falta educação financeira de berço, que nos habitue a ganhar desconto ao invés
de contrair financiamentos. Algo que nos faça entender que é preciso poupar para investir,
e que para investir e preciso assumir pequenos ou grandes riscos.
Como diria uma das lições de Cerbasi: aprender a poupar e no final de muitos
anos não ter o seu dinheiro multiplicado, é apenas adiar o seu consumo. É preciso buscar
alternativas para multiplicar cada centavo poupado, caso contrário o ônus não vale à pena.
Estamos preparados para enriquecer?
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Armandio do Nascimento
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‘‘Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas’’. (Mateus 6:33)
Agenda
Até 12 de julho está aberta para
visitação a 25º edição da Casa Cor São
Paulo. São 106 ambientes distribuídos
em 56 mil metros quadrados que reúnem
quatro mostras simultâneas: Casa Cor,
Casa Kids, Casa Hotel e Casa Talento. O
evento acontece no Jockey Club de São
Paulo.
Já em Curitiba a mostra aconte-
ce entre os dias 10 de junho e 19 de julho.
Localizada, no tradicional bairro Mossun-
Casa Cor São Paulo e Paraná
guê, em uma área de 10 mil metros qua-
drados de um parque natural, o evento
focará tradicionais temas residenciais em
uma casa unifamiliar com propostas ino-
vadoras e arrojadas, com foco na tecno-
logia e sustentabilidade.
Mais informações:
www.casacor.com.br/saopaulo
www.casacor.com.br/parana
De 23 a 25 de Junho acontece no Centro Sul, em Florianópolis, a 14º edição
da Feira Nacional do Vidro, Alumínio e Cia (Fenavid). O evento traz empresas fabrican-
tes e distribuidoras de vidros planos, maquinários, produtos para decoração, ferragens
em alumínio, entre outros produtos, com sede nas regiões em que se realiza a Fenavid
e também de todo o Brasil. A feira é direcionada a todo o público da construção civil,
arquitetura e decoração.
Mais informações: www.fenavid.com.br
14 ª Feira Nacional do Vidro, Alumínio & Cia
Entre os dias 29 de junho a 02
de julho Blumenau recebe três impor-
tantes feiras para o mercado imobiliário.
A pioneira FenaHabit, que traz todas as
novidades da área de habitação, a Fabri-
FenaHabit, Fabricon e Condomínio 2011
A 20º Enflor e 8º Garden
Fair 2011, são duas feiras simul-
tâneas que trazem novidades,
tendências e tecnologia em Jar-
dinagem e Paisagismo. As feiras
acontecem entre os dias 09 a 12
de julho no Pavilhão da Expoflora
– Holambra, em São Paulo.
Mais informações:
www.enflor.com.br
www.gardenfair.com.br
Enflor e Garden Fair
con, que apresenta os melhores produtos
na área de construção civil e a Condo-
mínio 2011, que acontece pela primeira
vez este ano e traz todos os produtos e
serviços para condomínios. As três feiras
acontecem na Vila Germânica.
Mais informações:
www.viaapiaeventos.com.br
www.fenahabit.com.br
A Home Art consolida-se
como o maior e melhor evento no
segmento de móveis e decoração no
sul do país. Conhecida pelo grande
número de negócios realizados no
próprio evento, passa a ser o alvo
preferido por pessoas que desejam
inovar na área de móveis e decora-
ções. A 7º Edição da Home Art acon-
tece de 29 de julho a 07 de agosto
de 2011, em Blumenau, no Parque
Vila Germânica setor 1.
Mais informações:
www.sommereventos.com.br
7º Home Art Blumenau
Na arquitetura a serigrafia vem sendo usada para criar desenhos sobre ma-
teriais como o vidro, alumínio e madeira. Entre os dias 20 a 23 de julho 2011 no Expo
Center Norte, em São Paulo, acontece a Serigrafia 2011. A maior feira de serigrafia do
ocidente trará todas as novidades e técnicas do setor.
Mais informações: www.serigrafiasign.com.br
Feira Internacional de Produtos e Serviços para a Serigrafia
A Feira Brasileira de Móveis
e Acessórios de Alta Decoração - edi-
ção inverno - acontece entre os dias
27 e 30 de julho e traz as novidades
do setor. O evento será no Centro de
Exposições Imigrantes, em São Paulo.
Mais informações:
www.abimad.com.br
Abimad Inverno
A Mostra 4 Elementos, está come-
morando 5 anos, com o tema “celebrare”.
Para compor esse evento de
sucesso, a Mostra contará com 15 no-
vos ambientes, assinados por 25 reno-
mados profissionais.
O lançamento da Mostra
acontecerá no final de junho e estará
de portas abertas para visitação até
dezembro.
Outra novidade da Mostra
4Elementos 2011, é a exclusividade da
grife Kartell, uma das linhas de móveis
mais vanguardistas do mundo.
Mostra 4 Elementos
08
Fotos: divulgação
Acontece
Conhecida por seus transfor-
madores, a WEG fabrica e comerciali-
za tintas industriais por meio da WEG
Tintas e é líder no mercado de tintas
em pó no país. A empresa adquiriu o
controle da Pulverlux, uma empresa
argentina especializada na fabricação
WEG tintas compra empresa argentina e anuncia abertura de novas unidades
de tintas em pó - que também atua na
fabricação de perfis de alumínio, pai-
néis elétricos, eletrodomésticos entre
outros. Localizada em Buenos Aires,
possui um faturamento de aproximada-
mente US$ 7 milhões por ano.
A WEG anunciou também a
De acordo com estimativas
divulgadas pelo secretário nacional de
Saneamento Ambiental do Ministério
das Cidades, Leodegar Tiscoski, du-
rante seminário sobre o Plano Nacional
de Saneamento Básico (Plansab), em
12 de maio, o país terá que investir R$
420 bilhões para oferecer água trata-
da, recolhimento de lixo (destinado em
Brasil precisa investir R$ 420 bilhões em saneamento
A maior tirolesa do Brasil poderá ser em Balneário Camboriú
O projeto Zip Rider, da empre-
sa Bontur Bondinhos Aéreos, está em
discussão na prefeitura de Balneário
Camboriú. O projeto consiste na im-
plantação da 3º maior tirolesa do mun-
do e o maior do Brasil. De acordo com
o projeto a tirolesa contará com mais
de 730 metros, e terá sua descida pela
Estação Mata Atlântica do Bondinho
Aéreo até a Estação Laranjeiras.
Os conselheiros do município
votaram a favor do projeto, mas solici-
taram mais detalhes antes da aprova-
ção final. “Se aprovado, será mais um
atrativo turístico de destaque interna-
cional em Balneário Camboriú”, afirma
o representante do Secovi/SC, Antônio
José Moreira.
Walmart prevê investimentos de R$ 70 milhões na abertura de duas lojas BIG, em Blumenau e Brusque
Com um ambicioso plano nacional de expansão a Walmart Brasil anun-
ciou que irá investir R$ 1,2 bilhão este ano na abertura de 80 lojas pelo país. Em
Santa Catarina a rede já confirmou a construção de unidades do Hipermercado
BIG em Brusque e Blumenau que, juntas, vão consumir R$ 70 milhões e gerar
570 empregos diretos. Nos últimos cinco anos, o grupo investiu R$ 237 milhões
em nove novas lojas e na reforma de duas unidades. Atualmente emprega 3,2 mil
funcionários no estado.
Em 2011 catarinenses devem gastar R$ 22,6 bilhões na manutenção do lar
O consumo dos catarinenses
em 2011 deve chegar a R$ 95,3 bilhões,
um crescimento de 18% em relação ao
ano passado. No topo da lista está a
manutenção do lar totalizando um inves-
timento de R$ 22,6 bilhões entre os ca-
tarinenses. Desenvolvido pela IPC Marke-
ting Editora, os dados são do estudo IPC
Maps, que indica o potencial de consumo
dos estados e cidades do país e coloca
Santa Catarina como o sétimo estado bra-
sileiro com maior potencial de consumo
em 2011.
Entre as cidades catarinenses,
Florianópolis é a pioneira com um po-
tencial de consumo de R$ 10,3 bilhões,
seguida por Joinville (R$ 9,1 bilhões) e
Blumenau (R$ 5,8 bilhões).
aterros sanitários) e sistema de dre-
nagem urbana a todas as residências
nos próximos 20 anos. Já as redes de
esgoto, devem chegar até 90% da po-
pulação neste período.
Na ocasião ele reconheceu
que as obras de saneamento da pri-
meira fase do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC) atrasaram, cul-
abertura de uma nova unidade de fabri-
cação em Mauá (SP) e uma unidade de
distribuição em Cabo de Santo Agosti-
nho (PE), e espera aumentar a capaci-
dade produtiva e melhorar a logística
de atendimento em todo o país.
pando a falta ou a má qualidade dos
projetos apresentados, e garantiu
velocidade para a segunda fase do
programa. “Até julho deste ano, te-
remos R$ 12 bilhões em projetos se-
lecionados, prontos para começar”,
disse.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro subiu 4,2% no primeiro trimestre
de 2011 em relação ao mesmo período de 2010. O principal destaque nessa com-
paração foi, pelo lado da oferta, o avanço dos serviços, na casa de 4%. A indús-
tria cresceu 3,5% e os impostos sobre produtos aumentaram em 6,5%. Do lado da
demanda, a formação bruta de capital fixo (FBCF), um indicativo de investimento,
subiu 8,8% em relação aos três primeiros meses de 2010 e a despesa de consumo
das famílias ampliou-se 5,9%.
PIB brasileiro sobe 4,2% no 1º trimestre
12
Fotos: divulgação
14
Giro imobiliário
As operações de financiamen-
to imobiliário com recursos das cader-
netas de poupança no 1º trimestre do
ano possibilitaram a compra de 105,8
mil imóveis atingindo o valor de R$ 16
bilhões. O total é 38% maior do que o
registrado no mesmo período do ano
Recursos da poupança financiam 38% a mais de imóveis
Fotos: divulgação
Somente no primeiro trimestre
do ano o setor da construção civil gerou
mais 86,2 mil novos empregos com car-
teira assinada, de acordo com dados
da pesquisa elaborada pelo Sindicato
da Indústria da Construção Civil do
Estado de São Paulo (SindusCon-SP)
Construção Civil gera mais de 86,2 mil empregos no primeiro trimestre
Criador do programa Susten-
tabilithá, que promove ações susten-
táveis todos os meses, o Grupo Thá
lançou no dia 5 de junho, data em que
é comemorado o Dia Mundial do Meio
Ambiente, uma página em seu portal
com novidades sobre as práticas da
Thá, apresentando dicas, informações
Dia Mundial do Meio Ambiente
Localizado no bairro Ponta
Aguda o Bosque Europeu terá 302 mil
metros de área verde preservada, da
área total de 418 mil metros quadra-
dos. De acordo com Jaime Pisetta
o empreendimento terá 90 lotes, que
variam de 600 a 1,5 mil metros quadra-
dos e já estão à venda a partir de R$
260 mil.
O projeto levou sete anos até
ser concluído, principalmente por con-
ta das licenças ambientais, que agora
foram conseguidas. Além da extensa
área verde, o empreendimento possui
diversas áreas de lazer, como salão de
Blumenau terá seu primeiro condomínio fechado de alto padrão
passado, quando os recursos da pou-
pança financiaram 76,5 mil unidades.
Nos últimos 12 meses, os recursos das
cadernetas de poupança propiciaram
o financiamento de 451 mil unidades,
39% mais do que nos 12 meses anterio-
res. Em valores, entre abril de 2010 e
março de 2011, os financiamentos so-
maram R$ 62,2 bilhões, 63% superior
em relação aos 12 meses anteriores,
segundo dados do Sistema Brasileiro
de Poupança e Empréstimo (SBPE).
em parceria com a Fundação Getulio
Vargas (FGV). Houve um aumento de
10,9% em relação ao mesmo período
(janeiro a março) de 2010. Até março
de 2011 o setor possuía 2,916 mi-
lhões de trabalhadores em todo país.
e resultados obtidos ao longo dos seis
primeiros meses de ações do programa
Sustentabilithá, além de lançar um con-
curso cultural sobre o tema.
festas, espaço gourmet, playground,
brinquedoteca, quadras de futebol e
tênis, praça de ioga, sala de massa-
gem, SPA com hidroterapia e espaço
fitness, entre outras opções de lazer e
forte sistema de segurança.
Foi retomado o processo de
licitação para a duplicação da BR 280,
com a publicação de uma nova versão
do edital. A principal alteração é refe-
rente aos custos dos serviços a serem
realizados, que resultaram na redução
do valor total previsto para a obra, de
R$ 941,6 milhões para R$ 885,6 mi-
lhões. O edital, que estava suspenso
desde dezembro, está dividido em três
lotes de obras, que deverão ser execu-
tados ao mesmo tempo. O prazo pre-
visto para conclusão da duplicação é
de 1080 dias, a partir da assinatura dos
Retomada concorrência para BR 280
contratos com os vencedores da con-
corrência pública.
A obra abrangerá 75 quilôme-
tros da rodovia entre o Porto de São
Francisco do Sul e Corupá. Além da
construção de nova pista e restauração
da antiga, está previsto a construção
de 46 viadutos, quatro pontes, duas
passarelas e dois túneis paralelos com
mil metros de extensão (morro Vieira
em Jaraguá do Sul). O projeto contem-
pla também contornos rodoviários nas
travessias urbanas de São Francisco
do Sul, Guaramirim e Jaraguá do
Sul, que resultarão em melhorias na
trafegabilidade e na segurança viá-
ria da região.
No trecho da duplicação a
rodovia cruza cinco municípios (São
Francisco do Sul, Araquari, Gua-
ramirim, Jaraguá do Sul e Corupá)
com uma população de aproxima-
damente 260 mil pessoas, de acor-
do com dados do último Censo do
IBGE.
16
A ministra do Planejamento,
Miriam Belchior, afirmou que o número
de 500 mil casas entregues pelo pro-
grama Minha Casa, Minha Vida deverá
ser alcançado até o final do ano. Se-
gundo ela, mais de 70% da meta inicial
de 1 milhão de casas já está em anda-
mento.
Durante o Congresso Nacio-
nal de audiência conjunta das comis-
sões de Orçamento, Finanças, Tribu-
tação e Desenvolvimento Urbano, a
ministra também disse que o corte re-
alizado em recursos do programa não
vai impedir o seu desenvolvimento e
destacou que os recursos de 2011 são
5% superiores aos aplicados no ano
passado e serão suficientes.
500 mil imóveis serão entregues em 2011
O presidente da Caixa
Econômica Federal, Jorge Here-
da divulgou que a segunda fase
do Programa Minha Casa Minha
Vida, que será lançada dia 14 de
junho, terá recursos entre R$ 120
bilhões e R$ 140 bilhões para fi-
nanciar residências para famílias
com renda até 10 salários mínimos
por mês.
Do total financiado, cer-
ca de R$ 70 bilhões serão desti-
nados a famílias com renda de até
três salários mínimos. Na primeira
fase do programa, a Caixa já de-
sembolsou R$ 53 bilhões.
Segunda etapa vai liberar até R$ 140 bilhões
Os Conselhos Regionais de
Corretores de Imóveis (Crecis) vão
fiscalizar as vendas dentro do Minha
Casa Minha Vida 2 para evitar irregu-
laridades como a comercialização de
unidades que não se enquadram no
programa dentro do limite de renda fa-
miliar (R$ 4.650) ou do valor da mora-
dia (R$ 170 mil).
Pelo contrato de cooperação, o
Conselho de Corretores passa a fiscalizar
e monitorar compra, aquisição e entre-
ga da casa própria, onde os agentes de
cada Creci poderão pedir os documentos
do empreendimento, que está sendo ven-
dido com subsídio do governo federal no
financiamento e gastos menores com car-
tório e seguro.
Os sites do Conselho Fede-
ral de Corretores de Imóveis (Cofeci)
e dos Crecis, terão locais específicos
para denúncias on line. Quando forem
constatadas irregularidades, os corre-
tores e as imobiliárias sofrerão sansões
imediatas e os casos serão encaminha-
dos ao Ministério Público Federal, que
vai investigar a responsabilidade das
construtoras e incorporadoras do em-
preendimento.
Crecis vão fiscalizar programa
Minha Casa Minha Vida
Construir e reformar
Analgésicos na construção
É só pensar em construir ou refor-
mar a casa para as dores de cabeça come-
çarem. O tamanho do problema geralmente
é proporcional à metragem da obra, seja por
conta de dinheiro, tempo ou mão de obra.
A escolha do terreno, do projeto, o planeja-
mento da obra, assim como sua legalização
Planejamento pode diminuir em 25% o custo da obra e é essen-
cial para evitar surpresas e dores de cabeça na hora de construir
Planejar e economizar
A economia que se pode obter
na obra é outra vantagem de construir
o próprio imóvel. “O custo-benefício
de construir permite utilizar materiais
melhores por um valor mais acessível
do que se for comprar o imóvel pron-
to”, explica a arquiteta Karoline Stolf
de Souza, desconsiderando os custos
da compra do terreno, já que podem
variar muito de uma região para a ou-
tra - como em Balneário Camboriú que
possui o metro quadrado altamente va-
lorizado.
Se for para economizar é ex-
tremamente importante que seja feito
um planejamento rigoroso e com seus
objetivos bem definidos. “O planeja-
mento deve determinar de maneira mui-
to objetiva os passos da obra com os
fluxos de pagamento de maneira que
as entradas de dinheiro casem com os
desembolsos na obra”, explica o eco-
e a compra de materiais são atitudes funda-
mentais neste processo.
Para a arquiteta Cibeli Spolti a
principal vantagem de construir a própria
casa é a possibilidade de personalização.
“A casa costuma ser um sonho das pes-
soas, construir é ter a liberdade de pro-
jetar, ousar e criar tudo de acordo com a
sua necessidade e sonho”, afirma.
Mas para que o sonho não se
torne um pesadelo, é necessário tomar
uma série de cuidados. Quanto melhor o
planejamento, mais fácil será evitar pro-
blemas.
nomista Ricardo Guedes, delegado do
Conselho Regional de Economia em
Itajaí. Para ele é importante conseguir
os recursos antes de gastar. “Às vezes
a urgência fala mais alto e pode surgir
a necessidade de financiar a obra. As-
sim com certeza sai mais caro”, afirma.
De acordo com o presidente
da Anamaco (Associação Nacional dos
Comerciantes de Material de Constru-
ção), Cláudio Conz, conforme publica-
do pela agência Brasil, a pesquisa de
preços e o planejamento na hora das
compras podem resultar em uma eco-
nomia de até 25% no custo de uma
obra, e o consumidor deve pesquisar
preços em pelo menos quatro locais di-
ferentes. Já que os materiais não são
perecíveis, também é possivel apro-
veitar promoções, cuidando para não
comprar materiais em excesso.
Projeto e mão de obra
Projetar a casa (mesmo para
a reforma) é trabalho para um arquite-
to ou engenheiro civil (eles vão ajudar
também no planejamento). Pode-se
optar por um empreiteiro, que se in-
cumbirá de contratar o pessoal, sendo
inclusive responsável por eles. Buscar
indicações de conhecidos para a esco-
lha dos profissionais é uma boa alter-
nativa, assim como conhecer o trabalho
deles antes de contratá-los.
O construtor vai se envolver
na construção direta ou indiretamente.
“É importante dar andamento ao proje-
to somente quando estiver totalmente
satisfeito”, diz Cibeli. Mudanças duran-
te a obra podem encarecer, e muito, o
orçamento.
É muito importante que o pro-
fissional contratado acompanhe o an-
damento das obras. Ele pode indicar
outros profissionais e vai supervisionar
o trabalho dos operários. Assim será
mais fácil corrigir qualquer erro an-
tes que ele se prolongue. Geralmente
é nessa fase que as dores de cabeça
se intensificam e muitas vezes não há
como evitar. “Temos muitos problemas
no setor da construção civil com a es-
cassez e despreparo de mão de obra.
Estes problemas geram tantos desen-
tendimentos entre pedreiros, mestre de
obras, arquitetos e proprietários que
O planejamento deve determinar todos os passos da obra e os fluxos de pagamento.
Financiamento para construção e reforma
Caso a necessidade de cons-
truir seja urgente e o construtor não
tenha recursos suficientes, pode optar
por linhas de financiamentos específi-
cas para construção e reforma ofere-
cida pelos bancos. Instituições como
a Caixa Econômica Federal, Itaú, Bra-
desco, Banco do Brasil e Santander
oferecem financiamentos de valores
que chegam até R$ 500 mil, com ju-
ros reduzidos que variam de 1,55% a
3,64% ao mês e prazo que varia entre
48 e 120 meses para quitar a dívida. Al-
guns financiamentos, como é o caso da
Caixa e do Itaú, permitem que além de
construir ou reformar os clientes usem
o crédito para a compra de móveis pla-
nejados e invistam na decoração.
alguns preferem adquirir imóvel pronto
para não se incomodar”, afirma Karoli-
ne.
Outro fator imprevisível são as
condições climáticas que podem atra-
sar o planejamento da obras. “É preci-
so estar realmente disposto a construir
e ter em mente que problemas e desa-
fios que exigem tempo e dinheiro vão
aparecer até o projeto ser finalizado”,
conclui Karoline.
Construção: Escolha bem o terre-
no, verifique a infraestrutura, in-
solação, possibilidade de alaga-
mento e antes de comprar tenha
certeza que é possível construir o
que deseja nele. Informe-se e re-
gularize todos os documentos para
a construção nos órgãos compe-
tentes.
• Faça um planejamento com os passos da obra e fluxos de pagamento de
maneira que as entradas de dinheiro casem com os desembolsos na obra.
• Contrate bons profissionais, principalmente os que têm indicação, e co-
nheça trabalhos já feito por eles.
• Prefira materiais com durabilidade maior, mesmo que saia mais caro.
• Avise seus vizinhos sobre as obras e cuide para respeitar os horários de
silêncio.
• Pesquise os preços, mas só compre depois que os profissionais indica-
rem as quantidades certas.
• Tenha atenção aos contratos de prestação de serviços, tudo deve estar
bem especificado, prazos e valores.
• Seja paciente na hora de tomar decisões e tenha consciência de que os
problemas podem aparecer.
20
Reforma: Avalie os custos, depen-
dendo da reforma e da estrutura
da obra, sairá mais barato cons-
truir. Saiba onde estão os canos
e vigas de concreto para saber se
o que pretende fazer é possível.
Um profissional de arquitetura ou
engenharia vai ajudar bastante.
Dicas para construir e reformar
O engenheiro ou arquiteto deve acompanhar o andamento das obras e supervisio-
nar o trabalho dos operários para evitar que qualquer erro de prolongue.
Marketing
Os limites das mídias digitais
RAFAEL LINCKS SIQUEIRA
Em pesquisa divulgada no ano
passado, o Brasil angariou um infeliz tercei-
ro lugar no ranking de crimes praticados no
âmbito da internet (6% de todos os crimes
praticados no mundo), ficando atrás apenas
dos Estados Unidos, em primeiro com 19%
e China, em segundo com 8% do total.
Mais costumeiramente, os ata-
ques são realizados na plataforma Windows,
mas já se tem notícias de invasões e danos
mesmo em sistemas recém lançados para
os smartphones e tablets.
Enquanto isso, nosso Congres-
so delonga a votação de um projeto de lei
para tipificar e punir crimes e condutas pra-
ticados no âmbito da internet há mais de 12
anos. A espera parece não ter solução.
Fato é que, enquanto aguar-
damos de mãos atadas, a internet - a
“banda” boa e a ruim - avança desenfre-
adamente e a passos largos em todas as
plataformas existentes no mercado.
A cada dia que passa, os crimi-
nosos se reinventam e criam novas ma-
neiras de proporcionar novos ataques aos
usuários. Tudo isso, amparados por um
ineficaz sistema, que dificilmente conse-
gue capturar algum criminoso sem uma
Rafael Lincks Siqueira é advogado, com
mais de 10 anos de experiência, especialis-
ta em Crimes Digitais. Atua como procura-
dor da Effetiva Comunicação e Marketing,
entre outros clientes. É sócio proprietário
da Lincks, especializada em gestão de
conteúdo para redes sociais.
denúncia, uma vez que não tem a estru-
tura necessária para fiscalizar e prender
tais oportunistas.
Mas será que mesmo na ausência
de lei específica para regular e punir condu-
tas, existem limites para os internautas?
Hoje, não temos qualquer pena-
lidade para um usuário que, por exemplo,
deteriora dados eletrônicos de terceiro, ma-
nipula indevidamente informação eletrônica
ou difunde vírus, entre outros.
O projeto de lei número 84, de
1999, de autoria do Deputado Luiz Piauhyli-
no, em trâmite na Câmara dos Deputados
visa à lacuna nesta área, tipificando vários
crimes hoje tidos como meras condutas de-
sonrosas.
Por outro lado, já temos diver-
sos atos descritos como crimes, incluídas
no atual Código Penal e em leis esparsas,
como a ameaça, a violação de direitos au-
torais, a pedofilia, o preconceito ou dis-
criminação quanto à cor, raça ou etnia e
crimes contra a pirataria.
O importante é termos a consciên-
cia de que as mídias digitais não estão ai
para possibilitar que qualquer um fale (ou
escreva) o que quiser, sem qualquer tipo de
limite. Devemos sempre nos lembrar, que na
internet ou não, sempre prevalecerá o bom
senso, o respeito e a boa educação.
Certo é que precisamos de uma
avançada lei que imponha limites rígidos
ao uso indevido da internet, sem tolher a
liberdade e a individualidade dos usuários,
mas que responsabilize as pessoas certas.
Temos que aguardar para ver qual caminho
nosso Congresso seguirá!
Mundo
Imóveis comerciais
Os investimentos em imóveis
comerciais no mundo devem superar 440
bilhões de dólares este ano, o número é o
mais alto desde 2007. No primeiro trimestre,
os volumes cresceram 44% em relação ao
mesmo período do ano passado, para 94
bilhões de dólares.
O Brasil se tornou o quinto mercado
de investimentos mais ativos no primeiro tri-
mestre, o que fez com que o grupo de países
Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) se tornasse
responsável por 13% dos volumes globais no
período, alta ante nível de 2% em 2007.
Os dados são da Jones Lang La-
Salle, que espera que os investimentos to-
tais nas Américas do Norte e do Sul somem
155 bilhões de dólares este ano, alta de 60%
em relaçao a 2010.
22
Investimentos devem superar US440 bilhões pelo mundo
Os investimentos de estrangeiros em imóveis comerciais no Brasil cresceram 343% no último trimestre de 2010, a maior alta do mundo. (em dólares)
Mercado Imobiliário
Patrimônio Histórico preservado em Balneário Camboriú
Embora pareça estranho, pode-
-se dizer que é unânime a importância dada
à preservação do patrimônio cultural, afinal
ela é uma espécie de arquivo da identidade
de um país e por extensão da própria huma-
nidade. Vista do seu sentido mais amplo, é
Seguindo uma tendência mundial, edifício será erguido ao redor da antiga
Capela da Confissão Luterana construída na década de 50
intuitiva a compreensão de seu valor.
Não há polêmica, não há quem
duvide da importância de preservar as mais
antigas pinturas, esculturas, livros, fotogra-
fias, móveis, filmes, enfim, todo o conjunto
da criação humana que nos conecta ao
Imagem ilustrativa do empreen-
dimento em Balneário Camboriú.
Imagem ilustrativa da Igreja, após a restauração e conclusão do empreendimento.
passado, nos reafirma quem somos, como
chegamos aqui e para onde iremos.
Neste contexto, a arquitetura nos
permite uma relação diferente com esse
passado. Se conservar pinturas, esculturas,
livros, fotografias, entre outros, significa con-
gelar o tempo exatamente como se faz com
um museu, os prédios e as edificações , por
outra via, continuam avançando no tempo.
Seu relógio não para.
Sendo assim, boa parte dos
prédios e edificações pode atualizar-se e
reabilitar-se para uma vida frutífera. Des-
te modo, a cidade e todos nós passamos
não somente a conviver com os mais di-
versos momentos da história, mas a com-
partilhar seus espaços e seus desenhos.
Exemplos não faltam, como na cidade de
São Paulo, com a Pinacoteca e a Sala São
Paulo, que continuam em pleno funciona-
mento, participando do cotidiano atual,
congregando o velho e o novo, atando o
passado ao futuro.
Em Santa Catarina, um projeto
inovador em Balneário Camboriú vem ga-
nhando destaque, seguindo uma tendên-
cia mundial.
Um edifício na quadra do mar,
com 28 andares, será construído ao redor
da antiga Capela de Confissão Luterana,
monumento municipal tombado em 1998,
que será restaurado e incorporado ao em-
preendimento.
O projeto é inspirado em obras
da arquitetura europeia, que interferem
nas construções seculares como forma
de preservação e valorização cultural. O
residencial envolverá a capela de forma
escalonada. As paredes internas em tor-
no da antiga construção receberão vidro
em grande parte, proporcionando visuali-
zação privilegiada.
Ressaltamos a importância de
haver agregado um patrimônio tombado
a um projeto da iniciativa privada, com a
segurança de que será restaurado e con-
servado sempre que necessitar, servindo
também de atração e valorizando o em-
preendimento, que já está sendo comer-
cializado, e todo seu entorno.
Por este motivo, é considerado
por muitos um dos projetos mais char-
mosos da região, devido a existência da
capela, construída na década de 50 e
que permaneceu fechada durante muitos
anos e agora será restaurada e conserva-
da, como manda a lei, através da inicia-
tiva privada da construtora responsável
pelo empreendimento.
Em outros países, projetos des-
te tipo são mais comuns e até vistos com
naturalidade, como um edifício no centro
comercial da cidade de Buenos Aires, na
Argentina, atrás do Teatro Colón.
Em Nova York, também é muito
comum o contraste de edificações novas
com edificações mais antigas, conviven-
do harmoniosamente.
Apesar de inédito, a aprovação
do projeto foi baseada em um grande es-
tudo em conjunto com a Prefeitura Muni-
cipal. Estreitar os laços entre o governo
e a iniciativa privada é fundamental para
acelerar as melhorias necessárias na ci-
dade. Cientes desta carência, e ampara-
dos por leis de incentivo fiscal, empresas
privadas passam a investir em reformas
e melhorias em praças, monumentos,
espaços públicos e conjuntos habitacio-
nais; servindo de exemplo de como o
setor público e privado podem trabalhar
juntos para revitalizar áreas comuns, con-
sequentemente valorizando toda a região. Edifício em Buenos Aires
Foto: Arquivo pessoal Frederica Richter
FREDERICA RICHTER
Frederica Richter é bacharel em Direito,
corretora e avaliadora de imóveis na cidade de
Balneário Camboriú.
Edificações na cidade de Nova York
Foto: Arquivo pessoal Frederica Richter
22
CLAUDINE ZATTAR RIBEIRO
Antes da aquisição de um imóvel,
é necessário ter a certeza de que aquela
propriedade está livre e desembaraçada até
a data da venda, pois se os documentos le-
galmente exigidos para lavratura do ato de
escritura e registro não estiverem de confor-
midade com os atos jurídicos, esse imóvel
não será passível de venda.
Para tanto, é necessária a análise
detalhada dos documentos do imóvel e do
vendedor, seja ele pessoa física ou jurídica.
Assim, se sobre o imóvel houver edificação
de acessões e/ou benfeitorias, é importan-
te verificar se foi efetuada a averbação da
construção à margem da matrícula deste
bem, se sobre a obra foi devidamente reco-
lhida a contribuição ao INSS, e, se o imóvel
está regularizado junto à prefeitura local com
planta aprovada e habite-se.
Caso o imóvel adquirido esteja si-
tuado em edifício, condomínio ou loteamen-
to fechado é preciso solicitar junto ao sín-
dico uma declaração de quitação de taxas
condominiais.
Já na aquisição de imóvel na
planta é de extrema importância verificar se
a incorporadora registrou o memorial de in-
Jurídico
Cuidado nas transações imobiliárias
Claudine Zattar Ribeiro é advogada especiali-
zada em Direito Imobiliário e prática proces-
sual imobiliária. É pós-graduada em Negócios
Imobiliários e em Direito Civil e Processo Civil ..
corporação no Registro Geral de Imóveis e
requerer cópia da licença da obra e do pro-
jeto aprovado no CREA.
Na compra de terreno localizado
em loteamento ou desmembramento é ne-
cessário obter informações na prefeitura e
no cartório sobre a situação do empreendi-
mento, para certificar-se que o mesmo está
aprovado e registrado na matrícula do imó-
vel competente.
Tomadas todas as providências e
estando a documentação em ordem o com
prador poderá efetuar a aquisição do imó-
vel, que deve ser obrigatoriamente feita pelo
registro da escritura no cartório imobiliário.
Somente com o registro a proprie-
dade do bem passa do vendedor para o
comprador. A assinatura de um instrumento
de contrato ou acordo verbal com o vende-
dor não é suficiente para que o comprador
se torne proprietário.
Assim, se o comprador não registrar
a escritura pública, exatamente pelo fato do
vendedor continuar a ser proprietário, seus cre-
dores poderão requerer em juízo que o imóvel
seja penhorado e leiloado para pagamento das
dívidas, bem como, poderá o vendedor, que
ainda é proprietário, vender novamente o bem
para outra pessoa, outorgando-lhe outra escri-
tura de compra e venda.
Portanto, para realmente ser pro-
prietário de um imóvel, após o pagamento
integral do preço, deverá o adquirente pro-
mover o registro da escritura pública de
compra e venda no Registro de Imóveis,
pois, quem não registra, não é dono.
Na compra a prazo realizada
através de Instrumento Particular de Com-
promisso de Compra e Venda de imóveis,
recomenda-se que o comprador registre sua
via, junto a matrícula do imóvel no Registro
Imobiliário .
Do que se expôs, restou demonstrar
que por medida de prevenção, e, no intuito de
se resguardar de problemas futuros, todas as
providências e cuidados devem ser observa-
dos antes da aquisição de um imóvel.
Para tanto, o ideal é que todo
comprador se assessore de um profissional
especializado no ramo, devidamente inscrito
no Creci, ou de um advogado especializado
em direito imobiliário.
26
Quem não registra seu imóvel, não é dono“ ”
Capa
Investidor inteligente
Gustavo Cerbasi é admirado no mundo dos negócios por ter seguido seus
próprios conselhos. Autor de livros como “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos” e
“Filhos Inteligentes Enriquecem Sozinhos”, usa de uma linguagem clara e objetiva,
traduzida em exemplos, para mostrar para as pessoas como é possível organizar e
aumentar as finanças.
Se quisesse, o consultor de finanças pessoais e corporativas não pre-
cisaria mais trabalhar. Desde os 33 anos ele alcançou o que chama de “in-
dependência financeira” e poderia manter o mesmo padrão de vida vivendo
apenas de seus investimentos.
A ousada estratégia de investimentos começou quando tinha 26 anos
e traçou um planejamento para alcançar o primeiro milhão aos 41 anos. Com
muitos sacrifícios no orçamento e muito conhecimento sobre como fazer o di-
nheiro trabalhar para si mesmo, o resultado foi positivo e seu objetivo foi alcan-
çado dez anos antes. No começo, evitava tradições como jantar fora e presen-
tear com flores, e chegou a vender o próprio apartamento para investir na bolsa
de valores, pois aquele era um bom momento.
Aos 37 anos Cerbasi afirma que enriquecer é uma questão de escolha e
sabe muito bem do que está falando. Ele concedeu esta entrevista, para a Revista
Destaque Imobiliário, onde fala sobre o mercado imobiliário e dá exemplos e dicas
de como é possível alcançar R$ 1 milhão.
Gustavo Cerbasi fala sobre o mercado imobiliário e dá exemplos
e dicas de como alcançar e multiplicar o primeiro milhão
Revista Destaque Imobiliário: Como con-
quistou sua independência financeira?
Cerbasi: O que tenho hoje é consequ-
ência de pequenos investimentos que
começaram em 1998, logo que comecei
a trabalhar. Na época minha namorada
(atual esposa) precisava de um carro e
não tinha como comprá-lo começamos a
economizar juntos para poder pagar por
ele. No começo é preciso fazer sacrifí-
cios, abrir mão de tradições como jantar
fora e presentear com flores. Descobri-
mos que a vida era uma espécie de gin-
cana em que os
sacrifícios precisam ser feitos, mas que
a recompensa se torna muito boa. Esco-
lhemos muito bem nossos investimentos,
inclusive investindo em nossas carreiras,
o que fez com que nossa renda também
aumentasse. Quando comecei a atuar
como professor de finanças e a ensinar
aos meus alunos a investir comecei a co-
locar em prática o que eu falava em aula.
RDI: No seu livro investimentos inteligen-
tes, você dá dicas de como conquistar e
multiplicar o primeiro milhão. De forma
resumida, quais são os passos para con-
quistá-lo?
Cerbasi: Primeiro é preciso saber o ta-
manho dos tijolos que tem que usar para
construir o muro. Por isso é preciso se
organizar, entender como funciona seu
orçamento e o que deve cortar dele para
poder chegar até lá. Depois é preciso ter
disciplina, saber que pagar a prestação
da casa é tão importante quanto atingir
os seus objetivos de investimentos. As-
sim, se faltar dinheiro é preciso corrigir
seu rumo, vender alguma coisa, procurar
outra saída que não seja colocar a mão
no dinheiro investido. Só assim é possível
fazer com que o sonho aconteça. É im-
portante também escolher bem os investi-
mentos, só aproveita boas oportunidades
quem está no mercado. Um bom investi-
dor tem uma busca continua e incansável
para melhorar cada vez mais.
RDI: Indica algum mercado específico?
Cerbasi: O mercado não importa. Seja ele
o de imóveis, de ações ou leilões. Aquilo
que é um bom negócio hoje pode não ser
depois, em algum momento a massa de
investidores acessa esse bom mercado e
ele pode deixar de ser bom. O bom inves-
tidor é aquele que antecipa que se infor-
ma, e que está envolvido com o mercado
que gosta de investir.
RDI: Nos últimos anos muitos investi-
mentos, como a bolsa de valores, foram
desmitificados e os brasileiros passaram
a fazer investimentos que vão além da
caderneta de poupança. Você acha que
os brasileiros estão preparados para se-
rem investidores?
Cerbasi: Os brasileiros estão entrando na
bolsa de valores sem estar preparados.
É só observar como a rotatividade está
grande. A relação é muito parecida com
os imóveis. Se a pessoa compra e na
hora de vender seu bem está desvalori-
zado, ela estuda o investimento para ver
se no futuro conseguirá vendê-lo por um
preço melhor. Na bolsa as pessoas que-
rem lucro rápido, diferente dos imóveis e
nem sempre é tão rápido quanto pensam.
A experiência ensinou os brasileiros a in-
vestir em imóveis como um investimento
seguro.
RDI: Acredita que falta educação finan-
ceira?
Cerbasi: Antes disso ainda falta ética e fi-
losofia, para não termos apenas ricos cor-
ruptos. Não considero a educação finan-
ceira como essencial, mas ajudaria a lutar
contra a tributação elevada e o excesso
de impostos. Ela transformaria sensivel-
mente o consumo do brasileiro, criando
consumidores de forma sustentável. Já
existe uma estratégia nacional de educa
ção financeira que indica que a partir de
2012 será uma disciplina obrigatória nas
escolas.
RDI: Pela sua experiência no aconselha-
mento em finanças pessoais, qual a maior
dificuldade que as pessoas apresentam
para poupar e investir?
Cerbasi: Poupar é o fato de saber gastar.
O brasileiro carece de qualidade de con-
sumo. O orçamento de uma família que
ganha cerca de dois mil reais é ocupado
com gastos fixos, como aluguel, escola,
e supermercado. Quando alguém fica do-
ente não há de onde tirar dinheiro. Assim,
se tiver poupança vai atacá-la e consumi-
-la. Seria diferente se tivesse um padrão
de vida mais simples, como uma escola
mais barata, para compensar gastos fle-
xíveis, mas que privilegiasse lazer, cultu-
ra, qualidade de vida, para não precisar
mexer na poupança. Quando nós tiver-
mos mais consciência de consumo ela
será revertida em investimentos inteligen-
tes como comprar e vender um terreno,
escolher um imóvel pelo seu potencial de
valorização, entre outros.
RDI: Em termos econômicos, como você
vê o momento que o Brasil está vivendo?
É o melhor momento para enriquecer?
Cerbasi: Sim, é o momento certo para
enriquecer. Talvez não seja o melhor mo-
mento, pois ele deve vir pela frente. Seria
muito melhor se nós estivéssemos viven-
do uma educação financeira presente,
juros mais baixos e menores cargas tri-
butárias. Não estamos preparados para
as oportunidades e os brasileiros ainda
não aprenderam a poupar dinheiro para
aproveitá-las. Assim, haverá muito enri-
quecimento, mas ele ainda será pressio-
nado pela desigualdade social, já que os
mais bem informados colherão as melho-
res oportunidades.
RDI: Como saber qual o melhor mercado
para investimentos?
Cerbasi: O mercado de imóveis está mui-
to bom, assim como o de ações, negócios
e franquias. O momento da economia é
bom para qualquer mercado. A melhor
área de investimento é aquela em que a
pessoa se sentir melhor. Precisa expe-
rimentar. Por isso aconselho que façam
pequenas compras de imóveis, terrenos,
investimentos na bolsa de valores, expe-
rimentem para saber o que gostam mais.
RDI: Falando sobre o mercado de imó-
A experiência ensinou os brasileiros a investir em imóveis como um investimento
seguro“ ”
O consumidor de imóveis deveria ser mais investidor e menos consumidor para
multiplicar sua riqueza“ ”
veis. A “emoção” na hora de escolher a
casa própria pode levar o casal a fazer
um mau negócio no aspecto investimen-
to? É possível equilibrar isso?
Cerbasi: Sem dúvida. Isso acontece com
roupas, restaurantes e carros. Não dei-
xo de reconhecer a importância do fator
emocional já que o brasileiro está há dé-
cadas esperando pela oportunidade da
casa própria e conseguiu isso agora, en-
tão ele está muito suscetível a realização
do sonho. Mas é preciso filtrar a relação
entre o desejo e a necessidade. Ler o
contrato, o memorial descritivo, e pensar
muito bem antes de fechar o negócio. Em
geral o que falta é tempo, conhecimento
ou preparo. Não faltam oportunidades,
elas vão aparecer sempre, quando um
bairro estiver saturado o outro vai cres-
cer. É preciso paciência.
RDI: Por que você costuma dizer que
comprar a casa própria não pode ser con-
siderado um investimento?
Cerbasi: Porque eu considero um consu-
mo. Meu raciocínio é que se uma pessoa
compra um imóvel por R$ 100 mil, e hoje
ele vale R$ 300 mil, provavelmente
esse imóvel valorizou por conta do seu
entorno e a pessoa está acostumada com
os serviços que tem ao redor, um super-
mercado melhor, uma padaria de qualida-
de e a um padrão de vida melhor. Será
muito difícil ela vender e comprar outro
imóvel de R$ 100 mil, com menos infra-
estrutura. Sempre digo que o maior pro-
blema da classe média é a casa própria,
ela compra muito cedo e não paga em um
prazo razoável entre dez e quinze anos.
RDI: Mas ter a casa própria é cultural do
brasileiro...
Cerbasi: O problema é que na hora de
comprar já compram em um padrão com-
patível com um futuro e não com o seu
presente. Um casal jovem, por exemplo,
não pensa em comprar um espaço para
os dois, finca raízes comprando imóveis
de dois e três dormitórios, assumindo
prestações e abrindo mão de sua flexibili-
dade. Pode alugar ou até mesmo comprar
uma moradia, mas com caráter de investi-
mento, usar mobílias flexíveis ao invés de
móveis planejados, para estar preparado
para mudar, por exemplo.
RDI: Isso mudaria o mercado imobiliário
atual?
Cerbasi: Sim, ao contrário do que se
pensa com certeza o mercado de imó-
veis estaria muito mais aquecido, haveria
maior procura de aluguéis e consequen-
temente maiores compras de imóveis
para investimento. Os imóveis pequenos
girariam melhor e mais pessoas teriam
condições de comprar casas próprias
depois que estivessem estabilizadas. O
consumidor de imóveis deveria ser mais
investidor e menos consumidor para mul-
tiplicar sua riqueza.
RDI: Quais são os melhores imóveis para
investir?
Cerbasi: É preciso avaliar a região, mas
em geral os imóveis comerciais tendem
a ser melhores que os residenciais, eles
têm menos vacância. Assim como os imó-
veis residenciais pequenos que têm mais
liquidez que imóveis maiores. Assim, se
houver saturação é mais fácil revender os
pequenos, de menor valor.
RDI: Há muitas pessoas comprando imó-
veis na planta acreditando no lucro pela
valorização. Como você vê esse movi-
mento?
Cerbasi: A valorização típica de mercado
é quando o preço de um imóvel muda ao
longo dos anos, com a melhoria de infra-
estrutura ao redor, por exemplo. Quando
se compra um imóvel na planta, não é re-
almente o imóvel que valoriza e sim as
construtoras praticam um preço inferior,
pois o bem ainda não existe. Para o inves-
tidor pode ser muito bom, principalmen-
te se fizer negócios com incorporadoras
mais experientes, já que elas costumam
estudar o mercado evitando riscos. Imó-
veis de alto padrão, por exemplo, podem
estar muito mais baratos e é possível co-
lher bons frutos se o local continuar aque-
cido. É preciso estudar o potencial de
aumento de preço da região.
RDI: Você acredita que o Brasil está pas-
sando, ou vai passar por uma bolha imo-
Quem é Gustavo Cerbasi
Autor de oito livros sobre finanças pessoais, como “Mais Tempo, Mais
Dinheiro” e “Dinheiro – os segredos de quem tem”, Gustavo Cerbasi é consultor
e desenvolve treinamentos sobre o tema por todo o Brasil. É colunista da revista
Você S/A e do jornal Folha de S. Paulo e em 2009 foi eleito um dos 100 brasileiros
mais influentes, segundo a revista Época.
O currículo acadêmico é extenso. É Mestre em Administração Finanças
pela FEA/USP, formado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas
(FGV), com especialização em Finanças pela Stern School of Business - New York
University e pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Leciona em cursos
de pós-graduação e MBAs pela Fundação Instituto de Administração, além de
diversos cursos ministrados in company.
Livros publicados pelo autor:
Dinheiro – Os segredos de quem tem (ed. Gente)
Casais inteligentes enriquecem juntos (ed. Gente)
Filhos inteligentes enriquecem sozinhos (ed. Gente)
Finanças para empreendedores e profissionais não financeiros (ed. Saraiva)
Cartas a um jovem investidor (ed. Campus)
Investimentos inteligentes (Thomas Nelson Brasil)
Como organizar sua vida financeira (ed. Campus)
Mais tempo, mais dinheiro (Thomas Nelson Brasil)
biliária?
Cerbasi: Eu me assusto um pouco quando
ouço as pessoas falando sobre a bolha
imobiliária. Isso é uma grande bobagem.
Em alguns mercados, o preço cresce ab-
surdamente, as construtoras estão “en-
carteirando” seus imóveis, os investidores
também compram, pois os preços estão
evoluindo. Isso é esgotamento e não uma
bolha. Elas até podem acontecer, de for-
ma bem isolada em alguns bairros e ci-
dades, em mercados saturados com falta
de oportunidades futuras. Mas existem
inúmeros locais promissores, com opor-
tunidades gigantescas, terrenos vazios,
bairros inteiros para serem descobertos.
O investidor só precisa pesquisar e res-
peitar o ritmo do mercado. O Brasil está
cada vez mais rico, com uma economia
que vem crescendo, grandes eventos
futuros como as olimpíadas a copa do
mundo. O máximo que pode acontecer
é a valorização imobiliária estagnar, mas
sempre haverá demanda para novos mer-
cados.
RDI: Hoje um terço do seu patrimônio
está em Fundos de Investimentos Imo-
biliários (FII). Quais as vantagens e as
desvantagens que você vê neles?
Cerbasi: Eles tendem a ser um ótimo ne-
gocio, é mais previsível que a compra de
imóveis, pois o banco faz todo um estudo
do investimento. É também mais líquido,
como as compras de ações, e um bom
negócio para quem gosta de imóveis mas
não tem muito tempo para estudar o mer-
cado e acompanhar os lançamentos imo-
biliários e as boas oportunidades.
Eu me assusto um pouco quando ouço as pessoas falando sobre a bolha imobiliária.
Isso é uma grande bobagem“ ”
RDI: Então pode ser mais vantajoso in-
vestir em imóveis ao invés do FII?
Cerbasi: O mercado imobiliário dá muito
mais trabalho, mas esse envolvimento é
compensado, quem entende de mercado
de imóveis tendem a lucrar mais do que
em um FII, já que tem maior liberdade,
é mais conhecido, tem referências da
economia e da política do local que está
comprando, lê classificados em busca de
bons imóveis com bons preços. Pode ser
muito mais lucrativo embora tenha menos
liquidez que um FII.
34
Cidades
Itapoá aberta para o mundo
Com uma orla de 32 quilôme-
tros, cinco praias e belas paisagens
como matas e cachoeiras, Itapoá, no
Litoral Norte catarinense, sempre so-
breviveu do mar, da pesca e de sua
vocação turística. Na divisa com o
Paraná e distante a 88 quilômetros de
Joinville (via BR 101) o cenário da ci-
dade vem mudando a cada dia. Ela já é
vista como um dos municípios que terá
uma das economias mais pujantes do
Sul do país.
A mudança também veio do
mar. Entra em funcionamento este mês
o Porto Itapoá, um empreendimento
que vem impulsionando novos negó-
cios e atraindo empresários, investido-
res imobiliários e trabalhadores para a
cidade. Com investimentos de cerca
de R$ 500 milhões, o Porto é privado e
tem como acionistas nomes de peso: a
Portinvest Participações (Grupo Battis-
tella e LOGZ Logística Brasil S.A), e a
Aliança Navegação e Logística (Grupo
Hamburg Süd).
Impulsionado pelo Porto, cidade tem futuro promissor como uma
das economias mais pujantes do Sul do país
Motivadas, grandes empresas
da área de logística procuram a cidade.
“A Fastcargo e a Maersk Brasil Brasmar
já estão em obras, mas já temos espe-
culações e projetos da instalação das
empresas acionárias do Porto, a Ham-
burg Süd e Aliança”, conta o secretario
de planejamento e urbanismo, Rafael
Vida Almeida.
Entre as mudanças, está o au-
mento considerável da população. “Ela
cresce no dia a dia em relação à área
turística, mas houve um aumento consi-
derável em virtude do Porto, que trouxe
novos empregos e perspectivas futu-
ras”, afirma o prefeito Ervino Speran-
dio. De acordo com dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) a população da cidade que era
de cerca de 8 mil habitantes em 2000,
saltou para mais de 14 mil em 2010, nú-
mero que não para de crescer.
De acordo com informações
da administração do Porto já foram
contratados aproximadamente 300 fun-
cionários “Com o início das operações
e o aumento da demanda no porto, es-
peramos ter entre 500 e 600 funcioná-
rios a partir de 2012”, disseram. Con-
tudo a cadeia industrial e de serviços
pode resultar na abertura de mais de
cinco mil postos de trabalho.
Assim, a previsão de arreca-
dação direta, através do Imposto Sobre
Foto: divulgação Porto Itapoá
Com investimentos de cerca de R$ 500 milhões, o Porto Itapoá já contratou cerca de 300 funcionários e está atraindo novas
empresas para a cidade.
Foto: divulgação Prefeitura Itapoá
População de Itapoá passou de 8 mil habitantes em 2000 para 14 mil em 2010,
impulsionando o mercado imobiliário.
Entre os meses de dezembro a favereiro a cidade recebe cerca de 200 mil visitantes.
44
O porto
A escolha da implantação de
um porto em Itapoá se deu principalmen-
te pela localização, já que a cidade está
entre as principais regiões produtoras do
Brasil, entre o Sudeste e o Sul do país.
De acordo com a administração
do porto o fator está associado à profun-
Mercado Imobiliário
Com o intenso crescimento po-
pulacional o mercado imobiliário da ci-
dade nunca esteve tão aquecido. Como
consequência o valor dos imóveis e dos
aluguéis dispararam. “Temos muitos imó-
veis e terrenos de investidores que anti-
gamente compraram com valores sim-
bólicos e agora vão lucrar muito com a
valorização”, diz a presidente da Associa-
ção dos Corretores de Imóveis de Itapoá,
Margarida Siqueira da Silva.
De acordo com ela, não existe
nenhum estudo sobre a valorização, mas
acredita que os imóveis tenham valoriza-
do cerca de 40% nos últimos anos.
O aquecimento se dá tanto pe-
los novos moradores quanto pela diminui-
ção do êxodo. “Nós já sentimos o retorno
de pessoas que haviam saído da cidade
em busca de melhores oportunidades e
ao mesmo tempo observamos que o foco
dos estudantes mudou, estão procurando
nível superior nas áreas administrativas
pois desejam permanecer na cidade”, ex-
plica o secretário Almeida.
Qualidade de vida
Com um cais de atracação si-
tuado a 230 metros da beira da praia, a
estrutura do Porto Itapoá permite que os
moradores e turistas continuem utilizando
a Praia da Figueira do Pontal. A praia já
conta com projeto de urbanização com
calçadão iluminado e ampliação da faixa
de areia.
Além disso, para poder utilizar o
perímetro urbano para o tráfego de con-
têineres, enquanto as obras do acesso do
porto pela SC 415 não ficam prontas, o
Porto Itapoá executará oito quilômetros
de pavimentação com ciclovias e espaço
para pedestres.
A infraestrutura da cidade e a
qualidade de vida da população devem
ter melhoras significativas nos próximos
anos. O futuro de Itapoá é promissor
“Aqui o futuro é garantido”, confia o pre-
feito.
Serviço (ISS), também dará um grande
salto passando de R$ 30 mil para apro-
ximadamente 3 milhões de reais nos
primeiros 12 meses de operação do
porto. “Com base na arrecadação de
cidades portuárias vizinhas a expec-
tativa é que em quatro anos tenhamos
uma arrecadação de ISS entre 500 e
600 mil”, acredita o prefeito.
didade de 16 metros das águas da Baía
da Babitonga (que permite a entrada de
navios de grande porte) e a abertura e
condições do canal de acesso, que pos-
sibilita a operação em praticamente 100%
dos dias.
O terminal é um porto de impor-
tação e exportação com movimentação
exclusiva de contêineres (cargas secas
e frigoríficas) e neste primeiro momento
terá condições de movimentar até 300
mil contêineres por ano, mas conta com
outras duas etapas de planejamento que
devem fazer esse número chegar a 1,3
milhões de contêineres por ano.
A escolha de Itapoá para a construção do porto se deu por conta da localização estratégica e pela profundidade que permite a
entrada de návios de grande porte.
Foto: divulgação Porto Itapoá
38
Acústica
O fim do barulho dos outros
Ar-condicionado barulhento, se-
cador de cabelos, barulho de crianças e
aquele toc-toc do salto alto, que irrita só
de ouvir falar. Esses são só alguns dos
Ruídos que vem da rua, ou causados pelos vizinhos, tem soluções
acústicas cada vez mais eficientes.
Planejamento
Quem concorda com esta pre-
ocupação do mercado é a mestre em
física e especialista em acústica, Rena-
ta Eick. De acordo com ela, as princi-
pais soluções acústicas devem ser pre-
vistas no projeto do empreendimento.
“Nós fazemos uma análise do projeto
levando em consideração vários fato-
res, entre eles o ambiente do entorno,
a proximidade da rua e de outros pré-
dios”, explica.
A preocupação com o ruído
externo é tão importante quanto os ru-
ídos de impacto, aqueles que vêm do
andar de cima, por exemplo. Existem
produtos específicos para esses ca-
sos. O material é aplicado entre a laje e
o contrapiso, por isso tem que ser pre-
visto no projeto. “A manta é um mate-
rial elástico com efeito de mola que vai
absorver os impactos gerados no piso,
como pessoas caminhando, arrastando
móveis e até derrubando algum obje-
to”, explica o engenheiro Rafael Sch-
mitt, que desenvolve produtos acústi-
cos na Acital, em Blumenau. A manta
desenvolvida pela equipe oferece uma
sons que incomodam e comumente ge-
ram atrito entre os vizinhos. A estudante
de medicina Débora Carolina Salomon
mora em apartamento desde que tinha 12
anos e já se incomodou muito com o ba-
rulho dos vizinhos. No apartamento que
mora hoje, em Blumenau, o vilão é outro
e vem da rua. “Um dos barulhos que mais
incomoda é o dos prédios em construção,
o barulho é constante, o dia todo”, diz.
Para o corretor de imóveis
Alexandre Tosser, de Balneário Cam-
boriú, o barulho da construção civil e
do trânsito, também são os grandes vi-
lões da cidade. “As pessoas que com-
redução de 25 dB, o que seria equiva-
lente a uma laje maciça com espessura
de 60 centímetros
Existem também produtos
para evitar os ruídos comuns das tu-
bulações, como as descargas que se
tornam um incômodo principalmente
no silêncio da madrugada. “É um iso-
lamento das tubulações, revestindo os
canos com material isolante e absorve-
dor para diminuir consideravelmente o
barulho durante o escoamento”, expli-
ca Schmitt.
Outro cuidado a ser tomado é
em relação às aberturas, como as ja-
nelas. Neste caso é preciso observar o
projeto da janela, e como é a sua veda-
ção. “Geralmente as pessoas pensam
em vidro duplo, mas se a janela for bem
projetada acusticamente, nem sempre
ele é necessário”, explica Renata.
Quanto aos custos, não deve
encarecer tanto a obra. “Há estimativas
que divulgam um aumento em cerca
de dois por cento do custo global da
obra, mas os materiais utilizados para
adequação sonora podem ser usados
para convencer o consumidor sobre a
qualidade do empreendimento”, opina
Renata.
pram apartamento aqui estão cada vez
mais preocupadas com as questões de
isolamento acústico na hora de esco-
lher o imóvel”, explica.
Pensando em atender este
público cada vez mais exigente e aos
critérios da NBR 15.575 surgem novas
Norma de desempenho
Pela primeira vez uma nor-
ma trata do desempenho acústico
de construções. A norma técnica
15.575 da ABNT estabelece padrões
mínimos de qualidade às edifica-
ções, principalmente em relação a
isolamento acústico e térmico. Não
existe uma determinação de mate-
riais a serem usados, é preciso criar
empreendimentos que atendam aos
critérios básicos de conforto acústi-
co.
A Norma foi publicada em
maio de 2008 para passar a valer
em maio de 2010, mas foi prorro-
gada para março de 2012. Embora
não seja uma lei, os consumidores
terão como cobrar das construtoras
que as especificações mínimas se-
jam atendidas (Código de Defesa do
Consumidor, Artigo 39).
alternativas dentro do mercado para
isolar ou diminuir barulhos que não são
bem-vindos, pois são causados por
deficiências no sistema construtivo da
edificação, que não oferecem o isola-
mento acústico adequado.
Itens de decoração como cortinas pesadas, tapetes e sofás macios podema ajudar a absorver o som de um ambiente.
40
Garantia na compra
Para quem vai comprar um
apartamento deve lembrar das ques-
tões acústicas, e tomar alguns cuida-
dos. “É importante se informar sobre
a procedência do produto usado no
isolamento e sobre seu desempenho
através de Laudos Acústicos Norma-
lizados”, ensina Renata. “Hoje a pala-
vra acústica virou moda, está sendo
usada numa tentativa de qualificar
produtos que nem sempre têm efici-
ência acústica significativa”, alerta.
Estrutura pronta
Isolamento acústico é quando
você utiliza materiais com função de
criar barreiras e vedações para evitar
que o som entre no apartamento. Para
prédios que já estão prontos é possí-
vel trabalhar com tratamento acústico,
“Trocar janelas, fazer projeto acústico
corretivo nas áreas comuns como o sa-
lão de festas, Home Cinema e Garage
Band, por exemplo”, explica Renata.
Existem também materiais
com função absorvedora, para reduzir
a reverberação, que é a reflexão con-
tínua das ondas sonoras pelo ambien-
te. “Alguns itens de decoração como
uma cortina pesada, um sofá bem ma-
cio, podem ajudar a absorver o som
em um ambiente. Além disso, há uma
ampla gama de materiais técnicos para
tratamento acústico como painéis per-
furados em madeira, materiais porosos
como as espumas acústicas, materiais
fibrosos como a lã mineral”, ensina.
Para o engenheiro Carlos
Castro, de Itajaí, uma das alternativas
para apartamentos prontos pode ser
um forro acústico, feito com drywall,
por exemplo. Sobre as placas de ges-
so pode ser colocada lã de vidro ou de
rocha para reduzir os ruídos que vem
do andar superior. Da mesma forma é
possível isolar também as paredes de
um ambiente, como o quarto. A solução
pode ser um pouco cara, cerca de R$
80 o metro quadrado.
Para quem se incomoda muito
com o barulho proveniente da rua, tam-
bém pode optar por apartamentos que
ficam aos fundos do condomínio, volta-
dos para ruas menos movimentadas.
Mantas acústicas podem ser colocadas, durante a execução da obra, entre a laje
e o contrapiso para reduzir o barulho entre os andares.
Com tecnologia alemã, esquadrias de PVC Weiku oferecem isolamento térmico e
acústico e vidros duplos com níveis de atenuamento do barulho de 30 a 36 dB.
Inovação
Solução que vem do mar
No litoral de Santa Catarina é
comum ver bóias espalhadas pelo mar.
São elas que marcam as fazendas mari-
nhas que fazem do estado o maior produ-
tor de ostras e mariscos do país. Cerca
de 12 milhões de toneladas são produ-
zidas por ano, de acordo com dados da
Cascas de ostras e mariscos são usadas na produção de
pedras decorativas e blocos para a construção civil Blocos de Cimento
A engenheira civil e ambiental,
Bernadete Batista, teve uma boa ideia
que já lhe rendeu 12 prêmios ambientais.
Há sete anos iniciou suas pesquisas para
a produção de um bloco de cimento que
utiliza estes resíduos. De acordo com ela,
as cascas dos moluscos são trituradas
em diferentes tamanhos e substituem as
areias médias e finas, do pedrisco e do
cimento (em proporções corretas) para
a fabricação dos blocos de concreto. “O
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Ex-
tensão Rural de Santa Catarina (Epagri).
De olho nas sobras desses cul-
tivos que viravam lixo, muitas vezes de-
positados em locais inapropriados, os
engenheiros de produção e pesquisado-
res Christian Jung e seu sócio Guilherme
Tafner, pesquisaram durante anos e de-
senvolveram um sistema para processar
e reaproveitar o material.
Hoje, depois de lavadas, seca-
das e moídas as cascas passam por um
processo industrial e viram pedras deco-
rativas, ecológicas e inovadoras.
Elas podem ser utilizadas como
bancadas de cozinha e banheiro, tampos
de mesas, estantes, revestimento de pa-
rede, entre outros. “O produto está en-
trando no mercado com chapas planas,
como se fosse um mármore comum, que
pode ser cortado de acordo com o proje-
to”, explica Jung.
Comercializado diretamente com
a empresa dos engenheiros, a Eco Solu-
tions de Palhoça, o produto foi patenteado
e está disponível em dois segmentos com
três texturas diferentes, um é composto
somente por conchas de ostras e outro
apenas pelas de mariscos. É pelo pro-
cesso industrial que é possível formar as
variações de texturas. “Além de ser eco-
logicamente correto possui uma beleza
inigualável, totalmente diferenciado não
existe nada igual no mercado”, afirma o
pesquisador.
De acordo com ele os testes de
laboratório comprovam a resistência do
produto e o custo é semelhante aos dos
mármores exóticos e mais barato que os
sintéticos importados.
produto é até 30% mais resistente que
o bloco convencional e absorve menos
água” explica.
Este ano os chamados “Blocos
Verdes”, entraram em escala industrial
patenteados em parceria com a empresa
Blocaus, de Biguaçu, com capacidade
de produção para seis mil blocos por dia.
“Com o tempo todos os blocos da empre-
sa serão verdes e a produção chegará a
15 mil por dia”, diz.
Com uma tonelada de cascas
são produzidos quatro mil blocos, o su-
ficiente para construir uma casa de 120
metros quadrados. Obras públicas tam-
bém já utilizam o produto, a pavimenta-
ção do calçadão da Beira-mar Norte, em
Florianópolis, e do acesso a Escola do
Mar, em São José foram feitas com o ma-
terial.
O preço é competitivo “Hoje ele
custa o mesmo valor de um bloco comum,
mas estamos buscando um selo chamado
Green Building, que vai permitir a isenção
de tributos para que se torne mais barato
que o bloco comum”, destaca Bernadete.
42
A designer de interiores Fernanda Siqueira e a arquiteta e urbanista Viviane
Martins, usaram a mesa e bancada feitas com pedras decorativas de cascas de maris-
cos no Home Degustação da Casa Cor Santa Catarina 2011.
Testes laboritoriais comprovam a resistência do produto, que tem custo semelhante
aos mármores exóticos nacionais.
Calçadão da Beira-mar Norte, em Florianópolis. Com uma tonelada de cascas de os-
tras e mariscos é possível produzir 4 mil blocos.
Tecnologia
Alta definiçãoAs TVs 3D passivas e sem uso de óculos são as grandes novida-
des. Saiba quais são as tecnologias disponíveis no mercado e o
que é mais importante na hora de escolher um televisor
Cada vez mais reais. É assim que se configuram as televisões hoje em
dia. Maiores, com definições cada vez mais eficientes e tecnologia 3D, a nova
geração de televisores faz com que qualquer um tenha o desejo de ter um equi-
pamento desses em casa.
Cuidados na hora de comprar
Para Köpp é preciso primeiro
escolher a marca do equipamento, ob-
servando a qualidade, procedência, a
assistência técnica e garantia que ofe-
rece. Depois é necessário tomar muito
cuidado com a instalação. “Não adianta
comprar o melhor equipamento e usar
Novas tecnologias em 3D
Até 2015 esses apare-
lhos responderão por mais da
metade das vendas globais. Uma
pesquisa da empresa IHS Suppli
mostrou que até esta data o mer-
cado vai mais que quintuplicar.
Em 2011 as TVs em 3D devem re-
presentar cerca de 11% das ven-
das de TVs de tela plana.
Algumas novidades de-
vem agitar ainda mais esse mer-
cado.
cabos de conexão indevidos. A maioria
dos problemas na resolução dos equi-
pamentos é falha na instalação”, alerta.
“Compre um aparelho que aceite o si-
nal da TV Digital, que está chegando
por aqui”, lembra.
Também é preciso ser muito
cauteloso nas compras pela internet,
já que o produto pode ser danificado
durante a entrega e a troca ser dificul-
tada.
As TVs “de parede” são dividi-
das em três grupos: plasma, LCD e LED
e entraram no gosto dos brasileiros. De
acordo com um estudo da consultoria
alemã GfK (Brasil), a venda de televiso-
res de tela fina no Brasil (plasma, LCD
e LED) cresceu 34% em 2010. A maior
parte das telas vendidas foi de LCD,
que respondeu por 52% das vendas
deste segmento, e por 70% do fatura-
mento.
As TVs de plasma vem per-
dendo espaço nesse mercado. “Essa
geração de TVs começou com o plas-
ma, embora hoje ela seja mais barata
que os modelos mais novos, a resolu-
ção é mais baixa, e os consumidores
estão optando pelas novas tecnolo-
gias”, explica o consultor de vendas
Jean Carlos Giovanella, de uma loja
multimarcas em Itajaí.
Para Marcelo Luis Köpp, pro-
prietário de uma loja especializada
em som e imagem, as TVs de LCD são
boas, com imagens geradas por lâm-
padas fluorescentes na parte traseira
do aparelho, mas são as TVs de LED
as melhores opções do mercado. Elas
possuem o mesmo sistema das LCD,
mas no lugar das fluorescentes usa
diodo transmissor de luz (LED). Pos-
suem a menor espessura (cerca de três
centímetros), “Elas tem alto contraste o
que dá maior sensação de profundida-
de a imagem”, explica.
Em relação a um aparelho
LCD as LED são cerca de 30% mais ca-
ras. “A tendência é que fique só o LED.
As pessoas preferem esta tecnologia”,
afirma Köpp. Foi a partir delas que sur-
giram os equipamentos em 3D.
A venda de TVs de tela fina cresceu 34% no Brasil em 2010.
3D sem óculos
A Semp Toshiba anunciou que
até o final do ano lançará no Brasil a
TV 3D que dispensa o uso de óculos.
A tecnologia chegará ao mercado num
aparelho de 20 polegadas - o modelo
Glassesless (sem óculos) - já vendido
no Japão de maneira experimental. “Já
tive a oportunidade de ver este tipo de
equipamento. Eles tem a vantagem de
dispensarem o uso do óculos, mas ain-
da não conseguem a perfeição dos ou-
tros equipamentos” opina Marcelo Luis
Köpp, proprietário da MK Som e Ima-
gem.
3D passiva
A LG lançou a linha “3D Cinema” que chega
ao mercado brasileiro neste mês. O modelo é o primeiro
televisor com tecnologia passiva no mundo. Ela separa
as imagens do olho esquerdo e direito, e une com a
ajuda do óculos 3D passivo, em uma tecnologia seme-
lhante a utilizada no cinema, dando mais estabilidade
as imagens.
Desta forma os óculos dispensam baterias, são
mais leves e confortáveis e permitem um ângulo de visão
mais amplo. Assim, os telespectadores podem assistir
conteúdos 3D por mais tempo e com mais conforto.
O preço médio sugerido para o modelo de 42
polegadas (42LW5700) é de R$ 4,2 mil, e para o de 47
(47LW5700) é de R$ 5,3 mil. Os preços dos modelos de
32 e 55 polegadas ainda não foram divulgados.
HD e Full HD
Para entender as diferen-
ças é preciso fazer uma compara-
ção. As TVs analógicas, os apare-
lhos mais comuns, possuem 480
linhas de resolução. Com a che-
gada das HD (alta definição) esta
resolução passou para 720 linhas
progressivas. As mais inovadoras
são as Full HD, com resoluções
maiores, são 1080 linhas, a reso-
lução máxima no mercado.
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É um luxo
Ultrafino
A Samsung lançou no Brasil seu mais novo modelo de notebook e integra a
série 9, lançada nos Estados Unidos. O modelo é ultrafino, com apenas 16,3 milímetros
de espessura e super leve com apenas 1,31 quilogramas. Está disponível na cor preta
com revestimento interno brilhante com um tipo de alumínio. É duas vezes mais resis-
tente que outros equipamentos com o mesmo revestimento e custa a partir de R$ 5 mil.
Câmera 8.1 MP
Chega este mês ao Brasil o
Sony Ericsson Xperia Arc. O aparelho
tem um sistema Android 2.3 que oferece
recursos como copiar e colar videocha-
madas, por exemplo. Seu ponto alto é a
câmera que possui lente com abertura
focal F2.4, zoom de 2,46 vezes e 8,1 MP
com flash integrado.
Com tela de LED com 3,7 pole-
gadas de diagonal, não risca, é sensível
a multitoque. Estará à venda no Brasil por
preço sugerido de R$1.699.
Talheres para ver as horas Criado pelo designer norte-ame-
ricano George Nelson o Relógio Talheres
é divertido e pode ajudar na decoração
da sua cozinha ou sala de jantar. Os pon-
teiros de garfo e faca dão um charme ain-
da mais especial ao produto. É feito de
metal cromado e tem 37 centímetros de
diâmetro. Custa cerca de R$170.
48
Social
A Imobiliária Alfablu também esteve
presente no Feirão da Caixa 2011 em Joinville e
em Jaraguá do Sul. Em seu stand apresentou ao
público os empreendimentos Vila do Mar e o Re-
sidencial Novos Caminhos. Confira!
Social Alfablu
50
Fotos: Ueta
Destaque social
Reconhecimento A noite de 27 de maio foi de
festa para a Associação Empresarial de
Itajaí. A entidade comemorou seus 82
anos e entregou o 22º Troféu Empresário
do Ano. Entre os homenageados da noite
estava a arquiteta Jeane Busana, do es-
critório Ohmni Arquitetura e Engenharia,
que recebeu o merecido prêmio de Jo-
vem Empresária.
Mundo LED
Débora Rosa, Marilu Baggio Nerbass e Gabriela Radaelli na palestra Mun-
do LED, em Balneário Camboriú, organizada pelo Núcleo de Decoração do Vale.
Profissionais de interiores e lojistas puderam conhecer mais sobre a tecnologia do
LED, suas aplicações e benefícios.
Homenagem
Em noite de homenagem o 2º coquetel da Regional Blumenau do Núcleo
Catarinense de Decoração, os profissionais destaques dos meses de fevereiro, maio
e abril de 2011 foram premiados. O evento aconteceu na Micheluzzi Revestimentos
Cerâmicos, em Blumenau.
Conceito Entrar na Casa Conceito da Formus, em Balneário Cam-
boriú, é algo inspirador. É na forma, textura, som e aroma cuida-
dosamente escolhidos, que todos os sentidos se reúnem. Em uma
agradável tarde, no dia 06 de junho, a diretora da Formus, Cláudia
Silvestre, e sua equipe, receberam profissionais da imprensa e de
instituições de ensino de design e arquitetura para uma conversa
sobre os conceitos de arquitetura, decoração e sobre a “Arte de
Morar”, o conceito principal da casa.
Por Francine Mirele da Silva
Social
Com um público de mais de 8 mil visitantes a ci-
dade recebeu o 7º Feirão Caixa da Casa Própria, entre os
dias 27 e 29 de maio e movimentou mais de R$ 19 milhões
nas quase 200 unidades que foram comercializadas pelos
22 expositores.
Feirão Caixa em Jaraguá do Sul
Social
Mais de R$ 117 milhões. Esse foi o volume de negócios gerados no 7º Feirão Caixa
da Casa Própria, que ocorreu entre os dias 20 e 22 de maio em Joinville. Foram cerca de 500
unidades comercializadas pelos 40 expositores.
Feirão Caixa em Joinville
Fotos: Ueta Fotos: Ueta
Especial Inverno
Lareiras sem lenha: a gás, etanol ou eletricidade
Com o inverno chegando, uma
das opções preferidas para aquecer
casas e apartamentos nesta estação
são as lareiras. E não é para menos,
elas estão cada vez mais lindas e
cheias de tecnologia.
Além das tradicionais a lenha,
é possível encontrar lareiras a gás, eta-
nol ou eletricidade. Seguras, elas não
geram fuligens como as lareiras a lenha
e podem ser colocadas na sala, home
theater e também nos quartos de casas
e apartamentos já que dispensam a ins-
talação de chaminé.
As lareiras a gás são específi-
cas para combustão a gás GLP. Elas dão
um ar contemporâneo ao ambiente, po-
dem ser protegidas com vidro temperado,
e colocadas com cerâmica que imita le-
nha ou com pedras vulcâncias.
De acordo com Orlando Go-
doy, da SC Lareiras, entre todos os
modelos de lareira que comercializa as
que mais têm saída são as lareiras a
gás de pedra vulcânica. “Além de lin-
das, elas servem tanto para ambientes
internos quanto externos, em um deck
como fogo de chão”, explica.
Ao contrário do que muitos pen-
sam, a instalação deste tipo de lareira é
simples, a mesma tubulação usada para
um fogão, por exemplo, mas o ideal é que
seja prevista durante a obra. “As lareiras
a gás são muito mais utilizadas, pois não
precisam da chaminé, não têm perigo
de pegar fogo e não propagam foligens
como as lareiras a lenha”, explica a ar-
quiteta Carolina Bianchini. “Elas ainda po-
Funcionais as lareiras estão cada vez mais atuais, ecológicas
e adaptáveis a qualquer residência
dem ser controladas por controle remoto
e por sistemas de automação”, completa
Godoy.
Outra opção são as lareiras
elétricas, elas são de fácil manuseio,
para ligar basta apertar um botão na
lareira ou no controle remoto. Não há
queima real de fogo, ela funciona como
um aquecedor, precisa estar ligada na
tomada, e reproduz uma imagem de to-
ras de cerâmica imitando as lenhas de
madeira ou imagens de chamas em 3D.
“Elas tiram a umidade do ambiente, por
isso é bom aproveitar para completar a
decoração com um vaso de água”, su-
gere a arquiteta.
Quem vem ganhando muitos
olhares são as lareiras de biofluido. “Prá-
tica, é uma lareira móvel e fácil de montar.
Algumas são embutidas e só precisam de
54
Foto: divulgação SC Lareiras
Foto: divulgação SC Lareiras
Instalação e custos
Para instalar uma lareira em sua
casa é importante ter o auxílio de um pro-
fissional qualificado que garanta a efici-
ência do produto e a segurança da insta-
lação. Ele vai analisar o tamanho do local
e o tipo de lareira a ser utilizada, além de
cuidar de itens como a distância segura
em relação aos outros móveis do cômodo.
Os valores destas lareiras variam
de acordo com o tamanho do ambiente
e tecnologia do produto. As mais baratas
custam R$ 1,5 mil e podem chegar a R$ 9
mil. Os custos podem ser bem menores que
uma lareira de alvenaria que precisará de
chaminé e de um revestimento elegante.
A única desvantagem em rela-
ção à lareira tradicional parece ser a pai-
sagem. “A lareira de alvenaria e a queima
da madeira tem seu charme, aquele estilo
mais rústico. Vai do gosto do cliente”, fi-
naliza a arquiteta.
Lareiras a Lenha
São as mais clássicas e podem ser as mais charmosas. Feitas de alvenaria ou
de metal podem ser compradas prontas ou embutidas na parede. É preciso contratar
um profissional qualificado para que o produto seja eficiente e que as fuligens da quei-
ma da lenha não invadam o ambiente. “Um diferencial é que podem ser colocadas na
parede dividindo dois ambientes, aquecendo uma sala e um quarto ao mesmo tempo”,
explica a arquiteta Carolina Bianchini.
Lareira Biofluido Ecofireplace. A chama da lareira ecológica se mantém acesa através
da combustão do biofluido à base de etanol que não produz fumaça nem cheiro.
Lareira Artfire. Possui sistema patenteado para funcionamento com álcool líquido tradi-
cional. Fabricadas integralmente em aço inox, são as únicas no Brasil com certificação
de atoxidade e dispensam chaminés.
Salamandras
Podem ser usadas em ambien-
tes externos e internos e são encontradas
em diversos estilos que vão do rústico ao
contemporâneo. “São um pouco diferente
das lareiras, por serem de compartimento
fechado, transmitindo o calor da irradia-
ção”, explica a arquiteta Carolina Bian-
chini. Podem ser encontradas em chapa
de aço, cobre e as mais comuns em ferro
fundido. O combustível pode ser lenha,
carvão ou pelets (madeira prensada).
“Não aquecem tanto como as lareiras por
isso são ideais para pequenos ambientes,
quartos, salas e até cozinhas”, completa.
56
um nicho para encaixe, outras são por-
táteis mesmo, podendo ser carregadas
para qualquer lugar”, diz Carolina. Feita
em recipientes de aço inoxidável, a cha-
ma da lareira ecológica se mantém acesa
através da combustão do biofluido à base
de etanol que não produz fumaça nem
cheiro. Um litro de etanol faz a lareira ficar
acesa por cerca de duas horas.
Outra opção interessante são as
lareiras da Artfire. São portáteis e dispensam
chaminés ou reformas. Seu grande diferen-
cial é o sistema patenteado para utilização
de álcool líquido tradicional (aquele compra-
do em supermercado). São fabricadas inte-
gralmente em aço inox e as únicas no Brasil
com certificação de atoxidade. As chamas
atingem até 45 centímetros de altura e che-
gam a aquecer ambientes com até 75 me-
tros quadrados.
Lareira Dimplex VCX 1525, projetada em vidro temperado convexo com acabamento
uniforme em preto. É elétrica e possui chama 3D.
Fotos: divulgação SC Lareiras
Especial inverno
Jardim de Inverno
O jardim de inverno surgiu na
arquitetura há muito tempo. Em meados
do século XVI eram usados nos castelos
da nobreza europeia para cultivar plantas
durante os períodos gélidos, já que mui-
Trazer o verde para dentro de casa é uma tendência da
decoração. Saiba onde e como fazer o seu jardim
Manutenção e custos
Manter um jadim de inverno não
é muito difícil, seguindo os passos de um
jardim tradicional, a manutenção princi-
pal será as adubações. No primeiro ano a
cada trimestre, nos dois seguintes a cada
semestre e depois a cada ano. “Também
é preciso regar constantemente, mas é
possível instalar sistemas de irrigação
que vão manter as plantas sempre com a
umidade certa”, ensina Letícia.
De acordo com ela, o custo de-
pende de quanto o cliente quer investir.
Vai depender do tamanho do jardim, do
tipo e porte das espécies e do sistema de
irrigação que será instalado.
Decoração para o jardim
É possível criar jardins que vão
do rústico ao contemporâneo. Bancos de
madeira, mesas de centro, poltronas e na-
moradeiras podem compor o conforto do
ambiente. É muito comum o uso de ma-
deiras de demolição além do mobiliário
em fibra sintética, que são lindos e muito
duráveis. Eles são versáteis e permitem
incluir uma decoração mais moderna com
vasos, cachepos, pedras, entre outros.
tas espécies não sobreviviam ao rigoroso
inverno. Assim, reis e rainhas tomavam
seus chás da tarde em grandes salas com
paredes de vidro entre muitas plantas que
ficavam expostas ao sol, mas protegida
dos ventos.
Os jardins internos se espalha-
ram por todo o mundo e tornam-se cada
vez mais comuns por aqui. São muito
bem-vindos para ocupar espaços ocio-
sos, como embaixo de escadas, mas
estão cada vez mais sendo previstos já
no projeto de arquitetura, para dar mais
charme às residências ocupando espa-
ços como o hall de entrada e a sala de
estar.
Trazer o verde para dentro de
casa é uma tendência, já que ele está
cada vez mais escasso nas cidades.
“Existem muitas vantagens, a maioria das
espécies purificam os ambientes, e as
paredes vivas, por exemplo, reduzem o
uso do ar-condicionado”, explica a pai-
sagista Letícia Lenz, de Joinville.
Esses jardins não devem ser ex-
postos à iluminação excessiva e também
não podem ter contato com a chuva. Eles
devem ser feitos, preferencialmente, em
locais onde existam vidros ou janelas. As
grandes paredes de vidro podem ser o local
perfeito, já que conseguem integração com
o espaço externo. “Hoje também é possível
criar jardins em ambientes fechados, uti-
lizando iluminação artificial e sistemas de
irrigação por gotejamento”, explica Letícia.
Para a instalação, o primeiro
passo é contratar um profissional espe-
cializado, já que cada espécie de planta
e local possui características diferentes.
Não são todas as espécies que podem
ser cultivadas, pois algumas plantas
não se adaptam ao ar-condicionado, por
exemplo. “As samambaias são ótimas
e voltaram com tudo. As flores são ain-
da mais difíceis, mas as orquídeas, por
exemplo, podem dar beleza ao ambien-
te”, diz.
Projeto de jardim interno vertical da paisagista Letícia Lenz.
Especial Inverno
Piso aquecido: conforto que não ocupa espaço
Diferente das lareiras e aque-
cedores o sistema de aquecimento de
piso aquece os espaços uniformemente.
Usando o principio da física básica, em
que o ar frio desce e o ar quente sobe,
o sistema fica totalmente embutido no
contrapiso, embaixo de qualquer tipo de
revestimento (porcelanato, tapetes, entre
outros) e o aquecimento se dá a partir de
cabos que aquecem o revestimento fa-
zendo com que o calor “suba” para todo o
ambiente.
“São cabos calefatores de alta
performace e baixo consumo, que aque-
cem rápido o ambiente e consomem pou-
ca energia”, explica Scheyla Ciruelos,
diretora da Hot Floor, uma empresa de
Curitiba, que fornece o produto para San-
ta Catarina.
De acordo com ela o produto
aquece cerca de seis graus em uma hora
e depois de desligado mantém a tempe-
ratura agradável por mais três horas. O
sistema pode ser instalado em todos os
cômodos, inclusive em áreas molhadas,
Sistema de aquecimento instalado no contrapiso aquece todo o
ambientepois os cabos são blindados.
A calefação é feita por cômodo,
por isso é possível aquecer somente o
banheiro, por exemplo. Cada local rece-
be um termostato que permite programar
para ligar, desligar e selecionar a tempe-
ratura preferida. É possível também con-
trolar o sistema pelo celular, deixando o
ambiente agradável antes mesmo de che-
gar em casa.
Para Scheyla existem muitas
outras vantagens “O produto aquece sem
movimentar o ar, por isso não provoca
alergia como outros sistemas de aqueci-
mento, não tem ruído e evita umidade e
mofo”, afirma.
Tanto conforto e praticidade
podem custar caro. Não é só o tamanho
do ambiente que vai indicar o custo da
aplicação. Um projeto de calefação para
residência leva em conta coisas como o
pé-direito e a face de insolação, além da
longitude e latitude. Assim, os valores va-
riam entre R$ 90 a R$ 140 o metro qua-
drado. “O investimento parece alto, mas,
em geral, os cabos tem duração de 50
anos, além de valorizar o imóvel”, justifica
Scheyla.
Algumas construtoras já ofere-
cem a opção para seus clientes, já que
o ideal é que o sistema seja implantado
durante a obra. Se o imóvel já estiver
pronto, a instalação do sistema exige uma
reforma, pois o circuito obrigatoriamente
precisa estar abaixo do contrapiso, para
que haja espessura mínima para camada
isolante, cabos, e camada de proteção.
O sistema é instalado por ambiente e pode ser programado para ligar e desligar.
O sistema de aquecimento de piso fica totalmente embutido no contrapiso, embaixo de
qualquer tipo de revestimento.
Especial inverno
É quente Com esse friozinho de inverno,
nada como “aquecer” a casa abusando
das cores quentes na decoração. Vale
repaginar o ambiente usando colchas,
tapetes e cortinas para deixá-lo mais
agradável ou apenas partir para alguns
Linhas Retas
O sofá Avalon, da Bell Arte, se-
guiu direitinho a tendência do mobiliário
com linhas retas. Confortável, combina
percintas elásticas entrelaçadas com mo-
las bonnel, espumas de alta resiliência e
fibras siliconadas. Revestido com tecido
de veludo dá ainda mais sensação de
aconchego.
Ao som da batucada
É do designer brasileiro e cario-
ca, Brunno Jahara essas peças de cores
vibrantes. Feitas em alumínio anodizado
e 100 % reciclável, as peças tem um jeito
de sucata e lembram as “batucadas” dan-
do uma sensação de movimento.
A ideia é muito original e o resul-
tado é lindo, especialmente as luminárias
feitas fabricadas pela ViaLight.
Ilumine
A iluminação cênica combina
com todas as estações, mas nesta, torna-
-se ainda mais especial. Feita para dar
um toque moderno, a luminária do mode-
lo Slatshade Profile, da Sono Design, é
feita em metacrilato sólido, na cor oliva,
e translúcido nas cores castanho, rubi e
violeta, para a Alle Design.
Vintage
Assim como o estilo retrô esta
batedeira está fazendo o maior suces-
so. Disponível em várias cores, o modelo
Stand Mixer é da Kitchenaid.
A vez das listras
Estampas listradas estão na
moda e no décor não é diferente. É nesta
inspiração que vem a coleção Híbridos
de José Marton. Desenvolvidas em acrí-
lico listrado, em diferentes padronagens
– o que garante exculisividade, as peças
são verdadeiras obras de arte. A coleção
é composta por nove peças, entre luminá-
rias, mesas e mesas de centro.
Degradées
O cinza é a grande cor do outono e do inverno. Usar vários tons enriquece
ainda mais a decoração. É possível apostar nos papéis de parede ou numa pintura em
variações do cinza, criando tanto ambientes clássicos como modernos. Além disso, a
cor permite ótimas combinações com as demais cores.
Animal Print
Saindo do guarda-roupa para
a decoração, as estampas de peles de
onças, tigres e zebra chegam com força
total em almofadas, tapetes e em outros
detalhes. Fica lindo, só não dá para es-
quecer de usar o bom senso.
Lúdica
Na variação entre as cores
branco, azul, vermelho e preto a luminária
de mesa Zufall é funcional e lúdica. Feita
de silicone, seu braço flexível permite inú-
meras posições, espalhando o brilho da
luz LED em qualquer direção. A criação é
do designer alemão Ingo Maurer e é for-
necida no Brasil pela FAS.elementos especiais e dar um toque mais
“caliente” para a casa
Além das cores, como o verme-
lho, coral, azul royal e verde acqua que
vão fazer sucesso na estação, a Laca
alto brilho permanece em alta. Detalhes
em ouro, chumbo e prata também podem
trazem glamour ao ambiente. E tem muito
mais, móveis com linhas retas, estilo re-
trô, animal print e objetos divertidos ga-
nham cada vez mais adeptos.
62
Especial Inverno
Adegas para todos os gostos
Para quem gosta de vinhos e
tem espaço em casa, criar uma adega
personalizada pode trazer muito prazer
e ser mais um motivo para reunir os ami-
gos. Podem ser integradas ao ambiente
de estar e jantar, ou em um local para o
envelhecimento do vinho.
Para as últimas, o projeto inclui
a parte estética e o planejamento do es-
paço. “Não dá para pensar só na beleza
do ambiente, é preciso cuidar do armaze-
namento, da iluminação e climatização”,
explica a arquiteta Carolina Bianchini.
O uso de materiais como aço,
inox e vidro são comuns, mas para dar ao
ambiente um toque mais rústico, a utiliza-
ção da madeira cai muito bem. O ambien-
te deve ser escuro, sem incidência de luz
solar. Na iluminação natural, geralmente
é utilizado LED, já que não emite calor,
além de sensores para que a luz não fique
acesa, já que pode prejudicar os vinhos.
“O ideal é que eles fiquem em
uma temperatura entre 12 e 15 graus em
um ambiente que não tenha ventilação
e posicionados horizontalmente já que a
rolha precisa ficar úmida”, explica o som-
melier Rafael Novaes.
Porém muita gente projeta as
adegas e esquece a importância dos umi-
dificadores para regular a umidade do ar.
“Se o local estiver muito seco, pode pre-
judicar as rolhas e se estiver muito úmido
pode gerar a proliferação de fungos. A
umidade do ar recomendada é que fique
de 65% a 70%”, diz o sommelier Thiago
Airoso Menezes, da Enoteca Decanter, de
Jaraguá do Sul.
Portáteis, embutidas ou personalizadas, está cada vez mais fácil
armazenar vinhos em casa
Fotos: divulgação
Adega da design de interiores Flora Nicotero para a Casa Cor –São Paulo 2011.
64
Portáteis
Para manter os vinhos à mão, e
para consumo com maior frequência, é pos-
sível escolher entre os inúmeros modelos
de adegas climatizadas portáteis. Bem mais
simples que as adegas personalizadas, elas
podem ser compradas em lojas especiali-
zadas ou multimarcas com preços a partir
de R$ 700. Em geral têm o tamanho de um
frigobar e podem ser embutidas em móveis
para entrar em sintonia com a decoração.
“Elas têm as condições ideias de
armazenamento, de temperatura, ilumina-
ção e até uma proteção contra o sol na pró-
pria porta”, diz Julio Garcia, proprietário da
Adega Julio Garcia, em Balneário Camboriú.
É importante procurar adegas que tenham
portas que não passem luz solar para den-
tro, que tenham umidificadores e sistema
anti-vibração.
As adegas climatizadas portá-
teis da Art de caves são fabricadas no
Brasil e consideradas uma das melhores
do mundo. A empresa possui adegas com
capacidade para até 246 garrafas e pre-
ços que ultrapassam 26 mil.
66
Sophistiqué Colors Bordeaux
Com design moderno e alarmes de porta aberta e de temperatura,
a nova Sophistiqué, da Art das Caves, tem termostato externo localizado em
um diferenciado painel com visor de cristal líquido retro-iluminado onde,
com simples toques nas teclas de atalho, você regula a temperatura ideal
para tintos, brancos ou espumantes.
Possui sistema interno de iluminação em LED, gavetas corrediças
com frentes cromadas. Está disponível em diversas cores e tamanhos. A
opção para 40 garrafas custa cerca de R$ 4.200
Localizador de rótulos
Com tecnologia de au-
tomação residencial já é possível
localizar os rótulos sem muito es-
forço, com um simples toque de
dedos. O sistema é programado
para localizar e mostrar a garrafa
escolhida através de iluminação
por LED. Pelo código de barras é
possível cadastrar o rótulo antes
de colocar na adega. Na hora de
degustar é só digitar no painel o
nome do rótulo que a luz acende
indicando a localização do vinho.
Paso de Piedra Malbec 2006
Emana aromas sedutores de
violeta, frutas negras maduras e especia-
rias delicadas. Tem gosto elegante, com
taninos de rara fineza e maturidade, bom
frescor e final intenso. Ganhou 91 pontos
de Robert Parker. Custa R$ 64.
A escolha do rótulo
Brunello Di Montalcino 2005 Caprili
Possui perfumes de fruta ver-
melha passificada, violeta murcha e es-
peciarias secas. É quente e poderoso na
boca, tânico e com longo e austero final.
Ganhou 92 pontos de Parker. Custa R$
220.
Château La Croix Saint Georges 2006
É de um vinhedo de 4,5 hecta-
res situado na melhor parte do plateau de
Pomerol, entre o Château Le Pin e o Vieux
Château Certan. Possui uma textura untu-
osa, com muita elegância e pureza, com
frutas negras maduras, sobre cedro, taba-
co, grafite (mineral) e trufas. Ganhou 94-96
pontos de Robert Parker, a terceira maior
classificação da região. Custa R$ 590.
Terra Noble Carmenere 2009
Púrpura intenso. Apresenta fru-
ta negra vibrante no olfato, com toques
apimentados, herbáceos e de chocolate
meio-amargo. É macio, com frescor sucu-
lento, boa estrutura e persistência. É in-
discutivelmente o melhor custo\prazer de
vinho chileno nessa faixa de preço. Custa
R$ 25.
Mistela Josefina Pinol Blanca Terra Alta 2006
Maravilhoso vinho de sobreme-
sa feito na Cataluña com a uva Grenache
Blanc. Incrível coloração âmbar. Ele ex-
plode em notas de confeitaria com man-
teiga, marzipã, figos secos, tâmaras, la-
ranja confitadas, tília, alcaçuz e mel. Tem
uma concentração estonteante, doce e
interminável. Ganhou 92 pontos de Robert
Parker. Custa R$ 121.
Grans- Fassian Riesiling QbA 2007
É um maravilhoso vinho alemão
da região do Mosel. Os aromas de pêsse-
go, nectarina, íris e maçã se apresentam
sobre um fundo mineral. Possui excelente
harmonia entre o frescor entusiasmante e
a suavidade frutada, num contexto leve e
elegante. Ganhou 90 pontos. Custa R$ 74.
*Robert Parker: crítico com maior influência no mundo dos vinhos que criou um método de pontuação que vai de 50 a 100 pontos.
**Valores pesquisados no mês de junho. Sujeitos a alterações.
Basique
Ideal para iniciantes esta adega tem capacidade para 25 garrafas com três
prateleiras fixas e um cesto. É ideal para locais pequenos já que possui apenas 62
centímetros de altura e 47 centímetros de largura. Possui vidro duplo com argônio e
proteção ultravioleta e termostato eletrônico programável com termômetro digital. Cus-
ta R$ 1.771,00
Divididos entre espumante, branco, rosé e tinto, os vinhos ainda podem ser fortificados - como os do porto
– ou de sobremesa, que são feitos a partir de uvas com grande concentração de açúcar. Em meio a tantos rótulos,
fica difícil escolher. Fomos até Enoteca Decanter, em Jaraguá do Sul e separamos alguns rótulos especiais.
Arquitetura comercial
Rock com estilo
O meridiano de Greenwich, que
corta a cidade de Greenwich na Inglater-
ra, é um dos mais importantes meridianos.
Ele divide a terra em ocidente e oriente e é
usado para medir a longitude e estabelecer
os fusos horários. Foi a partir dele, que o
Greenwich Pub, inaugurado em dezembro
de 2010 na Avenida Ministro Victor Konder
(Beira Rio), em Itajaí, ganhou nome.
Os sócios, André Luiz Bastos,
30, e Alyson Nogueira Munhoz, 21, já ti-Com arquitetura imponente pub em Itajaí mistura música,
gastronomia e cultura
Clássicas poltronas em estilo inglês e estofados em capitonê formam a composição
perfeita de um dos espaços reservados, além dos lambris forrando as paredes.
Projeto arquitetônico
Em dois meses de reformas
e construções, uma antiga imobiliária
transformou-se em um ambiente cheio de
elegância e requinte. As arquitetas Karen
Schauffert e Carolina Hernandorena, do
escritório Soho Arquitetura, de Balneário
Camboriú, foram responsáveis pelo pro-
jeto arquitetônico. “O primeiro desafio foi
a pesquisa. Compramos livros, viajamos
visitando vários pubs em São Paulo e bus-
camos tudo o que pudesse nos ajudar no
conceito do ambiente”, diz Karen.
As arquitetas utilizaram muitas
peças em madeira, estofados capitona-
dos, mobiliário em estilo inglês, plota-
gens, gravuras, quadros, entre outros.
“Buscamos muitos produtos di-
ferenciados, até enfeites e postais antigos
foram garimpados em lojas de presentes
e souvenirs, assim como um gramofone
antigo original, instrumentos musicais an-
tigos pelas paredes e o sino de cobre no
bar, símbolo de identidade dos pubs no
Reino Unido”, completa a arquiteta.
nham um objetivo desde a definição do
nome: unir a música que gostam (Rock’n
Roll, Jazz e Blues), diversão para a cida-
de onde nasceram, gastronomia e con-
forto à cultura. “Somos brasileiros, mas
temos uma paixão pela Inglaterra e todo o
Reino Unido, a partir da ideia de criar um
pub buscamos todos os tipos de referên-
cias para que ele pudesse ganhar esse
contexto cultural”, explica Bastos.
Assim, o ambiente foi sutilmen-
te dividido com bandeiras e objetos que
indicam as quatro nações que constituem
o Reino Unido: Inglaterra, Escócia, Irlan-
da do Norte e País de Gales. “O espaço
segue o conceito pub, um lugar público,
para recepcionar a todos, desde aqueles
que querem fazer um happy hour até os
que têm reuniões de negócios nos am-
bientes mais reservados”, diz Bastos,
afirmando que em cinco meses o local já
recebeu cerca de sete mil pessoas.
Além do que se vê, vale desta-
car o excelente isolamento acústico feito
no ambiente. Mesmo quem está no am-
biente externo não consegue ouvir a ban-
da que toca em alto som na parte interna.
As paredes e o teto foram re-
vestidos com lã de vidro e uma camada
de gesso acartonado, os vidros são blin-
dados e à prova de som, além das an-
tecâmaras criadas para que nenhum som
vaze para o lado de fora.
68
Quadros de bandas e figuras famosas foram dispostos pelo ambiente, a cor entra em
destaque com o papel de parede que imita tijolos aparentes.
No bar muita madeira foi utilizada. O bal-
cão funcional, feito com revestimento ca-
pitonê e mármore rosso Verona, tem um
espaço lateral reservado especialmente
para garçons.
O layout do caixa relembra as tradicio-
nais cabines telefônicas do Reino Uni-
do, executado em MDF revestido em
laca alto brilho vermelha.
70
Divertidos, os banheiros feminino e masculino trazem imagens do sexo oposto.
Gastronomia
Além da arquitetura, o cardápio
compõe mais detalhes do local. São 73
diferentes tipos de cerveja (brasileiras e
importadas) e pratos típicos diferencia-
dos.
À frente da cozinha estão os
chefs Otacilio Falkembach Neto e Talita
Altmann que servem petiscos e refeições
variadas, que vão de uma simples porção
de fritas até pratos mais elaborados. Entre
as receitas que se destacam está o Royal
Lamb, um pernil de cordeiro marinado em
cerveja escura e grelhado, acompanhado
de mini berinjelas, cebola, cogumelos e
queijo parmesão e o Wild Boar, iscas de
javali, cebola em molho inglês acompa-
nhado de molho gravy.
72
Arquitetura e urbanismo
Passado, presente e futuro em harmonia
Edifícios antigos que parecem terminados há pou-
cos dias, ruas e calçadas perfeitas, limpas, floridas e arbo-
rizadas em uma atmosfera tranquila e hospitaleira. Foi assim
que vimos Washington DC (Distrito da Columbia), a capital
dos Estados Unidos da América (EUA) já em nosso primeiro
dia de viagem.
Em uma cidade sem fiações elétricas aparentes, sem
outdoors e com publicidade visual restrita, achar uma farmácia,
ou qualquer outro comércio não é tarefa fácil. Por outro lado,
nesta configuração despoluída o que ganha presença é a arqui-
tetura, a beleza e a harmonia.
Os edifícios modernos que não ultrapassam 12 pavi-
mentos se integram com perfeição aos prédios antigos e mos-
tram que a cidade continua tão contemporânea quanto alinhada
com a projeção de futuro que os americanos se acostumaram a
ter.
Visitar Washington na primavera é especial, pois os
gramados estão mais verdes e as flores, principalmente as tuli-
pas, dão um show à parte. Tudo é bem cuidado, com um capri-
cho impressionante. O paisagismo é de encantar.
A capital dos EUA, Washington, serve de inspiração para o
planejamento urbano de nossas cidades
Planejamento
Washington é uma cidade planejada. Planejada
para ser a capital de um povo que lutou por liberdade e
grandeza, construída para ser um exemplo de urbanismo e
simbolismo.
Sob muitas dificuldades, Pierre Charles L’Enfant é o
responsável pelo planejamento da cidade (a pedido de George
Washington, primeiro presidente dos EUA). Em 1972 começa
a ser construida, os planos e desenhos previram uma cidade
centralizada no Capitólio, cruzada por avenidas diagonais no-
meadas com nomes dos Estados do país.
Os cruzamentos destas avenidas são feitos
com ruas correndo num sentido norte-sul e leste-oeste efetuados
mediante rotatórias, cujos nomes homenageiam grandes perso-
nalidades americanas. No projeto estava também a construção
de um enorme parque na margem norte do Rio Potomac, que
74
Fotos: Keidy e Raphael Cavalcanti
O que podemos aprender com a capital dos EUA?
Não podemos comparar a capi-
tal americana com nossas cidades, con-
tudo, um pouco temos a aprender com
seu urbanismo, principalmente em deta-
lhes que fariam enorme diferença estética
e de qualidade de vida a nossa cidade.
Quem sabe não nos inspire-
mos em Washington DC, em suas cal-
çadas padronizadas, suas arvóres,
seus canteiros floridos. Podemos ir
mais além, porque não diminuirmos a
poluição visual de nossa comunicação
publicitária, porque não planejarmos
ruas sem a presença dos fios elétricos
sobre nossas cabeças, porque não va-
lorizarmos nossos espaços públicos
com monumentos e praças enaltecen-
do nossos fundadores e todas as pes-
Georgetown University
Casa Branca
Arquitetos
Keidy e Raphael
Jaraguá do Sul - SC 47 9919-5130 479969-4207
76
constituía o atual National Mall, construído
somente no início do século XX.
O Eixo monumental de Brasília
muito se parece com o Nation Mall de Wa-
shington e por se tratar de capitais a mag-
nitute e quantidade de momumentos são os
pontos de referência das cidades. Os EUA
sabem, talvez como ninguém, valorizar sua
história. Cada monumento possui seu sim-
bolismo e originalidade próprio.
Museus em quantidade e muita
qualidade, transporte público que fun-
ciona e trânsito fluido em amplas aveni-
das também são destaques da capital,
que talvez por enfrentar muito frio nos
invernos possui vida própria dentro das
galerias de grandes edificios, estações
de trem e metrô. É como se existisse um
mundo escondido de pessoas a serem
descobertas dentro destes espaços.
soas importantes que fizeram história
por aqui.
É claro que muito já existe em
nossas cidades, mas é fato saber que muito
há de fazer, pois ainda precisamos de mais
praças e parques verdes, de um transpor-
te público de qualidade que faça o devido
uso de nosso corredor de trilhos, de maior
padronização de nossas calçadas, de ci-
clovias, de acessibilidade e claro de cons-
truções públicas de maior beleza estética e
referência arquitetônica.
Nossas pontes podem ser mais
bonitas, nossos prédios públicos mais
bem pensados e projetados e nossas
ruas mais convidativas a caminhadas e
passeios familiares.Tudo isso começa por
dois elementos importantes: educação e
planejamento urbano.
Com aproximadamente 600 mil
habitantes, Washington também mostra
um povo simpático e cordial que conhece
muito bem a importância de morar na ca-
pital de seu pas, onde tudo é levado com
muito respeito, com muita formalidade mi-
litar e valorização da história e do presen-
te. Nossa visita valeu à pena, assim como
vale sonhar com um futuro mais planejado
para nossas cidades.
Arquitetura contemporânea
Conjunto de casas surpreende pela diversidade e criatividade
Localizado em Ypenburg, um
subúrbio da cidade The Hague, na Ho-
landa, este conjunto residencial possui
uma arquitetura extremamente contem-
porânea.
A criatividade aliada à diversi-
dade de materiais e cores de que dis-
puseram os arquitetos fez com que este
conjunto de casas surpreenda e mos-
tre que podemos fazer diferente, que é
possível construir casas populares com
uma arquitetura de qualidade.
O escritório holandês MVRDV
foi o responsável pelo projeto. O escri-
tório é hoje referência no cenário da ar-
quitetura internacional.
A qualidade espacial deste
conjunto habitacional é algo sensacio-
nal. A sensação é de grande liberdade,
sossego, segurança e tranquilidade.
Praticamente aquele lugar ideal que
imaginamos que nossos filhos cresçam.
Creio que devemos nos espe-
lhar nestes bons exemplos que vemos,
ou que chegam até nós de diversas ma-
Casas populares na Holanda mostram que é possível contribuir
com o espaço urbano e com a qualidade de vida das pessoas
neiras, para projetar espaços públicos
de qualidade que proporcionem as tro-
cas sociais de que uma cidade
precisa.
Hoje temos no Brasil o Progra-
ma Minha Casa Minha Vida, mas como
é a arquitetura destas casas? Onde
elas estão localizadas? Que tipo de
espaço urbano está sendo criado com
estes projetos?
Fica aqui um belo exemplo
de como podemos tratar estes con-
juntos habitacionais para podermos
contr ibuir com a qualidade dos espa-
ços urbanos e para a qualidade de
vida das pessoas.
Fotos: Pablo José Vailatti
78
Arquiteto
Pablo José Vailatti
PJV Arquitetura - Penha-SC
www.pjvarquitetura.com.br
Apartamento modelo
Sofisticação em cada detalhe
Além da unidade modelo foram realizadas outras opções de layouts para o mesmo
apartamento, demostrando a flexibilidade da planta e o nível de personalização que é possi-
vel atingir em projetos elaborados por profissionais e empresas de renome.
As cadeiras Pasha na cor Branca, lançadas na Feira de Milão 2010, dão um toque
contemporâneo à sala que recebeu um tapete listrado, desenhado especialmente para com-
binar com as cores da pedra utilizada na lareira
A proposta de decoração do apartamento feita no edifício
Torre D’Napoli surpreende pela personalização, requinte, funcionali-
dade e bom gosto. O projeto de interiores é contemporâneo e cheio
de personalidade, onde cada ambiente possui detalhes únicos e es-
peciais que valorizam o imóvel.
O projeto encomendado pela Construtora Fórmula de Bal-
neário Camboriú à Euroline Planejados de Joinville, resultou em uma
concepção que destaca a qualidade dos acabamentos do aparta-
mento associados aos produtos e materiais utilizados pelos parcei-
ros: Cantos Encantos, Pedras Kraisch e Dimatel Iluminação.
82
A área social integrada tem como destaque a bio-lareira, executada no
exclusivo Mármore Green Picasso com acabamento leather. Possui além do desenho,
a textura de uma floresta fossizilada executada pela Pedras Kraisch de Joinville. O
recheau para a lareira utiliza álcool como combustível, de fácil utilização, deixa o
ambiente aconhegante e proporciona aquecimento suficiente para os dias de inverno
em Balneário Camboriu.
Na sala de jantar, destaca-se a mesa em design
escandinavo para oito pessoas em composição com as ca-
deiras italianas brancas Tifany e translúcidas Deauville.
A bancada da cozinha foi executada em Laca Lucido
Bianco com puxadores em alumínio, pintados na mesma cor. Os
módulos superiores, na cor preta, possuem portas em vidro Ar-
gentato Griggio que conferem ao ambiente um ar hi-tech. O Már-
more Galaxy pode ser utilizado nesta área devido a aplicaçao de
resina com nanoparticulas que impermeabiliza o material deixan-
do-o adequado para a utilização em cozinhas.
Com vista para o mar, a sacada
integrada a sala soma mais de 50 metros
quadrados. A churrasqueira foi remodelada
para integrar-se ao ambiente social, man-
tendo os tons sobrios.
Leve e delicada, a suíte da meni-
na tem como destaque a imagem colorida
impressa na parede, e a estante retroilumi-
nada que valoriza os objetos de decoração.
As peças italianas como a cadeira
Huevo e as luminária Midsummer e Mini Glo-
bal Flos deixam o espaço com uma nuance
feminina.
A colcha e as almofadas com de-
senho personalizado, além do granito Lee-
lac também mereceram atenção especial no
conjunto.
Pensando na flexibilidade do espaço, a
suíte dos meninos recebeu um beliche deslizan-
te, que pode ser aberto apenas no momento da
utilização, deixando o espaço livre durante o dia
para os momentos de estudo e lazer.
O laminado Ébano Marone junto a pin-
tura Antile deixam o espaço masculino e jovem,
inspirado no ambiente praiano.
90
O destaque da suíte do casal é o grande roupeiro com portas deslizantes Cinex
que aproveita toda a parede de quase cinco metros da ampla suite do casal. A composição
das laminas dos móveis Terracota com o Preto Duna deixa o ambiente mais intimista e acon-
chegante, com leves toques de decoração turquesa.
O banheiro do casal recebeu bancada em mármore Marrom Imperador Light e
cuba com válvula oculta esculpida em Corian Ice Translucido, além de especial ilumiação
difusa, apresentando um resultado final muito elegante e funcional.
Localizado na esquina das ruas
1201 com a Av. Brasil, em Balneario Cam-
boriu, o apartamento está disponivel para
visitações junto ao plantão de atendimento
da empresa Fórmula, na Av. Brasil esquina
com a Rua 1131.
Arquiteta Cristina Reinert
Joinville/SC 47 34450833 47 91660051
Design
Clássicos e inovadores Designs inovadores e recriações de peças clássicas aparecem em diferentes
inspirações, formas, cores, materiais e texturas compondo o design contemporâneo.
Confira algumas peças apresentadas no Salão Internacional do Móvel de Milão 2011
(iSalone).
Biknit
Fotos: divulgação
Chaise Lounge Biknit, da Moroso. A peça da designer
Patrícia Urquiola mistura formas, texturas e materiais
como a lã maleável e o ferro rígido.
Forkola
Inspirado nas gôndolas de Veneza, o banco Forkola, de Karin Rashid, é feito de madei-
ra tratada, mergulhada na água antes de ser esculpida.
Sosia
A poltrona sosia, da Campeggi, é um produto flexível e inusitado. Criada
por Emanuele Magini, pode ser usada de várias formas, completamente
aberta ou fechada, e com aberturas parciais, fugindo do convencional.
Nestrest
Da Dedon, o mobiliário Nestrest é um
charme e foi criado por Daniel Pouzet e
Fred Frety. Ele serve de local de descan-
so para as áreas externas, pode ser co-
locado no chão, combinando muito bem
com gramados, ou suspenso para leves
balanços.
Macaone
A mesa Macaone é uma peça criada em
1985 com desenho de Alessandro Mendi-
ni. Ela foi reeditada pela Zanotta e apa-
rece montada com MDF, poliuterano e
alumínio.
Rememberme
De Tobias Juretzek a cadeira Rememberme é estruturada com peças de roupas e
tratada com resina. A peça ganha diferentes texturas e cores e pode compor vários
ambientes com muito estilo.
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Casa Cor
Inovações e tendências em São Paulo
É preciso muita disposição e
fôlego para visitar a Casa Cor São Pau-
lo. A mostra, considerada a maior mos-
tra de arquitetura, design de interiores,
decoração e paisagismo da América
Latina, vai até o dia 12 de julho e ga-
nhou novas dimensões no ano em que
Maior evento de arquitetura, design de interiores, decoração e
paisagismo da América Latina, reúne 106 ambientes em quatro
mostras simultâneas
Suíte da Menina Vaidosa
Dividida em quatro ambientes, a Suíte da Menina Vaidosa é um verdadeiro
encanto. Possui o canto de se divertir e estudar, closet, dormitório e banheiro do tipo
camarim. Com 80 metros quadrados, o ambiente multiuso é da arquiteta Clélia Regina
Ângelo e merece destaque em ideias como a cama elevada em um tablado revestido
de tapete e o painel curvo de MDF, revestido com plástico PET, que inicia atrás da
cama e se prolonga pelo teto apresentando desenhos geométricos. A cômoda verme-
lha laqueada e o papel de parede que imita uma biblioteca completam o charme do
ambiente.
comemora sua 25º edição. Dispostos
em 56 mil metros quadrados, no Jockey
Club de São Paulo, os 106 ambientes
elaborados por 155 profissionais, reú-
nem uma grande quantidade de refe-
rências, uso de novas tecnologias de
automação e materiais, cores, e novas
propostas que certamente compensam
a visita.
Os ambientes estão distribuí-
dos em quatro mostras conjuntas. A pri-
meira e tradicional “Casa Cor”, reúne
os espaços naturais de qualquer resi-
dência como quarto, sala ou cozinha,
ou casas inteiras como os lofts, além
dos ambientes comerciais e corpora-
tivos. A “Casa Hotel”, destinada aos
profissionais do setor de hotelaria e tu-
rismo, está repleta de suítes de design
apresentando as tendências presentes
nos hotéis mais charmosos do Brasil
e do mundo e homenageando muitas
celebridades. Na “Casa Kids” o foco
é para o universo infanto-juvenil, com
ambientes especialmente projetados
para crianças de até 12 anos. Para fi-
nalizar, jovens nomes da arquitetura e
do design de interiores expõe seus tra-
balhos na “Casa Talento”.
Fotos: divulgação Casa Cor
96
Sala Íntima
A Saleta Íntima, de Samy e Ricky Dayan, é um ambiente multiuso que permite
a utilização como sala íntima, home theater, copa, escritório e biblioteca. Além de ter
múltiplas funções, a mistura de materiais também é marcante no projeto. Cimento,
madeira, vidro e inox se unem de maneira equilibrada com o objetivo de contrastar
elementos frios e quentes. Um ponto alto da decoração são caricaturas que acentuam
o clima descontraído do espaço.
Suíte do Diplomata
O primeiro hotel de luxo de São
Paulo, Ca’d’Oro foi homenageado por
Anastassiadis Arquitetos, com mobiliário
resgatado do próprio empreendimento.
Premiado como melhor ambiente da Casa
Hotel, na Suíte Diplomata, a arquiteta Pa-
trícia Anastassiadis desenha, cria e usa
a marcenaria não só como elemento es-
tético, mas também funcional. O sistema
tecnológico automatizado criado para o
espaço permite que o hóspede interaja
com os serviços hoteleiros por meio de in-
terfaces inteligentes, utilizando a mesma
tecnologia aplicada em hotéis de luxo.
Casa Hotel
Unissex Restronm &Lounge
O espaço projetado por Marcio
Nascimentto vai muito além de um ba-
nheiro. Ele criar (e recria) um ambiente de
uso íntimo fazendo com que interaja com
a vida social. O Unissex Restronm &Loun-
ge e um espaço que mistura bom gosto e
tecnologia, representada pelas persianas
motorizadas e as colunas de orquídea
caracterizam o conceito. A interatividade
fica por conta dos papéis de parede e
painéis fotográficos aplicados no ambien-
te.
98
Quarto da Filha Estudiosa
O espaço de leitura em forma de
nuvem, desenhado para a “menina estu-
diosa” pelas arquitetas Ellen Cavalcante
e Paula Ferraz, é um painel de MDF com
estrutura de madeira. O ambiente das ar-
quitetas possui elementos que remetem
ao conhecimento, mas que interagem e
compõem um dormitório. A estante em
formato de letra A, além de futons e almo-
fadas são outros destaques.
Casa Kids
Quarto da Menina
Tecidos delicados e cores em
tons pastéis garantem um clima romântico
e europeu ao quarto da menina. projetado
pela arquiteta Maite Maiani foi premiado
como melhor ambiente da Casa Kids. Ins-
pirada na cidade francesa de Provence,
Maite trouxe para o espaço lustres de
porcelana, móveis entalhados artesanal-
mente e com pintura especial, típicas das
casas de campo, mas sem deixar de con-
siderar o lado infantil de uma menina.
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