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Edição n.º93 maio - agosto 2019
Comemoração do dia
das Residências
“Foi algo inovador, o
que ocorreu no dia
treze de maio, e as
utentes das Residên-
cias foram participati-
vas, espontâneas e
viam-se sorrisos nos
rostos.”
-P.5
Mesa Redonda - Cuidadores
Formais e Informais - Pro-
cessos de decisão ética em
situações difíceis
“Se por um lado a evolução da
medicina permite curar doen-
ças e prolongar a vida, por
outro não deixa que a morte
aconteça de forma natural..”
-P.8
Hospitalidade - Uma
Travessia em Três Sécu-
los a Recriar o Amor
“No dia 31 de maio cele-
brámos na Clinica Psi-
quiátrica de S. José a Fes-
ta de Nossa Senhora do
Sagrado Coração de Je-
sus e o 138º Aniversário
da Fundação da nossa
Congregação.”
-P.10
Passeios anuais
das Unidades
“... com o objetivo princi-
pal de conceder, às uten-
tes mais autónomas e
que mostram vontade de
participar, uma saída da
Clínica, num dia onde são
proporcionadas novas
experiências e num local
à escolha.”
-P.16
2
Editorial
Caros Leitores e Amigos,
No último “Passo a Passo” falá-
mos do evento que estamos a
celebrar: o 125º aniversário da
presença das Irmãs Hospitaleiras
do Sagrado Coração de Jesus
em Portugal.
Nesta edição vamos recordar a
cofundadora da Congregação,
Maria Angustias Giménez, pois
no dia 02 de agosto recordámos
a sua vida e a partida para o Pai
(1849-1897).
Vários aspetos caracterizam esta
hospitaleira, nascida em Grana-
da há 122 anos. Chamamos-lhe
a Mulher do Sonho… e que so-
nho? Precisamente a intuição
de, com o Padre Bento Menni,
se sentir chamada a criar algo
de novo, pois quando manifes-
tou com Maria Josefa Récio o
desejo de se entregarem inteira-
mente a Deus no serviço ao
próximo, Bento Menni abriu-lhe
várias portas, apresentando-lhes
congregações existentes, não
estando no seu espírito a aven-
tura de ser fundador. Ele encon-
trava-se ocupado em restaurar a
sua Ordem, a Ordem de S. João
de Deus, respondendo assim ao
envio do Padre Alfieri, Superior
geral e ao Papa Pio IX que o
abençoou e lhe disse: “Vai, meu
filho, restaurar a Ordem no seu
próprio berço”. Este era o pro-
jeto incumbido a Bento Menni.
Não vou descrever a fundação
125 anos da presença das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus em Portugal
da nossa Congregação, fica ape-
nas a alusão à importância da
intuição e à persistência de Ma-
ria Angustias.
Maria Angustias foi a cronista
das origens da Congregação. A
pedido de Bento Menni, relata-
nos, e com que enlevo, essas
origens:
▪ O tempo, as dificuldades e in-
sistências até se desenhar no
espírito do Padre Menni a fun-
dação da Congregação como
vontade de Deus e com aquelas
duas granadinas.
▪ O êxodo hospitaleiro, a saída
de Granada para Ciempozuelos-
Madrid, após convite do Pe.
Menni sem qualquer despedida
dos familiares; a dinâmica dolo-
rosa e feliz de deixar tudo.
▪ As condições de extrema po-
breza, austeridade, abnegação e
sacrifício na aventura da funda-
ção, mas também a determina-
ção, a resiliência, o ardor/fervor,
a alegria; uma fé inabalável, uma
confiança sem limites com a cer-
teza de que a Obra que enceta-
vam era de Deus, constituindo
Bento Menni e elas simples ins-
trumentos, com os quais Ele quis
realizar “prodígios de misericór-
dia”.
▪ A comunidade fraterna com
um único ideal, expresso na pro-
digiosa ”união de corações” –
um só coração e uma só alma,
assente na vida de união com
Deus, na interajuda e compreen-
são reciproca, no perdão frater-
no e na entrega laboriosa e ale-
gre à missão hospitaleira.
▪ O acolhimento à primeira do-
ente. O respeito, a veneração, a
transcendência que expressam
no gesto de lhe beijarem os pés
e toda a solicitude que lhe pro-
porcionam, aplicando os ensina-
mentos que o Pe. Menni lhes
tinha dado.
Tanto que poderíamos dizer,
todavia termino fazendo refe-
rência à imagem que Maria An-
gustias atribui ao desenvolvi-
mento da Congregação no iní-
cio, sobretudo referindo-se ao
número de jovens que aderiam
ao projeto hospitaleiro:
“Apesar da minha simplicida-
de, imagino a nossa nascente
instituição como uma frondo-
sa árvore que, plantada junto
às correntes das águas cristali-
nas, começa a dar tantos e for-
mosos rebentos que depressa
se enche de frutos…”
(Relação Sobre as Origens da
Congregação das IHSCJ, p. 220)
Ir. Isabel Morgado
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Calendário
O que é que aconteceu no 2º
Semestre de 2019 na CPSJ?
Atividades mensais
- Preparação para o Crisma -
Colaboradores;
- Encontros de Leigos Hospita-
leiros;
- Encontros às quintas;
- Celebração dos Aniversários
da Família Hospitaleira;
maio
- Celebração do 105º aniversá-
rio da Morte de S. Bento Menni
(Padroeiro da Unidade 6);
- Dia de Nossa Senhora de Fáti-
ma (Padroeira das residências);
- Passeio a Arouca (Parceria da
CPSJ com a JFC);
- Feira de Expressões;
- Celebração da Fundação da
Congregação de N. S. Sagrado
Coração de Jesus
- Mesa redonda "Cuidadores
formais e informais – Processo
de decisão ética em situações
difíceis” (Comissão de Ética)
junho
- Peregrinação Hospitaleira;
- Arraial da Junta de Freguesia
de Carnide;
- Passeio surpresa (Parceria da
CPSJ com a JFC);
- Dia do Sagrado Coração de
Jesus (Padroeiro da Unidade 7)
- Encontro de Familiares e Ami-
gos dos utentes da Clínica Psi-
quiátrica de S. José (Parceria
CPSJ e ASAP)
julho
- Animações de Verão (Parceria
da CPSJ com a JFC);
- Dia do Sagrado Coração de
Maria (Padroeira da Unidade 4);
- Passeios anuais das unidades
(organizados pelo Serviço Social)
- Caminhadas na Luz;
- Passeios ao exterior;
- Tardes de cinema (organizadas
pela Terapia Ocupacional);
agosto
- Sessão de Partilha “Vamos co-
nhecer Maria Angústias Gimé-
nez”;
- Dia Vocacional;
- Saídas ao exterior: “ver o
mar” (organizadas pela Terapia
Ocupacional);
- Caminhadas por Telheiras.
Agora que tiveram uma peque-
na ideia das atividades dinami-
zadas vamos deixar-vos uns pe-
quenos textos e algumas foto-
grafias desses momentos para
que possam ter noção do quan-
to nos divertimos. Esperamos
que gostem desta pequena via-
gem.
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Foram assim os encontros
às quartas!
Desde novembro de 2018 que
um grupo de colaboradores se
tem encontrado “quarta-feira
sim, quarta-feira não”! Para fa-
zer o quê? Para caminharem
juntos, aprofundarem a sua rela-
ção com Deus-Trindade, com o
Pai que nos ama, com o Filho
que nos salva e com o Espírito
Santo que nos anima e para ce-
lebrarem o Sacramento do Cris-
ma.
Esta iniciativa da Pastoral da Sa-
úde, em colaboração com a Pa-
róquia de S. Lourenço (Carnide),
permitiu que seis dos nossos
colaboradores e uma pessoa
encaminhada pela paróquia, fi-
zessem este percurso que cul-
minou (ou se iniciou!) no dia 2
de junho com a celebração do
sacramento do Crisma na paró-
quia.
Cada uma das pessoas do grupo
sentiu-se e sente-se motivada a
continuar a crescer, a viver cada
vez mais em intimidade com
Deus e a integrar-se na Igreja.
Aqui ficam alguns dos testemu-
nhos vivos:
Quero agradecer do fundo do
Coração à Dra. Cláudia e ao Frei
Hermínio que nos prepararam
para esta caminhada das nossas
vidas. Uma caminhada de fé e
esperança que fez de nós pesso-
as diferentes, mais calmas, rece-
bendo no nosso coração o Espi-
rito Santo que nos acompanha
pela nossa vida: seremos pesso-
as mais felizes! Uma festa linda e
especial! Agradeço também à
minha madrinha que esteve
sempre presente e disponível, a
todas as minhas colegas e à Di-
reção da Clínica que nos propor-
cionou o horário para a nossa
preparação. Beijinhos a todos e
que Deus nos ilumine. (Maria
Antónia)
Fiz o percurso cristão normal, fui
batizada, fiz a primeira comu-
nhão e a profissão de fé, tinha
ficado por receber o Sacramento
do Crisma! Quarenta anos de-
pois de ter recebido o batismo,
senti que era importante trazer
até mim a inspiração e o poder
do Espírito Santo, tenho agora o
dever acrescido de ser testemu-
nho de fé e a responsabilidade
de divulgar a doutrina da igreja.
Desejo que o selo de Cristo fi-
que impresso no meu coração e
passe a ser a minha imagem de
marca, esta marca não tem pa-
tente, mas só um coração a
transbordar de amor, a pode
manter líder de “mercado”! Não
posso deixar de agradecer ao
grupo, à catequista que é um
sinal vivo de fé e por isso uma
inspiração para mim, e à minha
madrinha que foi abençoada
com o selo da hospitalidade há
mais de cinquenta anos! (Carla
Marques)
Ao receber do Sr. Bispo o Espíri-
to Santo, desceu sobre mim um
sentimento tão especial e dife-
rente que não consigo traduzir
por palavras. Foi uma sensação
única! (Andreia)
Este caminho que todas juntas
percorremos, foi dos mais im-
portantes e marcantes que vivi,
pelo simples facto de que me
ajudou a confirmar a minha fé
em Deus, o amor a Deus, que
me fez perceber a importância
dos valores e crenças que Ele
nos transmite em cada dia da
nossa vida. Cada um de nós irá
encontrar a explicação e o signi-
ficado para o sacramento que é
o Crisma mas para mim foi um
momento muito aguardado, es-
pecial, onde tive presente as
pessoas mais importantes na
minha vida e onde senti a verda-
deira presença de Deus e do Es-
pírito Santo em cada um de nós.
5
Acima de tudo, sei que será o
início de uma caminhada, em
que com a ajuda de Deus con-
seguirei tornar-me uma pessoa
melhor, na relação comigo mes-
ma e com os outros. Será um
momento que jamais irei esque-
cer, assim como as pessoas que
percorreram esta caminhada
comigo e junto a mim. Obriga-
da! (Vanessa Carvalho)
A caminhada deste grupo ainda
continuará por mais algumas
quartas-feiras mas principal-
mente ao longo das suas vidas.
Que mais alguns de nós se sin-
tam estimulados a conhecer Je-
sus, a sentir o amor do Pai e a
receber a força do Espírito San-
to. Peçamos isto por intercessão
de S. Bento Menni.
Até breve em “alguma quarta-
feira”!
Grupo de preparação para o Crisma
Comemoração do dia das
Residências
Na Clínica Psiquiátrica de S. José
das Irmãs Hospitaleiras do Sa-
grado Coração de Jesus, em Te-
lheiras, existem duas Residên-
cias que passo a citar os nomes
pelas quais são conhecidas: a
Residência Galileia, dentro do
edifício da Clínica e a Despontar
ou Unidade de Vida Protegida,
cita em Carnide, junto da Ponti-
nha.
Foi com grande satisfação e ad-
miração que recebemos o se-
guinte convite: “Comemoração
do dia de Nossa Senhora de Fá-
tima, padroeira da Província de
Portugal das Irmãs Hospitaleiras
do Sagrado Coração de Jesus e
Protetora das Residências”, para
um lanche convívio, a fim de
implementar mais e melhor a
socialização, as vivências e as
experiências.
Seguido de uma eucaristia, pre-
sidida pelo Frei Hermínio, de
acordo com a festividade.
Este também abençoou os ele-
mentos que vivem nas mesmas
e todos os que trabalham para
que sejam atingidos os objetivos
destas.
Foi algo inovador, o que ocorreu
no dia treze de maio, e as uten-
tes das Residências foram parti-
cipativas, espontâneas e viam-se
sorrisos nos rostos. Afinal, já não
havia só o dia de cada unidade
de saúde mas também o dia das
Residências!
Não deverei mencionar o nome
de todos os que tornaram este
dia feliz, especial, pois certamen-
te correrei o risco de me esque-
cer de alguém, contudo não
consigo deixar de mencionar
todo o esforço das Irmãs, da
Dra. Cláudia Antunes, do Dr. Élio
Borges, das Monitoras, do pró-
prio Amigo Frei Hermínio, etc.
Sim, o “sonho” de termos tam-
bém nós um dia de festividade,
de gratidão, tornou-se realidade
nesta “casa” devota, dedicada e
humanitária.
A todos, aqui vai o nosso Muito
Obrigada, singelo mas sincero, e
até para o ano.
Deus nos abençoe a todos com
o seu imenso Amor e Perdão!
Bem-haja!
Paula Guedes
6
IV Encontro Nacional das
Famílias "Financiamento
Global em Saúde Mental"
O IV Encontro Nacional, sob o
tema “Financiamento Global em
Saúde Mental”, teve lugar no
dia 24 de maio, no cine teatro
Paraíso, em Tomar, sendo orga-
nizado pela FamiliarMente
(Federação Portuguesa das As-
sociações das Famílias de Pesso-
as Com Experiência de Doença
Mental) e pela a Direção do Pro-
grama Nacional para a Saúde
Mental da Direção Geral de Saú-
de.
A sessão de abertura teve início
pelas 10h00 e contou com a
participação de Joaquina Caste-
lão, presidente da FamiliarMen-
te, Miguel Xavier, Diretor do
Programa Nacional para a Saú-
de Mental I DGS e Anabela Frei-
tas, Presidente da Câmara Muni-
cipal de Tomar.
Perto das 10h30 realizou-se a
mesa redonda em torno do te-
ma “Sobrecarga das Famílias na
Doença Mental Grave”, seguin-
do-se o primeiro painel de ora-
dores, intitulado “Modelo de
Governação e Financiamento da
Saúde Mental”. O regresso aos
trabalhos depois de almoço foi
assinalado com um momento
musical proporcionado pela Tu-
na.
Pouco depois, pelas 14h30, teve
início o segundo painel e os ora-
dores falaram sobre o tema
“Cuidados Continuados Integra-
dos de Saúde Mental”, seguindo
-se a segunda mesa redonda
dedicada à questão: ”A Saúde
Mental no Médio Tejo”.
A sessão de encerramento teve
início perto das 17h15 e os últi-
mos intervenientes do dia foram
Paula Domingos, Assessora do
Programa Nacional para a Saúde
Mental/DGS, Miguel Durães, vice
-presidente da FamiliarMente, e
Hélder Henriques, vereador da
Câmara Municipal de Tomar.
7
Passeio a Arouca
No dia 24 de maio fomos a mais
um passeio organizado pela
Academia Sénior da Junta de
Freguesia de Carnide. Arouca é
uma freguesia portuguesa do
concelho de Arouca, no vale do
Rio Arda, sendo a sede do con-
celho.
Foi uma viagem longa e chegá-
mos à hora do almoço, ao hotel
São Pedro onde já tinham pre-
parado para nós o tão desejado
almoço. De seguida fomos visi-
tar o Geopark Arouca, que é re-
conhecido pelo excecional Patri-
mónio Geológico de relevância
internacional, com particular
destaque para as “pedras pari-
deiras” da Castanheira, as Trilo-
bites Gigantes de Canelas e os
Icnofósseis do Vale do Paiva. O
fenómeno das pedras parideiras
que ocorre em Arouca é tido
como único no mundo.
Depois de uma longa subida
pela serra da Freita chegámos
finalmente à Casa das Pedras
Parideiras, que tem como obje-
tivo contribuir para a conserva-
ção, compreensão e valorização
deste geossítio de relevância
internacional, apoiando as visi-
tas turísticas e educativas a este
espaço.
Também pudemos ver o fenó-
meno das pedras parideiras, fe-
nómeno de granitização único
no país e raríssimo no mundo
inteiro. Trata-se de um aflora-
mento granítico que tem incrus-
tados nódulos envolvidos por
uma capa de biotite em forma
de disco biconvexo os quais, por
efeito da erosão, se soltam da
pedra-mãe e daí a denominação
de “parideiras”.
Já pela hora do lanche, fomos à
procura dos doces tradicionais
de Arouca, a doçaria é requinta-
da e ancestral, confecionada,
inicialmente pelas freiras do
Mosteiro de Arouca, a sua conti-
nuidade foi preservada, por
transmissão familiar, até ao pre-
sente. São exemplos da doçaria
conventual de Arouca o pão de
ló, as castanhas doces, as mor-
celas doces…
Depois de um bom lanche de-
mos início à viagem de regresso,
que como se previa foi longa…
8
Mesa Redonda - Cuidadores
Formais e Informais - Pro-
cessos de decisão ética em
situações difíceis
Face aos avanços da ciência e
da medicina, os profissionais de
saúde, deparam-se com dilemas
éticos no cuidado diário à pes-
soa assistida, principalmente em
doenças terminais e agudas. Se
por um lado a evolução da me-
dicina permite curar doenças e
prolongar a vida, por outro não
deixa que a morte aconteça de
forma natural. Sabe-se que o
direito à vida é inerente a condi-
ção de ser Pessoa, conduzindo
os profissionais de saúde a en-
carar a última etapa da vida co-
mo algo que não deve aconte-
cer, levantando questões muitas
vezes sem resposta, porque efe-
tivamente envolve valores, direi-
tos universais próprios de cada
sociedade com a sua cultura e
hábitos religiosos e espirituais.
Esta e outras temáticas foram
abordadas na Mesa Redonda
intitulada: "Cuidadores Formais
e Informais - Processo de deci-
são Ética em situações difíceis",
que ocorreu na Clínica Psiquiá-
trica de S. José.
Como moderadora contou-se
com a presença da Presidente
da Comissão de Ética da Clínica,
a Dra. Maria Manuela Pinho e
como oradores estiveram pre-
sentes a Dra. Rita Abril, Médica
no Hospital da Luz, a Enfermeira
Ana Sofia Wangricken Simões a
exercer no IPO de Lisboa e a
Presidente da Familiarmente
Dra. Joaquina Castelão.
Comissão de Ética
Feira de Expressões
Esta atividade decorreu no dia
30 de maio de 2019. A nossa
instituição marcou presença com
o teatro “O rapaz de bronze”, da
escritora Sophia de Mello Brey-
ner Andresen.
Tivemos o grande prazer de ob-
servar esta grande interpretação,
tão bem executada pelos vários
atores desta instituição, que nos
deram o prazer de ofertar os
seus grandes préstimos.
Foi contagiante o seu desempe-
nho, principalmente as canções
em que os ouvintes colabora-
ram. O guarda-roupa estava es-
petacular e felicito as artistas
que os elaboraram.
Parabéns a todos!
Esta feira foi representada por
diversas instituições, cada uma
mostrando da melhor maneira
as suas aptidões em várias ten-
das ali montadas. Colaborámos
também elaborando várias más-
caras num material de fácil ma-
nuseamento, por nós desconhe-
cido.
Cecília Guida Jardim Camacho da
Fonseca
9
Fundação da Congregação
Celebrar 138 anos de inspiração
e realização da Missão Hospita-
leira na Igreja e para o mundo, é
acolher a sua transcendência
como Obra de Deus e agrade-
cer, ao Senhor Jesus e à Senhora
do Seu Coração, as maravilhas
que vão realizando, com a cola-
boração de todos nós, na recria-
ção do Amor de Caridade, pela
Prática da Hospitalidade.
Ancorados nessa força carismá-
tica das origens, que humilde-
mente acolhemos e queremos
irradiar, comungamos da alegria
da expansão da Congregação
para Timor e da celebração dos
125 anos de Presença Hospita-
leira em Portugal.
Neste dia as Irmãs Hospitaleiras
do Sagrado Coração de Jesus,
nos diversos contextos e latitu-
des em que se encontram, cele-
bram 138 anos de inspiração e
realização da Missão Hospitalei-
ra, na Igreja e para o mundo.
Com as Irmãs estão os destina-
tários da missão, os colaborado-
res, os voluntários e outros
membros das respetivas comu-
nidades hospitaleiras.
Concretamente, na Clínica Psi-
quiátrica de S. José realizamos,
no dia de hoje, uma Eucaristia,
momento peculiar de louvor, de
ação de graças e de anúncio dos
125 anos de presença das Irmãs
Hospitaleiras em Portugal.
Pelas 14h30, realizou-se no au-
ditório da Clinica a I Tertúlia
Hospitaleira: Hospitalidade –
uma Travessia em Três Séculos a
Recriar o Amor, sendo aborda-
dos, e colocados ao diálogo dos
participantes, os temas: os iní-
cios da fundação em Portugal;
Carisma-espiritualidade-missão;
evolução dos centros hospitalei-
ros – Casa de Saúde da Idanha e
Clínica Psiquiátrica de S. José;
irradiação para outros países:
Moçambique, Brasil e Angola.
Encerramos o programa celebra-
tivo deste dia com um momento
vivencial de expressão carismáti-
ca das origens da Congregação.
Partilhamos com a Comunidade
Hospitaleiras alguns aponta-
mentos deste dia Especial.
10
I TERTÚLIA HOSPITALEIRA
Hospitalidade - Uma Tra-
vessia em Três Séculos a
Recriar o Amor
No dia 31 de maio celebrámos
na Clinica Psiquiátrica de S. José
a Festa de Nossa Senhora do
Sagrado Coração de Jesus e o
138º Aniversário da Fundação
da nossa Congregação.
Foi também o dia escolhido pa-
ra, formalmente, anunciarmos à
Comunidade Hospitaleira do
Centro e as todas as pessoas,
que participaram nalgum dos
eventos do programa, o 125º
aniversário da presença das Ir-
mãs Hospitaleiras em Portugal,
com a fundação da Casa de Sa-
úde da Idanha, que ocorreu em
1894.
Após a celebração solene da
Eucaristia, como momento pe-
culiar de louvor e de ação de
graças, e de um almoço convívio
com todos, ocorreu no auditório
da Clínica, com início às 14h30,
a I Tertúlia Hospitaleira, tendo
como tema de fundo “A Presen-
ça das Irmãs Hospitaleiras em
Portugal e Expansão da sua
Obra”.
Para facultar uma informação de
base e provocar o diálogo, fo-
ram convidadas quatro pessoas,
que intervieram pela seguinte
ordem: Irmã Isabel Morgado,
Padre Hermínio Araújo, Dr. Pe-
dro Varandas e Irmã Sílvia Maria
Moreira.
A Irmã Isabel Morgado falou
sobre os inícios da implantação
da Congregação em Portugal: as
três primeiras hospitaleiras, Tri-
nidad Franqueza, Maria da Luz
Martins e Maria do Carmo Gil
Manso, enviadas por Bento
Menni; o trabalho de preparação
já aberto pelo Padre Menni com
o apoio do Irmão Bernardo da
OH e pela benfeitora D. Mariana
Ferreira Silva.
O Padre Hermínio Araújo, fran-
ciscano e capelão da Clinica,
abordou a questão Carisma-
espiritualidade-missão, elucidou
-nos sobre o sentido teológico e
eclesial do conceito e referiu-se
à especificidade dos carismas e
da sua importância na missão da
Igreja.
O Dr. Pedro Varandas, diretor
clínico da CPSJ e da CSI, falou da
evolução dos dois centros e suas
especificidades. Acentuou como
o lema dinamizador do Padre
Menni “caridade e ciência” se
conjugam na atuação quotidia-
na, e como a Hospitalidade con-
grega e dinamiza a todos num
projeto comum.
A Irmã Sílvia Moreira, Superi-
ora provincial falou da expansão
da Província de Portugal, subli-
nhando o desenvolvimento da
missão hospitaleira no Conti-
nente e Regiões autónomas da
Madeira e Açores e outras para-
gens mais longínquas, como
África, em Moçambique, Angola
e Brasil. Aludiu ainda à colabora-
ção com outras províncias como
Espanha, Inglaterra e França.
Após este giro de intervenções a
Dra. Cláudia, assistente espiritual
na Clínica e dinamizadora da
tertúlia, devolveu a palavra aos
participantes, tendo surgido
questões interessantes, sobretu-
do por parte dos utentes, refe-
rentes à Clinica e expressão de
vários acentos de admiração so-
bre a evolução da Província de
Portugal, confiada à proteção de
Nossa Senhora de Fátima.
A tertúlia encerrou com a atua-
ção de um grupo de elementos
da Comunidade Hospitaleira que
representou pela música, o ges-
to e a palavra, um momento vi-
vencial de expressão carismática
das origens da Congregação,
dinamizado pelo serviço de tera-
pia ocupacional do Centro.
11
Dia da Peregrinação Hospi-
taleira a Fátima
Todos os anos se aguarda com
gosto e expetativa o dia da Pe-
regrinação Hospitaleira a Fátima
e meses antes já alguns pergun-
tam. “Quando vai ser?! Eu gos-
tava muito de ir!” Este ano não
foi exceção! E assim foi no dia 6
de junho sob o lema “125 Anos:
Um Amor que recria»”, dia em
que muitos peregrinos oriundos
de todas as casas hospitaleiras,
se reuniram junto aos pés da
Mãe, Nossa Senhora de Fátima.
A Peregrinação Hospitaleira a
Fátima este ano teve um motivo
adicional para celebrar: agrade-
cer a Deus, junto a Maria, a pre-
sença das irmãs em Portugal ao
longo de 125 anos, recordando
todos os que beneficiaram e
beneficiam da sua presença en-
tre nós. Para assinalar de forma
especial esta data, e adicional-
mente à celebração da eucaris-
tia e da tarde cultural, a Provín-
cia organizou um momento de
concentração de todos os pere-
grinos no recinto do Santuário
junto à Cruz Alta, que de segui-
da caminharam juntos até à pre-
sença de Nossa Senhora na Ca-
pelinha das Aparições. Aí, reza-
mos juntos e podemos expressar
o nosso agradecimento a Deus.
Foi um momento profundo e de
comunhão entre todos os que
participamos nesta grandiosa
Obra de Deus.
Da nossa casa fomos 55 peregri-
nos, entre utentes, colaborado-
res, voluntários e irmãs. Pode-
mos participar ativamente em
todos os momentos celebrati-
vos. A Eucaristia na Capela da
Morte do Senhor foi presidida
por D. Jorge Ortiga. Em determi-
nado momento houve uma di-
nâmica com a participação de
pessoas de cada um dos nossos
Centros, com as quais se cons-
truiu uma árvore: todos temos
as mesmas raízes e é desta fonte
que bebemos e vivemos o dia-a-
dia em cada um dos Centros. A
tarde cultural no Salão do Bom
Pastor do Centro Paulo VI foi um
tempo de festa em que cada ca-
sa deu cor ao mote «Um Amor
que recria». No nosso caso foi
“«Um Amor que recria - os Afe-
tos”. A Terapia Ocupacional em-
penhou-se na conceção e mon-
tagem deste momento. Foi uma
preparação exigente mas com
resultados muito bons, segundo
os ecos de alguns peregrinos.
Este ano, envolveu várias pesso-
as da Comunidade Hospitaleira:
utentes, irmãs, colaboradores,
voluntários e familiares. Levou-
nos a recordar a história hospi-
taleira em Portugal desde a che-
gada das primeiras irmãs até aos
dias de hoje. A peça terminou de
forma muito animada com um
grande colorido de chapéus-de-
sol, várias pessoas a participa-
rem neste colorido e a cantar o
cântico: “Vives sempre no Se-
nhor, forte e incansável semea-
dor, graças pela tua fidelidade,
querido fundador”
No regresso ainda houve tempo
para lanche, foto de grupo e
descanso na camioneta, apesar
da chuva que muitos ainda apa-
nharam!
Agradecemos ao Instituto e à
nossa Casa esta oportunidade
de viver um dia em grande junto
da nossa Mãe!
Cláudia Antunes
(Pastoral da Saúde)
12
Convívio alusivo aos Santos
Populares
A direção da Junta de Freguesia
de Carnide com a presença do
Sr. Presidente Fábio Sousa e o
altruísmo de muitos voluntários
trabalharam para cerca de 500
pessoas, promovendo um alegre
e confraternizante Arraial de
Santo António.
O evento ocorreu no dia 07 de
junho e, diga-se de passagem,
as sardinhas e os carapaus esta-
vam “no ponto”, sem falar na
quantidade e na sobremesa de
fruta. A música ao vivo, popular,
fazia o corpo abanar e os sumos
e a sangria a escorregar o de-
gusto.
Por fim, os vários voluntários e o
Sr. Presidente ofereceram os
anuais Pirilampos Mágicos, cujo
provento reverterá para a Cerci.
Carnide, na direção da Junta de
Freguesia, sempre em parceria
com as associações da área
abrangente, foi mais uma vez
incentivadora, criadora de mo-
mentos de interação, sentimen-
tos de felicidade e dignidade
como seres humanos, partici-
pantes numa sociedade chama-
da “Mundo”.
Esperemos que os nossos bilhe-
tes já estejam reservados para
2020.
Paula Guedes
Passeio surpresa
No dia 21 de Junho, saímos da
Clínica por volta das 7h30 em
direção à Junta de Freguesia de
Carnide, para o almoço surpresa.
Saímos de Lisboa e fomos pela
Ponte 25 de Abril até Setúbal,
onde fomos ver o Mercado.
Vimos as bancadas de coisas
para vender, como peixe, legu-
mes, manjericos e flores. Tam-
bém vimos o talho.
Depois de irmos ao Mercado,
fomos para o jardim do centro
histórico de Setúbal, onde co-
memos o lanche da manhã!
Nesta praça estavam muitos
pombos, que queriam comer as
nossas migalhas todas!
De seguida, continuámos o nos-
so passeio e fomos ver os Moi-
nhos da Maré, junto ao Estuário
do Sado. Vimos estátuas de gol-
finhos e de cegonhas e também
vimos barcos antigos, que os
pescadores usavam para pescar.
Dentro do moinho vimos uma
exposição de várias espécies de
aves, e um poço de onde se tira-
va água. Tirámos muitas fotos
para recordar o passeio. No ca-
minho, em direção ao sítio do
almoço, vimos animais, como
vacas e ovelhas. O almoço-
surpresa foi na Quinta do Acor-
deão. A comida foi muito boa, e
tivemos muitos pratos à escolha.
No final do almoço, tivemos
uma festa com muita música.
Dançámos muito!
Gostámos muito de tudo! Voltá-
mos cansadas, mas muito satis-
feitas! Muito obrigada e até pa-
ra o ano!
Gostei muito de ver as vaqui-
nhas e as ovelhas. O restaurante
parecia de casamentos e a co-
mida era muito boa. Quero re-
petir! (E. F.)
Gostei de ver tudo, ovelhas e
vaquinhas. Dancei muito, a co-
mida estava muito boa. O res-
taurante era muito bonito e o
baile estava animado, com mui-
ta alegria. Para o ano, se puder,
quero ir outra vez! (J. O.)
Gostei muito de tudo! Gostei do
jardim, parecia um paraíso, um
jardim perfeito. Na Quinta do
Acordeão dancei muito, todas
as músicas. Estavam uns senho-
res a dançar, que diziam como
eram as danças, e eu fui dançar
com eles. Quero lá voltar muitas
vezes, porque para mim foi uma
alegria! (L. G.)
13
Animações de verão
Acordámos às 6h30 para estar
na portaria às 7h30. Bebemos
um café e fomos a pé até à Jun-
ta de Freguesia de Carnide para
apanhar o autocarro que nos
levou até às piscinas de Santa-
rém. Nas piscinas tomámos ba-
nho, almoçámos, bebemos café
e comemos um gelado na espla-
nada. A meio da tarde regressá-
mos a Lisboa e o autocarro pa-
rou junto ao Continente para
ficarmos mais perto da Clínica.
Nos dias seguintes fomos às
praias da Saúde, do Paraíso, da
Figueirinha, de Sesimbra e à
praia fluvial dos Olhos d’Água,
esta última uma praia pequena
com muitas pedras. Tal como no
primeiro dia, almoçámos e be-
bemos café. Nas praias tomá-
mos banho, a água estava boa.
No último dia das Animações
fomos à Lourinhã almoçar a um
restaurante chamado “O teimo-
so”. O almoço estava ótimo, com
muita variedade de comida. O
bacalhau estava muito bom,
com as entradas que tinham lei-
tão. Depois dançámos e antes
de regressarmos comemos cal-
do verde, chá e sonhos. De se-
guida regressámos a Carnide e
saímos novamente junto ao
Continente. Foram umas férias
muito boas e divertidas.
Rosário Miguel, U.5
Dia do Sagrado Coração de
Jesus
O dia especialmente consagra-
do ao Sagrado Coração de Jesus
é sempre vivido com muita ale-
gria e intensidade nas casas das
Irmãs Hospitaleiras do Sagrado
Coração de Jesus. «É um dia que
está no nosso nome», dizia-me,
logo pela manhã, com um sorri-
so, a Irmã Isabel Morgado, Su-
periora da Comunidade residen-
te na Clínica Psiquiátrica de S.
José.
Naturalmente, o momento mais
solene e importante foi o que se
viveu na Eucaristia. Sendo, tam-
bém, dia de festa para a Unida-
de 7, as suas Utentes estiveram
presentes e participaram ativa-
mente, sob a orientação da Dra.
Cláudia Antunes. Para a cerimó-
nia ser mais bonita, houve cânti-
cos bem escolhidos, cantados e
acompanhados por vários ins-
trumentos, tocados por Irmãs e
Utentes.
No tempo destinado à homilia,
as palavras inspiradoras do nos-
so Capelão, Frei Hermínio Araú-
jo OFM, encheram o nosso cora-
ção de paz, esperança e confi-
ança em Deus. Baseando-se nos
belíssimos textos bíblicos lidos
nesse dia, o Frei Hermínio falou-
nos do «Pastor que cuida com
Amor» de cada um de nós e
lembrou-nos as sábias palavras
de São João Paulo II, que nos
ensinou que o Amor
(verdadeiro) é o que nasce no
coração, é desinteressado e tor-
na-se visível nas ações
(pequenas e grandes) do quoti-
diano.
Tudo isto nos remeteu, logica-
mente, para a vocação das Irmãs
Hospitaleiras, cuja atividade
principal, a exemplo do Bom Sa-
maritano, consiste, precisamen-
te, em cuidar, com (e por) amor
dos que sofrem.
Para terminar a Eucaristia, o Frei
Hermínio convidou-nos a ler, em
voz alta, a pagela que nos tinha
sido distribuída, na qual se en-
contrava a Oração jubilar dos
125 anos das Irmãs Hospitaleiras
em Portugal. Na mesma pagela,
uma curta mas profunda frase
de S. Bento Menni evoca o Cora-
ção Misericordioso de Jesus:
«Este amor não conhece limi-
tes.»
Maria Teresa Maia Gonzalez
(Voluntária)
14
XXVI Encontro das Famí-
lias e Amigos dos Utentes
da Clínica Psiquiátrica de
S. José
No passado dia 29 de junho
de 2019, aconteceu o XXVI
encontro de famílias e amigos
dos utentes, este evento é
organizado pela ASAP
(Associação de Familiares e
Amigos dos doentes da Clíni-
ca), com a colaboração da
Clínica de S. José, contamos
sempre com o apoio de to-
dos os que são importantes
para os utentes, com muita
ansiedade e expectativa
aguardam os seus familiares e
amigos para uma tarde de
confraternização na alegria e
na partilha daquilo que temos
e somos. Estes acontecimen-
tos são marcantes para a vida
dos utentes e para o seu pro-
cesso reabilitador.
Partilhamos alguns momen-
tos da Festa da Família que
contou com um grande pro-
grama.
15
Coração Imaculado de Ma-
ria, intercede por nós!
A memória litúrgica do Imacula-
do Coração de Maria é come-
morada no sábado seguinte à
solenidade do Sagrado Coração
de Jesus, celebrada na segunda
sexta-feira depois da solenidade
do Corpo de Cristo. No entanto,
a devoção ao Imaculado Cora-
ção de Maria remonta aos iní-
cios da Igreja, pois tem as suas
raízes mais profundas nas Sa-
gradas Escrituras. Nelas, encon-
tramos referências ao Imaculado
Coração no Evangelho segundo
São Lucas, o “pintor” da Santís-
sima Virgem: “Maria conservava
todas estas palavras, meditando
-as no seu coração” (Lc 2,19).
“Em seguida, desceu com eles a
Nazaré e lhes era submisso. Sua
mãe guardava todas estas coisas
no seu coração” (Lc 2,51).
https://
formacao.cancaonova.com/
nossa-senhora/devocao-nossa-
senhora/conheca-origem-da-
devocao-ao-imaculado-coracao
-de-maria/ (adaptado)
Também S. Bento Menni recor-
ria em oração ao Coração de
Maria. Das suas cartas podemos
verificar que indicação do Cora-
ção de Maria acompanha quase
sempre as referências ao Cora-
ção de Jesus: “Se te oferece oca-
sião de prestar algum serviço,
mesmo que te custe, faz tudo
por amor do Coração Divino de
Jesus e do Imaculado Coração
de Maria Santíssima” (carta nº
740).
Este ano a comemoração do Sa-
grado Coração de Maria realizou
-se dia 3 julho 2019.
A Unidade 4 (Unidade do Sagra-
do Coração de Maria), foi o local
onde a comemoração foi realiza-
da.
À semelhança dos anos anterio-
res, foi celebrada uma missa, na
unidade, que teve a participação
das pessoas assistidas, seus fa-
miliares/amigos, colaboradores,
Irmãs e voluntários. Missa cele-
brada pelo nosso capelão, Frei
Hermínio, tendo como tema
central o Coração de Maria.
Durante a missa as pessoas as-
sistidas tiveram a oportunidade
de receber a Santa Unção. É um
momento de partilha, uma
oportunidade de familiares, co-
laboradores, voluntários e irmãs
poderem todos juntos louvar e
agradecer a Maria pelas Graças
recebidas.
Relembradas, durante esta cele-
bração, (no momento de ação
de Graças), todas as pessoas que
de alguma forma se relacionam
com a Unidade, pessoas assisti-
das, seus familiares/amigos, co-
laboradores, Irmãs e voluntários,
irmãos defuntos (em especial os
que no último ano faleceram na
unidade) as pessoas idosas
abandonadas, os governantes
das nações e o Santo Padre pe-
dindo: “Coração Imaculado de
Maria, intercede por nós”.
Evocado o Coração de Maria no
amor ao próximo, na docilidade,
no alívio do sofrimento, no refú-
gio e que toda a Comunidade
Hospitaleira viva na alegria e
compromisso com o Mistério
Pascal de Cristo e com a docili-
dade semelhante à de Maria de
Nazaré.
Ainda a título de agradecimento
sobre as graças recebidas duran-
te este ano, partilhámos com
todos, um vídeo com fotografias
sobre o mais importante da nos-
sa atuação: A Pessoa Assistida,
aquela a quem prestamos cuida-
dos e a quem acima de tudo
procuramos que viva momentos
de alegria, bem-estar, momen-
tos de contacto com o mundo
exterior, com a natureza, pro-
porcionados momentos de laser,
de estimulação e de felicidade.
A festa continuou com um lan-
che farto e alegre, que contou
com a partilha da Clínica, de al-
guns colaboradores e familiares.
Foi um dia de festa, vivido em
alegria e profundidade.
Agradecemos, de coração, a pre-
sença de todos!
Sandra Rodrigues e Fátima Gar-
rido
16
Passeios anuais
das Unidades
Todos os anos, e de acordo com
as preferências e escolhas das
utentes das unidades assistenci-
ais, o Serviço Social da Clínica
Psiquiátrica de S. José, organiza
o passeio anual de cada unida-
de, com o objetivo principal de
conceder, às utentes mais autó-
nomas e que mostram vontade
de participar, uma saída da Clí-
nica, num dia onde são propor-
cionadas novas experiências e
num local à escolha.
Este ano a Unidade 4
(Psicogeriatria) e a Unidade 6
(Deficiência Intelectual Profun-
da) visitaram o Oceanário. Co-
mo a especificidade das unida-
des é diferente, o dia também
foi preparado de forma diferen-
te.
Da unidade 6, foram um grupo
de 11 utentes, 3 auxiliares e uma
enfermeira que foram visitar o
Oceanário e regressaram à Clíni-
ca para o almoço, que nesse dia
foi especial uma vez que se ca-
prichou na sobremesa (petit ga-
teux com bola de gelado) e o
lanche foram bolas de Berlim.
Quanto à unidade 4, 11 utentes
(7 das quais em cadeira de ro-
das), 2 auxiliares, uma enfermei-
ra e estagiárias de enfermagem,
saíram da Clínica, em táxis de
mobilidade reduzida, em direção
ao Oceanário de Lisboa onde
efetuaram a visita à exposição
permanente e à exposição tem-
porária.
Seguidamente efetuaram um
pequeno passeio pelo Parque
das Nações, com vista privilegia-
da para o Tejo e seguiram para
o almoço no Mac Donald (a pe-
dido de algumas utentes que
desejavam comer hambúrguer)
onde passaram um bom mo-
mento de convívio.
O regresso à Clínica efetuou-se
por volta das 16 horas. Foi um
excelente dia para todos e uma
gratificação; regressamos todos
de coração cheio!
Opinião das utentes:
“ O passeio foi bom, gostei mui-
to. Acho que só lá tinha ido uma
vez e foi ótimo lá voltar. Eu não
queria ir por não conseguir an-
dar, mas ainda bem que me
convenceram. Valeu a pena!”
Manuela Ferreira
“Gostei muito, correu bem. Ado-
rei ver os peixes grandes. Revivi
passeios dados anteriormente o
que me trouxe alguma paz. Os
peixes e a água dão Paz!” Julieta
Ferreira
A unidade 7 (deficiência intelec-
tual) teve o privilégio de ir visitar
o Jardim zoológico, as utentes
ficaram extasiadas com o espe-
táculo dos golfinhos, adoraram
as músicas as habilidades e a
interação com estes mamíferos.
Além da visita a todos os outros
animais, outro dos momentos
altos foi a visita de comboio pe-
lo jardim zoológico, onde pude-
ram admirar animais de grande
porte como os elefantes, búfa-
los, leões, macacos e zebras.
Uma vez mais foi vontade ex-
pressa pela maioria das utentes
de almoçar no macdonals para
se deliciarem com um
hambúrguer. A tarde não podia
ter acabado melhor com um ge-
lado à hora do lanche.
“Gostamos de tudo, obrigado
por tudo o que vimos. Adora-
mos ver os golfinhos a saltar e a
fazer piruetas e um deles ainda
saiu da água e disse adeus com
a barbatana” Flávia
A Unidade 5 (Psiquiatria) visitou
a cidade de Coimbra. Eis as opi-
niões das utentes:
“O nosso passeio foi à bela cida-
de de Coimbra, onde fomos visi-
tar o maravilhoso Portugal dos
Pequeninos. Todas o adoramos
e principalmente ficamos encan-
tadas com a igreja que lá existe.
Fomos almoçar a um restaurante
que fica situado mesmo em
frente, onde nos serviram Bito-
que com ovo estrelado que
tínhamos tantas saudades.
Grupo da unidade 5
17
Depois do almoço, debaixo
de uma grande sombra,
repousamos, convivemos e
desfrutamos da música que
lá se ouvia. Foi muito agra-
dável estar à beira rio e ver
as crianças a brincar e a fa-
zer outras atividades. Não
esquecendo o geladinho
antes da hora do regresso.
Grupo da unidade 4
Grupo da unidade 6
Grupo
da
unidade
7
18
Acontece brevemente…
Dia 25 e 26 de setembro
19
E ainda, a não perder…
Dia 27 de setembro
20
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