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“Não tenho nenhumas saudades dos relvados”Veiga Trigo analisa o atual momentoda arbitragem portuguesa pág. 16
SEXTA-FEIRA, 26 AGOSTO 2011 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXIX, Nº 1531 (II Série) | Preço: € 0,90
GNR registou mais de 200 furtosa propriedades agrícolas em 2011
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Agricultores não falam com medo de represálias. Cobre continua a ser o principal alvo dos ladrões
Concelho de Cuba tem o único museu do género de Portugal
Mina da Juliana uma terra sem donosMoradores da antiga mina não conseguem le-galizar as casas. E o vazio está a dar azo a tenta-tivas de usurpação da propriedade. Presidente da Junta de Santa Vitória reconhece que proces-so de legalização “é muito complexo”. pág. 5
Distrito de Beja escapa à fúria dos incêndiosO Baixo Alentejo é a região do País que menos ar-deu em 2011. Victor Cabrita refere que tal se deve à Força Especial de Bombeiros que está sediada em Ourique. A época de incêndios termina a 30 de setembro. pág. 7
Outeiro do Circo dominava a planícieTerminam hoje as escavações no Outeiro do Circo, Mombeja, uma das maiores estações ar-queológicas do sul peninsular, no que se refere à Idade do Bronze. 17 hectares de memória histó-rica, num local que fez história. pág. 6
Observatório de insetos em Vila Ruiva
Vd
No concelho de Cuba há um museu único em Portugal onde se podem ver insetos sociais vivos, um insetozoo. Abelhas, vespas, formigas e térmitas fazem parte do espólio que os visitantes podem observar, num espaço que resultou do fruto do trabalho e interesse de um só homem: João Cappas e Sousa. Um autodidata que dedicou toda a sua vida à bicharada e que continua a estudar o comportamento dos insetos. págs. 2/3
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Reportagem
Quem passa junto ao número 40 da rua 5 de Outubro, em Vila Ruiva, dificilmente imagina o que se passa
por trás dos muros e das janelas da antiga casa agrícola de dois andares, grades nas jane-las e barras vermelhas. Palco de guerras civis e regicídios, o museu vivo de insetos sociais, Cappas Insetozoo, funciona naquela freguesia do concelho de Cuba. Um verdadeiro mundo de insetos que vivem em sociedade e que são o universo do criador do espaço.
Na rua do museu, não fosse o silêncio pro-fundo da tarde quente e um sinal daquilo que estaria para vir passaria despercebido: o zum-bido de algumas abelhas ouve-se no meio da calmaria, voando em torno dos carros estacio-nados à sombra. Estes insetos, a par das vespas, formigas e térmitas, são as principais estrelas do museu criado em 1998 por João Cappas e Sousa. A particularidade do espaço está na observação de espécimes vivos destes insetos sociais, com regras, comportamentos e hierarquias perfeita-mente definidos nas colónias onde vivem.
Quem entra no quintal traseiro da casa, guiado pelo mentor do espaço e investigador autodidata, tem logo a primeira lição: as árvores e flores estão colocadas para servir as abelhas e vespas, proporcionando-lhes, junto às colónias, tudo o que precisam para viver. E, assim, volta-rem sempre às colmeias que servem de estudo e exposição. “Tudo o que está aqui não é por acaso, apesar de parecer uma mata desorgani-zada: tem tudo plantas específicas para ter flo-res próprias na altura certa”. A flor de maracujá é uma delas porque é visível às abelhas, que per-cecionam entre o azul e o ultravioleta. “É uma cor chamativa”, afirma João Cappas e Sousa, importante no processo de polinização. “Tenho
plantas do mundo todo de forma a assegurar as necessidades dos insetos durante todo o ano”. Insetos sociais que são a base para o equilíbrio ecológico envolvente.
O Cappas Insetozoo, museu vivo de inse-tos sociais, surgiu há 13 anos visando vários ob-jetivos: a educação ecológica dos visitantes; a di-vulgação dos insetos sociais; a preservação de espécies em extinção; o proporcionar de mate-rial para investigadores; ou o resgate de conhe-cimentos antigos sobre os insetos sociais. E sur-giu pela vontade de João Cappas e Sousa, estando hoje registado como centro de pesquisa de inse-tos sociais, algo “único no mundo”. Colaborando frequentemente com universidades, o conheci-mento autodidata do investigador não o fragiliza entre os académicos. A justificação é dada pelo próprio. “Tenho tanta base científica como os ou-tros ou não conseguiria fazer isto. Chego ao pé de um e digo que está errado por isto ou por aquilo. Não é dizer que não concordo, mas que não bate certo com uma série de coisas porque há muitas falsas verdades na ciência”.
A visita continua. A primeira sala tem três ex-positores de abelhas, ligados ao exterior por orifí-cios através de uma parede permitindo aos inse-tos a sua livre circulação. Nada mais do que baldes ou caixas de madeira cobertos de terra (por se tratarem de espécies subterrâneas), que acolhem
as abelhas, desenhados pelo proprietário, desig-ner de formação. “Um investigador não conse-gue desenhar um modelo. Um designer faz um projeto todo bonito mas desadequado aos fins. Juntar os dois é uma guerra”. As abelhas subter-râneas e sem ferrão, espécie extinta na Europa e presente noutros pontos do planeta como África ou Índia, entram e saem das suas colmeias de ca-tiveiro sem o saberem. Os potes cheios de mel, os favos estratificados e construídos por camadas são bem visíveis. E a labuta das abelhas também,
indiferentes a quem as observa.As abelhas sem ferrão assumem algum pro-
tagonismo no estudo do investigador, no sen-tido de garantir a flora natural portuguesa. “A nossa abelha está em perigo e a desaparecer. Sem abelhas não há polinização, sem polini-zação não há comida e este centro de pesquisa está a estudar abelhas sem ferrão que possam viver em Portugal”. Para João Cappas e Sousa, o uso sistémico de inseticidas nos campos é a principal causa do desaparecimento, por ata-car o sistema nervoso dos insetos. Assim, para além do aspeto lúdico da exposição, o inseto-zoo tem muitas espécies de abelhas estrangei-ras servindo de base de estudo, passando-se o mesmo com os restantes insetos.
Motins e regicídios Na sala seguinte está o pro-jeto que esteve na origem da criação do mu-seu de insetos vivos em Vila Ruiva. Apesar da presença de abelhas e vespas solitárias, é o Formigueiro Messor que chama a atenção de quem entra no espaço. O tamanho do exposi-tor e a complexidade de túneis e canais do for-migueiro traduzem-se no projeto mais notó-rio do espaço museológico. Em 1988, dez anos antes da inauguração do museu em Vila Ruiva, João Cappas e Sousa começa a construção do Formigueiro Messor, a pedido da Fundação Calouste Gulbenkian, para integrar o Centro Artístico Infantil, inaugurado em 1989 e onde esteve durante 12 anos. “Como o formigueiro ti-nha que ter uma série de requisitos, tive que en-contrar, antes de mais, uma espécie que se ade-quasse ao pretendido. Depois passei uma tarde inteira para encontrar a rainha, que foi cap-turada em Lisboa, entre as Olaias e o Areeiro, num formigueiro com dois anos de idade. E a
Museu de insetos vivos em Vila Ruiva, Cuba
Formigueiros e colmeias tal como as cidadesNo concelho de Cuba há um museu único no mundo onde se podem ver
insetos sociais vivos, um insectozoo. Abelhas, vespas, formigas e térmitas
fazem parte do espólio que os visitantes podem observar, num espaço que
resultou do fruto do trabalho e interesse de um só homem.
Texto Marco Monteiro Cândido Fotos José Ferrolho
Para além da estratificação em classes, as formigas vivem numa sociedade muito parecida com
a humana: comunicam, transmitem conhecimentos, cumprem regras, fazem guerras civis ou
regicídios, têm zonas distintas onde comem, bebem, onde fazem o “pão de formiga” (sementes
humedecidas e mastigadas em conjunto) ou cemitérios, onde depositam as formigas que morrem.
“É a elite que comanda a colónia. Se entender que a rainha se está a portar mal, mata-a”.Ideia que contraria um pouco o mito de que existe uma rainha e as trabalhadoras, quando na verdade “há uma elite e uma classe trabalhadora”.
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A origem do insetozoo
João Cappas e Sousa nasceu em 1962 e cedo, com apenas dois anos, mostrou interesse pelo mundo dos insetos e o seu funcionamento. Se, na Vila Ruiva de então, a maioria das crianças brincavam pelas
ruas, o futuro investigador gostava mais de ficar por casa e tentar perce-ber a dinâmica das formigas. “Eu nasci com a síndrome de Goldenhar, com dificuldades de visão audição, o que fez com que me isolasse e visse o mundo de outro prisma”.
Tudo começou com o aparecimento de um formigueiro na divisão da antiga casa agrícola onde João brincava, a casa do trigo. “Eu pus-me a ob-servar, punha lá sementes. Os insetos abstraíam-se do volume da sala e punham tudo à vista, como as crias. Como eu lhes dava comida, o meu odor espalhou-se pela colónia e é como se fosse um deles. E o mesmo acontece hoje em dia”.
Pelos cinco anos, a avó de João tinha cerca de 500 colmeias em Vila Alva, freguesia vizinha de Vila Ruiva, onde este passava grande parte do dia. Nessa altura, a proxi-midade com os insetos era ainda mais notória, habituados que esta-vam à presença e odor de João. “Eu brincava de manga curta no meio do colmeal. Punha a cabeça dentro dos cortiços e tudo. A minha avó entrava em pânico, mas nunca tive proble-mas porque as abelhas conheciam o meu odor”.
“Sempre de cabeça no chão e rabo no ar”. É desta forma que o autodi-data descreve os seus primeiros anos de vida, influenciado pela sua avó, que também gostava de abelhas. A oferta, por parte da mãe, de um livro sobre formigas incentivou João a fa-
zer algo diferente. Nesse livro vinha descrito que a rainha passava cinco a seis meses sem comer, pondo ovos e alimentando a sua descendência. “Eu tomo pequeno-almoço, almoço, jantar. Se a rainha hibernasse, eu ainda percebia. Isso fazia-me confusão e tive que ver”. Rapidamente arranja um frasco de café Tofina com terra com uma formiga fecundada e começa a observar. “Arranjei um diário e comecei a escrever. Dois meses depois vi a rainha a pôr um ovo. A minha mãe nem acreditou, por não ter máqui-nas, nem nada. Assim, aos oitos anos surgiu-me uma ideia: eu hei de fazer com que os outros vejam o que eu vejo”. E desta forma nasceu o primeiro expositor, embrião e passo primeiro para a construção do insetozoo, para todos verem o que João sempre viu.
Marco Monteiro Cândido
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última a apanhar foi a rainha”.A rainha morreu em 2010 com 25 anos de
idade e a colónia está em declínio. Neste mo-mento quem comanda o grupo é um soldado, que chegou ao poder através da decisão da elite das formigas. “É a elite que comanda a coló-nia. Se entender que a rainha se está a portar mal, mata-a”. Ideia que contraria um pouco o mito de que existe uma rainha e as trabalha-doras, quando na verdade “há uma elite e uma classe trabalhadora”. Para além da estratifica-ção em classes, as formigas vivem numa socie-dade muito parecida com a humana: comuni-cam, transmitem conhecimentos, cumprem regras, fazem guerras civis ou regicídios, têm zonas distintas onde comem, bebem, onde fa-zem o “pão de formiga” (sementes humedeci-das e mastigadas em conjunto) ou cemitérios, onde depositam as formigas que morreram.
Subindo ao primeiro andar e deixando o piso térreo, uma espécie de antecâmara do museu propriamente dito, os visitantes chegam às salas principais. Dois espaços repletos de formigueiros e termiteiras, espécie de aquários onde se podem
observar os comportamentos dos inseto no exte-rior e no interior dos formigueiros. Lateralmente, encontra-se um género de biblioteca do museu. As estantes dos móveis estão repletos de livros, revistas, brochuras e imagens de insetos ou plan-tas. Bichos-Pau ou Baratas de Madagáscar ob-servam a partir dos seus expositores e de forma estática o ambiente que os circunda. As baratas estão na origem das térmitas. Já as abelhas, ves-pas e formigas tiveram como antepassado uma vespa primitiva. Todo o espaço é sobre insetos e os insetos dominam todo o espaço.
Quase ao final da tarde chega um primeiro grupo de visitantes, de seis pessoas: duas se-nhoras e quatro jovens. Passados alguns minu-tos chega um segundo grupo de mais cinco pes-soas, pais, avó e dois filhos. João Cappas e Sousa explica com entusiasmo o relacionamento social dos insetos, mostra as colmeias e os formigueiros. Visivelmente contente e bem-disposto, vai avan-çando com os visitantes entre os expositores e as espécies, desfiando curiosidades. Lá fora, a tarde já vai mais fresca e as abelhas vão entrado e saindo do museu, explorando as ruas de Vila Ruiva.
Pelos cinco anos, a avó de João tinha cerca de 500 colmeias em Vila Alva, freguesia vizinha de Vila Ruiva, onde este passava grande parte do dia. Nessa altura, a proximidade com os insetos era ainda mais notória, habituados que estavam à presença e odor de João.
“A nossa abelha está em perigo e a desaparecer.
Sem abelhas não há polinização, sem polinização não
há comida e este centro de pesquisa está a estudar
abelhas sem ferrão que possam viver em Portugal”
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Hoje
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A GNR já registou, em 2011, 209 queixas de furtos a montes e explorações agrícolas. Os homens da terra dizem que “os campos estão a saque” e que “é preciso combater este flagelo”. A GNR garante que “continu-ará a fazer face a esta criminalidade”.
Os furtos a herdades na região são mo-tivo de preocupação para proprie-tários e agricultores. Os assaltantes
não poupam quem vive no campo, levando consigo o que apanham à mão. Os agriculto-res, contudo, garantem que muitos deles sa-bem exatamente o que procuram e dão como exemplo bombas de rega, máquinas agrícolas, combustível e o tão cobiçado cobre dos postos de eletricidade. O gado, esse, também não tem sido poupado.
Os equipamentos de rega são um alvo ape-tecido, nomeadamente os “pivots”, e, para além dos prejuízos do material danificado, os agri-cultores queixam-se dos “prejuízos que isso provoca na produção agrícola”. Os agricultores contactados pelo “Diário do Alentejo”, porém, não quiseram dar a cara, alegando que “têm medo de sofrer represálias”, temendo poderem ser “assaltados novamente”.
Manuel Amado, proprietário de uma herdade no concelho de Mértola, foi um dos mais recentes lesados, mas considera que é preciso “denunciar este flagelo”. “Arrombaram as portas e as janelas da minha propriedade e levaram a máquina de lavar roupa, a televisão, o vídeo, vários CD, quadros, es-pelhos, cortinados e roupas”, conta, acrescentando: “Levaram ainda uma roçadeira com motor, uma caixa de ferramentas e um alambique”.
O prejuízo, esse, segundo Manuel Amado, “ronda os 15 mil euros”. “Adoro o Alentejo e nunca pensei que poderia ser assaltado nesta re-gião. É aqui que quero morar o resto da minha
vida e é preciso combater este flagelo”, consi-dera o empresário.
Para este proprietário, “é preciso reforçar a segu-rança”. “Fui obrigado a redobrar os cuidados”, diz.
Muitos dos lesados fazem queixa às “au-toridades”, no entanto, “há também quem não o faça”. “Muitas vezes é alegado que não há pistas e assim torna-se difícil”, conta um dos agricultores contactados.
Segundo o tenente-coronel João Maia, do Comando Territorial de Beja da GNR, “é im-portante que as pessoas lesadas apresentem queixa sempre que se sentirem despojados dos seus bens”, defendendo que “muitas vezes po-dem ser dadas indicações e pistas importantes que podem resultar na detenção dos responsá-veis por estes atos ilícitos”.
De acordo com os dados do Comando Territorial de Beja da GNR, em 2011, conta-bilizam-se em montes isolados e explorações agrícolas, tendo por base as queixas apresen-tadas, “207 furtos” de crime contra o patrimó-nio, tendo sido verificados “dois roubos” (furtos onde foram aferidos atos de violência testemu-nhados). No total contabilizam-se, assim, “209 furtos”. Recorde-se que o Comando Territorial de Beja abrange os destacamentos de Aljustrel, Almodôvar, Beja, Moura e Odemira.
“Esta é uma situação que nos preocupa muito”, afirma o tenente-coronel João Maia. E defende: “Orientamos patrulhamentos para estas zonas, mas nem sempre é fácil, dada a vastidão do território. Não conseguimos, as-sim, ter um êxito absolutamente total, até por-que não é possível erradicar este tipo de com-portamento”. O tenente-coronel garante, contudo, que “a GNR tem tido êxitos e que tem levado vários criminosos a julgamento” e que “continuará a fazer face a este tipo de criminalidade”. Bruna Soares
GNR registou 209 furtos em 2011
Montes a saque
A Junta de Freguesia de Ervidel vai promover dois passeios de
verão para os idosos da freguesia. “Para muitas pessoas esta tem
sido, seguramente, a única oportunidade que têm para conhecer
outras paragens”. Os passeios privilegiam, sobretudo, o convívio
e a primeira visita realiza-se na terça-feira, à Baixa da Banheira.
Passeiosde verão
para idosos de Ervidel
Assaltos Desta propriedade em Corte da Velha, Mértola, foram furtados objetos no valor de 15 mil euros
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O processo de legalização do casario que foi sendo erguido e transacionado em torno da antiga mina, desativada na primeira dé-cada do século XX, avança lentamente dada a sua natureza “muito complexa”, re-fere a presidente da Junta de Freguesia de Santa Vitória, Julieta Romão. Entretanto, a falta de papéis dá azo a disputas pela posse dos terrenos.
A falta de documentos que atestem a propriedade de um número consi-derável de habitações na povoação
bejense de Mina da Juliana está a dar azo a disputas por tentativas de “roubo” de terre-nos. No pequeno largo junto à igreja, vários vizinhos discutem à sombra a recente ida da GNR ao povoado para apaziguar uma con-tenda entre parentes por causa de um quin-tal. No caso, um tio de Tadea Guerreiro, aca-mado há vários anos, cujo terreno, “que ele pode precisar de vender, para comer, por-que só ganha 280 euros de reforma”, está a ser cobiçado pelos irmãos. “Já chamámos a guarda fez ontem oito dias, mas não se pode fazer nada porque não há papel nenhum”, adianta a moradora, que alerta para uma si-tuação muito próxima do limite.
Na verdade, o processo de legalização do ca-sario que foi sendo erguido e transacionado em torno da antiga mina, desativada na primeira dé-cada do século XX, já foi encetado há vários anos mas avança lentamente, dada a sua natureza “muito complexa”, refere a presidente da Junta de Freguesia de Santa Vitória, Julieta Romão. Desde que tomou posse, em 2005, o executivo local “re-começou o processo”, com o apoio dos departa-mentos técnico e jurídico da Câmara Municipal de Beja, e já conseguiu a legalização de cerca de uma dezena de habitações, tendo encontrado de início
Casas “ilegais” geram disputas
Guerra pela terraem Mina da Juliana
perto de 100 por regularizar. Sucederam-se reu-niões com a população, recolha de documentos, entre eles as cadernetas existentes, e fizeram-se confrontações com o mapa da aldeia e com depoi-mentos de moradores mais antigos para apurar a posse nos casos onde não havia quaisquer registos nas finanças. “Fizemos as medições de cerca de 30 habitações”, informa Julieta Romão, dando conta de um trabalho que tem que ser feito “por fases” e que tem estado “mais parado” nestes últimos dois anos, também porque alguns dos interessados “não têm possibilidades” para arcar com as despe-sas da burocracia inerente à legalização.
Quem avançaria já se lhe fosse permitido é Cristina Lima, proprietária sem papéis de uma casa construída no quintal de uma avó, que se si-tua na zona dos terrenos baldios, o caso mais bi-cudo no processo de legalização. Custeou a cons-trução à conta de um crédito pessoal – “com que garantias é que um banco me faz um crédito à ha-bitação?” – e angustia-a o facto de não poder pro-var que o espaço lhe pertence, pelo que, para já, bastar-lhe-ia ter da Câmara de Beja um “papel que dissesse que estes tantos metros quadrados são meus”. “As minhas casas estão situadas nos cha-mados terrenos baldios, que não são reconhecidos nas plantas. A senhora da Câmara que andou me-dindo as casas mediu as minhas, mas até à data nada! E isto foi há dois anos e meio para três anos”, lamenta Cristina Lima.
A presidente da junta de freguesia avisa que às pessoas dos baldios foi dito que “era um processo posterior e que não era assim tão fácil” e que o que se tem tentado legalizar em primeiro lugar “são as habitações que já existiam no tempo da mina e pe-las quais as pessoas pagavam contribuições às fi-nanças”. Entretanto, foram já feitos contactos com a Câmara de Beja no sentido de um novo encontro com as populações, que possa reunir mais interes-sados no processo de legalização. Carla Ferreira
Por iniciativa do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, no dia 2
de setembro, será discutida, no plenário da Assembleia da
República, a ligação ferroviária de Beja. “Os Verdes” defendem a
manutenção da ligação direta Beja-Lisboa, a eletrificação do troço
Casa Branca-Ourique e a continuação da ligação ao Algarve.
“Os Verdes” levam comboios
à Assembleia da República
Reformados, pensionista e idosos do distrito manifestaram-se em Lisboa A Federação das Associações de Reformados, Pensionistas e Idosos do Distrito de Beja participou, ontem, numa concentração junto à residência oficial do primeiro-ministro. A iniciativa teve “como objetivo protestar contra a falta de cumprimento do Governo, no que diz respeito ao aumento das taxas de IRS e IVA, bem como o aumento dos preços dos transportes, dos medicamentos, do gás, da água e da eletricidade”.
Candidaturas Abertas De 29 de Agosto a 11 de Novembro de 2011
GAL PRÓ-RURAL
EIXO 3 – DINAMIZAÇÃO DAS ZONAS RURAIS 2º Concurso
3.1 - Diversificação da economia e criação de emprego
3.1.1 - Diversificação de Actividades na Exploração Agrícola
3.1.2 - Criação e desenvolvimento de microempresas
3.1.3 - Desenvolvimento de actividades turísticas e de lazer
3.2 - Melhoria da qualidade de vida
3.2.1 - Conservação e Valorização do Património Rural
3.2.2 - Serviços básicos para a população rural
Consulte os Avisos de Abertura do Concurso: www.alentejoxxi.pt
Mais informações contacte: 284 318 395
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Cristina Lima Proprietária sem papéis de uma casa em terrenos baldios
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Os trabalhos arqueológicos na “villa” romana do Monte da Chaminé, em
Ferreira do Alentejo, recomeçaram para os arqueólogos confirmarem a área
do lagar de azeite identificado e a eventual ocupação do sítio em período
visigótico. A 11.ª campanha arqueológica na “villa”, que foi ocupada entre os
inícios do século I a.C. e até ao século V d.C. e foi descoberta em 1981, a cerca
de três quilómetros de Ferreira do Alentejo, vai decorrer até 16 de setembro.
Além dos responsáveis científicos, a historiadora Sara Ramos e os
arqueólogos Clementino Amaro e Maria João Pina, a campanha
vai envolver um total de 20 alunos voluntários de licenciaturas e
mestrados em Arqueologia de várias universidades portuguesas.
Escavações arqueológicas
no Monteda Chaminé
Escavações terminam hoje no Outeiro do Circo
Históriasda Idade do Bronze
EditorialMerece?Paulo Barriga
Foi no preciso dia em que o minis-tro dos transportes foi à Espanha pedir desculpas por não levar o
TGV até Badajoz, mas que lá para se-tembro, se deus quisesse e ajudasse, era moço para iniciar obras numa nova li-nha férrea convencional entre Sines e a fronteira, passando obviamente por Évora. Nesse exato dia, por genu-íno acaso, lembrei-me de levar à praia uma t-shirt do movimento pelos com-boios Beja Merece, negra, que dizia exa-tamente “Beja Merece”. Em pleno pas-sadiço de acesso ao mar, abeirou-se um idoso, mangas cavas, bermudas, carre-gado sotaque galego, minhoto, sem dú-vida, com a mais elementar das per-guntas, aquela que nos esquecemos de colocar, aquela que não saberemos ja-mais responder: “o que é que Beja me-rece?”. Respondi-lhe com um sorriso da-queles de chinelo e fiquei até agorinha a tentar repetidamente responder a mim mesmo: mas que raio é que Beja merece? Merece mais e melhores vias de comu-nicação e de transportes? O dito com-boio de Sines deveria passar por Beja, uma vez que a autoestrada entre as duas localidades está em marcha? A linha de Lisboa deveria ser eletrificada? Não nos chegam as cinco ligações diárias à capi-tal, ainda que levantando o rabo em Casa Branca? Merece que se conclua o projeto do Alqueva e que a água de regar chegue por fim às suas portas? Merece que o ae-roporto se transforme, de facto, numa gare dinâmica e vigorosa? Beja merece coisas ou merece pessoas? Merece res-peito por parte dos governantes que, de forma sucessiva, a tem esquecido e vi-lipendiado? Merece melhores autarcas, melhores políticos, melhores líderes? Beja merece ter alguém, uma equipa, que a pense, que a sinta, que a ouça, que a projete no futuro? Merece ter um rumo certo, um caminho? E as pessoas de Beja merecem o que Beja merece? Merecem a sua cidade? Têm-lhe carinho e estima e apego? Ou não será que aquilo que Beja merece, antes de mais, é que os bejenses a mereçam?
merecem o que Beja merece? Merecem a sua cidade? Têm-lhe carinho e estima e apego? Ou nãoserá que aquiloque Beja merece,antes de mais, é que os bejenses a mereçam?
Talvez por necessidade de segu-rança, várias pequenas comuni-dades anteriores parecem ter-se juntado neste imenso povoado for-tificado do Bronze Final, com perto de 17 hectares. Um sítio estraté-gico entre Mombeja e Beringel, de solo fértil, próximo de jazidas de minério e de onde se podem observar as várias áreas de serra circundantes.
Texto Carla Ferreira
Foto José Serrano
Cumpre-se hoje, sexta-feira, o úl-timo dia da quarta campanha de escavações arqueológicas
no Outeiro do Circo, entre Mombeja e Beringel, povoado fortificado do Bronze Final cuja dimensão – perto de 17 hectares – faz dele um dos maio-res da época, no sul peninsular. O pro-jeto, desenvolvido com os apoios da Câmara Municipal de Beja, Junta de Freguesia de Mombeja e empresa de arqueologia Palimpsesto, é dirigido por Miguel Serra e Eduardo Porfírio, investigadores do Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto. Este ano, os traba-lhos, que arrancaram no início do mês e foram alvo de visitas guiadas, vol-taram a estar direcionados para o es-tudo das muralhas, tendo sido “posta à vista toda a zona construída da área intervencionada e levantadas as estru-
turas”, informa Miguel Serra. O per-fil encontrado foi o de uma “muralha compósita”, que reúne três elementos. O chamado “muro superior”, alicerce em pedra, provavelmente para receber uma muralha em terra e com paliçada em madeira, de que não há registo ar-queológico. Uma plataforma para re-gularização da inclinação, em “terras de caliço, certamente removidas de outro sítio e aqui depositadas”. E, an-tes destes, uma camada ou bloco de barro cozido, solução “bastante prag-mática” para consolidação dos taludes e evitar desprendimentos de terras, que “parece repetir-se um pouco por toda a área de muralha”, revela Miguel Serra.
Terminada a “fase de avaliação”, apuram-se hipóteses que permitem avançar para um programa de inves-tigação mais aprofundado. Uma de-las, e tendo em conta os pequenos po-voados do Bronze Médio detetados na zona, sobretudo no âmbito de traba-lhos recentes para construção da rede de rega de Alqueva, diz respeito a uma “regressão e concentração neste local” a partir do Bronze Final. “Esta vasta rede de sítios é de um período ainda anterior ao Outeiro do Circo. A partir do Bronze Final, não conhecemos ou-tra ocupação na planície. Por neces-sidades de segurança, de melhor pro-teção e controlo, o que é certo é que estas comunidades parecem juntar-se aqui, formando um povoado imenso
que controlaria seguramente um vasto território”, concretiza o arqueólogo. Ressalve-se que os outros grandes po-voados fortificados da época de que há registo rondam os cinco hectares. O grande domínio visual, permitindo a observação das várias áreas de serra circundantes, a fertilidade do solo e a proximidade de jazidas de minério (Mina da Juliana) fazem deste terri-tório um sítio estratégico e, como tal, atrativo.
O outro “grande enigma” que per-siste é quando terá sido o fim desta co-munidade. Não existem datas exatas sobre o abandono do Outeiro do Circo mas, acrescenta o arqueólogo, “sabe-mos que na Idade do Ferro já não se-ria ocupado ou seria, talvez, apenas uma área residual”. Tudo indica, no entanto, que a região passa a ter uma “nova centralidade” na zona onde ve-mos a cidade de Beja. Dados recentes de trabalhos dirigidos pela arqueóloga Conceição Lopes no centro histórico bejense dão conta, justamente, de uma ocupação da cidade, pelo menos a par-tir do século VIII aC.
Nas próximas campanhas, o que se pretende é estender a intervenção à área habitacional do povoado, onde aumentam as hipóteses de se encon-trarem ossadas animais e materiais cerâmicos, além de escavar um novo troço de muralha “para ver se este sis-tema construtivo se repete ou se há di-versas soluções”, conclui Miguel Serra.
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O município de Beja vai abrir concurso
público para realização de empreitada
de reabilitação de seis edifícios no
Bairro Beja II, que consiste no arranjo
das coberturas, requalificação dos
estendais e pintura dos edifícios. A obra
– com um custo estimado em 190 mil
euros – vai ser candidatada a apoios,
nomeadamente através do Instituto da
Habitação e da Reabilitação Urbana.
Sines Tecnopolo avança com pós-gradua-ções A academia do Sines Tecnopolo anunciou que vai avançar com novas edições de pós-graduações no âmbito da gestão, banca, contabilidade e higiene e segurança no trabalho. Mónica Brito, coordenadora da academia, refere
que “estas pós-graduações são desenvolvidas em parceria com o Instituto Politécnico de Beja e o Instituto Politécnico de Setúbal”. O objetivo é “garantir a componente acadé-mica, científica e de investigação destes cursos de espe-cialização”. Para Tiago Santos, diretor executivo do Sines
Tecnopolo, “estas pós-graduações representam uma espe-cialização profissional avançada no Alentejo litoral, dando à população da região a possibilidade de frequentar pós-graduações sem a necessidade de deslocação às capitais de distrito”.
Câmara vai reabilitar
edifícios no Bairro Beja II
Época de incêncios termina a 30 de setembro
Distrito de Bejaé o que menos arde
A pouco mais de um mês do fim da época de fogos, o dis-trito de Beja é aquele que re-gista a menor área ardida em Portugal.
“Têm havido alguns fogos sem grande di-mensão, mas devido
a um eficiente ataque inicial” a situação tem estado controlada, disse ao “Diário do Alentejo” o major Victor Cabrita, co-mandante operacional distri-
tal da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
Para que, até ao momento, tudo esteja “a correr bem”, não será alheio o facto de existir uma equipa da Força Especial de Bombeiros (FEB), com sede em Ourique, que integra um he-licóptero, com capacidade para transportar os operacionais em tempo útil para os locais dos in-cêndios e que, para além disso, está equipado com um balde que permite um ataque mais eficaz.
A juntar a isto, a coordena-ção com as equipas especiais das corporações de bombeiros da região, que se manterão em alerta 24 horas sobre 24 horas, até ao último dia de setembro, é também um fator importante para que os incêndios sejam mortos à nascença.
O s i te d a Autor id ade Florestal Nacional (AFN), onde são disponibilizados os dados referentes aos incêndios ocorri-dos no território do continente
até ao dia 15 de agosto, revela ser o distrito de Beja aquele onde a área ardida é a menor do País. Até esta data, ocorreram oito incêndios f lorestais e 19 fogachos (áreas com menos de um hectare), tendo consumido 34 hectares de povoamentos e nove de mato.
Em Évora foram registados 331 ignições (119 hectares em povoamentos e 212 em mato) e, em Portalegre, o número é de 320 incêndios (210/110). AF
Resialentejo vai distribuir 31 eletrõesA Resialentejo, Empresa
Intermunicipal de Gestão de
Resíduos que abrange os municípios
de Almodôvar, Barrancos, Beja,
Castro Verde, Serpa, Mértola,
Moura e Ourique, vai iniciar em
breve a instalação de uma rede de
ponto eletrão para a receção de
equipamentos elétricos e eletrónicos
de pequena dimensão, como velhas
torradeiras ou telemóveis fora de uso.
Numa fase inicial vão ser instalados
31 pontos eletrão, distribuídos pelos
concelhos de Barrancos (quatro),
Beja (cinco), Ourique (13) e Serpa
(nove). Esta parceria resulta da
assinatura de um protocolo entre os
municípios aderentes e a empresa,
prevendo-se a adesão futura de
mais municípios a esta iniciativa,
adiantam os responsáveis.
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Opinião
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No Outeiro do Circo, em Mombeja, como no Monte da Chaminé, em Ferreira do Alentejo, ou na praça da República, em Beja, equipas de
ARQUEÓLOGOS esventram as entranhas da terra em busca do nosso passado comum. Conhecer mais e melhor o que fomos é, sem dúvida, a melhor mezinha para ajudar a compreender o presente e para olhar para diante. PB
O pior mal da arbitragem no nosso futebol situa-se muito antes de ser aferida a competência dos árbitros. Está nos dirigentes dos clubes – e nos seus tentáculos nas associações que, até poderem, nunca prescindem de escolher, cientificamente, os dirigentes dos árbitros… Santos neves, “A Bola”, 24 de agosto de 2011
Oiá bolinha djiBerlím fresquinha!Bruno Ferreira Humorista
A semana passada gravei um spot publicitário em que tive de encarnar o típico vendedor de gelados e bolas de Berlim que seduzem as barrigas do bom veraneante tuga. Tenho registada na cabeça, desde a alcofa, a música e os pregões dos vendedores ambulantes de guloseimas de praia: “É fru-
tóóó choclate! Olhó Olá fresquinho! Olhá língua da sogra e a bola de Berliiiim!” Peguei no texto do criativo e dei-lhe os jeitos de um destes lobos da praia. O mp3 foi enviado, a agência aprovou, e eu saí do estúdio com a agradável sensa-ção de dever bem cumprido.
Daí a dois dias começava as minhas férias na ingénua es-perança de que o vento soprasse com menos força nos nos-
sos areais do que na minha rua. Mas enganei-me, que o vento não só soprava, como soprava forte e logo na direção de nor-no-roeste, que é um ponto cardeal que me traz sempre à memória o Anthímio de Azevedo e o Costa Alves.
Todavia, não foi só sobre a in-tensidade do vento na praia que me enganei. Por entre o vendaval, comecei a ouvir uma campainha ao longe, acompanhada por uma ladainha com sotaque cerrado: “Oiá bola, que delícia! Chegou a bola show de bola!” E percebi que o meu vendedor estava ferido de caducidade. De caducidade, de sotaque e de ritmo. Parecia que a minha interpretação no anúncio gravado na véspera fazia parte do “Conta-me Como Foi”, ou dos tempos em que o Twix ainda era Rider. O vendedor de doces de praia já não era como o Bola Nova, que calcorreava as praias de Costa da Caparica com o seu carrinho de mão com uma roda
de bicicleta, carregado de bolos, e ainda a salvo dos ataques ter-roristas. Não os da Al-Qaeda, os da ASAE.
O novo vendedor de bolos atravessou o Atlântico e traz um português avesso ao novo acordo. Acenei-lhe e enquanto lhe pagava os dois euros pela bola de Berlim, perguntei-lhe o seu nome e de onde era, só para poder meter uma cunha se fosse preciso, no caso de já só sobrar uma bola de Berlim a ser disputada entre mim e um bando de crianças esfomeadas. Clebergilson viajou de Minas Gerais, (um estado que fica a nor-noroeste de S. Paulo) e este é o seu trabalho de verão.
E assim fiz duas descobertas logo no primeiro dia de praia. O vento estava para ficar e as bolas de Berlim eram agora ven-didas de forma mais tropical, neste agosto em que os analis-tas asseguram que não está a haver um verão político nem dos mercados.
Mas esquecem-se de que mesmo para nós, inconspí-cuos (inconspícuos, só para infligir uma certa elevação a esta
crónica marcadamente silly season) portugueses não políticos, nem financeiros, também o verão nos está a sair às avessas. E não é por causa da crise, nem do corte do subsídio, ou do au-mento do gás e da luz. É por causa do raio do vento! Porque de nor-noroeste, nem bom vento, nem bom casamento. O que vale é que ainda há bolas de Berlim. Quem o diz é o Clebergilson: “Oiá bolinha fresquinha, naturau dji Portugau!” É de comer, mas de costas para sul-sudoeste.
O Algarve está cheio pelo menos nas filas dos supermercadosDaniel mantinhas Empresário
Enquanto meio Portugal está a ba-nhos, outra metade trabalha como nunca, é o meu caso. Estou no Algarve há quatro semanas, em tra-balho, e tenho tido muito pouco tempo para ser turista tradicio-nal. Porém apraz-me comunicar aos nossos queridos leitores uma nova descoberta turística, fruto da era FMI: as cadeias de supermerca-
dos. Todas elas, sem exceção, formam filas intermináveis de manhã à noite sem cessar. Fila para o pão, para a carne, para estacionar, para pagar, para o Euro Milhões, é impres-sionante ver Portugal a fervilhar de vida.
Eis o melhor produto e destino turístico do Algarve 2011, supermercados. Se pensarmos bem, até é um bom exemplo para a governação: execução orçamental perfeita (tudo esgota sem desperdícios), cobranças eficazes (100 por cento), pres-crição de dívidas a zero (não há crédito), consumo e procura a crescer diariamente. Enfim, tudo aquilo que qualquer governo quereria para as contas públicas.
No reverso da medalha, estão as esplanadas e os restaurantes, com um ar desolador uns por-que estão vazios e outros porque estão cheios de mesas e pessoas com bicas e gelados a dividir por quatro. É o novo tempo, come-se em casa, aproveita-se a praia en-quanto for grátis e depois dá-se a voltinha na marginal para quei-mar as calorias das bolinhas que se comeram na praia.
Mas nem tudo é mau, os fes-tivais de verão esgotaram, a gaso-lina desceu (dado válido por qua-tro horas), o primeiro ministro foi à festa do Pontal, os ingleses já não podem dizer que são sempre os mesmos a dar problemas na Europa, os espanhóis veem fu-mar aos restaurantes portugue-ses porque lá não podem e, como sempre, vamos chegar à nova temporada com o tom suficiente para não nos escaldarmos tão fa-cilmente com o que para aí vem.
Uma coisa é certa, indepen-dentemente de tudo, as praias es-tão lindas, a água está ótima, o
mar está com um azul intenso e a cerveja está gelada, mas o País está diferente: está mais bronzeado para não dizer escuro.
PS: Uma última nota aos emigrantes que nos visitam por estas alturas, verifiquem as bagageiras dos carros quando regressarem, pois o número dos inconformados está a aumentar.
Só a Área de Projeto?Francisco Marques Músico
Já há algum tempo que venho a falar com colegas acerca da minha opinião sobre o facto de se continuar a manter como parte integrante do currículo do ensino básico as chamadas Áreas Curriculares Não Disciplinares. Em todas as conver-sas que tive sobre o assunto sempre dei-xei bem claro que estas deveriam ser er-radicadas e foi com bastante satisfação que ouvi a notícia de que no próximo ano
letivo já não iria existir uma delas: Área de Projeto.Na minha opinião, a decisão, que aplaudo, peca por
não se estender às outras duas: Formação Cívica e Estudo Acompanhado. É certo que os alunos necessitam de desen-volver competências na área da formação cívica assim como
de aprender a estudar, mas não me parece que seja com estas duas áreas ministradas como se fossem duas disciplinas que alguma vez se consiga alcançar tais objetivos. Contudo, penso que esta decisão pode ser um princípio para que as outras duas venham também a deixar de existir.
Porém, se a decisão me me-rece ser destacada como uma medida a aplaudir, um outro as-peto me volta a deixar apreen-sivo: a substituição deste bloco por aulas de Língua Portuguesa e Matemática. Parece-me que os objetivos que estas áreas tentavam alcançar se prendem com conteú-dos relacionados com o saber ser e o saber estar, com o respeito por si próprio e pelos outros, com um trabalho integrado e articulador de diversas áreas do saber, com a concentração, com a avaliação do seu próprio desempenho e do de-sempenho dos outros, e com tan-tas outras competências que não são específicas desta ou daquela área científica, mas que são trans-versais e reais e que podem ser trabalhadas em disciplinas com um caráter mais prático.
Assim sendo, então não faria mais sentido estes tempos le-tivos serem ocupados com disciplinas que trabalham estes as-petos, como é o caso das disciplinas artísticas e desportivas que neste momento são relegadas para um plano secundário e tratadas como se não fossem necessárias para a formação da personalidade dos nossos alunos e não contribuíssem para os tornar indivíduos mais íntegros e completos?
Onde estará Seguro? Onde se esconde o PS? Paralelamente tristes, votam-nos a uma melan-colia atroz, que nem a satisfação provocatória do Governo consegue amenizar. Claro que nada disto é eterno ou estável. Porém, a cada dia que passa perdemos um sonho, uma réstia de es-perança, um pequeno gomo de fé, uma fatia de confiança. Baptista-Bastos, “Diário de Notícias”, 24 de agosto de 2011
O novo vendedor de bolos atravessou o Atlântico e traz um português avesso ao novo acordo. Acenei-lhe e enquanto lhe pagava os dois euros pela bola de Berlim, perguntei-lhe o seu nome e de onde era, só para poder meter uma cunha se fosse preciso, no caso de já só sobrar uma bola de Berlim a ser disputada entre mim e um bando de crianças esfomeadas.
Uma coisa é certa, independentemente de tudo, as praias estão lindas, a água está ótima, o mar está com um azul intenso e a cerveja está gelada, mas o País está diferente: está mais bronzeado para não dizer escuro.
Não faria mais sentido estes tempos letivos serem ocupados com disciplinas que trabalham estes aspetos, como é o caso das disciplinas artísticas e desportivas que neste momento são relegadas para um plano secundário e tratadas como se não fossem necessárias para a formação da personalidade dos nossos alunos e não contribuíssem para os tornar indivíduos mais íntegros e completos?
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Os ASSALTOS A MONTES e a propriedades rústicas repetem-se um pouco por toda a região. Já não é apenas o fio de cobre
que transporta a eletricidade às explorações agrícolas que interessa aos larápios. E muitas vezes, para lá do roubo, ficam um rasto de destruição, como agora aconteceu em Corte da Velha, Mértola.PB
Na MINA DA JULIANA, num recanto perdido da Freguesia de Santa Vitória, Beja, existe uma antiga aldeia mineira onde
insistem em viver pessoas em casas que são suas por legitimidade e uso, mas que não são reconhecidas oficialmente. Por ali já começaram os primeiros roubos e usurpações. É urgente resolver a situação. PB
Manuel de Brito Camacho é reeleito, pelo distrito de Beja, para o Parlamento Monárquico
Com o desenrolar do ano de 1910 os escândalos em que a Monarquia se vai atolando sucedem-se a um ritmo vertiginoso. A 22 de abril, Afonso Costa inter-
vém no Parlamento a propósito do monopólio do açúcar na Madeira e, após vários dias de boatos, a 1 de maio, é anun-ciada a falência do Crédito Predial Português, cujo diretor, José Luciano de Castro, é o chefe do Partido Progressista. Em resultado deste enorme escândalo, José Luciano de Castro demite-se do Crédito Predial e Veiga Beirão acompanha o seu líder de partido demitindo-se de chefe do Governo, em-bora se mantenha em funções até final do mês de maio.
Após um mês de hesitação, em princípio de julho de 1910, toma posse um novo Ministério chefiado por António Teixeira de Sousa, chefe do Partido Regenerador desde a de-missão de Júlio de Vilhena e líder da “ala esquerda” desta for-mação política. É este Governo que promove as eleições de 28 de agosto de 1910, mantendo-se em funções até à revolu-ção de 5 de Outubro de 1910.
No distrito de Beja, nestas últimas eleições para o Parlamento Monárquico, apresentam-se três listas: A lista do Partido Nacionalista, organização política ligada à Igreja e aos Jesuítas, com um só candidato, Domingos Pulido Garcia; A lista monárquica, resultante da coligação entre regenera-dores e progressistas, constituída por João de Sousa Tavares, Joaquim António de Santana, Augusto C. Clara da Rica, Libânio Fialho Gomes e Francisco Lacerda Ravasco; A lista republicana, cujos candidatos são António Aresta Branco, António Benevenuto Ladislau Piçarra, Ernesto Campos de Carvalho, Francisco Manuel Pereira Coelho e Manuel de Brito Camacho.
Apesar da vitória dos monárquicos, Manuel de Brito Camacho é reeleito deputado e os resultados eleitorais mos-tram-nos um Baixo Alentejo onde o Partido Republicano tem uma influência significativa, ganhando em cinco con-celhos: Beja, Cuba, Aljustrel, Castro Verde e Odemira. Os vo-tos, expressos sob a forma de lista, mostram ainda um dis-trito com duas faces. Uma republicana, constituída por 11 concelhos (Beja, Ferreira do Alentejo, Cuba, Alvito, Aljustrel, Vidigueira, Castro Verde, Ourique, Odemira, Almodôvar e Mértola) onde, no conjunto, o Partido Republicano obtém mais 95 votos que os candidatos monárquicos e uma outra integrando os concelhos da margem esquerda do Guadiana (Moura, Serpa e Barrancos), território onde progressistas e regeneradores conseguem 2.480 listas entradas nas urnas contra apenas 235 dos republicanos.
No concelho de Beja, onde para além da cidade exis-tem também assembleias de voto em meios rurais, verifica-se que os republicanos perdem no campo, caso por exemplo de Baleizão, mas ganham na cidade o que mostra que a base eleitoral republicana se encontra nos funcionários públicos, nos comerciantes, nas profissões liberais, nos polícias e nas patentes baixas e intermédias do exército.
É ainda digno de registo o facto de num distrito com 192.499 habitantes (censos de 1911) só terem votado 10.323 eleitores. Aqui o problema não é a abstenção, mas sim os entraves colocados pela lei às inscrições nos cadernos eleitorais.
Constantino Piçarra
Efeméride28 de agosto de 1910
O Estado português é gordo, esbanjador e está cheio de clientelas. Reduzir isso a fundações e institutos é só para inglês ver. Eduardo Dâmaso, “Correio da Manhã”, 23 de agosto de 2011
Há 50 anos
Dos filhos dos operáriosa Einsteine Mark Twain
A notícia, no “Diário do Alentejo” de 26 de agosto de 1961, era datada da antevéspera, a partir da Mina
de S. Domingos, e intitulava-se “Filhos dos empregados e operários da Empresa Mason and Barry, L.da em Vila Nova de Milfontes”. Dizia: “A exemplo dos anos anteriores, na benéfica cruzada em prol da saúde dos pequeninos, com destino á praia de Vila Nova de Milfontes, par-tiu hoje um grupo de 75 crianças filhos de trabalhadores beneficiários da Caixa de Previdência do Pessoal da Empresa Mason and Barry, L.da, que naquela magnífica praia ia gozar um período de 15 dias de férias em contacto com ar re-frescante e saudável do mar. Brevemente, com destino á mesma praia, seguirá o se-gundo turno, composto por igual nú-mero de meninas, também a expensas da referida Caixa”.
Nas edições dessa semana havia ou-tras novidades. Na Europa, agravava-se a crise em Berlim. No Brasil, demitia-se o presidente da República, Jânio Quadros. Em Angola, prosseguia “a acção das for-ças militares na luta contra o terrorismo”. Cá dentro, assinalava-se o 32.º aniversá-rio da “Campanha do Trigo”, iniciativa que “deu ao País os mais frutuosos resul-tados sob o ponto de vista económico”.
De Beja, clamava-se contra o perigo de um conf lito nuclear internacional. Um artigo de M.A.S. alertava para o pro-blema e referia uma declaração enviada anos antes, em 1953, por proeminen-tes cientistas aos “governantes das gran-des potências”. Citava: “Considerando que numa futura guerra mundial se-riam certamente empregadas armas nu-cleares e que tais armas põem em perigo a sobrevivência da Humanidade, apela-mos para os governos de todo o mundo no sentido de se darem conta e reconhe-cerem publicamente que os seus objecti-vos não podem ser alcançados mediante uma guerra mundial e convidamo-los, portanto, a procurarem meios para so-lucionarem todas as suas questões e li-tígios”. Subscreviam a declaração, entre outros, Bertrand Russel, Albert Einstein e Frédéric-Joliot Curie...
Mas nem tudo era assunto sério. E até havia, diariamente, na primeira página, “A graça da tarde”, em geral de humor in-teligente. Como este: “O famoso escritor americano Mark Twain dizia: – Quando tinha 14 anos achava que o meu pai era um ignorante. Quando cheguei aos 21 anos fiquei espantado com o que ele con-seguira aprender em sete anos!”.
Carlos Lopes Pereira
Política, desporto, religião
José Ramos Beja
Diz o dicionário que “política” é “a ciência do governo das nações; arte de diri-gir as relações entre os estados; princípios que orientam a atitude administra-tiva de um governo; conjunto de objetivos que servem de base à planificação de uma ou mais atividades; maneira hábil (engenhosa) de agir”.
Depois, palavras da mesma raiz como “politicagem” (maus políticos) o mesmo sentido de “politiquice” que é política mesquinha, pouco escrupulosa, ação de “politiqueiro”, pessoa que, em política emprega processos poucos cor-retos. O mesmo que “politicante”, o que faz política partidária. “Politicão”, um grande político (o que deve ser muito raro), “politicomania”, monomania, ob-sessão, ideia fixa na política.
Ainda temos “politização”, ato ou efeito de politizar, que é promover a consciência dos deveres e direitos políticos, ou atribuir um papel político a alguém.
Não duvidamos que nestes tempos de crise, nesta perturbação que altera o curso ordinário das coisas, devia haver uma convenção, um acordo entre to-dos os partidos para o bem geral do País. Se houvesse mais justiça, não só es-tavam na AR os cinco principais partidos como os outros pequenos partidos (nem que fosse com um deputado) porque penso e creio que em todos os par-tidos há homens inteligentes, sinceros e bons, para poderem dar seu contri-buto para o bem da pátria. Talvez que se assim fosse, se acabaria com a po-litiquice com os seus politiqueiros, cada qual puxando a brasa à sua gostosa sardinha, ou fazendo a vontade dos seus amigos, ou falsos amigos.
“Talvez” digo eu, porque a Bíblia pela pena de S. Paulo nos diz que diante de Deus “Não há um justo nem um sequer, nem ninguém que faça o bem…” rom.3:10.
Sobre o desporto, desportismo, desportivismo ou desportivo, se diz que é a prática de exercícios próprios para desenvolver o vigor e a agilidade, como também a educação do espírito. O dicionário também diz que é (deve ser) divertimento, recreação, folga, distração, e que o desporto-rei é o fute-bol. Mas como as coisas estão no futebol já pouco tem dos atributos acima, e com a crise geral muitos clubes se enchem de dívidas, outros vão acabando… Clubes mais resistentes financeiramente por terem mais sócios vão pagando milhões a jogadores estrangeiros, alguns com pouca categoria, não sendo me-lhores que muitos jovens portugueses…
Penso até que não faltará muito tempo para que o futebol tenha que pros-seguir como muitas outras atividades desportivas – no amadorismo! Sim, porque a crise financeira e económica global com certeza vais aumentar e sendo geral estamos nos finais deste presente estado de coisas, ou seja nos finais deste tempo. Que nos resta? Como alguém escreveu “o que verdadei-ramente importa é que haja uma mudança de mentalidade! Transformar o amor ao dinheiro causa da exploração de uns e da revolução sangrenta da parte de outros, pelo amor e compreensão”.
Sim no novo estilo de vida de amor e paciência fraternal e não de reivindi-cações ou do amontoar de riquezas muitas delas ilícitas ou ilegais.
A Bíblia Sagrada também nos informa dum “julgamento final”. Para o Senhor Deus seremos todos iguais durante o julgamento futuro. É impor-tante meditar.
Estação
Diamantino António Funcheira
É uma das mais lindas estações de primeira classe em todo o nosso País, a da Funcheira, como se pode verificar em fotografia na página 11 do “Diário do Alentejo”, datado de 22 do mês de julho do ano de 2011.Fica situada no concelho de Ourique.
É uma tortura para a humanidade o que a Refer está a fazer aos seus clientes, em manter as portas fechadas da sala de espera da refe-rida estação. As pessoas quando vão embarcar no comboio ou esperar pessoas de família ficam expostas na rua à chuva e ao vento frio sem te-rem um abrigo, sendo tratadas como se fossem animais abandonados.
Cartas ao diretor
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Páginas Esquecidas
Duas poesiasdo conde de Monsaraz (1852-1913)
Em meia dúzia de anos, este executivo matou o cinema, feriu de morte o teatro, e acabou com o desporto. É, sem dúvida, um “notável” palmarés, para uma cidade que há uma década – segundo o Sr. José Ernesto – estava parada no tempo, e que nestes últimos dez anos, deixando de estar parada, andou velozmente para trás. Por este andar, qualquer dia nem o Templo de Diana se manterá de pé. Carlos Piteira, maisevora.blogspot.com, 23 de agosto de 2011
Em Julho, as cegonhas ajuntam-se em bando,Desertam dos ninhos e partem voando,Fugindo aos calores;Acabam nos campos as ceifas ardentes,São mortas as relvas, as águas dormenteE murchas as flores.
Ajuntam-se em bando, nas margens dos rios,Caladas, tristonhas, de aspectos sombrios,Até que, aos milhares,As asas abertas, as pernas retesas,Os bicos em riste, das largas devesasSe ampliam nos ares.
Onde ides tão altas, cegonhas, Buscar novos climas, caladas, tristonhas,Seguir novos trilhos?Não tendes já nada que aqui vos detenhaNas torres, nas faias, nas serras de lenha,Criados os filhos?
Criados os filhos, não tendes já nadaQue possa prender-vos à terra sagradaDas várzeas risonhas;Por isso com eles dos ninhos partistes,Com eles voastes, saudosas e tristes,Cegonhas, cegonhas!
Ó moças de Bencatel,Não vos zangueis se vos ralho:Muito amor, pouco trabalho;Pouco trigo, muito mel;– Fiai-vos no que vos digoE não fiqueis mal comigo,Ó moças de Bencatel –Para vós, para a lavoura,Tomai tento, melhor foraMuito trigo e pouco mel.
Vejo terras de pousio,Que andaram sempre lavradas,Todas cobertas de flores;
Mas quando chegar o frioE passarem os calores,E as chaminés apagadasE as camas sem cobertores,Mal irá às namoradasE pior aos lavradores.
Funçanatas e derriços,Cantigas e pasmaceiras,Fazem fugir aos serviços
As cegonhas
E até para o ano, se Deus nos der vida,Que o instinto da espécie vos move e convidaDe novo a voltar;Veremos o bando que em Julho nos deixa,Em Março de volta, co’as asas em flechaRemando no ar!
Freirinhas cingidas de véus alvacentos,Fugiram, regressam de novo aos conventosNa paz do Senhor,E havemos de vê-las a olhar como dantesCurvadas, imóveis, dos altos mirantes,Os campos em flor.
Havemos de vê-las imóveis, absortas,À hora das regas, no fresco das hortas,Em estos sensuais,A filosofarem nas coisas eternas,Os corpos de arminhos, e os bicos e as pernasDe vivos corais.
Nas velhas igrejas havemos de vê-lasEm êxtases, graves, leais sentinelasDe Deus que as protege;E pelos serviços que aos campos têm feito,Havemos de vê-las no amor, no respeitoDo crente e do herege.
Nos verdes quinchosos, cegonhas, Deus dá-vosEm volta dos ninhos papoilas e cravosE ervilhas-de-cheiro,E rosas silvestres trepando e açucenas,Que à noite perfumam os pastos e as penasDo vosso canteiro.
Deus dá-vos, cegonhas, o gozo de olhardesNa paz, na agonia das místicas tardesOs gados tranquilos,À veia bebendo das águas correntes,Enquanto se escuta, nas calmas vertentes,A troça dos grilos,
E a ânsia das rolas, e as queixas da nora,Em prantos que a terra sedenta devoraNum rude cansaço;As vozes do tempo, do espaço infinito,Que gritam confusas – “Deus seja bendito,No tempo e no espaço!”
Cegonhas, cegonhas, que nunca nos falteConvosco o mais vivo, mais límpido esmalteQue alegra a paisagem!Cá tendes o ninho na torre da ermida,Até para o ano, se Deus nos der vida,E adeus, boa viagem!
Moças de Bencatel
E faltar às sementeiras:Eis porque estão os cortiçosAbarrotados de melE estão desertas as eiras,Ó moças de Bencatel.
Como abelhas, as cantigas,Por entre moitas e brejos,Fabricam favos de beijosNas bocas das raparigas,E os mocetões das aldeias,Sem canseiras nem cuidados,Largam ancinhos e aradosPara crestar as colmeias...
Ó moças de Bencatel,Vós tendes as bocas cheias...Acautelai-vos, senãoHaveis de ficar sem mel,Sem maridos e sem pão!
Conde de Monsaraz (Musa Alentejana, 1908;
2.ª ed., 1933; 3.ª ed., com desenhos de Alberto Souza, 1954)
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Caçaàs aves,a aberturada discórdia
A madrugada do passado dia quinze roubou à cama muitas centenas de caçadores (entre os
quais me incluo) esperando que rolas e pombos viessem quebrar o jejum nos co-medouros preparados para o efeito nas zonas de caça em que são associados.
De novo a “abertura”, momento especial para os devotos de Santo Huberto, momento azarado para as aves apontadas nos editais venatórios que nesse dia cruzam os céus sem sa-ber o que as espera.
Data aproveitada também para as farpas dos inimigos da caça que não se acanham em apontar o dedo a ho-mens bárbaros, armados até aos den-tes, sem coração, cometendo o crime execrando de atentar contra a vida de seres indefesos numa espécie de cru-zada de violência.
Abre a caça e instala-se a polémica. Nada a fazer.
O confronto entre as partes tem ten-dência para recrudescer com o evoluir da urbanização das sociedades. A vida no campo foi chão que já deu uvas. Ninguém lá vive, nem os pastores já lá guardam gado. As crianças crescem a afagar bichos de peluche. A natureza é cada vez mais coisa de filmes.
A argumentação dos contra a caça é hoje, por isso, mais fácil de aceitar do que a dos caçadores: uns destroem, outros defendem, uns são contra a vida, outros são a seu favor. Haverá coisa mais convincente? Entretanto as coisas não são bem assim, antes pelo contrário.
O filósofo Ortega y Gasset gas-tou um livro a tentar explicar o que se passa com o caçador face às pre-sas que persegue e que, em momento único e crucial lhe ficam a tiro. O que se passa comigo, caçador velho de meio século, não difere muito da ar-gumentação do filósofo espanhol que tenta desmistificar a velha teoria do homem bárbaro. Por isso me levan-tei nesse dia de madrugada, um pouco mais cedo do que o habitual e rumei ao encontro dos meus companhei-ros de Associativa para um local bati-zado (quem sabe se por algum vizir de Mértola) de Amendoeira da Serra, po-viléu tão bonito de nome como simpá-ticos são os seus moradores. E não ia de faca nos dentes, de arma aperrada e olhar turvo amaldiçoando os bi-chos que sanguinariamente mataria
logo que a aurora pintasse o nascente. Ia, sim, na expectativa de que eles me passassem a jeito para com eles me confrontar na forma como homens e bichos sempre se confrontaram: sem ódio nem desamor, tentando contra-riar as suas manhas com as minhas. Nesse confronto, se quiserem leal, se resume a caça. O homem já não pre-cisa dos animais para comer (a caça não é um matadouro de eletrocussão, onde afinal todos se abastecem, até os bem pensantes) mas não desdenha a venatória como atividade lúdica que, afinal, redunda em fator de equilíbrio do ecossistema e numa forma de revi-goramento das espécies.
Após a queda do res nullius que le-vou ao quase extermínio da fauna sel-vagem, a gestão equilibrada da caça e a preocupação em preservar o ambiente pelos que hoje a praticam, inverteu o que parecia irreparável. Em pouco tempo verificou-se um aumento expo-nencial das espécies venatórias e, por arrastamento, das que o não são mas que beneficiam de comida, de água, de sossego e de abrigo. A abundância chamou predadores naturais que con-correm para o restabelecimento da pi-râmide de dependências sem o qual não há relações saudáveis entre os bi-chos. Há hoje, de facto, um aumento da população selvagem como nunca vi em toda a minha vida de frequentador assíduo do campo.
Com essa convicção, me escondo na manhã de dia quinze de agosto por detrás de um pano camuflado, segu-rando a minha espingarda sem pro-blemas de consciência. E aí aguardo (a primeira rola, na gíria venatória, entra ao quarto para as sete) esperando que cruzem o campo de tiro as desprecavi-das aves com os olhos postos no trigo, nas ervilhas e nas sementes de giras-sol que há quase dois meses lhes fo-mos espalhando em lugar apropriado do chão.
Ao engodo da mesa posta chega o pesado e róseo torcaz, de pescoço es-tendido, o semáforo alvo das penas or-nando-lhe o coberto das grandes asas abertas. Em vôos acrobáticos aproxima-se a rola, trajando de rosa cinza, gravata recamada de branco. Ouvem-se tiros, ecoando nas ladeiras. Caem alguns bi-chos, pagando tributo com a vida. O ca-çador não rejubila com a sua morte mas com o êxito da caçada em que investiu tempo e dinheiro.
E assim, contra os apóstolos de uma só verdade, se cumpre o ditame quase bíblico do poeta popular que, afinal, se insere na ordem natural das coisas: “... à frente dos caçadores morrem as aves voando...”.
João Mário Caldeira
Crónicado campo
PoemárioO teu retrato
Aleixo dos Santos
Mote Porque nasceste baixinha,Mas grande na presunção, Já chegaste a rainha,Dos falsos da maldição.
Nunca ficaste calada,Mentiste foste ao céu,Fizeste de mim um réu,Para seres adorada,Com essa arte malvada,Censuras a vida minha,Ao seres assim daninha,Fazes-me perder a paz,E só falas por detrás,Porque nasceste baixinha.
Eu não posso aceitar,A tua leviandade,Com essa tua maldade,Só me queres insultar,Porque andas a falar,Deste pobre cidadão,Queres ter aceitação,E de mim só dizes mal,És baixa tão infernal,Mas grande na presunção
O termo de olivença
Carlos Luna
MoteOlivença é uma cidadeCom muita beleza “p’ra” se verTem aldeias com muita idadeMas também novas “p’ra” conhecer
Terão sido as OliveirasQue a Olivença deram nome;Agora, quem dela se assomeVerá casas e sementeirasMuros caiados e roseiras.Cresceu nela modernidadeSem s’esquecer da sua idade:Do pequeno se faz o grande,Toda a semente se expande,Olivença É Uma Cidade!
Teve época de grande glória,Foi capital dum Bispado,Com Catedral como legado:Grandiosa dedicatóriaA era ilustre da História!|Os tempos a fizeram perderO peso que merecia ter,Mas nunca caiu na descrençaPorque assim é OlivençaCom muita beleza “p’ra” ver!
Porque és impertinente,Nunca ficas sossegada,E só andas da mão dada,Com a classe que mente,Vaidosa feliz contente,Com essa tua vidinha,Por isso foste madrinha,Deste trabalho que fiz,Prós falsos deste país,Já chegaste a rainha.
Estou perto da partida,Mas não parto sem dizer,Que tudo irei fazer,Para seres conhecida,Porque foste atrevida,Nessa tua medição,Talvez por intuição,Quiseste ser venenosa,Para seres uma rosa,Dos falsos da maldição.
Monumentos tem às dezenasEsta cidade sem igual:Casas de tipo senhorialE casas do povo apenas(e, neste caso, às centenas!);E não se caia na maldadeDe esquecer a outra metade:Pelos campos à sua voltaComo se fossem sua escoltaTem aldeias com muita idade!
São Domingos e Vila Real,Táliga, que é vila agora,São Jorge, que não foi embora,São Bento; tudo isto afinalPartes de um todo inicial!Mas ainda há mais “p’ra” percorrer:São Francisco, não é para esquecer,Nem São Rafael, tão airosas;Aldeias, não há só idosas,Mas também novas “p’ra” conhecer!
Fiz uma reflexão séria sobre a atual conjuntura política no Baixo Alentejo, procurando perceber onde o meu contributo poderia ser mais importante para valorizar os ideais em que acredito e para engrandecer o partido onde milito desde a minha juventude, o PS. Sabendo da impossibilidade estatutária da recandidatura de Luís Ameixa a Presidente da Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista e sendo que nada me move contra ninguém nem contra processos, decidi candidatar-me ao cargo de Presidente da Federação, em eleições que ocorrerão em 2012. Página do Facebook de Pedro do Carmo, 22 de agosto de 2011
Fotorreportagem
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Há já alguns anos despojado da sua
vertente operacional, o regimento
de Infantaria 3, em Beja, pelas suas
belíssimas condições logísticas e
de acolhimento, costuma agora
receber alguns dos contingentes
militares que representam
Portugal em missões no exterior.
As duras condições orográficas e
climatéricas da herdade da Cabeça
de Ferro são também um ótimo
cenário representativo de situações
extremas. Nesta fotorreportagem,
700 cadetes da Academia
Militar recriam jogos de guerra.
Fotos José Ferrolho
Começam hoje, sexta-feira, as tradicionais festas de Garvão, no
concelho de Ourique. As festas começam, pelas 20 e 30 horas, com
uma missa em honra de Nossa Senhora da Assunção, seguindo-se
uma procissão. A primeira noite ficará marcada por um baile e pela
atuação de Quim Barreiros. Amanhã, sábado, espaço para uma
quermesse, para um rally-papper, para uma corrida de touros, para
um baile e para a atuação de Rebeca. No domingo, para além da
atuação de grupos corais, acontece ainda uma corrida de carros de
mão, uma largada de touros pelas ruas da vila, um baile, e uma noite
de fados. As festas de Garvão encerram com atuação de um DJ.
Garvãoestá
em festaaté domingo
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Curiosidade
Além de grande escritor, o alentejano Fialho de Almeida foi um entusiasta da Festa Brava. Embora não haja me-mória de José Valentim ter al-guma vez empunhado uma muleta, chegaram até nós cró-nicas que dão conta da sua ge-nuína afición e vontade de re-formar o espetáculo taurino português.
Texto Alberto Franco
“Embalde alguns precio-sos faniquentos, to-mando por bondade
de índole caquexias passivas de caráter, embalde eles tentaram pregar a selvajaria das toura-das, explicando o entusiasmo ge-ral por ferocidade de instintos, e sentimentalizando o boi com li-tanias românticas de chochinhas. Todas as almas foram surdas à mariqueria desses bolas, e às in-vetivas deles pedindo a proibi-ção das corridas e a prorrogação ao touro das regalias que a Carta Constitucional garante ao ho-mem, um desusado clamor fremiu das bocas, e as trinta e sete praças de Portugal encheram-se de gente, a aclamar fora de si touros e tou-reiros.”
Cortante, burlesco, indigesto, terror de “faniquentos” e “cho-chinhas”, eis Fialho de Almeida n’ Os Gatos, a propósito das ten-tativas de proibição do espetáculo tauromáquico. O escritor de Vila de Frades, que morreu faz agora um século, apreciava as corridas de touros e dedicou-lhe múltiplos escritos, nos quais expressou os seus pontos de vista sobre a socie-dade portuguesa de finais do sé-culo XIX, com acutilância e inven-tividade linguística. Ou não fosse ele próprio “um ser vigoroso e tau-rino”, como o definiu António Cândido Franco numa entrevista recente ao “Diário do Alentejo”.
Seria Fialho dos aficionados que compareciam religiosamente aos domingos na praça do Campo de Santana e depois na do Campo Pequeno? Não se sabe. O certo é
Entusiasta da Festa Brava
Olé, Fialho de Almeida
que a sua escrita sobre a matéria denota conhecimento de causa e agudeza de análise. O Fialho que escreve na revista “Sol e Sombra” sobre “O Problema Taurino”, não é um diletante, mas sim alguém que identifica certeiramente os males que corrompiam os festejos tauri-nos em Portugal - que não eram, bem vistas as coisas, muito di-ferentes dos que af ligiam o País. As críticas do escritor alentejano ao ambiente tauromáquico e seus protagonistas acabam por ser uma extensão da crítica cerrada com que mimoseou a toda a sociedade do seu tempo.
Nos seus escritos taurinos, Fialho lamenta amargamente a decadência da bravura dos touros portugueses, equivalente ao de-clínio das elites nacionais. “As ra-ças que há, tirante a Palha Blanco, afalcoam, e dizem os sabedores que a domesticidade secular lhes corrompeu o tipo, o sangue e o gé-nio impetuoso, por uma civiliza-ção semelhante à que fez resvalar a cavalaria de Cristo do guerreiro san-graliano do século XIII, ao boticário eleitoral do século XIX”, escreve em À Esquina.
De toureiros não andávamos melhor. “Sangue toureiro, pro-priamente, não há”, proclama Fialho. “Essa efervescência sel-vática, que foi nos séculos heroi-cos de Portugal uma como deri-vante da vida máscula das viagens e das batalhas, sobras de força, es-banjadas pela mocidade em jo-gos atléticos e simulacros de com-bates, tem-se perdido quase por completo, desde que a aristocra-cia hipotecada e expulsa dos seus coutos, veio para a cidade apo-sentar os filhos em bêbados da Tendinha, fiscais da alfândega ou pretendidos de meninas ricas com avaria.” Denotando uma no-tável capacidade de antecipação, Fialho aconselha alguns aristocra-tas que toureavam como amado-res a porem de parte preconceitos de classe e a profissionalizarem-se. António Perestrelo, Simão da Veiga ou Duarte Pinto Coelho, “lá poderiam, posto de banda o
preconceito de que picar toiros é modo de vida humilhante, deixar pudores fictícios que os recluem num simples diletantismo, e en-trar francamente na vida do tras-teio, prestes a fazerem dela ins-trumento de glória e de fortuna.” O futuro deu-lhe razão: no século XX, o toureio mostrou-se incom-patível com amadorismos, exce-ção feita aos forcados, e seguiu o caminho da profissionalização.
Aos forcados dedica Fialho pa-lavras azedas. De facto, a grande maioria dos pegadores de touros do século XIX eram homens que viviam nas margens da sociedade e que encaravam a atividade ape-nas como forma de ganhar alguns cobres. Segundo o sociólogo José Machado Pais, os forcados perten-ciam a uma “marginalidade so-cialmente integrada”, formada por “prostitutas, fadistas, marialvas, toureiros, boleeiros, vagabundos e marinheiros.” Alcoólicos muitos deles, arrastavam para as praças a decadência e a miséria que supor-tavam no seu dia a dia. Pelo con-trário, para Fialho a pega devia ser uma mostra de masculinidade e destreza. “Em vez de oito borra-chões injetados de estupidez, en-velhecidos em tombos, fazendo vida de gladiadores sórdidos, e morrendo quase todos do debo-che adstrito às semanas de ociosi-dade, por que não faremos das pe-gas um certame de vida máscula,
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com inscrição facultada a todos os rapazes destemidos, aos clubes de desportismo atlético, aos jovens ginastas e traga-balas da cidade?”
A questão dos touros de morte punha-se já no tempo de Fialho. Nesta matéria, a posição do au-tor d’O País das Uvas não deixa margem para dúvidas: é aberta-mente favorável à corrida inte-gral. “Sorte de morte. Querem-na todos, e ninguém toma a inicia-tiva de pedi-la, e legiferante al-gum se atreve a decretá-la.” O “ar-remedo” da estocada, com uma espada falsa, “não estesia nem er-gue o coração do espetador: é um desengano parecido com o de al-guém que estando a ver ungir um sogro rico, súbito ressurge o tipo dentre os azeites bentos do padre – e adiada a herança para quando o tempo o permitir!” A culpa ra-dicava na nossa “hesitação de não fazermos nada completo, nesta cobardia de, primeiro que nos abalancemos a qualquer coisa, cogitarmos no que dirá a opinião de nós, o estrangeiro, o homem da tenda, o vizinho”.
Mesmo assim, reconhecia Fialho, as corridas de touros “são o único espetáculo alegre do país, o único onde o português tem graça, e onde os seus instintos sa-tíricos, tomando forma de insetos, por toda a parte vão mordendo os cachaços do ridículo, entre risadas e bromas de cair.”
A questão dos touros de morte punha-se já no tempo de Fialho. Nesta matéria, a posição do autor d’O País das Uvas não deixa margem para dúvidas: é abertamente favorável à corrida integral. “Sorte de morte. Querem-na todos, e ninguém toma a iniciativa de pedi-la, e legiferante algum se atreve a decretá-la.”
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A Câmara Municipal de Mértola e os Marafados do TT promovem, entre os
dias 31 e 10, uma expedição todo-o-terreno intitulada “Rotas do Al-Andaluz”,
que terá como ponto de partida a vila de Mértola e cujo itinerário inclui várias
cidades de Marrocos. A comitiva, composta por vários jipes, parte de Mértola
no último dia de agosto e ao longo do percurso passa por Chefchouen, Azrou,
Gargantas do Todra, Nekob, Zagora, Erg Chegaga, Ouarzazate e Marrakeck.
Esta expedição, que a câmara municipal organiza pela segunda vez, tem
como propósito central dar a conhecer o extenso património cultural de
Marrocos e realçar os laços culturais que unem a vila de Mértola e a sua
herança arqueológica e patrimonial ao outro lado do Mediterrâneo.
Mértola promove
expedição TT a Marrocos
DesportoVeiga Trigo e o momento atual da arbitragem
“Estão a mandar-nospoeira para os olhos”
Veiga Trigo continua fiel a si próprio. As suas opini-ões são desassombradas
e tocam na ferida dos problemas: “Os dirigentes estão a mandar po-eira para os olhos de toda a gente de forma a desviarem as atenções das más contratações que fizeram no defeso”, aponta o bejense para quem “os árbitros estão apagar as favas de todos os males do fute-bol” nacional.
Mesmo assim, Veiga Trigo vê na situação “uma boa oportuni-dade para os árbitros se unirem”, mas aponta o dedo a Victor Pereira e ao Conselho de Arbitragem (CA) por terem deixado descambar a situação.
em
A recusa do árbitro João Ferreira em apitar o jogo que opôs o Beira-Mar ao Sporting, na segunda jornada da I Liga, veio, mais uma vez, pôr na ordem do dia as ligações perigosas que se vi-vem no futebol português. Veiga Trigo, ex-árbitro internacional da Associação de Futebol de Beja, acha “corretíssima” a posição tomada pelo juiz e apreciou sobremaneira “a solidariedade de-monstrada pelos árbitros”.
Texto Aníbal Fernandes Foto José Serrano
“Os árbitros que erram deviam de ser castigados” defende o an-tigo juiz que sugere ao CA a reali-zação de sessões de visionamento, autocrítica e aperfeiçoamento, para todos os árbitros, no final de cada jornada “de forma a corrigi-rem os erros cometidos”.
Se não houver mudanças não se vai a lado nenhum, defende. “É necessário acabar com os padri-nhos na arbitragem. O Olegário Benquerença, um dos piores ár-bitros portugueses, está nomeado para um jogo das Champions”, es-panta-se o ex-internacional.
Veiga Trigo recusa, liminar-mente, o recurso a árbitros es-trangeiros por ser “mau demais
para o futebol portu-guês” e porque reco-nhece qualidade à ge-neralidade dos juízes portugueses. “No es-trangeiro são melho-res do que entre por-tas. Lá sentem-se mais à-vontade. Cá são muito pressionados…”, acusa.
Também o profissiona-lismo não o convence. “Quem seriam os protagonistas?”, per-gunta. “Os mesmos”, responde deixando no ar a ideia de que, afinal de contas, nada mudaria.
Quanto ao caso que mo-tivou toda esta discussão, Veiga Trigo está do lado de João Ferreira dizendo que o juiz de Setúbal “se anteci-pou” à “conferência de imprensa do Sporting”, pois antes já se ti-nha “mostrado indisponível para arbitrar o jogo”. E, agora, como os árbitros não chegaram a acordo, “quem quiser apitar, apita…”, conclui.
Sem saudadesdos relvados
Veiga Trigo foi um árbitro avant la let-ter. Criticado por muitos por ser dema-siado disciplinador dentro do campo,
viu, passados anos, os órgãos máximos do fu-tebol mundial apontarem baterias contra a violência. “O tempo veio provar que estava no caminho certo”, justifica-se.
“Nunca tentei imitar ninguém”, diz o ex-juiz, nascido em julho de 1951. Apitou pela primeira vez na I Divisão Nacional na época de 1979/80. “Foi num Belenenses, 1 – Boavista, 1”, relembra Trigo que também não se esquece da última entrada em campo, numa altura em que os jogos eram ao domingo à tarde e os ár-bitros só não equipavam de preto quando es-tava a Académica em campo. A despedida dos relvados aconteceu longe de casa, em Chaves,
numa peleja em que os transmontanos vence-ram o Braga por uma bola a zero.
Durante oito anos exibiu as insígnias da FIFA (de 1986 a 1994), mas, ao contrário de António Garrido, nunca esteve presente numa fase final de um Europeu ou Mundial.
O facto de, na altura, não dominar outros idiomas prejudicou-o na sua carreira profis-sional?, quisemos saber. “Não. O Garrido fa-lava menos do que eu e esteve lá…” Tal como agora era uma questão de padrinhos.
– Tem saudades do tempo em que era árbitro?.
– Não!– Não acredito…– Não tenho nenhumas!
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A Taça de Portugal, pri-meira eliminatória da edi-ção 2011/2012, abre ofi-
cialmente a temporada desportiva para as equipas da segunda e ter-ceira divisão. Moura, Despertar e Aljustrelense têm adversários de diferentes graus de dificuldade e, por isso, ambições distintas, sendo comum aos três treinadores dos clubes alentejanos, um discurso cauteloso na definição dos objeti-vos para esta competição e na pro-jeção que aqui deixam à presença das suas equipas nesta fase ini-cial da prova. Moura e Despertar viajarão centenas de quilómetros para norte, o Aljustrelense joga em casa com uma formação ma-deirense.
Ambições sem limite em Vizela O Despertar Sporting Clube, na época passada promovido à terceira divi-são nacional, desloca-se ao terreno
do Vizela, adversário do escalão imediatamente superior e franca-mente favorito na partida em que vai receber a equipa bejense. Filipe Felizardo, técnico despertariano, comenta esta deslocação dizendo que “A Taça é uma prova que não tem interesse nenhum para equi-pas como a nossa. O único inte-resse que existiria seria se o jogo fosse em nossa casa, pois jogando em casa com uma equipa de esca-lão superior permitiria aos sócios e simpatizantes desfrutarem de uma tarde diferente”. Felizardo ar-gumenta que “jogar com o Vizela, que é uma equipa profissional, fi-lial do Braga, que tem o objetivo de subir de divisão, depois de termos feito uma deslocação de 600 quiló-metros e que vai implicar a altera-ção das jornadas de trabalho antes da primeira jornada do campeo-nato, significa que teremos, ape-nas, contrariedades no nosso tra-jeto rumo ao que, efetivamente, são os nossos objetivos no cam-peonato nacional”. Contudo, diz o treinador, a equipa não entrará em campo previamente derrotada
“Não vamos limitar as nossas pos-sibilidades em nada, vamos dispu-tar o jogo com o objetivo de passar-mos a eliminatória, agora sabemos que é difícil, mas, ainda que o favo-ritismo seja inteiramente do adver-sário, nós vamos pôr em campo os nossos argumentos”.
Temos que dar o nosso melhor O Aljustrelense foi a equipa mais fe-liz no sorteio da prova. Joga em casa com a formação madeirense do Andorinha, um conjunto que o técnico dos tricolores já viu jogar e que qualifica assim: “é uma equipa complicada, estava na 2ª divisão zona norte na época passada, e que deu justamente para eu acom-panhar, porque ia ver muitos jogos do Fafe e o Andorinha fazia parte desse série. Infelizmente desce-ram, tinham boa equipa, agora, como caíram para a 3ª divisão, provavelmente reestruturam-se.
Não sei como vai ser, mas foi bom jogarmos em casa. É sempre uma vantagem, mas temos que traba-lhar e dar tudo o que temos para passarmos a eliminatória”. Sérgio Abreu assume um favoritismo moderado e diz que “somos favo-ritos se pusermos em prática tudo aquilo que temos vindo a treinar, porque dizermos, apenas, que so-mos favoritos não chega, é um pouco como dizermos que o Porto e o Sporting são favoritos contra o Gil Vicente ou o Olhanense e de-pois não darem tudo dentro do campo e o favoritismo vai à vida”, recorda o treinador mineiro.
Ninguém gosta de perder O Moura Atlético Clube, o nosso mais qua-lificado representante na prova, jogará no Estádio Municipal de Grijó com a Associação Desportiva local, clube que disputa a 3ª Divisão Nacional. Fernando
Piçarra, treinador dos mouren-ses afirma que tentou, sem su-cesso, conhecer alguns pormeno-res sobre a equipa do Grijó: “uma coisa tenho a certeza, é que va-mos encontrar muitas dificulda-des porque conheço o futebol do norte e sei que é muito aguerrido muito complicado, num campo, se calhar, pequeno e sintético. Mas quem anda nisto tem que es-tar preparado para essas dificul-dades, temos estado a preparar-nos para superar minimamente essas contrariedades”. Tentará a equipa de Moura repetir recentes brilharetes que rubricou na Taça de Portugal? Piçarra responde que “com planteis curtos é sempre muito complicado. Mas ninguém gosta de perder, vamos tentar pri-meiro ultrapassar esta eliminató-ria e tentar seguir em frente por-que só passando mais duas ou três eliminatórias conseguiremos fa-zer um brilharete. Para já vamos tentar ultrapassar este adversário e o resto ver-se-á com o tempo e com a sorte que formos tendo nos sorteios”, diz o treinador.
Moura, Despertar e Aljustrelense com sorte diferente
Taça de Portugal abre época futebolística
JOGOS COM EQUIPAS ALENTEJANASGrijó-MouraAljustrelense-AndorinhaVizela-Despertar
Boavista S. Mateus-Redondense (15h)Argentina-ReguengosSanta Maria-CratoElétrico-Limianos
Padroense-O ElvasU.Montemor-QuarteirenseMessinense-Juventude de ÉvoraSintrense-Vendas Novas
Taça de Portugal – 1ª Eliminatória – 28 de agosto de 2011 – 16 Horas
A Associação de Futebol de Beja vai eleger no próximo dia 9 de
setembro, entre as 20 e as 22 horas, na sua sede, dois delegados (efetivo
e suplente) representantes dos jogadores amadores do círculo distrital
de Beja, dando cumprimento ao estabelecido na Lei de Bases do Sistema
Desportivo. Foram apresentadas as seguintes candidaturas: Manuel
Januário Sousa (antigo jogador do Cabeça Gorda, CD Beja, Alvorada,
Castrense, Neves, Moura e Vasco da Gama); Carlos Filipe Paixão (CD
Beja, Despertar, Beringelense e Penedo Gordo); João Oliveira Pinto
(Sporting, Vitória Setúbal, Estoril Praia, Gil Vicente, Braga, Farense,
Marítimo, Académica, Imortal, Amora, Sesimbra e Alfarim).
Eleição de delegados à Assembleia
geral da FPF
Filipe Felizardo “Uma prova que não tem interesse nenhum” Sérgio Abreu “Dar tudo o que temos para passarmos” Fernando Piçarra “Vamos encontrar muitas dificuldades”
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A Associação de Voleibol do Alentejo, com sede em Castro Verde, está no terreno a di-namizar a prática da modali-dade e a incrementar o cresci-mento do número de clubes e de atletas.
Texto e foto Firmino Paixão
“Se o Voleibol tivesse grande tradição e fosse muito praticado nesta
região, o nosso desafio de incre-mento e implantação da modali-dade não seria tão audaz nem teria tanto significado”, afirma o presi-dente da Associação de Voleibol do Alentejo (AVAL), Paulo Pinho, rosto de um programa funcional que elenca como prioridades a filiação de clubes, elaboração de um quadro com-petitivo e agenda-mento de ações de formação dirigidas a técnicos, ár-bitros e diri-gentes.
Radicado no Alentejo há cerca de cinco anos, Paulo Pinho é o pre-sidente da estrutura regional da modalidade e concorda que “o projeto tem uma grande abrangên-cia, constituindo-se como uma representação regional da Federação Portuguesa de
Associação da modalidade está sediada em Castro Verde
Voleibol cresce no Alentejo
O Campeonato Nacional de Juniores da 2.ª divisão, cujo sorteio de jogos já foi realizado, tem no
Despertar Sporting Clube o representante da Associação de Futebol de Beja. A prova inicia-se
no próximo dia 10 de setembro e o calendário de jogos determinou que os bejenses se estreassem
nesta edição da prova jogando no terreno do Lusitano de Évora, equipa que, a par do União de
Montemor, completa o leque de formações alentejanas na série D do respetivo campeonato.
Nacional de juniores:
Despertar em Évora
Paulo Pinho, 36 anos, natural de Arouca.Presidente da Associação de Voleibol do Alentejo.Licenciado em Desporto e Educação Física pela Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física.Mestrado em Administração e Gestão Escolar.Docente na Escola Secundária de Castro Verde.
Voleibol, incluindo os distritos de Beja, Évora, Portalegre e o sul do distrito de Setúbal”.
Paulo Pinho não esconde uma relação próxima e privilegiada com a Federação Portuguesa de Voleibol e com algumas asso-ciações da modalidade e o entu-siasmo com o visível crescimento recente do número de centros de Gira Vólei aos quais se refere como “um projeto de natureza não fede-rada que visa estimular a prática do voleibol num contexto sim-plificado, junto dos mais jovens e que tem registado um enorme
crescimento na região devido ao seu potencial formativo”. O nú-mero de centros inscritos já ronda as quatro dezenas, com cerca de 1600 atletas.
O presidente da AVAL sabe que existe a Associação de Voleibol de Évora, com sede em Moura, mas revela que “a AVAL tem o âmbito territorial de toda a re-gião Alentejo, com exceção das áreas juridicamente reguladas por outras associações homó-logas, devidamente reconheci-das pela Federação Portuguesa de Voleibol” e que é sua intenção “manter as boas relações de coo-peração com os restantes filiados
naquela estrutura fede-rativa”. Questionado
sobre a invulgari-dade de a AVAL
ter sido criada sem a prévia intervenção de clubes, Paulo Pinho sublinha a reiterada confiança e disponibili-dade que lhe foi manifes-tada pela fe-deraç ão da
modalidade. Já quanto à no-
meação dos atu-ais órgãos so-
ciais a que preside, em vez da sua elei-
ção democrática e participada, assume que “nesta fase de
No âmbito da sua atividade, a AVAL “pretende estabelecer pro-tocolos com uma rede alargada de parceiros sociais, entre eles os municípios, as juntas de freguesia, empresas, clubes e escolas” revela o dirigente.
Como quem dá os primei-ros passos, este organismo per-segue, no imediato, “a valoriza-ção da imagem, do seu conteúdo funcional e organizativo, a par de um trabalho que já está no ter-reno, para a promoção desportiva do voleibol em contextos diversi-ficados de prática competitiva e de formação, assumindo modelos adaptados às necessidades desta região”.
Paulo Pinho está otimista nos bons resultados de um processo que permita “agilizar o desen-volvimento da modalidade atra-vés de uma aposta muito forte no Gira Vólei. Que é a ”base de par-tida para outro tipo de ações como “a promoção de um quadro com-petitivo regional federado de vo-leibol de seis no escalão juvenil feminino”.
No início da próxima época desportiva, a Associação propõe-se organizar formação para ár-bitros estagiários e para treina-dores, ações que decorrerão em Castro Verde.
A AVAL definiu prioridades de ação, todos elas visando potenciar a sua intervenção no meio envol-vente, a criação de parcerias com estruturas sociais de participa-ção desportiva, procurando cap-tar investimentos para garantia de projetos inovadores e, natural-mente, perseguindo a angariação de novos associados que garan-tam a vida ativa da Associação. O objetivo final, passa pela consoli-dação de parcerias para o cresci-mento organizacional da AVAL, que promovam a imagem do vo-leibol através de projetos compe-titivos que diminuam o impacto que as distâncias geográficas a percorrer incutem nos clubes, jus-tificando que “como o maior nú-mero de clubes praticantes está no
norte do país, não será de muito agrado que no sul comecem
a surgir projetos competiti-vos que os obriguem a fazer grandes deslocações”.
e o Voleibol tivesse grande tradição e fosse muito praticado nesta
região, o nosso desafio de incre-mento e implantação da modali-dade não seria tão audaz nem teria tanto significado”, afirma o presi-dente da Associação de Voleibol do Alentejo (AVAL), Paulo Pinho,rosto de um programa funcional que elencacomo prioridades afiliação de clubes, elaboração de umquadro com-petitivo e agenda-mento deações deformaçãodirigidas a técnicos, ár-bitros e diri-gentes.
Radicado no Alentejo há cercade cinco anos, Paulo Pinho é o pre-sidente da estruturaregional da modalidade e concorda que “o projeto tem uma grande abrangên-cia, constituindo-se como uma representação regional da Federação Portuguesa de
jLicenciadoem Desporto e Educação Físicapela Faculdade de Ciênciasdo Desporto eEducação Física.Mestrado em Administração eGestão Escolar.Docente na EscolaSecundária deCastro Verde.
recente do número de centros de Gira Vólei aos quais se refere como “um projeto de natureza não fede-rada que visa estimular a prática do voleibol num contexto sim-plificado, junto dos mais jovens e que tem registado um enorme
âmbito territorial de toda a re-gião Alentejo, com exceção das áreas juridicamente reguladas por outras associações homó-logas, devidamente reconheci-das pela Federação Portuguesa de Voleibol” e que é sua intenção “manter as boas relações de coo-peração com os restantes filiados
naquela estrutura fede-rativa”. Questionado
sobre a invulgari-dade de a AVAL
ter sido criada sem a prévia intervençãode clubes, Paulo Pinho sublinha a reiterada confiança e disponibili-dade que lhe foi manifes-tada pela fe-deraç ão da
modalidade. Já quanto à no-
meação dos atu-ais órgãos so-
ciais a que preside, em vez da sua elei-
ção democrática e participada, assume que “nesta fase de
segução funcde urenodo vficade foadapregi
Pbonque volvvés Giratida“a ppetileibfem
Ndespse obitrdoreCast
Aaçãoa suventestrção tar de pmende ntamobjedaçãmenque leibotitivque perctificmer
nora
implementação da associação era um processo necessário e as pes-soas que foram escolhidas são de minha inteira confiança, con-tudo, no futuro e quando existi-rem clubes filiados, o processo será normalizado com a realiza-ção de eleições, aproveitando a disponibilidade de pessoas que, eventualmente, queiram intervir e que possam dar um bom con-tributo ao crescimento da modali-dade, ao mesmo tempo que a sede da Associação, que agora está em Castro Verde, pode funcionar em qualquer outro local da região”.
O projeto tem uma grande abrangência, constituindo-se
como uma representação regional da Federação
Portuguesa de Voleibol, incluindo os distritos de Beja,
Évora, Portalegre e o sul do distrito de Setúbal”.❝
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Quando viajamos nas asas do vento reencontramos atividades de verão do nosso tempo de infância as quais, por razões evidentes, sempre se apresentaram transversais às gerações subsequentes. Lembro que a extinta Mocidade Portuguesa se dedicava a campos de férias que juntava a rapaziada num acampamento tendo como fim uma ida à praia e, paralelamente, uma saudável atividade desportiva. Tinha, creio, 13 ou 14 anos (1963/1964), quando pela primeira vez me imbui nessa tamanha façanha. O destino: Sines. Entre pinheiros desalinhados, montávamos uma pequena tenda que dava entrada a todos os que chegavam e pretendiam um lugar para pernoitar. O comandante de castelo, guarnecido pelos seus galões, passava então ao lado da aventura e fingia nada perceber. A união faz a força. Recordo as loucas madrugadas em que eu e o meu saudoso amigo Cardoso penetrávamos no breu da noite e desafiávamos aventuras. Uma ida às redondezas do velho castelo de Sines, jogar o rabo do olho ao mais incauto vendedor de fruta, apanhá-lo num sono profundo, e retirar cautelosamente uma melancia, um melão ou meia dúzia de pêssegos da arcaica camioneta. Outras vezes o homem dava pela presença dos “caçadores frutíferos” e a tentativa saía frustrada.Hoje, as férias desportivas conduzem-nos para parâmetros diametralmente opostos à minha juventude. Reconheço, contudo, que os seus princípios básicos lá se encontram e a juventude delira. A Zona Azu desenvolve atualmente uma ação destinada a jovens dos seis aos 12 anos que se intitula de férias desportivas. Semanalmente, a coletividade recebe inscrições de jovens e a sua aderência transcende as expectativas. Os responsáveis, pessoas licenciadas em educação física, entregam-se à causa sem preâmbulos extras e os miúdos humildemente agradecem. Os diretores da Zona Azul, conscientes do seu dever cívico, cumprem com rigor a sua missão de bem servir a comunidade, proporcionando excelentes momentos de lazer a uma juventude que proclama iniciativas desta estirpe.
Férias desportivasJosé Saúde
No ano em que a modali-dade apostou forte na qua-lificação de atletas para os
Jogos Olímpicos de Londres, a ca-noagem alentejana consolida-se e espera ter atletas nos europeus do próximo ano. Uma pista de ve-locidade nascerá em breve na ta-pada da Mina de São Domingos, revela ao “Diário do Alentejo” Carlos Viegas, histórico dirigente do Clube Náutico de Mértola, de-pois de protocolar com a Águas do Alentejo uma parceira de patrocí-nio.
A canoagem portuguesa vive um
bom momento?
A canoagem portuguesa é, neste momento, a coqueluche nacio-nal entre todas as modalidades. Temos os melhores resultados. Mais de vinte medalhas conse-guidas em competições interna-cionais e com muita consistência. Não são acasos, temos resultados muito acima da média e acima da-quilo que eram as expectativas há alguns anos atrás.
O Clube Náutico de Mértola be-
neficia desse estado de graça da
modalidade?
Em Mértola sente-se esse entu-siasmo porque os nossos miúdos têm os olhos postos nesses gran-des atletas. Percebem que os ob-jetivos não são impossíveis e que estão ao seu alcance. Temos tido alguns atletas em seleções nacio-nais. Este ano as coisas não corre-ram tão bem quanto gostaríamos, entendemos que terão havido al-gumas injustiças por parte das es-colhas federativas mas, retirando isso, temos uma grande espe-rança no próximo ano porque te-mos o Campeonato da Europa de Juniores e Sub-23 em Portugal e poderemos ter alguns atletas en-volvidos na seleção nacional, o que dará exponencial aos resulta-dos do clube.
O Centro de Estágio do Clube é uma
infraestrutura fundamental?
Este ano já tivemos três atletas a viver em permanência no clube e o objetivo é termos quatro ou cinco, nomeadamente de outras zonas do país. Continuamos na procura de seleções de outros países que
Construção de pista de velocidade para canoagem e remo ainda este ano
Mina vai ter pista de canoagem
Carlos Viegas “Temos a garantia que o projeto não ficará no Papel”
para cá venham, temos, nomeada-mente, um bom relacionamento com a Hungria.
A tapada da Mina São Domingos vai
receber uma pista de velocidade?
Temos uma candidatura cujo fi-nanciamento já foi aprovado e que é incontornável, com a participa-ção do Município de Mértola e a colaboração estreita da La Sabina, a empresa proprietária da tapada da Mina. Estamos a aguardar os li-cenciamentos das diversas entida-des. Se tudo correr normalmente a obra será iniciada ainda este ano e a sua execução durará dois a três meses. Ficaremos com uma infra-estrutura que será a segunda pista de velocidade do país, a primeira é no Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho.
No passado recente foi anunciada a
construção de uma pista de águas
bravas no Guadiana…
É uma situação completamente di-ferente. Sei que o projeto da pista de águas bravas não está aban-donado, mas que implica uma verba completamente diferente, se calhar oito a dez milhões de euros e a pista de velocidade faz-se com cerca de 300 mil euros. A pista que vamos fazer não é para receber os Jogos Olímpicos nem Campeonatos do Mundo, será
uma pista para atividades nacio-nais, algumas provas internacio-nais, com a característica de uti-lização para a canoagem e remo. Temos a garantia que o projeto não ficará no papel.
O Guadiana é um recurso impor-
tante para a promoção turística do
concelho. Considera que o Clube
Náutico é um instrumento de ex-
celência no contributo par esse
desenvolvimento?
Não é o único instrumento, mas é um dos mais importantes. Para além da competição, temos ativi-dades no setor do turismo náu-tico e de aventura, sustentáculo financeiro da própria institui-ção. Temos milhares de pessoas a
recorrer aos nossos serviços para descidas do Rio Guadiana, que procuram outros serviços na área do alojamento e restauração e que dão um contributo importante à economia do concelho.
Com receitas próprias insuficientes
o clube recorre a outras formas de
financiamento?
Continuamos a procurar auto-nomização financeira. O nosso Centro de Estágio tem uma oferta turística de alojamento, temos ati-vidades de turismo náutico e ou-tras ligadas ao acolhimento de equipas estrangeiras, apostamos na formação profissional e, neste momento, temos um apoio muito importante das Águas do Alentejo que viram em nós um bom ins-trumento para se mostrarem en-quanto empresa. Procuramos que o somatório de tudo isso nos dê o máximo de autonomia financeira para suportarmos uma atividade que é fundamental para a eco-nomia local. As dificuldades são sempre muitas, não estamos to-talmente bem, nenhum clube ou associação pode estar, mas pro-curamos depender o mínimo pos-sível de apoios institucionais, mas como temos direito a eles e temos que o receber, embora estejamos a falar de cerca de 15 por cento do nosso orçamento.
Temos uma candidatura cujo financiamento já foi aprovado e que é incontornável, com a participação do Município de Mértola e a colaboração estreita da La Sabina
Odemirense goleado em casa Os juvenis do Odemirense jogaram em casa com o Casa Pia e sofreram uma pesada derrota por 5-0, em jogo relativo à 2ª jornada do campeonato nacional daquele escalão. Os resultados completos da ronda foram os seguintes: O Elvas,1-Amora,3; U.Montemor,1-Cova da Piedade,0; Odemirense,0-Casa Pia,5; Olhanense,1-Estoril Praia,2; Vitória Setúbal,1-Imortal,1; Barreirense-Oeiras (adiado para 20/11). Classificação: 1ºs Casa Pia e Oeiras, 6 pontos; 3ºs V. Setúbal, Imortal, Amora e Estoril, 4; 7º U.Montemor,3; 8ºs Olhanense e Odemiremse,1: 10ºs Barreirense, Cova Piedade e O Elvas, 0. Na jornada deste fim de semana, o Odemirense des-loca-se a Montemor-o-Novo.
O plantel sénior do Clube Desportivo de Beja iniciou esta
semana os trabalhos de preparação da equipa tendo em
vista o Campeonato Distrital da 1.ª Divisão, da Associação
de Futebol de Beja. A equipa continua orientada pelo
técnico Carlos Simão e apresentou-se com 13 caras novas.
Desportivo de Beja iniciou treinos
Dica da semanaCabeça dura.
Não se trata de nenhum in-sulto, é que aqui tanto as cabeças como os corpos são feitos de pedras. Vais precisar de tintas acríli-cas, ou de marcadores e claro, de pedras. No fim podes baralhar as cabe-ças com os corpos e criar divertidas personagens. (http://paiscriativos.blogs-pot.com)
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Vitória, vitória conta a tua estóriaVitória, vitória conta a tua estória
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Em contagem decrescente, mas ainda a tempo de participares no atelier “Figuras Figuronas”, a partir do livro com o mesmo nome de Maria Alberta Meneres, crianças dos 6 aos 11 anos são convidadas a construírem a sua história. Quartas e sextas-feiras, às 15 horas, na Biblioteca de Vila Nova de Stº André.
FigurasFiguronas
contam a tuahistóra
Ajuda os nossos amigos e dá cor aos pássaros
Dica
)
A páginas tantas ...O senhor Xis lê as notícias do jornal e enche-se de preocupações, questiona-se a cada momento: “E que posso eu fazer?”. Em cada dia encontra uma resposta, outra e mais outra.O objetivo deste livro é o incentivo a uma consciência solidária, perceber as necessidades de quem vive ou priva connosco, ou as de um estranho com quem nos cruzamos na rua. É uma defesa de valores como a igualdade, a solidariedade e a justiça social. A necessidade de nos esforçarmos um pouco mais a ajudar quem necessita. São muitas as coisas que, quase sem nos darmos conta, podemos fazer. Basta abrir os olhos e aprender a ver. É assim que o protagonista da nossa história com a simples frase “E que posso eu fazer?” vive esta vida. Um texto de José Campanari, com ilustrações de Jesús Cisneros.
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Fim de semana
Mais distante que Lisboa mas ainda Alentejo, a vila histórica do Crato, no distrito de Portalegre, oferece este fim
de semana mais do que motivos de afinidade re-gional para justificar uma visita. Cumpre-se desde quarta-feira, 24, a 27.ª edição de um festival de música, que é também ele feira de artesanato e gastronomia, cujos cabeças de cartaz são o ra-pper brasileiro Gabriel O Pensador, com atuação agendada para hoje à noite, e o coletivo multina-cional de novo tango Gotan Project, que encerra o evento amanhã, sábado.
O Festival do Crato nasceu em 1984, com o in-tuito de “promover os valores culturais e tradi-ções da região”, ganhou notoriedade como feira de artesanato e gastronomia e inscreveu-se, em definitivo, no calendário nacional dos festivais de verão com a edição de 2010, que atraiu mais de 35 mil espetadores. De novo palco para projetos mu-sicais de diferentes origens e linguagens, a vila de Crato, que este ano abriu as festividades com os
Expensive Soul, convidando também Deolinda e os Homens da Luta, acolhe hoje Gabriel O Pensador, com novo disco a sair no Brasil, e que assim abre no Alentejo uma nova digressão por-tuguesa. Na mesma noite, apresentam-se num concerto especial os portugueses Clã, onde cru-zam os temas do novo trabalho, “Disco Voador”, e os clássicos de quase duas décadas de canções. Guitolão World Project e um after hours a cargo da dupla Dj Glue e Virgul MC completam a ter-ceira noite de concertos.
Para encerrar, o trio Gotan Project, um dos maiores fenómenos musicais da atualidade, sobe amanhã, sábado, ao palco do Crato, provando que o tango é universal (os músicos vêm de França, Argentina e Suíça) e que pode ser reinventado pelo caminho da eletrónica. A noite de encerra-mento propõe ainda o one man band português The Legendary Tigerman, o projeto local David Almeida Grupe e o popular músico e DJ brasileiro Marcelinho da Lua.
Festival alentejano convida Gabriel O Pensador e Gotan Project
Rap brasileiro e novo tango no Crato
“O Jantar das Feras” inicia digressão em Ervidel Depois de uma temporada no
Teatro Municipal Pax Julia,
em Beja, “O Jantar das Feras”,
a mais recente produção da
companhia Lendias d’Encantar,
inicia a sua digressão pelo País
na freguesia aljustrelense de
Ervidel. O espetáculo terá lugar
hoje, sexta-feira, a partir das
21 e 30 horas, no Jardim da
Liberdade, tratando-se de uma
comédia inspirada na obra A
Fera Amansada, de William
Shakespeare. A encenação é do
cubano Julio César Ramírez e
a interpretação está a cargo de
Ana Ademar, António Revez,
Marisela Terra e Rafael Costa.
Noite Branca na Piscina de Aljustrel A Piscina Municipal de Aljustrel recebe hoje, sexta-feira, a partir das 23 horas, a Noite Branca Pool Party, uma festa de verão promovida pelo município local. Do programa constam a atuação do DJ Rui Miguel e a apresentação do programa das Jornadas da Juventude, iniciativa que terá início na sexta-feira seguinte, dia 2 de setembro.
O recém-criado e “solidário” Grupo de Teatro de
Barrancos agendou para amanhã, sábado, a estreia da sua
mais recente produção, oportunamente intitulada “Agosto
– Destino Portugal”. A peça, que se apresenta no cineteatro
municipal em duas sessões – pelas 19 e 30 horas e pelas
22 e 30 horas – retrata “o quotidiano de qualquer vila ou
aldeia de Portugal, que vive a sua particular metamorfose
durante o mês de agosto”, com o regresso dos ausentes,
como descreve a companhia da zona raiana, que, à entrada
das sessões, solicita ao público que deixe o seu donativo.
Zeca Sempre e The Gift em Grândola Considerada a “maior feira
franca do Alentejo”, a Feira
de Agosto de Grândola,
inaugurada na quarta-feira,
24, pelo secretário de Estado
Adjunto do primeiro ministro,
o bejense Carlos Moedas,
prolonga-se até segunda-
feira, 29, no parque de feiras
e exposições da Vila Morena.
O projeto Zeca Sempre (hoje),
os The Gift (amanhã, sábado)
e um Festival de Folclore
(domingo) são as propostas
para o fim de semana de feira,
que também contempla no
seu programa o 15.º Festival
Hípico e uma corrida de
toiros à portuguesa, com os
cavaleiros Sónia Matias, Luís
Rouxinol e Marcos Tenório
Bastinhas. A encerrar, o
adulado Tony Carreira atua
na segunda-feira, 29.
Teatro de Barrancos
estreia peça
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Boa vidaBeber Um caso de sucesso português “Mine” é cada vezmais pedida
FotoblogueJanela em Portel
Rita Cortês de Matoshttp://bejayarrabaldes.blogspot.com
Este espaço é dedicado
aos amantes da fotografia
que disseminam pela Internet os
seus olhares sobre o Alentejo.
Remeta as suas imagens para
Petiscos
Dietas
Estive privado da vossa agradável companhia por algumas semanas. Foi doença. Doença que implicou alterações nesta coisa das comidinhas, o que, confessemos, é sempre desa-
gradável.É disso que hoje vos quero falar, duma coisa assaz rebarba-
tiva: as dietas. Há de dois tipos, umas para manterem o “físico” de forma a que exista e se mantenha uma razoável apetência face ao sexo oposto. Bom, como todos sabemos, com o passar do tempo e o chegar das rugas, essas dietas e a sua motivação vão perdendo al-gum furor.
Mas são as outras que hoje interessam, as que respeitam à saúde, propriamente dita. Nos dias de hoje o que é bom é proibido ou en-gorda ou faz mal ou é socialmente desaprovado. Já me esquecia: ou é pecado. Como diria Vladimir Ilyich Ulyanov: “Que fazer?”
Utilizar regras simples. Comer de tudo, pão mais escuro, vege-tais, vegetais até fartar, mais peixe que carne, mais carne branca do
que vermelha, azeite em vez de óleos animais ou marga-rinas de qualquer tipo, mais fruta que bolos, poucos fritos e fritos com azeite mudado com frequência, batatas cozi-das e arroz, alho e cebola até fartar, ervas e condimentos para dar gosto e substituir os excessos de sal – o sal faz falta,
mas tem de ser pouco – comer segundo a natureza, cada coisa no seu tempo próprio. Leite em gaiato e muito, menos em mais velho. Um copinho de vinho tinto por dia, agora há esta mania dos tintos, pode ser branco.
E chá, preto ou verde, em bule e chávena com pega, ilustra e in-dicia boa educação, pelo menos formal.
Mas o mais importante de tudo é que a rotina tem que ser sau-dável. Os excessos são bem-vindos, festas, casamentos, batizados, Natal, Páscoa e encontro de amigos. Mas como exceções, a rotina é que tem que ser sadia, pouca comida de cada vez, muitas vezes ao dia, mais de manhã, menos à noite.
E ande com frequência, pode ser pouco mas todos os dias. Um passeio enérgico quotidiano, calma no dia a dia e a nossa co-mida mediterrânica, bem temperada mas com temperança, trans-forma-lhe o hospital da sua terra num monumento meramente decorativo.
Bem que eu tinha precisado de ter seguido estes conselhos aqui há um par de anos atrás.
António Almodôvar
Comer Frango do campo com vinho tinto da Herdade da Figueirinha
Ingredientes para quatro a cinco pessoas:1 frango do campoq.b de sal grossoq.b de pimenta preta moída1 litro de vinho tinto(Herdade da Figueirinha)1 cálice de aguardente de boa qualidade4 cebolas grandes6 dentes de alho150 g de presunto1 dl de azeite1 molho de salsa Acompanhamento:Arroz de manteigae salada ou legumes cozidos Confeção:Depois de lavado e limpo, corte o frango aos pedaços e deixe-o marinar de um dia para o ou-tro com sal, pimenta, alho pi-cado e o vinho tinto.Num tacho coloque o azeite, cebolas aos quartos, cubos de presunto e deixe alourar um pouco. Entretanto escorra o frango da marinada e junte-o ao preparado anterior e deixe estufar um pouco com o tacho tapado.Adicione aguardente, vinho tinto, salsa e deixe cozinhar muito lentamente com o tacho tapado. Mexa com uma colher de vez em quando.Retifique o tempero e se neces-sário acrescente um pouco de água.Acompanhe com arroz de man-teiga e salada ou legumes cozi-dos a seu gosto.Bom apetite…
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
A “mine” é cada vez mais consumida no País. Os alentejanos desde cedo que se habituaram ao formato de 20 centilitros e não há mesa de café da região que não tenha uma garrafa em
cima. Pedir uma “mine” é cada vez mais comum nas cidades, mas
quando a garrafa de cerveja de 20 centilitros surgiu nos idos anos 70 do século XX o consumo fazia-se principalmente nas zonas rurais.
Atualmente, é o formato que mais cresce no mercado nacional, assegura João Esteves, diretor Marketing Cervejas da Unicer, indi-cando que desde que surgiu a mini abertura fácil da Super Bock ven-
deu cerca de 63 milhões de litros.Pela Central de Cervejas, que produz a Sagres, os
dados referem que o mercado vale cerca de 1.217.000 hectolitros (hl), ou seja 27 por cento do total de ven-das de cerveja em Portugal.
“Há cerca de quatro anos atrás este segmento de mercado representava cerca 815.000 hl, o que signi-fica que em volume e neste período esta referência aumentou a sua relevância, no mercado, em cerca de 49 por cento”, explicou Nuno Pinto de Magalhães, di-retor de Comunicação e de Relações Institucionais da Central de Cervejas.
Se a Super Bock chama a si uma mais valia de ter introduzido a abertura fácil na pequena garrafa, a Sagres reclama o pioneirismo na introdução do formato.
“A Super Bock mini com abertura fácil é a ino-vação no mercado nacional de cervejas que maior
volume gerou nos últimos dois anos e desde que surgiu no mercado vendemos cerca de 63 mi-
lhões de litros”, afirmou João Esteves, in-formando que a empresa já exporta com “grande sucesso” o formato para Angola desde dezembro.
A garrafa de 20 cl foi lançada em 1972, recorda, por seu lado, Nuno Pinto de Magalhães.
Se foi rápida a “grande aceitação” principalmente nas zonas rurais do País, como o Alentejo, a denominação “mine” foi imediata, adianta o responsável na Central de Cervejas.
O sucesso é explicado pelo preço e pela possibilidade de beber por uma garrafa o mesmo conteúdo de uma cerveja de pres-são, cujo nome varia conforme a parte do país: imperial a Sul e fino a Norte.
A empresa que comercializa a Sagres apresenta-se como responsável pelo au-mento de consumo graças à estratégia de tornar o produto num “ícone de moda e de cariz também urbano”.
A empresa apostou num público ur-bano, entre os 18 aos 45 anos, e usou como ‘cara’ uma apresentadora de televisão.
“Podemos dizer que a cerveja mini é um caso de sucesso Português pois não é
comum no resto do mundo”, acrescentou.
Nº 1531 (II Série) | 26 agosto 2011
RIbanho POR LUCA
FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 [email protected]ção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 [email protected] | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação ([email protected]) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP
www.diariodoalentejo.pt
Hoje, sexta-feira, 26, o céu deverá estar limpo e as temperaturas vão oscilar entre os 17 e os 29 graus centígrados. Amanhã, sábado, prevê-se sol em toda a região e uma subida da temperatura máxima no domingo espera-se céu limpo.
A partir do final de setembro arranca o projeto “Hort@ n@ Net” e com ele to-dos os interessados podem gerir uma
parcela de terreno cultivado através da Internet. Aqui o cliente pode decidir o que plantar e visu-alizar o crescimento da sua horta à distância de um clique. As hortas, essas, vão crescer nos ter-renos do Centro Hortofrutícola do IPBeja.
Em que consiste o projeto “Hort@ n@ Net”?
Este projeto tem como objetivo fornecer às pessoas a possibilidade de gerirem, a partir da Internet, a sua horta. Esta horta consiste numa parcela de terreno com 7x7 metros (localizada no Centro Hortofrutícola do IPBeja), na qual o cliente pode decidir o que cultivar (de acordo com a época) e as operações culturais que pre-tende usar durante o processo de desenvolvi-mento das suas hortícolas, tudo isto através de uma conta pessoal na Internet. Quando os produtos estiverem prontos para serem con-sumidos, estes serão entregues diretamente ao cliente, quer no seu domicílio, ou no seu lo-cal de trabalho. O cliente tem ainda a possibi-lidade de visualizar, sempre que queira, o que se está a passar na sua parcela, pois através da sua conta na Internet pode visualizar, em tempo real, a sua parcela. Os clientes contam ainda com o apoio técnico de alunos finalis-tas em Engenharia Agronómica e Engenharia do Ambiente, os quais irão dar conselhos aos clientes, quer sobre as diferentes operações cul-turais que serão necessárias realizar na parcela, quer sobre a utilização correta dos recursos dis-poníveis (por exemplo, a água). É importante salientar que todo o trabalho de campo é efe-tuado pelos trabalhadores da empresa, mas to-das as decisões finais sobre o que fazer na par-cela são do cliente. Trata-se pois de um projeto
Luís Luz,43 anos, trabalha em Beja
Luís Luz é licenciado em Engenharia Zootécnica e é mestre em Sistemas de Informação Geográfica. É docente do IPBeja, onde leciona as disciplinas de Tecnologias de Informação e Comunicação, Cartografia e Topografia, Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia e Sistemas de Informação Geográfica. O projeto-piloto conta com a colaboração dos alunos do IPBeja.
inovador que pretende dar uma garantia de qualidade relativamente aos produtos hortíco-las que os clientes vão consumir, pois são es-tes que comandam todo o processo de produ-ção (com o apoio dos alunos finalistas) pelo que sabem, sem qualquer margem para dúvida, de onde vieram e quais as operações culturais que deram origem às hortícolas que vão consumir.
Como surgiu e quando será implementado?
Surgiu após eu ter desafiado os alunos dos 2.º e 3.º anos das licenciaturas da Escola Superior Agrária a sentarem-se comigo, uma vez por se-mana, para discutir potenciais ideias de negó-cio. Nestas reuniões apareceram, com assidui-dade, seis alunos (André Mira, Nelson Lopes, Raúl Santos, Rodrigo Filipe e Tiago Nunes, de Engenharia Agronómica, e a aluna Sara Biscaia, de Engenharia do Ambiente) e foi com eles que surgiu esta ideia e este projeto. Embora estejamos um pouco atrasados relativamente ao que tínhamos inicialmente previsto, que-remos arrancar com o projeto-piloto (20 par-celas, apenas para pessoas da cidade de Beja) no final de setembro, ou durante o mês de ou-tubro. Eventuais interessados podem visitar a página http://www.esab.ipbeja.pt/hortananet/ para se candidatarem a este projeto-piloto.
Qual o investimento inicial e quais os custos
previstos para o cliente?
Para o projeto-piloto pretendemos investir en-tre 14.000 a 16.000 euros. Para o cliente este serviço terá um custo de aproximadamente 25 euros mensais. A este custo acresce o custo de produção das hortícolas, o qual, no final, será muito semelhante ao da compra dessas mes-mas hortícolas num hipermercado.
Entrevista de Nélia Pedrosa
Exposição do Museu de Arte Sacra de Grândola aberta ao públicoA exposição permanente do Museu de Arte Sacra
de Grândola abriu, na terça-feira, pelas 20 horas, na
igreja de São Sebastião. A coleção é composta por
fundos de pintura, escultura e artes decorativas. A
iniciativa é da responsabilidade do Departamento do
Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja,
da Câmara Municipal e da Paróquia de Grândola.
O museu integra cerca de uma centena de obras
de arte, oriundas de igrejas da sede do concelho,
das freguesias de Azinheira dos Barros e de Santa
Margarida da Serra e da Irmandade da Santa Casa da
Misericórdia. De acordo com a autarquia, “Grândola
possui um extenso e variado património religioso
que ainda é escassamente divulgado”, sendo o mesmo
merecedor de uma “visita atenta”.
Festas de Nossa Senhora da Assunção começam hoje em AlvitoAs festas em honra de Nossa Senhora da Assunção,
padroeira de Alvito, começam hoje, sexta-feira. As
comemorações são organizadas pela Associação Juvenil
Nova Geração e, segundo a organização, integram no seu
programa “atividades de carácter profano e religioso”.
Entre as várias propostas de animação musical
destaca-se, hoje, a atuação da Banda Lusitana e dos
Dupla Face, seguindo-se uma festa after hours. A cantora
Claudisabel é a cabeça de cartaz das festas populares.
A artista sobe ao palco, amanhã, sábado. Estão ainda
previstas uma garraiada e uma largada de toiros. No
domingo destaque para a procissão em honra de Nossa
Senhora da Assunção. As celebrações terminam na
noite de domingo com a atuação de artistas do concelho:
Alkalina e Boudewijn Van Der Mark.
Alfundão está em festa Entre hoje, sexta-feira, 26, e domingo, realizam-se as tradicionais festas de Alfundão, no concelho de Ferreira do Alentejo. Hoje há espaço para um baile. Amanhã, pelas 20 e 30 horas, acontece a apresentação do livro da autoria de Conceição Ruivo e, pelas 21 e 45 horas, terá lugar um baile. A noite termina com a atuação do artista Carlos Granito. No domingo, pelas 18 horas, decorre a missa em honra de Nossa Senhora da Conceição, seguindo-se uma procissão.
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Cadernodois
Sexta-feira,26 AGOSTO 2011Nº 1531 (II Série)
Produçãode cereais
atinge mínimo histórico
A produção de cereais vai ficar este ano abaixo das 180 mil toneladas, atingindo “mais um mínimo histórico”, devido
à diminuição da área semeada e da produtividade originada pelas condições climatéricas, segundo o Instituto
Nacional de Estatística (INE). Quando está praticamente concluída a colheita dos cereais praganosos de outono/
inverno, “as produções confirmam as fracas expetativas previstas ao longo da campanha, com quebras face a 2010 que
atingem os 25 por cento no trigo mole, trigo duro, triticale e cevada e os 20 por cento na aveia”, informa o boletim.
Os viticultores do Alentejo esperam uma menor produ-ção de vinho. A instabilidade climática, que permitiu o de-senvolvimento de míldio, é a causa apontada. A qualidade da uva, porém, está muito boa.
A produção de vinho do Alentejo deve sofrer este ano uma diminuição de-
vido “à instabilidade climática”, que permitiu “o desenvolvimento de míldio” mas sem prejudicar a qualidade final, afirmou a presi-dente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA).
Segundo Dora Simões, não é possível antecipar os prejuízos, uma vez que “a vindima se está a iniciar e não existem dados concretos que permitam avan-çar com um valor global para a região”.
As vindimas já decorrem no Alentejo e, em três adegas co-operat ivas contactadas pela Lusa, as perspetivas são de de-créscimo de produção, variável entre 10 a 40 por cento, embora a qualidade do vinho não seja afetada, prevendo-se uma ano de “muito boa qualidade”.
A presidente da CVRA expli-cou que o decréscimo previsto resulta da “instabilidade cli-mática que se registou em todo o País, com períodos de calor e precipitação”, o que contri-buiu para “o desenvolvimento de míldio”, dando origem a que alguns cachos secassem, dimi-nuindo a concentração de ca-chos por videira.
“Este decréscimo não terá consequências na qualidade do vinho, uma vez que a me-nor concentração de cachos na
Qualidade da uva está muito boa
Viticultores do Alentejo esperam menor produção de vinho
JOSÉ
SER
RA
NO
videira permite obter maior concentração e qualidade do vi-nho”, salientou.
Dora Simões realçou que as uvas apresentam atualmente “uma boa maturação”, sendo deste modo previsível “um ano vitivinícola de muito boa quali-dade no Alentejo”.
Na Adega Cooperativa da Vidigueira, Cuba e Alvito, no distrito de Beja, cujas vindi-mas entre os associados arran-caram na quarta-feira, a previ-são aponta para “uma quebra acentuada na produção, essen-cia lmente nas uvas brancas, cuja quebra deve atingir os 35 por cento”, em relação a 2010, segundo o presidente, Joaquim Carvalho.
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O responsável indicou ainda que a Adega espera receber este ano sete milhões de quilos de uva, enquanto em 2010 recebeu 9,5 milhões de quilos.
“A uva está a vir belíssima e com bom grau, o que significa que vamos ter boa qualidade de vinho”, assegurou o presidente da Adega.
Na Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz no dis-trito de Évora (Carmim), cujos associados já começaram as vindimas no dia 11, a perspetiva é de “uma diminuição de pro-dução entre 10 a 20 por cento”, face a 2010, disse o enólogo da empresa, Rui Veladas.
O técnico explicou que “a primavera foi extremamente
favorável ao desenvolvimento de míldio, que provocou a l-gumas quebras de produção”, acrescentando que o granizo que ca iu em várias trovoa-das afetou também algumas vinhas.
O enólogo referiu que tem ainda dificuldade em dar uma estimativa da quantidade de uva que a Carmim vai receber dos seus associados, indicando que em 2010 a empresa recebeu 23,4 milhões de quilos de uva.
Segundo Rui Veladas, as pre-visões apontam para uma “boa” qualidade da uva, v isto que houve “boas maturações devido a um verão menos quente”.
Na Adega Cooperativa de Por ta leg re , os i nd icadores
apontam também para uma quebra de produção a rondar os 40 por cento, face a 2010, de acordo com a diretora de produ-ção, Cristina Francisquinho.
A técnica da empresa atri-buiu também ao “muito míldio” que afetou a uva, uma das prin-cipais causas da quebra de pro-dução, mas revelou que houve também algum abandono de vi-nhas por parte dos proprietá-rios que são associados da co-operativa, e que a concorrência está a adquirir uva a sócios da Adega.
Segundo a responsável, em 2010, a Adega de Portalegre re-cecionou 2,4 milhões de quilos de uva, e a vindima começa se-gunda-feira na empresa.
2 / cadernodois / Diário do Alentejo /26de agosto de 2011
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Familiar e da Associação Portuguesa de Terapias
Comportamental e Cognitiva – Lisboa
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Psicologia Clínica – M. Carmo Gonçalves
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Incontinência Urinária– Reeducação dos Músculos
do Pavimento Pélvico– Reabilitação
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23 - 1º F (Jardim
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da Sociedade Portuguesa
de Psicanálise Membro
da International Psychoanalytical
Association SUPERVISÃO
DE GRUPOEM PSICOTERAPIA
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91 790 28 36
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Assistente graduada do serviço
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entre as 15 e as 18 horasRua Dr. Aresta Branco, nº 47
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Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503
Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA
Clínica Geral ▼
DRA. TERESA
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de dermatologia:HORÁRIO:
Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas
pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das
consultas às quartas-feirasPelo tel. 284329134,
depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito,
nº 4 – 1º frente7800-544 Beja
(Edifício do Instituto do Coração,
Frente ao Continente)
Dermatologia ▼
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Médico Especialista pela Ordem dos Médicos
e Ministério de Saúde
GeneralistaCONSULTAS DE OBESIDADERua Capitão João Francisco
de Sousa, 56-A – Sala 8Marcações
pelo tm. 919788155
Obesidade ▼
Psiquiatria ▼
FERNANDO AREALMÉDICO
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Consultório
Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A
1º esqº 7800-451 BEJATel. 284320749
PARADELA OLIVEIRA
Psiquiatra do Hospital de BejaRetoma as consultas
na PoliclínicaSão Paulo
Rua Cidade São Paulo, 29, BEJA
Marcações: Tel. 284328023
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Marcações de 2ª a 6ª feira, das 15 às 19 horas
Terreiro dos Valentes, 4-1ºA7800-523 BEJA
Tel. 284325861 Tm. 964522313
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3 / cadernodois / Diário do Alentejo /26 de agosto de 2011
saúde
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GIP – Gabinete de Intervenção PsicológicaRua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA
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CENTRO DE IMAGIOLOGIA
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António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo –
Montes Palma – Maria João Hrotko
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Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-
PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE,
ADVANCE CARE
Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas
Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490
ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler
TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan
Mamografi a e Ecografi a Mamária
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Electrocardiograma com relatório
Clínica Médico-Dentáriade S. FRANCISCO, LDA.
Gerência de Fernanda FaustinoAcordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E.,
Portugal Telecom e AdvancecareRua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão;
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Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20
7800-451 BEJA
Tel. 284324690
_______________________________________
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Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan
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medicina geral e familiarDr. Luís Capelaendocrinologia | diabetes | obesidadeDrª Luísa Raimundoterapia da falaDrª Vera Baiãopsiquiatria e saúde mentalDr. Daniel Barrocas
sioterapia | reabilita o (pós-AVC/ pós-cirurgia/ traumatologia/ cinesioterapia/ coluna)Dr. Fábio Apolinárioginecologia | obstetrícia | colposcopiaDrª Ana Ladeirapsicologia clínicaDrª Maria João Póvoaspsicologia educacionalDrª Silvia ReispodologiaDr. Joaquim Godinhocirúrgia vascularDrª Helena Manso
medicina dentária Dr. Jaime Capela (implantologia)Drª Ana Rita Barros (ortodon a)
prótese dentáriaTéc. Ana Godinho cirurgia maxilo-facialDr. Luís Loureiro
pediatria do desenvolvimentoDrª Ana So a Brancopsicomotricidade | apoio pedagógicoDrª Helena Louro
Rua António Sardinha nº 23, 7800-447 Beja Telefone: 284 321 517|Tlm: 96 134 11 05
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Desabituação tabágica – H. Pulido Valente
Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina
Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de
Lisboa
Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja
Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja
Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia
Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar
e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva
(Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo
Alentejo.
Dr. Rogério Guerreiro – Naturopatia
Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar
Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial
e Reabilitação (difi culdades específi cas de aprendizagem/
dislexias)
Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja
Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/
Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa
Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias
Urinárias – H. Beja
Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria –
Hospital de Santa Maria
Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina
Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia
digestiva.
Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia
Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar
Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de
Beja
Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria
de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro
Hospitalar do Baixo Alentejo
Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de
Beja
Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia
Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do
Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja
Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital
de Beja
Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do
Hospital Garcia da Orta.
Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados:
Carta de condução; uso e porte de arma e caçador.
Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não
invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução
do tecido adiposo e redução da celulite
Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/
Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e
escrita específi ca e não específi ca. Voz/Fluência.
Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação
Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações
do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação;
Gerontomotricidade.
Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira
especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem
na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/
amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem
corporal da mãe – H. de Beja
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Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja
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4 / cadernodois / Diário do Alentejo /26 de agosto de 2011
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Contactar tm. 962844930
Diário do Alentejo nº 1531 de 26/08/2011 2ª Publicação
MINISTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS
SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248
ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES
N.º da Venda: 0248.2011.78 - Prédio urbano, construído em
alvenaria de tijolo e estrutura resistente em betão, que se destina
a habitação. Está constituído em propriedade horizontal, com 6
fracções designadas pelas letras A; B; C; D; E e F, autónomas
entre si, individualmente independentes e isoladas, tendo comum
a todos o terreno onde está implantado o prédio e todas as demais
peças descritas no artigo 1421 do Código Civil.
Fracçao B, destinada a habitação, sito na Rua Bernardo San-
tareno, nº 13, Beja, rés do chão esquerdo, constituído por quatro
assoalhadas, uma cozinha, duas casas de banho, um corredor e
duas despensas, inscrito sob o artigo nº 1822, concelho de Beja,
com a área bruta privativa 137,4000 m2 e com o valor patrimonial
de € 89.060,00.
Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço
de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA,
faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico,
nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedi-
mento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011
de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao
executado infra indicado, para pagamento de divida constante em
processo(s) de execução fiscal.
É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) FLORIVAL GUERREIRO RA-
MOS, residente em BEJA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima
identificado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT),
entre as 14:00 horas do dia 2011-08-19 e as 18:00 horas do dia
2011-10-17.
O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 62.342,00.
As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante
acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador
registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de
bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Ci-
dadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão
Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou
superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações
anteriormente apresentadas para essa venda.
O prazo para licitação tem início no dia 2011-10-03, pelas
10:00 horas, e termina no dia 2011-10-18 às 10:00. As propostas,
uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição
legal em contrário.
No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do
Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo
6.º da portaria n.º 219/2011).
A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do
órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo
do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto
do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas
(256.º/1/e) CPPT).
No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e
mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias,
contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser
autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior,
de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante
em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).
A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos
que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal
sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo,
o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.
Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1
CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores
desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para
reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o
pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre
o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).
Teor do Edital:
Identificação do Executado:
N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248201001000225 (e
apensos)
NIF/NIPC: 120310945
Nome: FLORIVAL GUERREIRO RAMOS
Morada: R BERNARDO SANTARENO LOTE 13 R/C - ESQº
- BEJA - BEJA
2011-08-09
O Chefe de Finanças
Manuel José Borracha Pólvora
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Diário do Alentejo nº 1531 de 26/08/2011 1ª Publicação
MINISTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS
SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA
EDITAL – ANÚNCIOVENDA EXTRA JUDICIAL
POR NEGOCIAÇÃO PARTICULAR
MANUEL JOSÉ BORRACHA PÓLVORA, chefe do Serviço de
Finanças de Beja, faz saber que por despacho de 17-05-2011 foi or-
denada a venda por negociação particular, nos termos do disposto
no artº 252º do Código de Procedimento e do Processo Tributário
e da alínea d) do nº 1 do artº 886º do Código do Processo Civil,
do bem abaixo mencionado, penhorado no processo executivo nº
0248200901002015 e ap., instaurado contra Micosil Sociedade
Construções Imobiliária Unipessoal, Lda, NPC 506486680, com
sede na Rua do Pé da Cruz nº15 em Beja, para pagamento da
quantia de € 34.949,86 (trinta e quatro mil novecentos quarenta
e nove euros e oitenta e seis cêntimos) e acréscimos legais, por
dívida de IVA, IRC, IRS, IMI e Coimas Fiscais.
IDENTIFICAÇÃO DOS BENS
Espaço amplo destinado a garagem/arrecadação, sito em Vale
Mangude, lote 87, Areias de São João – Albufeira, com a área bruta
privativa de 442,0000m2, inscrito da respectiva matriz predial
urbana sob o artº 20436, fracção “I”, da freguesia e concelho de
Albufeira, distrito de Faro. Foi fixado o valor mínimo de venda em
€ 80.645,00 (oitenta mil seiscentos e quarenta e cinco euros).
É fiel depositário do bem penhorado o Sr Fernando Henriques
da Silva, residente em Edifício Infante r/c C – Lagoas – 8200-
568 Ferreiras.
É mediadora para a venda a firma:” Coseli 2 - Mediação
Imobiliária, Ldª.”, com sede na Estrada Municipal 248, Apart. 201
– Gouxaria – 2380-171 Alcanena, telefone: 249891619, E-mail:
As propostas de compra devem ser apresentadas por escrito,
pelos proponentes, à sociedade encarregada da venda, no prazo
de 30 dias até às 16:00 horas do dia 14/09/2011.
O (a) adquirente ficará sujeito (a) ao pagamento do Imposto
Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, às taxas
previstas nas alíneas d) do º 1 do artº 17º do CIMT, caso não
beneficie de isenção do mesmo.
E para constar se lavrou o presente EDITAL e outros de igual
teor que vão ser afixados nos lugares determinados por Lei.
Serviço de Finanças de Beja, 19 de Agosto de 2011.
O Chefe de Finanças
Por delegação de competências, o substituto legal,
Aviso (extracto) nº. 3708/2009, DR, II Série – nº. 32
– 16 de Fevereiro
Carlos Hélder Leitão de Macedo
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nº 4-6 7800-493 Beja
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Diário do Alentejo nº 1531 de 26/08/2011 1ª Publicação
MINISTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS
SERVIÇO DE FINANÇAS DE FERREIRA DO ALENTEJO-0272
ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES
N.º da Venda: 0272.2011.37 - Serv. Finanças FERREIRA DO ALEN-
TEJO - [0272] Freguesia de Figueira Dos Cavaleiros , Prédio Rústico,
denominado Marmelo, inscrito na matriz sob o artigo 39, Secção GG1,
sito em Marmelo.
Ècomposto por prédio com 22,7000Ha, com cultura arvense de
sequeiro, azinheiras dispersas e vários parques para produção de porco
em regime semi-intensivo.
Está descito na CRP deste concelho como fi cha 535 da mesma
freguesia.
Fernando Manuel Ferreira Lopes, Chefe de Finanças do Serviço de
Finanças FERREIRA DO ALENTEJO-0272, sito em PRAÇA COMENDA-
DOR INFANTE PASSANHA 16, FERREIRA DO ALENTEJO, faz saber
que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos
artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo
Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem
acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para
pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.
É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) ANDRE FILIPE DE JESUS SOBRAL,
residente em FIGUEIRA DOS CAVALEIROS, o(a) qual deverá mostrar
o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6
CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-08-25 e as 16:00 horas do
dia 2011-11-15
O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 156.555,00.
As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante
acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador
registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens
penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”,
“Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A
licitação a apresentar deve ser de valor igual ou
superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações
anteriormente apresentadas para essa venda.
O prazo para licitação tem início no dia 2011-10-31, pelas 16:00
horas, e termina no dia 2011-11-15 às 16:00. As propostas, uma vez sub-
metidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.
No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço
de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria
n.º 219/2011).
A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de
execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de en-
trega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução
fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).
No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante
requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados
do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o
depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior,
de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante
em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).
A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que
se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as
Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre
o Valor Acrescentado ou outros.
Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT),
contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos
e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo
de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos
que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado
(240º/CPPT).
Teor do Edital:
Identifi cação do Executado:
N.º de Processo de Execução Fiscal: 0272201001007203
NIF/NIPC: 219686890
Nome: ANDRE FILIPE DE JESUS SOBRAL
Morada: R DO TRAMBULHÃO N 27 - FIGUEIRA DOS CAVALEIROS
- FIGUEIRA DOS CAVALEIROS
2011-08-24
O Chefe de Finanças:
(Fernando Manuel Ferreira Lopes )
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(Vila de Frades)
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5 / cadernodois / Diário do Alentejo /26 de agosto de 2011
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Diário do Alentejo nº 1531 de 26/08/2011 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE MÉRTOLA
AVISO N.º 220/2011
(CONSULTA PÚBLICA DO PLANO DE GESTÃO
FLORESTAL DO PERÍMETRO FLORESTAL
DOS COUTOS DE MÉRTOLA)
JORGE PAULO COLAÇO ROSA, Presidente da
Câmara Municipal de Mértola:
TORNA PÚBLICO, que a Câmara Municipal
de Mértola, em cumprimento com os n.ºs 1 e 2,
do artigo 20.º do Decreto-lei n.º 16/2009 de 14 de
Janeiro, se encontra para consulta pública, entre o
dia 17 de Agosto e o dia 31 de Agosto, o Plano de
Gestão Florestal do Perímetro Florestal dos Coutos
de Mértola.
O Perímetro Florestal dos coutos de Mértola
situa-se na freguesia de Mértola, distrito de Beja, e
possui uma área de 455,43ha. Está inserido no Plano
Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Alentejo,
nas sub-regiões homogéneas cintura de Ourique e
Margem Esquerda.
O documento encontra-se para consulta no Gabi-
nete Técnico Florestal, sito na casa do Ambiente em
Mértola, e no sítio electrónico da Autoridade Florestal
Nacional (www.afn.min-agricultura.pt).
As sugestões ou observações que venham a
ser apresentadas devem ser formuladas por escrito,
dirigidas ao Município de Mértola, sito na Praça Luís
de Camões, 7750-329 Mértola, ou através do email
Mértola, 23 de Agosto de 2011
O Presidente da câmara Municipal,
Jorge Paulo Colaço Rosa
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Associação Humanitária
dos Dadores de Sangue de Beja
7/ cadernodois / Diário do Alentejo /26 de agosto de 2011
necrologia
São João de Negrilhos
PARTICIPAÇÃO E
AGRADECIMENTO
Ana Perpétua
Lourenço102 anos
Filhos, noras, netos e bis-
netos, cumprem o doloro-
so dever de participar o
falecimento da sua ente
querida, ocorrido no dia
19/08/2011 e na impossi-
bilidade de o fazer indivi-
dualmente vêm por este
meio agradecer a todos
aqueles que a acompa-
nharam à sua última mo-
rada ou que de qualquer
forma manifestaram o seu
pesar.
Um especial agradeci-
mento à Associação de
Solidariedade Social de S.
João de Negrilhos, seus
funcionários, equipa mé-
dica do Centro de Saúde
de S. João de Negrilhos,
pela forma carinhosa,
respeitosa e humana que
sempre lhe dedicaram.
Beja
Maria Augusta
Soeiro Rolim28/08/2011–15.º Ano
Marido, fi lhos, nora, genro, netos e restante família, recordam
com muita saudade a sua ente querida no seu 15º aniversário
do seu falecimento, guardando para sempre a sua imagem na
memória e no coração.
FuneráriaCentral de Serpa, Lda.
Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467
FuneráriaCentral de Serpa, Lda.
Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467
Serpa
É com enorme pesar e
solidários na dor da fa-
mília que participamos
o falecimento da Sra.
Ana Teresa da Palma
Correia de 81 anos, vi-
úva.
O funeral a cargo desta
Funerária realizou-se no
passado dia 19 de Agosto
da Casa Mortuária de
Serpa para o cemitério
local.
A família na impossibi-
lidade de o fazer indivi-
dualmente, agradece a
todas as pessoas que
pela sua presença ou de
outra forma expressaram
o seu pesar.
Serpa
É com enorme pesar e
solidários na dor da famí-
lia que participamos o fa-
lecimento do Sr. Manuel
de Lemos Abraços
Bolinhas Nogueira de
71 anos, casado com a
Sra. Maria Cecília Brito
Rodrigues Palma de le-
mos Abraços.
O funeral a cargo desta
Funerária realizou-se no
passado dia 22 de Agosto
da Casa Mortuária de
Serpa para o cemitério
local.
A família na impossibi-
lidade de o fazer indivi-
dualmente, agradece a
todas as pessoas que
pela sua presença ou de
outra forma expressaram
o seu pesar.
Serpa
PARTICIPAÇÃO E
AGRADECIMENTO
José António Emílio
Esposa, fi lhos, netos, ir-
mão, sobrinhos e restante
família cumprem o dolo-
roso dever de participar
o falecimento do seu ente
querido ocorrido no dia
18/08/2011 e na impossi-
bilidade de o fazer indivi-
dualmente vêm por este
meio agradecer a todas
as pessoas que o acom-
panharam à sua última
morada ou que se qual-
quer forma manifestaram
o seu pesar.
BEJA
AGRADECIMENTO
E MISSA 7º DIA
Engrácia Carmo
A. Paixão VelhucoFaleceu em 20/08/2011
Filhos, netos, genro e
nora agradecem a todas
as pessoas que se dig-
naram a acompanhá-la à
sua última morada ou que
manifestaram o seu pesar
de uma outra forma.
A família gostaria, igual-
mente de agradecer todo
o empenho e profi ssiona-
lismo de toda a equipa do
Hospital de Dia da ULSBA
e aos Serviços Paliativos
ao Domicílio, nas pessoas
da Dra. Cristina Galvão e
Enfermeira Catarina.
Será celebrada missa
pelo seu eterno descan-
so no dia 26/08/2011, 6.ª
Feira, pelas 18.30 horas
na Igreja da Sé em Beja,
agradecendo desde já a
todas as pessoas que nela
participem.
Vila Nova de S. Bento
Faleceu o Exmo. Sr.
Pedro Serrano Batista
de 70 anos, natural de
Vila Nova de S. Bento.
O funeral a cargo desta
Agência realizou-se no
passado dia 22 de Agosto
da casa mortuária de Vila
Nova de S. Bento para o
cemitério local.
Na impossibilidade de
Agradecer pessoalmen-
te a todas as pessoas
que compareceram ao
funeral e manifestaram o
seu pesar a família, vem
por este meio expressar
o seu agradecimento a
todos os que estiveram
presentes.
AGÊNCIA FUNERÁRIA
SERPENSE, LDA.Gerência: António Coelho
Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A 7830-344
SERPA
AGÊNCIA FUNERÁRIA
BARRADAS, LDA.Rua do Outeiro nº 21 Vila Nova de S. Bento
Telm: 967026828 - 967026517
CAMPAS E JAZIGOSDECORAÇÃO
CONSTRUÇÃO CIVIL“DESDE 1800”
Rua de Lisboa, 35 / 37 – Beja Estrada do Bairro da Esperança Lote 2
Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342
8 / cadernodois / Diário do Alentejo /26 de agosto de 2011
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Outrasnovidades
NIGHTSCHOOL, LE LIVRE DES SORCIÉRES,
por Sventlana Chinakova, sob edição Lombard.
O insólito, o terror e a feitiçaria...no
estilo mangá por uma artista eslava.
Pelo que hoje sabemos, a invocação di-vina deve ser quase tão antiga como o próprio homem. Já a encontramos nas
civilizações mais antigas de que temos conhe-cimento.
Vejam-se os monumentos megalíticos, dos quais temos belos e únicos exemplares no Alentejo.
Parece ser ponto assente entre os especia-listas destas matérias que alguns destes monu-mentos são uma manifestação de religiosidade do homem, nos seus primórdios, atribuídas pelos especialistas à invocação dos deuses. Vejam-se também as pinturas rupestres.
Sumérios, egíp-cios, gregos e roma-nos, todos eles povos politeístas, também sentiram essa necessi-dade e, de tanto a exer-cerem, acharam van-tajosa a especialização dos seus deuses, pelo que havia sempre um especializado e dispo-nível, qualquer que fosse o pedido a fazer.
É certo que os povos autóctones do conti-nente americano, de norte a sul, também ti-veram as suas divindades, as quais invoca-vam sempre que necessário. Algumas delas só eram satisfeitas com o derramamento de san-gue, como era o caso dos aztecas, já em pleno segundo milénio d.C.
Através dos romanos, os gregos legaram-nos uma infinidade de divindades, todas elas devidamente biografadas. A árvore genealó-gica e os feitos em que se distinguiram eram conhecidos. Sabemos pois, que para os gregos Deméter era a divindade da terra cultivada, pelo que era a ela que dirigiam as suas invoca-ções para a obtenção de boas colheitas, princi-palmente de trigo.
Esta deusa, pertence à segunda geração di-vina é a segunda filha de Cronos e de Reia. No exercício da sua condição de deusa da Terra-Mãe, numa das suas viagens pelo mundo, Deméter recebeu alojamento condigno em
casa do rei Céleo e de Metanira. Como recom-pensa, Deméter premiou o filho destes reis, Triptóleme, com um carro puxado por dois dragões alados e deu-lhe como incumbência que fosse semeando trigo por todo mundo.
Os romanos deram a Deméter o nome de Ceres e o seu culto foi espalhado por todo o império.
Implantada a República em Portugal, as autoridades postais e políticas de então, não quiseram deixar de registar o caráter agrícola do país numa emissão de selos. Surge assim um símbolo ligado à terra e à agricultura como motivo único, nos primeiros selos republica-
nos: a deusa Ceres, deusa da Terra-Mãe, deusa que propicia aos homens os frutos da terra, especial-mente o trigo.
Os selos Ceres Os selos Ceres circula-ram de fevereiro de 1912 a 30 de setem-
bro de 1945. O desenho é de Constantino de Sobral Fernandes e a gravura de José Sérgio de Carvalho e Silva.
Devido ao longo tempo que estiveram em circulação tiveram quarenta e oito franquias diferentes.
(continua)
Bibliografia
GRIMAL, Pierre – Dicionário da Mitologia
Grega e Romana – Lisboa, Difel, 2009, 556 pp..
MOTA, J. M. Miranda da – Os papéis dos selos
Ceres. Póvoa do Varzim, Convenção Filatélica, 2003,
20pp
MOTA, J. M. Miranda da; VIEIRA, Armando
Mário O. – Portugal Ceres, Variedades de Cliché.
RIBEIRO, Classificação dos selos Ceres – Lisboa,
Filamundo, 1982, 38 (,XLII) pp.
FIGUEIREDO, Albertino – Ceres, Portugal.
Madrid, Fundação Albertino de Figueiredo para a
Filatelia, 2003, 87 pp.
Grécia, Pois!
Para surpresa nossa, eis que o jovem herói Orion regressou! Ressurge da “escola Jacques
Martin”, o que logo seduz à leitura da obra. Pelas Éditions
Casterman, é o 4º tomo da série “Orion”, com correta aposta gráfica de Marc Jailloux. Nota importante: em princípio, o saudoso mestre Jacques Martin, tinha idealizado uma série com o jovem grego Orion mas “caiu” logo em apostar no jovem gaulês roma-nizado, Alix, que cedo deu lugar a uma longa e tão aplaudível série. Neste tomo da série “Orion” verifica-se que o estilo gráfico de Jailloux está mesmo muito
próximo ao do mestre. Este tomo tem por título, “Les Oracles”.
Triptóleme lançando as sementes à terra
O Pão (II)Les lisières de l’ombre
Sob edição Lombard, “Les Lisières de l’Ombre”, é o quarto tomo da tenta-dora série “La Légende du Changeling”.
Argumento de Pierre Dubois e gra-fismo de Xavier Fourquemin. Tema confuso mas de certo modo belo.
Zone 10Editora: Delcourt.Autores: Christos Gage e Chris Samnee.Obra: “Zone 10”.
Um misterioso “Henrique VIII” põe Nova Iorque em pânico, espalhando pela cidade os corpos decapitados das suas ví-timas. O inspetor Adam Kamen, recém divorciado e a recuperar de um acidente que lhe provocou uma preocupante le-são cerebral, aposta em apanhar esse demoníaco assassino. Álbum constru-ído intencionalmente a preto-e-branco pelo traço de Chris Samnee. No argu-mento, vogando pelas fronteiras da ci-ência experimental, Christos Gage, mer-gulha-nos na loucura do seu personagem e alcança uma sólida intriga policial em redor dos mistérios da trepanação.
Le derviched’HollywoodEditora: Lombard.Autores: Carin, Rivière e Borille.Obra: “Le Derviche d’Hollywood”, vigésimo terceiro tomo da série “Victor Sackville”
Uma tão popular série com “sabor bri-tânico”, desta vez, nas voltas de tro-cas e baldrocas da cinematográfica Hollywood, fabricada pelos norte-ame-ricanos. Uma narrativa muito inte-ressante e plena de bizarros mistérios, com um argumento digno dos filmes hollywoodescos do género.