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    A estrutura bsica do balano de pagamentos, entretanto, apresentaduas caractersticas importantes.Aprimeira o saldo em transaes corren-tes,resultado do somatrio dos saldos da balana comercial,de servios e

    O balano de pagamentos

    radicionalmente,o balano depagamentos de um pas de!inido comoo registro sistemtico das transaes econ"micas, ocorridas em um deter-minado perodo,entre um pas e o resto do mundo.#ais especi!icamente,o balano de pagamentos a escritura$o dos !lu%os monetrios re!eren-

    tes ao movimento de mercadorias e servios &transaes internacionais de

    bens e servios', ( varia$o de ativos e passivos com o e%terior

    &emprstimos, !inanciamentos, investimentos e outros capitais enviados ourecebidos do e%terior' e a trans!er)ncias unilaterais &remessas simples de

    din*eiro, sem contrapartida econ"mica, +ue o caso das doaes,

    manuten$o de es- tudantes no e%terior, pagamento e recebimento deaposentadorias, entre outros'.

    or outro lado,essa abertura de !ronteiras de uma economia, associada( bai%apropens$o de poupar e ao deficit !iscal do governo,acaba trans!or-mando-a em uma economia re!le%a, ou sea, uma economia +ue , alm dedepender de outras economias para o !ornecimentode capital,passa a im-

    portar tambm suas crises.

    or essa ra$o,a abertura de uma economia desempen*a um papele%tre-

    mamente importante no processo de acumula$o de capital,pois permite,de um lado,a entrada do capital estrangeiro para complementar apoupanainterna bruta para as inverses a serem realiadas,e,de outro,a entrada de

    bens de capital necessrios para a implanta$o ou mel*oria dosprocessos

    /os pases emergentes,ou em processo de desenvolvimento,o cresci-mento econ"mico normalmente limitado pela !alta de recursos monet-

    rios para a realia$o dos investimentos necessrios, e n$o propriamentepela !alta de estmulo para investir.

    ra, se a sociedade possui bai%a capacidade depoupar,a necessidadede se !inanciar o deficit governamental compromete ainda mais a capacida-

    de de investimentos dessa economia, cerceando ainda mais apossibilidade

    de crescimento e conse+uente desenvolvimento.

    A atividade econ"mica e o modelo de tr)s setores

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    subsdios (s e%portaes2

    restries tari!rias ou +uantitativas (s importaes2

    redu$o do nvel de atividade econ"mica2

    desvaloriaes reais da ta%a de c3mbio2

    s deficits de um balano depagamentos somente poder$o subsistir se

    o pas possuir reservas ou tiver acesso a capitais compensatrios &tambm

    c*amados capitais induidos ou !inanciamento o!icial compensatrio'+ue!inanciam esses deficits. 4essa !orma, os deficits cr"nicos ou contnuos ao

    longo do tempo e%igem uma corre$o,+ue poder ser e!etuada atravs dasseguintes medidas,de acordo com assos e /ogami &5001,p.660'7

    sse saldo do balano de pagamentos,+ue o con!ronto do saldo emtransaes correntes com o saldo de capitais aut"nomos,dever apresen-tar,portanto,resultado ero.9e negativo, indica +ue as sadas aut"nomasde divisas !oram superiores (s entradas, gerando, ent$o, um deficit2 se

    positi- vo, signi!ica +ue as entradas de divisas !oram superiores (s sadas,gerando,portanto,um supervit.

    8m lin*as gerais,o saldo de!icitrio das transaes correntes signi!ica+ue

    o pas comprou mais bens e servios do e%terior do +ue vendeu,indicandoter *avido umapoupana e%terna positiva. ssapoupana, tambm con*e-

    cida como passivo externo lquido, aumenta as obrigaes !inanceiras com

    o e%terior,pois o pas dever buscar recursos complementares para poderencerrar seu balano depagamentos de !orma nivelada.

    /ormalmente, os pases emergentes apresentam deficits no saldo emtransaes correntes, re!le%o de algum desauste estrutural em sua econo-mia. : o caso de economias endividadas e an!itri$s de empresas multinacio-nais,em +ue a conta de servios apresenta-se geralmente de!icitria devido(s presses e%ercidas pelos uros,pelos lucros e dividendos remetidos aoe%terior. 9e esse deficit n$o !or compensado por um supervit na balanacomercial,torna-se mais latente a depend)ncia do pas em rela$o ao capitalestrangeiro para poder !ec*ar suas contas internacionais.

    trans!er)ncias unilaterais,+ue indica se *ouvepoupana negativa oupositi-va. A segunda o saldo do balano depagamentos propriamente dito,+ueretrata a capacidade de !inanciamento +ue o pas tem, unto ( comunidade

    internacional.

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    ;arneiro &1

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    #as o +ue realmente nospreocupa nesse tipo de anlise +ue,nopero-

    do aps a 9egunda >uerra #undial,consolidou-se um novo tipo de depen-d)ncia das economias mundiais,baseada nas empresas multinacionais,+ue

    passaram a investir pesadamente nos pases em desenvolvimento, o +ueacabou criando uma espcie de depend)ncia industrial-tecnolgica. 8 essa

    depend)ncia acabou provocando dese+uilbrios nas balanas comerciais

    dos pases emergentes.

    Ainda de acordo com ;arneiro &1

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    A globalia$o,desta !orma, espal*a os sintomas dessa crise por tudo o+ue alcana, e os pases emergentes acabam so!rendo as maiores conse-

    +u)ncias,e%atamentepor serem economias re!le%as,ou se-a,importadorasde crises.

    ?m outro !ator relevante,eprovavelmente o de maiorpeso , +ue a eco-nomia mundial vem passando por um processo de !alta de li+uide e dimi-

    nui$o nas ta%as de crescimento,o +ue limita a disponibilidade de capitais,levando-os a reduir ao m%imo seus riscos, buscando investimentos mais

    slidos e seguros.

    /esse sentido,os pases emergentes continuar$o a depender do capital

    estrangeiro, em !un$o dos bene!cios +ue estes traem, e pelas maioresoportunidades +ue eles apresentampara o processo de crescimento.8ntre-tanto,a tend)ncia uma diminui$o drstica na mobilidade desses recursos,em vista do esgotamento dos ativos renovveis nos pases emergentes e do

    aumento do risco dessas economias.Assim, o !lu%o de capitais estrangeiros,ao longo dos pr%imos anos, dever se restringir ao reinvestimento para aotimia$o da capacidadeprodutiva, !orma para solidi!icar o investimento

    inicial.

    m uma lin*a de raciocnio simples,as empresas multinacionais,geral-mente detentoras de altas tecnologias, tendem a substituir produtos pri-mrios por matria-prima sinttica. aumento da demandapor esses insu-

    mos acaba elevando o volume de importaes,bem como seus preos nomercado internacional.A deteriora$o das relaes de troca decorrentes daredu$o dos preos das matrias-primas tradicionais e%portveis leva a uma

    piora naperformance da balana comercial.or outro lado,a balana de ser-vios preudicada pela repatria$o do elevado volume de lucros eroyalties.;omo os !retes e transportes internacionais est$o sob o controle de empre-

    sas multinacionais,eles contribuem ainda mais para o deficit nessa balana.;omo conse+u)ncia, torna-se ainda mais necessrio o !inanciamento e%ter-

    no do saldo de!icitrio em transaes correntes,atravs de emprstimos +uepioram a conta de capitais e concorrem para o aumento do endividamento

    e%terno.

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