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Economia e cidadania
Adam Smith
Autor conhecido por “A Riqueza das Nações”. Livro que surgiu no mesmo ano da
Independência dos Estados Unidos da América. Os dois eventos representam uma reação aos
princípios mercantilistas. Galbrath (p. 57) ressalta que há coisas que chamam a atenção na
obra de Smith: as forças que influenciam a vida do “homo economicus”, a maneira como os
preços são determinados e como a renda é dividida em salários e lucros. O interesse individual
de cada um é o mote econômico do mundo e a competição desse interesse é o que leva o
desenvolvimento do bem público.
Defensor do equilíbrio econômico entre terra, capital e trabalho. Mesmo havendo
mudanças no capital e na mão de obra, estas sempre retornariam a um equilíbrio. Para Smith,
a quantidade da mão-de-obra e o custo para mantê-la definem o preço.
A riqueza de uma nação é gerada pela sua capacidade produtiva. O escocês era
contrário aos privilégios comerciais impostos pelo Estado, e a favor do fim de restrições ao
comércio internacional entre as nações, coadnuando-se à livre concorrência.
Immanuel Kant
Kant viveu no setecentismo de Frederico II, “kaiser” que possuía um espírito aberto ao
conhecimento, assim como Kant. O filósofo prussiano teve uma vida pacata, deixando também
escritos na área da Geografia e das Relações Internacionais.
Aos também alemães Hegel e Nietszche, ele derrubou barreiras, preocupando-se
entender o que é o conhecimento, trazendo à tona questões acerca do espaço, conceito e
representação, universalidade, e, enfim, liberdade do pensamento.
David Richard
Astuto comerciante e político, Ricardo foi um parcimonioso teórico econômico.
Preocupou-se com a interação entre oferta e demanda. Foca-se, primeiramente, na
utilidade do bem. Bens que possam ser reproduzidos têm o seu preço determinado pelas horas
de trabalho necessárias para fabricá-los.
Estudante do valor do salário, ele defendia que o salário do trabalhador permitisse que
ele subsista, além de permitir a manutenção de seus hábitos essenciais, devendo o salário não
ser controlado pela burocracia estatal ou de outrem.
Karl Marx
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Responsável por ser aquele que melhor exerceu ataque às ideias liberais oriundas do
mundo anglo-saxônico. Parte da segunda metade do século XIX, ele liderou esse movimento
político. Perseguido na hoje Alemanha, ele teve de refugiar-se em França e na Inglaterra.
Influenciado pelo também alemão Hegel, descobriu que a vida social, política e
econômica estão em constante transformação: a ideologia dominante logo será contestada por
outra.
A ele, o clássico equilíbrio econômico entre capital e trabalho poderia ser rompido.
Instituições como empresas e sindicatos estão em constante movimento.
Em o “Manifesto Comunista”, obra em que se associou a Friedrich Engels, apresentou
seu descontentamento com os movimentos revolucionários de 1848 na Europa. Sua obra
máxima, O Capital, apresenta a teoria da exploração capitalista que os trabalhadores sofriam.
O alemão sabia que o capitalismo era o responsável por gerar uma exuberante força produtiva
e salvar da miséria milhares de pessoas, não obstante atacou como ninguém as deficiências
do sistema capitalista para ele: distribuição de renda extremamente desigual, e recorrentes
momentos de crise e desemprego.
John Maynard Keynes
Homem do século XX, o britânico tornou-se famoso nos anos da Grande Depressão
norte-americana, oportunidade em que se interessou pelo problema da demanda, mostrando
que a essa época, havia escassez da demanda, em virtude do desejo de poupança para
ulterior acúmulo de dinheiro, fazendo com que os fabricantes dos produtos ficassem
desempregados. Para resolver tal celeuma, defendeu empréstimos governamentais e gastos
públicos.
Outrossim, nesse mesmo tempo, escreveu um texto denominado “A economia nos
tempos de nossos avós”, onde profetiza a vida econômica em nossa época. O avanço
tecnológico cria desemprego, mas que isso é passageiro. Acredita ele que tal desenvolvimento
criará no futuro para ele, agora para nós, mais tempo para as pessoas em busca do lazer,
devido ao grande incremento da produção. Assinala ainda, o seu desapreço pelo apego aos
bens materiais que os ricos possuem.
Defensor que o pleno emprego e estabilidade de preços seriam de interesse
governamental. Instituições como banco central ganham atenção.
Após ele, expressões como “microeconomia” e “macroeconomia” fariam parte do
vocábulo de qualquer economista.
Cidadania
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Para Pedroso (p. 5), no Brasil, cidadania, restringe-se apenas “direito ao voto e à
participação política”. Ela defende um novo pensamento da cidadania a fim de combater a
tradicional violência perpetrada pelas instituições brasileiras, mormente, aos pobres.
Esse novo parecer sobre cidadania, passa pela reforma das instituições brasileiras -
sobretudo as policiais – como controle disciplinar severo das transgressões policiais, proteção
às testemunhas, vencimentos maiores aos funcionários públicos, cursos de atualização de
forma periódica.
Referências bibliográficas
CRAMPE-CASNABET, Michèle. Tradução de Lucy Magalhães. Kant: uma revolução filosófica.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1994.
GALBRAITH, John Kenneth. O pensamento econômico em perspectiva: uma histórica
crítica. São Paulo: Edusp, 1989.
PEDROSO, Regina Célia. Violência e cidadania no Brasil: 500 anos de exclusão. São Paulo:
Ática, 2006.
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