7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 1/130
ECONOMIA AMBIENTAL
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 2/130
INTRODUÇÃO
NESTA SEÇÃO SERÃO APRESENTADOS CONCEITOS DE:
– VALORAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS
– VALORAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS
– PASSIVOS AMBIENTAIS
– ANÁLISE DE RISCOS
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 3/130
BASE CONCEITUAL
• ATÉ RECENTEMENTE O MEIO AMBIENTE ERA CONSIDERADOUMA FONTE INESGOTÁVEL DE RECURSOS E UM DEPÓSITOINFINITO DE RESÍDUOS.
• ACREDITAVA-SE QUE O CONFORTO E A SEGURANÇA, OBTIDOS
PELO USO DAS FORÇAS E DA NATUREZA, ERAM PRIORITÁRIOS
• A CIÊNCIA ECONÔMIA SEGUIA PELO MESMO CAMINHO, OUSEJA, OS RECURSO NATURAIS ESTAVAM ENGLOBADOS AOTRABALHO E AO CAPITAL QUE PRODUZIAM BENS DE
CONSUMO, OS QUAIS DESAPARECIAM NO INVESTIMENTO OUNO PRÓPRIO USO.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 4/130
BASE CONCEITUAL
AS LIMITAÇÕES DO MEIO AMBIENTE TORNARAM NECESSÁRIA O
DESENVOLVIMENTO DE MODELOS ECONÔMICOS PARA A SUAVALORAÇÃO ECONÔMICA.
DUAS DIFUCULDADES EXISTEM PARA SE VALORAR O MEIO AMBIENTE:
- UTILIZANDO A TEORIA DO TRABALHO SOMENTE O MEIO AMBIENTE
CONSTRUÍDO PODE SER VALORADO, AQUELE DE ORIGEM DO TRABALHO
- UTILIZANDO A TEORIA NEOCLÁSSICA, QUE SE BASEIA NA INTERAÇÃO DAOFERTA E PROCURA DO PRODUTO NO MERCADO, OBSERVA-SE QUE NÃOEXISTE VALOR UM MERCADO ESTABELECIDO PARA VALORAR O MEIOAMBIENTE.
ENTÃO COMO FAZER PARA VALORAR O MEIO AMBIENTE E OS DANOSCAUSADOS SOBRE O MESMO?
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 5/130
BASE CONCEITUAL
• AOS ECONOMISTAS INTERESSA, ESPECIALMENTE, OSDANOS QUE A POLUIÇÃO PROVOCA AO HOMEM, À FAUNA,À FLORA, AOS RECURSOS NATURAIS, ÀS CONDIÇÕESCLIMÁTICAS E AOS MATERIAIS.
• PARA ESTES TIPOS DE DANOS É NECESSÁRIO OBTER-SEUMA AVALIAÇÃO DAS PERDAS FINANCEIRAS E, QUANDOPOSSÍVEL, DAS PERDAS INTANGÍVEIS.
• TENDO ISTO EM MENTE, É NECESSÁRIO ENTENDER ASDIFERENÇA DO CONCEITO DE BENS E SERVIÇOSECONÔMICOS E OS BENS E SERVIÇOS AMBIENTAIS.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 6/130
BENS DE SERVIÇOS ECONÔMICOS E AMBIENTAIS
A DIFERENÇA É QUE OS BENS ECONÔMICOS SÃO REGULADOS EM GRANDE PARTE PELO MERCADO E PELO PREÇO, FUNÇÕESDE EQUILIBRIO DE OFERTA E DEMANDA DESTES BENS.
OS BENS E SERVIÇOS AMBIENTAIS NÃO ESTÃO SUJEITOS ÀSLEIS DE MERCADO.
ATÉ HÁ POUCO TEMPO ERAM CONSIDERADOS BENS LIVRES, OUSEJA, INEXAURÍVEIS, PORTANTO, DE PREÇO ZERO, OU SEJA,NÃO ERAM OBJETO DE TRANSAÇÕES NOS MERCADOS ECONÔMICOS.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 7/130
SERVIÇOS AMBIENTAIS GERADOS PELOS PEIXES
SERVIÇOS: DE REGULAÇÃO, RECICLAGEM, REDISTRIBUIÇÃO,MANUTENÇÃO, RECREAÇÃO, ENTRE OUTROS
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 8/130
SERVIÇOS AMBIENTAIS GERADOS PELOS PEIXES
Regulação dosEcossistemas Iter-relação entreos Ecossistemas Serviços CulturaisGerados
Dinâmica da cadeia trófica
Reciclagem de nutrientes
Distribuição dos sedimentos
Fluxos CO2, H2O p/ atmosf.
Processo de sedimentação
Biodiversidade do sistema ebanco genético
Aquático
Aquático e Terrestre
Transporte de Energia
Aquático e Aéreo
Aquático
Memória Genética
Produção de comida
Produção de Informações
Técnica e Científica
Revelação da Evoluçãodas Espécies
Provisão de Informações
Históricas
Provisão de Atividades deRecreação, Lazer eEsporte
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 9/130
VALOR DO RECURSOS NATURAIS NO MUNDO
COSTANZA
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 10/130
Valor de ServiçosAmbientais (U.S.A)
Função Ambiental VFA (US$/m2.ano)Regulação Atmosférica - 0,0007Regulação do Clima 0,0223 -Regulação de Perturbação 0,0005 -
Regulação Hídrica 0,0006 0,0003Suprimento de Água 0,1610 -Controle de Erosão 0,0245 0,0029Formação de Solo 0,0010 0,0001
Reciclagem de Nutrientes 0,0922 0,0130Tratamento de Rejeitos 0,0087 0,0087Polinização - 0,0025Controle Biológico 0,0021 0,0023Habitat/ Refúgio 0,0112 0,0020
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 11/130
BASE CONCEITUAL
• DE UMA MANEIRA GERAL, OS MÉTODOS DE VALORAÇÃOECONÔMICA AMBIENTAL SÃO UTILIZADOS PARA ESTIMAR,
“OS VALORES QUE AS PESSOAS ATRIBUEM AOS
RECURSOS AMBIENTAIS, COM BASE EM SUAS
PREFERÊNCIAS INDIVIDUAIS”
• A COMPREENSÃO DESSE PONTO É FUNDAMENTAL PARAPERCEBER O QUE OS ECONOMISTAS ENTENDEM POR
“VALORAR O MEIO AMBIENTE”.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 12/130
VALOR DO MEIO AMBIENTE
A LITERATURA ECONÔMICA SUGERE QUE O VALOR DE UM BEM OU SERVIÇO
AMBIENTAL PODE SER MEDIDO ATRAVÉS DA PREFÊRENCIA INDIVIDUAL PELA
SUA UTILIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO.
ASSIM, PODEMOS EXPRESSAR ESSE CONCEITO ATRAVÉS DA SEGUINTEEXPRESSÃO MATEMÁTICA,
VET = VALOR DE USO + VALOR DE OPÇÃO + VALOR DE EXISTÊNCIA
ONDE,
VET É O VALOR ECONÔMICO TOTAL DO BEM OU SERVIÇO AMBIENTAL
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 13/130
VALOR DO MEIO AMBIENTE
• O VALOR DE USO REFERE-SE AO USO EFETIVO OU POTENCIAL QUE ORECURSO PODE PROVER. COMO POR EXEMPLO, O VALOR QUE OS INDIVÍDUOS ESTÃO DISPOSTOS A PAGAR PARA VISITAR UM PARQUEECOLÓGICO OU PARA CONSERVAR DETERMINADAS ESPÉCIES VEGETAISOU ANIMAIS QUE SÃO UTILIZADAS PARA A FABRICAÇÃO DE REMÉDIOS.
• O VALOR DE NÃO-USO, VALOR INTRÍNSECO OU VALOR DE EXISTÊNCIA REFLETE UM VALOR QUE RESIDE NOS RECURSOSAMBIENTAIS (VALOR QUE O MEIO AMBIENTE TEM POR SI MESMO),INDEPENDENTEMENTE DE UMA RELAÇÃO COM OS SERES HUMANOS, DEUSO EFETIVO NO PRESENTE OU DE POSSIBILIDADES DE USO FUTURO.
• POR EXEMPLO, O VALOR DE EXISTÊNCIA DA FLORESTA AMAZÔNICAPODERIA SER ESTIMADO A PARTIR DA DISPOSIÇÃO DOS PAÍSESDESENVOLVIDOS DE TROCAR PARTE DA DÍVIDA DOS PAÍSES QUE TÊMA PROPRIEDADE DA FLORESTA POR COMPROMISSO DE PRESERVAÇÃO.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 14/130
VALOR DO MEIO AMBIENTE
• O VALOR DE OPÇÃO REFERE-SE AO VALOR DA DISPONIBILIDADEDO RECURSO AMBIENTAL PARA USO FUTURO. DIZ RESPEITO, POREXEMPLO, A DISPOSIÇÃO A PAGAR DOS INDIVÍDUOS PARACONSERVAR UMA DETERMINADA FLORESTA, CUJA A SUBSTITUIÇÃOSERIA DIFÍCIL OU IMPOSSÍVEL.
• O VALOR DE QUASE-OPÇÃO, POR OUTRO LADO, REPRESENTA OVALOR DE RETER AS OPÇÕES DE USO FUTURO DO RECURSO, DADOUMA HIPÓTESE DE CRESCENTE CONHECIMENTO CIENTÍFICO,TÉCNICO, ECONÔMICO OU SOCIAL SOBRE AS POSSIBILIDADES
FUTURAS DO RECURSO AMBIENTAL SOB INVESTIGAÇÃO.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 15/130
VALORAÇÃO ECONÔMICA DO MEIO AMBIENTE
• A VALORAÇÃO ECONÔMICA DO MEIO AMBIENTE CONSTITUI-SEEM UM CONJUNTO DE MÉTODOS E TÉCNICAS QUE BUSCAMESTIMAR VALORES PARA OS ATIVOS AMBIENTAIS,PARA OSBENS E SERVIÇOS POR ELES GERADOS E DANOS AMBIENTAIS.
• O PROCESSO CONSISTE BASICAMENTE NO ESTABELECIMENTODE UMA RELAÇÃO ENTRE UM AGENTE VALORADOR (INDIVÍDUO) E UM BEM OU FENÔMENO A SER VALORADO
(OBJETO). A FIGURA A SEGUIR MOSTRA O ESQUEMA ADOTADO
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 16/130
DECISÃO DE VALORAÇÃOECONÔMICA DO MEIO
AMBIENTE
AGENTE VALORADOR OBJETO A SER VALORADO
SUPORTE VALORATIVO
Técnicas, Dados, Experiências
CARACTERÍSTICAS
Localização, Época, Parâmetros,Unidade, Abrangência, Elemento
TAREFAS - VALORAÇÃO ECONÔMICAMEIO AMBIENTE - IMPACTOS AMBIENTAIS - MEDIDAS
MITIGADORAS / COMPENSATÓRIAS
PRODUTOS AMBIENTAIS
CUSTOS – BENÉFICOS – PATRIMÔNIO – CONTABILIDADE – BALANÇO – CONTASREGIONAIS
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 17/130
OBJETO DE VALORAÇÃO AMBIENTAL
• O OBJETO DE VALORAÇÃO PODE TER NATUREZA MUITOVARIADA, COMO POR EXEMPLO:
– UMA RESERVA MINERAL
– UM PARQUE ECOLÓGICO
– UM PASSIVO AMBIENTAL
– A PERDA DE BIODIVERSIDADE
– OS DANOS À SAÚDE DECORRENTES DE CONTAMINAÇÃO– AS PERDAS DE QUANTIDADE OU QUALIDADE DE
PRODUÇÃO
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 18/130
AGENTE VALORADOR
• O AGENTE VALORADOR, GERALMENTE, UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ,SE VALE DE UM SUPORTE VALORATIVO CONSTITUÍDO DE MÉTODOS E
TÉCNICAS DISPONÍVEIS PARA CONDUZIR A ÁRDUA TAREFA.
• A VALORAÇÃO ECONÔMICA COMPREENDE TRÊS TIPOS BÁSICOS:
- VALORAÇÃO DO MEIO AMBIENTE, EM PARTICULAR DOSRECURSOS NATURAIS;
- VALORAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS, SEJAM POSITIVOSOU NEGATIVOS;
- VALORAÇÃO DAS MEDIDAS MITIGADORAS OU COMPENSATÓRIAS.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 19/130
BARRA DO SUPERAGÜI NO PARANÁ
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 20/130
CUSTO-BENEFÍCIO DO PARQUE DO SUPERAGÜI
EM TERMOS GERAIS, O BENEFÍCIO DA CONSERVAÇÃO DO PARQUEPODE SER COLOCADO COMO:
BLCONS = BLUD + BLUID + BLEXIST - CPPUB
BLCONS: Benefício líquido da conservação da área protegida;BLUD : Benefício líquido do uso direto da área protegida;BLUID : Benefício líquido do uso indireto da área protegida;
BLEXIST: Benefício líquido do não uso da área (valor de existência) e;CPPUB : Custo das políticas públicas para manter a área protegida.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 21/130
BENEFICIÁRIOS DO USO DIRETO
COMO BENEFICIÁRIOS DIRETOS PODEM-SE CITAR OS AGENTES
LOCAIS QUE DESENVOLVEM AS ATIVIDADES DE TRANSPORTE
E HOSPEDAGEM DOS TURISTAS, QUE SE DESLOCAM PARA O
PARQUE, E LÁ PERMANECEM POR ALGUNS DIAS.
NESTE MESMO GRUPO INCLUI-SE OS GUIAS RESIDENTES NAS
VILAS DO ENTORNO, OS QUAIS CONDUZEM OS GRUPOS
TURÍSTICOS ATRAVÉS DE TRILHAS.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 22/130
BENEFICIÁRIOS DO USO INDIRETO
OS BENEFICIÁRIOS INDIRETOS SÃO AS INSTITUIÇÕES DEPESQUISA, QUE DESENVOLVEM ESTUDOS DOS ATRIBUTOS
AMBIENTAIS PRESERVADOS NA UNIDADE, PARA AMPLIAR O
SEU ACERVO TÉCNICO.
NESTA CATEGORIA DE VALOR INCLUI-SE TAMBÉM A
MANUTENÇÃO DE UM BANCO GENÉTICO IN SITU.
A COMUNIDADE DE PESCADORES DO ENTORNO QUETRANSPORTAM PESSOAS E BENS DE CONSUMO PELOS
CANAIS INTERNOS DO PARQUE TAMBÉM SÃO INCLUÍDOS.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 23/130
CANAIS DO PARQUE NACIONAL DO SUPERAGÜI
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 24/130
BENEFICIÁRIOS DA EXISTÊNCIA
FINALMENTE, TEM-SE NO VALOR DE EXISTÊNCIA, A INCLUSÃODE GRUPOS SOCIAIS LOCAIS E DE OUTROS PAÍSES, QUECONSIDERAM A MANUTENÇÃO DESTA UNIDADE COMO UMBENEFÍCIO PARA A HUMANIDADE.
NESTA ANÁLISE NÃO SERÁ CONSIDERADO O VALOR DEOPÇÃO, ISTO É, A VALORAÇÃO REFERENTE AOS BENS ESERVIÇOS AMBIENTAIS, DE USOS DIRETOS E INDIRETOS,AINDA DESCONHECIDOS E QUE PODEM SER UTILIZADOS E
CONSUMIDOS NO FUTURO.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 25/130
CUSTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
• POLÍTICAS PÚBLICAS: SÃO A CONTRAPARTIDA PARA ESTES BENEFÍCIOS, ISTO É,
O SUPORTE FINANCEIRO, TÉCNICO E ADMINISTRATIVO PARA A MANUTENÇÃO DESTAÁREA PROTEGIDA.
TEM-SE 4 PRINCIPAIS GRUPOS DE AÇÕES POLÍTICAS:
- ADMINISTRAÇÃO: CUSTOS DE CAPITAL (PESSOAL, VEÍCULOS, EQUIPAMENTOS,MATERIAL DE CONSUMO)
- MANEJO AMBIENTAL: CUSTO DE APOIO A PESQUISA PARA CONHECIMENTO
- USO PÚBLICO: CUSTO DAS ATIVIDADE DE APOIO À RECEPÇÃO, ORIENTAÇÃO E
RECREAÇÃO DOS VISITANTES, PREPARAÇÃO DE MATERIAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
- INTEGRAÇÃO DO ENTORNO: CUSTO DAS AÇÕES QUE PROPORCIONAM AMANUTENÇÃO DO MODO DE VIDA DO ENTORNO, ALTERNATIVAS DE GERAÇÃO DERENDA COM PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO NATURAL.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 26/130
BENEFICIÁRIOS FORMA DO BENEFÍCIO VALOR (R$)1520 turistas uso direto 77.840,00
valor recreativo
Proprietários uso direto 46.704,00de 6 pousadas bens e serviços complementares
5 Instituições de pesquisa uso indireto indeterminadoapropriação de conhecimento banco genético in situ
Comunidades do uso indireto 81.807,00Entorno - 300 famíliasc potencial pesqueiro
Comunidades do uso indireto 66.600,00entorno 300 famíliasc vias navegáveis
Região Metropolitana valor de existência 2.832.042,00de Curitiba critérios subjetivos1.055 mil pessoas
VALOR ANUAL 3.104.993,00---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------POLÍTICAS PÚBLICAS COMPONENTE VALOR (R$)---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Administração
1. Bens de capitalb Prédio 4.800,00Equipamentos 2.540,002. Despesas correntes: Pessoal, material de consumo,
serviços de terceiros 80.000,00Manejo do meio ambiente Apoio às pesquisas 10.950,00Integração do entorno Projetos comunitários 36.000,00
VALOR ANUAL 134.290,00---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------RELAÇÃO CUSTO – BENEFÍCIO = 23,12
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 27/130
CONCLUSÕES - VALORAÇÃO DO SUPERAGÜI
A CONCLUSÃO É QUE OS BENEFÍCIOS CRESCEM DOÂMBITO LOCAL PARA O REGIONAL E DESTE PARA O
GLOBAL, ENQUANTO, OS CUSTOS SEGUEM TENDÊNCIA
INVERSA, ISTO É, SÃO MAIORES AO NÍVEL LOCAL E
DIMINUEM REGIONAL E GLOBALMENTE.
OS RESULTADOS MOSTRAM A RELAÇÃO CUSTO-
BENEFÍCIO É FAVORÁVEL A CONSERVAÇÃO DO
PARQUE.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 28/130
VALORAÇÃO DE DANOS AMBIENTAIS
OS PREJUÍZOS ECONÔMICOS CAUSADOS PELA DETERIORAÇÃO DOMEIO AMBIENTE REFLETE SOBRE O ORÇAMENTO DAS PESSOAS,EMPRESAS E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
OS CONHECIMENTOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS DISPONÍVEIS PARAAVALIAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICAS DOS DANOS AMBIENTAIS, JÁPERMITEM EFETUAR A VALORAÇÃO MONETÁRIA, DESDE QUE SEDISPONHA DE DADOS APROPRIADOS ÀS ANÁLISES E CÁLCULOS.
SCHULTZ E WICKE, PESQUISADORES ALEMÃES, APRESENTAM UMARELAÇÃO ENTRE O CUSTO DA POLUIÇÃO DO MEIO AMBIENTE E ODANO, E ALGUNS INDICADORES PARA O CÁLCULO, CONFORMEMOSTRADO NA TABELA ABAIXO.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 29/130
CATEGORIA / ORIGEM DANOS INDICADORES PARA CÁLCULOS
Custos da poluição atmosférica
Para a Saúde
Materiais
Animais
Agricultura
Florestas
Doenças, atendimento ambulatórias, hospitais, faltas,aposentadorias precoces, invalidez, etc.
custos com manutenção, restauração, limpeza e reposiçãodecorrentes de deteriorações.
perda de rendimento na produção animal, desaparecimento
de espécies, transtorno do ciclo sexual, etc.
perda de rendimentos, perda de qualidade, prejuízo doequilíbrio ambiental da água e do clima.
custo de manutenção, risco de avalanche, enchentes, erosãodo solo, desabamentos, prejuízos na silvicultura, queda
de rendimento e perda de qualidade da madeira, etc.
Custo da poluição hídrica
Na atividade pesqueira
No abastecimento deágua potável e de uso
Ao lazer e repouso
Prejuízos estéticos
diminuição do número de peixes, queda de produção depescado
custo de tratamento da água, custo de captação de fontelonge, custos com tratamento de doenças
transmissíveis
redução da demanda, desaparecimento de atividades
ótica, cheiro, qualidade ambiental da moradia.
Custo da contaminação do solo
Acidificação,radioatividade
e substancias nocivas aosalimentos
Lixões saturados einstalações abandonadas
perda de produtividade, variação na qualidade do produto,
prejuízos devido a contaminação de alimento e da terra
contaminação de águas subterrâneas, qualidade ambientalda moradia, cheiro, doenças, etc.
Custo da poluição sonora
Perda de produtividade epensões por poluição
sonora
Desvalorização de imóveis
redução da capacidade de trabalho, custo por pensões eindenizações, surdez profissional, gastos com proteção
contra ruído, etc.
perda de valor do imóvel, diminuição do valor dos aluguéis,
alteração na ocupação do solo.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 30/130
MÉTODOS DE VALORAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAIS
Uma vez conhecidos os indicadores, para os cálculos dos danos
e impactos ambientais, vamos conhecer as técnicas usuais devaloração econômica.
A tarefa mais difícil para o analista é decidir quais recursos eimpactos ambientais devem ser considerados, comoquantificá-los, para então, valorar. Na verdade não existe uma
“receita de bolo” para esta tarefa.
Uma recomendação útil para a realização desta tarefa é começarsempre com o mais óbvio e simples, ou seja, com os impactosambientais de maior importância e magnitude e que são maisfacilmente identificados.
A Tabela e o Diagrama apresentam uma lista de técnicas devaloração em função dos efeitos valorados e base fundamental devaloração.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 31/130
MÉTODO DE VALORAÇÃO EFEITOS VALORADOS BASE FUNDAMENTAL
I – ENFOQUES OBJETIVOS DE VALORAÇÃO:
a) Mudança de
Produtividade
Produtividade Técnica / Física
b) Custo de Enfermidade Saúde (morte) Técnica / Física
c) Capital Humano Saúde (morte) Técnica / Física
d) Custo de Restauração Ativos de capital e recursos Técnica / Física
II – ENFOQUE SUBJETIVO DE VALORAÇÃO:
a) Custos Preventivos eMitigadores
Saúde, Produtividade,Ativos de Capital,Recursos Naturais
ComportamentalRevelada
b) Hedônico
- Valor da propriedade
- Diferença salarial
Qualidade AmbientalProdutividade, Saúde,
Recursos Naturais
ComportamentalRevelada
c) Custo de viagem Saúde, Recursos Naturais Comportamental Revelada eExpressa
d) Valoração Contingencial
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 32/130
não
não
As mudanças sãomensuráveis na
produção ?
sim
Existem preços demercados nãodistorsidos?
sim
Empregar as técnicas demercados substitutos
utilizando preço-sombrapara mudança de
produtividade
Mudanças na QualidadeAmbiental
Habitat
Valor Contingencial
Custo de Reposição
Valor da Propriedade
Custo de Oportunidade
Qualidade do Are Água
Custo de Prevenção
Efetividade do Custo de
Prevenção
Custos de Realocação
Efeitos na Saúde
Enfermidade
Perda de Receita
Custos Médicos
Morte
Ativos Estéticos,Genéticos, Culturais
Capital Humano
Prevenção de CEA
Recreação
Custo de Viagem
Valor Contingencial
Valor Contingencial
IMPACTO AMBIENTAL
Utilizar atécnica de
mudança deprodutividade
Figura 2.4.3 – Valoração de Impacto Ambiental
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 33/130
CLASSES DE MÉTODOS DE VALORAÇÃO
• A Tabela mostra que os métodos de valoração de impactos
ambientais são classificados em dois grandes grupos, os métodoscom enfoque de valoração objetiva e os métodos com enfoquede valoração subjetiva.
• Os métodos de valoração com enfoque objetivo utilizam“funções de dano” que relacionam o nível da ação do poluente(p/ex: nível de concentração e tipo de poluente atmosférico) como grau do dano ambiental sobre o meio ambiente e sobre a saúdedo homem. Os dados para o desenvolvimento das funções sãoexperimentais obtidos em estudos de campo (funções dano-resposta).
• Os métodos de valoração subjetiva se baseiam na avaliaçãosubjetiva dos possíveis danos expressos ou revelados sobre ummercado real ou hipotético. Estes métodos se baseiam empreferências expressas ou reveladas dos indivíduos queconstituem o universo de análise.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 34/130
PRINCIPAIS TÉCNICAS DE VALORAÇÃO
• MUDANÇA DE PRODUTIVIDADE: MERCADO EXISTE
• PERDA DE RECEITA: MUDANÇA QUALIDADE DO AR E ÁGUA• DESPESAS PREVENTIVAS: MUDANÇA QUALIDADE DO AR/ÁGUA
• VALOR DA PROPRIEDADE: MUDANÇA QUALIDADE DO HABITAT
• CUSTOS DE REPOSIÇÃO: MUDANÇA QUALIDADE DO HABITAT
• CUSTO DE VIAGEM: MUDANÇA QUALIDADE DA RECREAÇÃO• CONTIGENCIAL - MUDANÇA NA QUALIDADE DO HABITAT,
DISPOSIÇÃO A PAGAR OU RECEBER,
• HEDÔNICOS: DIFERENCIAL DE SALÁRIO
• DOSE-RESPOSTA: MUDANÇA NA QUALIDADE NA SAÚDE
• TÍTULOS DE POLUIÇÃO: BOLSA DE NEGÓCIOS
• CUSTO AMBIENTAL TOTAL ESPERADO: CONTÍNUO EINTERMITENTE.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 35/130
MÉTODO DE VALORAÇÃO DE DANO AMBIENTALDA CETESB (ÓLEO)
• A poluição causada pelos derrames de petróleo
traz prejuízos às espécies aquáticas e aves, perdade biodiversidade, prejuízos decorrentes daparalisação de atividades pesqueiras e da queda
da visitação turística da região
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 36/130
ASPECTOS DO MODELO
• Este modelo, do tipo função exponencial, relaciona ovalor monetário dos danos ambientais com o cincoaspectos relevantes e respectivos graus deimportância. Os cinco aspectos do modelo são:
– Volume de óleo derramado;
– Mortalidade de organismos;
– Vulnerabilidade da área afetada;
– Toxicidade do produto e;
– Persistência do produto no meio
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 37/130
Hipóteses do Modelo
Para cada aspecto do modelo é atribuído um peso, que varia
na faixa de 0 a 0,5 dependendo da severidade do risco e dano
provocado, conforme abaixo:
– Volume derramado: Massa de óleo e capacidade de assimilação;
– Vulnerabilidade: Tipo de ambiente costeiro/marinho atingido;
– Toxicidade: Dois critérios, (a) fração hidrossolúvel do óleo;
derramado; (b) toxicidade do organismo ao óleo;
– Persistência: frações de óleo escuras (+) persistêntes; + claras (-);
– Mortalidade: efeitos observados sobre peixes e mamíferos.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 38/130
MODELO
• O valor monetário que deverá ser pago pelo causador do dano
decorrente do vazamento de petróleo e/ou seus derivados,considerando os aspectos e critérios citados, tem a forma,
VALOR (US$) = k x 10 ^ (4,5 + x)
onde,
x = somatório dos pesos atribuídos, para cada aspecto do modelo, de
acordo com a gravidade do evento analisado e;
k = fator de agravo que varia de 2 até o infinito, em progressão
geométrica, toda a vez que fonte ocasionar novo acidente.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 39/130
VALORES DOS PESOS
-VOLUME DERRAMADO:
V (m3) Peso
≥ 1 0,1
1 a 10 0,2
10 a 50 0,3
50 a 150 0,4
> 150 0,5
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 40/130
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
• Vazamento de 30m3 de petróleo que atinge costões rochosos
abrigados. Óleo com LC50 = 5% da fração hidrossolúvel, API = 30,sem morte de peixes.
• Aplicação dos Critérios de Cálculo: k = 1
– Volume derramado = 30m3 = 0,3; – Vulnerabilidade = costões = 0,4;
– Toxicidade = LC50 (24h) = 5% fração hidrossolúvel = 0,4;
– Persistência = 30 API = 0,5 e;
– Morte = 0.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 41/130
VALOR MONETÁRIO TOTAL DOS DANOS
• Somatório dos pesos (x) = 1,6
• VALOR (US$) = 10 ^ (4,5 + x) = 10 ^(4,5 + 1,6) =
• VALOR (US$) = 10 ^ (6,1) = 1.258.925,40
VALOR DO DANO AMBIENTAL = US$ 1.258.925,40
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 42/130
CONCLUSÕES
• Os autores não fazem nenhum comentário final sobre omodelo;
• A valoração total do dano foi baseada em aspectosapenas visíveis;
• O valor máximo do dano ambiental calculado pelo
modelo, considerando todos os aspectos com pesomáximo é igual a US$ 10. 000.000,00 (dez milhões de
dólares americanos).
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 43/130
PROPOSTA DO IBAMA
AVALIAÇÃO DE GRAU DE IMPACTO
COM CONVERSÃO DIRETA EMCOMPENSAÇÃO AMBIENTAL
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 44/130
OBJETIVO DA PROPOSTA
A metodologia proposta tem como objetivoestabelecer parâmetros para compensações
ambientais decorrentes dos impactos negativos
provocados pelos empreendimentos
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 45/130
IMPACTOS DECORRENTES DOS EMPREENDIMENTOS
• Desmatamento• Meio biótico
• Poluição
• Paisagem• Incêndios
• Visitação
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 46/130
PROPOSTA METODOLÓGICA
O valor da compensação ambiental (VCOMP) é expressosegundo a relação abaixo,
VCOMP (%) = (VT/ CEMP) x 100
onde,
VCOMP: Valor da compensação ambiental;
VT: Valor total do impacto;CEMP: Custo de implantação do empreendimento.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 47/130
VALOR TOTAL DO IMPACTO
VT= (P1 + P2+ P3+ P4 +P5)/ R
onde,
VT= Valor total; P1: Impacto de perda de área; P2: Impacto sobre perda de visitação; P3: Impacto sobre perda de produção de bens;
P4: Impacto sobre recursos hídricos; P5: Impacto sobre perda de serviços ambientais e; R: taxa de desconto oficial.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 48/130
TAXA DE DESCONTO - R
• O emprego da taxa de desconto faz com que osomatório dos valores atribuídos ao impacto ambientalem questão, calculados em termos anuais, sejaexpresso como a totalidade do valor dos impactos
associados à permanência do dano ao longo prazo.
• A taxa de desconto a ser aplicada, poderá ser, por exemplo, aquela definida pela Taxa de Juros de Longo
Prazo (TJLP) estabelecida pelo Tesouro Nacional, emporcentagem (12% ao ano)
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 49/130
Equação para a Cálculo da Área deInfluência do Empreendimento
AEMP = 4 F2 + 4 F (AE)½ + AE
onde,
AEMP = área de influência do empreendimento;
F = faixa de influência do impacto causada pela instalaçãoa partir de sua fronteira edificada ou cercada;
AE = área edificada do empreendimento.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 50/130
P1= IMPACTO DE PERDA DE ÁREA
• O cálculo desta parcela é gerado pelo produto da áreado empreendimento (AEMP) e do valor venal médio daspropriedades, situadas nas áreas do empreendimento(VV),em reais por m2, praticados no período do cálculo
da compensação,
P1= AEMP x VV
onde,
AEMP = área de influência do empreendimento; VV= valor venal médio.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 51/130
P2= IMPACTO SOBRE PERDA DE VISITAÇÃO
O cálculo desta parcela se dá através da seguinte equação:
P2= (AEMP / AUP) x VI x VM
onde,
AEMP = área de influência do empreendimento;
AUP= área de uso público para a visitação;
VI = valor do ingresso e; VM = visitação média anual com base, preferencialmente,
nos últimos cinco anos.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 52/130
P3A = IMPACTO SOBRE PERDA DE PRODUÇÃO DEBENS POTENCIAIS
Para o cálculo desta parcela, utilizam-se os valores dos produtos potenciaisque podem ser produzidos na área de influência do empreendimento(p/ex:potencial de produção madeireira sob manejo sustentável).
A relação tem a forma,
P3A = (AEMP / Ap) x Pp onde,
AEMP = área de influência do empreendimento; Ap = área de produção de bens, segundo o plano de manejo da área e; Pp = potencial produtivo estimado dos bens, em reais por ano.
Ã
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 53/130
P3B = IMPACTO SOBRE PERDA DE PRODUÇÃO DEBENS PRODUZIDOS
P3B = (AEMP / Ap) x ∑ (qi pi)
onde,
• qi = quantidade produzida do bem i • Pi = preço de venda do bem i• Ap = área de produção de bens, segundo o plano de manejo e; • N = quantidade de bens produzidos e comercializados na área de
influência do empreendimento, em média, nos últimos cinco anos• i…N
Nos casos em que o controle da comercialização dos bens for inferior a 5 anos, utiliza-se a série temporal existente.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 54/130
P4= IMPACTO SOBRE RECURSOS HÍDRICOS
• O cálculo desta parcela segue a fórmula,
P4= (AEMP / AB) x P x V
onde,
AEMP = área de influência do empreendimento; AB = área da bacia hidrográfica impactada;P = preço do metro^3 de água cobrado para abastecimento;
V = vazão anual da água captada para abastecimento.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 55/130
P5= IMPACTO SOBRE PERDA DE SERVIÇOSAMBIENTAIS
O cálculo deste impacto é obtido através daseguinte equação,
P5 = VE x AEMP
onde,VE = valor anual dos serviços ambientais,AEMP= área de influência do empreendimento.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 56/130
ROTINA DE CÁLCULO
• VCOMP (%) = (VT/ CEMP) x 100 (Valor da Compensação)
• VT= (P1 + P2+ P3+ P4 +P5)/ R (Valor Total dos Impactos)
• AEMP = 4 F2 + 4 F (AE)½ + AE (Área de Influência)
• P1= AEMP x VV (Impacto de Perda de Área)
• P2= (AEMP / AUP) x VI x VM (Impacto de Visitação)
• P3A = (AEMP / AP) x Pp (Impacto de Perdas de Prod. Potenc.)
• P3B = (AEMP / Ap) x ∑ (qi pi) (Imp. Perdas de Prod. Reais)
• P4= (AEMP / AB) x P x V (Impacto sobre Recursos Hidricos)• P5 = VE x AEMP (Impacto sobre Perda de Serviços Ambientais)
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 57/130
AVALIAÇÃO DO DANO AMBIENTAL DAQUEIMA DA PALHA DA CANA DE AÇUCAR
Mattos., M., K., e Mattos., A., “ValoraçãoEconômica do Meio Ambiente – Uma
Abordagem Teórica e Prática”, Ed. RiMa,Fapesp, São Carlos, SP, 2004
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 58/130
EVIDÊNCIAS DE INTERESSE
• Segundo os autores os três problemas principais da humanidadesão a produção de alimentos, meio ambiente e geração de energia;
• Neste sentido, a cana-de-açucar é uma matéria-prima ideal capazde produzir energia e alimento sem contaminar o ambiente;
• Atualmente a queima da palha seca da cana-de-açucar, sem oaproveitamento energético, provoca impactos negativos sobre omeio ambiente. Os principais impactos são emissão de MP, COx,NOx, fumaça, redução de visibilidade, perda de energia e outros;
• Objetivo: Determinar o valor da indenização pecuniária pelo danoambiental provocado pelas queimadas da palha da cana-de-açucar
CÁLCULO DO VALOR DO DANO AMBIENTAL
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 59/130
CÁLCULO DO VALOR DO DANO AMBIENTAL
• O valor econômico total do dano ambiental decorrente
da queimada da palha de uma área de cana-de-açucar,pode ser estimado a partir da seguinte relação,
VET = (VUD + VUI + VO) + VE
onde,
• VET = valor total do dano ambiental;
• VUD = valor de uso direto;• VUI = valor de uso indireto;• VO = valor de opção e;• VE = Valor de existência.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 60/130
CÁLCULO DO VALOR DE USO DIRETO (VUD)
• O cálculo do valor de uso direto da cana-de-açucar pode ser obtido a partir da soma dasparcelas associadas ao,
– Uso da palha: potencial energético;
– Economia de água: irrigação;
– Economia de herbicidas;
– Economia de plantio e; – Utilização do bagaço: matéria-prima e energia.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 61/130
VALOR DA ENERGIA DA QUEIMA DA PALHA
• Para se aferir monetariamente a perda de energia referente aqueima da palha, determina-se o valor monetário da energiaequivalente gerada pela queima de álcool, uma vez que, o
valor do litro do álcool é conhecido no mercado consumidor .
Palha da cana-de-açucar
Álcool(etanol)
Bagaço
Poder Calorífico (kcal/kg) 2.285 5.147 1.7900
Quantidade (kg/ha) 9.700 4.056 17.500
Energia Gerada (kcal/ha) 22.166.000 20.877.000 31.325.000
O l d i t i l d i d lh h
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 62/130
• O valor da energia potencial da queima da palha por hade cana-de-açucar plantada, expresso em equivalenteslitros de álcool, é igual a,
• Álcool equivalente (kg/ha) = 22.166.000 (kcal/ha) / 5.147(kcal/kg) = 4.307 (kg/ha),
• Volume de Álcool Equivalente (litros) = 4.307 (kg/ha) /0,78 (kg/litro) = 5.521 (litros/ha).
• Assim, o valor monetário da energia proveniente daqueima da palha/ ha, em litros de álcool é igual a,
• Valor da Energia (R$ / ha) = 5.521 (litros / ha) x preçodo litro de álcool (R$ / litro)
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 63/130
VALOR DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO
• Segundo os produtores, a cana-de-açucar cortadacrua economiza uma significativa quantidade de
água de irrigação por safra, cerca de 50 m3 / ha;
• Considerando o valor médio de R$ 2,40 / m3 da água
servida temos,
• Valor da Água de Irrigação = 50 m3 x R$ 2,40 / m3 =
R$ 120,00 / ha
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 64/130
VALOR DOS HERBICIDAS
• Os herbicidas utilizados no cultivo convencional da
cana são o DIUROM, AMETRINA e TEBTIUROM.
• A quantidade de produtos utilizados e seus valoresde mercado são em média,
– 6 litros / ha de DIUROM (R$ 12,50 / litro);
– 6 litros / ha de AMETRINA (R$ 14,60 / litro) e;
– 3 litros / ha de TEBTIROM (R$ 73,00).
Valor dos Herbicidas = R$ (75,00 + 87,60 +219,00) = R$ 381,60/ha
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 65/130
VALOR DO PLANTIO
• Uma importante vantagem da palha residual da
colheita mecanizada da cana crua, que sobra no
terreno, é que ela favorece o controle de ervas
invasoras, reduz o uso de herbicidas e traz uma
economia de, aproximadamente, R$ 400,00 / ha.
Valor do Plantio = R$ 400,00 / ha
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 66/130
VALOR DO BAGAÇO
• Estudos atuais mostram que o bagaço de cana pode ser utilizado como matéria - prima para a produção de raçãoanimal, compostos químicos (furfurol), papel e celulose e,
para a produção de energia;
• Dados de produção indicam que são gerados cerca de22,5 toneladas de bagaço / ha (30% da produção), com
valor de R$ 30,00 / tonelada, assim;
• Valor do Bagaço = 22,5 (toneladas / ha) x Preço dobagaço (R$ / tonelada)
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 67/130
VALOR TOTAL DE USO DIRETO (VUD)
• Portanto, o valor de uso direto, associado a queima dapalha seca da cana-de-açucar, por hectare de área deplantio, é a soma das parcelas acima, ou seja,
• VUD = Valor da Energia + Valor da Água de Irrigação+ Valor dos Herbicidas + Valor do Plantio + Valor doBagaço
• VUD = 5.521 (litros/ha) x preço do álcool (R$/litro) +R$120,00/ha + R$381,60/ha + R$ 400,00/ha + 22,5(t/ha) x preço do bagaço (R$/t)
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 68/130
VALOR TOTAL DE USO DIRETO (VUD)
• Considerando que o preço de mercado do bagaço de
cana é de R$ 30,00 e do litro de álcool igual a R$ 1,20
• Calculamos o valor de uso direto da palha de cana,
associado ao dano ambiental pela sua queima, ou seja,
VUD = R$ 8.201,80 / ha
Á
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 69/130
CÁLCULO DO VALOR DE USO INDIRETO (VUI)
• As principais externalidades ambientais positivasassociadas com a produção e uso do álcool etílico,
sem a queima dos resíduos da produção, são:
– redução da poluição atmosférica,
– regulação climática,
– controle da erosão,
– redução do uso de água, – seqüestro de carbono e;
– redução da incidência de doenças respiratórias.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 70/130
CRÉDITOS DE CARBONO (MDL)
• Estudos indicam que a contribuição da agroindústriacanavieira para a redução das emissões de carbonona atmosfera é significativa;
• Os dados da literatura indicam que o balanço dasemissões da indústria canavieira e uso do etanol émuito favorável, uma vez que, pode-se evitar aemissão de 12,74 x 10^6 t de carbono / ano,
• O que representa 46,7 x 10 ^ 6 t de CO2 , querepresenta cerca de 20% das emissões decombustíveis fósseis no Brasil.
CÁLCULO DO VALOR DE USO INDIRETO (VUI)
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 71/130
• Portanto, o valor do uso indireto da palha da cana-de-
açucar está relacionado com os 5.521 litros de álcool,equivalentes ao potencial energético da queima da palhanão efetivada, mais o valor dos créditos de carbono.
• Assim temos,
VUI = (5.521 litros de álcool x preço do litro do álcool
+ valor dos créditos de carbono) / ha
VUI = 5.521 x R$ 1,20 + (não incluído) =R$ 6.360,00/ha
CÁLCULO DO VALOR DE USO INDIRETO (VUI)
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 72/130
VALOR DE OPÇÃO E VALOR DE EXISTÊNCIA
• O valor de opção e o valor de existência, normalmente,
são determinados por análise de contingência, ou seja,
pela disposição do indivíduo à pagar pela conservaçãoou não uso do produto em análise.
• Neste trabalho estas parcelas não foram determinadas.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 73/130
VALOR TOTAL DO DANO AMBIENTAL
• A substituição das parcelas determinadasacima, na relação principal para o cálculodo valor total do dano ambiental conduz a,
• VET = VUD + VUI = R$ 8.201,80/ha + R$6.360,00/ha = R$ 14.561,80 / ha
VET = R$ 14.561,80 / ha
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 74/130
CONCLUSÃO
• O valor monetário total do dano ambientaldecorrente da queimada da palha seca dacana-de-açucar,que pode ser utilizado para
indenizações em ação civil pública é igual a,
R$ 14.561,80 / hectare de área de cana-de-açucar plantada
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 75/130
VALORAÇÃO DE DANO AO
PATRIMÔNIO CULTURAL
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 76/130
PATRIMÔNIO CULTURAL
• Por muitos anos o conceito de patrimônio cultural noBrasil esteve apenas relacionado apenas à noção dopatrimônio material (edificações e objetos);
• Atualmente, o conceito de patrimônio cultural estáassociado à noção de continuidade da trajetória de umpovo (história), representada pelo aporte material eimaterial da cultura;
• PATRIMÔNIO CULTURAL = BENS MATERIAS + BENSNÃO MATERIAIS
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 77/130
O Art. 216, do Capítulo III da Constituição Federal de 1988, defineo Patrimônio Cultural Brasileiro com sendo,
Os bens de natureza material e não materiais, individuais ou emconjunto, que são portadores de referência à identidade, à ação eà memória de diferentes grupos formadores da nossa sociedade,nos quais se incluem:
– as formas de expressão;
– os modos de criar, fazer e viver;
– as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
– as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaçosdestinados às manifestações artístico – culturais e;
– os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico,artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
PATRIMÔNIO HISTÓRICO
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 78/130
PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Pode ser definido como o conjunto de
bens móveis e imóveis existentes emdeterminada cidade, estado ou nação,
cuja conservação é de interesse público
por questões históricas desta localidade.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 79/130
PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO
• O patrimônio arqueológico compreende a parte dopatrimônio cultural material para a qual os métodosda arqueologia fornecem conhecimentos básicos
• Nele, estão englobados os vestígios da existênciahumana, como por exemplo, estruturas e artigos detodo o tipo, localizados na superfície, no subsolo ou
sob as águas, assim como, todos os materiaisassociados aos próprios.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 80/130
PATRIMÔNIO ARTÍSTICO
• Pode ser definido como um conjunto de bensculturais da sociedade que incluí o legado, a
memória histórica e a identidade cultural danação;
• Obras de grandes artistas, pintores, músicos,escritores, poesias e manifestações anônimasque apresentam significados sociais.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 81/130
PATRIMÔNIO PAISAGÍSTICO
Pode ser definido como o conjunto de bensimóveis naturais ou transformados, que
tenham contornos estéticos, culturais ou
paisagísticos representativos da interação
dos valores ambientais, sociais e culturais
de uma determinada sociedade.
MODELO DE VALORAÇÃO DO DANO
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 82/130
MODELO DE VALORAÇÃO DO DANO
Modelo utilizado para a determinação do dano ao
patrimônio cultural material.
– Considera o valor da terra e/ou edificação construída,
que está diretamente associada ao patrimônio cultural,desconsiderando a sua singularidade (valor inicial) e;
– E o valor cênico do bem (valor de singularidade), apartir de atributos de raridade, atratividade e fatoresexternos e internos, associados ao patrimônio culturalmaterial de interesse popular.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 83/130
MODELO DE VALORAÇÃO DO DANO
VG = VI + VC
onde,
VG = valor global
VI = valor inicial (somente material)VC = valor cênico (singularidade)
CÁLCULO DO VALOR INICIAL (VI)
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 84/130
CÁLCULO DO VALOR INICIAL (VI)
• O valor inicial é determinado a partir dos valores de mercado da áreae/ou edificação do patrimônio material danificado, ou seja,
VI = VU x ATERRA / EDIFICAÇÃO
VI = valor inicial do bem;
VU = valor unitário da terra e/ou edificação e;
ATERRA / EDIFICAÇÃO = área de terra e/ou edificação afetada pelo dano;
• Para monumentos, por exemplo, pode-se utilizar os custos da mão-de-
obra especializada e materiais necesários para restauração do bemmaterial danificado,
VI = VREPARAÇÃO DO BEM
CÁLCULO DO VALOR CÊNICO (VC)
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 85/130
• Para o cálculo do valor cênico do bem material,usamos a seguinte relação,
VC = VI x RA x FC
VI = valor inicial;
RA = coeficiente de raridade / atratividade do bem e;
FC = fator corretivo.
O coeficiente RA caracteriza a influência do patrimônio
sobre a população municipal (peso 3/6), estadual (peso
2/6) e nacional (peso 1/6).
NÍVEL DE RARIDADE E ATRATIVIDADE
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 86/130
DO PATRIMÔNIO PARA A POPULAÇÃO
Nível de Raridade (RA):
- Comum = 1;
- Raro = 2;
- Exclusivo = 3
RA = (3 x RAMUNICIPAL + 2 x RAESTADUAL x RANACIONAL) / 6
FATOR CORRETIVO
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 87/130
O fator corretivo é determinado a partir de 2
fatores (externos e internos), associados aopatrimônio material, a partir de 4 variáveisprincipais.
FATORES EXTERNOS:
1 - ACESSIBILIDADE (AC)
2 - REPUTAÇÃO TURÍSTICA (RT)
FATORES INTERNOS:
3 - FACILIDADE DE USO (FU)
4 - VISUAL PAISAGISTICO (VP)
A tabela abaixo indica o peso de cada um dos fatores.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 88/130
FATORES CORRETIVOSEXTERNOS INTERNOS
ACESSIBILIDADADE (AC) FACILIDADE DE USO (FU)0
0,25
0,50
0,75
1,00
Muito difícil
Difícil
Razoável
Boa
Excelente
0
0,25
0,50
0,75
1,00
muito difícil
difícil
razoável
boa
Excelente
REPUTAÇÃO TURÍSITICA (RT) VISUAL PAISAGÍSTICO (VP)
0
0,250,50
0,75
1,00
Nenhuma
PoucaRazoável
Boa
Muita
0
0,250,5
0,7
1,00
Fraco
Regular InteressanteMuito Interessante
Magnífico
FATOR CORRETIVO
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 89/130
FATOR CORRETIVO
A inclusão de fatores corretivos, para o cálculo do
valor cênico, envolve quatro variáveis e respectivospesos, conforme indica a relação abaixo,
FC = [ ( AC + 2 x RT) / 3 + (FU + 2 x VP) / 3 ] / 2
FC = FATOR CORRETIVO
AC = ACESSIBILIDADE
RT = REPUTAÇÃO TURÍSTICA
FU = FACILIDADE DE USO
VP = VISUAL PAISAGÍSTICO
VALOR DO DANO AO PATRIMÔNIO
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 90/130
CULTURAL MATERIAL
VG = VI + VC (1)
VI = VU x A TERRA / EDIFICAÇÃO (2)
VC = VI x RA x FC (3)
FC = [ ( AC + 2 x RT) / 3 + (FU + 2 x VP) / 3 ] / 2 (4)
RA = (3 x RAMUNICIPAL + 2 x RAESTADUAL x RANACIONAL)/6 (5)
VALOR DO DANO AO PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 91/130
VALOR DO DANO AO PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL
A substituição das equações (2) a (5) na (1), permiteobter a expressão para o cálculo do valor total do dano
ao patrimônio cultural material,
VG = (VU x A TERRA / EDIFICAÇÃO) + { (VU x A TERRA / EDIFICAÇÃO) x (3 x
RAMUNCIPAL
+ 2 x RAESTADUAL
x RANACIONAL
) / 6) x [ ( AC + 2 xRT) / 3 + (FU + 2 x VP) / 3 ] / 2 }
MÉTODO MUDANÇA DE PRODUTIVIDADE
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 92/130
MÉTODO MUDANÇA DE PRODUTIVIDADE
• Essa técnica procura determinar as mudanças na produtividade ocasionadas pelas alterações na utilização do bem ou serviço.Para se estimar os custos dessas mudanças, utilizam-se os preçospraticados no mercado.
• As mudanças de produtividade causadas pelos impactos devemser considerados dentro e fora do site em análise. As mudança deprodutividade também deve ser avaliadas não apenas na situaçãoatual mas também ao longo do tempo.
• O estudo sobre a exploração florestal em uma área costeira nas
Filipinas mostra esse método.
ESTUDO DE CASO FILIPINAS
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 93/130
ESTUDO DE CASO - FILIPINAS
ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA EXPLORAÇÃO FLORESTALSOBRE AS ATIVIDADES DE TURISMO E PESCA QUE SEDESENVOLVEM SIMULTANEAMENTE NO LITORAL.
SABEMOS QUE A EXPLORAÇÃO FLORESTAL IMPACTA O
MEIO AMBIENTE E AFETA A PRODUTIVIDADE DAS OUTRASATIVIDADES, VAMOS CONTINUAR COM ELA?
OBJETIVO: AVALIAR A MUDANÇA DE PRODUTIVIDADETOTAL COM A CONTINUIDADE OU NÃO DA EXPLORAÇÃOFLORESTAL NA ÁREA DE ESTUDO, DURANTE 10 ANOS.
VALOR FUTURO E VALOR PRESENTE DE RECEITAS ANUALÍ
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 94/130
DAS ATIVIDADES (US$ 1000) – PERÍODO 10 ANOS
Receita Bruta OPÇÃO A (sem exploraçãofloresta)
OPÇÃO B (com continuidade daexploração)
OPÇÃO(A – B)
Valor Futuro
Turismo 47.415 8.178 39.237
Pesca 28.070 12.844 15226
Exploração Florestal 0 12.885 -12885
Total 75.485 33.907 41.578
Valor Atual
Turismo 25.481 6.280 19.201
Pesca 17.248 9.108 8.140 Exploração Florestal 0 9.769 -9.769
Total 42.729 25.157 17.572
ANÁLISE DOS RESULTADOS
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 95/130
ANÁLISE DOS RESULTADOS
• Como pode ser visto na Tabela, a paralisação da exploração
florestal permite maior receita bruta, US$ 42,7 milhões,versus US$ 25,2 milhões com a continuação da exploraçãoflorestal.
• A perda de receita devido a proibição da exploraçãoflorestal foi menor que a receita advinda do aumento dasoutras atividades.
• Apesar dos resultados obtidos, a indústria de exploraçãoflorestal tinha o direito legal de exploração e um incentivofinanceiro para fazê-lo.
• A análise indica que o montante dos custos econômicos dese continuar a exploração dos bosques, permite estabelecerpolíticas alternativas de exploração florestal na região oumedidas compensatórias.
MÉTODO DA PERDA DE RECEITA
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 96/130
MÉTODO DA PERDA DE RECEITA
• Esta técnica é utilizada nos casos em que os impactosambientais causam danos a saúde.
• Para se valorar os impactos sob essa perspectiva, dois caminhospodem ser seguidos: doença e morte.
• No caso de doença, procura-se estimar as despesas médicasocasionadas e as receitas perdidas ou que deixam de ser obtidas.
• Quanto ao valor usado para a vida humana, ela varia, segundoas avaliações de risco de companhias de seguro do mundo, entreUS$ 100 mil e US$ 10 milhões.
• O uso desta técnica é restrito, pois envolve questões éticas,
como por exemplo, preço da vida humana.
• Os resultados do estudo realizado pelo pesquisador Ronaldo daMotta do IPEA, sobre o custo da poluição atmosférica em SãoPaulo são mostrados na Tabela a seguir.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 97/130
Tabela 2 - CUSTOS DA DOENÇA ASSOCIADOS À POLUIÇÃO ATMOSFÉRICAGrande São Paulo
MORBIDADE RESPIRATÓRIAFaixa Etária Gastos dias perdidos Renda média CDhospitalares de trabalho (*) mensal total
0-14 8.100.408,22 0 0,00 16.200.816,4315-59 5.989.939,15 141.708 772,10 19.274.036,5660- 3.736.039,68 79.739 864,23 12.066.302,64
MORBIDADE CARDIOVASCULAR Gastos dias perdidos Renda média CD
hospitalares de trabalho (*) mensal0-14 nd 0 0,00 nd
15-59 10.275.887,10 54.069 772,10 23.334.858,4960- 12.298.218,09 58.592 864,23 27.972.250,45
Valores em US$ para 1997CD = (Gastos hosp. + (nr.dias perdidos * (renda / 30))) * 2(*) número de internações vezes permanência médiaFonte: IBGE / DATASUS
MÉTODO DO CUSTO VIAGEM
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 98/130
MÉTODO DO CUSTO VIAGEM
• O método indireto mais utilizado para a valoração de
amenidades ambientais é o Método do Custo de Viagem(MCV).
• A idéia do MCV é que os gastos efetuados pelas famíliaspara se deslocarem a um lugar, geralmente para recreação,podem ser utilizados como uma aproximação dos benefícios
proporcionados por essa recreação.• Em outras palavras, utiliza-se o comportamento do
consumidor em mercados relacionados para se valorar osbens ambientais que não têm mercado explícito.
• Os gastos de consumo incluem as despesas com a viageme preparativos (equipamentos, alimentação, etc.), bilhetesde entrada e despesas no próprio local.
DIFICULDADES DO MÉTODO CUSTO VIAGEM
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 99/130
DIFICULDADES DO MÉTODO CUSTO VIAGEM
• Os problemas básicos com o MCV são:
– a) escolha da variável dependente para “rodar” a regressão;
– b) viagens com múltiplos propósitos;
– c) identificação se o indivíduo é residente ou turista eventual;– d) cálculo dos custos da distância;
– e) valoração do tempo e;
– f) problemas estatísticos.
Além desses fatores, a presença de locais concorrentes.
ESTUDO DE CASO PARQUE ECOLÓGICO
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 100/130
ESTUDO DE CASO – PARQUE ECOLÓGICO
• CONSIDERE UM PARQUE NATURAL QUE RECEBEANUALMENTE VISITANTES DE CINCO DIFERENTESREGIÕES.
• PARA CADA REGIÃO FOI DETERMINADA A POPULAÇÃO
DO LOCAL, O NÚMERO DE VISITANTES (NV) E O CUSTO DAVIAGEM PARA A VISITAÇÃO DO PARQUE (CV), UTILIZANDOFORMULÁRIOS DE PERGUNTAS.
• A TABELA A SEGUIR MOSTRA OS DADOS COLETADOS.
MÉTODO CUSTOS DE VIAGEM – DADOS COLETADOS
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 101/130
MÉTODO CUSTOS DE VIAGEM – DADOS COLETADOS
Região População Número devisitantes
Visitas /1000 hab.
(NV)
CustoViagem
(CV)
Valor deUso
(VU)
Valor UsoPonderado
(VUP)
1 2.000.000 15.000 7,5 10 93,75 703,125
2 8.000.000 48.000 6,0 15 60,5 363,00
3 2.500.000 11.250 4,5 20 33,75 151,88
4 15.000.000 45.000 3,0 25 15,00 45,00
5 22.600.000 34.000 1,5 30 3,75 5,63
TOTAL 153.250 22,5 206,75 1.268,63
METODOLOGIA CUSTOS DE VIAGEM
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 102/130
METODOLOGIA CUSTOS DE VIAGEM
• Os passos para estimativa do valor de uso do parqueatravés do método do Custo de Viagem são os seguinte:
a) Ajuste da Curva de Demanda com os Dados de NV e CV;
b) Determinação do valor máximo de CV;
c) Cálculo do Valor de Uso e Valor de Uso Ponderado;
d) Valoração do parque
a) Ajuste da Curva de Demanda (modelo linear)
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 103/130
0 2 4 6 8 101 3 5 7 9
(NV)
0
4
8
12
16
20
24
28
32
36
40
( C V )
Ajuste da Curva Inversa de Demanda
Equation Y = -0.3 * X + 10.5
Number of data points used = 5Residual sum of squares = 2.77334E-031Regression sum of squares = 22.5Coef of determination, R-squared = 1Residual mean square = 9.24446E-032
b) CV Máximo = 35 (pelo gráfico)
c) Cálculo do Valor de Uso (VU) e Valor de UsoPonderado (VUP = VU x NV)
5
1
max 5
1
max2
2
3,05,103,05,10
i
CV
CVi i
CV
CVi
CV CV dCV CV VU
RESULTADOS
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 104/130
RESULTADOS
Os resultados mostram que o valor de uso individual do parque é de56,38 unidades monetárias (1.268,63 / 22,5) no período de visitaçãoconsiderado.
Considerando o número de visitantes no mesmo período, o valor do
parque será de 8.640.235 unidades monetárias (153.250 visitantes x56,38 u.m).
Na verdade este valor somente corresponde ao valor de uso que deveráser somado aos valores de opção, quase-opção e existência.
MÉTODOS CONTINGENCIAL – DAP/DAC
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 105/130
MÉTODOS CONTINGENCIAL – DAP/DAC
• EM ALGUNS CASOS, OS MERCADOS DE BENS OU SERVIÇOS AMBIENTAISNÃO EXISTEM, NÃO ESTÃO BEM DESENVOLVIDOS E NÃO EXISTEMMERCADOS ALTERNATIVOS, NO QUE RESULTA NA IMPOSSIBILIDADE DEVALORAR OS EFEITOS AMBIENTAIS DE UM IMPACTO. UMA ALTERNATIVAVIÁVEL NESTES CASOS É O USO DE MÉTODOS DE VALORAÇÃOCONTINGENTES (MVC)
• A IDÉIA BÁSICA DO MVC É QUE AS PESSOAS TÊM DIFERENTES GRAUSDE PREFERÊNCIA POR DIFERENTES BENS OU SERVIÇOS E ISSO SEMANIFESTA QUANDO ELAS VÃO AO MERCADO E PAGAM QUANTIASESPECÍFICAS POR ELES. ISTO É, AO ADQUIRI-LOS, ELAS EXPRESSAMSUA DISPOSIÇÃO A PAGAR (DAP) POR ESSES BENS OU SERVIÇOS.
• O CÁLCULO DO VALOR ECONÔMICO A PARTIR DE FUNÇÕES DEUTILIDADE TAMBÉM PODE SER FEITO ATRAVÉS DOS CONCEITOS DEDISPOSIÇÃO A RECEBER COMPENSAÇÃO (DAC).
MÉTODO DISPOSIÇÃO A PAGAR (DAP)
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 106/130
MÉTODO DISPOSIÇÃO A PAGAR (DAP)
• Este modelo, primeiro confronta a pessoa com umasituação de ameaça de perda do bem, forçando-a adecidir por uma determinada alternativa (uma opção decontingência). Em seguida, a opção é tratada como umapossibilidade de ocorrência. Esta técnica depende do
indivíduo e do número de pessoas consultadas.
• O somatório do valor indicado por todos os indivíduosconsultados, no local de interesse, fornece um valor
monetário para o recurso que está sendo analisado, ouseja, é possível construir assim uma função de demandado recurso em questão.
MÉTODO DISPOSIÇÃO A RECEBER (DAC)
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 107/130
MÉTODO DISPOSIÇÃO A RECEBER (DAC)
• Semelhante ao anterior, porém, inverte de certa forma aproposta do modelo acima, buscando descobrir quanto aspessoas exigiriam receber em troca da perda de umdeterminado recurso natural. Em outras palavras, porquanto uma população “venderia” aquele recurso natural.
• Existem várias formas de fazer isso, que levam a suasdiversas variantes: a) técnica de perguntas abertas (“open-ended”); b) técnica de “bidding game”; c) modelo de
referendo; d) modelo de referendo com repetição (“follow-up”); e) contingente classificatório (“ranking”); f) atividade
contingente, entre outros.
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 108/130
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 109/130
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 110/130
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 111/130
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 112/130
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 113/130
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 114/130
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 115/130
VALOR DE OPÇÃO DA PRAIA DO CASSINO
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 116/130
• PARA O CÁLCULO DO VALOR DA PRAIA DO CASSINO FORAM ENTREVISTADOS 234VERANISTAS NA ALTA TEMPORADA.
• DOS 234 QUESTIONÁRIOS, 173 APRESENTARAM RESPOSTA POSITIVA QUANTO ÀDISPOSIÇÃO A PAGAR PELA PRESERVAÇÃO/CONSERVAÇÃO DOS BENS E SERVIÇOSGERADOS NA PRAIA DO CASSINO, 61 APRESENTARAM RESPOSTA NEGATIVA, ISTO É,NÃO SE DISPUSERAM A PAGAR PELA PRESERVAÇÃO DA AMENIDADE AMBIENTAL
• PARA AJUSTAR OS DADOS E CALCULAR O VALOR DE OPÇÃO FOI UTILIZADA A RELAÇÃO,
• ONDE, DAPM = DISPOSIÇÃO A PAGAR MÉDIA; ni = NÚMERO DE ENTREVISTADOSDISPOSTOS A PAGAR; N = NÚMERO TOTAL DE PESSOAS ENTREVISTADAS; Y = NÚMERODE INTERVALOS RELATIVOS ÀS RESPOSTAS QUANTO A DAP; i = UM DOS INTREVALOSRELATIVOS ÀS RESPOSTAS; X = NÚMERO DE HABITANTES ESTIMADOS NA ÁREARECREACIONAL DURANTE O PERÍODO DA PESQUISA.
y
i
X N ni DAPMi DAPT 1
)()/(
DADOS COLETADOS E RESULTADOS
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 117/130
Intervalo(R$/mês)
Média(DAP/ni)
Pessoas(ni)
%(ni/N)
PopulaçãoTotal *
(1) 0,00 0,00 61 26
(2) 0,01 – 5,00 4,2 73 31,2
(3) 5,01 – 25,00 8,8 81 34,6
(4) 25,01 – 50,00 30,3 16 6,9
(5) 50,01 – 100,00 53,4 3 1,3 TOTAL 234 100 100.000
Com os dados da Tabela acima e aplicando a relação DAPT, o valor deopção da Praia do Cassino calculado foi de R$ 711.282,05, por mês,no agregado.
Cabe observar que o valor de opção encontrado pode estar de certa formarelacionado com o valor de uso, já que o questionário foi aplicado emindivíduos que efetivamente usufruíram do recurso natural.
MODELO CATE
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 118/130
• ESTE MODELO FOI DESENVOLVIDO NO BRASIL PELO DOUTOR LUIZ
CÉSAR RIBAS, EM 1996, PARA O CASO FLORESTAL. TRATA-SE DE UMMÉTODO SIMPLES E DIRETO DE VALORAÇÃO DE DANOS AMBIENTAISIRREVERSÍVEIS.
• RACIOCÍNIO MATEMÁTICO UTILIZADO NO MODELO É O MESMOEMPREGADO NO SISTEMA FINANCEIRO, PRINCIPALMENTE, QUANDO SECONSIDERA O CASO DO PERÍODO DE INADIMPLÊNCIA (A CADA PERÍODODE ATRASO DO PAGAMENTO DAS PRESTAÇÕES ACRESCEM-SE OS JUROSCORRESPONDENTES AO MESMO PERÍODO).
• NO CASO DE DANOS AMBIENTAIS IRREVERSÍVEIS, QUANTO MAIOR A
DEMORA PARA A IMPLANTAÇÃO DAS MEDIDAS AMBIENTAIS, MAIOR OVALOR PECUNIÁRIO DOS DANOS AMBIENTAIS IRREVERSÍVEIS.
MODELO CATE
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 119/130
Basicamente, o método calcula o valor presente dos custosambientais esperados em função de um determinado danoambiental tipo intermitente ou contínuo, para então, calcular odano ambiental irreversível. A formulação matemática do métodoé mostrada na seqüência.
- CUSTO AMBIENTAL TOTAL ESPERADO DEVIDO A DANOINTERMITENTE (CATE I)
1)1()1()( /
n
n
d id C
j j F C V CATE
MODELO CATE
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 120/130
• CUSTO AMBIENTAL TOTAL ESPERADO DEVIDO A DANOCONTÍNUO (CATE II)
j
F C V CATE d id C )( /
•DANO AMBIENTAL IRREVERSÍVEL (DAI)
]1)1[( t jCATE DAI
MODELO CATE
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 121/130
• CATE (Custos Totais Ambientais Esperados): Valor presente dos custosambientais esperados em função de determinado tipo de dano ambientalintermitente/contínuo
• DAI : Dano Ambiental irreversível para CATE I ou II;
• Cd : Custos ambientais (valor presente) para fins de reparação dos danosambientais diretos, em unidade monetária por unidade de área;
• VC : Valor comercial da área, em termos de uma série periódica anual,benefício direto a ser auferido por motivo econômico, etc. (em unidademonetária por unidade de área);
• Fi/d : Fator de conversão de custos ambientais diretos em indiretos, paraefeito da consideração dos valores ambientais indiretos, numa escala de 1à 9;
• j : Taxa de juros (% ao ano), e;
• n : Período de rotação, horizonte de ocorrência dos efeitos ambientais notempo (normalmente, uma geração - 25 anos).
MODELO CATE
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 122/130
O grupo (Cd.Fi/d) pode ser entendido como a totalidade dos custos ambientais
diretos e indiretos pertinentes a determinado processo de degradação ambiental(consideração dos valores ambientais diretos e indiretos).
FATOR (F i/d) Significado
1 relação de predominância inexistente de i sobre d
3 pequena predominância de i sobre d
5 significativa predominância de i sobre d
7 predominância forte de i sobre d
9 predominância absoluta de i sobre d
2,4,6,8 valores intermediários
Fator e relação danos ambientais diretos (d) e indiretos (i)
ESTUDO DE CASO - CATE
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 123/130
• Alteração antrópica de uma área da ordem de 50.000 m2 ;
• deposição atual de aproximadamente 60.000 m3 de entulho, terras/diversos
em face da altura do aterro da ordem de 1,20 metros;
• Alteração antrópica, em face da deposição irregular e ilegal de entulhos naárea, de várzea do Rio Tietê e afluente localizado à margem esquerda;
• Constatação da existência de fonte de poluição das águas (infiltração semcontrole de fossas sépticas);
• Lixão a céu aberto (ao invés de empresa de transbordo de entulho comtriagem e separação de metais, plásticos, madeiras, borrachas, etc.);
• Queima de resíduos a céu aberto (período noturno);
• Impactos ambientais diversos: infiltração de chorume e outros líquidospoluentes; contaminação do solo e do lençol freático; emissão de gases emateriais particulados e inconvenientes ao bem estar público;
• Alteração do terreno (riscos de erosão e escorregamento de massa);
• Contaminação do solo e das águas superficiais/subterrâneas;
CÁLCULO DO DANO AMBIENTAL
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 124/130
1 - Cálculo dos Custos Totais Ambientais Esperados (CATE)
• Área = 50.00 m2 ; Altura do material depositado = 1,2 metros;
Volume do material depositado = 60.000 metros cúbicos
• Estimativa de custo de remoção dos resíduos da área do terreno = custo dacoleta de entulho (locação de caçambas estacionárias) = R$ 110,00 / 7 m3,R$ 15,71 / m3 (Revista Construção, Cotações MDO 7)
• Estimativa do custo da remoção do material da área do terreno para uma área de
destino final aprovada pela CETESB (preço da mão-de-obra, exclusive taxa de aterrosanitário), R$ 35,00 / m3
• Vc = [60.000 m3 x (R$ 35,00+ R$ 15,71 )/m3] = R$ 3.042.600,00
• Cd = A x R$; = 5,0 hectares x R$ 10.695,30 / hectare; Cd = R$ 53.476,50,O valor de R$ 10.695,30 inclui o custo de mão de obra, equipamentos, materiais, e
outros, para recuperar o dano
• F i/d = 9 (fator este imputado em face dos atributos ambientais existentes na área,bem como em face da situação da não restauração de um quadro mínimo de “estabilidade” ambiental da área, optou-se pela determinação da gravidade máxima)
• j = 6 % a.a. ; n =25 anos;
Substituindo os valores temos,
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 125/130
1)06,1(
)06,1()950,476.53$00,600.042.3$(
1)1(
)1()(25
25/
x R R
j
j F C V CATE
n
n
d id C
CATE = R$ 4.594.370,55
2- Cálculo dos Danos Ambientais Irreversíveis (DAÍ)
Considerando, como data de referência do início do quadro de degradação ambiental a datada IT n. 092/01, da CETESB (16.07.01), tem-se que:
28.06.02 - 16.07.01 = 11 meses aproximadamente = 0,92 anost
DAI = CATE [ ( 1 + j ) - 1 ]0,92
DAI = R$ 4.594.370,55 x [ (1,06) - 1 ]
DAI = R$ 253.013,34 (duzentos e cinqüenta e três mil, trezentos esetenta reais e cinqüenta e cinco centavos)
OUTROS MÉTODOS DE VALORAÇÃO
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 126/130
• PREÇOS HEDÔNICOS:
É um método indireto, estatístico, que busca valorar um recurso através dorelacionamento de alguns de seus atributos (bela paisagem, boa qualidadedo ar, alto risco) com o preço da terra ou do trabalho.
A partir da diferença nos preços entre bens semelhantes, pode-se inferir estatisticamente o preço do atributo presente num deles e ausente nooutro.
Por exemplo, a diferença de uma casa localizada em um bosque, com umaoutra localizada em um terreno degrado, pode conduzir a um valor para obosque.
• DIFERENCIAL DE SALÁRIO:
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 127/130
ESSA TÉCNICA DE VALORAÇÃO HEDÔNICA DA QUALIDADEAMBIENTAL BASEIA-SE NA RELAÇÃO DE DEMANDA E OFERTA
POR MÃO-DE-OBRA SUJEITA ÀS CONDIÇÕES DE TRABALHO E
DE MORADIA.
DESSA FORMA, SUPÕE-SE QUE, PARA ATRAIR MÃO DE OBRA
PARA ÁREAS DE QUALIDADE AMBIENTAL DETERIORADA, BEM
COMO, PARA TRABALHAR EM OCUPAÇÕES DE RISCO, É
NECESSÁRIO PAGAR SALÁRIOS MAIS ALTOS
• TÍTULOS DE POLUIÇÃO
Ó
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 128/130
O Órgão regulador do ambiente estabelece um limite paradeterminados poluentes numa região.
Emite títulos (“ações”) que correspondem, no seu conjunto,a toda a poluição que seria admissível na região, derivadade estudos de avaliação da capacidade de suporte paraaqueles poluentes.
Estas “ações” de poluição são negociadas em bolsa.
À medida que uma empresa, a qual adquiriu alguns desses
títulos para poder poluir, muda a sua tecnologia para umamenos poluente, ela pode revender esses títulos para umaoutra indústria que esteja se estabelecendo na região.
CONCLUSÕES SOBRE OS MÉTODOS DE VALORAÇÃO DERECURSOS E DANOS AMBIENTAIS
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 129/130
• Cada um desses métodos de valoração econômica de bens, serviços e
impactos ambientais apresenta vantagens e deficiências.
• Os métodos como Custo de Reposição e Dose-Resposta utilizampreços de mercado não do bem ou serviço ambiental propriamente dito,mas do bem e/ou serviço que está sendo afetado pelo impacto ambiental.
• Um outro grupo de métodos utiliza preços de mercados substitutos oucomplementares como meio de se chegar a uma estimativa monetária dovalor do bem ou serviço ambiental. São eles, o de Preços Hedônicos e ode Custos de Viagem.
• O terceiro grupo de métodos parte do pressuposto de que é possívelcaptar as preferências dos indivíduos através de mercadoshipotéticos, simulados através de questionários. Esse grupo érepresentado pelo Método de Valoração Contingente.
CONCLUSÕES SOBRE OS MÉTODOS
7/27/2019 ECONOMIA AMBIENTAL - MODULO DO CURSO DE PERICIA
http://slidepdf.com/reader/full/economia-ambiental-modulo-do-curso-de-pericia 130/130
A VALORAÇÃO MONETÁRIA DE BENS AMBIENTAIS TORNA-
SE IMPORTANTE PARA INDUZIR OS AGENTES CAUSADORES
DOS IMPACTOS A CUMPRIR A LEGISLAÇÃO VIGENTE.
PARA QUE OS IMPACTOS AMBIENTAIS SEJAM REDUZIDOSNA SUA FREQÜÊNCIA E MINIMIZADOS, É NECESSÁRIO QUE
OS CUSTOS INCORRIDOS NA SUA RECUPERAÇÃO SEJAM
SUPERIORES AOS BENEFÍCIOS OBTIDOS, CASO CONTRÁRIO,
OS AGENTES POLUIDORES NÃO TERÃO NENHUM INCENTIVOPARA OS EVITAR E MINIMIZAR OS DANOS AMBIENTAIS.