Indicadores Demográficos
Epidemiologia
MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA
● O processo saúde-doença dos indivíduos é bastante complexo e se dá a partir de diversos fatores
● Alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer e acesso aos bens e serviços essenciais estão previstos na Constituição Federal de 1988 como alguns determi-nantes em saúde
● Além disso, esses fatores são combinados com as características de cada indivíduo, como raça, sexo, idade e genética e com as peculiaridades dos agentes etiológicos das doenças, como morfologia, infectividade e pato-genicidade
● A epidemiologia consiste no estudo da distribuição das doenças nas po-pulações, levando em considerações todos os fatores citados anterior-mente, através da análise de 3 principais eixos: a Clínica, a Estatística e a Medicina Social
● A Clínica aborda o conhecimento de como a saúde e a doença se compor-tam nos indivíduos
● A Estatística transforma esses fatores em dados para analisá-los no cole-tivo
● A Medicina Social conhece o modo pelo qual a saúde e a doença dos in-divíduos se relacionam com o meio social em que estão inseridos
● O objetivo da epidemiologia é propor medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças, assim como contribuir para o plane-jamento, administração e avaliação das ações de saúde
INDICADORES RELACIONADOS À DEMOGRAFIA
TAXA DE FECUNDIDADE TOTAL
● Esse indicador mede o número de filhos nascidos vivos de uma mulher ao final de seu período reprodutivo, em uma população de um determinado local
● A taxa de fecundidade total é o principal determinante da dinâmica de-mográfica e valores abaixo de 2,1 são insuficientes para a reposição po-pulacional
● Fatores relacionados com a diminuição desta taxa são aumento da urba-nização, redução da mortalidade infantil, melhoria do nível educacional, entre outros
● Essa taxa é calculada a partir do somatório de taxas específicas de fecun-didade para as mulheres de uma determinada população de 15 a 49 anos de idade
● Observa-se também uma diminuição contínua das taxas de fecundidade total nas regiões Norte e Nordeste, pois estas começaram mais tardia-mente nesse processo
● Em 2011, a taxa brasileira foi de 1,78, sendo que as regiões se apresen-tavam da seguinte forma: região Sudeste com 1,66, região Sul com 1,66, região Centro-Oeste com 17,79, região Nordeste com 1,86 e região Norte com 2,26
● Em 2017, a taxa nacional chegou à 1,67, com estimativa de chegar até 1,51 em 2030
● Importante ressaltar também que os dados apresentam grandes varia-ções se forem analisados por raça, branca ou negra, sendo a taxa de fe-cundidade da população declarada branca de 1,63 e da população decla-rada negra, de 2,20 TAXA DE FECUNDIDADE ESPECÍFICA
● Essa taxa mede o número de filhos nascidos vivos de uma mulher, por faixa etária definida dentro do período reprodutivo, em uma população residente e em um ano determinados, a cada 1.000 mulheres por faixa etária
● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdefilhosnascidosvivosdemãesresidentes, dedeterminadafaixaetária
populaçãototalfemininaresidentedestamesmafaixaetária
● Essa taxa é geralmente definida indiretamente a partir de uma metodolo-gia demográfica utilizada nos dados censitários e pesquisa especiais
● Os valores encontrados possuem um padrão comum a todas as regiões, possuindo maiores taxas na faixa entre 20 e 24 anos de idade, seguida pela faixa de 25 a 29 anos de idade
● A região Nordeste apresenta taxas mais elevadas nas faixas de 25 a 29 anos, 40 a 44 anos e 45 a 49 anos e nas faixas de 15 a 19 anos e 20 a 24 anos, as maiores taxas são na região Norte
● A região Sudeste possui taxas mais elevadas na faixa de 30 a 34 anos e a região Sul, nas faixas de 35 a 39 anos
TAXA BRUTA DE NATALIDADE
● Essa taxa mede o número de nascidos vivos, por 1.000 habitantes, em uma população residente e ano determinados
● Esse número significa a frequência anual de nascidos vivos no total da população
● A taxa bruta de natalidade é influenciada pela estrutura da população, quanto à idade a ao sexo
● Taxas altas estão frequentemente relacionadas à baixas condições socio-econômicas da população e aspectos culturais
● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºtotaldenascidosvivosresidentes
populaçãototalresidente x1.000
● As taxas brutas de natalidade em todas as regiões brasileiras estão de-crescendo sendo muito influenciada pela estrutura etária da população
PROPORÇÃO DE IDOSOS NA POPULAÇÃO
● Esse indicador mede o percentual de pessoas com 60 anos ou mais de idade, na população total residente em um local e ano determinados
● Esse percentual significa a quantidade de idosos na população geral, de-monstrando o envelhecimento da população que está relacionado com a diminuição das taxas de fecundidade e de natalidade e ao aumento da esperança de vida ao nascer
● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdepessoasresidentesde60anosoumaisdeidade
populaçãototalresidente, excluídososdeidadeignorada x100
● A população idosa é composta por mais mulheres do que homens, com maiores proporções nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, o que está as-sociado à alta mortalidade de jovens homens devido à causas externas
ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO
● Esse índice mede o número de pessoas de 60 anos ou mais de idade, para cada 100 pessoas menores de 15 anos de idade, em uma população re-sidente e em um ano determinados
● Esse número significa a razão entre as faixas etárias extremas da popula-ção, jovens e idosos
● Altos valores neste índice representam que a transição demográfica está em ritmo acelerado
● O cálculo é realizado da seguinte forma: nºdepessoasresidentesde60anosoumaisdeidade
populaçãototalresidentecommenosde15anosdeidade x100
● Dados brasileiros entre 1992 e 2012 demonstram o aumento do número de idosos com relação aos jovens evidenciando a redução dos níveis de fecundidade e o aumento da esperança de vida dos idosos
● As regiões Sudeste e Sul estão com maiores índices, significando uma transição demográfica mais avançada do que as demais regiões, devido principalmente a influência das migrações
RAZÃO DE DEPENDÊNCIA
● Esse índice mede o segmento da população economicamente dependente (menores de 15 anos e maiores de 60 anos) em relação à população eco-nomicamente ativa (15 a 59 anos)
● A razão de dependência demonstra a participação da população potenci-almente inativa, ou seja, que deveria ser sustentada pela parcela da po-pulação potencialmente produtiva
● Altos valores indicam que a população ativa deve sustentar um grande número de dependentes, gerando encargos assistenciais para a socie-dade
● O cálculo é realizado da seguinte forma: populaçãoresidentede0 − 14anose60anosoumaisdeidade
populaçãoresidentede15 − 59anosdeidade x100
● Para conhecer também os valores da Razão de Dependência Jovem e a Razão de Dependência de Idosos, é necessário colocar no numerador
apenas os jovens (menores de 15 anos) ou apenas os idosos (60 anos ou mais), respectivamente
● Em todas regiões brasileiras, há uma diminuição da razão de dependência relacionada ao processo de transição demográfica
● A marcante redução dos níveis de fecundidade faz consequentemente di-minuir o número de jovens na população, não sendo compensada pelo aumento de idosos
● Porém, o denominador ainda vem aumentando devido à épocas em que a taxa de fecundidade era alta
● Com relação às regiões brasileiras, o Norte e o Nordeste possuem maiores valores da razão de dependência, relacionadas à maiores taxas de fecun-didade
ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER
● Esse indicador mede o número médio de anos de vida esperados para um recém-nascido, com relação ao mesmo padrão de mortalidade atual, em uma população residente em um local e ano determinados
● A taxa de esperança de vida permite determinar a probabilidade de tempo de vida média da população, com isso, seu aumento representa uma me-lhoria das condições de vida e saúde da população
● A esperança de vida ao nascer vem aumentando em todas as regiões bra-sileiras tanto no sexo feminino quanto masculino, porém, mas mulheres possuem uma expectativa de vida maior decorrente da sobremortalidade masculina
● A diferença de anos de expectativa de vida por chegar em até 8,3 anos a mais para as mulheres
● Segundo DATASUS, em 2017, a projeção para a esperança de vida ao nascer do brasileiro era de 75,99 anos
● Porém, esse dado pode variar bastante dependendo da região e do sexo do indivíduo, sendo que a região Sul possui a maior e a região Norte a menor expectativa de vida
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