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ECONOMIA DO CACAU: TECNOLOGIA, CUSTEIO E INVESTIMENTO
Givago Barreto Martins dos Santos¹; Rosalina Midlej²; Almir Martins dos Santos³ e Pricilla
Barreto Martins dos Santos¹
¹Professores do Instituto Federal da Bahia e da Faculdade Madre Thaís; ² Pesquisadora da
Ceplac; ³ Professor da Uesc e Pesquisador da Ceplac.
Introdução
O conhecimento sobre o custo de produção de uma cultura ou mais especificamente do
cacau, se constitui num dos mais importantes instrumentos para auxiliar na tomada de decisão
dos produtores.
A produtividade, os custos, os investimentos e o lucro constituem importantes
instrumentos de decisão para o agricultor. Assim, neste capítulo, apresenta-se, resumidamente,
estimativas dos custos das principais tecnologias utilizadas na produção de cacau; as respectivas
produtividades, estimadas, obtidas com a utilização destas tecnologias; as margens brutas (lucro
bruto) e as relações custo/ beneficio dos sistemas de produção de cacau.
É fundamental se distingui “custo da tecnologia” do “custo de produção”. Neste último
incluem-se os custos variáveis totais e os custos fixos. No custo da tecnologia computa-se apenas
o custo dos insumos, da mão de obra com os seus respectivos encargos sociais e do transporte.
Não estão incluídos o “pró-labore” do empresário, imposto e outros custos variáveis. Da mesma
forma é importante distingui também “margem bruta”, de “lucro”. A expressão margem bruta
usada neste trabalho, refere-se a receita bruta menos o custo da tecnologia.
Custo da tecnologia
Normalmente os custos são classificados como fixos e variáveis; ou custos diretos e
indiretos. Neste capítulo, não se pretende analisar os custos sob esta concepção, para não tornar a
abordagem excessivamente acadêmica.
O custo da tecnologia se constitui um importante instrumento para orientar o processo de
decisão do agricultor, pois na sua rotina de trabalho, ele está sempre buscando informação que
lhe permita responder, com certo grau de acerto, se a adoção determinada tecnologia é viável
economicamente. Evidentemente o preço é um componente importante no processo decisório,
contudo é indispensável que se conheça a relação entre o custo da tecnologia e o impacto desta
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tecnologia na produção, para que cenários, envolvendo preços, possam ser construídos para
subsidiar estas decisões.
Com relação aos fertilizantes, por exemplo, a maioria dos agricultores sabe que esta
tecnologia, se realizada corretamente, eleva a produtividade das plantações, entretanto, mesmo
convictos da eficiência técnica, eles não têm segurança para adotá-la, pois eles desconhecem se o
impacto positivo na produção, provocado pelo uso de fertilizantes, é suficiente para cobrir os
custos da aplicação, ou seja, esta tecnologia é eficiente também economicamente? Esta mesma
questão é formulada para todas as tecnologias recomendadas para o cacau.
Entretanto, quando se pensa em termos de planejamento da produção da empresa
cacaueira (fazenda), o grau de complexidade que envolve o processo decisório do produtor
aumenta. Pois, na realidade, ele precisa decidir sobre a adoção, não apenas de uma prática isolada
(tecnologia), mas sobre um conjunto de práticas agrícolas a serem adotas durante o ano agrícola,
as quais chama-se tecnicamente “Sistema de Produção” (SP).
Segundo Santos, Zugaib et Nascimento, 2005, no caso de produção de cacau na Bahia,
são recomendadas, de uma forma geral, doze práticas agrícolas, que podem ser agrupadas em
duas classes:
a) Tecnologia tradicional (To), intensiva em mão de obra: roçagem manual, desbrota, poda,
remoção de vassoura de bruxa e colheita e beneficiamento.
b) Tecnologia “moderna” (T1 ...n) que envolve além da mão de obra, material (insumos) e
transporte: Roçagem química (herbicida), combate às pragas, controle de doenças,
calagem, adubação mineral (NPK), adubação nitrogenada, raleamento de sombra.
Estas doze alternativas permitem uma série de combinações entre elas, combinações estas,
que constituirão os diversos sistemas de produção. Abaixo estão relacionados, como exemplo,
alguns sistemas de produção utilizados pelos produtores de cacau da Bahia.
SP = Sistema de Produção;
SP1 = Colheita, poda, roçagem, desbrota e remoção de vassoura de bruxa.(Só mão de obra);
SP2 = SP1 + manejo orgânico (tecnologia orgânica);
SP3 = SP1 + fertilizantes (NPK única dosagem);
SP4 = SP1 + fertilizantes ( 2 dosagens, uréia e NPK);
SP5 = SP1 + controle de podridão parda;
SP6 = SP1 + controle de vassoura de bruxa nos frutos;
SP7 = SP1 + controle podridão parda + controle de vassouras de bruxa nos frutos + calcário +
inseticida + fertilizantes.
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Especificamente para a produção de cacau adotou-se para os sistemas de produção a
definição de tecnologias descritas no Quadro 1. A tecnologia (T0 ) corresponde as realizações das
práticas sem o uso de insumos, os custos correspondem a remuneração da mão-de-obra e
encargos sociais. Para os demais níveis de tecnologias, de T1 a T6 são consideradas as várias
combinações de práticas culturais, e conseqüentemente os níveis esperados de produtividade.
Deve-se ressaltar que a resposta à realização do manejo adequado para a produção de
cacau está relacionada às especificidades de cada área em particular com suas potencialidades e
restrições. Caso as áreas apresentem condições ideais para a produção de cacau as produtividades
podem atingir níveis dentro do intervalo especificado no Quadro 1.
Em virtude dos riscos a que está sujeito o negócio agrícola é fundamental atentar para os
fatores que necessariamente podem influenciar o resultado econômico esperado pelo produtor. O
produtor deve ter cuidado redobrado com os fatores sobre os quais ele não tem controle direto,
como as condições climáticas, a legislação e as instituições governamentais ou não, o
comportamento do mercado e a política agrícola. Para reduzir os riscos da atividade com relação
ao comportamento desses fatores o produtor deve proceder a uma análise técnica detalhada
dessas variáveis, buscando um acompanhamento periódico. Com relação aos fatores internos,
como o tamanho ou volume dos negócios, rendimentos da atividade, seleção das combinações de
exploração, eficiência da mão-de-obra, etc., sobre os quais o produtor pode exercer controle
direto, o acompanhamento também é de fundamental importância para definir a sua
competitividade com relação à atividade explorada.
Para decidir sobre que sistema de produção adotar deve-se seguir as etapas seguintes:
1. Estimar o custo de realização das práticas (tecnologias) que ele pretende adotar.
2. Determinar o ponto de nivelamento (ponto de equilíbrio (PE) - isto é, qual a
quantidade produzida que remunera os custos de produção).
P
CPE
Onde:
PE = ponto de equilíbrio, quantidade produzida esperada suficiente para remunerar os
custos de cada prática ou custo total;
C = custo total (CT) ou de cada prática (CP);
P = Preço do cacau.
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3. Compara-se o custo estimado, transformado em arrobas ou quilos de cacau, com o
aumento esperado na produção por hectare e posteriormente verifica-se se compensa
ou não adotar todas as práticas.
4. Anotam-se os gastos realmente feitos (custo efetivo) e se compara com o estimado.
5. Se o custo efetivo estiver acima do estimado, deve-se verificar os coeficientes de tal
modo a incluir nas planilhas as novas relações, objetivando construir uma planilha de
custos que reflita a realidade de cada produtor.
6. Algumas tecnologias não utilizam materiais (insumos). Um exemplo é a roçagam
manual. Em outras o componente principal dos custos são os insumos, é o caso da
adubação e do fungicida. Contudo se o custo estiver alto e o produtor pretende reduzi-
lo, deve buscar esta redução analisando especialmente estes três itens: material, mão-
de-obra e transporte.
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Quadro 1 – Tecnologias adotadas conforme as várias combinações de práticas para a produção de
cacau na região cacaueira da Bahia.
Fonte: Ceplac, 2006.
As causas mais comuns dos custos altos são os gastos excessivos de material e o baixo
rendimento da mão-de-obra (operários utilizam mais tempo do que deveriam utilizar para realizar
a prática). Apresenta-se a seguir alguns exemplos de elevação de custos, que poderiam ser
evitados com uma administração racional:
O Centro de Extensão da CEPLAC (CENEX), constatou que algumas fazendas estão
gastando 10 vezes mais fungicidas do que o necessário, por falta de regulagem na vazão dos
motores (saída de líquido) e os fazendeiros não estavam percebendo esse problema. Constatou-se
também que, nessa mesma prática, em algumas fazendas, os operários estavam gastando mais
tempo do que o previsto (baixa produtividade da mão de obra). A eficiência da mão-de-obra e das
máquinas e equipamentos são de primordial importância para o aumento dos lucros.
Outra constatação é que a localização do secador em relação ao cocho e ao armazém
provoca elevação de custo, por obrigar os operários a fazerem movimentos desnecessários.
Tecnologias Práticas
T0 (30@/ha)
Roçagem + desbrota + poda + controle de vassoura-de-bruxa (controle VB) nível 1 + colheita
e beneficiamento (30@/ha)
T1 (36@/ha)
T0 + combate às pragas + colheita e beneficiamento (36@/ha)
T2 (42@/ha)
T0 + controle de doenças + colheita e beneficiamento (42@/ha)
T3 (48@/ha)
T0 + combate às pragas + controle de doenças + colheita e beneficiamento (48@/ha)
T4 (60@/ha)
T0 + combate às pragas + calagem +adubação + colheita e beneficiamento (60@/ha)
T5 (80@/ha)
T0 + controle de doenças + calagem + adubação + colheita e beneficiamento (80@/ha)
T6(100@/ha)
T0 + combate às pragas + controle de doenças + calagem + adubação + colheita e
beneficiamento (100@/ha)
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Operários coloca cacau mole no cocho, dias depois retira do cocho, sobe uma escada e o coloca
na barcaça. Depois ensaca em cima da barcaça, desce a escada e anda alguns metros até o
armazém. Uma mudança na posição do cocho e do armazém (colocar calha) reduziria muitos
movimentos desnecessários e conseqüentemente, os custos. Ou seja, uma mudança de “layout”
das instalações de beneficiamento, pode reduzir o custo de beneficiamento e humanizar o a
execução desta prática.
Poucos fazendeiros sabem quantos dias são gastos para aplicar fertilizantes, fungicida e
inseticida em um hectare, alguns nem sabem quantos dias são necessários para roçar um hectare.
O acompanhamento dos custos vai permitir um maior controle de todos os gastos, bem como da
análise crítica buscando maior eficiência e eficácia.
Produtividade
As transformações da agricultura provocando alterações no desempenho da atividade
agrícola, faz com que a competitividade seja permanentemente buscada. Desse modo, a melhoria
continua da produtividade é pré-requisito para tornar a atividade competitiva.
O agricultor para obter lucro em sua fazenda, ele precisa operar com a máxima
produtividade possível dentro de suas limitações, buscando maximizar a produtividade e
minimizar custos. Analisando a evolução produtividade dos cacauais da Bahia-Brasil, pode-se
identificar três fases distintas. A primeira até 1962, ano da criação do CEPEC/ CEPLAC (Centro
de Pesquisa do Cacau), quando a produtividade era declinante alcançando 310 kg/ha. Segue o
segundo período ou a fase de recuperação de 1963 a 1980 quando o nível de produtividade
alcançou o recorde de 740 kg/ha. A terceira fase iniciada nos anos 80 até os dias atuais na qual a
produtividade experimenta um declínio. Atualmente inicia-se um novo ciclo de produção e
produtividade, com o advento do cacau clonado, que deverá provocar uma nova elevação nestes
dois fatores. (Santos, 2002).
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Figura1. Produtividade de cacau (@/ha) na Bahia e Brasil, 1993/04.
Fonte: IBGE citado em Planejamento Estratégico do Agronegócio Cacau, 2006.
Normalmente as fazendas, principalmente as de cacau, são divididas em roças ou quadras.
Infelizmente a maioria dos fazendeiros não sabe exatamente a área ocupada com os cultivos, nem
a área das roças ou quadras. Ele tem uma estimativa da área e do número
de cacaueiros, contudo sem precisão. Uma estratégia para elevação da produtividade passa
inicialmente pela medição da área plantada e contagem do número de plantas existentes e depois
anotação da produção obtida por cada quadra. Assim será identificada a produtividade por
quadra. É comum numa mesma fazenda se ter roças ou quadras com 250kg/hectare e outras com
1.000 kg/hectare. O controle e comparação do comportamento das áreas com relação a
produtividade dará ao produtor condições de inferir sobre que fatores estarão contribuindo para as
diferenças, buscando através dos procedimentos adequados minimizar os efeitos e/ou um manejo
mais adequado naquelas áreas de menor produtividade.
O controle da produtividade de cada área vai permitir ao produtor a aplicação dos recursos
com mais eficiência. Os lucros estão relacionados principalmente à produtividade, pois, de uma
maneira geral, os custos aumentam em proporção menor do que as receitas. Como os preços de
cacau se constituem em variáveis exógenas, é imprescindível para uma maior lucratividade da
atividade o rendimento físico da lavoura.
26,25
30,47 31,13
23,59 24,01 25,21
17,76
15,11 14,71 15,06 15,13 15,02
26,78
31,5430,95
25,86 25,8926,37
20,0618,58
18,5920,01 19,17 19,01
0
5
10
15
20
25
30
35
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
Produtividade Baiana Produtividade Brasielira
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Investimentos (custos fixos)
Muitos fazendeiros têm uma boa produtividade e um custo baixo, mesmo assim estão com
dificuldades financeiras. Como se explica isso? Os investimentos constituem custos importantes
no processo produtivo e, se os fazendeiros não racionalizarem seus investimentos, o resultado da
sua administração será o fracasso.
Anteriormente definiu-se o custo da tecnologia, entretanto não ficou esclarecido que
existem custos que tem efeito direto na produção e outras têm um efeito indireto. Os tratos
culturais são exemplos de efeito direto. O fertilizante, por exemplo, ao ser aplicado, se incorpora
a terra, muda de forma e começa a colaborar diretamente para aumentar a produção. Existem,
contudo, outras despesas que agem indiretamente sobre a produção, ou seja, colaboram para
aumentar a produção e não mudam de forma. Esses custos são chamados de investimentos.
Custeio – são despesas feitas com produtos que colaboram diretamente para aumentar a
produção e mudam de forma quando usados.
Todos os tratos culturais são exemplos de custeio.
Investimentos – são as despesas com bens que não mudam de forma e servem ao processo
produtivo por mais de uma safra. Exemplo: casas de operários, máquinas, instalações de
beneficiamento, cerca, estradas, animais de serviços, plantio de cacau, clonagem de
cacaueiros, etc.
A decisão de investimento é normalmente mais cara que a de custeio. Uma decisão errada
de investimento, além de dificuldade de corrigir, provoca um processo de corrosão financeira
durante longo tempo. Por exemplo: um fazendeiro que só podia clonar 05 (cinco) hectares de
cacau e clonou 20 hectares, enfrentará sérios problemas financeiros até corrigir essa decisão.
Retirada (Pró-labore)
É preciso ainda lembrar que para o fazendeiro (empresário rural) não se endividar, além
de controle sobre a produtividade, custeio e investimento, ele precisa controlar as suas retiradas,
ou seja, o recurso financeiro que ele precisa para atender as suas necessidades e de sua família. A
retirada é entendida como um “custo” ou “salário” que o fazendeiro impõe a sua fazenda para
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administrá-la. Se essa retirada (custo) é alta, significa que ele está cobrando um “salário” que a
fazenda não pode pagar. Nesse caso, embora se tenha boa produtividade, custeio baixo,
investimento racionalizado, o fazendeiro pode, mesmo assim, se endividar e até “se quebrar”, ou
seja, ser obrigado a vender sua fazenda.
A inferência que se faz desta análise é que existe, maioria dos casos, uma relação de
complementaridade entre fazendeiro (família) e sua fazenda (empresa): a fazenda requer
“recursos” para produzir e o fazendeiro disponibiliza este recurso. Por outro lado o fazendeiro
requer “renda” para sobreviver, que é retirada da fazenda. Esta é uma inter-relação essencial e se
ela não for bem equacionada, pode se constitui um complicador para o fazendeiro.
Em síntese, embora os quadros anexos resumam apenas os custos das tecnologias, não se
pode esquecer que o custo total de produção inclui ainda os custos de investimentos
(depreciação) e as retiradas do proprietário para sua manutenção.
Lucro
O teste mais decisivo pelo qual tem que passar um administrador rural (fazendeiro), é o
do lucro. É preciso gerar receita suficiente para cobrir todos os custos de sua atividade.
Através da Figura 2, pode-se visualizar uma síntese dos principais variáveis que compõe
as relações econômicas na produção de cacau: produtividade, preço, e o custo (custeio,
investimentos e retirada). Em uma administração racional, não se pode permitir que as somas das
despesas com custeio, investimento e retirada ultrapassem a receita bruta, (produção vezes o
preço). A receita da empresa rural pode ser drenada por três canais principais: custeio,
investimento e retirada. Assim desafio do administrador é reduzir as saídas de recursos por esses
três canais ou centros de custo.
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Figura 2 - Síntese relação receita x custos.
Fonte: Elaboração do autor.
Custos da Tecnologia para a Produção de Cacau
O cálculo do custo de produção de cacau levou em consideração sete níveis de
tecnologias. A construção desses níveis ocorreu em resultados da experimentação e discussões na
área de atuação da Ceplac. Desse modo, os resultados refletem uma aproximação consistente da
realidade supondo condições especificas de cada lavoura. A estimativa de indicadores
representativos permite ao produtor realizar inferências seguras subsidiando nas tomadas de
decisões. Assim, para a escolha do padrão tecnológico é fundamental que o produtor tenha um
conhecimento preciso da sua realidade e dos riscos a que está sujeito sua atividade.
Só se justifica aplicar recursos numa atividade se os resultados esperados forem
efetivamente superiores ao volume de recursos nela investidos. Mais criteriosa deve ser a tomada
de decisão se a cultura for permanente, como no caso do cacau.
RECEITA = PRODUÇÃO X PREÇO
$$$$$$
$$$$$$
$$$$$$
$$$
$$$
$$$
$$$
$$$
$$$
$$$
$$$
$$$
$$$
$$$
CUSTEIO INVESTIMENTO RETIRADA
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As informações da Tabela 1 e 2 levaram em consideração sete níveis de tecnologia como
descrito no Quadro 1. Para cada nível de tecnologia com relação a produtividade esperada
utilizou-se um intervalo provável, dentro do qual os resultados podem ocorrer. Porém, as
respostas de cada área a realização de um manejo adequado pode ser diferente, mesmo quando o
produtor tem controle perfeito das variáveis endógenas e conhecimento do comportamento das
variáveis exógenas. O conhecimento da realidade do seu negócio agrícola vai se constituir numa
ferramenta importante, auxiliando na compreensão dessa realidade e, fornecendo subsídios para
interferir quando necessário.
Como o objetivo da atividade produtiva é a maximização dos lucros, isto é, obter o
máximo de lucro possível levando em considerações algumas restrições pertinentes a cada
situação, o conhecimento do comportamento dos custos e receitas e de todos os seus
componentes num determinando intervalo de tempo e´ de fundamental importância.
Na Tabela 1 e 2 está a receita bruta, custo da tecnologia, margem brita, relação
benefício/custo e ponto de nivelamento. O produto precisa responder a algumas questões: a) qual
o custo unitário em cada nível de tecnologia e realizar comparações? b) qual a produtividade
mínima da atividade suficiente para remunerar os custos de produção? c) qual o menor nível de
preço para o qual a atividade ainda é viável? d) qual o retorno por real investido?
Através das informações constantes na Tabela 1 pode-se observar que os menores custos
unitários são os da tecnologia seis, um e zero. Analisando o intervalo para cada nível de
produtividade, tanto maior será o custo unitário quanto menor for a produtividade esperada.
O ponto de nivelamento corresponde ao nível de produção para o qual não existem
perdas nem lucros, isto é, o nível de produção que permite remunerar os custos de produção. Os
resultados podem ser também em porcentagens. De uma maneira geral para os sete níveis de
tecnologias nos intervalos superiores, observa-se que a produtividade da atividade precisa atingir
cerca de 60% da esperada para remunerar os custos de produção. Para remunerar os custos de
produção da tecnologia (T0) serão necessárias entre 13,9 e 18,6 arrobas/ha/ano Tabela 1).
A relação benefício-custo permite avaliar a rentabilidade dos recursos investidos na
atividade, permitindo ao produtor comprovar a viabilidade econômica ou não da atividade. Na
tecnologia (T6) a relação beneficio-custo de 1,67 significa que para cada Real investido na
atividade o produtor tem um retorno de R$1,67. Isto é, sessenta sete centavos de lucro (Tabela 1).
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Em resultado à crise por passa a cacauicultura baiana a maneira de se produzir cacau
passou por mudanças profundas, com custos de produção cada vez maiores pelas novas práticas
necessárias a manutenção da competitividade da atividade. Por outro lado, a redução nos níveis
de produtividade tem comprometido a remuneração da atividade, aumento o risco e a necessidade
de uma capacidade gerencial ativa na propriedade.
Desse modo, as planilhas com os custos de cada prática (Tabela A 1 a A 28 do Anexo)
dará ao produtor condições de tomar suas próprias decisões, fundamentadas em critérios mais
consistentes. A partir da elaboração do custo provável de cada prática a ser aplicada na sua
propriedade, fundamentada no conhecimento particular da sua área, o produtor poderá estabelecer
uma pré-análise confrontando custos e receitas prováveis, definindo a viabilidade econômica do
seu empreendimento.
No final, quando o produtor mensurar efetivamente os gastos no processo produtivo e as
receitas (produtividade X preço), terá uma ferramenta importante para viabilizar os coeficientes
técnicos que deverão ser utilizados na sua propriedade (ou diferentes coeficientes para cada área
produtiva). O acompanhamento contínuo é indispensável para a manutenção da competitividade
da atividade. O empresário (produtor) terá tanto mais sucesso no seu empreendimento quanto
maior for o seu conhecimento e controle sobre os resultados.
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Tabela 1 - Receita bruta, custo da tecnologia, margem bruta e relação benefício/custo para a
produção de cacau por nível de tecnologia na região cacaueira da Bahia, junho/06.
Fontes: Tabelas A 1 a A 28 do Anexo.
Níveis de Tecnologia/ Receita Bruta Custo da Tecnologia Margem Bruta Relação Ponto de Nivelamento
Produtividade Esperada (R$/ha) (US$/ha) (R$/ha) (US$/ha) (R$/ha) (US$/ha) Benefício/Custo (@/ha/ano)
T0 (15@/ha) 750,00 328,95 697,02 305,71 52,98 23,23 1,08 13,94
T0 (30@/ha) 1.500,00 657,89 930,99 408,33 569,01 249,57 1,61 18,62
T1 (18@/ha) 900,00 394,74 814,75 357,34 85,25 37,39 1,10 16,29
T1 (36@/ha) 1.800,00 789,47 1.095,51 480,48 704,49 308,99 1,64 21,91
T2 (21@/ha) 1.050,00 460,53 999,75 438,49 50,25 22,04 1,05 20,00
T2 (42@/ha) 2.100,00 921,05 1.327,30 582,15 772,70 338,90 1,58 26,55
T3 (24@/ha) 1.200,00 526,32 1.117,47 490,12 82,53 36,20 1,07 22,35
T3 (48@/ha) 2.400,00 1.052,63 1.491,82 654,31 908,18 398,32 1,61 29,84
T4 (30@/ha) 1.500,00 657,89 1.464,77 642,44 35,23 15,45 1,02 29,30
T4 (60@/ha) 3.000,00 1.315,79 2.166,67 950,29 833,33 365,50 1,38 43,33
T5 (40@/ha) 2.000,00 877,19 1.992,93 874,09 7,07 3,10 1,00 39,86
T5 (80@/ha) 4.000,00 1.754,39 2.616,84 1.147,74 1.383,16 606,65 1,53 52,34
T6 (50@/ha) 2.500,00 1.096,49 2.219,83 973,61 280,17 122,88 1,13 44,40
T6(100@/ha) 5.000,00 2.192,98 2.999,72 1.315,67 2.000,28 877,32 1,67 59,99
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Tabela 3 - Custos das práticas para a produção de cacau segundo o nível de tecnologia adotado, na região cacaueira da Bahia, junho/06.
Custo de produção das práticas (R$/ha/ano)
T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 Práticas
15 @/ha 30 @/ha 18 @/ha 36 @/ha 21@/ha 42 @/ha 24 @/ha 48 @/ha 30 @/ha 60 @/ha 40 @/ha 80 @/ha 50 @/ha 100 @/ha
01 - Roçagem 136,48 136,48 136,48 136,48 136,48 136,48 136,48 136,48 136,48 136,48 136,48 136,48 136,48 136,48
02 - Desbrota 58,49 58,49 58,49 58,49 58,49 58,49 58,49 58,49 58,49 58,49 58,49 58,49 58,49 58,49
03 - Poda 233,97 233,97 233,97 233,97 233,97 233,97 233,97 233,97 233,97 233,97 233,97 233,97 233,97 233,97
04 - Controle de Vassoura-de-bruxa (Nível 0)
05 - " (Nível 1) 34,12 34,12 34,12 34,12 34,12 34,12 34,12 34,12 34,12 34,12 34,12 34,12 34,12 34,12
06 - " (Nível 2)
07 - " (Nível 3)
08 - Combate às Pragas - Polvilhamento 70,93 70,93 70,93 70,93 70,93 70,93 70,93 70,93
09 - Controle de Doenças (3 g P. Ativo) 209,14 209,14 209,14 209,14 209,14 209,14 209,14 209,14
10 - Controle de Doenças (6 g P.Ativo)
11 - Calagem 224,81 224,81 224,81 224,81 224,81 224,81
12 - Adubação Mineral (NPK) 472,01 472,01 472,01 472,01 472,01 472,01
13 - Roçagem com Herbicidas
14 - Adubação Nitrogenada
15 - Raleamento de Sombras com Arboricidas
16 - Beneficiamento (15 @/ha) 233,97
17 - " (30 @/ha) 467,93
18 - " (18 @/ha) 280,76
19 - " (36 @/ha) 561,52
20 - " (21 @/ha) 327,55
21 - " (42 @/ha) 655,11
22 - " (24 @/ha) 374,35
23 - " (48 @/ha) 748,69
24 - " (30 @/ha) 233,97
25 - " (60 @/ha) 935,87
26 - " (40 @/ha) 623,91
27 - " (80 @/ha) 1.247,82
28 - " (50 @/ha) 779,89
29 - " (100 @/ha) 1.559,78
Total por nível de tecnologia 697,02 930,99 814,75 1.095,51 999,75 1.327,30 1.117,47 1.491,82 1.464,77 2.166,67 1.992,93 2.616,84 2.219,83 2.999,72
15
Citações bibliográficas
Santos, Almir Martins dos. Estimativa de custos da tecnologia do cacau.Ilhéus -Ba.CEPLAC.
Atualização mensal, julho, 2006.
SANTOS, A. M. dos, ZUGAIB.A.C.C. Nascimento.V.A; O Comportamento da Relação Custo
Benefício na Lavoura cacaueira. CEPEC/CEPLAC/UESC.2005
ZUGAIB, A. C.C; SANTOS, A. .M. MIDLEJ, R. R. Planejamento estratégico para o cacau
baseado no estudo de sua cadeia produtiva. CEPLAC/CEPEC/SESOE. 2006.
16
ANEXOS
Tabela A 1 - Estimativa do custo da roçagem manual para a produção de 01 ha de cacau na região cacaueira da
Bahia, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total*
Mão-de-obra (MO) 99,20
. Roçagem manual (1 vez) h/d 7,0 11,67 81,69
. Repouso remunerado 3/14 da MO 17,51
Encargos sociais 30,79
. Férias 1/12 da MO 8,27
. 13º Salário 1/12 da MO 8,27
. Abono de férias 1/3 da MO 2,76
. INSS 2,7 (MO+13° S) 2,90
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 8,60
Sub total 129,98
Outras despesas 5% do sub total 6,50
Custo por hectare 136,48
Custo por @ 2,73
Custo em US$ 59,86
Fonte: Ceplac, 2006.
* Informações em junho/06.
Salário Mínimo = R$350,00/mês
Preço Cacau = R$50,00/@
Câmbio (R$/US$)= 2,28
17
Tabela A 2 – Estimativa do custo da desbrota para a produção de cacau na região
cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total*
Mão-de-obra (MO) 42,51
.Desbrota h/d 3,00 11,67 35,01
. Repouso remunerado 3/14da MO 7,50
Encargos sociais 13,19
. Férias 1/12 da MO 3,54
. 13º Salário 1/12 da MO 3,54
. Abono de férias 1/3 da MO 1,18
. INSS 2,7% (MO+13º S) 1,24
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 3,68
Sub total 55,71
Outras despesas 5% do sub total 2,79
Custo por hectare 58,49
Custo por @ 1,17
Custo em US$ 25,65
Fonte: Ceplac, 2006.
* Idem com o anterior.
18
Tabela A 3 - Estimativa do custo da poda para a produção de cacau na região cacaueira
da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total*
Mão-de-obra (MO) 170,05
.Poda h/d 12,00 11,67 140,04
. Repouso remunerado 3/14da MO 30,01
Encargos sociais 52,78
. Férias 1/12 da MO 14,17
. 13º Salário 1/12 da MO 14,17
. Abono de férias 1/3 da MO 4,72
. INSS 2,7% (MO+13º S) 4,97
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 14,74
Sub total 222,83
Outras despesas 5% do sub total 11,14
Custo por hectare 233,97
Custo por @ 4,68
Custo em US$ 102,62
Fonte: Ceplac, 2006.
* Idem com o anterior.
19
Tabela A 4 - Estimativa do custo da inspeção/poda fitossanitária no controle da vassoura-de-bruxa
(nível 0-500 plantas) na região cacaueira da Bahia para 01 ha de cacau, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total*
Mão-de-obra (MO) 19,84
.Controle h/d 1,40 11,67 16,34
. Repouso remunerado 3/14da MO 3,50
Encargos sociais 6,16
. Férias 1/12 da MO 1,65
. 13º Salário 1/12 da MO 1,65
. Abono de férias 1/3 da MO 0,55
. INSS 2,7% (MO+13º S) 0,58
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 1,72
Sub total 26,00
Outras despesas 5% do sub total 1,30
Custo por hectare 27,30
Custo por @ 0,55
Custo em US$ 11,97
Fonte: Ceplac, 2006.
* Idem com o anterior.
20
Tabela A 5 - Estimativa do custo da inspeção/poda fitossanitária no controle da vassoura-de-bruxa (nível 1 -
400 plantas) na região cacaueira da Bahia para 01 ha de cacau, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total*
Mão-de-obra (MO) 24,80
.Controle h/d 1,75 11,67 20,42
. Repouso remunerado 3/14da MO 4,38
Encargos sociais 7,70
. Férias 1/12 da MO 2,07
. 13º Salário 1/12 da MO 2,07
. Abono de férias 1/3 da MO 0,69
. INSS 2,7% (MO+13º S) 0,73
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 2,15
Sub total 32,50
Outras despesas 5% do sub total 1,62
Custo por hectare 34,12
Custo por @ 0,68
Custo em US$ 14,96
Fonte: Ceplac, 2006.
* Idem com o anterior.
Tabela A 6 - Estimativa do custo da inspeção/poda fitossanitária no controle da vassoura-de-bruxa
(nível 2 - 150 plantas) na região cacaueira da Bahia para 01 ha de cacau, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total*
Mão-de-obra (MO) 66,04
.Controle h/d 4,66 11,67 54,38
. Repouso remunerado 3/14da MO 11,65
Encargos sociais 20,49
. Férias 1/12 da MO 5,50
. 13º Salário 1/12 da MO 5,50
. Abono de férias 1/3 da MO 1,83
. INSS 2,7% (MO+13º S) 1,93
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 5,72
Sub total 86,53
Outras despesas 5% do sub total 4,33
Custo por hectare 90,86
Custo por @ 1,82
Custo em US$ 39,85
Fonte: Ceplac, 2006.
* Idem com o anterior.
21
Tabela A 7 - Estimativa do custo da inspeção/poda fitossanitária no controle da vassoura-de-bruxa
(nível 3 - 25 plantas) na região cacaueira da Bahia para 01 ha de cacau, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total*
Mão-de-obra (MO) 198,39
.Controle h/d 14,00 11,67 163,38
. Repouso remunerado 3/14da MO 35,01
Encargos sociais 61,57
. Férias 1/12 da MO 16,53
. 13º Salário 1/12 da MO 16,53
. Abono de férias 1/3 da MO 5,51
. INSS 2,7% (MO+13º S) 5,80
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 17,19
Sub total 259,96
Outras despesas 5% do sub total 13,00
Custo por hectare 272,96
Custo por @ 5,46
Custo em US$ 119,72
Fonte: Ceplac, 2006.
* Idem com o anterior.
22
Tabela A 8 - Estimativa do custo do polvilhamento para a produção de cacau na região cacaueira da Bahia
para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total*
Mão-de-obra (MO) 7,79
.Aplicador h/d 0,25 14,00 3,50
. Ajudante h/d 0,25 11,67 2,92
. Repouso remunerado 3/14da MO 1,38
Encargos sociais 2,42
. Férias 1/12 da MO 0,65
. 13º Salário 1/12 da MO 0,65
. Abono de férias 1/3 da MO 0,22
. INSS 2,7% (MO+13º S) 0,23
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 0,68
Insumos 26,43
.Inseticida litro 0,80 27,00 21,60
.Gasolina litro 1,75 2,60 4,55
.Óleo 2T litro 0,07 4,00 0,28
Transporte 10% dos Insumos 2,64
Equipamento 28,27
. Pulverizador motorizado unidade 0,02 1.600,00 26,67
. Depreciação 5% do equipamento 1,33
. Reparos 20% da depreciação 0,27
Sub total 67,55
Outras despesas 5% do sub total 3,38
Custo por hectare 70,93
Custo por @ 1,42
Custo em US$ 31,11
Fonte: Ceplac, 2006.
* Idem com o anterior.
23
Tabela A 9 - Estimativa do custo do controle da podridão parda para a produção de cacau na região
cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total*
Mão-de-obra (MO) 32,59
.Aplicador h/d 1,50 14,00 21,00
. Ajudante h/d 0,50 11,67 5,84
. Repouso remunerado 3/14da MO 5,75
Encargos sociais 10,11
. Férias 1/12 da MO 2,72
. 13º Salário 1/12 da MO 2,72
. Abono de férias 1/3 da MO 0,91
. INSS 2,7% (MO+13º S) 0,95
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 2,82
Insumos 116,56
.Fungicida (3 gramas/planta) kg 4,80 20,00 96,00
.Adesivo Litro 0,16 6,00 0,96
.Gasolina litro 7,00 2,60 18,20
.Óleo 2T litro 0,35 4,00 1,40
Transporte 10% dos Insumos 11,66
Equipamento 28,27
. Pulverizador motorizado unidade 0,02 1.600,00 26,67
. Depreciação 5% do equipamento 1,33
. Reparos 20% da depreciação 0,27
Sub total 199,18
Outras despesas 5% do sub total 9,96
Custo por hectare 209,14
Custo por @ 4,18
Custo em US$ 91,73
Fonte: Ceplac, 2006.
* Idem com o anterior.
24
Tabela A 10 - Estimativa do custo do controle da podridão parda para a produção de cacau na região cacaueira
da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total*
Mão-de-obra (MO) 32,59
.Aplicador h/d 1,50 14,00 21,00
. Ajudante h/d 0,50 11,67 5,84
. Repouso remunerado 3/14da MO 5,75
Encargos sociais 10,11
. Férias 1/12 da MO 2,72
. 13º Salário 1/12 da MO 2,72
. Abono de férias 1/3 da MO 0,91
. INSS 2,7% (MO+13º S) 0,95
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 2,82
Insumos 212,56
.Fungicida (6 gramas/planta) kg 9,60 20,00 192,00
.Adesivo Litro 0,16 6,00 0,96
.Gasolina litro 7,00 2,60 18,20
.Óleo 2T litro 0,35 4,00 1,40
Transporte 10% dos Insumos 21,26
Equipamento 28,27
. Pulverizador motorizado unidade 0,02 1600,00 26,67
. Depreciação 5% do equipamento 1,33
. Reparos 20% da depreciação 0,27
Sub total 304,78
Outras despesas 5% do sub total 15,24
Custo por hectare 320,02
Custo por @ 6,40
Custo em US$ 140,36
Fonte: Ceplac, 2006.
* Idem com o anterior.
25
Tabela A 11 - Estimativa do custo de calagem para a produção de cacau na região cacaueira da Bahia para 01 ha,
junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total*
Mão-de-obra (MO) 42,51
.Aplicador h/d 3,00 11,67 35,01
. Repouso remunerado 3/14da MO 7,50
Encargos sociais 13,19
. Férias 1/12 da MO 3,54
. 13º Salário 1/12 da MO 3,54
. Abono de férias 1/3 da MO 1,18
. INSS 2,7% (MO+13º S) 1,24
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 3,68
Insumos 144,00
.Calcário kg 24,00 6,00 144,00
Transporte 10% dos Insumos 14,40
Sub total 214,11
Outras despesas 5% do sub total 10,71
Custo por hectare 224,81
Custo por @ 4,50
Custo em US$ 98,60
Fonte: Ceplac, 2006.
* Idem com o anterior.
26
Tabela A 12 - Estimativa do custo de adubação mineral para a produção de cacau na região cacaueira da
Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total*
Mão-de-obra (MO) 66,04
.Aplicador h/d 4,66 11,67 54,38
. Repouso remunerado 3/14da MO 11,65
Encargos sociais 20,49
. Férias 1/12 da MO 5,50
. 13º Salário 1/12 da MO 5,50
. Abono de férias 1/3 da MO 1,83
. INSS 2,7% (MO+13º S) 1,93
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 5,72
Insumos 330,00
. Fertilizantes (NPK) kg 6,00 55,00 330,00
Transporte 10% dos Insumos 33,00
Sub total 449,53
Outras despesas 5% do sub total 22,48
Custo por hectare 472,01
Custo por @ 9,44
Custo em US$ 207,02
Fonte: Ceplac, 2006.
* Idem com o anterior.
27
Tabela A 13 - Estimativa do custo de roçagem com aplicação de herbicida para a produção de cacau na
região cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total*
Mão-de-obra (MO) 28,34
.Aplicador h/d 2,00 11,67 23,34
. Repouso remunerado 3/14da MO 5,00
Encargos sociais 8,80
. Férias 1/12 da MO 2,36
. 13º Salário 1/12 da MO 2,36
. Abono de férias 1/3 da MO 0,79
. INSS 2,7% (MO+13º S) 0,83
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 2,46
Insumos 37,00
. Roundup litro 2,00 17,00 34,00
. Adesivo litro 0,50 6,00 3,00
Transporte 10% dos Insumos 3,70
Sub total 77,84
Outras despesas 5% do sub total 3,89
Custo por hectare 81,73
Custo por @ 1,63
Custo em US$ 35,85
Fonte: Ceplac, 2006.
* Idem com o anterior.
28
Tabela A 14 - Estimativa do custo de adubação nitrogenada para a produção de cacau na região
cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total*
Mão-de-obra (MO) 66,04
.Aplicador h/d 4,66 11,67 54,38
. Repouso remunerado 3/14da MO 11,65
Encargos sociais 20,49
. Férias 1/12 da MO 5,50
. 13º Salário 1/12 da MO 5,50
. Abono de férias 1/3 da MO 1,83
. INSS 2,7% (MO+13º S) 1,93
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 5,72
Insumos 72,00
. Uréia kg 80,00 0,90 72,00
Transporte 10% dos Insumos 7,20
Sub total 165,73
Outras despesas 5% do sub total 8,29
Custo por hectare 174,02
Custo por @ 3,48
Custo em US$ 76,32
Fonte: Ceplac, 2006.
* Idem com o anterior.
29
Tabela A 15 - Estimativa do custo de raleamento de sombra para a produção de cacau na região
cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total*
Mão-de-obra (MO) 14,17
.Aplicador h/d 1,00 11,67 11,67
. Repouso remunerado 3/14da MO 2,50
Encargos sociais 4,40
. Férias 1/12 da MO 1,18
. 13º Salário 1/12 da MO 1,18
. Abono de férias 1/3 da MO 0,39
. INSS 2,7% (MO+13º S) 0,41
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 1,23
Insumos 63,00
. Arboricida litro 1,00 63,00 63,00
Transporte 10% dos Insumos 6,30
Sub total 87,87
Outras despesas 5% do sub total 4,39
Custo por hectare 92,26
Custo por @ 1,85
Custo em US$ 40,47
Fonte: Ceplac, 2006.
* Idem com o anterior.
30
Tabela A 16 - Estimativa do custo de colheita e beneficiamento para a produção de cacau (15@/ha) na região
cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total*
Mão-de-obra (MO) 170,05
.Colheita/beneficiamento h/d 12,00 11,67 140,04
. Repouso remunerado 3/14da MO 30,01
Encargos sociais 52,78
. Férias 1/12 da MO 14,17
. 13º Salário 1/12 da MO 14,17
. Abono de férias 1/3 da MO 4,72
. INSS 2,7% (MO+13º S) 4,97
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 14,74
Sub total 222,83
Outras despesas 5% do sub total 11,14
Custo por hectare 233,97
Custo por @ 4,68
Custo em US$ 102,62
Tabela A 17 - Estimativa do custo de colheita e beneficiamento para a produção de cacau (30@/ha)
na região cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total
Mão-de-obra (MO) 340,10
.Colheita/beneficiamento h/d 24,00 11,67 280,08
. Repouso remunerado 3/14da MO 60,02
Encargos sociais 105,55
. Férias 1/12 da MO 28,34
. 13º Salário 1/12 da MO 28,34
. Abono de férias 1/3 da MO 9,45
. INSS 2,7% (MO+13º S) 9,95
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 29,48
Sub total 445,65
Outras despesas 5% do sub total 22,28
Custo por hectare 467,93
Custo por @ 9,36
Custo em US$ 205,23
31
Tabela A 18 - Estimativa do custo de colheita e beneficiamento para a produção de cacau (18@/ha)
na região cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total
Mão-de-obra (MO) 204,06
.Colheita/beneficiamento h/d 14,40 11,67 168,05
. Repouso remunerado 3/14da MO 36,01
Encargos sociais 63,33
. Férias 1/12 da MO 17,00
. 13º Salário 1/12 da MO 17,00
. Abono de férias 1/3 da MO 5,67
. INSS 2,7% (MO+13º S) 5,97
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 17,69
Sub total 267,39
Outras despesas 5% do sub total 13,37
Custo por hectare 280,76
Custo por @ 5,62
Custo em US$ 123,14
Tabela A 19 - Estimativa do custo de colheita e beneficiamento para a produção de cacau (36@/ha)
na região cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total
Mão-de-obra (MO) 408,12
.Colheita/beneficiamento h/d 28,80 11,67 336,10
. Repouso remunerado 3/14da MO 72,02
Encargos sociais 126,66
. Férias 1/12 da MO 34,01
. 13º Salário 1/12 da MO 34,01
. Abono de férias 1/3 da MO 11,34
. INSS 2,7% (MO+13º S) 11,94
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 35,37
Sub total 534,78
Outras despesas 5% do sub total 26,74
Custo por hectare 561,52
Custo por @ 11,23
Custo em US$ 246,28
32
Tabela A 20 - Estimativa do custo de colheita e beneficiamento para a produção de cacau (21@/ha)
na região cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total
Mão-de-obra (MO) 238,07
.Colheita/beneficiamento h/d 16,80 11,67 196,06
. Repouso remunerado 3/14da MO 42,01
Encargos sociais 73,89
. Férias 1/12 da MO 19,84
. 13º Salário 1/12 da MO 19,84
. Abono de férias 1/3 da MO 6,61
. INSS 2,7% (MO+13º S) 6,96
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 20,63
Sub total 311,96
Outras despesas 5% do sub total 15,60
Custo por hectare 327,55
Custo por @ 6,55
Custo em US$ 143,66
Tabela A 21 - Estimativa do custo de colheita e beneficiamento para a produção de cacau (42@/ha)
na região cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total
Mão-de-obra (MO) 476,14
.Colheita/beneficiamento h/d 33,60 11,67 392,11
. Repouso remunerado 3/14da MO 84,02
Encargos sociais 147,77
. Férias 1/12 da MO 39,68
. 13º Salário 1/12 da MO 39,68
. Abono de férias 1/3 da MO 13,23
. INSS 2,7% (MO+13º S) 13,93
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 41,27
Sub total 623,91
Outras despesas 5% do sub total 31,20
Custo por hectare 655,11
Custo por @ 13,10
Custo em US$ 287,33
33
Tabela A 22 - Estimativa do custo de colheita e beneficiamento para a produção de cacau (24@/ha)
na região cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total
Mão-de-obra (MO) 272,08
.Colheita/beneficiamento h/d 19,20 11,67 224,06
. Repouso remunerado 3/14da MO 48,01
Encargos sociais 84,44
. Férias 1/12 da MO 22,67
. 13º Salário 1/12 da MO 22,67
. Abono de férias 1/3 da MO 7,56
. INSS 2,7% (MO+13º S) 7,96
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 23,58
Sub total 356,52
Outras despesas 5% do sub total 17,83
Custo por hectare 374,35
Custo por @ 7,49
Custo em US$ 164,19
Tabela A 23 - Estimativa do custo de colheita e beneficiamento para a produção de cacau (48@/ha)
na região cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total
Mão-de-obra (MO) 544,16
.Colheita/beneficiamento h/d 38,40 11,67 448,13
. Repouso remunerado 3/14da MO 96,03
Encargos sociais 168,88
. Férias 1/12 da MO 45,35
. 13º Salário 1/12 da MO 45,35
. Abono de férias 1/3 da MO 15,12
. INSS 2,7% (MO+13º S) 15,92
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 47,16
Sub total 713,04
Outras despesas 5% do sub total 35,65
Custo por hectare 748,69
Custo por @ 14,97
Custo em US$ 328,37
34
Tabela A 24 - Estimativa do custo de colheita e beneficiamento para a produção de cacau (60@/ha)
na região cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total
Mão-de-obra (MO) 680,19
.Colheita/beneficiamento h/d 48,00 11,67 560,16
. Repouso remunerado 3/14da MO 120,03
Encargos sociais 211,11
. Férias 1/12 da MO 56,68
. 13º Salário 1/12 da MO 56,68
. Abono de férias 1/3 da MO 18,89
. INSS 2,7% (MO+13º S) 19,90
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 58,95
Sub total 891,30
Outras despesas 5% do sub total 44,57
Custo por hectare 935,87
Custo por @ 18,72
Custo em US$ 410,47
Tabela A 25 - Estimativa do custo de colheita e beneficiamento para a produção de cacau (40@/ha)
na região cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total
Mão-de-obra (MO) 453,46
.Colheita/beneficiamento h/d 32,00 11,67 373,44
. Repouso remunerado 3/14da MO 80,02
Encargos sociais 140,74
. Férias 1/12 da MO 37,79
. 13º Salário 1/12 da MO 37,79
. Abono de férias 1/3 da MO 12,60
. INSS 2,7% (MO+13º S) 13,26
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 39,30
Sub total 594,20
Outras despesas 5% do sub total 29,71
Custo por hectare 623,91
Custo por @ 12,48
Custo em US$ 273,64
35
Tabela A 26 - Estimativa do custo de colheita e beneficiamento para a produção de cacau (80@/ha)
na região cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total
Mão-de-obra (MO) 906,93
.Colheita/beneficiamento h/d 64,00 11,67 746,88
. Repouso remunerado 3/14da MO 160,05
Encargos sociais 281,47
. Férias 1/12 da MO 75,58
. 13º Salário 1/12 da MO 75,58
. Abono de férias 1/3 da MO 25,19
. INSS 2,7% (MO+13º S) 26,53
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 78,60
Sub total 1.188,40
Outras despesas 5% do sub total 59,42
Custo por hectare 1.247,82
Custo por @ 24,96
Custo em US$ 547,29
Tabela A 27 - Estimativa do custo de colheita e beneficiamento para a produção de cacau (50@/ha)
na região cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total
Mão-de-obra (MO) 566,83
.Colheita/beneficiamento h/d 40,00 11,67 466,80
. Repouso remunerado 3/14da MO 100,03
Encargos sociais 175,92
. Férias 1/12 da MO 47,24
. 13º Salário 1/12 da MO 47,24
. Abono de férias 1/3 da MO 15,75
. INSS 2,7% (MO+13º S) 16,58
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 49,13
Sub total 742,75
Outras despesas 5% do sub total 37,14
Custo por hectare 779,89
Custo por @ 15,60
Custo em US$ 342,06
36
Tabela A 28 - Estimativa do custo de colheita e beneficiamento para a produção de cacau (100@/ha)
na região cacaueira da Bahia para 01 ha, junho/06.
Itens Unidade Quant. Preço Custo Total
Mão-de-obra (MO) 1.133,66
.Colheita/beneficiamento h/d 80,00 11,67 933,60
. Repouso remunerado 3/14da MO 200,06
Encargos sociais 351,84
. Férias 1/12 da MO 94,47
. 13º Salário 1/12 da MO 94,47
. Abono de férias 1/3 da MO 31,49
. INSS 2,7% (MO+13º S) 33,16
. F.G.T.S. 8% (MO+13º S) 98,25
Sub total 1.485,50
Outras despesas 5% do sub total 74,28
Custo por hectare 1.559,78
Custo por @ 31,20
Custo em US$ 684,11
Fonte: Ceplac, 2006.
* Idem com o anterior.
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