Conferência
Human Habitat 2011
A escala do indivíduo na
resiliência urbana
Duarte Caldeira24 de outubro de 2011
C E I P C
Centro de Estudos e
Intervenção em Protecção Civil
Sumário:
CEIPC
1 – O indivíduo e a comunidade.
2 – Definição de resiliência.
3 – Resiliência em Proteção Civil.
4 – Inquérito nacional sobre a perceção do risco.
Indivíduo
O que não pode ser dividido
Comunidade
Aquilo que é de todos
CEIPC
A relação entre o indivíduo e
a comunidade encontra
formulações muito
distintas, por vezes
antagónicas ao longo do
tempo.
Evidência
CEIPC
Na Grécia antiga, a existência
do indivíduo dependia
inteiramente da comunidade
em que vivia.
Exemplo virtuoso
CidadePolis =
CEIPC
Resiliência
Um modelo?
Um processo?
Um desígnio?
ou
Uma utopia?
CEIPC
Conceito de resiliência
«A resiliência de um grupo, comunidade ou
organização está dependente das
capacidades que conseguem desenvolver e
que lhes permitem adaptar-se e fazerem
face a situações de mudança e
perturbação, sem grandes danos nem perda
de recursos.»
Nações Unidas - 2005
CEIPC
Conceito de resiliência
A resiliência, no que diz respeito àscomunidades humanas, dependeda capacidade de como estasconseguem aprendercoletivamente a convergir, emfunção de objetivos comuns.
CEIPC
Conceito de resiliência
Este conceito tem vindo a ser utilizado eaplicado nos domínios do planeamentourbano, da ecologia, sociologia, teoriadas organizações, ciênciaseconómicas, saúde pública.
CEIPC
Resiliência
Um imperativo civilizacional, exigível e concretizável.
CEIPC
Resiliência em proteção civil
O QUE É? COMO SE CONCRETIZA?
CEIPC
PROTEÇÃO CIVIL
TODOS NÓS, cidadãos conscientes e solidários.
AS NOSSAS FAMÍLIAS, organizadasde forma simples e sensata paraprevenir riscos e sobreviver àsemergências.
AS EMPRESAS, com medidas dehigiene e segurança no trabalhoe os planos de emergênciainternos.
CEIPC
OS EDIFÍCIOS que recebempúblico, ao cumprir as normas desinalização, alerta, aviso eevacuação.
A ESCOLA, caldeando a culturapreventiva e uma nova mentalidadede proteção e segurança.
OS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃOSOCIAL, difundindo as informaçõesque sensibilizam, esclarecem eformam as populações.
CEIPC
OS PODERES PÚBLICOS, ordenando oterritório de forma inteligente e redutoradas vulnerabilidades.
OS BOMBEIROS, Forças de Segurança,Estruturas de Saúde, Instituições deAssistência e Solidariedade Social, ForçasArmadas, e outros agentes que exercemfunções de prevenção, proteção e socorrodas populações.
OS SERVIÇOS MUNICIPAIS DE PROTEÇÃOCIVIL, primeiros responsáveis pelas medidasde prevenção, preparação e socorro nasrespetivas áreas.
CEIPC
OS SERVIÇOS REGIONAIS DEPROTEÇÃO CIVIL, para ações deâmbito distrital ou regional ou queultrapassem as capacidades, dasCâmaras Municipais.
A AUTORIDADE NACIONAL DEPROTEÇÃO CIVIL, para as ações deâmbito nacional ou queultrapassem as capacidades anível distrital ou regional.
CEIPC
Lei de bases da proteção civil
1 – Prioridade (prossecução do interesse público).
2 – Prevenção (riscos considerados antecipadamente).
3 – Precaução (medidas antecipadas para diminuição dos riscos).
4 – Subsidiariedade (proximidade).
5 – Cooperação (todos, com todos para todos).
6 – Coordenação (articulação na execução das ações).
7 – Unidade de comando (comando único).
8 – Informação (antes, durante e depois).
8 princípios essenciais
A Proteção Civil
Informar
e
Ser informado
Proteger
e
Ser protegido
Socorrer
e
Ser socorrido
Alertar
e
Ser alertado
Uma tarefa de todos
para todos
CEIPC
Inquérito nacional
A perceção do risco e a confiança nas
instituições.
CEIPC
Inquérito nacional
Dados:
Amostra representativa da população portuguesa maior de
18 anos, residente em Portugal Continental.
Tamanho da amostra – 1200 inquiridos
Nível de confiança – 95%
Margem de erro – 3%
Distribuição da população – 50%
Data de aplicação – setembro/outubro 2008
Empresa – Eurosondagem para o CES – Centro de Estudos
Sociais da Universidade de Coimbra.
CEIPC
Inquérito nacional
Dados:
Pessoas afetadas por acontecimento
extremos que causaram danos ou perdas:
N = 180
14,4% do total da amostra
CEIPC
Inquérito nacional
Dados:
Tipo de acidente que mais o/a afetou:
1 – Cheias e inundações ----------------------------- 24,3
2 – Acidente de viação ------------------------------ 22,3
3 – Tempestades ---------------------------------------- 18,1
4 – Incêndios florestais -------------------------------- 11,0
5 – Incêndios em habitações ---------------------- 5,6
6 – Acidentes em fábricas devido a explosões,
incêndios e libertação de produtos ------------- 0,4
7 – Sismos e abalos de terra ------------------------ 0,3
CEIPC
Inquérito nacional
Dados:
Recebeu ajuda de alguém ou instituição
Sim Não N/S ou N/R
Recebeu 23,4 66,0 10,6
_______________________________________________________
Familiares 37,6 62,4
Vizinhos 47,4 52,6
Bombeiros 63,0 37,0
GNR 8,0 92,0
C. Municipal 5,6 94,4
J. Freguesia 3,8 96,2
CEIPC
Inquérito nacional Dados:
Confiança nas instituições
Esc
ala
1 a
5
4,194,11
3,66 3,66 3,65
3,22
3,32
3,96
BOMB INEM GNR PSP PCIV CM JF CVP
CEIPC
Inquérito nacional Dados:
Conhecimento dos avisos meteorológico e dos alertas
da proteção civil
- 69,6% cidadãos que responderam têm conhecimento dos
avisos do IM.
- 40,5% dos alertas da ANPC.
- 20,1% dos alertas do SMPC.
CEIPC
Inquérito nacional Dados:
Conhecimento dos avisos meteorológico e dos alertas
da proteção civil
- 63,4% ativam estratégias de auto-proteção após os alertas da
ANPC e 50% fazem-no para os avisos do IM.
- Os mais jovens, os que possuem maior nível de instrução e os
que residem em habitações com melhores condições são os
que declaram maiores níveis de conhecimento dos alertas.
CEIPC
Inquérito nacional Dados:
Conclusões
1 – O risco e os desastres são construídos socialmente e
devem, por isso, ser estudados nos contextos em que ocorrem.
2 – A incorporação da preceção de risco dos diferentes grupos
sociais e territoriais é essencial na definição das políticas de
prevenção e mitigação do risco.
CEIPC
Inquérito nacional Dados:
Conclusões
3 – Os elevados níveis de confiança nas instituições de
emergência e socorro, bem como o conhecimento dos
avisos meteorológicos e dos alertas da proteção civil, são
indicadores sólidos de uma preocupação geral quanto
aos perigos e às suas possíveis consequências.
CEIPC
Inquérito nacional Dados:
Conclusões
4 – O conhecimento dos cidadãos quanto aos perigos
deve ser incorporado na definição das políticas públicas
relacionadas com a prevenção e mitigação dos
riscos, articulado com os contributos técnicos e científicos
interdisciplinares.
CEIPC
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