UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
MARKETING PESSOAL/
VOCÊ É A SUA MARCA
Murilo Barbosa de Almeida
Orientador
Prof. Mario Luiz
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
MARKETING PESSOAL/
VOCÊ É A SUA MARCA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Marketing
Por: Prof. Mario Luiz.
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AGRADECIMENTOS
A minha mãe, minha irmã, minha
sobrinha, meu filho e minha namorada
pela confiança e força que me deram
durante todo o meu período de
ausência e, ao meu gestor por me
apoiar.
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DEDICATÓRIA
Dedico ao meu filho Murilo Junior, que é a
verdadeira razão da minha vida e a minha
namorada Glaucia Kelly que esteve ao
meu lado todo tempo, me incentivando e
me dando total apoio para conclusão,
mesmo diante das adversidades, sem me
deixar perder a esperança e desistir deste
aprendizado, que é enriquecedor.
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RESUMO
Desde os tempos mais remotos o Marketing se faz presente, no início
como base de troca.
Apenas na década de 50 ele começa a tomar forma e torna-se força
presente na administração, após descobertos erros a “satisfação” do cliente
como foco. Tornando as empresas mais competitivas, capazes e focadas em
público o Marketing encanta seus clientes, com a obrigação de se reinventar
no decorrer do tempo, nos dias atuais o apelo ecológico e suas vertentes são
mais do que meras pautas em suas ações.
O Marketing tem suas fórmulas e tradicionalmente é composta pelos 4
P’s (Produto, Preço, Praça e Promoção) que vieram se adaptando no decorrer
do tempo e hoje são Pessoas, Processos, Programas e Performance.
Uma das suas variáveis o Endomarketing vem para tratar do indivíduo,
da pessoa. Algumas empresas trabalham nessa vertente, no cliente interno,
focando na motivação e na autoestima dos seus colaboradores.
Como forma de “Promoção Pessoal” o Marketing Pessoal se reporta ao
sucesso do indivíduo enquanto profissional, quando bem aplicada.
Com um conjunto de estratégias individuais visa os contatos,
relacionamentos. Afim de alavancar positivamente seu nível profissional e em
todos os setores e níveis.
Marketing Pessoal exige, paciência, disciplina, perseverança,
determinação e uma dose extra de autoestima. Mesmo assim é importante
seguir algumas técnicas como: Capacidade de comunicação, Postura
profissional adequada, Cuidados com a aparência, Criatividade e Inovação,
Humildade.
Todos esses fatores juntos e somados ao Network e Motivação Pessoal
de realizar uma tarefa, fazem do seu Marketing Pessoal armas poderosas para
o Sucesso
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METODOLOGIA
A necessidade de busca de informação para conclusão deste
trabalho se deu, pelo fato de tentar conhecer melhor como o cliente (interno ou
externo) de uma empresa, se posiciona perante as novas exigências e
prioridades pessoais.
Pensando nisso a pesquisa bibliográfica foi utilizada neste
levantamento, considerando leituras em livros, jornais, revistas e artigos.
Algumas palestras também foram bastante pertinentes e ajudaram muito na
elaboração do conteúdo.
A pesquisa envolve todas as variáveis que da palavra “marketing”.
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SUMÁRIO
RESUMO
METODOLOGIA
CAPITULO I – EVOLUÇÃO DO MAKETING
CAPÍTULO II - FUNDAMENTOS DO MARKETING
CAPITULO III - MIX MARKETING
CAPÍTULO IV - ENDOMARKETING
CAPITULO V - FUNDAMETOS DO MARKETING PESSOAL
CAPITULO VI - INVISTA EM VOCÊ
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
ANEXOS
ÍNDICE
FOLHA DE AVALIAÇÃO
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INTRODUÇÃO
Já sabemos, que desde os tempos mais longínquos sabemos da real
importância no Marketing na vida Pessoal e Profissional, levando como
princípio as relações pessoais.
Quando Theodore Levitt enumerou os erros cometidos nas relações
das empresas com seus clientes, começou não só uma percepção mas uma
padronização de métodos administrativos para, cada vez mais ter uma
aproximação com seu público e, sendo assim, como resultado um
encantamento com seu cliente e uma satisfação cada vez mais garantida.
Todos nós compreendemos e concordamos que o Marketing tornou-se
uma arma poderosa para, não só sobreviver, mas manter-se vivo nesse
mercado cada vez mais acirrado e competitivo. Administradores como, Peter
Ducker, Theodore Levitt e Philip Kotler entenderam que havia uma real
necessidade de mudar a visão de mercado, padronizar novos métodos e ações
e assim, ter uma condição mais assertiva e obter sucesso em suas incursões
no mercado.
O tema sempre foi tratado como maestria pelos pensadores,
administradores e especialistas do ramo, levando assim a uma prática de
acertos, posturas e processos, ao longo do tempo vem sendo lapidada para
atender cada vez mais a demanda do mercado e é nesse trabalho que vamos
abordar o indivíduo como centro das práticas de Marketing. Vale lembrar que
as ações em Marketing pessoal existem fórmulas, técnicas e práticas bem
definidas para que o indivíduo tenha sucesso em suas performances Pessoais
e Profissionais, obtendo assim chances maiores de sucesso.
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CAPÍTULO I
A EVOLUÇÃO DO MARKETING
O marketing apresenta uma evolução histórica desde os tempos
mais antigos, quando utilizavam feiras para trocas de mercadorias. As
pessoas utilizavam as mercadorias como moeda, prática conhecida como
escambo.
Em meados de 1950, no período pós-guerra, surgiu a
necessidade de pesquisas de mercado. Peter Drucker (1954) lança seu
livro “A Prática da Administração”, onde marketing é colocado como uma
força poderosa a ser considerada pelos administradores.
Theodore Levitt (1960), professor da Harvard Business School,
escreveu um artigo na revista Harvard Business Review intitulado "Miopia de
Marketing" que revelou uma série de erros de percepções e mostrou a
importância da satisfação dos clientes e transformou para sempre o mundo
dos negócios. O vender a qualquer custo deu lugar à satisfação garantida.
Após este período as marca Coca-Cola, Sears e Marlboro, dentre
outras, renasceram. Philip Kotler (1967), lança a primeira edição de seu
livro "Administração de Marketing", onde reuniu, revisou, testou e consolidou
as bases daquilo que até hoje formam as “normas do marketing”. Nesta
mesma época ocorreu um maior avanço de industrialização mundial, que fez
com que houvesse uma acirrada competição entre as empresas e, uma
maior disputa pelos mercados.
A simplicidade do processo de produção e de vendas de produtos
e serviços de qualidade, já não eram suficientes para o alcance de receitas
e lucros vislumbrados pelas empresas. O cliente passou a ter o poder de
escolha, selecionando qual das alternativas disponíveis no mercado lhe
proporcionaria a melhor relação entre custo e benefício.
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Nos anos 70 surgiram os departamentos e diretorias de marketing
nas grandes empresas. Não se tratava mais de uma boa ideia, mas de uma
necessidade de sobrevivência. Nesta época que se multiplicam os
supermercados, shoppings e franchises. O marketing passou a contribuir de
forma notória no meio empresarial e, rapidamente passou a ser adotado em
outros setores da atividade humana.
O governo, as organizações civis, as entidades religiosas e os
partidos políticos passaram a valer-se das estratégias de marketing
adaptando-as às suas realidades e necessidades. O marketing envolve
então questões financeiras , e a teoria de " Vender a qualquer custo " foi
substituída pela " Satisfação em primeiro lugar ".
Hoje em dia o marketing esta em praticamente todas as áreas.
As organizações, reconhecendo que a decisão final sobre a
compra dos produtos estaria nas mãos dos clientes, começaram a criar e
desenvolver técnicas como pesquisa de mercado, comunicação das
qualidades e benefícios dos produtos em veículos de massa, expansão e
diversificação dos canais de distribuição, adequação de produtos e serviços
de acordo com as necessidades e desejos dos clientes.
O avanço tecnológico dos anos 90 teve um forte impacto no
mundo do marketing. O comércio eletrônico foi uma revolução na logística,
distribuição e formas de pagamento. O CRM (Customer Relationship
Management) e o serviços de atendimento ao consumidor, entre outras
inovações, tornaram possível uma gestão de relacionamento com os
clientes em larga escala. E como se isso não fosse o suficiente, a Internet
chegou como uma nova via de comunicação.
Outra tendência do período foi o fortalecimento do conceito de
marketing social/ambiental, no qual se tornou uma exigência de mercado
haver uma preocupação com o bem-estar da sociedade e a preservação da
natureza.
A satisfação do consumidor e a opinião pública, passou a estar
diretamente ligada a participação das organizações em causas sociais e
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ambientais, e a responsabilidade social transformou-se numa vantagem
competitiva.
Na virada do milênio ocorreu à segmentação da televisão a cabo,
a popularidade da telefonia celular e a democratização dos meios de
comunicação especialmente via Internet. Nos primeiros anos desta década
surgiram uma infinidade de pesquisas e publicações sobre webmarketing e
comércio eletrônico. Isso revolucionou tanto a logística como a oferta de
produtos, e o cliente passou a ter informações e poder de barganha nunca
antes vistos.
Era de se esperar que isso influenciasse a maneira com a qual os
consumidores interagiam com as empresas e entre si. A mídia espontânea,
conseguida por esforços de assessoria de imprensa, relações públicas e
marketing social, começam a tomar o espaço da propaganda tradicional.
Fhilip Kotler (2011, p.2) escreveu:
“O marketing esta em toda parte. Formal ou
informalmente pessoas e organizações envolvem-se em
um grande número de atividades que poderiam ser
chamadas de marketing. O Bom marketing tem se
tornado um ingrediente cada mais indispensável para o
sucesso nos negócios. E o marketing afeta
profundamente a nossa vida cotidiana, ele está em tudo o
que fazemos – das roupas que vestimos aos sites que
clicamos, passando pelos anúncios que vemos.”
Muitas pessoas, ainda no mundo moderno, pensam em marketing
apenas como o processo de vendas ou propaganda. Tal fato se deve
porque todos os dias ocorrem bombardeios de comerciais de televisão,
anúncios de jornais e revistas, mala-direta, outdoors, e telemarketing-ativo.
Alguém está sempre tentando vender alguma coisa.
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Na realidade a questão de vendas e propaganda, é apenas um
pequeno pedaço deste complexo universo chamado marketing. A
Administração Mercadológica dentro de sua perspectiva focalizando-o como
função empresarial integra o conjunto de funções desempenhadas na
empresa, como produção, finanças, logística, recursos humanos, sistemas
de informação, engenharia de produtos, pesquisa tecnológica, entre outras.
Desta forma a função de marketing engloba a tomada de
decisão, a gestão de recursos, a coordenação de processos e a avaliação
de resultados, como qualquer outra função empresarial.
Em sua base fundamental encontramos o conceito de troca e
esta área da administração diz respeito ao relacionamento comercial entre a
empresa e o cliente.
Traduzindo a palavra Marketing (Market + ing) significa algo como
“ Mercado em Ação”. Mercadologia em essência é usar todas as
ferramentas e recursos possíveis de uma empresa para satisfazer as
necessidades e desejos de seus clientes.
Para que aconteça um bom relacionamento entre empresa e
cliente é necessária a presença de cinco fatores: dois elementos envolvidos,
cada um dos membros possuírem algo que desperte interesse ao outro,
possibilidade de comunicação e entrega, liberdade das duas partes para
aceitar ou não uma proposta e que cada um se julgue apto para atender as
necessidade e desejos do outro.
O marketing e suas ferramentas definirão as estratégias de uma
empresa ao se posicionar no mercado.
Através do marketing a empresa usará as ferramentas
disponíveis para abordar, fazer parte da decisão e gerar fidelidade junto aos
clientes.
O Marketing evolui muito nos últimos anos e para poder medir
parte desta evolução podemos tomar como base os escritores Kotler e
Keller que lançaram a primeira edição do Livro “Administração de Marketing”
há 45 anos com conceitos inovadores a ponto de mudarem as pessoas e o
modo com que viam o Marketing.
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Hoje o livro já está na 14ª Edição e mantem a mesma
característica da obra de 45 anos atrás.
O Marketing vem sofrendo várias influências em todos os
ambientes, principalmente os tecnológicos, ambientais e naturais, motivo
pela qual a 14ª edição enfatiza cada uma dessas áreas, que aborda temas
como o marketing em tempos de recessões e crises econômicas, o avanço
da sustentabilidade e do marketing “verde” e o crescente desenvolvimento
do marketing digital.
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CAPÍTULO II
FUNDAMENTOS DO MARKETING
Marketing é fundamentalmente, tornar as empresa mais
competitiva e capaz de atender aos interesses de seus consumidores,
utilizando para isso a arte e a ciência de escolher o mercado alvo e
conquista-lo, reter e cultivar os clientes com criações, comunicações e
fornecimento de valor agregado superior a expectativa do cliente, atingindo
desta forma o encantamento do cliente.
De acordo com Kotler (2003, p 13), “marketing é a função
empresarial que identifica necessidades e desejos insatisfeitos, define e
mede sua magnitude e seu potencial e rentabilidade, específica que
mercados-alvo serão mais bem atendidos pela empresa, decide sobe
produtos, serviços e programas adequados para servir a esses mercados
selecionados e convocam a todos na organização para pensar no cliente e
atender ao cliente”.
O Marketing pode ser considerado como o divulgador do produto,
ou seja, como o produto pode ser conhecido pelo mercado e principalmente
pelos seus clientes. O melhor produto, o produto mais útil e o mais barato
do mundo ficará na prateleira juntando poeira e manchas, sendo
desvalorizado e perdendo a sua validade, se não for feito seu marketing. Se
ninguém o conhecer, logo ninguém irá comprar afirma CORTEZ, (2004,
p.90).
Visando sempre benefícios específicos, o mercado pode ser
entendido como atividades sistemáticas de uma organização humana, ou
seja: voltado para buscar e realizar as mudanças de bens e serviços.
Um bom planejamento de marketing dita as regras de como a
empresa vai conseguir atingir seus objetivos e encontrar novos nichos e/ou
oportunidades pretendidas.
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Um marketing bem feito consegue visualizar o mercado pela ótica
do cliente.
Marketing é resumidamente, fazer mercado, mas, com um
propósito que é buscar a satisfação e as necessidades do consumidor,
disponibilizando produtos ou serviços com qualidade e preços acessíveis.
Paira no ar sempre o grande desafio das empresas que é: criar
grandes marcas que satisfaça aos clientes por uma longa data, como por
exemplo, temos a “Coca Cola”.
De acordo com CARVALHAL (2005, p.113), “marketing é uma
ciência ou técnica que permite o planejamento de uma clínica ou
consultórios de forma que as formas ambientais possam contribuir para o
atingimento do objetivo desejado”.
Para KOTLER (1998, p.37), “o conceito de marketing assume que
a chave para atingir as metas organizacionais consiste em ser mais eficaz
do que os concorrentes para integrar as atividades de marketing,
satisfazendo, assim, as necessidades e desejos dos mercados – alvos”.
Já para Sandhussen (1998, p. 08) “marketing é o processo de
planejar a concepção, o preço, a promoção e a distribuição de bens e
serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e
organizacionais”.
As empresas devem inovar constantemente mesmo que para isso
tenham alguns insucessos, se as empresas não tentarem a inovação
constantemente, estarão fadadas ao fracasso.
Atualmente os clientes possuem acesso a todas as informações
dos produtos e, até mesmo, das empresas fabricantes, fornecedoras ou
distribuidoras dos produtos. A internet proporciona ao consumidor, uma
informação rápida e segura da qualidade e do atendimento, sejam nos sites
das empresas ou até mesmo nas redes sociais como facebook.
Não podemos deixar de lembrar também da questão
socioambiental.
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Em uma palestrada ministrada por Kotler (2013), ele disse: “os
consumidores de hoje estão consumindo de empresas que possuem cada
vez mais uma preocupação com algum tipo de questão socioambiental”.
O futuro das empresas deve estar alinhado com essas diretrizes e
com elas possuírem visão, missão e valores. "Entre aquilo que é certo e
aquilo que é lucrativo, as empresas 3.0 preferem o certo.
Elas abrem mão de algum lucro momentâneo para embutir em seu DNA um
padrão de responsabilidade social". Ainda destaca que se antes a máxima
era: "o que é bom para a empresa, é bom para a sociedade', hoje, "o que é
bom para a sociedade, é bom para a empresa".
Hoje, fala-se muito sobre meio ambiente, efeito estufa, uso
racional dos recursos não-renováveis, em reaproveitamento e reciclagem de
materiais. Mas, pouco se fala em responsabilidade socioambiental, que
nada mais é do que fazermos a nossa parte englobando todos os itens
citados acima. E, principalmente, dentro das empresas, sendo os escritórios
com maior potencial em se discutir e realizar com êxito essa
responsabilidade.
A responsabilidade empresarial frente ao meio ambiente é
centrada na análise de como as empresas interagem com o meio em que
habitam e praticam suas atividades fazendo com que sua imagem se
fortaleça de forma positiva perante aos seus clientes diante dos mercados
em que atuam, dos seus colaboradores, concorrentes e fornecedores.
Devem representar o seu compromisso contínuo com a ética e o
desenvolvimento econômico promovendo, ao mesmo tempo, a melhoria da
qualidade de vida como um todo (funcionários, clientes e fornecedores).
Porém, a empresa só terá sucesso socioambiental se for capaz
de ouvir os interesses das diferentes partes (sócios, funcionários,
fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio-ambiente) e
conseguir incorporá-los na sua realidade local, tornando-se, assim, mais
bem preparadas para assegurar a sustentabilidade em longo prazo dos
negócios, por estarem sincronizadas com as novas dinâmicas que afetam a
sociedade e o mundo empresarial.
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Para tal, basta que a responsabilidade socioambiental seja
aplicada não somente ao produto final e sim ser difundido ao longo de todo
e qualquer processo produtivo, ou seja, do atendimento telefônico à entrega
dos documentos ao cliente, do responsável pela limpeza ao diretor-
executivo da empresa.
Um exemplo simples e fácil de visualizar é a impressão de
documentos em demasia. A economia que se fará em documentos
digitalizados em PDF e enviados ao cliente por e-mail reduz o custo em
papéis, tonners e afins.
Com essa economia, melhorias podem ser realizadas na
empresa e até mesmo retornar como bônus salarial ao funcionário que,
sentindo-se valorizado por esse ato, se encarregará de dar continuidade a
esse conceito tão difundido atualmente: responsabilidade social de mãos
dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável.
Temos como exemplo a “Natura” que é uma multinacional
brasileira de cosméticos e produtos de higiene e beleza. É líder no setor de
venda direta no Brasil.
Atualmente, possui mais de 20 linhas de produtos, com
operações na Argentina, Bolívia, Chile, México, Peru, Colômbia e França.
Em dezembro de 2012, a empresa adquiriu de 65% da fabricante
australiana de cosméticos Aesop, a qual atua em países da Oceania, Ásia,
Europa e América do Norte.
A marca, líder em higiene pessoal, perfumaria e cosméticos no
Brasil, acaba de receber a certificação B Corp e reforça um movimento
global de empresas conectadas para a promoção de uma sociedade mais
sustentável. Com isso, a companhia torna-se a primeira empresa B Corp de
capital aberto da América Latina e a maior do mundo, em receita e número
de colaboradores.
A Natura recentemente também apresentou sua nova Visão de
Sustentabilidade, abordando as diretrizes que nortearão a sua atuação
empresarial até 2050, com ambições e compromissos até 2020. Entre os
princípios que orientaram o desenvolvimento desse novo modelo de atuação
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estão a economia circular; incentivo ao consumo consciente;
responsabilidade pela cadeia de valor; geração de impacto social por meio
de incentivo a educação e novos modelos de negócios sustentáveis.
A sociedade atribuirá maior valor àquelas companhias que
exercerem um papel de agente de transformação socioambiental.
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CAPÍTULO III
MIX DE MARKETING
O Composto do Marketing, ou o Mix de Marketing, também
conhecido como os 4P’s.
De acordo com Kotler (2003, p151), mix de marketing, descreve
um conjunto de ferramentas à disposição da gerência para influenciar as
vendas. A fórmula tradicional é chamada 4P’s – produto, preço, praça e
promoção (product, price, place, promotion).
A construção do Mix de Marketing não é complicado, mas deve-
se ter um amplo conhecimento do mercado que se está atuando ou que se
deseja atuar. Podemos exemplificar um negócio que tende a dar errado
como tentar abrir uma franquia da “”Casa do Pão de Queijo” numa cidade o
interior de Minas Gerais, onde a cultura é a produção de Pão de Queijo
Caseiro e artesanal.
1. Exemplificando os 4 P’s temos:
1.1. Preço: Refere-se a quanto e como será cobrado do cliente. Neste
quesito, o produto pode ser barato ou de luxo. Pode ser cobrado uma
só vez ou por mensalidade. Entre outras tantas estratégias como preço
psicológico, pague quanto quiser, leilões, etc.
1.2. Praça ou Ponto: Refere-se ao local que o produto estará
disponibilizado. Neste caso, pode ser on-line ou em lojas físicas. Mas
também sobre os prazos de entrega e de atendimento. Em muitos
casos, é interessante pensar em utilizar praças de serviços/produtos
complementares. Por exemplo, vender material esportivo em clubes ou
academias.
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1.3. Produto: Refere-se às características e atributos que o produto ou
serviço da sua empresa terá. Aqui deve-se decidir tamanhos, cores,
etc. Funcionalidades de maneira geral do que está sendo oferecido.
1.4. Promoção: Refere-se às estratégias de divulgação utilizadas. Isso vai
envolver tanto estratégias on-line como links patrocinados, Fanpage,
quanto estratégias off-line como anúncios, rádio, entre outras
possibilidades.
Fonte: Kotler e Armstrong (1998, p.32)
Produto: Variedade, qualidade, design, caraterísticas, nome da
marca, embalagem, tamanhos, serviços, garantias e devoluções.
Preço: Preço de lista, descontos, bonificações, prazo de
pagamento e condições de financiamento.
Promoção: Promoção de vendas, propaganda, força de venda,
relações públicas e marketing direto.
Praça: Canais, cobertura, sortimentos, locais, estoque e
transporte.
Avaliar, pesquisar e estudar o comportamento do consumidor é
tão relevante para o sucesso de uma empresa quanto necessário à sua
sobrevivência. As empresas que não tiverem por objetivo conhecer seu
público-alvo não saberão atender as necessidades e não atingirão suas
metas.
A crescente competitividade do mercado empresarial a cada ano,
faz surgir novas oportunidades de crescimento, desenvolvimento e
empreendimentos nos negócios. Mudanças tão velozes causam também
mudanças de hábitos, costumes, modo de pensar, inclusive os
relacionamentos da humanidade. Os gestores precisam estar atentos a
estas mudanças, pois isso pode significar a sobrevivência ou o
desaparecimento da empresa.
Com a chegada das empresas “ponto com” voltadas para o e-
commerce, através da comercialização de produtos pela internet, houve um
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aumento significativo em todos os aspectos de competição empresarial. A
diversidade de produtos e serviços acabou tornando o cliente
potencialmente infiel, deixando de lado somente o aspecto preço e se
dedicando mais à comodidade, facilidade e atenções.
Sendo assim, através desta enorme oferta e mudanças cada vez
mais velozes, o cliente também mudou, pois ele procura mais do que um
bom produto, quer um serviço de qualidade, conveniências, agilidade,
menor preço, atenção, cortesia e amizade.
Para Ian (1999, p.106):
“O marketing de relacionamento tem condições de oferecer às
empresas uma série de vantagens importantes, tais como
desenvolver a fidelidade entre os clientes, dispor de um ambiente
que favoreça soluções inovadoras, estabelecer um local propício
para testar novas ideias e alinhar a empresa com os clientes que
valorizam o que ela tem a oferecer.”
Kotler (1996, p. 96) afirma que “o composto de marketing é o
conjunto de variáveis controláveis que a empresa pode utilizar para
influenciar as respostas dos consumidores”.
Segundo Churchill e Peter (2003, p. 64):
“Como o objetivo do marketing é criar intercâmbios lucrativos, as
atividades de marketing também influenciam o processo de
compra do consumidor. Cada elemento do composto de
marketing - produto, preço, praça (canais de distribuição) e
promoção (comunicações de marketing) - tem potencial para
afetar o processo de compra em vários estágios.”
É de suma importância a análise do composto de marketing para
o melhor entendimento das estratégias da empresa e seus processos
diários. Além disso, de que forma se estabelece o relacionamento entre a
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empresa e seus consumidores internos e externos, é o que permite
encontrar os pontos fracos e fortes nesse processo de interação.
Com o passar dos anos o Mix de Marketing foi evoluindo e os 4
P’s da Moderna Administração de Marketing são: Pessoas, Processos,
Programas e Performance.
Segundo Kotler e Keller (2013, p.24):
“ As pessoas refletem, em parte, o marketing interno e o fato de
que os funcionários são fundamentais para o sucesso do
marketing. Este será tão bom quanto as pessoas dentro da
organização. Também refletem o fato de que as empresas devem
ver os consumidores como pessoas e compreender suas vidas
em toda sua amplitude, e não apenas como alguém que compra e
consome produtos.
Os processos refletem toda a criatividade, a disciplina e a
estrutura incorporadas à a administração de marketing...Somente
com a instauração do conjunto certo de processos a orientar
atividades e programas uma empresa pode se envolver em
relacionamentos de longo prazo, mutuamente benéficos.
Os programas refletem todas as atividades da empresa
direcionadas aos consumidores. Eles englobam os antigos 4P’s e
também uma gama de outras atividades de marketing que podem
não se encaixar perfeitamente a antiga visão de Marketing...
A performance, assim como o desempenho do marketing
holístico, captura o leque de possíveis indicadores de resultado
que tenham implicações financeiras e não financeiras...
Por fim, verdade, esses novos 4 P’s se aplicam a todos os
setores dentro da empresa e, pensando assim, os gerentes ficam
mais intimamente alinhados com o restante da Cia.”
Em se tratando de Pessoas, não podemos deixar de mencionar
que são os funcionários que interagem com o cliente. Estes podem ser
denominados como pessoal de contato ou provedores de serviços. O pessoal
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de contato são pessoas com quem o cliente tem aproximação breve, como
recepcionistas e atendentes de estacionamento. Já os provedores de serviço
são os provedores principais do serviço final, como dentistas, médicos ou
professores.
Funcionários carrancudos ou infelizes podem afetar tanto
clientes, com os quais entram em contato direto, quanto outros funcionários.
Por outro lado, um funcionário brilhante e altamente motivado pode criar
uma experiência de serviço mais agradável para todos que entram em
contato com ele.
É importante detalhar nesta parte, as características das pessoas
que, principalmente, entram em contato com os clientes, pois estas também
são responsáveis por transmitir a imagem da empresa.
O nível de desenvolvimento das pessoas que prestam o serviço
como fator fundamental de diferenciação, a ser alcançado por meio de
treinamento e motivação.
Uma vez que um colaborador bem treinado e motivado, com
certeza abraçará sua empresa como se fosse dele e essa parceria tenderá a
trazer sempre bons resultados para seu negócio.
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CAPÍTULO IV
ENDOMARKETING
O termo “endo”, do grego “edón”, significa para dentro. Logo, o
endomarketing consiste em vender uma ideia para o cliente interno, ou seja,
o funcionário da empresa.
Se de certa forma existe um trabalho de comunicação feito para
clientes externos e consumidores (para posicionamento da empresa ou
promover um produto, por exemplo), o endomarketing tem o papel de
executar ações similares internamente. Estas ações são focadas no bem-
estar dos colaboradores, o que, consequentemente, melhora a produção e a
capacidade intelectual das equipes.
O objetivo central do endomarketing é focar nas pessoas para
gerar resultados. São ações com a finalidade de promover a interação do
funcionário juntamente com a empresa, criando métodos motivacionais,
eventos, treinamentos, valorizações e atividades do gênero.
Nesta questão, a parceria entre as áreas de Marketing e
Recursos Humanos é fundamental. O RH assumiu, nos últimos tempos,
uma posição mais estratégica dentro das organizações, pois sabe que seus
funcionários são como embaixadores da empresa. Houve a percepção de
que manter pessoas mais felizes e comprometidas colabora para o
crescimento dos resultados.
O endomarketing engloba todo o processo de comunicação de
uma empresa, desde formatar a interação da equipe gerencial com seus
liderados até como se promove uma campanha motivacional.
Uma ação de endomarketing pode ser dividida, basicamente, em
três pilares:
• Ações estratégicas, focadas no apoio da realização de
metas estipuladas no planejamento da organização;
• Ações motivacionais, voltadas para a satisfação e
qualidade de vida dos colaboradores e da sociedade;
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• Apoio à gestão, colaborando na implantação de processos
para que todos saibam claramente como executar seu
trabalho.
Empresas de médio e grande porte são as que mais realizam
ações de endomarketing. As micro e pequenas ainda não compreendem
bem os benefícios deste conceito – muitas pensam que não colabora com a
lucratividade da companhia. Quanto maior for a organização, mais conflitos
de comunicação vão existir. No caso de ambientes menores, a proximidade
entre os colaboradores facilita as relações. Porém, isso não dispensa uma
ação de endomarketing, seja em uma campanha de vendas ou um
treinamento.
Dependendo do porte da empresa, as ações diferem bastante.
Grandes corporações possuem recursos como Intranet, cartazes, murais e
comunicados por e-mail. Já em uma equipe mais reduzida, o usual é fazer
um trabalho mais específico com as lideranças, a fim de intermediar um
diálogo direto com os todos os colaboradores.
As empresas ainda confundem ações motivacionais com
endomarketing. é preciso entender comportamentos de consumo interno a
fim de executar ações mais assertivas e personalizadas. A época em que
promover festas familiares e encontros de fim de semana eram sinônimos
de preocupação com o bem estar do funcionário passou.
Bekin (2005, p.1) define o endomarketing como “ações de
marketing para o público interno das empresas e organizações”. Para o
autor, o endomarketing consiste em ações de marketing, voltadas para o
público interno da empresa, tendo por objetivo promover entre seus
funcionários e departamentos, valores destinados a servir o cliente externo.
O autor trabalha a denominação cliente externo, já que para ele o
colaborador é um cliente interno. Cerqueira (2005) define de forma genérica
e sintetizada que o endomarketing consiste num conjunto de processos,
projetos ou veículos de comunicação integrada que permite a venda, ou
seja, a consolidação de uma nova imagem para dentro da empresa.
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No entanto, para Inkotte (2000), o endomarketing é a assimilação
dos princípios de qualidade e marketing focado nas necessidades do cliente
externo, contudo, convertida e adaptada aos empregados em uma
organização.
Brum (1998) considera que o endomarketing tem por propósito
fazer com que todos os colaboradores da empresa tenham uma visão
compartilhada sobre a organização, incluindo metas, resultados, produtos e
serviços.
Para a autora, o ser humano ocupa um lugar destacado na
empresa e os resultados positivos nas organizações são provenientes da
satisfação e motivação dos seus colaboradores. Sendo assim, a autora
expõe que o propósito é transformar o colaborador em facilitador para
consolidar a imagem da empresa e o seu valor para o mercado.
Bekin (1995, p.34) defende que o objetivo do 25 endomarketing
consiste em atrair e reter o cliente interno – funcionários – com a função de
obter resultados eficientes para a empresa, atraindo e retendo seus clientes
externos.
Andrade (2001, p.95) afirma que “posta a casa em ordem
podemos depois mostrar a nossa fachada”. Ou seja, é importante
primeiramente a organização trabalhar junto aos colaboradores, a fim de
satisfazê-los, para depois desenvolver o marketing externo.
Ainda, quanto à importância de trabalhar o endomarketing,
Carlson (1999 apud ANDRADE, 2003, p. 95) expõe que: “os usuários de
uma instituição ou organização e os membros da comunidade em geral mais
facilmente acreditarão no que diz um funcionário com relação à organização
em que trabalha, do que nas reações de qualquer outra pessoa”.
Sendo assim, percebe-se que primeiramente se faz necessário a
preocupação com o cliente interno, isto é, o funcionário da organização.
Quanto ao propósito do endomarketing, Kotler (2000) acredita que é o
processo de contratar, treinar e motivar funcionários habilidosos, com o
intuito de servir bem os clientes, contudo, com numa perspectiva orientada
para o marketing.
28
O autor parte do principio que é preciso trabalhar o marketing
junto ao público interno, para que os resultados sejam obtidos e repassados
para o público externo, isto é, deve-se apropriar do endomarketing a favor
do marketing.
Case Endomarketing de Sucesso: Fiat
Para o Endomarketing, o colaborador deve ser tratado da mesma
forma e com a mesma atenção que o cliente externo.
A Fiat acredita nisso e os primeiros clientes que fazem testes-
drives em seus lançamentos são seus colaboradores.
Além dos funcionários serem os beneficiados pelas ações e a
empresa com os resultados, o Endomarketing também faz parte da vida da
família dos funcionários Fiat.
A empresa oferece festas de bodas de aniversário de casamento
e de debutantes para as filhas de seus colaboradores como forma de
incentivo.
A empresa dispõe de uma plataforma tecnológica que auxilia na
comunicação interna, disponibilizando vagas, lista telefônica, promoções e
um link “Fale com o Presidente”, possibilitando que qualquer funcionário se
comunique diretamente com o chefe.
Case Endomarketing de Sucesso: Toyota
O Endomarketing na Toyota foi implantado de uma maneira
diferenciada das ações individuais.
A forma adotada pela montadora para motivar seus clientes
internos foi apostar na criatividade no trabalho em equipe.
Milhares de novas ideias vindas diretamente dos colaboradores
são colocadas em prática a cada ano.
Quando um novo funcionário é contratado, antes mesmo de
realizar suas funções, ele passa por um treinamento de aproximadamente
cinco meses, sendo um mês dedicado apenas à cultura Toyota, outros dois
meses em fábrica para ver como são produzidos os carros e os outros dois
meses diretamente na concessionária para entender as necessidades e
desejos dos clientes.
29
Dessa forma, ele é capacitado e instigado a ter novas ideias que
possam complementar os projetos de melhorias da empresa, sentindo-se
assim, cada vez mais útil e engajado com os propósitos da companhia.
Além da ação de criatividade no trabalho em equipe e dos
habituais benefícios oferecidos pela empresa, a Toyota investe muito em
treinamentos, palestras de motivação e incentivos aos projetos de seus
funcionários.
30
CAPÍTULO V
FUNDAMETOS DO MARKETING PESSOAL
Marketing pessoal é uma ferramenta usada para promoção
pessoal de modo a alcançar o sucesso. É uma estratégia usada
para "vender" a imagem, e influencia a forma como as outras pessoas
olham para quem a utiliza.
Pode ser considerado um conjunto de estratégias individuais para
atrair e desenvolver contatos e relacionamentos interessantes do ponto de
vista pessoal e profissional, para dar visibilidade a características,
habilidades e competências relevantes perspectivando a aceitação e o
reconhecimento por parte de outros.
O marketing pessoal é muito procurado por pessoas que
procuram entrar no mercado de trabalho, e é uma forma de diferenciação de
todos os outros. Assim, em entrevistas de emprego, o marketing pessoal
assume uma importância vital, porque o candidato ao emprego tem que
saber como se expressar.
O marketing pessoal capacita a pessoa a alterar a sua postura,
imagem e conduta.
O Marketing Pessoal pode ser o motivo pelo qual algumas
pessoas ganham fama, atingindo o sucesso, enquanto outras permanecem
obscuras, mesmo tendo capacidade para realizar um excelente trabalho.
A exemplo disso temos os políticos, executivos, artistas, entre
outros profissionais que procuram visibilidade no início da sua carreira, e,
em seguida, procuram mantê-la.
Uma pessoa que possua talento e competência suficiente para
exercer a sua atividade, praticando e aperfeiçoando constantemente o seu
Marketing Pessoal, pode chegar ao topo dos seus objetivos profissionais,
elevando o seu nível de notoriedade e imagem e obter recompensas por
esse facto.
31
No entanto, esta é uma tarefa que exige paciência, disciplina,
perseverança, uma elevada auto-estima, determinação e um conjunto de
crenças e valores que orientam as atitudes e comportamentos de forma a
dar um uso correto das habilidades inatas e das habilidades que podem ser
construídas e aperfeiçoadas.
Um indivíduo deve saber mostrar que é confiante, tem
capacidades específicas, tem valor, e que pode contribuir para o
crescimento da empresa. Além disso, deve conseguir revelar capacidade de
aprender e de iniciativa, e inteligência emocional para lidar e se relacionar
com outras pessoas. Tão importante como saber, é saber mostrar que se
sabe.
Técnicas importantes que estão relacionadas com um bom
marketing pessoal:
• Capacidade de comunicação: Você deve saber usar as
palavras de forma a transmitir suas ideias de forma clara e
sucinta, certificando-se de que está sendo compreendido.
Falar o suficiente, não significa falar muito, mas para que
os outros entendam o que você está dizendo. Em muitas
ocasiões, o processo de comunicação tem dois sentidos, e
por isso também é muito importante saber ouvir.
Nenhuma empresa coloca em prática uma campanha de
marketing sem conhecer a opinião de seus clientes. No
marketing pessoal isso também precisa ser implementado.
Saber comunicar-se não se resume a falar, mas também
aprender a ouvir, a dar valor às palavras, ideias e
pensamentos do outro.
• Postura profissional adequada: Aprender a se comportar
da forma adequada em cada ambiente em que se
encontrar, sabendo ser sério quando for necessário e
descontraído quando a situação o permitir; conseguindo
diferenciar sua postura profissional da sua postura na vida
pessoal. Saber respeitar todas as pessoas. Seu
32
comportamento deve refletir seus princípios de
cordialidade e profissionalismo. Quando a situação exige
seriedade, saber ser sério. É importante saber se
comportar em um contexto profissional, agindo de acordo
com a sua função e dentro da expectativa dos seus
superiores;
• Cuidados com a aparência: Sua imagem pessoal começa
a ser construída pela aparência, de acordo com o contexto
em que está inserido, adaptar a forma de se vestir. Ter o
cuidado de saber se vestir, não adotando um estilo formal
em contextos informais (passando a imagem que não se
importa e não segue regras) e estilos formais em contextos
informais (intimidando e podendo passar uma imagem de
superioridade);
• Criatividade e inovação: mostrar disponibilidade e sugerir
ideias que contribuem para resolução de problemas. Isto
pode acontecer no contexto do trabalho ou pessoal,
sabendo como ajudar amigos quando eles precisam;
• Humildade: Compreender que todas as pessoas têm
capacidades. Entender que no momento em que você
achar que já sabe de tudo, você parará de crescer. Aceitar
críticas e conseguir enxergar e admitir as próprias falhas.
Não se considerar melhor que os outros e não tentar
promover a sua imagem de uma forma agressiva e forçada
perante outros. Quem faz isso, passa a imagem de
arrogância e acaba prejudicando o seu marketing pessoal.
Em função da ausência de ação de muitos profissionais, Ari Lima
apresenta uma série de dez razões, todas importantes, para motivar aqueles
que ainda não resolveram desenvolver seu plano de marketing pessoal.
Assim, de acordo com este, podemos ter as seguintes razões:
33
• Um plano de marketing é como uma “receita” que pode ser
elaborado em poucos dias, e o seu conteúdo, na maioria
das vezes, é formado por idéias práticas e de fácil
aplicação;
• Se for rápido a decidir-se a implementar o seu plano de
marketing, pois desta forma, os seus resultados serão
também imediatos para sua carreira.
• É provável que já tenha uma enorme concorrência na sua
área profissional, o que o pode deixar para trás em termos
de carreira;
• A prática do marketing pessoal é um hábito, pelo que
precisará de tempo para se habituar a esta nova maneira
de agir na sua vida profissional;
• O marketing pessoal cria novas oportunidades de
negócios, e estas normalmente significam mais dinheiro;
• Um plano de marketing pessoal pressupõe a conquista de
uma nova rede social de contactos, perspectivando maior
prazer e satisfação na sua vida pessoal e profissional;
• O plano de marketing pessoal promove reconhecimento
social pelos anos de esforços, estudo e trabalho;
• O aumento do seu estatuto social poderá ser obtido com o
sucesso profissional conseguido através do seu plano de
marketing pessoal;
• A realização de seus sonhos de consumo, de viagem e de
muitos outros sonhos, poderá ser conquistada através do
sucesso obtido com o marketing pessoal.
• A prática de marketing pessoal promove a realização
profissional e esta traz uma sensação superior de
satisfação.
34
Um plano de marketing pessoal é algo fácil de ser implantado. Na
verdade, trata-se de um conjunto de ações e ferramentas que, se utilizados
em conjunto, ajudam a promover a carreira de um profissional.
Na primeira parte de um plano de marketing pessoal é preciso
desenvolver as competências pessoais do profissional, aqueles atributos
que fazem parte de seu comportamento, e que podem ter um impacto
positivo em sua atuação profissional.
Qualidades como auto-motivação, liderança, criatividade, bom
humor, capacidade de produzir conhecimentos, relacionamento interpessoal
e sua capacidade de sonhar são os atributos essenciais que precisam ser
desenvolvidos e incorporados a sua carreira profissional.
A outra parte do plano de marketing consiste na aplicação de
ferramentas para promoção pessoal.
Construção de uma rede de relacionamentos (networking),
criação de um site pessoal, utilização de cartões de visitas de uma maneira
dinâmica, ter um sistema de relações públicas pessoal, dentre outras
ferramentas, certamente ajudarão a promover a carreira e imagem no
mercado de trabalho.
Todos nós precisamos de motivação para realizar alguma tarefa,
para enfrentar um desafio e para iniciar alguma empreitada.
Implantar um plano de marketing em nossa vida pessoal e
profissional é um desafio.
Não sabemos ao certo o que iremos encontrar, certamente
viveremos momentos de "pura adrenalina", seremos colocados diante de
situações inusitadas, mas tudo isto se justifica pela sensação de vitória e de
sucesso que conseguiremos alcançar ao final desta caminhada.
35
CAPÍTULO VI
INVISTA EM VOCÊ
No século passado muitas foram as formas de se lidar com o
sucesso pessoal. As ideias tinham uma estruturação mais lógica e fazer
sucesso era mais uma questão de encontrar e seguir uma fórmula pré-
estabelecida que envolvia a formação acadêmica, a busca por um emprego
e um plano de carreira para toda a vida profissional que terminaria no cargo
mais alto da organização ou o mais próximo possível a ele.
O tempo passou velocidade muito rápida e com isso as
necessidades e os conhecimentos mudaram juntos.
Nós somos um produto de muito valor. Assim como mercadorias
e serviços, as nossas competências e as habilidades que possuímos são os
nossos melhores talentos.
Todo empreendimento, seja uma indústria, comércio ou serviço,
sobrevive e prospera pela virtude de suas vendas. As pessoas também.
Entretanto, uma pessoa não é um produto ou um serviço, é um ser com
sentimentos, desejos e sonhos.
Portanto, merecem a mesma atenção, o mesmo respeito e as
mesmas estratégias e planejamentos que qualquer empresa aplica para se
oferecer ao mercado. O seu talento e a sua competência têm que estar
disponíveis ao mercado e àquelas empresas que possam lhe dar um retorno
compatível ao investimento que você fez em si mesmo ao longo do tempo.
Marketing pessoal deve ser a preocupação de todos os
profissionais, novatos ou experientes. Não há um momento sequer em que
devemos “baixar a guarda” com relação a isso.
Vender bem a imagem pode começar com “A primeira impressão
é a que fica”, como diz o ditado popular, que deve estar sempre em sua
mente e que pode ajudar em muitas situações.
O que você vende hoje não é seu conhecimento, pois ele está
abundante em todos os lugares através da internet. Muito menos sua
36
formação acadêmica, pois todos os anos milhares de pessoas se formam
nas mais diversas áreas em todo o planeta. Sua experiência também pode
ser irrelevante uma vez que as tecnologias de comunicação e informática
colocaram todos no mesmo início de era e ninguém teve anteriormente a
experiência de lidar com uma economia onde o dinheiro virou pura energia e
circula em todo o planeta a todo instante.
É importante saber apresentar-se bem para as pessoas de seu
círculo de relacionamento, sempre cuidando do seu modo de vestir, de
conversar, de se comportar, de exteriorizar suas qualificações e qualidades.
As pessoas notarão o seu estilo pessoal e postura e baseados na aparência
irão recomendar (ou não) você, dando aquele “empurrãozinho”.
Se você não consegue atingir suas metas ao invés de ficar
reclamando da sorte, procure mostrar suas qualidades. Muitas vezes nós
temos tantas qualidades e realizações para mostrar no dia a dia, mas,
devido à timidez ou à modéstia, ou ao conformismo, ficamos esperando que
alguém um dia vái reconhecer essas qualidades e assim podermos colher
os resultados de nosso trabalho.
Na verdade, se pararmos para pensar, as coisas e nós mesmos
passamos a existir num espaço novo e até nosso endereço mais relevante
não é nossa casa, mas o endereço eletrônico.
Agora, como ser um “produto de valor” dentro de um cenário tão
instável e de competição cada vez mais acirrada por oportunidades de
trabalho?
A solução é exatamente aquilo que você tem de mais valioso:
você mesmo. O seu diferencial, a sua marca, a sua autenticidade! Isto
demonstra porque você não é mais um. O seu diferencial está no grau de
comprometimento e de iniciativa que você tem com tudo o que faz, nos
resultados que você sabe que é capaz de gerar, nas soluções que você
sabe que pode agregar ao negócio em que estiver.
O que você deve aprender a vender é sua capacidade
Para vender sua capacidade você precisa que pessoas
relevantes o conheçam. Aí começa o problema para a maioria das pessoas.
37
O mundo não foi feito de forma justa e o empreendedor ou empresário que
poderia contratá-lo para determinada tarefa não possui um sistema de
seleção infalível que acessa uma base universal de profissionais.
Procura-se alguém capaz de fazê-lo. Estas pessoas relevantes
conversam com outras que possam ser quem eles precisam ou que
indiquem alguém. Se ela o conhecesse você seria o indicado. Você pode
não gostar muito da idéia da indicação porque foi ensinado deste modo.
Entretanto, o que não te ensinaram é que você não tem credibilidade para
falar sobre si mesmo, precisa de outra pessoa que o faça. Alguém de
grande credibilidade frente ao mercado, isto é, quem pode contratá-lo.
Quem se valoriza identifica no marketing pessoal a oportunidade
para dar visibilidade a sua capacidade e profissionalismo. E percebe que
marketing e ética estão intimamente ligados, que valorizar o que temos de
mais original – nossa marca – aquilo que só nós mesmos temos está
voltado à realização pessoal e profissional e ao bem-estar que nos cerca.
Muitas pessoas imaginam que para fazer marketing pessoal
devem saber apresentar-se, falar bem e conhecer as regras de etiqueta.
Estas são as partes mais fáceis e são aprendidas individualmente. O que
não se aprende sozinho é a se relacionar com pessoas. Alguns indivíduos
passam pela vida adquirindo mais conhecimento, fazendo mais cursos e
indo cada vez mais para dentro de si. Entretanto, marketing é uma ciência e
ela ocorre na realidade nas outras pessoas. Mais precisamente o que se
está lidando é com a percepção das outras pessoas a seu respeito.
Para que isso esteja ao seu alcance você deve ser capaz de
comunicar-se com elas e inspirá-las a envolverem-se no seu projeto de vida
profissional. Se as pessoas sabem do que você é capaz de fazer, quando
conhecerem alguém ou se virem diante de uma situação que sua
capacidade é demandada irão chamá-lo. Desde que você tenha aprendido a
inspirá-las.
38
Marketing pessoal é toda ação que gera uma possibilidade de
sucesso para a pessoa. Entretanto, subentenda-se “toda ação de
marketing”, ou seja, algo deve estar à venda para que ele ocorra. Antes de
pensar em seu marketing pessoal, a sugestão é que pense em ter primeiro
um bom desenvolvimento pessoal. Entendido aqui como sendo a sua
capacidade de estar na presença de outros seres humanos, inclusive na
presença de si mesmo, seus desejos e sonhos.
O desenvolvimento pessoal precede o marketing na construção
de seres humanos de sucesso. Uma vez que você terá de lidar com pessoas
para poder comunicar sua capacidade, este desenvolvimento será cada vez
mais relevante.
Aprender continuamente novas capacidades com todos os seus
riscos, inclusive emocionais e saber comunicar-se de forma inspiradora para
que um número crescente de pessoas relevantes saiba delas são as ações
mais importantes para o desenvolvimento de seu Marketing Pessoal.
Só novos conhecimentos não são o bastante. Só novas
capacidades não são o bastante. Você precisa aprender a inspirar as
pessoas a conhecê-lo. Você é um ser humano e é capaz de aprender
qualquer coisa. Nunca duvide disto em nenhuma idade. O Marketing
Pessoal existe para ajudá-lo a chegar
E cada vez mais a sobrevivência das empresas dependerá de
profissionais cientes de suas habilidades capazes de apostar em suas
próprias competências.
Além disso, é muito importante também aprender e saber ouvir, o
feedback é um ótimo instrumento para medir o nosso desempenho.
Investir no seu marketing pessoal é investir na sua autenticidade,
ter uma imagem positiva, entusiasmada. Assim como o produto necessita de
uma bela identidade visual, uma boa embalagem, você também tem que ter
o mesmo cuidado com você. Atraia a atenção dos outros através da
motivação, capacidade e habilidade não só em se comunicar, mas mostrar
qual é a sua competência.
39
Ah, e não esqueça o seu cartão de visita! Saia sem seus
documentos, mas não sem seu cartão! O cartão é a garantia de ampliar
continuamente sua rede de contatos e relacionamentos!
Procure avaliar as suas posturas nas diversas situações da sua
vida e elimine aquilo que está sendo um obstáculo para que você atinja as
suas metas profissionais.
Seja um ótimo produto! Invista em você! Sucesso!
40
CONCLUSÃO
Atualmente O marketing Pessoal é indispensável para o
crescimento pessoal e profissional de cada indivíduo. Trata-se de um conjunto
de estratégias, atitudes e comportamentos que juntos formam o sucesso do
indivíduo. Mediante a tanta competitividade, o futuro com sucesso está
diretamente ligado ao diferencial, que cada pessoa ou empresa apresenta ao
consumidor final. Na dose certa e com bom planejamento, o marketing
pessoal, bem como o investimento na imagem pessoal e na valorização da sua
marca devem ser utilizadas. Isso irá determinar o sucesso. Quando falamos
de imagem pessoal, falamos de educação, estudo, cordialidade, vestimentas,
comportamento perante a sociedade, empatia, postura e, cumprimento com a
palavra dada no dia-a-dia. O Seu Nome é a sua Marca. O Nome e a sua
apresentação são os “cartões de Visita” de uma pessoa.
41
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> Reportagem Jornal Hoje (TV Globo)
Anexo 2 >> Matéria Revista Você SA Anexo 3 >> Matéria Revista Exame
42
ANEXO 1
Jornal Hoje
Edição do dia 26/03/2012
26/03/2012 14h45 - Atualizado em 26/03/2012 14h49
Marketing pessoal estimula promoção e oportunidades de emprego
É importante saber se autopromover, sem parecer chato e pedante. Em São Paulo, curso ensina como ressaltar as qualidades de cada um.
Veruska Donato São Paulo
Para conseguir uma vaga de emprego ou crescer em uma empresa, algumas atitudes são fundamentais. É o chamado marketing pessoal. É uma soma que envolve atitude, comportamento e um pouco de psicologia. Quem quer se autopromover precisa fazer isso o tempo inteiro.
A aparência também conta. As roupas e o cabelo são as primeiras impressões de marketing que um candidato passa, mas é claro, não são as únicas.
Acompanhe o Jornal Hoje também pelo twitter e pelo facebook.
No Centro de Apoio ao Trabalhador de São Paulo (CAT), um curso de marketing ensina como ressaltar o que cada um tem de melhor. “Todo mundo está de olho num emprego, o problema é quando chega a hora de preencher a vaga. Tem gente que fica muito nervoso, não consegue dizer suas qualidades, não consegue dar sequencia à entrevista”, conta a selecionadora do CAT, Aparecida da Silva.
Algumas atitudes são essências (ou proibidas) no marketing pessoal: chegar atrasado é falta de compromisso, conversas e fofocas devem ser evitadas e jamais deve-se falar mal da empresa. “Ela mostra que é uma pessoa que não pode ser confiável, porque não merece o crédito. Se ela fala mal dos colegas ou da empresa, que tipo de pessoa ela é? Uma pessoa que sempre trata o outro com respeito, jamais vai correr risco de ser aquela
44
ANEXO 2
Revista: Você SA
01/11/2012 Não dá pra forçar a barra em marketing pessoal
Camila Mendonça, da VOCÊ S/A
Nina Neves, da VOCÊ S/A Siga-me
São Paulo - Quando chegava à metade de seu primeiro mandato, no fim de 2010, o presidente americano Barack Obama confessou ao jornal americano The New York Times que um pecado de seu governo era achar que bastava fazer a coisa certa para haver reconhecimento por isso.
“Você não pode negligenciar o marketing e as relações públicas nesse cargo”, disse Obama, que no dia 6 de novembro disputou a reeleição (até o fechamento desta edição, a eleição não tinha sido definida).
Se até o presidente dos Estados Unidos trabalha sua marca, é sinal de que falar sobre as realizações é mesmo quase tão importante quanto fazer bem o trabalho. O grande
45
problema do marketing pessoal feito pelo profissional comum (sem ajuda dos melhores assessores da Casa Branca) é o risco de errar na mão.
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Nos corredores das empresas é fácil encontrar quem exagere nas qualidades ao falar de si mesmo na hora errada ou para a pessoa errada. Existem maneiras adequadas e eficientes de falar de suas qualidades e realizações. “Marketing pessoal trata mais de demonstrar habilidades do que de apontá-las”, diz a americana Dorie Clark, que escreve sobre o assunto para publicações como Forbes e Harvard Business Review.
Dorie está concluindo o livro Reinventing You: Define Your Brand, Imagine Your Future (Em uma tradução livre, “Reinventando-se: defina sua marca, imagine seu futuro”), que deve chegar às livrarias americanas ano que vem.
O ponto de partida para um marketing pessoal decente é fazer duas perguntas: 1) Quais são seus pontos fortes?; e 2) Como você é visto por seus colegas de trabalho? No livro que está preparando, Dorie lista os cinco passos para repensar sua marca pessoal — e o interessante é que ela transforma a elaboração de uma estratégia de marca pessoal em um exercício de reflexão sobre a carreira.
Depois de entender como você é visto profissionalmente, é possível seguir as próximas etapas: 3) Como você gostaria de ser visto?; 4) Ressalte seus diferenciais, fazendo uma nova apresentação de si; e, por fim, 5) Prove quais são suas qualidades. “Parte do sucesso da carreira está em fazer bem o trabalho, e parte do trabalho benfeito é mostrar aos outros seu valor”, diz Dorie.
Essa abordagem tem a vantagem de eliminar o discurso vazio, um dos maiores equívocos que as pessoas cometem quando anunciam suas qualidades. “Não temos credibilidade para falar de nós mesmos”, diz o coach Silvio Celestino, de São Paulo. Melhor, nesse caso, comprovar as ações com fatos e informações.
Outro erro é escolher o momento errado para falar de si. “O profissional não pode querer se vender o tempo todo”, diz Anderson Hernandes, especialista em marketing profissional, de São Paulo.
O certo é concentrar-se nas horas em que o assunto é o seu trabalho. A irmã dessa gafe é destinar sua propaganda para a pessoa errada. “É preciso fazer uma leitura das pessoas que precisam de seu conhecimento”, diz Claudia Monari, da Career Center, consultoria de carreira, de São Paulo.
Renato Panessa, de 30 anos, diretor de alianças da Globalweb, empresa de serviços de TI, de São Paulo, já cometeu erros tentando se aproximar de clientes, como enviar garrafa de vinho a pessoas que não bebem álcool ou ir de terno e gravata em uma reunião à beira-mar. Depois de muito errar, passou a ser mais cuidadoso. “Quando entendo e identifico as preferências das pessoas, a conversa flui e fica mais agradável”, diz Renato.
Estar atento ao que possa interessar a seu ouvinte e adequar o discurso é fundamental. A tarefa é encontrar naquilo que você faz alguma coisa que possa ajudar seu interlocutor.
46
“Busque pontos em comum e a partir daí comece a construir sua história”, diz Alexandre Conti, de 27 anos, coordenador de projetos da Alta Geotecnia Ambiental, do Rio de Janeiro, que gosta de aproveitar eventos para se apresentar a novas pessoas.
Acima de tudo, é preciso ter um bom trabalho para mostrar e uma história para contar — não existe marketing que sustente uma carreira vazia. Uma frase, que costuma ser atribuída ao publicitário Nizan Guanaes, dono do Grupo ABC, diz que conteúdo sem marketing é burrice e marketing sem conteúdo é picaretagem. Adote-a como regra na próxima vez que for falar de você.
Tópicos: Carreira e Salários, Carreira, Imagem, Marketing
47
ANEXO 3
Reportagens
Revista: Exame.com 09/06/2015 Como fazer marketing pessoal sem parecer arrogante?
Vaidade: profissionais arrogantes são, justamente, os menos habilidosos quando o assunto é marketing pessoal
Claudia Gasparini, de EXAME.com Siga-me
São Paulo - Fazer um bom marketing pessoal já é uma tarefa difícil por si só. Mas o desafio se torna maior ainda se você tem medo de parecer vaidoso.
A questão é, antes de tudo, cultural. Segundo a coach Marie-Josette Brauer, do Innovation Coaching Center, o brasileiro tende a ver com maus olhos quem valoriza as suas próprias competências.
"Para fugir do rótulo de 'convencido', é comum que o profissional assuma uma postura excessivamente humilde, como se o sucesso fosse algo feio", afirma.
48
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No entanto, é perfeitamente possível fazer marketing pessoal sem criar uma aura de prepotência.
Para começar, é preciso entender que a prática não tem nada a ver com exibicionismo, ensina o consultor norte-americano William Arruda, autor do livro “Career Distinction: stand out by building your brand” (Editora Wiley, 2007).
“Muita gente pensa que marketing pessoal significa bater no próprio peito e dizer 'vejam como eu sou bom'. Na verdade, não se trata de dizer às pessoas que você é competente, mas mostrar isso a elas”, diz ele.
Profissionais vistos como arrogantes são, justamente, os menos habilidosos quando o assunto é construir uma imagem favorável no mercado, afirma Marie-Josette.
Afinal, construir uma boa reputação profissional depende de autoconhecimento e autenticidade - duas características que faltam a quem se enxerga (e se vende) como “bom em tudo”.
Da fala à ação Desfeitos os mitos sobre o assunto, é preciso pensar em formas de construir a sua reputação de forma equilibrada e elegante.
O primeiro passo é fazer um exercício de reflexão para identificar os seus pontos fortes e fracos. “Só depois de uma autoanálise profunda é que você saberá o que pode e o que não pode vender para os outros”, explica Marie-Josette.
Em seguida, é preciso planejar formas concretas de divulgar as suas competências. Para Arruda, a melhor forma de fazer isso é colocar o seu talento a serviço de outras pessoas, isto é, ajudá-las a resolver problemas.
“Mais do que falar de si mesmo, o importante é dar evidências do que você é capaz de fazer”, afirma.
Outro instrumento poderoso é o que o especialista norte-americano chama de "liderança de ideias" - a capacidade de informar, esclarecer e influenciar outros profissionais da sua rede de contatos.
Para tanto, você pode escrever artigos de blog, gravar vídeos ou até fazer comentários sobre notícias de forma a mostrar seu conhecimento sobre um determinado assunto, diz Arruda.
Propaganda enganosa Ainda assim, é preciso tomar cuidado para não exagerar na dose. Segundo Marie-Josette, muitos profissionais se excedem na hora de apresentar seus conhecimentos e talentos - principalmente na internet.
"Muita gente usa as redes sociais para engrandecer suas próprias qualidades e divulgar 'propagandas enganosas' sobre si mesmas. Isso não é marketing pessoal, porque não é autêntico e nem sustentável", diz ela.
49
Quando o assunto é internet, aliás, todo cuidado é pouco. Segundo Arruda, a reputação online de um profissional está se tornando mais importante do que a sua reputação offline.
"As pessoas estão pesquisando o seu nome no Google antes mesmo de conhecer você pessoalmente. Por isso, é preciso construir uma imagem digital que seja positiva, mas também coerente com a realidade”, diz o especialista.
50
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
KOTLER, Philip, LELLE, Kevin L,. Administração de Marketing. 12ª e 14ª ed.
São Paulo: Pearson 2012.
HEITMANN, Francisco Távora, Estratégias de Marketing. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Opvs 2008.
CARVALHAL, Durval. Marketing Pessoal. Revista da Fundação Visconde de
Cairu, Salvador, v. 6, n. 12, p. 111-126, Jul. / Dez. 2005. COBRA
KOTLER, Philip, Marketing de A a Z. 2ª ed. Rio de Janeiro: Campus 2003.
SHETH, Jagdish N. Comportamento do cliente: indo além do comportamento
do consumidor. São Paulo: Atlas, 2001.
CHIAVENATO, Idalberto, Introdução a Teoria Geral da Administração. 4ª ed.
São Paulo: Makron Books 1993.
Entrevista Philip Kotler para Revista Exame. 2014. São Paulo.
Entrevista Max Gehringer para o Tele-Jornal Fantástico.
Endomarketing: http://guiarh.com.br/x29.htm/ por Washington Sorio *
51
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
EVOLUÇÃO DO MAKETING 09
CAPÍTULO II
FUNDAMENTOS DO MAKETING 14
CAPÍTULO III
MIX DE MAKETING 19
CAPÍTULO IV
ENDOMARKETING 24
CAPÍTULO V
FUNDAMENTOS DO MARKETING PESSOAL 29
CAPÍTULO VI
INVISTA EM VOCÊ 34
CONCLUSÃO 39
ANEXOS 40
ANEXO 1 41
ANEXO 2 43
ANEXO 3 46
BIBLIOGRAFIA 49
ÍNDICE 50
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