Diversidade e inclusão:
Limites e possibilidades nas organizações
O trabalho tem um caráter fundamental na vida de qualquer individuo em uma sociedade produtiva. A representação social do trabalho envolve o sentimento de pertencer a um grupo, a possibilidades de escolhas e a assunção de um papel ativo e responsável.
A atividade laboral possibilita a vivência de papéis sociais, através da interação com pessoas e processos, proporcionando a expansão de habilidades.
INTERAÇÃO HUMANA
O processo de interação humana ocorre permanentemente entre as pessoas sob a forma de comportamentos manifestos ou não, verbais ou não e serão influenciados por padrões individuais (sentimentos,valores,crenças, referências, etc...)
Sendo transportado para todas as relações inclusive as profissionais.
DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
FATOR GENÉTICO
FATOR SÓCIO-CULTURAL
FATOR PSICOLÓGICO
DESENVOLVEMOS DIFERENTES REPERTÓRIOS:
Conhecimento, Informação, Preconceitos, Atitudes, Experiências, Valores, Crenças, Estilos
As diferenças são estabelecidas na sociedade a partir de estereótipos do superior e inferior; este reconhecimento é percebido nas mais diversas sociedades e ao longo da história humana, onde indivíduos cujas vidas são prejudicadas por pertencerem a um grupo ou outro que foge a determinados padrões. Estes podem ser cor de pele, opção sexual, religião, sexo, a origem social ou qualquer outra marca que os distingue dos demais.
A diversidade não é um fenômeno novo, mas tem gerado novas discussões. Ampliou o significado de multiformidade cultural. Passou a relacionar as diferenças e não a discriminação da sociedade. Mudança necessária em um contexto globalizada de resgate a democratização da sociedade.
GENERO
Na família patriarcal a mulher era desprovida de subsistência e dependia do domínio masculino.
No mundo clássico, em Atenas tinha posição semelhante aos escravos, em Roma o pai estava autorizado a matá-la, na Grécia espécie de incubadora.
Em sociedades cristãs, pura, prostituta ou bruxa.
Com a revolução feminina e industrial a mulher insere-se no mercado de trabalho, entretanto em condições subalternas.
Hoje ainda se observa, a exploração sexual, infanticídio feminino, as condições desiguais de trabalho e remuneração, a violência feminina e a sobrecarga feminina; retratos de uma condição desigual.
ETNIA
As justificativas mais antigas da desigualdade baseiam-se na diferença física, onde a cor da pele foi um dos atributos desta distinção.
Tentativas de sobreposição pela resistência física, tamanho do cérebro
e outra foram reforçando a idéia de inferioridade das raças.
A escravidão do povo africano consolidou a relação entre cor e subalternidade por muitos séc. encobrindo o interesse e exploração econômica entre as sociedades.
O racismo também se fez presente em outras características não físicas de raças, a exemplo dos judeus que sofreram com privações e vidas.
PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
Era primitiva eram exterminados devido a condição de existência e sobrevivência do grupo.
Idade antiga era considerado castigo ou de possuir poderes sobrenaturais. No Egito eram considerados males, aos hebreus sinônimo de impureza e na sociedade romana monstruosidade.
Na idade média sinônimo de incapacidade e improdutividade. O atendimento via manicômios, asilos fortaleceram o estigma e exclusão. Historicamente, associado a proteção, piedade e medo. Saldo da II Guerra mundial força um olhar e atenção sobre as
deficiência por conta dos heróis mutilados. A ONU em 1948 em sua declaração acerca do trabalho como
direito, estabelece um marco positivo a inclusão do deficiente.
No contexto da sociedade brasileira
As diferenças sócio-econômicas, políticas e culturais; construídas no decorrer de nossa historia, contribuíram para a herança cultural de negação e desvalorização de nossa diversidade. Os mitos e preconceitos são velados e postos como condições pontuais ressaltando uma sociedade de direitos.
Ao longo do tempo observa-se o descaso com o debate social e a participação nos processos decisórios dos que compõem a diversidade.
A lei de cotas promove o acesso e amplia a discussão sobre os marginalizados do processo social; o que não garante a inclusão.
De acordo com a ONU 82% das pessoas com deficiência vivem abaixo da linha de pobreza nos paises em desenvolvimento o que corresponde a 400 milhões de pessoas. ANDI 2004.
No Brasil pessoas com deficiência representam 14,5% da população, 24,6 milhões de pessoas.
Pesquisa do IPEA 2000 sobre o perfil da discriminação no mercado de trabalho, aponta que mulheres negras recebem 60% menos que as demais categorias. Homens negros possuem remuneração inferior de 5% a 20% dos homens brancos, e por categorias de trabalho perde mais 10%.As mulheres brancas com qualificação superior ao homem branco recebe 35% a menos.
PANORAMA DA DIVERSIDADE
O quadro é resultante:
Preparo deficitário profissionalizante por parte das instituições e órgãos responsáveis pela qualificação.
Despreparo atitudinal, arquitetônico, tecnológico e de processos das empresas. Institucionalização das pessoas com necessidades especiais. Anos de marginalização consolidam no imaginário social noções pré-
concebidas e preconceituosas.
Fonte: Ethos
Conquistas sociais no mundo
A diversidade não deve ser sinônimo de discriminação, esta ocorre quando há anulação ou ações que se constituem em obstáculos a igualdade de oportunidades ou de tratamento no cotidiano da sociedade nas diversas relações humanas.
As práticas discriminatórias sutis ou evidentes, constituem um ato ilegal, gerando sérias conseqüências e marcando profundamente o desenvolvimento da sociedade.
“O principio da inclusão se baseia na aceitação das diferenças individuais e na valorização do indivíduo, sabendo aceitar a diversidade num processo de cooperação e conhecimento.” BAHIA,2006.
A inclusão faz parte de um principio ético de promover a diversidade, respeitar a diferença e reduzir as desigualdades sociais.
“ Quando há dominação de um sobre outro é a legitimação da desigualdade.”FONTANA,2000.
Uma empresa pode apresentar um comportamento inclusivo quando não exclui candidatos, ou limita espaços ocupacionais e de carreira por atributos individuais: tais como nacionalidade, gênero, etnia, deficiência, idade, anatomia, entre outros.
Em uma empresa inclusiva são vislumbradas a particularidade da competência e não da característica.
É preciso que se compreenda que a competência de uma pessoa para aprender e produzir não pode estar condicionada ao fato dela pertencer a um determinado grupo social. A competência se encontra na habilidade que ela pode desenvolver a partir das experiências vividas, do seu processo de aprendizado redirecionado aos objetivos da empresa, na forma como suas atitudes irão consolidar o seu saber e o seu fazer.
A diversidade na empresa
Estimula um clima positivo. Torna a empresa menos vulnerável
frente as exigências das legislações. É valorizada pela comunidade
consumidora.
A riqueza da diversidade está nas diferentes formas de pensar, de se comunicar e de agir. Precisamos ampliar nossa visão de sociedade e reconhecer que crescemos na relação com o outro. Quanto maior a heterogeneidade maior será a possibilidade de conhecimento, habilidades e atitudes.
No cotidiano das empresas
Ao expressar seu posicionamento a empresa limita ações de cunho pessoal e estimula a mudança cultural.
Discutir diversidade é quebrar o estigma do inferior do incapaz do deficiente.
É visto a diversidade como elemento sem importância, onde outras questões se sobrepõem facilmente.
A diversidade no âmbito do trabalho significa definir e adotar medidas que considerem as diferenças como instrumentos de integração social em beneficio da produtividade e da democratização das oportunidades de acesso.
O desafio é conjugar oportunidades para as empresas, com expectativas sociais.
Requer planejamento e monitoramento de todo processo onde o RH tem papel fundamental no fomento a cultura inclusiva.
Papel do gestor de pessoas
Facilitador do processo de inclusão fomentando políticas que promovam as pessoas.
Agente propulsor da cultura inclusiva e dos valores éticos da organização.
Gestor dos programas e processos que infiram sobre a temática.
Medidas devem contemplar um programa de Diversidade
Contemplar a diversidade na política de seleção, integração e desenvolvimento.
Posicionar-se na questão remuneração e avaliação de desempenho.
Preparar e sensibilizar o quadro pessoal para a política da empresa para com a diversidade e inclusão.
Necessidades Especiais
Adaptar postos de trabalho, ferramentas e procedimentos.
Facilitar acesso arquitetônico e logístico.
Adequar a comunicação interna.
Adotar parcerias e esquemas de emprego apoiado.
Investimento em pessoas não são custos são vantagens competitivas!!
Nem todos os investimentos da organização dão o retorno esperado. Gestão é fundamental para a otimização dos
resultados.
Obrigada!
Ester Taube Toretta
F: (45)30381002
DEFICIENTE é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.LOUCO é quem não procura ser feliz com o que possui.CEGO é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria. E só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.SURDO é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão, pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.MUDO é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.PARALÍTICO é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.DIABÉTICO é quem não consegue ser doce.ANÃO é quem não sabe deixar o amor crescer e finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois "miseráveis" são todos os que não conseguem falar com Deus. Mário Quintana
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