DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA
PRECIPITAÇÃO PLUVIAL E SUA
EROSIVIDADE PARA GUINÉ-BISSAU
SADJO DANFÁ
2009
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SADJO DANFÁ
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL E SUA
EROSIVIDADE PARA GUINÉ-BISSAU
Dissertação apresentada à Universidade Federal de Lavras, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, área de concentração em Engenharia de Água e Solo, para a obtenção do título de “Mestre”.
Orientador
Prof. Dr. Antônio Marciano da Silva
LAVRAS
MINAS GERAIS - BRASIL
2009
Ficha Catalográfica Preparada pela Divisão de Processos Técnicos da
Biblioteca Central da UFLA
Danfá, Sadjo. Distribuição espacial da precipitação pluvial e sua erosividade para Guiné-Bissau / Sadjo Danfá. – Lavras : UFLA, 2009.
104 p. : il. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Lavras, 2009. Orientador: Antônio Marciano da Silva. Bibliografia. 1. Precipitação pluvial. 2. Erosividade. 3. Análise espacial. 4.
Análise temporal. 5. Chuvas intensas. 6. Precipitações prováveis. 7. Meteorologia. 8. Guiné-Bissau. I. Universidade Federal de Lavras. II. Título.
CDD – 551.57726657
SADJO DANFÁ
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL E SUA
EROSIVIDADE PARA GUINÉ-BISSAU
Dissertação apresentada à Universidade Federal de Lavras, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, área de concentração em Engenharia de Água e Solo, para a obtenção do título de “Mestre”.
APROVADA em 31 de julho de 2009
Prof. Dr. Carlos Rogério de Mello UFLA
Prof. Dr. Gilberto Coelho UFPel
Prof. Dr. Antônio Marciano da Silva UFLA
(Orientador)
LAVRAS MINAS GERAIS – BRASIL
Aos meus pais,
Malam Bata Danfá e Sali Djata (in memoriam)
A toda família Gã Danfá e Gã Camará
DEDICO
AGRADECIMENTOS
Ao Ministério de Relações Exteriores e ao Ministério de Educação
Ciência e Tecnologia do Brasil, pelo fortalecimento do Programa de Cooperação
de Educação Superior (PEC-G e PEG-PG).
À Universidade Federal de Lavras (UFLA), Departamento de
Engenharia/Engenharia de Água e Solo.
Ao Professor Antônio Marciano da Silva, pelo apoio incondicional,
confiança, orientação e possibilidade de desenvolver o trabalho.
Aos professores Carlos Rogério de Mello (DEG/UFLA) e Gilberto
Coelho (UFPE), pelas críticas e sugestões apresentadas à dissertação,
ensinamentos e colaborações expressivas no desenvolvimento deste trabalho.
Ao doutorando Marcelo Ribeiro Viola, pelos ensinamentos, amizade e
apoio incondicional em todas as etapas da minha vida acadêmica no Brasil.
Aos professores Antônio Carlos Fraga, Pedro Castro Neto e Nilson
Salvador, pela amizade, carinho e estimulo nos estudos.
Aos meus amigos Alisson, Edimar, Pedro, Rafael, David (vulgo Baiano)
Rogner, Jaime, Ronaldo, Léo, Donizete, Lucas, Edcarlos, Saulo, Gil, Mayck,
João Paulo, Paulino Mendes, Alexandrino, Gervásio, Constantino, Mário, Mário
Abel, Stélio, Moíseis, Osvander, Joaquim Gomes Sá, Victor, Antônio Pedro,
André , Stefania, Aída, Mayra, Daniela, Estér, Débora, Luciana, Nair, Lidiane,
Fabiana, Alessandra e Andresa, pela convivência saudável e amizade.
A todos os colegas de pós-graduação do DEG/UFLA, DEX/UFLA,
DCS/UFLA, professores e a todas as pessoas que, direta ou indiretamente,
ajudaram-me para que este trabalho fosse realizado.
E, para terminar, ao Brasil, País de Sonhos...
MUITO OBRIGADO
SUMÁRIO
RESUMO...............................................................................................................i ABSTRACT .........................................................................................................ii 1 INTRODUÇÃO.................................................................................................1 2 REFERENCIAL TEÓRICO ..............................................................................5 2.1 Precipitação.....................................................................................................5 2.2 Precipitações prováveis...................................................................................8 2.3 Precipitações médias mensais e anuais .........................................................10 2.4 Precipitações máximas..................................................................................11 2.5 Séries temporais............................................................................................12 2.6 Erosividade ...................................................................................................14 2.7 Fundamentos de geoestatística......................................................................16 2.7.1 Variáveis regionalizadas ............................................................................16 2.7.2 Escolha do modelo e método de semivariograma......................................20 2.7.3 Interpolador geoestatístico (krigagem) ......................................................21 3 MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................23 3.1 Base de dados ...............................................................................................25 3.1.1 Precipitação média mensal e anual ............................................................25 3.1.2 Precipitação provável.................................................................................27 3.1.3 Precipitação média máxima diária para Guiné-Bissau ..............................28 3.1.4 Séries temporais.........................................................................................30 3.1.5 Erosividade ................................................................................................32 3.2 Análise espacial dos dados ...........................................................................32 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................34 4.1 Precipitação média mensal e anual ...............................................................34 4.2 Precipitação provável....................................................................................41 4.3 Séries temporais............................................................................................57 4.4 Intensidade média máxima de chuvas...........................................................75 4.5 Erosividade ...................................................................................................86 5 CONCLUSÕES ...............................................................................................93 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................95 ANEXOS ..........................................................................................................103
RESUMO
DANFÁ, Sadjo. Distribuição espacial da precipitação pluvial e sua erosividade para Guiné-Bissau. 2009. 104p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola, Engenharia de Água e Solo) – Universidade Federal de Lavras, Lavras MG.1
A República de Guiné-Bissau é um país independente, localizado na África ocidental, no entorno do paralelo entre 11° e 12°N (Latitude), de 14° a 16° W (longitude). As informações estatísticas confirmam que a agricultura representa mais de 61% do PIB, sendo de grande importância no crescimento econômico e na redução de pobreza. Dessa forma, com a realização deste trabalho, objetivou-se estudar a distribuição espacial e temporal de precipitação pluvial e da sua erosividade (EI30) para Guiné-Bissau, aplicando interpolador espacial mediante a modelagem de semivariograma e temporal, por meio de funções de autocorrelação. Foi possível verificar alta variabilidade no comportamento da distribuição espacial e temporal de precipitações no país, descrevendo tendências das situações atmosféricas responsáveis pelo excesso de eventos extremos de chuvas que são associados à zona de convergência intertropical (ZCIT), com ciclos anuais bem marcados. As maiores intensidades médias máximas anuais de chuvas foram observadas para regiões sul e sudoeste, proporcionando diferenças expressivas dos índices de erosividade e o eixo sul sudoeste o que apresenta os maiores valores, em relação à região norte-nordeste. Ficou evidente que o ambiente guineense é muito propício à erosão natural causada pela chuva. Em vista disso, o processo produtivo intensivo envolve grandes riscos de degradações ambientais, requerendo o uso de técnicas conservacionistas.
_________________________ Comitê Orientador: Antônio Marciano da Silva-UFLA (Orientador), Carlos Rogério de
Mello – UFLA
i
ABSTRACT
DANFÁ, Sadjo. Spatial distribution of rainfall and its erosivity in Guinea-Bissau. 2009. 104p. Dissertation (Master Science in Agricultural Engineering, Engineering of Water and Soil) - Universidade Federal de Lavras, Lavras MG2.
The Republic of Guinea-Bissau is an independent country, located in West Africa around the latitude between 11 and 12 ° N (Latitude), 14 to 16 ° W (longitude). The statistics confirm that agriculture accounts for more than 61% of GDP, confirming the great importance of this sector in economic growth and poverty reduction. Thus, this work aimed to study the spatial and temporal distribution of rainfall and its erosivity (EI30) to Guinea-Bissau applying spatial interpolation by semivariogram modeling, and temporal interpolation through autocorrelation functions. It was possible to verify high variability in the behavior of spatial and temporal distribution of rainfall in the country, describing trends of atmospheric conditions responsible for the excess of extreme events of rainfall that is associated with the intertropical convergence zone (ITCZ) with well-marked annual cycles. The highest average annual maximum intensities of rainfall were observed for the South and Southwest regions providing significant differences in erosivity indices, the South-Southwest axes presented the greatest values in relation to the North-Northeast axes. It was evident that the Guinean environment is very propitious to natural erosion caused by rain. Thus, intensive production process involves great risks to environmental degradation, requiring the use of conservation techniques.
_________________________ Guidance Committee: Antônio Marciano da Silva-UFLA (Major Professor), Carlos
Rogério de Mello – UFLA
ii
1 INTRODUÇÃO
A República de Guiné-Bissau é um país independente, localizado na
África ocidental, no entorno do paralelo entre 11° e 12°N (Latitude), de 14° a
16° W (longitude). O país tem uma geomorfologia simples, com poucas
alterações de altitudes, situada na transição entre zonas bioclimáticas de floresta,
savana e estepe, onde a grande porção das suas terras é inundada
periodicamente. A maior parte situa-se abaixo de 40 m; apenas na região leste
apresenta cotas superiores a 300 metros (Costa & Resende, 1994).
Em Guiné-Bissau, a agricultura representa mais de 61% do PIB, tendo
assegurado uma percentagem das receitas, em divisas, que ascendeu a 77%, no
ano 2000. Os resultados do último recenseamento revelaram que 83% da
população ativa laboravam no setor primário (e majoritariamente na agricultura),
13% no terciário (essencialmente na administração pública e serviços) e 4% no
secundário (Manafá et al., 2005). São informações estatísticas que confirmam a
importância da agricultura e do conjunto do setor primário no crescimento
econômico, na criação de empregos e na redução da pobreza do país.
Vários empreendimentos do setor agrícola têm seu sucesso ou fracasso
intimamente ligado às características do regime de chuvas (Araújo et al., 2001;
Castro et al., 2005; Mello et al., 2007), cuja variabilidade é ainda maior em
regiões tropicais, onde atuam vários sistemas atmosféricos, como a zona de
convergência intertropical, os sistemas convectivos, as brisas de leste e os
vórtices ciclônicos.
A distribuição e o comportamento das precipitações pluviais são fatores
básicos para o planejamento das atividades agrícolas, como a definição de datas
de semeadura e preparo de solo, o dimensionamento de vertedouros de redes
pluviais, a erosão, as enchentes e a elaboração de projetos de irrigação
suplementar. Tendo em conta estes aspectos, pode-se dizer que o volume de
1
chuva que cai em uma localidade é fator determinador da atividade agrícola a ser
desenvolvida.
Segundo Botelho & Morais (1999), o conhecimento do comportamento
das precipitações pode fornecer subsídio para determinar períodos críticos
predominantes na região, visando reduzir as consequências das flutuações
naturais do regime pluviométrico.
A ocorrência de precipitação está relacionada com os mecanismos de
sua gênese. Esses mecanismos são ditados pela circulação atmosférica que
determina o tipo de clima e a precipitação na região.
A circulação atmosférica é regida por massas e fluxos de ar que,
normalmente, se movem de forma estável e bem definida. A temperatura e a
umidade de massas de ar dependem fortemente da região onde se formam, de
forma que massas continentais polares são frias e secas, enquanto massas
tropicais oceânicas são quentes e úmidas.
Na região equatorial, onde os ventos alísios dos dois hemisférios
convergem, forma-se a zona de convergência intertropical (ZCIT), cujas
características são elevação do ar quente e úmido, pouco vento, formação de um
cinturão de nuvens e chuva convectiva.
O regime de precipitação de Guiné Bissau e a variabilidade interanual
estão associados à dinâmica da ZCIT, cujo deslocamento latitudinal e
intensidade estão associados à estação do ano e à temperatura da superfície do
oceano Atlântico, respectivamente. No mês de maio, em geral, a ZCIT é
deslocada para o norte e sua passagem para o sul ocorre entre outubro e
novembro. A época de chuvas corresponde à fase em que a ZCIT está no
território guineense ou ao norte dele (junho a outubro); maio e novembro são
meses de transição (Machado & Souza, 1972).
Sambú & Albuquerque (2003), analisando a variabilidade climática da
precipitação em Guiné Bissau, destacaram a importância de centros de ação
2
regionais semipermanentes, tais como os anticiclones dos Açores e de Santa
Helena, situados no oceano Atlântico, respectivamente ao norte e ao sul do
Equador, e uma baixa térmica que se instala sobre a região do Sahara, além das
circulações das monções.
As intensidades com que esses fenômenos se manifestam apresentam
marcante variabilidade ao longo do tempo e do espaço, em decorrência das
variações, algumas regulares e muitos irregulares, do clima regional, bem como
das particularidades regionais, sob os aspectos meteorológicos,
geomorfológicos, de propriedades e de uso de solos.
As características das chuvas ocorridas em uma região determinam, em
grande parte, os efeitos danosos da erosão, sendo a intensidade da precipitação
uma de suas principais características, assim como a energia cinética total da
chuva.
Modelos matemáticos e estatísticos têm explicado o comportamento dos
fenômenos naturais, destacando-se os elementos climáticos. A geoestatística é
uma das metodologias estatísticas utilizadas para análise, interpretação e
mapeamento em vários campos do conhecimento tais como ecologia,
climatologia e engenharia, dentre outros.
Diversos estudos visando realizar o mapeamento da precipitação têm
sido desenvolvidos com aplicação de várias técnicas, uma vez que a
disponibilidade de dados climáticos e hidrológicos é pequena, se comparada
com grandes extensões territoriais, em especial em países em desenvolvimento
(Marquínez et al., 2003; Mello et al., 2007).
O semivariograma é a ferramenta básica na estimação por meio da
geoestatística, haja vista que expressa o grau de dependência espacial entre
amostras dentro de um campo experimental e permite a estimativa dos
parâmetros com os quais os valores não amostrados são estimados por meio da
técnica de interpolação conhecida como krigagem, permitindo a construção de
3
mapas de isolinhas ou tridimensionais para exame e interpretação da
variabilidade espacial (Vieira, 2000; Carvalho et al., 2002).
O conhecimento da variabilidade da precipitação dá suporte a qualquer
atividade econômica e limita os impactos dos distúrbios no ambiente físico e nas
dimensões humanas correlatas (Cano & Brandão, 2002).
Dessa forma, com a realização deste trabalho, objetivou-se estudar a
distribuição espacial e temporal de precipitação pluvial e da sua erosividade
(EI30) para Guiné-Bissau, aplicando interpolador espacial mediante a modelagem
de semivariograma, e funções de autocorrelação na análise temporal.
4
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Precipitação
A precipitação é um elemento meteorológico altamente variável no
tempo e no espaço e seu monitoramento é feito convencionalmente por
pluviômetros e pluviógrafos, para medições pontuais e por meio de radares
meteorológico, para medições em áreas extensas.
Em hidrologia, a precipitação é entendida como toda água proveniente
do meio atmosférico que atinge a superfície terrestre. Neblina, chuva, granizo,
saraiva, orvalho, geada e neve são formas diferentes de precipitações
encontradas na natureza (Bertoni & Tucci, 1993). A ocorrência da precipitação é
um processo aleatório, que não permite uma previsão determinística com grande
antecedência. O tratamento dos dados de precipitação para grande maioria dos
problemas hidrológicos é estatístico.
No ciclo hidrológico, a precipitação é o elo entre os fenômenos
atmosféricos e aqueles da superfície da Terra, influenciando de forma direta e
relevante em processos como infiltração (responsável pela reposição hídrica dos
lençóis), escoamento superficial, transporte de sedimentos, suprimento de água
para várias atividades econômicas, enchentes e inundações.
Embora a água presente na atmosfera seja o elemento básico para a
ocorrência da precipitação, é necessária a presença de outros requisitos, tais
como mecanismos de resfriamento do ar, presença de núcleos higroscópicos
(sais, cristais de gelo, resíduos industriais e outros) sobre os quais ocorre
condensação, e um mecanismo de crescimento de gotas.
O processo de formação de gotas pode se dar, principalmente, por
coalescência, no qual o aumento se dá no contato com outras gotas por colisão,
ou difusão, quando o ar, após atingir o nível de condensação, continua evoluindo
5
e difundindo o vapor supersaturado, com a consequente condensação em torno
das gotículas que vão aumentando de tamanho (Silva, 2001).
O processo de condensação por si só não é capaz de promover a
precipitação, pois são formadas gotículas muito pequenas, denominadas
elementos de nuvens, que permanecem em suspensão sustentada pela força de
flutuação térmica. Para que haja a precipitação, deve haver a formação de gotas
maiores (elementos de precipitação) e isso ocorre por coalescência das pequenas
gotas, de forma que a ação da gravidade supere a força de sustentação,
promovendo a precipitação (Pereira et al., 2002).
Silva (2001) descreve o processo de formação da precipitação da
seguinte forma: o ar úmido das camadas inferiores, aquecido por condução,
sofre ascensão adiabática 1ºC/100 m até atingir a condição de saturação (nível
de condensação). A partir deste nível, em condições favoráveis e com existência
de núcleos higroscópicos, o vapor d’água se condensa, formando minúsculas
gotas em torno desses núcleos, que são mantidas em suspensão até que, por um
processo de crescimento, ela atinja tamanho suficiente para vencer as forças de
ascensão que exercem resistência às gotas e, então, precipitar.
Conforme o mecanismo fundamental pelo qual se produz a ascensão do
ar úmido, as precipitações podem ser classificadas em: convectivas, frontais e
orográficas.
Precipitações convectivas originam-se de nuvens formadas a partir de
correntes convectivas (térmicas) que se resfriam adiabaticamente ao se
elevarem, resultando em nuvens de grande desenvolvimento vertical
(cumuliformes). As chuvas convectivas se caracterizam por forte intensidade,
mas curta duração (aproximadamente 45 minutos), podendo ocorrer descargas
elétricas, trovoadas, ventos fortes e granizo. São precipitações que podem
provocar importantes inundações em pequenas bacias (Brooks et al., 1997).
6
Segundo Smith (1993), a estrutura de sistemas de nuvens precipitantes
pode ser caracterizada pela dominância relativa de mecanismos convectivos e
estratiformes de precipitação. Esses dois mecanismos básicos de precipitação
diferem no tempo de crescimento das partículas precipitantes e na magnitude da
movimentação vertical de ar associado com nuvens precipitantes.
Precipitações frontais são originárias de nuvens formadas a partir do
encontro de massas de ar frio e quente. A massa quente e úmida (mais leve)
tende a se elevar, resfriando-se adiabaticamente, isto é, sem troca de calor com o
meio adjacente. São chuvas de intensidade moderadas a fraca, de longa duração
e podem vir acompanhadas por ventos fortes com circulação ciclônica.
Precipitações orográficas ocorrem em regiões montanhosas onde o
relevo força a subida da massa de ar úmido. Este tipo de precipitação é típico de
regiões costeiras e apresenta intensidade variando de baixa à moderada. As três
principais grandezas da precipitação são: altura, frequência e intensidade, cujos
valores variam no espaço; o conhecimento dessas grandezas é essencial para
planejar sua correta utilização.
Duração (t): é o período de tempo durante o qual a chuva ocorre,
geralmente expressa em horas ou minutos.
Intensidade (i): é a taxa de precipitação no tempo, geralmente expressa
em mm h-1 ou mm min-1.
Frequência e tempo de recorrência: por ser um fenômeno aleatório, na
análise de valores máximos de alturas pluviométricas, ou de intensidades, o
tempo de recorrência para eventos máximos é interpretado como número médio
de anos nos quais se espera que certo evento seja igualado ou superado. Sua
estimativa se faz pela probabilidade de ocorrência (P) do fenômeno, sendo que
quanto mais frequente o valor, menor será o período de retorno, o qual, é dado
pela expressão:
7
ExcMax P
TR 1= (1)
2.2 Precipitações prováveis
Os estudos probabilísticos da distribuição pluviométrica têm papel
relevante no planejamento racional da produção agrícola, pois, conhecendo, com
certa margem de segurança, a lâmina mínima a se precipitar em certa região
agrícola, pode-se realizar um planejamento eficiente de irrigações
suplementares, além de permitir o aumento das áreas cultivadas pelo uso
otimizado da água disponível.
Estudo de chuva provável pode ser feito por meio de algumas
distribuições estatísticas. Dentre elas, destacam-se, segundo Back (2001), a
distribuição Log-Normal com dois parâmetros, a distribuição Log-Normal com
três parâmetros, a distribuição Pearson tipo III, a distribuição Log-Pearson tipo
III e a distribuição de extremo tipo I, também conhecida como distribuição de
Gumbel.
Apesar da reduzida extensão territorial, 36.125 km² e uma morfologia
simples, com poucas alterações de cotas, Guiné-Bissau apresenta uma variação
de precipitação que vai de cerca de 2.380 mm, na região sul do país, até 1.200
mm no extremo norte, fronteira com o Senegal.
Estimativas preliminares, para Bolama, Gabu e Bedanda (Guiné-Bissau),
no que se refere às precipitações dos meses de maio e junho, mostram que, a
cada quatro anos, em três chove mais de 170, 145 e 210 mm, respectivamente
(Costa & Resende, 1994).
A disponibilidade de chuvas adequada (quantidade e distribuição no
tempo), capaz de atender à demanda hídrica das culturas (evapotranspiração) e
as temperaturas dentro de limites que não afetam negativamente os processos
8
fisiológicos das plantas cultivadas são determinantes para a produção vegetal
(Doorenbos & Kassam, 1994).
Para fins agrícolas, o nível de probabilidade mais recomendado é de
75% a 80%, isto é, a lâmina mínima de chuva que se pode esperar em três a cada
quarto ano é de 75% ou em quatro a cada cinco anos (80%) em determinado
período do ano (Bernardo, 2005).
Fietz (1998) ressaltam que a precipitação de um determinado local pode
ser estimada, em termos probabilísticos, mediante modelos teóricos de
distribuição ajustados a uma série de dados, após a comprovação de aderência à
distribuição, podendo fornecer informações úteis para o planejamento de muitas
atividades.
Um modelo de probabilidade é definido com base em dois ou três
parâmetros. Esses parâmetros são calculados com base na média, no desvio
padrão e no coeficiente de assimetria.
Um erro muito comum em análise de dados climatológicos é desprezar
as características da distribuição de probabilidade mais adequada para os dados
em estudos. Os procedimentos para se estimar qual a distribuição de
probabilidade mais adequada para certo conjunto de informações é relativamente
simples e uma única distribuição pode ter um vasto espectro de aplicação.
O teste de aderência de Kolmogorov-Smirnov é amplamente empregado
para a análise de adequabilidade de distribuições teóricas (Sampaio et al.,1999).
Por esse teste confronta-se o módulo da maior diferença entre a probabilidade
estimada e a frequência observada, com o valor da estatística de Kolmogorov
Smirnov que é tabelado em função do tamanho n da amostra e do nível de
significância ( )α .
9
2.3 Precipitações médias mensais e anuais
A precipitação é uma variável hidrológica considerada contínua no
espaço e no tempo, dentro da hidrologia estocástica, sendo sua ocorrência
intimamente relacionada à sua frequência (Naghettini, 2007).
Convencionalmente, as formas mais utilizadas para se obterem dados de
precipitação são a construção e a manutenção de uma rede de postos
pluviométricos. Esses dados são pontuais e suscetíveis a uma série de fatores
naturais inerentes à localização do posto, além da sua manipulação.
Os radares meteorológicos no solo oferecem estimativas espaciais da
precipitação sobre grandes áreas e em tempo real. Nestes, a taxa de precipitação
em um determinado ponto é correlacionada à intensidade de um sinal de retorno
irradiado pelas gotas de chuva e a distância do ponto ao radar é correlacionada
ao tempo de retorno do sinal.
Segundo Conti (2002), os métodos de média aritmética, o método de
Thiessen e o método de isoietas destacam-se na obtenção da precipitação sobre
toda área a partir de pluviômetros distribuídos sobre a mesma.
A obtenção da correta distribuição espacial para precipitação é relevante
no planejamento agrícola, no que diz respeito à instalação de culturas anuais.
Além da influência na agricultura, períodos de estiagens muito longos afetam o
nível de água dos mananciais e dos reservatórios das usinas hidrelétricas,
trazendo problemas para o abastecimento urbano e a geração de energia elétrica.
Inúmeros métodos de interpolação, com diversos níveis de complexidade, estão
disponíveis na literatura (Carvalho et al., 2002). Dentre eles destaca-se o método
de krigagem, que usa a dependência espacial entre amostras vizinhas, expressa
no semivariograma, para estimar valores em qualquer posição dentro do campo,
sem tendência e com variância mínima.
10
2.4 Precipitações máximas
O estudo da distribuição de dados de precipitação pluvial máxima é de
grande importância para a elaboração de projetos agrícolas e de engenharia
hidráulica, tais como dimensionamento de canais de irrigação e drenagem,
vertedouros de barragens e definição de obras de desvios de cursos d’água, entre
outros. Para isso, são necessários o conhecimento e a previsão de grandezas
hidrológicas, considerando o custo mínimo associado a um risco admissível de
falha de grande magnitude, tais como máximas vazões ou precipitações que
podem vir a ocorrer em certa localidade.
Dentre as características das precipitações, as de maior interesse pela
relevância no dimensionamento de obras hidráulicas são a frequência e a altura
que correspondem, respectivamente, ao número de ocorrências de uma dada
precipitação no decorrer de um intervalo fixo do tempo e à quantidade.
Segundo Vieira et al. (1991), o conhecimento da chuva diária máxima
provável é importante para trabalhos de conservação do solo, estradas, barragens
e drenagem, cujo dimensionamento adequado é necessário conhecer ocorrência
extrema.
A chuva extrema ou intensa é aquela que apresenta grande lâmina
precipitada, durante pequeno intervalo de tempo. Frequentemente, essas chuvas
causam consideráveis prejuízos materiais e aos seres humanos, provocando
cheias no sistema de drenagem, gerando escoamentos pluviais nas galerias e
canais, de modo que as vazões de pico atingem valores próximos à capacidade
do sistema, resultando em inundações.
Conhecer o modelo de distribuição temporal de chuvas intensas de uma
localidade torna mais realista a previsão hidrológica em projetos de engenharia
em áreas rurais e urbanas, permitindo a caracterização e a quantificação, com
maior precisão, do escoamento superficial, o que pode ser efetuado pela
11
aplicação de métodos de análise de hidrógrafas, como o conhecido método de
Sherman e o do Soil Conservation Service, entre outros (Cruciani,1986)
A principal forma para a caracterização de chuvas intensas é por meio da
equação de intensidade, duração e frequência da precipitação pluvial.
ndt0t
mC.TRI máxmed;
⎟⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜⎜
⎝
⎛
+
= (2)
em que
Imed,máx = intensidade média máxima da chuva, em mm h-1;
TR= período de retorno, em anos;
td= tempo de duração da chuva, em minutos;
C, m, t0 e n = coeficientes de ajustamento específicos para cada
localidade.
Alguns pesquisadores estimam relações entre precipitações de diferentes
durações com base na metodologia de desagregação de chuvas para a obtenção
de chuvas de projeto.
O método de desagregação de chuvas (CETESB, 1979), o método de
Isozona (Torrico, 1975) e o de Bell (1969) são amplamente aplicados para
alcançar esses objetivos considerando a escassez de dados de registros
pluviográficos.
2.5 Séries temporais
Uma série temporal é qualquer conjunto de observações ordenadas no
tempo em que, dentre os objetivos das análises destacam-se: a investigação do
mecanismo gerador da série, a realização de previsões de valores futuros de
curto e longo prazo, a descrição do comportamento da série, com verificação
12
gráfica de existência de tendências, ciclos e variações sazonais e a busca de
periodicidade nos dados (Morettin & Toloi, 2006).
A maior parte da teoria de séries temporais trabalha com séries
estacionárias. Por isso, a série deve ser trabalhada previamente, por meio de
transformações, permitindo que o processo gerador estacionário passe, então, a
ser adequadamente descrito pelos momentos de suas distribuições de
probabilidade (Box et al., 1994).
O estudo dos processos estacionários é feito no domínio da frequência
ou do tempo. No domínio da frequência, dá papel de relevo aos conceitos de
periodograma e de densidade espectral; o domínio no tempo atribui papel
predominante às funções de autocovariância e autocorrelação (Morettin & Toloi,
2006).
Uma das técnicas quantitativas mais difundidas é a metodologia de Box-
Jenkins, descrita por esses autores na década de 1970. Os modelos de Box-
Jenkins partem da ideia de que cada valor da série (temporal) pode ser explicado
por valores prévios, a partir do uso da estrutura de correlação temporal que,
geralmente, há entre os valores da série.
Segundo Abdel-Aal & Al-Garni (1997), os modelos Box-Jenkins têm
sido largamente utilizados para modelagem e previsão em aplicações médicas,
ambientais, financeiras e de engenharia.
Os modelos de Box-Jenkins, genericamente conhecidos por ARIMA
(autorregressivos integrados de médias móveis) são modelos matemáticos que
visam captar o comportamento da correlação seriada ou a autocorrelação entre
os valores da série temporal e, com base nesse comportamento, realizar
previsões. Se essa estrutura de correlação for bem modelada, fornecerá boas
previsões.
Os modelos ARIMA exploram a autocorrelação entre os valores da série
em instantes sucessivos, mas, quando os dados são observados em períodos
13
inferiores a um ano, a série também pode apresentar autocorrelação para uma
estação de sazonalidades. Os modelos que contemplam as séries que apresentam
autocorrelação sazonal são conhecidos como SARIMA e contêm uma parte não
sazonal, com parâmetros (p, d, q) e uma sazonal, com parâmetros (P, D, Q),
sendo P, p, Q, e q a ordem dos polinômios dos componentes autorregresivos e de
médias moveis que funcionam como filtros para modelar a série, enquanto D e d
são o fator diferença para tornar a série estacionária.
2.6 Erosividade
O solo é o recurso natural mais intensamente utilizado na produção de
alimentos, podendo, por isso, ter sua capacidade produtiva comprometida pela
erosão hídrica, em decorrência de seu uso e manejo inadequados, especialmente
em regiões com alta concentração de chuvas. Assim, o conhecimento das
relações entre os fatores que causam as perdas de solo e os que permitem reduzi-
las é de fundamental importância para o planejamento conservacionista da
propriedade agrícola (Roque et al., 2001).
A erosão hídrica compreende três processos físicos: a desagregação,
causada pelo impacto das gotas de chuva; o transporte, pela enxurrada ou
escoamento superficial direto e a deposição quando a velocidade da enxurrada
não é suficiente para transportar o material sólido.
As características das chuvas ocorridas em uma região determinam, em
grande parte, os efeitos danosos da erosão, sendo a intensidade da precipitação
uma de suas principais características, assim como a energia cinética total da
chuva. O impacto da gota de chuva tem energia cinética 256 vezes maior que a
energia de escoamento superficial (Hudson, 1995). Guy et al. (1987) sugerem
que 85% dos sedimentos da erosão hídrica têm origem no impacto das gotas de
chuvas e 15% são atribuídos ao escoamento superficial.
14
Entre os diversos fatores ligados à erosão, a erosividade das chuvas é
um dos mais importantes. A medida dessa grandeza é feita por índices, como o
índice de erosividade padrão EI30 (Wischmeier & Smith, 1978), relatado por
diversos pesquisadores como uma medida satisfatória, devido à significativa
correlação que esse índice apresenta com as perdas de solo (Silva et al., 1997;
2003). Contudo, seu cálculo envolve a necessidade de pluviogramas que, na
maioria das vezes, não estão disponíveis, especialmente em países em
desenvolvimento, como é caso de Guiné-Bissau.
Segundo Bertol et al. (2002), a erosão dos solos apresenta grande
variabilidade espacial e temporal, o que pode ser explicado pela variabilidade
dos padrões de precipitação, que influi no potencial erosivo da chuva, bem como
de atributos físicos, químicos e mineralógicos diretamente associados à
erodibilidade dos solos.
Os solos de Guiné-Bissau são, em geral, bastante arenosos na superfície,
têm baixos teores de matéria orgânica e apresentam grande gradiente de
infiltração com a profundidade, isto é, a mudança textural abrupta entre
horizontes A e B, induzindo a uma pronunciada diferença de infiltração, o que
aumenta a susceptibilidade do solo a erosão hídrica (Costa & Resende, 1994).
A fim de minimizar esses problemas, diversos autores correlacionaram o
índice EI30 com o coeficiente de chuva (Rc), conhecido como índice de Fournier
(Renard & Freimund, 1994; Bertoni & Lombardi Neto, 1990; Silva et al., 1997;
Carvalho et al., 2000; Silva et al., 2003; Mello et al., 2007), o qual é facilmente
obtido a partir do registro dos totais diários das precipitações.
Vários pesquisadores vêm utilizando correlações entre a erosividade,
determinada em registros pluviográficos, com simples dados de pluviometria
mensais e anuais de ampla disponibilidade em praticamente todos os lugares do
mundo, para agilizar a obtenção do índice EI30.
15
Portanto, para o planejamento e o controle de uso do solo, além da
fundamental caracterização pedológica de pormenor, é fundamental dispor de
ferramentas de caracterização da incidência dos processos erosivos e da
tolerância e da susceptibilidade dos sistemas edáficos a medidas e usos que
amplifiquem ou acelerem os correspondentes mecanismos naturais.
2.7 Fundamentos de geoestatística
2.7.1 Variáveis regionalizadas
Segundo Ribeiro Júnior & Diggle (2007), a geoestatística surgiu de
forma independente do restante da estatística espacial, tendo sido aplicada
inicialmente na indústria de mineração, com Matheron e outros pesquisadores de
Fointanebleu, França. É uma subdivisão da estatística espacial, na qual os dados
consistem em uma amostra finita de valores medidos, relacionados com um
fenômeno espacial contínuo.
Segundo Landim (2003), no estudo do comportamento das variáveis
regionalizadas, duas são as ferramentas fundamentais dos métodos
geoestatísticos: o semivariograma e a krigagem.
A teoria considera a dependência espacial das observações, lançando
mão de medidas estatísticas que expressem essa estrutura de dependência em
pontos referenciados (Ribeiro Junior, 1995).
Segundo (Moolman & Huyssteen, 1989) as análises estatísticas baseadas
na independência das observações têm sido substituídas por análises espaciais,
as quais consideram as correlações entre observações vizinhas. Essas análises
consideram as características estruturais e aleatórias de uma variável
espacialmente distribuída, de forma a descrevê-la adequadamente.
As variáveis regionalizadas são constituídas por um duplo aspecto
contraditório. Pela sua característica “aleatória”, apresenta irregularidades e
variação imprevisível de um ponto para outro e, pela sua característica
16
“estrutural”, apresenta relações existentes entre os pontos no espaço, motivadas
pela sua gênese.
A interpretação probabilística de que a variável regionalizada Z(x) é
uma particular realização de certa função aleatória Z(x) é consistente quando se
pode inferir toda ou, pelo menos, parte da lei de distribuição de probabilidade
que define esta função aleatória (Journel & Huijbregts, 1978). No entanto, em
problemas práticos, em cada ponto x tem-se apenas uma realização Z(x) e o
número de pontos é sempre finito. Isso torna usualmente impossível inferir sobre
a distribuição de Z(x). Em vista disso, certas hipóteses são necessárias, as quais
envolvem diferentes graus de homogeneidade espacial, sendo comumente
denominadas hipóteses de estacionariedade.
A geoestatística dispõe de interpoladores eficientes, capazes de estimar
valores de variáveis em pontos que não foram amostrados. Pode, então, se
consagrar como ferramenta poderosa para gerar com precisão superfícies
interpoladas, uma vez que permite conhecer os resíduos dos erros. A sua
aplicação pode ser de grande valia, desde que as variáveis utilizadas satisfaçam
às condições que determinam uma “variável regionalizada” e que, entre outras
exigências, tenham uma estacionariedade estatística de segunda ordem e
dependência espacial entre os pontos medidos, inferida por meio de funções
semivariográficas (Montenegro, 2008).
De fato, a aplicação do semivariograma como medida de continuidade
espacial requer apenas que os dados satisfaçam à hipótese intrínseca para uma
variável regionalizada (Jounel & Huijbregts 1991).
A estacionariedade de primeira ordem admite que todas as variáveis
aleatórias Z(xi), i=1,...,N possuem a média constante para todos os locais, em
toda a região de estudo (Tragmar et al., 1985). Esta hipótese é expressa por:
mxZExZExExZE i ===== )]([)]([...)][()]([ 21 (3)
17
A estacionariedade de segunda ordem, além de atender à hipótese da
primeira ordem, considera que a média ou a tendência seja constante numa
determinada área e a covariância existe e depende somente da função do vetor h
(Tragmar et al., 1985; Vieira, 2000), ou seja:
µ=)x(m=)]x(Z[E (4)
)h(C=)]h+x(Z),x(Z[Cov (5)
Para avaliar em que tipo de estacionariedade os dados se enquadram, o
semivariograma é a principal ferramenta utilizada (Andriotti, 2005).
Segundo Landim et al. (2003), para a obtenção de um semivariograma,
deve-se supor que a variável regionalizada tenha um comportamento fracamente
estacionário, em que os valores esperados, assim como sua covariância espacial,
sejam os mesmos para uma determinada área.
Assim, para tornar os modelos de inferências mais abrangentes, uma
estacionariedade mais fraca que a anterior é definida, denominada de hipótese
intrínseca.
A hipótese intrínseca não é mais definida por meio das distribuições das
variáveis aleatórias e sim pelas diferenças entre elas, também chamada de
estacionariedade fraca ou dos incrementos (Ribeiro Junior, 1995). A
estacionariedade intrínseca estabelece que os incrementos Z(x) – Z(x+h) têm
esperança zero e variância mínima, sendo expressa pelas seguintes condições:
0)]hx(Z)x(Z[E 2 =+− (6)
)]hx(Z)x(Z[Var +− (7)
A função 2γ(h) é a que modela o semivariograma e pode ser definida
como:
2)]hx(Z)x(Z[E21)h( +−=γ (8)
18
Se as condições especificadas pela hipótese de estacionariedade são
contempladas, então, o semivariograma pode ser estimado a partir do dado
amostral:
( ) ( )[∑ −+==
n
iii xZhxZ
hNh
1
2^
)(21)(
ργ ] (9)
em que N(h) é o número de pares de pontos amostrados separados pela distância
h.
O gráfico γ(h) versus h é conhecido como semivariograma experimental,
o qual pode ser obtido a partir da equação 8. Seu padrão representa o que,
intuitivamente, se espera dos dados de campo, isto é, que as diferenças {Z(xi)-
Z(xi + h)} decresçam à medida que h diminui. Assim, é esperado que
observações mais próximas geograficamente tenham um comportamento mais
semelhante entre si do que aquelas separadas por maiores distâncias (Isaak &
Srivastava, 1989).
Um modelo de semivariograma teórico ideal, com seus parâmetros, pode
ser visto na Figura 1.
FIGURA 1 Semivariograma teórico, com os parâmetros a
serem estimados no processo de sua modelagem.
19
Os parâmetros do semivariograma teórico são:
• alcance (A): constituindo o espaçamento máximo de amostragem para
que se obtenha dependência espacial (Andriotti, 2005);
• contribuição (C1): variância explicada pela componente espacial;
• patamar (C0+C1): correspondendo às variações que não são justificadas
pela semelhança de um ponto com outro, ou seja, ponto onde toda a amostra
sofre influência aleatória;
• efeito pepita (C0): é um parâmetro importante do semivariograma que
reflete o erro analítico, indicando uma variabilidade não explicada (ao acaso) de
um ponto para o outro, que pode ser devido a erros de medição (Isaaks &
Srivastava, 1989).
2.7.2Escolha do modelo e método de semivariograma
A fim de promover o ajuste do modelo ao semivariograma, são
utilizados métodos de ajuste, dentre os quais se destacam o método dos mínimos
quadrados ponderados e o método da máxima verossimilhança (Mello & Silva,
2008).
Os cálculos geoestatísticos dependem do modelo de semivariograma
ajustado, em que os pesos são atribuídos de acordo com a variabilidade espacial
expressa, no intuito de verificar a qualidade do ajuste do semivariograma aos
dados experimentais (Vieira, 2000; Mello et al., 2005).
Se o modelo ajustado não for apropriado, todos os cálculos seguintes
conterão erros que poderão afetar as inferências, portanto, o ajuste de
semivariograma é uma fase crucial na análise geoestatística e deve receber uma
atenção especial.
Vieira et al. (1983) sugerem o método de ajuste por tentativa e erro
(ajuste a critério do observador) associado à avaliação do modelo pela técnica de
validação cruzada ou autovalidação (“jack-knifing”). No entanto, Mello et al.
20
(2008) sugerem aplicar alguma metodologia matemática para ajuste do
semivariograma técnico, como mínimos quadrados ponderados e máxima
verossimilhança.
Mcbratney & Webster (1986) sugerem o método do critério de
informação de Akaike (AIC) para avaliar o modelo. Já Pannatier (1996) sugere a
utilização de indicação da qualidade do ajuste (IGF).
Os principais modelos de semivariograma utilizados na geoestatística
são: modelo linear com patamar, modelo esférico, modelo exponencial, modelo
gaussiano e modelos sem patamar.
2.7.3 Interpolador geoestatístico (krigagem)
Uma aplicação imediata do semivariograma é a utilização das
informações geradas por ele na interpolação, ou seja, na estimativa de dados e
posterior mapeamento da variável. O interpolador que utiliza o semivariograma
em sua modelagem é chamado de krigagem.
A krigagem utiliza informações do semivariograma para encontrar os
pesos ótimos a serem associados às amostras com valores conhecidos que irão
estimar pontos desconhecidos (Landim, 2003).
O que diferencia a krigagem de outros métodos de interpolação é a
forma de atribuição dos pesos. Os pesos são distribuídos de acordo com a
variabilidade espacial expressa no semivariograma (Vieira et al.,1983), não
apresentando tendenciosidade, apresentando variância mínima e possibilitando
que se conheça a variância da estimativa (Olivier & Webster, 1991).
Vieira (2000) e Mello et al. (2008) concluíram que a superioridade do
interpolador geoestatístico pode ser justificada por apresentar não
tendenciosidade, ou seja, em média, a diferença entre os valores estimados e
medidos deve ser nula e por apresentar variância mínima das estimativas, o que
21
significa que, embora possam existir diferenças entre os valores estimados e os
medidos, elas devem ser mínimas.
Para a aplicação da krigagem assume-se: que sejam conhecidas as
realizações ( )1tz , ... ( ),2tz ( )ntz da variável Z(t), nos locais 1t 2t .., nt que o
semivariograma da variável já tenha sido determinado e que o interesse seja
estimar um valor
, ,. ;
∗Z na posição . 0t
O valor estimado ( )0tZ ∗ é dado por:
( ) ( )∑=
∗ ⋅=n
iii tztZ
10 λ (10)
em que n é o número de amostras de Z(t) envolvidas na estimativa de e ( )0tZ ∗
iλ são os pesos associados a cada valor medido, ( )itz .
Para que ∗Z seja uma estimativa não tendenciosa de , a soma dos
pesos das amostras tem que ser igualar a 1.
z
Existem vários tipos de krigagem, sendo a ordinária o método mais
utilizado em geoestatística por vários autores no estudo da distribuição espacial
de precipitação pluvial e temperatura (Andriotti, 2005).
22
23
3 MATERIAL E MÉTODOS
Guiné-Bissau localiza-se a oeste da África (Figura 2), entre coordenadas
geográficas 11° e 12°N (Latitude), de 14° a 16° W (longitude), altitude máxima
de 300 m e temperaturas médias máximas e mínimas, respectivamente, de 32,9°
e 25,5°C. De acordo com a classificação de Koppen, o clima tropical úmido, tipo
Aw (Worldwide Distribuition of Climatic Region, abril de 2006).
24
FIGURA 2 Mapa do Continente Africano, com destaque para a República de Guiné-Bissau, à esquerda, e suas
divisões administrativas, à direita.
3.1 Base de dados
3.1.1 Precipitação média mensal e anual
Para a realização deste trabalho, foram utilizados dados mensais e anuais
de precipitação, coletados em 27 estações pluviométricas do país, as quais estão
descritas na Tabela 1 e localizadas na Figura 3. As estações pluviométricas de
Ingore e Sonaco foram as que possuíam menor série de registros, 10 e 12 anos,
respectivamente. As estações de Bissau Observatório e Bissau Aeroporto foram
as com maiores séries, 47 e 54 anos de registros, respectivamente.
FIGURA 3 Distribuição espacial das estações pluviométricas em
Guiné- Bissau.
25
TABELA 1 Estações pluviométricas de Guiné-Bissau
Local Criação Identificação
OMM
Latitude
(N)
Longitude
(W)
Altitude
(m)
Bolama 1905 61769 11°36' 15°29' 20
Bissau/Aerop. 1941 61766 11°52' 15°56' 29
Bafatá 1950 61781 12°10' 14°40' 43
Bissora 1950 61777 12°14' 15°27' 10
Farim 1950 61775 12°29' 15°30' 03
Bigene 1990 - 12º27’ 15º28’ -
Porto Gole 1950 61790 12°17' 14°14' 83
Ingoré 1989 - 12º23’ 15º38’ -
Cacheu 1950 190005 12°12,6' 15°52' -
Xitole 1985 190031 11°46' 14°48' -
Mansabá 1950 190010 12°17' 15°7' -
Pitche 1989 190017 12°19' 13°57' -
Bula 1950 190007 12°03' 15°44' 30
Bubaque 1940 190026 11°04' 16°02' 30
Bissau/Obs. 1916 190021 11°51' 15°36' 20
Buba 1940 190024 11°36' 15°05' 10
Gabu 1941 190013 12°17' 14°14' 83 Catio 1946 190027 11°17' 15°16' 18
Caió 1950 190018 11°50' 16°19' 39.5
Varela 1950 190004 11°17' 16°36' 13
Cacine 1950 190028 11°08' 15°01' 06
Pirada 1950 190011 11°40' 14°10' 55
Sonaco 1950 190012 11°24' 14°29' 25
Boé 1950 190030 11°48' 14°12' -
Fulacunda 1950 190023 11°48' 15°7,9' -
Bambadinca 1989 190015 12º2,88 14°50' -
Fonte: Direção de Serviço Nacional de Meteorologia de Guiné-Bissau (Bissau)
26
3.1.2 Precipitação provável
Utilizaram-se os dados diários de precipitação pluvial, totalizando-os em
1ª e 2ª quinzenas, para os meses de junho a outubro, em 22 das estações
constantes na Tabela 1, tendo-se como critério a constituição de séries históricas
de 30 anos de registros.
Para a estimativa da precipitação provável com nível de 75% de
probabilidade, utilizou-se a distribuição de probabilidade log-normal a dois
parâmetros (média e desvio padrão), cuja função de densidade de probabilidade
(FDP) é dada por: 2
5,0
21 ⎟⎟
⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜⎜⎜
⎝
⎛ ⎟⎠⎞⎜
⎝⎛
−−
⋅⋅⋅
= nnxLn
FDPn
σ
µ
πσλ (11)
Esta distribuição é semelhante à distribuição Normal, porém, trabalha-se
com o logaritmo dos dados, sendo, portanto utilizada também a mesma função
cumulativa de probabilidade (FCP), cuja solução é por aproximação por série e
ou pelo emprego de valores apresentados em tabelas da referida distribuição. A
equação geral proposta por Chow (1951), neste caso, assume a seguinte forma:
nTRKnov
σµχ ⋅+= λPr (12)
em que ovPrχ representa a precipitação provável (mm) com um determinado
nível de probabilidade , e , média aritmética e desvio padrão dos
dados logaritmizados, é a própria variável reduzida ou padrão da
distribuição de Gauss.
nµ nσ
TRK
Teste de aderência da distribuição de probabilidade foi realizado pelo
método de Kolmogorov-Smirnov, confrontando-se o módulo da maior diferença
entre a probabilidade estimada e a frequência observada, com o valor da
27
estatística de Kolmogorov-Smirnov, que é fornecido em tabela em função do
tamanho (n) da amostra e do nível de significância ( )α . Para ser aderente, deve-
se atender à seguinte condição:
( α,ntabeladoFáximoCalculadomF ∆≤∆ ) (13)
Nesta situação, a distribuição de probabilidades será adequada, pois
áximoCalculadomF∆ será nulo estatisticamente e, portanto, a frequência
observada é igual à frequência esperada.
3.1.3 Precipitação média máxima diária para Guiné-Bissau
Trabalhou-se com os dados diários de precipitações máximas diárias,
coletados no período de 1950 a 2003, para as estações da Tabela 1, sendo as
estações de Xitole e Bambadinca aquelas com menores séries de registros, 11 e
13 anos, respectivamente.
Verificou-se a aderência do modelo de Gumbel para as precipitações
máximas diárias anuais, para todas as estações, pelo teste de Kolmogorov
Smirnov, considerando um nível de significância de 5% de probabilidade e,
depois, estimaram-se os valores para períodos de retorno de 2, 5 e 10 anos.
Para estimativa das precipitações para menores tempos de duração,
utilizou-se a metodologia de desagregação de chuvas, conforme Torrico (1975).
Inicialmente, transformou-se a chuva máxima diária em chuva máxima em 24
horas, adotando-se o valor 1,10. Regiões do Brasil com características climáticas
similares às de Guiné-Bissau foram identificadas, tendo como referência a
posição geográfica próxima à linha de Equador e a isozona em que se
enquadram as estações pluviométricas do país, para a obtenção dos valores das
relações entre precipitações de diferentes durações. Na Tabela 2 apresentam-se
os coeficientes percentuais para a obtenção das chuvas com duração de 1h e
6min, extraídos de Torrico (1975).
28
Oyenbande (1982) e Knoesen et al. (2008) encontraram valores dos
coeficientes para relações variando de 0,425 a 0,625, para a África de
Sul e 0,56, para Nigéria, evidenciando, assim, similaridade com os coeficientes
apresentados para a isozona D (Tabela 2) cujo tipo climático é Aw.
24/1 hh
Adotaram-se, para a Guiné-Bissau, valores de 0,45 para a relação
e de 0,112 para a relação , para estimativa das lâminas
precipitadas em 6 minutos, 1 hora e 24 horas, associadas aos respectivos tempos
de duração, utilizadas para traçar gráficos em escala semilogarítimica,
permitindo interpolar valores de duração associados aos tempos de retorno (TR)
de 2, 5 e 10 anos. Para cada estação pluviométrica foi ajustada uma reta,
permitindo, assim, identificar a relação existente entre lâminas máximas
precipitadas e tempo de duração, dentro do intervalo de tempo 6min-24h e para
tempos de retorno de 2, 5 e 10 anos (Figura 2), cuja avaliação visual permite
constatar o bom ajuste das retas. Especificamente, foi estimada a precipitação
máxima com duração de 30 minutos, por estar associada ao potencial erosivo da
chuva, bem como projetos de práticas mecânicas de conservação de solo, como
dimensionamento de terraços.
241 / hh hhh 24min6 /
Equações gerais para duração de 6 min até 24 h (1.440 min) foram
ajustadas para tempos de retorno de 2, 5 e 10 anos. A lâmina que relaciona
alturas máximas precipitadas em diferentes tempos de duração e período de
retorno foi calculada pela equação 14, nos tempos de durações maiores ou iguais
a 6 até 1.440 minutos para todas as estações.
bTLnaLP −= )(. (14)
em que é a lamina máxima para chuvas intensas e o T é o tempo de duração. PL
29
TABELA 2 Coeficientes relativos (%) entre as chuvas com duração de 1h/24
h e de 6 min/24 h, para as zonas homólogas e diferentes períodos
de retorno. Tempo de retorno em anos
5 10 20 50 100 5 a 50 100
Zona 1h/24h 6 min/24h
A 36,2 35,8 35,5 35 34,7 7 6,3
B 38,1 37,8 37,4 36,9 36,6 8,4 7,5
C 40,1 39,7 39,3 38,8 38,4 9,8 8,8
D 42 41,6 41,2 40,7 40,3 11,2 10
E 44 43,6 43,2 42,6 42,2 12,6 11,2
F 46 45,5 45,1 44,5 44,1 13,9 12,4
G 47,9 47,4 47 46,4 45,9 15,4 13,7
H 49,9 49,4 49,1 48,3 47,8 16,7 14
Fonte: Torrico (1975)
Com base nos valores de intensidade média máxima diária de
precipitação, correspondentes aos períodos de retorno de 2, 5 e 10 anos e
duração de 6 a 1.440 minutos, foram obtidos os parâmetros da equação de
intensidade duração-frequência de cada estação, por meio da equação de
intensidade, duração e frequência da precipitação pluvial (equação 2).
3.1.4 Séries temporais
Para a realização deste trabalho, utilizaram-se dados de precipitação
decendial de Guiné-Bissau, coletados no período de 1950 a 2003. O período de
chuvas em Guiné-Bissau é concentrado nos meses de junho a outubro de cada
ano, representando 95% da precipitação anual; em outros meses, praticamente
não ocorrem chuvas. Dessa maneira, foram considerados, para análise, os
registros das precipitações totais decendiais apenas nestes meses, constituindo
210, 250, 245, 245, 205 e 260 observações sucessivas de Bissau observatório (42
30
anos), Bissorã (50 anos), Buba (49 anos), Gabu (49 anos), Cacheu (41 anos) e
Bolama (52 anos), respectivamente agrupadas em cinco observações anuais para
os totais decendiais.
As estações utilizadas nas análises foram escolhidas em função do
padrão de distribuição espacial de precipitação pluvial no país, que diminui no
sentido Sul-Sudoeste para Norte-Nordeste.
As estações de Bissau observatório, Cacheu e Bissorã são situadas no
litoral do País, sendo Cacheu e Bissorã mais ao norte, Bissau observatório a
noroeste, Bolama ao sul e Gabu a leste.
Os dados foram submetidos a uma análise de periodograma para
verificar sua periodicidade. Em seguida, padrões de tendência e sazonalidade
foram avaliados graficamente, com construção dos gráficos das funções de
autocorrelação e autocorrelação parcial. Na situação em que o periodograma
indicou alguma evidência de periodicidade, foi aplicado o teste de Fisher
(Moretin & Toloi, 2006) para testar a significância deste valor. Este teste
consiste em comparar as seguintes estatísticas:
( )N2
P
PP 1
max Ig
I=
=
∑ e n 1z 1
n−α
= − (15)
em que são valores do periodograma, PI α é o nível de significância e
n N 2= , sendo o N o tamanho da série. Se , deve-se rejeitar a hipótese
de não existência de sazonalidade, ou seja, a série apresenta sazonalidade a um
determinado nível de significância
g z>
α .
Como suporte computacional foi utilizado o software STATISTICA for
Windows versão 7.0 (2004) e todas as análises foram realizadas considerando
um nível de significância de 5% ( 0,05α = ).
31
3.1.5 Erosividade
Valores das precipitações mensais e anuais foram utilizados para o
cálculo do coeficiente de chuva, de acordo com a relação proposta por Renard &
Freimund, (1994) e que é expressa como:
PpRc
2
= (16)
em que: Rc, p e P são, respectivamente, o coeficiente de chuva (índice de
Fournier), as precipitações médias de cada mês do ano e a precipitação média
anual, sendo essas variáveis dadas em mm.
Para cálculo de erosividade, foi aplicada a equação do coeficiente de
chuva para Fortaleza (Silva & Dias, 2003), dada as características climáticas
similares da região com as de Guiné-Bissau. 7387,0
30 .989,73 cREI = (17)
Depois do cálculo do índice EI30 mensal de cada uma das 27 localidades,
foram utilizadas técnicas geoestatísticas para espacialização da erosividade,
precedida pela análise exploratória dos dados.
3.2 Análise espacial dos dados
Para estudo da continuidade espacial da precipitação em Guiné-Bissau, o
modelo de semivariograma exponencial foi ajustado, uma vez este modelo vem
sendo aplicado, com este objetivo, em diversos países e alcançando bons
resultados (Mello et al., 2008; Martinez et al., 2003). O alcance desse modelo
tem significado puramente analítico, sendo o patamar só alcançado pela curva de
forma assintótica, ou seja, teoricamente, quando ∞=h . Dessa maneira, o
alcance prático é determinado por 3 vezes o alcance teórico (Journel &
Huijbregts, 1978).
Para isso, o programa R, com o pacote geoestatística GeoR foi aplicado,
seguindo procedimentos desenvolvidos por Ribeiro Junior & Diggle (2001). A
32
fase de mapeamento de precipitação média mensal e erosividade foi conduzida
com o programa Arcgis 9.2 (ESRI, 2005) e GeoR para mapeamento de chuvas
prováveis e intensidade média máximas diárias de chuvas .
A análise exploratória dos dados foi realizada antes de aplicação das
ferramentas da geoestatística, com o objetivo de analisar o comportamento geral
dos mesmos, identificar possíveis valores discrepantes conhecidos como
“outliers” e análise de tendência dos dados, considerando a localização
geográfica de cada observação, sendo fundamental para aplicação da
geoestatística. Os dados discrepantes podem afetar a variância aleatória existente
no processo, implicando na presença ou na ausência de correlação espacial
(Ribeiro Junior & Diggle, 2001). Portanto, estes pontos, assim como as
tendências observadas em função das coordenadas geográficas, foram removidos
para satisfazer às condições de estacionariedade para prosseguir ao ajuste do
modelo de semivariograma exponencial.
Para se desenvolver uma análise complementar e quantitativa da
estrutura de dependência espacial, trabalhou-se com grau de dependência
espacial, conforme Mello et al. (2005):
1000
10 ×⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ +=
CCC
GD (18)
em que GD é o grau de dependência (%), C0+C1 é o patamar e C0 o efeito pepita,
ambos extraídos do ajuste do semivariograma. Mello et al. (2005) apresentam a
seguinte classificação para o GD: ≤25% (fraca estrutura de dependência
espacial), entre 25% e 75% (moderada) e >75% (forte).
33
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Precipitação média mensal e anual
Na Figura 4 observa-se que o comportamento dos dados nas direções E-
W (longitude) tem boa distribuição espacial, ou seja, não se verifica tendência à
medida que se desloca nesta direção, enquanto na direção N-S (latitude) há
evidência de forte tendência para maioria dos meses analisados, o que precisa
ser removido para não prejudicar a análise geoestatística. Constataram-se dados
discrepantes (“outliers’’) para precipitação média, de junho e anual, as quais
foram removidas.
34
FIGURA 4 Gráficos da análise exploratória dos dados
(boxplot e tendências) para precipitação média
mensal para Guiné-Bissau.
35
Na Tabela 3 apresentam-se os parâmetros dos semivariogramas
ajustados para as precipitações médias mensais e anuais, pelo método dos
mínimos quadrados ponderados. Observa-se que a precipitação média dos meses
de junho, julho, agosto, setembro, outubro e anual apresentaram grau de
dependência espacial superior a 75%, ou seja, forte estrutura de dependência
espacial. A única exceção foi o mês de junho, que apresentou 68,6%, valor
considerado moderado, demonstrando, assim, que a precipitação apresenta-se
estruturada.
A forte estrutura espacial permite inferir que a aplicação do interpolador
geoestatístico produzirá resultados de boa qualidade, resultando em mapas
representativos e sem tendência.
Mello et al. (2008), trabalhando com dados de precipitação para o estado
de Minas Gerais, verificaram forte estrutura espacial para a maioria dos meses,
assim como Martinez et al. (2003), trabalhando com dados de precipitação da
região dos Andes.
O efeito pepita foi nulo em várias situações, exceto para os meses de
junho e outubro, indicando que existe descontinuidade entre valores separados
por distâncias menores que o usado no intervalo de amostragem. A proporção
desses valores para o patamar do semivariograma é um indicativo da quantidade
de variação ao acaso, de um ponto para outro, e quanto menor seus valores, mais
parecidos são os valores vizinhos. Podem-se notar fortes flutuações de 40 até os
90 km de distância, na Figura 5, causadas por variações periódicas da chuva
nesta distância. Acredita-se que tal flutuação se deve aos índices pluviométricos
obtidos na região litorânea, onde a precipitação pluvial apresenta distribuição
espacial distinta das demais regiões do país.
O alcance prático médio foi de 111,3 km, com amplitude que varia de
26,1 a 434,4 km. Esse comportamento, possivelmente, está associado às
36
características de chuvas convectivas predominantes na região, proporcionando,
assim, existência de dependência espacial num raio de ação menor, dado o
caráter mais localizado deste tipo de precipitação.
TABELA 3 Parâmetros dos modelos de semivariograma (C0: efeito pepita;
C0+C1: patamar; A: alcance), GD: grau de dependência
espacial.
Parâmetros & períodos C0
C0+C1
A (m) GD (%)
Junho 360,4 786,08 144848,11 68,6
Julho 0 2775,38 17750,42 100
Agosto 0 3994,63 16644,376 100
Setembro 0 938,02 44544,72 100
Outubro 30,7225 719,88 8695,23 95,91
Ano 0,000 24105,26 20443,13 100
37
FIGURA 5 Semivariograma exponencial ajustado aos dados para
mapeamento da precipitação média mensal e anual, em Guiné
Bissau.
38
Os mapas desenvolvidos para precipitação média mensal e anual estão
apresentados na Figuras 6. Observa-se alta variabilidade espacial da precipitação
média mensal para Guiné-Bissau. O comportamento da precipitação seguiu um
padrão espacial no qual se observam reduções da precipitação da região sul-
sudoeste para a região norte-nordeste, tanto considerando as médias mensais
quanto a média anual. Constatou-se diminuição das precipitações do litoral para
o interior, caracterizando o efeito da continentalidade e da orientação
topográfica. A capacidade de transporte de umidade é afetada pela topografia
das encostas suavemente para cima em direção ao leste Como resultado, a
precipitação diminui gradualmente, a partir da costa para o interior.
Thiam & Singh (2002), analisando precipitação, escoamento superficial
e temperatura na bacia Casamança, sul do Senegal, fronteira ao norte com
Guiné-Bissau, observaram comportamento semelhante na distribuição de chuvas
locais.
No mês de agosto concentraram-se maiores índices pluviométricos no
país, representando um terço da precipitação anual.
39
E.
D.
A. B.
C.
F.
FIGURA 6 Mapeamento da precipitação média mensal e anual em Guiné
Bissau, nos meses de junho (A), julho (B), agosto (C), setembro
(D), outubro (E) e anual (F).
40
4.2 Precipitação provável
Pelo teste de Kolmogorov-Smirnov, com nível de significância de 5%
( 05.0 )α , aplicado ao período estudado, totalizando 230 situações, verifica-se que
apenas 12 destas (anexo 1) a distribuição Log-Normal a 2 parâmetros, não foi
adequada, demonstrando bom desempenho no seu emprego no estudo de
precipitações prováveis para Guiné-Bissau.
Observa-se que o comportamento dos dados nas direções N-S (latitude)
e E-W (longitude) apresentou boa distribuição espacial, ou seja, não se verificam
tendências à medida que se desloca nestas direções (Figuras 7 e 8). Esta
característica é de fundamental importância para aplicação da geoestatística,
significando que os semivariograma ajustados terão boa condição para
representar a continuidade espacial e a geração de mapas de boa qualidade pela
krigagem.
Foram verificadas presença de dados discrepantes ‘’outliers’’ que
produzem alta variabilidade nos dados e distorção do mesmo, para precipitação
provável, em junho 1ª quinzena e nos meses de julho, agosto e setembro 2ª
quinzena, que foram removidos para prosseguir o ajuste de semivariograma.
41
FIGURA 7 Análise exploratória da precipitação provável 1ª quinzena (75%
de probabilidade), em Guiné-Bissau.
42
FIGURA 8 Análise exploratória da precipitação provável 2ª quinzena (75%
de probabilidade), em Guiné Bissau.
43
Na Tabela 4 apresentam-se os parâmetros dos modelos de semivariograma
exponencial ajustado para precipitação provável (75% de probabilidade) para 1ª
quinzena e 2ª quinzena, em Guiné-Bissau, para os meses de junho a outubro,
pelo método dos mínimos quadrados ponderados. Observa-se que a precipitação
provável, para os meses de junho, julho, agosto setembro e outubro ,apresentou
grau de dependência espacial superior a 75%, caracterizando-se forte estrutura
de dependência espacial, conforme relatado também por Mello (2004).
O efeito pepita foi nulo em quase todas as situações, exceto para o mês
de julho 2ª quinzena, evidenciando que o intervalo de amostragem foi
suficientemente adequado para detectar a estrutura de continuidade espacial do
fenômeno em estudo.
Verificando-se os ajustes dos modelos de semivariograma exponencial,
verifica-se forte dependência espacial, sendo possível constatar que a aplicação
do interpolador geoestatistico produzirá resultados de boa qualidade com mapas
representativos e sem tendência da distribuição espacial da precipitação provável
(75% de probabilidade), para 1ª e 2ª quinzena, em Guiné-Bissau (Figura 9 e 10).
Desse modo, o alcance prático médio para o modelo exponencial foi de 56,2 km,
representando a região de influência em que a precipitação provável da 1ª
quinzena apresenta-se espacialmente dependente na área em estudo, com
amplitude que varia de 36,8 a 63,6 km. Para precipitação provável da 2ª
quinzena, o alcance prático médio para o modelo exponencial foi de 85,44 km,
com amplitude variando de 45,03 a 167,1 km. Esse comportamento,
possivelmente, está associado às características de chuvas convectivas
predominantes na região proporcionada pela zona de convergência intertropical
e principais centros de ação regionais semipermanentes, como os anticiclones de
Açores e Santa Helena, situados no oceano Atlântico, respectivamente ao norte e
ao sul do Equador, que são determinantes no regime de precipitação no país,
44
proporcionando assim existência de dependência espacial num raio de ação
menor.
TABELA 4 Parâmetros do modelo de semivariograma (C0: efeito pepita;
C0+C1: patamar; A: alcance), GD: grau de dependência espacial,
1ª e 2ª* quinzena, para Guiné Bissau.
Parâmetros
Período C0
C0+C1
A
(m) GD (%)
Junho 0,000 52,2062 16354,0115 100
Julho 204,0727 639,0633 11859,7995 75,5
Agosto 0,000 2761,643 16197,778 100
Setembro 0,000 1427,454 11657,778 100
Outubro 0,000 840,4824 21214,2121 100
Junho* 0,000 583,18 26643,94 100
Julho* 0,000 1523,365 19146,723 100
Agosto* 0,000 2428,482 25835,458 100
Setembro* 0,000 1186,977 15073,647 100
Outubro* 0,000 223,0394 55720,7675 100
45
FIGURA 9 Semivariograma exponencial ajustado aos dados de precipitação
provável (75% de probabilidade) para 1ª quinzena, em Guiné-
Bissau.
46
FIGURA 10 Semivariograma exponencial ajustado aos dados de precipitação
provável (75% de probabilidade) para 2ª quinzena, em Guiné-
Bissau.
47
48
Nas Figuras 11 a 16 é mostrada a variabilidade espacial de precipitação
provável (75% de probabilidade) para 1ª quinzena e 2ª quinzena, em Guiné-
Bissau, para os meses de junho a outubro. Verificou-se que a 1ª quinzena do mês
do junho foi a que apresentou os menores valores de chuvas prováveis, variando
de 5,48 a 49,14 mm sendo região nordeste aquela que apresenta maiores
concentrações.
49
FIGURA 11 Isoietas (mm) de Precipitação provável (75% de probabilidade) para 1ª quinzena, em Guiné-Bissau.
50
FIGURA 12 Isoietas (mm) de Precipitação provável (75% de probabilidade) para 1ª quinzena, em Guiné-Bissau.
51
FIGURA 13 Isoietas (mm) de Precipitação provável (75% de probabilidade) para 1ª quinzena, em Guiné-Bissau.
52
FIGURA 14 Isoietas (mm) de Precipitação provável (75% de probabilidade) para 2ª quinzena, em Guiné-Bissau
53
FIGURA 15 Isoietas (mm) de Precipitação provável (75% de probabilidade) para 2ª quinzena, em Guiné-Bissau
54
FIGURA 16 Isoietas (mm) de Precipitação provável (75% de probabilidade) para 2ª quinzena, em Guiné-Bissau
Para o mês de julho (1ª quinzena), a ocorrência de mais de 100 mm de
chuvas prováveis com 75% de probabilidade ocorre em toda a faixa que
compreende as regiões norte e sudeste do país, e verifica-se, ainda, que, nos
eixos sul-sudeste para leste e nordeste, as chuvas prováveis seguiram um padrão
de diminuição de lâminas de 140 para 60 mm, respectivamente. Essa tendência
pode levar a ocorrências de veranicos para esses locais com índices menores
considerando que a magnitude desses valores não se deve apenas ao número de
dias chuvosos, mas sim a eventos extremos de chuvas características na região.
O mês de agosto, que corresponde ao mês com maiores índices
pluviométricos do país, apresenta alta variabilidade nos valores de precipitação
provável. Nas regiões sul e sudeste, para esse mês, verificaram-se valores da
ordem de 200 a 180 mm e a região com menores índices abrange os eixos leste e
noroeste, com volumes de 120 a 140 mm.
Constatou-se homogeneidade na variabilidade espacial de chuvas
prováveis para mês de setembro para todo país, com índices de 120 mm, exceto
região noroeste e extremo norte (Pirada), com 100 mm. Outubro foi o mês que
apresentou menores índices de precipitação provável para 1ª quinzena, com
distribuição espacial heterogênea para todo país, cuja amplitude varia de 40 a 80
mm.
Prosseguindo as análises para a 2ª quinzena, observou-se a ocorrência de
menores concentrações nesse período para todo país, com exceção do mês de
julho, que apresenta maiores índices de precipitação provável para a região sul,
com volumes na ordem de 220 mm.
A região norte na 2ª quinzena de junho apresenta homogeneidade na
distribuição de precipitação provável, com índices de 80 mm e a região sul
sudoeste apresenta maiores índices que diminuem à medida que se avança para o
interior do continente. Também se observou, para esse mês, que a região
noroeste apresenta menores lâminas, variando de 40 a 50 mm.
55
O mês de julho, na 2ª quinzena, apresenta maiores valores de
precipitação provável para toda a região, em relação ao mês de julho na 1ª
quinzena. Constata-se, ainda, que os índices se distribuem de forma heterogênea
e os raios que abrangem a região noroeste são os que apresentam menores
índices com, 120 mm.
Para o mês de agosto, houve um comportamento semelhante de chuvas
prováveis, tanto para 1ª como para a 2ª quinzena e, para setembro, seguiu-se a
mesma tendência da 1ª quinzena de agosto, mas com índices um pouco
inferiores, de 100 a 110 mm, com exceção da região noroeste que apresenta
valores de 90 mm.
O mês de outubro 2ª quinzena apresenta comportamento semelhante ao
do mês de junho 1ª quinzena para todo país, com lâminas de 5 a 35 mm,
caracterizando o fim do período chuvoso no país.
Pode-se destacar a predominância, em todo o país, das maiores
precipitações na 1ª quinzena para todos os meses, exceto o mês de junho 1ª
quinzena e outubro 2ª quinzena, que apresentam índices relativamente menores
e, para o mês de julho 2ª quinzena que supera as demais, uma evidência do
regime transitório sinalizada pela deficiência hídrica no país.
Pode-se destacar a predominância nos índices de precipitação provável
de 160 mm em toda faixa do território nacional, com exceção da região sul
sudoeste, que apresenta chuvas prováveis de 200 mm para o mês de julho na 2ª
quinzena e na região centro leste, com 120 mm, caracterizando a variabilidade
natural das chuvas no país.
De modo geral, o plantio na 1ª quinzena de junho se faz com maior
risco. Para regiões situadas a leste, há necessidade de irrigação suplementar
considerando que a evapotranspiração diária em Guiné-Bissau é de cerca de 4,4
mm (Costa & Resende, 2004).
56
Este estudo demonstra que a implantação de sistemas de irrigação na
região pode ser necessária na forma suplementar para suprir a demanda hídrica
das culturas.
4.3 Séries temporais
Para Guiné-Bissau, nas Figuras 17 a 19 está descrito o comportamento
da série de precipitação nos três decêndios. A análise preliminar sugere a
presença de sazonalidade com periodicidade anual e ausência de tendência. O
pico acentuado no gráfico para séries de Bissau (b), Bissorã (c), Gubu (d) e
Bolama (f) demonstra comportamento de eventos extremos de chuvas isoladas
característica do mês mais chuvoso na região. A variabilidade temporal é alta
para todas as situações analisadas, tanto no 1º como no 2º e no 3º decêndio.
Constatou-se homogeneidade na distribuição temporal para as regiões litorâneas
para as estações de Cacheu (e) e Bolama (f) no 3º decêndio. Esses são locais
com maiores lâminas de chuvas em relação às demais localidades para esse
período específico.
Os gráficos da função de autocorrelação (fac) (Figuras 20 a 22) para
cada umas das séries apresentam comportamento senoidal (alternâncias de lados
da autocorrelação em relação ao eixo vertical), tornando mais evidente a
presença de componente sazonal na série. Estes gráficos apresentam picos nos
“lags” múltiplos de 5, o que é indicativo de uma série com sazonalidade de
período 5, uma vez que cada período de tamanho 5 corresponde a um período de
um ano, pois os valores das análises só foram considerados nos meses junho a
outubro de cada ano, já que 95% da precipitação ocorre nestes meses.
Observa-se que os períodos apresentam variabilidade sazonal, ou seja,
nenhum deles apresenta-se absolutamente regular em sua ocorrência, ficando
evidente a necessidade de uso de séries históricas mais recentes para atividades
de previsão.
57
1º decendio
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
Número de casos
-100
0
100
200
300
400
500
600
Prec
ipita
ção
dece
ndia
l (m
m)
-100
0
100
200
300
400
500
600
E
1º decendio
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
Número de casos
-100
0
100
200
300
400
500
Prec
ipita
ção
dece
ndia
l (m
m)
-100
0
100
200
300
400
500
C 1º decendio
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
Número de casos
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
Prec
ipita
ção
dece
ndia
l
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
D
1º decendio
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
Número de casos
-100
0
100
200
300
400
500
600
Prec
ipita
ção
dece
ndia
l (m
m)
-100
0
100
200
300
400
500
600
A 1º decendio
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
Número de casos
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
Prec
ipita
ção
dece
ndia
l (m
m)
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
B
1º decendio
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280
Número de casos
-100
0
100
200
300
400
500
600
700
800
Prec
ipita
ção
dece
ndia
l (m
m)
-100
0
100
200
300
400
500
600
700
800
F
FIGURA 17 Gráficos da série temporal original de precipitação decendial de
Bissau observatório (A), Bissorã (B), Buba (C), Gabu (D),
Cacheu (E) e Bolama (F), referente aos meses de junho a
outubro de cada ano, no 1º decêndio.
58
2º decendio
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
Número de casos
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
A
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
FIGURA 18 Gráficos da série temporal original de precipitação decendial de
Bissau observatório (a), Bissorã (b), Buba (c), Gabu (d), Cacheu
(e) e Bolama (f), referente aos meses de junho a outubro de cada
ano, no 2º decêndio.
Praç
ãoe
mm
)nd
ial (
dec
ecip
it
2º decendio
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
Número de casos
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
400
Prec
ipita
ção
dece
ndia
l (m
m)
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
400
B
2º decendio
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
Número de casos
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
400
Prec
en (
C
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
400
mm
)di
alec
ipita
ção
d
2º decendio
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
Número de casos
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
Prec
ipita
ção
dece
ndia
l (m
m)
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
D
2º decendio
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
Número de casos
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
400
raç
ãoe
m
2º decendio
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280
Número de casos
-100
0
100
200
300
400
500
600
700
Prec
ipita
çao
dece
ndia
l (m
m)
-100
0
100
200
300
400
500
600
700
FE
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
400
m)
ndia
l ( d
ecec
ipit
P
59
3º decendio
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
Número de casos
-100
0
100
200
300
400
500
600
ite
al (m
m)
cend
iaç
ão d
Prec
ip
-100
0
100
200
300
400
500
600
A 3º decendio
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
Número de casos
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
Prec
ipita
ção
dece
ndia
l (m
m)
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
B
3º decendio
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
Número de casos
-100
0
100
200
300
400
500
ite
(mm
)ce
ndia
laç
ão d
Prec
ip
-100
0
100
200
300
400
500
C 3º decendio
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
Número de casos
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
Prec
ipita
ção
dece
ndia
l (m
m)
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
D
3º decendio
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
Número de casos
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
Prc
(
3º decendio
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280
Número de casos
-100
0
100
200
300
400
500
600
Prec
ipita
ção
dece
ndia
l (m
m)
-100
0
100
200
300
400
500
600
FE
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
mm
)en
dial
ecip
itaçã
o de
FIGURA 19 Gráficos da série temporal original de precipitação decendial de
Bissau observatório (A), Bissorã (B), Buba (C), Gabu (D),
Cacheu (E) e Bolama (F), referente aos meses de junho a
outubro de cada ano, no 3º decêndio.
60
Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
A
FIGURA 20 Gráficos de funções de autocorrelação da série temporal
original de precipitação decendial de Bissau observatório (A),
Bissorã(B), Buba(C), Gabu (D), Cacheu (E) e Bolama (F),
referente aos meses de junho a outubro de cada ano, no 1º
decêndio.
36 +.126 .0625 35 +.312 .0627
+.125 .0629-.267 .0631-.299 .0632+.168 .0634+.387 .0636+.104 .0638
28 -.254 .0639-.270 .0641+.127 .0643+.410 .0645+.094 .0646-.283 .0648
22 -.290 .0650+.103 .0652+.401 .0653+.102 .0655-.312 .0657-.328 .0658+.098 .0660
15 +.367 .0662+.134 .0664-.336 .0665-.326 .0667+.214 .0669+.400 .0670
9 +.182 .06728 -.333 .06747 -.324 .06756 +.118 .06775 +.411 .06794 +.089 .06803 -.349 .0682
2 -.347 .06841 +.143 .0685
Lag Corr. S.E.
0613.8 0.000609.8 0.000585.0 0.000581.1 0.000563.1 0.000540.7 0.000533.7 0.000496.7 0.000494.1 0.000478.3 0.000460.5 0.000456.7 0.000416.2 0.000414.1 0.000394.9 0.000375.1 0.000372.6 0.000334.8 0.000332.4 0.000309.8 0.000285.0 0.000282.8 0.000252.0 0.000247.9 0.000222.4 0.000198.5 0.000188.3 0.000152.6 0.000145.3 0.000120.9 0.00097.85 .000094.82 .000058.13 .000056.43 .000030.23 .0000 4.38 .0364 Q p
34 33 32 31 30 29
27 26 25 24 23
21 20 19 18 17 16
14 13 12 11 10
Função de autocorrelação
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.113 .0583 35 +.386 .0584 34 +.113 .0586 33 -.243 .0587 32 -.249 .0588 31 +.173 .0590 30 +.366 .0591 29 +.047 .0592 28 -.294 .0594 27 -.271 .0595 26 +.169 .0596 25 +.330 .0598 24 +.026 .0599 23 -.260 .0600 22 -.272 .0602 21 +.188 .0603 20 +.363 .0604 19 +.088 .0606 18 -.291 .0607 17 -.285 .0608 16 +.142 .0609 15 +.410 .0611 14 +.081 .0612 13 -.281 .0613 12 -.236 .0615 11 +.166 .0616 10 +.424 .0617 9 +.094 .0618 8 -.345 .0620 7 -.282 .0621 6 +.143 .0622 5 +.399 .0624 4 +.114 .0625 3 -.321 .0626 2 -.307 .0627 1 +.195 .0629Lag Corr. S.E.
0655.3 0.000651.5 0.000608.0 0.000604.3 0.000587.1 0.000569.2 0.000560.6 0.000522.3 0.000521.6 0.000497.0 0.000476.3 0.000468.3 0.000437.9 0.000437.7 0.000419.0 0.000398.5 0.000388.8 0.000352.7 0.000350.6 0.000327.6 0.000305.7 0.000300.2 0.000255.1 0.000253.3 0.000232.4 0.000217.6 0.000210.3 0.000163.1 0.000160.8 0.000129.9 0.000109.2 0.000103.9 0.00063.03 .000059.73 .000033.50 .0000 9.60 .0019 Q p
B
Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
+.174 .0588+.391 .0589
34 +.105 .0590-.264 .0592-.219 .0593+.080 .0595+.418 .0596+.043 .0597
28 -.232 .0599 27 -.268 .0600
+.073 .0602+.414 .0603+.032 .0604-.248 .0606-.272 .0607
21 +.148 .0608+.372 .0610+.118 .0611-.317 .0612-.269 .0614+.094 .0615
15 +.474 .0616+.036 .0618-.253 .0619-.280 .0621+.131 .0622+.469 .0623
9 +.095 .0624 8 -.258 .0626
7 -.308 .06276 +.142 .06285 +.359 .06304 +.091 .06313 -.311 .0632
2 -.213 .06341 +.101 .0635
Lag Corr. S.E.
C
0635.8 0.000627.0 0.000582.9 0.000579.8 0.000559.9 0.000546.3 0.000544.5 0.000495.2 0.000494.6 0.000479.7 0.000459.7 0.000458.2 0.000411.0 0.000410.7 0.000394.0 0.000374.0 0.000368.1 0.000330.7 0.000327.0 0.000300.2 0.000281.0 0.000278.7 0.000219.6 0.000219.3 0.000202.6 0.000182.2 0.000177.8 0.000121.0 0.000118.7 0.000101.7 .000077.59 .000072.52 .000040.10 .000038.00 .000013.83 .0010 2.53 .1117 Q p
36 35
33 32 31 30 29
26 25 24 23 22
20 19 18 17 16
14 13 12 11 10
Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.068 .0588 35 +.293 .0589 34 +.109 .0590 33 -.198 .0592 32 -.249 .0593 31 +.164 .0595 30 +.394 .0596 29 +.081 .0597 28 -.190 .0599 27 -.217 .0600 26 +.096 .0602 25 +.316 .0603 24 +.070 .0604 23 -.247 .0606 22 -.223 .0607 21 +.196 .0608 20 +.264 .0610 19 +.149 .0611 18 -.130 .0612 17 -.240 .0614 16 +.106 .0615 15 +.373 .0616 14 +.093 .0618 13 -.193 .0619 12 -.187 .0621 11 +.117 .0622 10 +.401 .0623 9 +.112 .0624 8 -.221 .0626 7 -.251 .0627 6 +.125 .0628 5 +.277 .0630 4 +.168 .0631 3 -.213 .0632 2 -.228 .0634 1 +.109 .0635Lag Corr. S.E.
0445.6 0.000444.3 0.000419.6 0.000416.2 0.000405.0 0.000387.4 0.000379.8 0.000336.0 0.000334.2 0.000324.1 0.000311.0 0.000308.5 0.000281.0 0.000279.7 0.000263.0 0.000249.5 0.000239.2 0.000220.5 0.000214.6 0.000210.1 0.000194.8 0.000191.9 0.000155.3 0.000153.0 0.000143.3 0.000134.2 0.000130.7 0.00089.21 .000086.00 .000073.52 .000057.49 .000053.56 .000034.20 .000027.15 .000015.84 .0004 2.93 .0870 Q p
D
Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
+.133 .0631+.273 .0633
34 +.141 .0635 33 -.200 .0637
-.261 .0639+.147 .0640+.322 .0642+.110 .0644-.313 .0646
27 -.254 .0648+.063 .0649+.374 .0651+.103 .0653-.281 .0655-.317 .0657
21 +.095 .0658 20 +.446 .0660
+.045 .0662-.264 .0664-.309 .0666+.136 .0667+.312 .0669
14 +.049 .0671-.263 .0673-.311 .0674+.179 .0676+.238 .0678
9 +.156 .0680 8 -.314 .0681 7 -.246 .0683
6 +.088 .06855 +.313 .06874 +.151 .06883 -.264 .06902 -.313 .0692
1 +.090 .0693Lag Corr. S.E.
Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.176 .0573 35 +.334 .0575 34 +.047 .0576 33 -.271 .0577 32 -.234 .0579 31 +.084 .0580 30 +.387 .0581 29 +.075 .0582 28 -.195 .0584 27 -.259 .0585 26 +.124 .0586 25 +.335 .0587 24 +.019 .0589 23 -.291 .0590 22 -.235 .0591 21 +.098 .0592 20 +.308 .0594 19 +.062 .0595 18 -.301 .0596 17 -.236 .0597 16 +.082 .0598 15 +.371 .0600 14 +.051 .0601 13 -.300 .0602 12 -.287 .0603 11 +.117 .0605 10 +.399 .0606 9 +.146 .0607 8 -.230 .0608 7 -.258 .0609 6 +.138 .0611 5 +.302 .0612 4 +.115 .0613 3 -.270 .0614 2 -.213 .0615 1 +.110 .0617Lag Corr. S.E.
0551.4 0.000542.0 0.000508.1 0.000507.5 0.000485.5 0.000469.2 0.000467.1 0.000422.6 0.000421.0 0.000409.8 0.000390.2 0.000385.7 0.000353.0 0.000352.9 0.000328.5 0.000312.7 0.000310.0 0.000283.0 0.000282.0 0.000256.5 0.000240.9 0.000239.1 0.000200.8 0.000200.1 0.000175.2 0.000152.6 0.000148.9 0.000105.4 .000099.69 .000085.36 .000067.47 .000062.34 .000038.00 .000034.50 .000015.13 .0005 3.17 .0752 Q p
FE
0476.3 0.000471.8 0.000453.2 0.000448.3 0.000438.4 0.000421.7 0.000416.4 0.000391.3 0.000388.4 0.000364.8 0.000349.5 0.000348.5 0.000315.5 0.000313.0 0.000294.6 0.000271.3 0.000269.2 0.000223.5 0.000223.1 0.000207.2 0.000185.6 0.000181.5 0.000159.8 0.000159.3 0.000144.0 0.000122.8 0.000115.8 0.000103.4 .000098.17 .000076.93 .000063.99 .000062.34 .000041.52 .000036.68 .000022.09 .0000 1.67 .1965 Q p
19 18 17 16 15
13 12 11 10
32 31 30 29 28
26 25 24 23 22
36 35
61
Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.163 .0625
A
FIGURA 21 Gráficos de funções de autocorrelação da série temporal original
de precipitações decendial de Bissau observatório (A), Bissorã
(B), Buba (C), Gabu (D), Cacheu (E) e Bolama (F), referente aos
meses de junho a outubro de cada ano, no 2º decêndio.
35 34 33 32 31
+.317 .0627+.075 .0629-.214 .0631-.102 .0632+.182 .0634
30 +.366 .0636 29 +.095 .0638 28 -.213 .0639
-.099 .0641+.125 .0643+.363 .0645+.130 .0646-.257 .0648
22 -.222 .0650 21 +.108 .0652 20 +.351 .0653 19 +.137 .0655
-.187 .0657-.134 .0658+.195 .0660+.328 .0662+.166 .0664
13 -.147 .0665 12 -.237 .0667 11 +.208 .0669
+.428 .06709 +.124 .06728 -.274 .06747 -.232 .06756 +.174 .06775 +.432 .0679
4 +.179 .0680 3 -.234 .0682 2 -.278 .0684
1 +.209 .0685Lag Corr. S.E.
0450.9 0.000444.0 0.000418.5 0.000417.1 0.000405.6 0.000403.0 0.000394.8 0.000361.6 0.000359.4 0.000348.3 0.000346.0 0.000342.2 0.000310.5 0.000306.5 0.000290.7 0.000279.0 0.000276.3 0.000247.5 0.000243.1 0.000235.0 0.000230.9 0.000222.2 0.000197.7 0.000191.4 0.000186.5 0.000173.8 0.000164.2 0.000123.4 0.000120.0 0.000103.4 0.00091.60 .000085.00 .000044.54 .000037.65 .000025.86 .0000 9.31 .0023 Q p
10
18 17 16 15 14
27 26 25 24 23
Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.058 .0583 35 +.272 .0584 34 +.050 .0586 33 -.221 .0587 32 -.226 .0588 31 +.044 .0590 30 +.309 .0591 29 +.171 .0592 28 -.191 .0594 27 -.242 .0595 26 +.153 .0596 25 +.302 .0598 24 +.105 .0599 23 -.204 .0600 22 -.249 .0602 21 +.086 .0603 20 +.252 .0604 19 +.115 .0606 18 -.264 .0607 17 -.243 .0608 16 +.122 .0609 15 +.402 .0611 14 +.123 .0612 13 -.241 .0613 12 -.235 .0615 11 +.188 .0616 10 +.291 .0617 9 +.041 .0618 8 -.262 .0620 7 -.243 .0621 6 +.113 .0622 5 +.321 .0624 4 +.184 .0625 3 -.215 .0626 2 -.261 .0627 1 +.204 .0629Lag Corr. S.E.
0461.7 0.000460.7 0.000439.0 0.000438.3 0.000424.2 0.000409.4 0.000408.9 0.000381.6 0.000373.2 0.000362.9 0.000346.4 0.000339.8 0.000314.2 0.000311.2 0.000299.7 0.000282.6 0.000280.5 0.000263.1 0.000259.5 0.000240.6 0.000224.6 0.000220.6 0.000177.3 0.000173.2 0.000157.7 0.000143.2 0.000133.9 0.000111.7 0.000111.2 0.00093.30 .000077.97 .000074.68 .000048.16 .000039.48 .000027.72 .000010.48 .0012 Q p
B
Função de autocorrelação
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
+.039 .0588 35 +.308 .0589 34 +.083 .0590 33 -.277 .0592
-.167 .0593+.066 .0595+.280 .0596+.126 .0597-.178 .0599
27 -.154 .0600 26 +.119 .0602 25 +.297 .0603 24 +.098 .0604
-.241 .0606-.217 .0607+.084 .0608+.311 .0610+.122 .0611
18 -.254 .0612 17 -.216 .0614 16 +.078 .0615
+.344 .0616+.112 .0618-.218 .0619-.246 .0621+.191 .0622
10 +.285 .0623 9 +.077 .0624 8 -.211 .0626 7 -.198 .0627
6 +.164 .06285 +.388 .06304 +.115 .06313 -.214 .06322 -.220 .0634
1 +.205 .0635Lag Corr. S.E.
C
0423.1 0.000422.7 0.000395.4 0.000393.4 0.000371.5 0.000363.6 0.000362.4 0.000340.2 0.000335.8 0.000326.9 0.000320.3 0.000316.4 0.000292.2 0.000289.6 0.000273.7 0.000260.9 0.000259.0 0.000233.0 0.000229.0 0.000211.7 0.000199.4 0.000197.8 0.000166.7 0.000163.4 0.000151.0 0.000135.3 0.000125.9 0.000104.9 .0000103.4 .000092.01 .000082.09 .000075.24 .000037.28 .000033.93 .000022.43 .000010.42 .0012 Q p
15 14 13 12 11
23 22 21 20 19
32 31 30 29 28
36
Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.008 .0588 35 +.179 .0589 34 +.025 .0590 33 -.161 .0592 32 -.134 .0593 31 +.074 .0595 30 +.283 .0596 29 +.044 .0597 28 -.164 .0599 27 -.151 .0600 26 +.073 .0602 25 +.164 .0603 24 +.102 .0604 23 -.154 .0606 22 -.174 .0607 21 +.051 .0608 20 +.293 .0610 19 +.044 .0611 18 -.205 .0612 17 -.222 .0614 16 +.072 .0615 15 +.236 .0616 14 +.027 .0618 13 -.199 .0619 12 -.176 .0621 11 +.081 .0622 10 +.249 .0623 9 +.061 .0624 8 -.189 .0626 7 -.203 .0627 6 +.059 .0628 5 +.254 .0630 4 +.178 .0631 3 -.156 .0632 2 -.232 .0634 1 +.182 .0635Lag Corr. S.E.
0260.8 0.000260.8 0.000251.6 0.000251.4 0.000244.0 0.000238.9 0.000237.3 0.000214.7 0.000214.2 0.000206.7 0.000200.4 0.000198.9 0.000191.5 0.000188.7 0.000182.2 0.000174.0 0.000173.3 0.000150.2 0.000149.7 0.000138.5 0.000125.4 .0000124.1 0.000109.5 .0000109.3 .000099.00 .000090.98 .000089.30 .000073.39 .000072.44 .000063.35 .000052.89 .000052.02 .000035.74 .000027.74 .000021.65 .0000 8.23 .0041 Q p
D
Função de autocorrelação
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
+.082 .0631+.335 .0633+.123 .0635-.312 .0637
32 -.227 .0639 31 +.197 .0640 30 +.364 .0642 29 +.154 .0644
-.304 .0646-.241 .0648+.146 .0649+.375 .0651+.120 .0653
23 -.295 .0655 22 -.295 .0657 21 +.089 .0658
+.362 .0660+.152 .0662-.288 .0664-.370 .0666+.068 .0667
15 +.326 .0669 14 +.064 .0671 13 -.311 .0673 12 -.338 .0674
+.104 .0676+.359 .0678
9 +.105 .06808 -.287 .06817 -.232 .0683
6 +.163 .0685 5 +.435 .0687 4 +.138 .0688
3 -.308 .06902 -.337 .06921 +.220 .0693
Lag Corr. S.E.
11 10
20 19 18 17 16
28 27 26 25 24
36 35 34 33
0560.1 0.000558.5 0.000530.4 0.000526.6 0.000502.6 0.000489.9 0.000480.5 0.000448.3 0.000442.6 0.000420.5 0.000406.7 0.000401.6 0.000368.4 0.000365.1 0.000344.8 0.000324.6 0.000322.8 0.000292.8 0.000287.5 0.000268.8 0.000237.8 0.000236.8 0.000213.1 0.000212.2 0.000190.7 0.000165.6 0.000163.2 0.000135.1 0.000132.7 0.000115.1 0.000103.5 0.00097.82 0.00057.73 .000053.74 .000033.81 .000010.05 .0015 Q p
E Função de autocorrelação
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.191 .0573 35 +.478 .0575 34 +.185 .0576 33 -.334 .0577 32 -.250 .0579 31 +.167 .0580 30 +.405 .0581 29 +.113 .0582 28 -.352 .0584 27 -.292 .0585 26 +.114 .0586 25 +.417 .0587 24 +.141 .0589 23 -.311 .0590 22 -.272 .0591 21 +.115 .0592 20 +.438 .0594 19 +.119 .0595 18 -.337 .0596 17 -.317 .0597 16 +.112 .0598 15 +.463 .0600 14 +.153 .0601 13 -.300 .0602 12 -.311 .0603 11 +.197 .0605 10 +.455 .0606 9 +.167 .0607 8 -.366 .0608 7 -.347 .0609 6 +.128 .0611 5 +.410 .0612 4 +.107 .0613 3 -.314 .0614 2 -.325 .0615 1 +.208 .0617Lag Corr. S.E.
0877.3 0.000866.2 0.000797.1 0.000786.8 0.000753.3 0.000734.6 0.000726.3 0.000677.8 0.000674.1 0.000637.8 0.000612.9 0.000609.0 0.000558.7 0.000552.9 0.000525.1 0.000504.0 0.000500.2 0.000445.9 0.000441.8 0.000409.9 0.000381.8 0.000378.3 0.000318.8 0.000312.3 0.000287.5 0.000260.9 0.000250.3 0.000194.0 0.000186.4 0.000150.1 0.000117.7 0.000113.3 0.00068.29 .000065.26 .000039.18 .000011.33 .0008 Q p
F
62
Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
FIGURA 22 Gráficos de funções de autocorrelação da série temporal original
de precipitações decendial de Bissau observatório (A), Bissorã
(B), Buba (C), Gabu (D), Cacheu (E) e Bolama (F), referente aos
meses de junho a outubro de cada ano, no 3º decêndio
36 35 34 33
+.139 .0625+.233 .0627+.060 .0629-.255 .0631
32 -.248 .0632 31 +.166 .0634 30 +.365 .0636
+.180 .0638-.249 .0639-.284 .0641+.136 .0643+.379 .0645+.119 .0646
23 -.244 .0648 22 -.266 .0650 21 +.057 .0652
+.331 .0653+.164 .0655-.214 .0657-.258 .0658+.014 .0660
15 +.292 .0662 14 +.090 .0664 13 -.307 .0665
-.231 .0667+.086 .0669+.346 .0670
9 +.053 .06728 -.275 .06747 -.293 .0675
6 +.065 .0677 5 +.378 .0679 4 +.049 .0680
3 -.345 .06822 -.202 .06841 +.183 .0685
Lag Corr. S.E.
12 11 10
20 19 18 17 16
29 28 27 26 25 24
0459.0 0.000454.1 0.000440.2 0.000439.3 0.000422.9 0.000407.6 0.000400.7 0.000367.8 0.000359.8 0.000344.7 0.000325.0 0.000320.5 0.000286.0 0.000282.6 0.000268.4 0.000251.6 0.000250.8 0.000225.2 0.000218.9 0.000208.3 0.000192.9 0.000192.8 0.000173.4 0.000171.5 0.000150.2 0.000138.2 0.000136.5 0.000109.9 0.000109.3 0.00092.64 .000073.85 .000072.92 .000041.97 .000041.44 .000015.90 .0004 7.15 .0075 Q p
A Função de autocorrelação
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.176 .0583 35 +.391 .0584 34 +.082 .0586 33 -.256 .0587 32 -.208 .0588 31 +.159 .0590 30 +.272 .0591 29 +.078 .0592 28 -.235 .0594 27 -.193 .0595 26 +.087 .0596 25 +.339 .0598 24 +.136 .0599 23 -.216 .0600 22 -.181 .0602 21 +.132 .0603 20 +.388 .0604 19 +.154 .0606 18 -.196 .0607 17 -.172 .0608 16 +.132 .0609 15 +.363 .0611 14 +.106 .0612 13 -.204 .0613 12 -.193 .0615 11 +.100 .0616 10 +.291 .0617 9 +.099 .0618 8 -.226 .0620 7 -.275 .0621 6 +.075 .0622 5 +.345 .0624 4 +.216 .0625 3 -.245 .0626 2 -.190 .0627 1 +.208 .0629Lag Corr. S.E.
0479.8 0.000470.6 0.000425.9 0.000423.9 0.000404.9 0.000392.4 0.000385.1 0.000363.9 0.000362.2 0.000346.5 0.000335.9 0.000333.8 0.000301.6 0.000296.5 0.000283.6 0.000274.5 0.000269.8 0.000228.6 0.000222.2 0.000211.8 0.000203.7 0.000199.0 0.000163.8 0.000160.8 0.000149.6 0.000139.8 0.000137.1 0.000114.9 0.000112.4 0.00099.10 .000079.50 .000078.04 .000047.44 .000035.46 .000020.13 .000010.92 .0010 Q p
B
Função de autocorrelação
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.069 .0588 35 +.278 .0589 34 +.079 .0590
-.290 .0592-.216 .0593+.089 .0595+.347 .0596+.130 .0597
28 -.268 .0599 27 -.260 .0600 26 +.152 .0602 25 +.287 .0603
+.062 .0604-.205 .0606-.234 .0607+.098 .0608+.330 .0610
19 +.066 .0611 18 -.281 .0612 17 -.268 .0614
+.075 .0615+.319 .0616+.138 .0618-.246 .0619-.302 .0621
11 +.084 .0622 10 +.246 .0623 9 +.130 .0624 8 -.269 .0626
7 -.208 .06276 +.150 .06285 +.331 .06304 +.070 .06313 -.308 .0632
2 -.247 .0634 1 +.163 .0635Lag Corr. S.E.
C
0475.6 0.000474.2 0.000452.0 0.000450.2 0.000426.1 0.000412.9 0.000410.6 0.000376.8 0.000372.1 0.000352.1 0.000333.4 0.000327.0 0.000304.4 0.000303.3 0.000291.9 0.000277.1 0.000274.4 0.000245.2 0.000244.0 0.000223.0 0.000204.0 0.000202.5 0.000175.8 0.000170.8 0.000155.0 0.000131.4 0.000129.5 0.000113.9 0.000109.6 0.00091.08 .000080.06 .000074.37 .000046.81 .000045.57 .000021.80 .0000 6.57 .0104 Q p
16 15 14 13 12
24 23 22 21 20
33 32 31 30 29
Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.084 .0588 35 +.237 .0589 34 -.004 .0590 33 -.023 .0592 32 -.122 .0593 31 +.060 .0595 30 +.254 .0596 29 +.095 .0597 28 -.050 .0599 27 -.206 .0600 26 +.033 .0602 25 +.295 .0603 24 +.034 .0604 23 -.167 .0606 22 -.100 .0607 21 +.033 .0608 20 +.272 .0610 19 +.112 .0611 18 -.143 .0612 17 -.057 .0614 16 +.060 .0615 15 +.299 .0616 14 +.120 .0618 13 -.154 .0619 12 -.168 .0621 11 +.192 .0622 10 +.263 .0623 9 -.009 .0624 8 -.189 .0626 7 -.173 .0627 6 +.040 .0628 5 +.288 .0630 4 +.122 .0631 3 -.158 .0632 2 -.129 .0634 1 +.026 .0635Lag Corr. S.E.
0243.2 0.000241.1 0.000224.9 0.000224.8 0.000224.7 0.000220.4 0.000219.4 0.000201.2 0.000198.7 0.000198.0 0.000186.1 0.000185.8 0.000161.9 0.000161.6 0.000154.0 0.000151.3 0.000151.0 0.000131.0 .0000127.7 .0000122.2 .0000121.4 .0000120.4 .000096.93 .000093.17 .000086.96 .000079.64 .000070.11 .000052.29 .000052.27 .000043.13 .000035.56 .000035.17 .000014.28 .006510.54 .0145 4.32 .1153 .16 .6873 Q p
D
Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
+.060 .0631+.328 .0633+.060 .0635
33 -.235 .0637 32 -.241 .0639 31 +.166 .0640
+.336 .0642+.107 .0644-.281 .0646-.222 .0648+.112 .0649
25 +.265 .0651 24 +.075 .0653 23 -.256 .0655 22 -.211 .0657
+.132 .0658+.322 .0660+.084 .0662-.277 .0664-.346 .0666
16 +.112 .0667 15 +.279 .0669 14 +.085 .0671
-.269 .0673-.231 .0674+.136 .0676+.324 .0678
9 +.048 .0680 8 -.272 .0681 7 -.355 .0683 6 +.089 .0685 5 +.257 .0687
4 +.163 .06883 -.298 .06902 -.212 .06921 +.151 .0693
Lag Corr. S.E.
13 12 11 10
21 20 19 18 17
30 29 28 27 26
36 35 34
0418.3 0.000417.4 0.000390.6 0.000389.7 0.000376.0 0.000361.8 0.000355.1 0.000327.6 0.000324.9 0.000305.9 0.000294.2 0.000291.2 0.000274.6 0.000273.3 0.000258.0 0.000247.8 0.000243.7 0.000219.9 0.000218.3 0.000200.9 0.000173.9 0.000171.1 0.000153.6 0.000152.0 0.000136.1 0.000124.3 0.000120.3 0.00097.48 .000096.99 .000081.08 .000054.12 .000052.44 .000038.43 .000032.85 .000014.15 .0008 4.75 .0292 Q p
E Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.147 .0573 35 +.435 .0575 34 +.093 .0576 33 -.324 .0577 32 -.275 .0579 31 +.181 .0580 30 +.409 .0581 29 +.147 .0582 28 -.320 .0584 27 -.301 .0585 26 +.143 .0586 25 +.430 .0587 24 +.157 .0589 23 -.246 .0590 22 -.282 .0591 21 +.091 .0592 20 +.397 .0594 19 +.088 .0595 18 -.292 .0596 17 -.335 .0597 16 +.089 .0598 15 +.378 .0600 14 +.107 .0601 13 -.282 .0602 12 -.310 .0603 11 +.119 .0605 10 +.337 .0606 9 +.137 .0607 8 -.347 .0608 7 -.304 .0609 6 +.118 .0611 5 +.451 .0612 4 +.128 .0613 3 -.371 .0614 2 -.316 .0615 1 +.181 .0617Lag Corr. S.E.
0778.4 0.000771.8 0.000714.5 0.000711.9 0.000680.5 0.000657.9 0.000648.2 0.000598.7 0.000592.3 0.000562.3 0.000535.8 0.000529.9 0.000476.4 0.000469.2 0.000451.8 0.000429.1 0.000426.8 0.000382.1 0.000379.9 0.000355.9 0.000324.6 0.000322.3 0.000282.7 0.000279.6 0.000257.7 0.000231.3 0.000227.4 0.000196.4 0.000191.2 0.000158.8 0.000133.9 0.000130.2 0.00075.88 .000071.53 .000034.99 .0000 8.64 .0033 Q p
F
63
Construiu-se o periodograma das séries buscando evidenciar a presença
de sazonalidade e os mesmos confirmaram a existência de uma componente
sazonal de período 5, que pode ser constatado observando o pico existente no
gráfico com relação a este período (Figuras 23 a 25). Para verificar se este pico é
significativo, utilizou-se o teste g de Fischer (Moretin e Toloi, 2006), em que os
resultados confirmaram estatisticamente a presença de sazonalidade, pois, em
ambos os casos, obteve-se (Tabela 5). g z>
TABELA 5 Valores g e z para o teste de significância da componente
sazonal de Fisher, para os dados da série temporal original de
precipitação decendial de Bissau observatório, Bissorã, Buba,
Gabu, Cacheu e Bolama, referente aos meses de junho a outubro
de cada ano, nos três decêndios, respectivamente.
Precipitações decendias (mm) g z
Bissau observatório (0, 4419; 0, 3623; 0, 3656) 0, 03913
Bissorã (0, 3571; 0, 3506; 0, 3506) 0, 03422
Buba (0, 3398; 0,2577; 0, 3083) 0, 03422
Gabu (0, 2776; 0, 2515; 0, 2134) 0, 03422
Cacheu (0, 3289; 0, 3318; 0, 2755) 0, 04082
Bolama (0, 3417; 0, 3567; 0, 4269) 0, 03249
64
Análise Spectral
0 5 10
Periodo
0
1E5
2E5
3E5
4E5
5E5
6E5
A
0
1E5
2E5
3E5
4E5
5E5
6E5
Per
iodo
gram
alo
res d
ea
V
Análise Spectral
0 5 10
Periodo
0
1E5
2E5
3E5
4E5
5E5
Val
ores
de
Peri
odog
ram
a
0
1E5
2E5
3E5
4E5
5E5
B
Análise Spectral
0 5 10
Periodo
0
1E5
2E5
3E5
4E5
5E5
6E5
al
C
0
1E5
2E5
3E5
4E5
5E5
6E5
Per
iodo
gram
aor
es d
eV
Análise Spectral
0 5 10
Periodo
0
50000
1E5
1.5E5
2E5
2.5E5
3E5V
alor
es d
e Pe
riod
ogra
ma
0
50000
1E5
1.5E5
2E5
2.5E5
3E5
D
Análise Spectral
0 5 10
Periodo
0
50000
1E5
1.5E5
2E5
2.5E5
3E5
3.5E5
4E5
lo P
ogr
Análise Spectral
0 5 10
Periodo
0
2E5
4E5
6E5
8E5
1E6
Val
ores
de
Peri
odog
ram
a
0
2E5
4E5
6E5
8E5
1E6
FE
0
50000
1E5
1.5E5
2E5
2.5E5
3E5
3.5E5
4E5
ama
erio
dre
s de
Va
FIGURA 23 Gráficos de periodograma da série temporal original de
precipitações decendial de Bissau observatório (A), Bissorã (B),
Buba (C), Gabu (D), Cacheu (E) e Bolama (F), referente aos
meses de junho a outubro de cada ano, no 1º decêndio
65
Análise Spectral
0 5 10
Periodo
0
1E5
2E5
3E5
4E5
5E5
A
0
1E5
2E5
3E5
4E5
5E5
ama
s de
odog
r P
eri
Val
ore
Análise Spectral
0 5 10
Periodo
0
50000
1E5
1.5E5
2E5
2.5E5
3E5
3.5E5
4E5
Val
ores
de
Perio
dogr
ama
0
50000
1E5
1.5E5
2E5
2.5E5
3E5
3.5E5
4E5
B
Análise SpectralNo. of cases: 244
0 5 10
Periodo
0
50000
1E5
1.5E5
2E5
2.5E5
3E5
3.5E5
alor
Per
im
a
C
0
50000
1E5
1.5E5
2E5
2.5E5
3E5
3.5E5
odog
raes
de
V
Análise Spectral
0 5 10
Periodo
0
50000
1E5
1.5E5
2E5
2.5E5V
alor
es d
e Pe
riodo
gram
a
0
50000
1E5
1.5E5
2E5
2.5E5
D
Análise Spectral
0 5 10
Periodo
0
50000
1E5
1.5E5
2E5
2.5E5
3E5
3.5E5
ores
riod
aog
ram
de
PeV
al
0
50000
1E5
1.5E5
2E5
2.5E5
3E5
3.5E5
E Análise Spectral
0 5 10
Periodo
0
2E5
4E5
6E5
8E5
1E6
1.2E6
Val
ores
de
Perio
dogr
ama
0
2E5
4E5
6E5
8E5
1E6
1.2E6
F
FIGURA 24 Gráficos de periodograma da série temporal original de
precipitações decendial de Bissau observatório (A), Bissorã (B),
Buba (C), Gabu(d), Cacheu (E) e Bolama (F), referente aos
meses de junho a outubro de cada ano, no 2º decêndio.
66
Análise Spectral
0 5 10
Periodo
0
1E5
2E5
3E5
4E5
5E5
6E5
7E5
esod
ogra
ma
de
Peri
Val
or
0
1E5
2E5
3E5
4E5
5E5
6E5
7E5
A Análise Spectral
0 5 10
Periodo
0
50000
1E5
1.5E5
2E5
2.5E5
3E5
3.5E5
4E5
Val
ores
de
Perio
dogr
ama
0
50000
1E5
1.5E5
2E5
2.5E5
3E5
3.5E5
4E5B
Análise Spectral
0 5 10
Periodo
0
1E5
2E5
3E5
4E5
5E5
Val
Pe
am
C
0
1E5
2E5
3E5
4E5
5E5
ario
dogr
ores
de
Análise Spectral
0 5 10
Periodo
0
20000
40000
60000
80000
1E5
1.2E5
1.4E5
1.6E5
Val
ores
de
Perio
dogr
ama
0
20000
40000
60000
80000
1E5
1.2E5
1.4E5
1.6E5
D
Análise Spectral
0 5 10
Periodo
0
50000
1E5
1.5E5
2E5
2.5E5
3E5
3.5E5
ore
riod
aog
ram
s de
PeV
al
0
50000
1E5
1.5E5
2E5
2.5E5
3E5
3.5E5
E Análise Spectral
0 5 10
Periodo
0
2E5
4E5
6E5
8E5
1E6
1.2E6
Val
ores
de
Perio
dogr
ama
0
2E5
4E5
6E5
8E5
1E6
1.2E6
F
FIGURA 25 Gráficos de periodograma da série temporal original de
precipitações decendial de Bissau observatório (A), Bissorã (B),
Buba (C), Gabu(d), Cacheu (E) e Bolama (F), referente aos
meses de junho a outubro de cada ano, no 3º decêndio
67
Após confirmação da presença de uma componente sazonal de período
5, foi tomada uma diferença de “lag” igual a 5 na série, com o objetivo de torná-
la estacionária, verificando a possibilidades em estudos futuros de estimar o
modelo SARIMA, segundo Box & Jenkins (1976). Tomada essa diferença,
analisando novamente a função de autocorrelação (fac) e função de
autocorrelação parcial (facp) na série diferenciada, verificou-se, graficamente
(Figuras 22 a 31), que a componente senoidal havia sido eliminada, no entanto,
ainda existiam “lags” múltiplos de 5 significativos. Conclui-se, dessa forma, que
seria necessário, nos estudos futuros, incluir nos modelos de previsão uma
componente sazonal que considere a existência de sazonalidade estocástica.
68
Função de autocorrelção
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
A
FIGURA 26 Gráficos de funções de autocorrelação (fac) da diferença na
série temporal original de precipitações decendial de Bissau
observatório (A), Bissorã (B), Buba (C), Gabu (D), Cacheu (E) e
Bolama (F), referente aos meses de junho a outubro de cada ano,
no 1º decêndio
36 35 34 33 32 31
+.028 .0631-.078 .0633+.055 .0635-.014 .0637-.066 .0639+.069 .0640
30 +.072 .0642 29 -.002 .0644 28 +.029 .0646
+.007 .0648-.029 .0649+.028 .0651+.001 .0653-.011 .0655
22 +.033 .0657 21 -.039 .0658 20 -.028 .0660
-.051 .0662+.008 .0664-.017 .0666-.096 .0667-.038 .0669+.039 .0671
13 +.004 .0673 12 -.013 .0674 11 +.183 .0676
+.024 .06789 +.083 .06808 -.009 .06817 +.018 .06836 -.069 .0685
5 -.440 .0687 4 -.078 .0688 3 +.003 .0690
2 +.002 .06921 +.024 .0693
Lag Corr. S.E.
063.40 .003263.21 .002461.68 .002660.92 .002260.87 .001659.81 .001458.64 .001357.40 .001357.40 .000957.20 .000657.18 .000456.99 .000356.80 .000256.80 .000156.77 .000156.52 .000056.17 .000056.00 .000055.41 .000055.40 .000055.33 .000053.25 .000052.93 .000052.60 .000052.59 .000052.56 .000045.25 .000045.13 .000043.64 .000043.62 .000043.55 .000042.53 .0000 1.40 .8434 .13 .9886 .12 .9401 .12 .7259 Q p
10
19 18 17 16 15 14
27 26 25 24 23
Função de autocorrelação
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 -.061 .0588 35 +.068 .0589 34 +.092 .0590 33 +.030 .0592 32 +.023 .0593 31 +.057 .0595 30 +.012 .0596 29 -.035 .0597 28 -.074 .0599 27 -.023 .0600 26 -.025 .0602 25 -.055 .0603 24 -.065 .0604 23 +.061 .0606 22 +.007 .0607 21 +.049 .0608 20 -.019 .0610 19 +.065 .0611 18 -.031 .0612 17 -.047 .0614 16 -.053 .0615 15 +.028 .0616 14 -.035 .0618 13 +.052 .0619 12 +.080 .0621 11 +.044 .0622 10 +.037 .0623 9 -.001 .0624 8 -.072 .0626 7 -.012 .0627 6 -.052 .0628 5 -.519 .0630 4 -.038 .0631 3 +.021 .0632 2 -.010 .0634 1 +.096 .0635Lag Corr. S.E.
091.28 .000090.20 .000088.88 .000086.45 .000086.19 .000086.04 .000085.14 .000085.10 .000084.76 .000083.23 .000083.08 .000082.91 .000082.07 .000080.93 .000079.91 .000079.90 .000079.24 .000079.14 .000077.99 .000077.74 .000077.14 .000076.41 .000076.21 .000075.88 .000075.17 .000073.49 .000073.00 .000072.64 .000072.64 .000071.31 .000071.27 .000070.59 .0000 2.80 .5920 2.44 .4858 2.33 .3114 2.31 .1287 Q p
B
Função de autocorrelação
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.145 .0593 35 -.052 .0594 34 +.137 .0596 33 -.117 .0597
+.116 .0598-.087 .0600+.036 .0601-.044 .0603+.033 .0604
27 -.060 .0606 26 -.062 .0607 25 +.014 .0608
-.092 .0610+.043 .0611-.007 .0613+.105 .0614-.113 .0615
19 +.145 .0617 18 -.110 .0618 17 +.029 .0620 16 -.077 .0621
+.091 .0622-.128 .0624+.068 .0625-.003 .0627+.042 .0628
10 +.088 .0629 9 +.075 .0631 8 +.029 .0632
7 -.087 .06336 +.057 .06355 -.570 .06364 +.020 .06373 -.100 .0639
2 +.151 .0640 1 -.068 .0641Lag Corr. S.E.
C
0148.5 .0000142.5 .0000141.7 .0000136.4 .0000132.5 .0000128.8 .0000126.6 .0000126.3 .0000125.7 .0000125.4 .0000124.4 .0000123.4 .0000123.3 .0000121.1 .0000120.6 .0000120.6 .0000117.6 .0000114.3 .0000108.7 .0000105.5 .0000105.3 .0000103.8 .0000101.6 .000097.45 .000096.29 .000096.28 .000095.83 .000093.85 .000092.44 .000092.23 .000090.36 .000089.56 .0000 9.23 .0557 9.13 .0276 6.67 .0356 1.11 .2917 Q p
15 14 13 12 11
24 23 22 21 20
32 31 30 29 28
Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 -.077 .0593 35 -.027 .0594 34 -.053 .0596 33 +.000 .0597 32 -.073 .0598 31 +.109 .0600 30 +.116 .0601 29 -.008 .0603 28 +.040 .0604 27 +.025 .0606 26 -.101 .0607 25 -.013 .0608 24 -.055 .0610 23 -.114 .0611 22 +.012 .0613 21 +.124 .0614 20 -.122 .0615 19 +.089 .0617 18 +.118 .0618 17 -.053 .0620 16 -.072 .0621 15 +.061 .0622 14 -.051 .0624 13 -.023 .0625 12 +.081 .0627 11 -.002 .0628 10 +.111 .0629 9 -.028 .0631 8 -.022 .0632 7 -.056 .0633 6 +.016 .0635 5 -.581 .0636 4 +.078 .0637 3 +.017 .0639 2 +.006 .0640 1 -.049 .0641Lag Corr. S.E.
0128.3 .0000126.6 .0000126.4 .0000125.6 .0000125.6 .0000124.1 .0000120.8 .0000117.0 .0000117.0 .0000116.6 .0000116.4 .0000113.6 .0000113.6 .0000112.8 .0000109.3 .0000109.2 .0000105.1 .0000101.2 .000099.12 .000095.47 .000094.74 .000093.38 .000092.41 .000091.73 .000091.60 .000089.94 .000089.94 .000086.82 .000086.61 .000086.49 .000085.72 .000085.66 .0000 2.16 .7072 .67 .8798 .60 .7419 .59 .4430 Q p
D
Função de autocorrelação
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
+.013 .0637-.089 .0639+.097 .0641+.155 .0643
32 -.011 .0645 31 +.056 .0647 30 -.020 .0649
-.022 .0651-.108 .0652+.041 .0654-.094 .0656-.001 .0658
24 +.054 .0660 23 +.014 .0662 22 -.042 .0664 21 -.001 .0666
+.141 .0667-.056 .0669+.009 .0671+.000 .0673-.001 .0675
15 -.043 .0677 14 -.076 .0679 13 +.045 .0680
-.038 .0682+.107 .0684-.101 .0686
9 +.082 .06888 -.091 .0689
7 +.089 .0691 6 -.068 .0693 5 -.447 .0695 4 +.054 .0697
3 +.090 .06982 -.081 .07001 -.059 .0702
Lag Corr. S.E.
12 11 10
20 19 18 17 16
29 28 27 26 25
36 35 34 33
081.06 .000081.02 .000079.07 .000076.78 .000071.00 .000170.97 .000170.22 .000070.12 .000070.01 .000067.25 .000066.85 .000064.80 .000064.80 .000064.14 .000064.09 .000063.69 .000063.69 .000059.23 .000058.51 .000058.49 .000058.49 .000058.49 .000058.08 .000056.82 .000056.37 .000056.07 .000053.64 .000051.47 .000050.06 .000048.30 .000046.64 .000045.68 .0000 4.34 .3622 3.74 .2914 2.06 .3569 .71 .3980 Q p
E Função de autocorrelação
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.120 .0578 35 -.057 .0579 34 -.057 .0581 33 -.101 .0582 32 +.028 .0583 31 -.100 .0585 30 +.066 .0586 29 +.057 .0587 28 +.128 .0589 27 -.045 .0590 26 +.050 .0591 25 -.011 .0592 24 -.070 .0594 23 -.063 .0595 22 +.024 .0596 21 -.009 .0598 20 -.065 .0599 19 +.040 .0600 18 -.003 .0601 17 +.038 .0603 16 -.047 .0604 15 +.026 .0605 14 -.072 .0606 13 -.057 .0608 12 -.069 .0609 11 +.028 .0610 10 +.096 .0611 9 +.078 .0613 8 +.079 .0614 7 -.004 .0615 6 +.035 .0616 5 -.577 .0618 4 -.013 .0619 3 -.063 .0620 2 +.077 .0621 1 -.030 .0623Lag Corr. S.E.
0126.2 .0000121.9 .0000120.9 .0000119.9 .0000116.9 .0000116.7 .0000113.7 .0000112.4 .0000111.5 .0000106.7 .0000106.2 .0000105.4 .0000105.4 .0000104.0 .0000102.9 .0000102.7 .0000102.7 .0000101.5 .0000101.1 .0000101.1 .0000100.7 .0000100.1 .000099.87 .000098.46 .000097.57 .000096.28 .000096.08 .000093.63 .000092.01 .000090.34 .000090.34 .000090.02 .0000 2.86 .5811 2.82 .4202 1.78 .4113 .24 .6245 Q p
F
69
Função de autocorrelação
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 -.010 .0631
A
FIGURA 27 Gráficos de funções de autocorrelação (fac) da diferença na série
temporal original de precipitação decendial de Bissau
observatório (A), Bissorã (B), Buba (C), Gabu (D), Cacheu (E) e
Bolama (F), referente aos meses de junho a outubro de cada ano,
no 2º decêndio
35 34 33 32 31
-.017 .0633+.066 .0635+.019 .0637+.094 .0639+.055 .0640
30 +.059 .0642 29 -.003 .0644 28 +.031 .0646
+.102 .0648-.034 .0649+.001 .0651-.001 .0653-.100 .0655-.173 .0657
21 -.087 .0658 20 -.009 .0660 19 +.013 .0662
+.032 .0664+.154 .0666+.088 .0667-.073 .0669+.052 .0671
13 +.134 .0673 12 -.100 .0674 11 +.009 .0676
+.070 .06789 -.099 .06808 -.140 .06817 +.047 .06836 -.058 .06855 -.494 .0687
4 +.026 .0688 3 +.078 .0690 2 -.075 .0692
1 +.059 .0693Lag Corr. S.E.
098.02 .000098.00 .000097.93 .000096.84 .000096.75 .000094.57 .000093.84 .000092.99 .000092.99 .000092.76 .000090.29 .000090.02 .000090.02 .000090.01 .000087.71 .000080.78 .000079.03 .000079.01 .000078.97 .000078.73 .000073.41 .000071.67 .000070.46 .000069.86 .000065.89 .000063.68 .000063.67 .000062.59 .000060.46 .000056.22 .000055.74 .000055.03 .0000 3.30 .5094 3.16 .3681 1.88 .3911 .71 .3988 Q p
10
18 17 16 15 14
27 26 25 24 23 22
Função de autocorrelação
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 -.025 .0588 35 -.019 .0589 34 -.112 .0590 33 -.013 .0592 32 +.010 .0593 31 -.093 .0595 30 +.028 .0596 29 +.136 .0597 28 +.051 .0599 27 -.002 .0600 26 +.112 .0602 25 +.016 .0603 24 -.056 .0604 23 +.022 .0606 22 -.019 .0607 21 -.049 .0608 20 -.108 .0610 19 +.012 .0611 18 -.080 .0612 17 +.014 .0614 16 -.002 .0615 15 +.173 .0616 14 +.046 .0618 13 +.053 .0619 12 +.021 .0621 11 +.093 .0622 10 -.111 .0623 9 -.152 .0624 8 -.042 .0626 7 -.009 .0627 6 -.119 .0628 5 -.452 .0630 4 +.111 .0631 3 +.063 .0632 2 -.038 .0634 1 +.060 .0635Lag Corr. S.E.
0104.2 .0000104.1 .0000104.0 .0000100.4 .0000100.3 .0000100.3 .000097.83 .000097.61 .000092.40 .000091.67 .000091.67 .000088.22 .000088.14 .000087.30 .000087.17 .000087.07 .000086.43 .000083.28 .000083.23 .000081.53 .000081.48 .000081.48 .000073.58 .000073.03 .000072.31 .000072.19 .000069.94 .000066.76 .000060.81 .000060.37 .000060.35 .000056.77 .0000 5.35 .2535 2.24 .5250 1.26 .5330 .90 .3438 Q p
B
Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 -.105 .0593 35 +.001 .0594 34 +.043 .0596 33 -.124 .0597
+.025 .0598+.017 .0600-.019 .0601+.045 .0603+.136 .0604
27 +.060 .0606 26 +.051 .0607 25 -.032 .0608
-.064 .0610-.035 .0611-.018 .0613-.029 .0614-.029 .0615
19 +.044 .0617 18 -.058 .0618 17 +.010 .0620 16 -.061 .0621
+.096 .0622+.019 .0624+.029 .0625-.043 .0627+.124 .0628
10 -.157 .0629 9 -.071 .0631 8 +.007 .0632
7 +.043 .06336 -.068 .06355 -.370 .06364 -.015 .06373 +.016 .0639
2 -.019 .0640 1 +.095 .0641Lag Corr. S.E.
C
072.59 .000369.44 .000569.44 .000368.93 .000264.62 .000664.44 .000464.37 .000364.26 .000263.72 .000158.67 .000457.70 .000357.00 .000356.73 .000255.62 .000255.30 .000155.22 .000154.99 .000054.77 .000054.27 .000053.39 .000053.37 .000052.39 .000050.03 .000049.94 .000049.73 .000049.26 .000045.36 .000039.13 .000037.87 .000037.86 .000037.40 .000036.26 .0000 2.40 .6634 2.34 .5049 2.28 .3198 2.19 .1391 Q p
15 14 13 12 11
24 23 22 21 20
32 31 30 29 28
Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.008 .0588 35 +.179 .0589 34 +.025 .0590 33 -.161 .0592 32 -.134 .0593 31 +.074 .0595 30 +.283 .0596 29 +.044 .0597 28 -.164 .0599 27 -.151 .0600 26 +.073 .0602 25 +.164 .0603 24 +.102 .0604 23 -.154 .0606 22 -.174 .0607 21 +.051 .0608 20 +.293 .0610 19 +.044 .0611 18 -.205 .0612 17 -.222 .0614 16 +.072 .0615 15 +.236 .0616 14 +.027 .0618 13 -.199 .0619 12 -.176 .0621 11 +.081 .0622 10 +.249 .0623 9 +.061 .0624 8 -.189 .0626 7 -.203 .0627 6 +.059 .0628 5 +.254 .0630 4 +.178 .0631 3 -.156 .0632 2 -.232 .0634 1 +.182 .0635Lag Corr. S.E.
0260.8 0.000260.8 0.000251.6 0.000251.4 0.000244.0 0.000238.9 0.000237.3 0.000214.7 0.000214.2 0.000206.7 0.000200.4 0.000198.9 0.000191.5 0.000188.7 0.000182.2 0.000174.0 0.000173.3 0.000150.2 0.000149.7 0.000138.5 0.000125.4 .0000124.1 0.000109.5 .0000109.3 .000099.00 .000090.98 .000089.30 .000073.39 .000072.44 .000063.35 .000052.89 .000052.02 .000035.74 .000027.74 .000021.65 .0000 8.23 .0041 Q p
D
Função de autocorrelação
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
-.006 .0637+.000 .0639-.027 .0641-.088 .0643
32 +.050 .0645 31 +.113 .0647 30 +.020 .0649
+.091 .0651-.008 .0652+.025 .0654-.015 .0656+.003 .0658
24 -.072 .0660 23 +.005 .0662 22 +.032 .0664 21 -.008 .0666
+.021 .0667+.095 .0669+.029 .0671-.086 .0673-.052 .0675
15 -.037 .0677 14 -.075 .0679 13 -.019 .0680
-.051 .0682+.002 .0684-.062 .0686
9 -.017 .06888 +.020 .0689
7 +.155 .0691 6 -.011 .0693 5 -.404 .0695 4 -.027 .0697
3 +.010 .06982 -.102 .07001 +.111 .0702
Lag Corr. S.E.
12 11 10
20 19 18 17 16
29 28 27 26 25
36 35 34 33
060.81 .006160.80 .004460.80 .003260.61 .002458.74 .002758.15 .002255.07 .003554.98 .002553.01 .002953.00 .002052.85 .001452.79 .001052.79 .000651.60 .000651.59 .000451.36 .000251.35 .000151.25 .000149.22 .000149.03 .000147.38 .000146.78 .000046.49 .000045.27 .000045.20 .000044.65 .000044.64 .000043.83 .000043.77 .000043.68 .000038.64 .000038.61 .0000 4.76 .3126 4.61 .2024 4.59 .1006 2.48 .1153 Q p
E Função de autocorrelação
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.051 .0578 35 +.169 .0579 34 +.162 .0581 33 +.022 .0582 32 +.061 .0583 31 +.035 .0585 30 -.076 .0586 29 -.091 .0587 28 -.038 .0589 27 -.046 .0590 26 -.058 .0591 25 -.009 .0592 24 +.054 .0594 23 +.051 .0595 22 +.043 .0596 21 +.010 .0598 20 -.008 .0599 19 -.063 .0600 18 -.054 .0601 17 -.038 .0603 16 -.071 .0604 15 +.041 .0605 14 +.009 .0606 13 +.079 .0608 12 +.045 .0609 11 +.145 .0610 10 +.007 .0611 9 +.062 .0613 8 -.098 .0614 7 -.053 .0615 6 -.133 .0616 5 -.521 .0618 4 -.126 .0619 3 +.064 .0620 2 +.020 .0621 1 +.147 .0623Lag Corr. S.E.
0129.9 .0000129.2 .0000120.7 .0000112.9 .0000112.7 .0000111.7 .0000111.3 .0000109.6 .0000107.2 .0000106.7 .0000106.1 .0000105.2 .0000105.2 .0000104.3 .0000103.6 .0000103.1 .0000103.0 .0000103.0 .0000101.9 .0000101.1 .0000100.7 .000099.31 .000098.85 .000098.83 .000097.14 .000096.61 .000090.94 .000090.92 .000089.89 .000087.33 .000086.59 .000081.96 .000010.88 .0279 6.75 .0803 5.69 .0583 5.58 .0182 Q p
F
70
Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.023 .0631
A
FIGURA 28 Gráficos de funções de autocorrelação (fac) da diferença na série
temporal original de precipitação decendial de Bissau
observatório (A), Bissorã (B), Buba (C), Gabu (D), Cacheu (E) e
Bolama (F), referente aos meses de junho a outubro de cada ano,
no 3º decêndio
35 34 33 32 31
-.124 .0633-.090 .0635-.060 .0637-.042 .0639+.015 .0640
30 +.059 .0642 29 +.127 .0644 28 +.015 .0646
-.002 .0648+.080 .0649+.070 .0651-.075 .0653-.025 .0655-.023 .0657
21 -.061 .0658 20 -.004 .0660 19 +.103 .0662
+.092 .0664-.017 .0666-.084 .0667-.075 .0669-.042 .0671
13 -.108 .0673 12 +.072 .0674 11 +.066 .0676
+.011 .06789 -.027 .06808 +.090 .06817 -.124 .06836 -.096 .06855 -.468 .0687
4 -.106 .0688 3 -.174 .0690 2 +.207 .0692
1 +.193 .0693Lag Corr. S.E.
0108.6 .0000108.5 .0000104.6 .0000102.6 .0000101.7 .0000101.3 .0000101.3 .0000100.4 .000096.54 .000096.48 .000096.48 .000094.95 .000093.79 .000092.47 .000092.32 .000092.20 .000091.33 .000091.33 .000088.92 .000087.00 .000086.94 .000085.36 .000084.12 .000083.73 .000081.16 .000080.02 .000079.06 .000079.04 .000078.88 .000077.15 .000073.83 .000071.87 .000025.46 .000023.09 .000016.71 .0002 7.74 .0054 Q p
10
18 17 16 15 14
27 26 25 24 23 22
Função de autocorrelação
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.085 .0588 35 +.107 .0589 34 -.024 .0590 33 -.052 .0592 32 -.042 .0593 31 +.043 .0595 30 -.139 .0596 29 -.040 .0597 28 +.009 .0599 27 +.003 .0600 26 -.103 .0602 25 +.015 .0603 24 +.035 .0604 23 -.001 .0606 22 +.000 .0607 21 +.032 .0608 20 +.068 .0610 19 +.048 .0611 18 +.009 .0612 17 +.029 .0614 16 +.039 .0615 15 +.026 .0616 14 -.040 .0618 13 +.025 .0619 12 +.043 .0621 11 -.009 .0622 10 -.096 .0623 9 -.096 .0624 8 -.018 .0626 7 -.126 .0627 6 -.116 .0628 5 -.456 .0630 4 +.091 .0631 3 -.053 .0632 2 +.113 .0634 1 +.098 .0635Lag Corr. S.E.
093.78 .000091.69 .000088.42 .000088.25 .000087.50 .000087.00 .000086.47 .000081.06 .000080.60 .000080.58 .000080.58 .000077.65 .000077.58 .000077.24 .000077.24 .000077.24 .000076.96 .000075.73 .000075.10 .000075.08 .000074.85 .000074.45 .000074.27 .000073.86 .000073.70 .000073.22 .000073.20 .000070.81 .000068.42 .000068.33 .000064.29 .000060.89 .0000 8.37 .0790 6.29 .0985 5.59 .0613 2.40 .1216 Q p
B
Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 -.026 .0593 35 -.070 .0594 34 -.033 .0596
-.025 .0597+.081 .0598-.037 .0600+.078 .0601+.116 .0603
28 -.032 .0604 27 -.075 .0606 26 +.082 .0607
-.065 .0608-.051 .0610+.099 .0611+.051 .0613-.018 .0614
20 +.042 .0615 19 -.053 .0617 18 -.083 .0618 17 +.006 .0620
-.022 .0621+.041 .0622+.044 .0624+.053 .0625-.091 .0627
11 -.039 .0628 10 -.133 .0629 9 +.036 .0631
8 +.002 .06327 +.096 .06336 +.042 .06355 -.419 .06364 -.117 .0637
3 -.082 .0639 2 +.026 .0640 1 +.081 .0641Lag Corr. S.E.
C
083.39 .000083.20 .000081.81 .000081.50 .000081.33 .000079.52 .000079.13 .000077.43 .000073.73 .000073.44 .000071.89 .000070.09 .000068.94 .000068.26 .000065.65 .000064.96 .000064.88 .000064.41 .000063.67 .000061.87 .000061.86 .000061.73 .000061.30 .000060.80 .000060.09 .000057.96 .000057.58 .000053.13 .000052.80 .000052.80 .000050.48 .000050.05 .0000 6.75 .1495 3.41 .3325 1.77 .4126 1.61 .2045 Q p
16 15 14 13 12
25 24 23 22 21
33 32 31 30 29
Função de autocorrelação
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.094 .0593 35 -.049 .0594 34 -.132 .0596 33 +.131 .0597 32 +.071 .0598 31 -.004 .0600 30 -.022 .0601 29 +.128 .0603 28 +.058 .0604 27 -.126 .0606 26 -.039 .0607 25 +.061 .0608 24 -.090 .0610 23 -.107 .0611 22 +.061 .0613 21 -.009 .0614 20 -.041 .0615 19 +.032 .0617 18 +.023 .0618 17 +.092 .0620 16 -.069 .0621 15 +.045 .0622 14 +.087 .0624 13 +.016 .0625 12 -.077 .0627 11 +.195 .0628 10 -.065 .0629 9 -.174 .0631 8 -.045 .0632 7 -.024 .0633 6 -.084 .0635 5 -.448 .0636 4 +.169 .0637 3 +.010 .0639 2 +.055 .0640 1 -.081 .0641Lag Corr. S.E.
0119.9 .0000117.4 .0000116.8 .0000111.8 .0000107.0 .0000105.6 .0000105.6 .0000105.5 .0000101.0 .0000100.1 .000095.71 .000095.30 .000094.29 .000092.11 .000089.02 .000088.02 .000088.00 .000087.55 .000087.28 .000087.14 .000084.96 .000083.74 .000083.22 .000081.28 .000081.21 .000079.71 .000070.10 .000069.02 .000061.39 .000060.88 .000060.73 .000058.96 .0000 9.39 .0521 2.34 .5050 2.32 .3142 1.58 .2086 Q p
D
Função de autocorrelação
Limite dec confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
-.166 .0637+.054 .0639-.028 .0641
33 +.069 .0643 32 -.051 .0645 31 +.103 .0647
+.047 .0649+.068 .0651-.042 .0652-.000 .0654-.043 .0656
25 -.076 .0658 24 -.028 .0660 23 +.026 .0662 22 +.096 .0664
+.032 .0666+.069 .0667-.016 .0669-.038 .0671-.149 .0673
16 -.031 .0675 15 -.082 .0677 14 +.020 .0679
+.029 .0680+.132 .0682+.037 .0684+.084 .0686
9 -.097 .0688 8 +.002 .0689 7 -.159 .0691 6 -.056 .0693 5 -.540 .0695
4 +.086 .06973 -.073 .06982 +.164 .07001 +.033 .0702
Lag Corr. S.E.
13 12 11 10
21 20 19 18 17
30 29 28 27 26
36 35 34
0109.1 .0000102.3 .0000101.5 .0000101.3 .0000100.2 .000099.56 .000097.04 .000096.51 .000095.42 .000094.99 .000094.99 .000094.56 .000093.23 .000093.05 .000092.90 .000090.82 .000090.59 .000089.53 .000089.47 .000089.15 .000084.26 .000084.05 .000082.60 .000082.51 .000082.33 .000078.58 .000078.28 .000076.79 .000074.78 .000074.78 .000069.46 .000068.81 .0000 8.32 .0804 6.79 .0791 5.69 .0581 .22 .6411 Q p
E Função de autocorrelação
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 -.031 .0578 35 +.073 .0579 34 -.017 .0581 33 +.001 .0582 32 +.041 .0583 31 +.063 .0585 30 -.036 .0586 29 +.048 .0587 28 -.073 .0589 27 -.050 .0590 26 +.015 .0591 25 +.050 .0592 24 +.072 .0594 23 +.106 .0595 22 +.056 .0596 21 -.040 .0598 20 +.014 .0599 19 -.096 .0600 18 -.062 .0601 17 -.048 .0603 16 -.024 .0604 15 -.002 .0605 14 -.004 .0606 13 +.087 .0608 12 +.003 .0609 11 +.027 .0610 10 -.143 .0611 9 +.044 .0613 8 -.047 .0614 7 +.023 .0615 6 -.057 .0616 5 -.392 .0618 4 -.075 .0619 3 -.073 .0620 2 +.051 .0621 1 +.109 .0623Lag Corr. S.E.
075.00 .000174.71 .000173.14 .000173.05 .000173.05 .000072.56 .000071.40 .000071.02 .000070.37 .000068.82 .000068.09 .000068.03 .000067.32 .000065.83 .000062.64 .000061.75 .000061.30 .000061.25 .000058.69 .000057.62 .000056.99 .000056.84 .000056.84 .000056.83 .000054.76 .000054.76 .000054.57 .000049.08 .000048.57 .000047.99 .000047.85 .000047.00 .0000 6.61 .1579 5.15 .1615 3.74 .1540 3.06 .0805 Q p
F
71
Função de autocorrelação parcial
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
FIGURA 29 Gráficos de funções de autocorrelação parcial (facp) da
diferença na série temporal original de precipitação decendial de
Bissau observatório (A), Bissorã (C), Buba (C), Gabu (D),
Cacheu (E) e Bolama (F), referente aos meses de junho a
outubro de cada ano, no 1º decêndio
36 35 34 33 32
+.071 .0698+.012 .0698+.110 .0698+.029 .0698-.026 .0698
31 +.033 .0698 30 +.059 .0698 29 +.011 .0698 28 +.031 .0698
+.036 .0698-.083 .0698-.127 .0698+.004 .0698-.018 .0698
22 -.008 .0698 21 -.037 .0698 20 -.162 .0698
+.034 .0698+.010 .0698-.009 .0698+.067 .0698-.125 .0698+.094 .0698
13 +.006 .0698 12 +.007 .0698 11 +.152 .0698
-.222 .06989 +.024 .06988 -.012 .06987 +.021 .06986 -.078 .0698
5 -.439 .0698 4 -.078 .0698 3 +.003 .0698
2 +.001 .06981 +.024 .0698
Lag Corr. S.E.
10
19 18 17 16 15 14
27 26 25 24 23
A Função de autocorrelação parcial
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.109 .0639 35 -.061 .0639 34 -.002 .0639 33 -.048 .0639 32 -.044 .0639 31 +.164 .0639 30 -.152 .0639 29 -.114 .0639 28 -.039 .0639 27 -.009 .0639 26 +.054 .0639 25 -.144 .0639 24 -.044 .0639 23 +.008 .0639 22 +.044 .0639 21 +.048 .0639 20 -.105 .0639 19 +.050 .0639 18 -.084 .0639 17 +.073 .0639 16 +.010 .0639 15 -.164 .0639 14 -.042 .0639 13 -.062 .0639 12 +.068 .0639 11 +.099 .0639 10 -.322 .0639 9 -.005 .0639 8 -.068 .0639 7 -.030 .0639 6 +.052 .0639 5 -.516 .0639 4 -.043 .0639 3 +.024 .0639 2 -.019 .0639 1 +.096 .0639Lag Corr. S.E.
B
Função de autocorrelação parcial
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.034 .0645 35 -.063 .0645 34 +.054 .0645 33 -.062 .0645
+.017 .0645-.052 .0645-.115 .0645-.063 .0645-.010 .0645
27 -.089 .0645 26 +.099 .0645 25 -.123 .0645
+.026 .0645-.066 .0645-.006 .0645+.111 .0645-.082 .0645
19 +.080 .0645 18 -.018 .0645 17 -.028 .0645 16 +.060 .0645
-.099 .0645-.027 .0645+.070 .0645+.016 .0645+.084 .0645
10 -.336 .0645 9 +.099 .0645 8 -.052 .0645
7 +.079 .06456 -.012 .06455 -.561 .06454 -.012 .06453 -.084 .0645
2 +.147 .0645 1 -.068 .0645Lag Corr. S.E.
C
15 14 13 12 11
24 23 22 21 20
32 31 30 29 28
Função de autocorrelação parcial
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.013 .0645 35 +.084 .0645 34 -.157 .0645 33 -.017 .0645 32 -.056 .0645 31 +.088 .0645 30 -.100 .0645 29 +.018 .0645 28 +.006 .0645 27 +.017 .0645 26 -.007 .0645 25 -.246 .0645 24 +.034 .0645 23 +.036 .0645 22 -.028 .0645 21 +.001 .0645 20 -.118 .0645 19 +.030 .0645 18 +.113 .0645 17 +.017 .0645 16 -.132 .0645 15 -.092 .0645 14 -.037 .0645 13 -.073 .0645 12 +.015 .0645 11 +.005 .0645 10 -.338 .0645 9 +.070 .0645 8 -.005 .0645 7 -.069 .0645 6 -.026 .0645 5 -.579 .0645 4 +.080 .0645 3 +.018 .0645 2 +.004 .0645 1 -.049 .0645Lag Corr. S.E.
D
Função de autocorrelação parcial
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
-.030 .0707-.075 .0707+.015 .0707+.114 .0707
32 -.041 .0707 31 +.042 .0707 30 -.059 .0707
-.092 .0707-.087 .0707-.029 .0707-.001 .0707-.148 .0707
24 -.024 .0707 23 +.082 .0707 22 -.021 .0707 21 +.084 .0707
-.249 .0707-.013 .0707+.033 .0707+.037 .0707+.016 .0707
15 -.375 .0707 14 +.046 .0707 13 +.032 .0707
-.020 .0707+.015 .0707-.370 .0707
9 +.162 .07078 -.039 .0707
7 +.023 .0707 6 -.138 .0707 5 -.435 .0707 4 +.059 .0707
3 +.081 .07072 -.085 .07071 -.059 .0707
Lag Corr. S.E.
12 11 10
20 19 18 17 16
29 28 27 26 25
36 35 34 33
E Função de autocorrelação parcial
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.011 .0626 35 -.136 .0626 34 -.074 .0626 33 -.015 .0626 32 +.057 .0626 31 -.054 .0626 30 -.130 .0626 29 -.011 .0626 28 -.012 .0626 27 +.043 .0626 26 +.070 .0626 25 -.200 .0626 24 -.059 .0626 23 -.144 .0626 22 +.025 .0626 21 -.020 .0626 20 -.178 .0626 19 +.050 .0626 18 -.015 .0626 17 -.053 .0626 16 +.024 .0626 15 -.198 .0626 14 +.030 .0626 13 +.029 .0626 12 +.002 .0626 11 +.062 .0626 10 -.362 .0626 9 +.074 .0626 8 +.052 .0626 7 +.095 .0626 6 -.003 .0626 5 -.574 .0626 4 -.022 .0626 3 -.059 .0626 2 +.076 .0626 1 -.030 .0626Lag Corr. S.E.
F
72
Função de autocorrelação parcial
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.002 .0698
FIGURA 30 Gráficos de funções de autocorrelação parcial (facp) da
diferença na série temporal original de precipitação decendial de
Bissau observatório (A), Bissorã (C), Buba (C), Gabu (D),
Cacheu (E) e Bolama (F), referente aos meses de junho a
outubro de cada ano, no 2º decêndio
35 34 33 32 31
-.031 .0698+.081 .0698+.014 .0698+.138 .0698-.039 .0698
30 -.053 .0698 29 -.022 .0698 28 -.014 .0698
-.062 .0698-.031 .0698-.127 .0698+.019 .0698+.013 .0698-.150 .0698
21 +.040 .0698 20 -.208 .0698 19 +.003 .0698
+.139 .0698+.006 .0698+.102 .0698-.199 .0698-.077 .0698
13 +.031 .0698 12 -.115 .0698 11 -.020 .0698
-.234 .06989 -.060 .06988 -.114 .06987 -.014 .06986 +.011 .06985 -.492 .0698
4 +.009 .0698 3 +.088 .0698 2 -.078 .0698
1 +.059 .0698Lag Corr. S.E.
10
18 17 16 15 14
27 26 25 24 23 22
A Função de autocorrelação parcial
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 -.010 .0639 35 -.000 .0639 34 +.006 .0639 33 +.031 .0639 32 -.039 .0639 31 +.088 .0639 30 -.104 .0639 29 +.091 .0639 28 +.028 .0639 27 -.024 .0639 26 +.150 .0639 25 -.071 .0639 24 -.071 .0639 23 -.030 .0639 22 +.033 .0639 21 +.040 .0639 20 -.142 .0639 19 -.034 .0639 18 -.042 .0639 17 +.003 .0639 16 +.048 .0639 15 -.122 .0639 14 -.030 .0639 13 +.096 .0639 12 -.020 .0639 11 +.073 .0639 10 -.373 .0639 9 -.040 .0639 8 -.009 .0639 7 -.039 .0639 6 -.051 .0639 5 -.469 .0639 4 +.102 .0639 3 +.068 .0639 2 -.042 .0639 1 +.060 .0639Lag Corr. S.E.
B
Função de autocorrelação parcial
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
+.013 .0645 35 -.163 .0645 34 +.075 .0645 33 -.066 .0645
+.046 .0645+.140 .0645-.147 .0645-.006 .0645+.087 .0645+.028 .0645
26 +.077 .0645 25 -.075 .0645 24 -.069 .0645
-.049 .0645-.071 .0645+.063 .0645-.116 .0645-.002 .0645
18 -.032 .0645 17 -.003 .0645 16 +.075 .0645
-.128 .0645-.084 .0645+.075 .0645-.046 .0645+.173 .0645-.331 .0645
9 -.082 .0645 8 +.010 .0645 7 +.039 .0645
6 +.001 .06455 -.370 .06454 -.019 .06453 +.020 .06452 -.029 .0645
1 +.095 .0645Lag Corr. S.E.
C
15 14 13 12 11 10
23 22 21 20 19
32 31 30 29 28 27
36
Função de autocorrelaçõ parcial
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 -.069 .0645 35 -.065 .0645 34 -.048 .0645 33 -.046 .0645 32 -.020 .0645 31 +.067 .0645 30 -.012 .0645 29 +.102 .0645 28 +.037 .0645 27 -.066 .0645 26 +.042 .0645 25 -.189 .0645 24 +.023 .0645 23 +.023 .0645 22 -.026 .0645 21 -.033 .0645 20 -.024 .0645 19 -.040 .0645 18 +.010 .0645 17 -.056 .0645 16 +.030 .0645 15 -.242 .0645 14 +.007 .0645 13 +.019 .0645 12 +.031 .0645 11 +.013 .0645 10 -.284 .0645 9 +.063 .0645 8 +.054 .0645 7 -.047 .0645 6 +.021 .0645 5 -.502 .0645 4 +.062 .0645 3 +.071 .0645 2 -.064 .0645 1 +.074 .0645Lag Corr. S.E.
D
Função de autocorrelação parcial
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
+.115 .0707-.066 .0707+.076 .0707-.081 .0707
32 +.037 .0707 31 +.099 .0707 30 -.077 .0707 29 +.043 .0707
+.040 .0707-.011 .0707-.070 .0707-.093 .0707-.072 .0707
23 +.072 .0707 22 -.055 .0707 21 +.019 .0707
-.145 .0707-.011 .0707+.043 .0707-.084 .0707+.005 .0707
15 -.209 .0707 14 -.116 .0707 13 -.022 .0707 12 +.019 .0707
+.091 .0707-.271 .0707
9 -.006 .07078 -.002 .07077 +.075 .0707
6 +.093 .0707 5 -.402 .0707 4 -.046 .0707
3 +.036 .07072 -.115 .07071 +.111 .0707
Lag Corr. S.E.
11 10
20 19 18 17 16
28 27 26 25 24
36 35 34 33
E Função de autocorrelação parcial
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.039 .0626 35 -.027 .0626 34 +.017 .0626 33 +.022 .0626 32 +.091 .0626 31 -.012 .0626 30 -.191 .0626 29 -.148 .0626 28 +.027 .0626 27 -.012 .0626 26 -.028 .0626 25 -.110 .0626 24 -.051 .0626 23 +.032 .0626 22 -.000 .0626 21 +.109 .0626 20 -.131 .0626 19 -.054 .0626 18 -.014 .0626 17 -.017 .0626 16 +.089 .0626 15 -.203 .0626 14 -.038 .0626 13 +.040 .0626 12 -.021 .0626 11 +.143 .0626 10 -.368 .0626 9 -.020 .0626 8 -.035 .0626 7 -.001 .0626 6 -.022 .0626 5 -.504 .0626 4 -.148 .0626 3 +.063 .0626 2 -.001 .0626 1 +.147 .0626Lag Corr. S.E.
F
73
Função de autocorrelação parcial
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.004 .0698
FIGURA 31 Gráficos de funções de autocorrelação parcial (facp) da
diferença na série temporal original de precipitação decendial de
Bissau observatório (A), Bissorã (B), Buba (C), Gabu (D),
Cacheu (E) e Bolama (F), referente aos meses de junho a
outubro de cada ano, no 3º decêndio.
35 34 33 32 31
-.118 .0698+.029 .0698-.033 .0698-.023 .0698-.102 .0698
30 -.064 .0698 29 +.087 .0698 28 +.000 .0698
-.037 .0698-.046 .0698-.086 .0698-.133 .0698-.059 .0698+.096 .0698
21 -.097 .0698 20 -.248 .0698 19 -.037 .0698
-.064 .0698+.061 .0698+.008 .0698-.156 .0698-.096 .0698
13 -.218 .0698 12 +.036 .0698 11 +.156 .0698
-.250 .06989 -.102 .06988 -.037 .06987 +.018 .06986 +.057 .06985 -.396 .0698
4 -.075 .0698 3 -.259 .0698 2 +.177 .0698
1 +.193 .0698Lag Corr. S.E.
10
18 17 16 15 14
27 26 25 24 23 22
A Função de autocorrelação parcial
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.058 .0639 35 -.083 .0639 34 +.023 .0639 33 -.062 .0639 32 +.028 .0639 31 -.041 .0639 30 -.167 .0639 29 -.018 .0639 28 +.025 .0639 27 +.088 .0639 26 -.088 .0639 25 -.088 .0639 24 +.042 .0639 23 -.002 .0639 22 -.006 .0639 21 +.052 .0639 20 -.188 .0639 19 -.014 .0639 18 -.018 .0639 17 -.003 .0639 16 +.019 .0639 15 -.300 .0639 14 -.042 .0639 13 -.047 .0639 12 +.001 .0639 11 -.006 .0639 10 -.382 .0639 9 +.032 .0639 8 -.058 .0639 7 -.018 .0639 6 -.034 .0639 5 -.477 .0639 4 +.093 .0639 3 -.075 .0639 2 +.105 .0639 1 +.098 .0639Lag Corr. S.E.
B
Função de autocorrelação parcial
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
+.014 .0645 35 -.140 .0645 34 +.035 .0645 33 -.030 .0645
+.053 .0645+.063 .0645-.075 .0645+.007 .0645-.017 .0645-.054 .0645
26 +.095 .0645 25 -.179 .0645 24 -.120 .0645
+.008 .0645+.063 .0645-.037 .0645-.175 .0645-.011 .0645
18 -.114 .0645 17 +.015 .0645 16 +.035 .0645
-.262 .0645+.008 .0645-.026 .0645-.004 .0645+.080 .0645-.346 .0645
9 -.041 .0645 8 -.101 .0645 7 +.105 .0645
6 +.103 .06455 -.408 .06454 -.105 .06453 -.086 .06452 +.019 .0645
1 +.081 .0645Lag Corr. S.E.
C
15 14 13 12 11 10
23 22 21 20 19
32 31 30 29 28 27
36
Função de autocorrelação parcial
Limite de confiança-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 +.034 .0645 35 -.108 .0645 34 +.015 .0645 33 +.024 .0645 32 +.036 .0645 31 -.024 .0645 30 -.045 .0645 29 +.111 .0645 28 -.080 .0645 27 +.015 .0645 26 -.003 .0645 25 -.048 .0645 24 -.061 .0645 23 -.121 .0645 22 +.135 .0645 21 +.034 .0645 20 -.176 .0645 19 +.071 .0645 18 -.012 .0645 17 +.057 .0645 16 +.080 .0645 15 -.250 .0645 14 +.010 .0645 13 -.020 .0645 12 -.056 .0645 11 +.105 .0645 10 -.308 .0645 9 -.043 .0645 8 -.033 .0645 7 +.003 .0645 6 -.180 .0645 5 -.439 .0645 4 +.170 .0645 3 +.018 .0645 2 +.049 .0645 1 -.081 .0645Lag Corr. S.E.
D
Função de autocorrelação parcial
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
-.007 .0707-.061 .0707-.017 .0707-.011 .0707
32 -.082 .0707 31 +.133 .0707 30 -.174 .0707 29 -.012 .0707
-.021 .0707+.056 .0707+.045 .0707-.225 .0707-.128 .0707
23 -.010 .0707 22 -.051 .0707 21 +.068 .0707
-.171 .0707+.005 .0707+.009 .0707-.053 .0707+.011 .0707
15 -.291 .0707 14 -.047 .0707 13 -.013 .0707 12 +.085 .0707
+.042 .0707-.285 .0707
9 +.026 .07078 -.039 .07077 -.000 .0707
6 -.026 .0707 5 -.542 .0707 4 +.067 .0707
3 -.085 .07072 +.163 .07071 +.033 .0707
Lag Corr. S.E.
11 10
20 19 18 17 16
28 27 26 25 24
36 35 34 33
E Função de autocorrelação parcial
Limite de confiança
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.00
36 -.030 .0626 35 -.047 .0626 34 +.025 .0626 33 +.021 .0626 32 +.035 .0626 31 +.037 .0626 30 -.180 .0626 29 -.002 .0626 28 +.017 .0626 27 -.016 .0626 26 -.049 .0626 25 -.158 .0626 24 -.073 .0626 23 +.040 .0626 22 +.056 .0626 21 -.038 .0626 20 -.239 .0626 19 -.089 .0626 18 -.107 .0626 17 +.008 .0626 16 +.034 .0626 15 -.284 .0626 14 +.004 .0626 13 -.025 .0626 12 +.052 .0626 11 +.059 .0626 10 -.348 .0626 9 +.018 .0626 8 -.125 .0626 7 +.058 .0626 6 +.017 .0626 5 -.379 .0626 4 -.062 .0626 3 -.084 .0626 2 +.040 .0626 1 +.109 .0626Lag Corr. S.E.
F
74
4.4 Intensidade média máxima de chuvas
Na Figura 32 apresentam-se as retas de precipitações máximas
desagregadas com durações de 24 horas, 1 hora e 6 minutos, para os períodos de
retorno correspondentes. Pode-se observar o bom ajuste das retas das
precipitações máximas para diferentes tempos e períodos de retorno,
comportamento este verificado também para as demais estações estudadas,
permitindo a determinação das precipitações máximas para diferentes durações e
período de retorno no país.
FIGURA 32 Gráfico das relações entre alturas máximas precipitadas em
diferentes tempos de duração e períodos de retorno, obtidas pelo
método das isozonas para Guiné-Bissau.
Equações gerais para duração de 6 min até 24 h (1.440 min) foram
ajustadas para tempos de retorno de 2, 5 e 10 anos. A lâmina que relaciona
alturas máximas precipitadas em diferentes tempos de duração e período de
retorno foi calculada pela equação 14, nos tempos de durações maiores ou iguais
a 6 até 1.440 minutos para todas as estações.
75
Na Tabela 6 encontram-se os parâmetros das equações que relacionam
alturas máximas de chuvas precipitadas em diferentes tempos de duração. Todas
as equações apresentam alto coeficiente de determinação, aproximadamente
igual a 1 para diferentes períodos de retorno permitindo, assim, boa
confiabilidade nos resultados, podendo ser aplicadas para a determinação de
lâminas máximas de chuvas precipitadas para estimativa de intensidade média
máxima de chuvas, desde que sejam obedecidos os limites nos intervalos de
tempo de durações e período de retorno estabelecido.
76
TABELA 6 Parâmetros da equação (Lp = a * Ln(T) – b) que relaciona as
alturas máximas de chuvas com tempos de duração entre 6 a
1.440 minutos, em Guiné-Bissau, para TR de 2; 5 e 10 anos.
TR (anos)
2 5 10
Parâmetros das equações Estações Lat Long
a b a b a b R2
Bafata 12°10' 14°40' 16,41 25,97 21,36 32,04 24,72 37,07 0,9996
Banbadinca 12°3' 14°50' 16,48 24,71 24,59 36,87 29,95 44,92 0,9996
Bissorã 12°14' 15°27' 24,58 36,86 34,35 51,51 40,82 61,21 0,9996
Bolama 11°36' 15°29' 17,15 25,72 21,95 32,92 25,13 37,68 0,9996
Buba 11°36' 15°05' 24,59 36,88 32,01 47,99 36,91 55,35 0,9996
Bubaque 11°04' 16°02' 19,40 29,09 24,49 36,73 27,87 41,79 0,9996
Bula 12°03' 15°44' 25,04 37,54 34,33 51,48 40,48 60,70 0,9996
Cacheu 12°12' 15°52' 25,04 37,54 25,17 37,75 29,33 43,98 0,9996
Cacine 11°08' 15°01' 16,01 24,01 20,48 30,17 23,44 35,14 0,9996
Caió 11°50' 16°19' 18,43 27,65 26,16 39,22 31,26 46,88 0,9996
Canchungo 12°2' 15°58' 28,05 42,05 38,63 57,92 45,63 68,42 0,9996
Catio 11º17' 15º16' 21,86 32,8 29,07 43,59 40,18 60,7 0,9996
Farim 12º29' 15º30' 19,36 29,03 24,88 37,31 28,54 42,79 0,9996
Fulacunda 11º48' 15º8' 25,15 37,71 32,39 48,58 37,19 55,77 0,9996
Gabu 12º17' 14º14' 16,02 24,01 20,47 30,69 23,43 35,13 0,9996
Boe 11º48' 14º12' 20,39 30,58 28,01 42 33,05 49,56 0,9996
Mansaba 12º17' 15º07' 17,46 26,18 20,36 30,53 22,29 33,42 0,9996
Pirada 11º40' 14º10' 15,71 23,56 19,14 28,69 21,41 32,10 0,9996
Pitche 12º19' 13º57' 16,05 24,07 21,08 31,61 24,40 36,59 0,9996
Porto Gole 12º17' 14º14' 17,08 25,62 23,42 35,11 27,61 41,39 0,9996
Xitole 11º46' 14º48' 17,08 25,62 23,42 35,11 27,61 41,39 0,9996
Bissau Obs 11º51' 15º36' 15,31 22,95 18,37 27,55 20,41 30,59 0,9996
77
É possível observar que, para todas as estações estudadas, os valores
estimados para intensidades médias máximas com duração de 30 minutos são
superiores a 59,61 mm/h (Tabela 7), sendo, portanto, todas erosivas pelo critério
de Maria (1994). As estações de Cacine, no extremo sul do país, apresentam
intensidade média máxima superior a 100 mm/h.
78
TABELA 7 Intensidade média máxima para tempo de duração de 30 minutos
para os períodos de retorno de 2, 5 e 10 anos.
TR (anos)
2 5 10 Estações
I30min (mm/h)
Bafata 59,71 81,27 94,0 Banbadinca 62,70 93,5 113,9
Bissorã 65,26 83,51 95,60 Bolama 93,56 121,74 140,40 Buba 73,80 93,18 106,02
Bubaque 95,21 130,58 153,98 Bula 95,21 95,75 111,57
Cacheu 70,13 99,48 118,92 Cacine 106,68 146,93 173,57 Caio 83,21 110,56 153,98
Canchungo 73,65 94,64 108,54 Catio 95,65 123,22 141,48 Farim 60,92 77,87 89,10
Fulacunda 77,58 106,54 125,71 Gabu 60,90 77,90 89,15 Boe 66,41 77,46 84,77
Mansaba 59,75 72,80 81,44 Pirada 61,07 80,17 92,82 Pitche 58,21 69,89 77,61
Porto Gole 64,99 89,06 105,00 Xitole 64,99 89,06 105,00
Bissau Obs 93,50 130,66 155,27
Na Tabela 8 apresentam-se os parâmetros de ajuste do modelo de
semivariograma exponencial para precipitação média máxima diária anual, para
tempo de duração de 30 minutos e períodos de retorno de 2, 5 e 10 anos e na
Figura 33, o semivariograma ajustado. Observa-se bom ajuste do modelo com
79
grau de dependência espacial superior a 75%, caracterizando-se uma forte
estrutura de dependência espacial, conforme relatado também por Mello et al.,
(2008), que trabalharam com chuvas intensas no estado de Minas Gerais.
O alcance do modelo ajustado descreve as características de
continuidade espacial de chuvas intensas, especialmente as de natureza
convectivas, uma vez que os alcances variam de 60,3 a 114,39 km.
TABELA 8 Parâmetro do modelo de semivariograma (C0: efeito pepita;
C0+C1: patamar; A: alcance), GD: grau de dependência espacial
para intensidade média máxima de chuvas, para Guiné-Bissau.
Parâmetros C0 C0+C1 A (m) GD(%)
TR 2 anos 0 99,523 38125,017 100
TR 5 anos 0 133,6334 20540,4416 100
TR 10 anos
I30min
0 539,3848 37369,0698 100
80
81
FIGURA 33 Semivariograma exponencial ajustado para precipitação média máxima anual com duração de 30
minutos e tempo de retorno de 2 (A), 5 (B) e 10 (C) anos.
Os valores de intensidades média máxima em 30 minutos para Guiné-
Bissau (Figura 34) comportam-se espacialmente com valores variados, porém,
com tendência de aumento forte no sentido Norte-Sul, com amplitudes variando
de 59,7 a 106,7 mm/h, para tempo de retorno de dois anos e de 81,3 a 146,9
mm/h para tempos de retorno de cinco anos e 77,6 a 173,6 mm/h para tempos de
retorno de dez anos.
82
83
FIGURA 34 Mapa de intensidade média máxima anual com duração de 30 minutos e tempo de retorno de 2 anos (a
esquerda) e 5 anos (a direita), para Guiné-Bissau
84
FIGURA 35 Mapa de intensidade média máxima anual com duração de 30 minutos e tempo de retorno de 10 anos,
para Guiné-Bissau.
Na Tabela 9 encontram-se os parâmetros das equações de intensidade
duração-frequência. Verifica-se que os parâmetros C e to foram os que
proporcionaram as maiores diferenças, sendo as mais sensíveis à metodologia de
ajuste desta distribuição. Observa-se que os ajustes dos modelos proporcionaram
coeficientes de determinação elevados (R2) e altamente significativos, refletindo
a boa qualidade do ajuste; além disso, os erros médios (ERM) proporcionados
são baixos.
85
TABELA 9 Parâmetros das equações de intensidade-duração-frequência;
geradas com base nas metodologias desagregação e de isozonas,
para cada uma das estações pluviométricas de Guiné-Bissau.
Localidade C m n to R2 ERM
(%)
Bafata 738,1035 0,258557 0,583719 121,8825 0,940738 8,7
Banbadinca 737,9572 0,373874 0,597845 121,7894 0,93898 10
Bissora 719,3429 0,257311 0,587566 102,765 0,9324 9,3
Bolama 719,3429 0,250488 0,509553 102,7649 0,935137 14
Buba 719,0007 0,223756 0,552931 102,0014 0,934533 10
Bubaque 708,9062 0,298395 0,509686 102,8229 0,935189 15
Bula 712,0095 0,273355 0,56298 102,0002 0,894796 12
Cacheu 712,0001 0,311021 0,578552 87,00001 0,933379 11
Cacine 724,6674 0,302389 0,493517 100,7037 0,934535 17
Caio 728,9501 0,362665 0,616356 60,00928 0,881592 15
Canchungo 723,4516 0,241682 0,548869 115,0078 0,936708 10
Catio 721,1523 0,241727 0,511209 92,25321 0,93307 14
Farim 719,935 0,235914 0,58771 108,9216 0,935556 8,5
Fulacunga 719,9347 0,29985 0,549194 108,9216 0,936506 11
Gabu 712,0001 0,216861 0,599287 87,00139 0,92994 8,8
Boe 720,9354 0,151671 0,566572 98,84056 0,932257 8,7
Mansaba 719,3126 0,200686 0,607143 81,94624 0,925059 8,2
Pirada 719,3264 0,337756 0,646595 82,52482 0,919132 9,3
Pitche 719,3126 0,237729 0,624656 81,94597 0,919241 8,2
Porto Gole 719,3264 0,298144 0,603336 82,52374 0,929157 10
Xitole 719,3264 0,298144 0,603336 82,52374 0,929157 10
Bissau Obs 719,4702 0,308082 0,530614 83,57641 0,932344 15
4.5 Erosividade
Na Figura 35 observa-se que o comportamento dos dados nas direções
E-W (longitude) têm boa distribuição espacial, ou seja, não se verifica tendência
à medida que se desloca nesta direção, enquanto que na direção N-S (latitude),
86
há evidência de forte tendência para maioria dos meses analisados, o que precisa
ser removido para não prejudicar a análise geoestatística. Constataram-se dados
discrepantes “outliers’’ para Erosividade, em Junho, Julho Setembro e Anual, os
quais foram removidos”.
87
FIGURA 35 Análise exploratória do fator erosividade para
Guiné- Bissau.
88
Na Tabela 10 encontram-se os parâmetros do modelo de
semivariograma ajustado. Percebe-se forte estrutura espacial, permitindo inferir
que a aplicação do interpolador geoestatístico produzirá resultados de boa
qualidade, resultando em mapas representativos e sem tendência. O grau de
dependência espacial superior a 75%, exceto para o mês de setembro, descreve
satisfatoriamente a continuidade espacial do fenômeno erosividade.
TABELA 10 Parâmetro do modelo de semivariograma (C0: efeito pepita;
C0+C1: patamar; A: alcance), GD: grau de dependência espacial
para erosividade mensal e anual, para Guiné-Bissau.
Parâmetros C0 C0+C1 A (m) GD (%)
Junho 0,000 14583,92 13141,79 100
Julho 0,000 82109,78 10634,535 100
Agosto 0,000 137225,89 13019,22 100
Setembro 12223,58 12418,14 43384,66 50,39
Outubro 0,000 18380,65 13703,11 100
Anual 0,000 394840,38 20495,72 100
89
FIGURA 36 Modelo de semivariograma exponencial ajustado para fator
erosividade, em Guiné-Bissau
Na Figura 37 observa-se a distribuição espacial de erosividade para
Guiné-Bissau nos meses de junho a outubro e total anual. Pode-se constatar que
90
maiores valores de erosividade para o mês de junho ocorrem nas regiões
nordeste e sul do país, variando de 900 a 1.300 MJ.mm/(ha.mês), ressaltando-se
que o início do período chuvoso ocorre, em geral, nesse mês. Esse
comportamento está associado à maior concentração de chuvas nesse mês, para
essas regiões. Analisando-se o mês de julho, verificou-se homogeneidade na
distribuição da erosividade para a região norte nordeste, cuja amplitude é de
1.600 a 1.800 MJ.mm/(ha.mês), exceto para o eixo sul-sudoeste, com maiores
valores de erosividade, em torno de 2.000 a 3.000 MJ.mm/(ha.mês).
Portanto, em termos relativos, a erosividade foi maior no mês de agosto,
representando 36% da média anual o que indica maior concentração das chuvas
nesse mês, tendo a região sul-sudoeste apresentado os maiores índices.
No mês de setembro, houve homogeneidade nos valores da erosividade
para a maior parte do país, exceto as regiões sul e extremo sudeste, com índices
acima de 2.000 MJ.mm/(ha.mês). Outubro foi o mês com menores valores de
erosividade em Guiné-Bissau e regularmente distribuída em toda região, com
valores em torno de 700 a 800 MJ.mm/(ha.mês).
O país apresenta valores de erosividade muito acentuados e a região
norte-nordeste apresenta índices anuais referentes ao período chuvoso de 7.500 a
8.000 MJ.mm/(ha.ano), enquanto a região sul-sudoeste com valores de
erosividade em torno de 8.000 a 11.200 MJ.mm/(ha.ano).
De maneira geral, a maior parte do país apresenta risco severo à erosão,
no tocante à erosividade de chuvas, demonstrando que são necessários cuidados
técnicos com as atividades agrícolas e pecuárias, visando minimizar os impactos
negativos de chuvas com alto poder erosivo, haja vista a susceptibilidade natural
do país à erosão provocada pela chuva concentrada, especialmente na sua porção
sul.
Dessa forma, vale realçar que a concentração de valores elevados de
erosividade ocorre num período curto, junho a outubro, tornando imperativas as
91
práticas conservacionistas que minimizem tendências erosivas do impacto de
gotas de chuvas.
A. B.
C. D.
E. F.
FIGURA 37 Mapa de erosividade de chuvas para Guiné-Bissau nos meses de
junho (A), julho(B), agosto (C), setembro (D), outubro (E) e
anual (F).
92
5 CONCLUSÕES
1. O regime de precipitações pluviais de Guiné-Bissau mostra uma
variabilidade espacial com evidente decréscimo dos índices pluviométricos do
eixo sul-sudoeste para norte-nordeste. Há importante variabilidade anual de
precipitação que varia de 2.381 mm, na região sul até 1.200 mm no extremo
norte, fronteira com o Senegal.
2. Foi possível verificar uma elevada concentração das precipitações
entre os meses de junho a outubro com participação mais expressiva do mês de
agosto acumulando 1/3 do total anual.
3. A alta variabilidade no comportamento da distribuição temporal de
precipitações decendiais no país descreve tendências das situações atmosféricas
responsáveis pelo excesso de eventos extremos de chuvas que é associada à
ZCIT com ciclos anuais bem marcados. Em visto disso os modelos SARIMA
podem ser ajustados para prever precipitações pluviais no país.
4. Em média pode-se esperar em 3 de cada 4 anos, pelo menos 100 mm
de chuvas para períodos quinzenais, dentro do período chuvoso, excetuando-se a
1ª quinzena de junho e a 2ª quinzena de outubro, que representam o inicio e o
final do período de chuvas. Para estas duas quinzenas, com a mesma
probabilidade de ocorrência , as estimativas de chuvas estão abaixo de 50 mm,
necessitando portanto, de uso de irrigação suplementar para não comprometer os
períodos de semeadura (junho) e minimizar prejuízos na colheita (outubro,
novembro) para culturas de ciclo longo.
5. Existe relação de dependência entre a distribuição da erosividade e
das chuvas em Guiné-Bissau, ficando evidente que o ambiente guineense é
muito sujeito à erosão natural causada pela chuva, sobretudo no mês de agosto.
Em vista disso, o processo produtivo intensivo envolve grandes riscos de
93
degradação ambiental, requerendo em contrapartida, a adoção de práticas de
conservação de solo.
6. As maiores intensidades médias máximas anuais de chuvas foram
observadas para regiões sul-sudoeste, proporcionando diferenças expressivas dos
índices de erosividade, sendo o eixo sul-sudoeste o que apresenta os maiores
valores, em torno de 11.200 MJ.mm/(ha.ano) e a região norte-nordeste, os
menores valores na ordem de 8.000 MJ.mm/(ha.ano).
94
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102
ANEXOS
ANEXO A
TABELA 1A Adequabilidade da distribuição Log-Normal 2
Parâmetros por meio do teste de Kolmogorov-
Smirnov, a 5% de significância.
Adequabilidade da distribuição Log-Normal 2 Parâmetros
Estações Período Junho Julho Agosto Setembro Outubro
1ª A A A A A Bafatá
2ª A A A A NA
1ª A A A A A Bambadinca
2ª A A A A A
1ª A A A A A Bissorã
2ª A A A A A
1ª A A A A A Bolama
2ª A A A A A
1ª A A A A A Buba
2ª A A A A A
1ª A A A A A Bubaque
2ª A A A A A
1ª A A A A A Bula
2ª A A A A A
1ª A A A A A Cacheu
2ª A A A A A
1ª A A A A A Cacine
2ª A A A A A
1ª A A A A A Caió
2ª A A A A NA
103
1ª A A A A A Cacine
2ª A A A A A
1ª A A A A A Canchungo
2ª A A A A A
1ª A A A A A Catio
2ª A A A A A
1ª A A A A A Farim
2ª A A A A A
1ª A A A A A Fulacunda
2ª A A A A A
1ª A A A A A Gabu
2ª A A A A A
1ª A A A A NA Boé
2ª NA A A A A
1ª A A A A A Mansaba
2ª A A A NA A
1ª A A A A A Pirada
2ª A A A A A
1ª A A A NA NA Pitche
2ª A A NA A NA
1ª A A NA A NA Xitole
2ª A A A A NA
1ª A A A A A Bissau Observatório 2ª A A A A A
104
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