INDUSTRIE GRAFICADistribuído pelo “SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS” NO EST. DE S. PAULO
Gabinete de trabalho de Jean Miélot, em Haya, copista de Philippe-le- Bon, Duque de Borgonha
(1396-1467)(Da miniatura do Livre des Miracles de Notre- Dame (1456).
ANO X - M AIO DE 1959 - N.° 1°4
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Como se trata de um processo ainda inédito no Brasil, atenderemos com brevidade chamados para maiores esclarecimentos.
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476 Boletim da Ind. Gráfica
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nova lki do imposto de consumo criou inúmeras dificuldades para a indústria, especialmente para o ramo gráfico, que passou a ter
alguns de seus produtos tributados, quando, antes, não tinha preocupações fiscais dessa ordem.
Dada a confusa redação da alínea VIII, não obstante os esforços do Sindicato no sentido de vê-la mais claramente expressa, surgiram dúvidas de sobejo, que muito bem avaliamos pelo elevadíssimo número de industriais que procurou o Jurídico da Entidade de classe, em busca de informações.
Os já célebres “outros impressos confeccionados mediante encomenda para consumo do próprio comprador” eram vagos demais. Para aqueles menos avisados, desconhecedores do modo de agir do fisco, isso era uma maravilha: “tudo que fazemos é sob encomenda e para consumo do próprio freguês”, diziam. Para os outros, essa era a parte pior da lei: “como saber o que se enquadra nessa expressão ? Cada agente fiscal a quem pergunto me dá uma resposta diferente”.
Êsse era, pois, o quadro da situação.A fim de poupar futuros aborrecimentos e prejuízos aos industriais
gráficos em geral, o Sindicato, no desempenho de sua função precípua, qual seja a de acautelar e defender os interêsses da classe que representa, endereçou consulta à Diretoria das Rendas Internas, enumerando os casos duvidosos mais repetidamente sentidos (vide Boletim n.° 103, Abril/959).
A resposta não poderia ser mais clara: todos os artigos citados no item de incidência estão tributados, sejam ou não confeccionados sob encomenda e para consumo do próprio comprador; todos os demais estão excluídos.
Qual não foi nossa surprêsa quando o Sindicato recebeu críticas de um número, felizmente muito pequeno, de associados, que diziam ter sido um êrro formular-se consulta à Diretoria das Rendas Internas, pois a mesma não era necessária dada a clareza mediana da lei. Produtos que “êles entendiam” estar isentos, agora teriam que ser forçosamente tributados. . .
É com pesar que notamos haver pessoas que se acomodam e contentam com meia verdade. Se é possível esclarecer-se hoje, uma questão que poderá dar margem a dúvidas no futuro, porque não fazê-lo ?
Francamente. ..
Maio de 1959 477
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478 Boletim da Ind. Gráfica
Relatório da Diretoria no Exercício de 1958
Senhores AssociadosA Diretoria do Sindicato das Indústrias Gráficas, no Estado de São
Paulo, reeleita para mais um biênio, sente-se honrada em vir prestar contas, à classe que representa, de mais de um ano de suas atividades.O exercício de 1958 pode ser assinalado, principalmente, por se ter realizado, na sua decorrência, grande aspiração da indústria gráfica paulista, qual fosse a instalação do Sindicato em sua séde própria, o que foi levado a efeito com as devidas e justas solenidades.O volume de negócios, nesse período, compensou a retração verificada em 1957, fazendo com que não se abalasse a fé por todos depositada neste grande Pais e em seu povo. A inflação incontida só tem sido superada pelo espirito de brasilidade, no seu mais elevado sentido, que possuem as classes produtoras. Estas, temos visto, a despeito de fatores contrários, como demagogia política e legislação feita de afogadilho, têm sabido cumprir o dever que é de todos, embora muitos não o sintam, de buscar a independência econômica de nossa terra, que trará, em conseqüência, o bem estar geral.No plano de relações “capital-trabalho”, manteve-se aquêle espirito de harmonia que preside os entendimentos entre ambos. É de se ressaltar, aqui, a honestidade de propósitos dos industriais gráficos que, por ocasião do reajustamento anual de salários,'souberam partir de uma proposta real e aceitável, evitando “pechinchas”, o que foi justamente reconhecido pelos trabalhadores.A reeleição da Diretoria do Sindicato veio, mais uma vez, demonstrar o adiantado espirito de classe já alcançado por nós, e coroar, assim, os seus esforços, pelo reconhecimento implícito nessa recondução aos respectivos cargos, do trabalho honesto e entusiástico por ela desenvolvido, no biênio anterior.Aqui deixam os Diretores, ao finalizar, o seu agradecimento a todos os que vêm emprestando sua colaboração para o engrandecimento da classe gráfica de São Paulo, através do seu Sindicato.
Reuniões da Diretoria :A Diretoria do Sindicato reuniu-se,
ordinariamente, tôdas as quartas-feiras, dando, assim, cunho pessoal à admini- tração.Muitas outras vêzes se reuniu a Diretoria a fim de tratar de interêsses particulares da classe, ou de setores da mesma, quando demandavam estudo mais acurado e urgente.Ao todo, a Diretoria reuniu-se 38 vêzes, com a freqüência regular dos seus três Diretores executivos.Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias
Realizaram-se, durante o exercício, duas assembléias ordinárias, respectivamente a 28 de março e 18 de maio, a primeira, para exame e aprovação do
relatório e balanços relativos ao exercício de 1957 e, a segunda, para aprovação da proposta orçamentária para o exercício de 1959.A classe reuniu-se ainda, extraordi- nàriamente, em assembléias, nos dias 13 de outubro e 7 de novembro, para cuidar do reajustamento de salários dos trabalhadores gráficos, e no dia 10 de dezembro para julgamento e aprovação da suplementação de verbas do exercício findante, face ao aumento da receita pelos donativos recebidos dos nossos Associados e Amigos, registrados em “Livro de Ouro”.Eleições sindicais
Por consênso unânime dos Associados presentes à uma reunião expressamente convocada para se estudar a renovaçãoMaio de 1959 479
da Diretoria, ficou estabelecido que deveria ser reeleita aquela cujo mandato estava para se expirar.
Assim, no dia 12 de maio de 1958, após a publicação de editais e demais providências legais necessárias, procedeu- se à eleição da Diretoria, tendo comparecido número elevado de Associados-vo- tantes, que sufragaram a única chapa registrada em tempo legal, no Sindicato, e que era a da reeleição dos Diretores em exercício.
Êstes, reeleitos, foram reempossados no dia 24 de junho seguinte, ocasião em que se procedeu à inauguração da nova séde social — séde própria desta Entidade — oportunidade essa vivamente comemorada com brindes e os discursos de praxe.
Séde própria do Sindicato instalação e inauguração
Conforme consta do relatório da Diretoria, relativo ao exercício anterior, de 1957, o Sindicato adquiriu o 12.° andar
do Edifício Aspirai, sito nesta Capital, à Rua Marques de Itú 70, para sua séde social.
A contribuição dos colegas industriais gráficos, bem como aquela dos fabricantes de papel, nossos amigos, permitiu- nos pagar grande parte do débito contraído nesse empreendimento, além de nos ter possibilitado instalar condigna- mente as dependências necessárias ao perfeito e cômodo funcionamento da administração.
O “Salão Nobre” para reuniões de associados, assembléias, etc, foi instalado na frente do conjunto adquirido. O outro salão foi subdividido, reservando- se uma sala para a Secretaria Geral, outra o Departamento Jurídico e o restante para os demais serviços auxiliares.
No “Salão Nobre” foram colocadas cem poltronas, além daquelas destinadas à Diretoria.
As demais dependências foram supridas de móveis novos, todos de aço, faci-
Aspecto parcial do Salão Nobre
litando o trabalho e dando nova vida ao ambiente, o que redunda em maior produtividade.
No dia 24 de junho, juntamente com a posse da Diretoria eleita, procedeu-se à inauguração oficial da séde. Nessa oportunidade, foi solenemente dada à vista a “Galeria de retratos dos ex-Pre- sidentes do Sindicato das Indústrias Gráficas”, sendo descerrados os retratos dos Srs. Francisco Cruz Maldonado, Orestes Romiti, José Costa Mesa e Theobaldo De Nigris. Pela ordem, foram êstes os Presidentes do nosso Sindicato.
Na ocasião, fizeram uso da palavra, entre outros, o Presidente da Entidade, reeleito, bem como o Sr. Francisco C. Maldonado, que, em nome dos ex-Pre- sidentes, agradeceu a homenagem que lhes era, assim, prestada. Fêz também uso da palavra o Diretor-Secretário, Sr. José Napolitano Sobrinho, que apresentou um relato dos trabalhos desenvolvidos pela Diretoria que terminava o seu mandato e reeleita para o biênio seguinte.
Êsses dois discursos foram publicados, na íntegra, pelo nosso “Boletim” n.° 94, do mês de julho.
Encerrando as solenidades, foi servido aos presentes um bem organizado e farto serviço de “bufet”, que esteve a cargo de conceituada emprêsa especializada, desta Capital.
Hoje os industriais gráficos de S. Paulo têm um ponto de reunião comum, uma “sala de visitas”, onde podem, sem constrangimentos, receber àquêles que os procuram, sejam deste Brasil imenso, sejam de qualquer parte do mundo. Mais do que isso, têm um local de propriedade de todos e de cada um, onde se tratarão os interêsses da classe; onde, espera-se, serão buscadas as soluções para problemas da magnitude, tais como concorrência desavisada e importação de máquinas e equipamentos indispensáveis à manutenção e progresso dêsse setor que, sôbre ser indústria, é arte.
Apesar de tudo isso, devemos considerar o já conseguido como sendo apenas o início do programa a ser desenvolvido, que muito dependerá do futuro e dêste
magnífico espírito de classe, que já conquistamos, para vê-lo realizado integralmente.Almoço de confraternização
Com o sucesso de sempre, realizaram- se mais duas reuniões-almôços, uma a 26 de abril, no Restaurante Gigetto, e outra a 20 de setembro, no Zillertal.
Bem concorridos estiveram êsses ágapes promovidos pelo Sindicato, que, assim, propiciou aos que dêles tomaram parte momentos de agradável convívio com os seus colegas.
As obrigações do industrial, que se vão tornando cada vez mais complexas, as ocorrências do cotidiano, que os obrigam a uma constante presença em suas oficinas, mantêm afastados os colegas de classe que, nesses dias de alegre convívio, podem dar largas aos seus sentimentos de amizade e às expansões de alegria sã e comunicativa.
Foi assim, nesse ambiente de alegria contagiante, em que os abraços de amigos se repetiram, em que todos, até os
Secretaria — Vista parcial
mais sisudos, se sentiam felizes, que se realizaram mais êsses almoços dos industriais gráficos de São Paulo.A questão salarial
No dia 10 de novembro, assinou-se o acordo inter-sindical para aumento de salários dos trabalhadores gráficos.Estabeleceu a majoração de 22% com této de Cr$ 2.000,00, proposta essa partida da Delegacia Regional do Trabalho.Em boa hora a Diretoria do Sindicato resolveu acabar com as “idas e vindas”
de propostas e contra-propostas. Após exame criterioso da situação, se propôs, de acordo com a classe que representa, a ofertar um aumento condizente com as necessidades dos trabalhadores, com o aumento do custo-de-vida e com sua própria visão dos problemas humanos criados pela inflação incontida.
Os líderes dos trabalhadores, que mantiveram contatos com a Diretoria do nosso Sindicato, foram unânimes em reconhecer a bôa disposição e honestidade dos empregadores. É provável que a grande maioria dos trabalhadores gráficos não esteja a par dessa radical mudança de atitude. No futuro, porém, com a repetição, verão que podem tratar abertamente com os industriais, sem “reservas mentais” e sem esperar soluções guardadas no bôlso do colête.
O acordo firmado foi extendido a todo o Estado de São Paulo, vigindo por um ano, a partir de l.° de novembro.
O dissídio coletivo e gréve de 1957Condenada a classe patronal a pagar um aumento de salários na base de 25%, sem teto, pelo Egrégio Tribunal Regional do Trabalho, foi por nós interposto recurso ordinário para o Colendo Tribunal Superior do Trabalho.Naquela instância, tivemos ganho de causa, sendo o aumento reduzido, dentro de critério absoluto de Justiça. Assim é que a majoração determinada pelo
trt foi reduzida pelo tst para 18%, com této de Cr$ 1.800,00.Novo Sindicato patronal
Por solicitação de industriais gráficos de Campinas, foi criado novo Sindicato
Patronal da categoria, no Estado, com base territorial circunscrita ao Município de Campinas.Departamento Jurídico
Deve ser destacado entre os demais trabalhos do Departamento Jurídico, a vitória alcançada com a redução do aumento salarial de 25%, sem této, para 18% com této de Cr$ 1.800,00.Durante o ano que findou, o Sindi
cato, pelo seu Jurídico, acompanhou 49 processos em 68 audiências. Foram interpostos, ou contra-arrazoados 18 recursos, inclusive 13 para o tst.Nosso Advogado viajou para o Rio, diversas vezes, a fim de dar andamento ao processo em que pedíamos autorização para empregar fundos do Sindicato na aquisição da séde própria.Estudos foram realizados quando da tramitação do projeto de lei que alterou a legislação do imposto de consumo.Secretaria
Os trabalhos da Secretaria têm decorrido normalmente e com maior eficiência, graças às comodidades de suas novas instalações.Foram modificados diversos processos de trabalho, de maneira a se tornarem mais claros e mais eficientes.
Devido a isso e à eficiente administração por parte da Diretoria, conseguimos gastar o mínimo possível, não chegando a atingir, em cada verba, o que nos foi permitido pela dotação orçamentária do exercício. Além disso, a nossa arrecadação foi também maior do que a prevista, donde resultou um “superávit” de* Cr$ 1.043.971.10, que foi acrescido ao nosso Patrimônio. Êste, que era de Cr$ 1.527.485,00, em 31 de dezembro de 1957, passou a Cr$> 2.571.456,10, no fim do exercício de 1958.Êsses serviços de contabilidade, per- feitamente documentados, supervisionados pela Diretoria, em suas reuniões semanais, têm sido feitos pela Secretaria, num controle perfeito da receita e da despêsa do Sindicato, além dos serviços de fichários, recebimentos de donativos, atestados e certidões de interêsse dos associados e todos os demais serviços próprios de uma Entidade como é a nossa.
482 Boletim da Ind. Gráfica
Boletim da indústria gráfica — "BIG”Depois de cuidadoso estudo, foi modi
ficado o nosso Boletim.Com a saída do seu Diretor, Sr. He- raldo Vieira de Castro, que solicitou de- demissão, passou o “big” a ser providenciado por nosso Advogado Dr. J. Dalla Filho, auxiliado pelos Diretores Srs. Theobaldo De Nigris e José Napolitano Sobrinho, sob a responsabilidade de nosso Diretor Sr. João Andreotti.Foi alterado o seu formato, bem como sua apresentação.Assim melhorado, eis que passou a ser impresso nas oficinas da São Paulo Editora S.A., sob a supervisão direta do nosso Presidente, Sr. Theobaldo De Nigris, o “big” tem tido enorme aceitação, sendo a Diretoria do Sindicato elogiada pelos novos rumos que lhe imprimiram. Assim de interêsse geral passaram a figurar em suas páginas, além de matéria essencialmente técnica, jurídica e informativa.
O Boletim publicou, em separata, a nova lei do imposto de renda, que teve esplêndida acolhida.Movimento associativo
O nosso quadro social apresentava a seguinte situação, ao findar do exercício:
Sócios efetivos:Que vieram do exercício anterior de
1957 ........................................................... 354Que se inscreveram em nosso quadro so
cial, em 1958 ........................................... 22Soma ............................................................. 376
Deduzindo-se:Associados que por motivos diversos, de
conformidade com os nossos Estatutos, deixaram de fazer parte dó nossoquadro social .......................... 53
Sócios e f e t iv o s , em 31 de dezembro de1958 ..................................... 323
TerminandoAqui deixamos consignados os nossos agradecimentos aos nossos Associados e Amigos e auxiliares da Secretaria, que, colaborando conosco, tudo fizeram para
o maior engrandecimento da nossa Entidade de classe, tomando-a prestigiosa e respeitável no seio da indústria gráfica paulista e no âmbito representativo das indústrias de nosso Estado e do Brasil.A todos, o nosso muito obrigado.São Paulo, 31 de dezembro de 1958.
T heobaldo De N igrisPresidente.
VERNIZ PARA PAPEL
Estrada da Cachoeira Juqueri, 27(Tucuruvi — São Paulo)
Maio de 1959 483
BALANÇO PATRIMONIAL COMPARADOcó- CONTAS DO ATIVO E X E R C ÍC IO E X E R C ÍC IO D I F E R E N Ç A
DIGO de 1957 de 1958 Para mais Para menos
311Ativo Im obilizadoBens imóveis.............................. 2.698.891,00 2.698.891,00
312 Mobiliário e instalações.......... 184.631,50 483.494,50 298.863,00 —
313 Bibliotéca.................................... 18.430,20 16.590,00 — 1.840,20314 — — — —
315 Cauções....................................... 13.500,00 -,00 — 13.500,00316 — — — —
321Ativo KealizávelTítulos de renda.......................322 Carteira sociais.......................... — — — —
323 Distintivos.................................. — — — —324 Devedores diversos................... 402.000,00 120.200,00 — 281.800,00325 — — — —326 — — — —
331Ativo DisponívelCaixa............................................ 5.552,50 17.502,80 11.950,30
332 Depósitos bancários................. — — — —Bco. Brasil - c/imp. sindical . 2.933,80 32.730,00 29.796,20 —Bco. Brasil - c/vinculada........ 946,00 2.021,80 1.075,80 —Bco. Noroeste Est. S. Paulo . 35,20 35,20 — —Bco. Popular do Brasil S.A. . 24,60 24,60 — —The First Nat. City B ank .. . 1.562,90 3.881,20 2.318,30 —Bco. Francês e Brasileiro . . . . 8.137,20 10.992,40 2.855,20 —Bco. Fin. Novo Mundo S.A.. 112.109,70 156.833,30 44.723,60 —
333 Fianças........................................ — — — —334 — — — —
T o t a i s ........................... 3.448.754,60 3.543.196,80 391.582,50 297.140,20
CÓ- CONTAS DO PASSIVO E X E R C ÍC IO E X E R C ÍC IO D I F E R E N Ç ADIGO de 1957 de 1958 Para mais Para menos
411Passivo não ExigívelPatrimônio.................................. 1.527.485,00 2.571.456,10 1.043.971,10
412 Fundo de assistência................ — — — —413 Fundo de depreciação............. 7.516,70 7.516,70 — —414 — — — —
421Passivo ExigívelCredores diversos...................... 1.832.070,00 882.541,10 949.528,90
422 Depósitos de terceiros............. — — — —423 Fundo de reserva..................... 81.682,90 81.682,90 ---' —
(art. 40, dec. lei 1.402)....... — — — —424 Imposto a pagar....................... — — — —425 Ordenados a pagar................... — — — —426 — — — —
T o t a i s ..................... 3.448.754,60 3.543.196,80 1.043.971,10 949.628,90
São Paulo, 31 de Dezembro de 1958.
4S4 Boletim da Ind. Gráfica
i União do Trabalho e do Capital Iira tratai
A Federação das Indústrias recebeu há dias a visita de um grupo de cêrca de 40 líderes
sindicais que, entre outros assuntos, desejavam iniciar contatos mais demorados com os elementos representativos da produção não só para examinarem problemas de reajustamento salariais mas, coisa muito mais importante, os fatores e as causas que estão determinando a situação insustentável em que nos achamos imersos. Verificaram os operários que é inútil insistir na velha tecla de aumentos e mais aumentos de salários. Ainda agora houve uma majoração substancial de salário mínimo, mas os preços de tudo que compõe o custo de vida subiram de tal forma que, pràticamente, foram anulados os pretensos benefícios do novo salário mínimo. O empresário particular não pode fazer milagres. Se ao tempo em que o govêrno determina que os salários dos operários devem sofrer uma majoração, e, na mesma ocasião, aumenta os impostos, os agios, o preço dos combustíveis etc., etc., de duas uma: ou pretende que as emprêsas vão à falência ou permite que majorem os preços dos• seus produtos. Não existe outra alternativa. O preço de qualquer produto resulta da soma que o empresário tem de mobilizar para pagar salários, transporte, ágios, impostos e o preço do dinheiro. Se tudo isto sobe em proporções astronômicas, como não se admitir que também os preços das mercadorias sofram majorações ? A nossa imprensa sempre tão sensível às aflições do povo não se cansa de apontar à execração pública o empresário particular, atribuindo-lhe a maior parte da responsabilidade pelo aumento do custo de vida. Essa mesma imprensa, como empresa econômica, como uma organização que necessita pagar impostos, salários, raciocina de forma diversa, ou melhor, raciocina como o mais humilde vendeiro de esquina em face da situação. Se aumentaram o preço da matéria prima, (no caso, o papel), mais, se os impostos cresceram, se o preço do dinheiro também sobe a todo instante, não existe outro caminho senão o que os jornais tomaram: aumentar de forma
substancial o preço do jornal. A mesma cousa faz o industrial, o agricultor, pois se agir de outra forma, deve desistir do seu negócio e tentar outra atividade. Tudo isso parece tão claro, tão meridiano, mas no entanto a opinião pública não está suficientemente esclarecida e o povo continua a acreditar que os responsávejs pela vida cara são os produtores insaciáveis tubarões prontos a sacrificar qualquer outro objetivo por mais nobre que seja, contanto que seus lucros permaneçam incólumes. Os operários, pelo que foi dado perceber na grande reunião realizada na sede da Federação das Indústrias, estão começando a compreender, a enxergar com mais acuidade o problema e declararam-se prontos a um debate franco e sincero com os empregadores. É um grande passo, não resta dúvida, para o esclarecimento de uma situação, definindo-se os verdadeiros responsáveis pelas calamidades em que nos afogamos. Convenhamos que o trabalhador não está interessado na falência e no aniquilamento de quem lhe propicia os recursos para sua manutenção; por outro lado o empreendedor não pode continuar tolerando que se aumentem todos os elementos que constituem o preço de custo dos seus produtos, pois êle sabe que para tudo há um limite e na hora das exacerbações e das revoltas populares são êles as primeiras vítimas e quase que as únicas, pois na verdade são os que têm algo a perder, no sentido de patrimônio, de bens econômicos. Há necessidade, portanto, que as duas fôrças se reunam, se aproximem e procurem, num clima de respeito e de compreensão mútuas, acertar seus relógios. No dia em que isso acontecer poderemos respirar com mais facilidade o ambiente se desanuviará e estaremós caminhando com segurança e firmeza para o estabelecimento de um estado de coisas chero de promessas possibilidades e perspectivas de dias melhores. — H. D.
(Êste foi o artigo de abertura do Boletim Informativo da fiesp-ciesp n.° 491).
—
“O Sindicato, unindo os Industriais Gráficos, melhor ampara e resolve seus problemas”.
Maio de 1959 485
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486 Boletim da Ind. Gráfica
MÃO-DE-OBRA fABRIL ENTRE 1949-50 E 1957-58j \ confronto entre os dados estatísticos dos
levantamentos industriais no Estado, realizados pelo senai — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial — em 1949-50 e 1957-58 e por êle divulgados em seus respectivos relatórios anuais dos dois períodos em aprêço, oferece excelente oportunidade para verificar a marcha da ocupação nas fábricas, em todo o território paulista. Ter-se-á, por essa forma, noção mais precisa da evolução operada nos últimos nove anos, e cujo ritmo se acentuou, sobretudo, a partir de 1956. As mudanças são notáveis, mas como os números correspondera apenas a meio ano, isto é, de janeiro a junho de cada ano ou tão somente ao l.° semestre, não
transparece nas cifras de 1957-58 o progresso vertical e horizontal registrado em alguns setores dentre os mais novos, como o de petróleo, o petroquímico, o automobilístico e o de mecânica e de material elétrico.
O que se depreende, imediatamente, da comparação a que procedemos, pouco adiante, é a modificação da estrutura industrial, fenômeno notório e que as estatísticas do senai registraram no concernente à distribuição de mão-de-obra.
São os seguintes os números absolutos e relativos colhidos nos documentos do senai de 1949-50 e 1957-58:
LEVANTAMENTO INDUSTRIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Em 1949-50 e 1957-58 (de janeiro a junho)
GRUPOS DE IND Ú STRIA SE S T A B E L E C I
M ENTOS EM PREGADOSP E R C . DO GRUPO
S/O TOTA L DE EM PREGADOS
1949-50 1957-58 1949-50 1957-58 1949-50 1957-58Alimentação............ 5.314 5.612 74.491 78.790 11,07% 8,54%Vestuário.................. 6.878 10.987 47.015 56.161 6,99% 6,09%Construção e mobiliário ..................... 7.453 11.144 95.293 126.470 14,16% 13,71%Urbanas.................... 556 874 15.774 19.522 2,34% 2,16%Extrativas................ 444 417 7.48,5 8.652 1,11% 0,94%Fiação e Tecelagem. 1.564 2.140 169.733 191.572 25,23% 20,77%Artefatos de couro. 666 754 5.796 6.368 0,86% 0,69%Artefs. de borracha. 227 536 7.448 11.781 1,11% 1,27%Joalharia e lapidação de pedras preciosas .................... 335 803 1.643 2.022 0,24% 0,22%Químicas e farma- macêuticas........... 1.808 2.935 33.629 56.528 5,00% 6,13%Papel, papelão e cortiça ........................ 194 312 13.129 19.349 1,95% 2,10%Gráficas.................... 960 1.383 17.691 21.951 2,63% 2,38%Vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana 428 727 22.701 35.591 3,37% 3,86%Mecân. e de mat. elétrico.................. 6.092 11.842 111.420 211.545 16,56% 22,93%Inst. musicais e brinquedos .................. 353 170 4.358 5.688 0,65% 0,61%Não especificadas. . 108 263 2.969 4.489 0,44% 0,48%Transportes............. 993 1.827 34.935 57.510 5,20% 6,23%Comunicação........... 251 263 6.950 7.251 1,03% 0,78%Pesca......................... 108 154 409 1.054 0,06% 0,11%
T o t a i s ............... 34.732 53.143 672.869 922.294 100,00% 100,00%
Maio de 1959 487
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488 Boletim da Ind. Gráfica
Ligeiro exame dessas percentagens revela as modificações por que vêm passando a indústria de São Paulo em sua estrutura, tomando-se como base os acréscimos ou as reduções observadas entre 1949-50 e 1957-58, período a nosso ver suficiente para avaliar a extensão delas e também, a diversificação operada nesses nove anos.
O setor que mais cresceu foi o da indústria mecânica e de material elétrico, que passou de 16,56% a 22,93% quanto à posição dêsse grupo sôbre o total de empregados. O setor das indústrias químicas e farmacêuticas não apresenta melhoria tão acentuada como era de prever-se, pela inegável ascenção da petrobras, além do progresso revelado dentro do grupo de indústrias farmacêuticas. Cabe reconhecer, porém, que a Refinaria “Presidente Bernardes” e as demais, particulares, trabalham sob sistema de automatização que quase atinge a 100% dos trabalhos, com conseqüente dispensa de mão- de-obra. Nesse caso, seria muito mais representativo o valor da produção que a avaliação do volume de mão-de-obra nela empregada. Além disso, os equipamentos das demais indústrias, inclusive da têxtil, estão sendo modernizados, embora em menor proporção, o que acarreta diminuição de mão-de-obra e, por êsse lado, a queda da percentagem de tais grupos maquinofatureiros em relação ao número de empregados.
Os números relativos, já por o serem, com efeito, apresentam relatividade ainda maior devido a êsses fatôres. O alargamento do parque industrial e sua diversificação são notórios, porquanto, milhares de bens são produzidos agora em S. Paulo, quando eram importados entre 1949-50. Para apreender-se mais a fundo e com novos pormenores a transformação em marcha no Estado seria indispensável subdi
vidir os grupos arrolados pelo senai, tarefa que seria interessante e útil executar. Fica, aí, essa sugestão ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, cuja efetivação pode ser feita paralelamente à elaboração do relatório vindouro, que corresponderá a 1959.
O fato mais notável é o decréscimo da importância relativa — no que diz respeito ao volume de mão-de-obra — da indústria têxtil, que perdeu a La colocação para a mecânica e de material elétrico. Uma indústria leve é, pois, superada, por uma indústria pesada. É evidente o progresso. Outro grupo que sofreu queda percentual — em relação ao todo — é e da indústria de alimentação. A de vestuário, também, mostra recuo, o que não significa que o valor de sua produção tenha caído. Êsse tipo de cotejo pode e deve ser feito, mas sob o ângulo da produtividade, para apurar quais as que entraram, definitivamente, no caminho da racionalização e da produção em massa apoiadas mais no trabalho das máquinas que do homem. Cabe assinalar um fenômeno dentre os mais importantes e que não pode ser subestimado: aumentou a mão de obra na quase totalidade das indústrias, em números absolutos, no periodo sob exame, mas ocorreu redução percentual na escala comparativa entre umas e outras, que perderam ou ganharam relêvo à luz dêsses números. Concluamos aqui, por hoje. Há outros aspectos que merecem consideração. Impõe-se, contudo, uma ressalva, para terminar: No grupo de Transportes não estão incluídos 71.224 ferroviários existentes no Estado de São Paulo. Dêsse total, 46.065 pertencem às empresas fora do âmbito do senai e 25.159 trabalham nas emprêsas privadas que, sob regime de isenção, mantêm escolas próprias orientadas e fiscalizadas pelo senai.
A GRANDE DIFICULDADE DA PSICOLOGIA ESTA EM FAZER PSICOLOGIA
Em geral, com o ar de tratar de Psicologia, estamos a tratar de Moral ou de Lógica. Muita vez, o que parece Psicologia não é senão Moral: isto é, em lugar de descrevermos os fatos tais como são, frequentemente muito humildes, ou até muito baixos, muito próximos da animalidade, pomo-nos a pintá-los tais como deveríam ser, raciocinados, livres e nobres. É assim que o homem nos é apresentado a refletir sempre em suas ações, a buscar sempre o melhor, etc. Muita vez, a aparente Psicologia é apenas Lógica: descrevemos os fatos não tais como são, e sim como poderíam ser, em linguagem verossímil e coerente, mas que, infelizmente, não é verdadeira. Um dos exemplos mais típicos dêste êrro é a teoria clássica da vontade. Decreta-se que no ato voluntário deve haver concepção, deliberação, escolha. Realmente, isso bem poderia ser assim e, às vêzes, é mesmo; mas a desgraça é que, em nove de cada dez casos, não acontece nada é mesmo; mas a desgraça é que, em nove de cada dez casos, não acontecenada disso. Camille Mélinand, Noções de Psicologia.
Maio de 1959 489
A Guela da Previdência Social/
I—( preciso insistir na fulnjinação da J ' triste idéia do govêrno contida no seu inoportuno projeto de'aumento, para 9,5%, da contribuição compulsória para a nossa famosíssima Previdência Social, a qual, entregue a executores canhestros, está entorpecendo as energias de uma nação jovem mas carregada de compromissos e com naturais aspirações de grandeza e presença na comunidade dos povos, que não se compadecem com o anestésico burocrático e a legalização da preguiça, da fuga às responsabilidades do trabalho.
A percentagem do seguro social cresce como crescem as dificuldades dos que vivem do trabalho que prestam, do esforço que realizam. Quanto mais apertado se torna o orçamento doméstico mais o incrível seguro agarra pela gorja os que trabalham para manter a complicada máquina governamental com tremenda sobrecarga das autarquias, dos órgãos estatais, das emprêsas de economias mista. São dezenas, centenas de parasitas alentados sugando o pobre sangue do trabalhador mal-nutrido e, — ó irrisão, — a dizer-lhe que fazem isso para protegê-lo, porque o estimam, porque cuidam do seu futuro. Tornam-lhe o presente negro, perspectivando-lhe um futuro no qual não confiam.
Quando o último salário mínimo veio para provocar a tremenda alta dos gêneros e das utilidades que nos sufoca, a Previdência Social reclamou para si a parte do leão, associando-se lèpidamente à carestia espicaçada. Para o trabalhador nada sobrou do pouco que veio, mas para a guela da Previdência foram mais algumas centenas de cruzeiros.
A “benemérita” deu estalos com a língua mas, deglutido o cibo, o apetite lego exigiu mais. Daí, o projeto governamental dos 9,5%, o presente de festas de l.° de Maio oferecido aos operários, a todos que concorrem para a engorda da Previdência.
O que dirá de tudo isso o Partido Trabalhista Brasileiro, e, particularmente, o seu chefe, o herdeiro espiritual de Vargas ? Com tôda a certeza — ou muito nos enganamos — aquêle vai bater palmas. Os Institutos são “pertença” sua. As autarquias constituem o seu rico patrimônio político.
Se o govêrno prega o calote na Previdência, os empregados e os empregadores que paguem a diferença e também o “pato”. Devendo ao Seguro Social quase cinquenta bilhões de cruzeiros, a União jamais saldará tamanho compromisso, a menos que as máquinas de fabricar dinheiro acelerem a sua já imensa produção. Se tal acontecesse, porém, o papel- moeda perdería de golpe uns trinta e cinco a quarenta por cento do fraco valor que registra na atualidade. Seria a completa desgraça do país.
Esquiva-se o govêrno, como que legalizando o calote, empurrando para cima do trabalho e da produção o que não quer ou não pode fazer.
Enquanto se prepara tão profunda sangria num corpo já demasiadamente sangrado, enquanto os práticos do ptb refestelados em postos rendosos esfregam as mãos de contentes antegozando maiores rendas, os teóricos do mesmo partido andam por ai a dizer coisas bonitas, possivelmente bem intencionados,
490 Boletim da Ind. Gráfica
sem contudo se darem conta de que suas teorias de reforma e aperfeiçoamento esbarram na massa gozadora dos “pe- legos” e dos patranheiros, que desfiguraram o trabalhismo tornando-o, na realidade, o maior inimigo com que contam os trabalhadores porque não há pior inimigo do que aquêle que batendo- nos nas costas e proferindo palavras de amizade, apunhala-nos traiçoeiramente ou nos surrupia a carteira.
Ergua-se o ptb contra a pretensão do govêrno, condene com veemência a tentativa de aumento da contribuição, e, então, acreditamos que êsse partido tem
mesmo intenção de reformar-se, de puri- ficar-se, não sendo justa a suposição que fazemos quanto à sua conduta em face do escorchante projeto dos 9,5 por cento.
Os trabalhadores não podem deixar de ter sob a sua mira o comportamento parlamentar do ptb. Êsse comportamento dirá que espécie de amigo é o ptb de quantos trabalham neste país para sustentar o Seguro Social, que na realidade, nada mais tem sido que o sustentáculo de nulidades que irromperam na vida pública do Brasil para dominarem, pela falsidade, as multidões ingênuas e crédulas.
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N Ão há menor sombra de dúvida, à luz dos resultados, animadores e expressivos, colhidos depois de 12 anos de atividade ininterrupta, que o patro
nato industrial em nosso Estado criou uma instituição fadada a entreabrir novos auspiciosos horizontes econômicos, sociais e culturais à massa trabalhadora paulista.
Fundado em 25 de junho de 1946, o sesi não esmoreceu jamais na faina, que se traçou, e evolui, sem recuos ou tergiversações, rumo da meta, que se delineou.
Evidentemente, não é possível resumir ou concentrar em poucas ou em limitado espaço o seu impressionante ativo de feitos e cometimentos.
Por isso mesmo, seja-nos lícito mencionar, nesta altura, alguns aspectos tão somente de uma de suas Divisões — a de Educação e Cultura — durante o exercício de 1958.
O ano em questão pode e deve ser considerado período de trabalho realmente produtivo e fecundo nesse setor administrativo da organização sesiana.
A fim de melhor focalizarmos aos olhos da opinião pública — e também dos empresários e dos próprios trabalhadores — o acêrvo de realizações concretizadas, tentemos sumariá-las.
A Comissão de Seleção de Livros, no ano mencionado, tendo em vista a seleção de boas leituras para os beneficiários do sesi, apreciou 463 obras, e aprovou 359.
A Revista Educativa sesi, editada bimestralmente, não sofreu solução de continuidade, com tiragem, em cada edição de 25.000 exemplares.As Exibições Cinematográficas registraram um aumento de produção da ordem de 30%, em relação ao total do
ano de 1957.As atividades do Serviço de Esportes, evidenciando a penetração cada vez maior do sesi nos meios esportivos ope
rários, se expandiram sobremaneira. Aos jogos esportivos operários, tanto nesta Capital como no Interior, compareceu bem maior número de atletas do que anteriormente. Expandiram-se, da mesma forma, as competições esportivas. Por outro lado, os Clubes do Trabalhador, instalados em nosso meio, ampliaram o campo de suas atividades.
Os Parques e Recantos aumentaram de número. Os núcleos de Escotismo funcionaram a contento. O Jurismo Operário, que é um dos alvos dessa Divisão, se intensificou.
Os Serviços de Recreação adquiriram maior impulso. Nada menos de 9 unidades novas se instalaram, no setor dos Grêmios do Sèsinho. Efetuou-se a tradicional festa de Confratenização Operária de l.° de janeiro. Nesse dia, o total de beneficiários do sesi que compareceram ao Ginásio do Pacaembu, elevou-se a 14.000. Bailes e “shows”, também em benefício dos trabalhadores se amiudaram.
Cumpre ressaltar igualmente a expansão do Serviço de Teatro, outro território de atividade cultural, afeto à referida Divisão.
Em 1958, o mencionado Serviço continuou e aumentou a sua área de penetração nas camadas proletárias, conduzindo a arte teatral a clubes e sindicatos operários, indústrias, e outros locais.
Os Grupos Dramáticos do sesi contam realmente com atores e amadores, escolhidos entre os próprios trabalhadores. Trata-se de teatro feito por operários e para operários.. 18 Grupos Dramáticos em funcionamento efetuaram em 1958 412 espetáculos, na Capital e no Interior, com o total de 614.032 espectadores.Há mais ainda, porém, a acrescentar. Há os Grupos de Bailado Infantil, os
Grupos de Teatro Infantil, os Cursos de Teatro e o Teatro Experimental, todos êles em fase de expansão e de crescimento.492 Boletim da Ind. Gráfica
Merece referência especial o quadro de trabalhos levados a efeito no tocante à assistência educacional aos trabalhadores através dos Cursos e Bibliotecas do SESI.
Os Cursos Populares para Adultos, mantidos com o desígnio de proporcionar aos industriários, maiores de 12 anos, não só conhecimento das primeiras letras senão também uma educação complementar, por intermédio de noções fundamentais e de elevação de seu nível de cultura, atingiram em dezembro de 1958 o global de 620, cabendo ao Interior 329 e à Capital 291. A matricula elevou- se a 16.545 alunos.
Os Cursos Populares Infantis destinados aos filhos dos Industriários, assinalaram nesse período 58 unidades em funcionamento.
Há, igualmente, os Cursos de Orientação de Leitura. Os de Corte, Costura e Bordados, dos quais, ao terminar o ano
de 1958, havia o global de 1.146, ministrando-se às alunas ensinamentos técnicos assim como lições de história e civismo, de boas maneiras e moral de higiene e direção do “menage”, habituando-as a melhor viverem na família e na sociedade. Os Cursos de Divulgação Cultural. Os Cursos de Especialização. Os Centros de Artes Industriais. Os Centros Educacionais. O Serviço de Bibliotecas, eficiente e modelar.Basta a menção de algumas dessas esferas de ação, cobertas pela Divisão já citada, para verificarmos até que ponto chega a atividade sesiana, tendo em vista conferir ao trabalhador bandeirante padrões educacionais e culturais em as- cenção.Quem pode deixar de considerar meritório o seu esforço e louvável o desempenho de sua equipe de diretores, educadores, profissionais, técnicos, identificando-se com tão alto e louvável objetivo ?
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In op ortu n o o P r o je to S o b re a P a r t ic ip a ç ã o n o s L u c r o s
Analisa o professor Miguel Reale a iniciativa do deputado Paulo de Tarso — “Não é na crista das crises econômicas que se deve pensar na tomada de uma medida como essa” — De difícil execução o projeto, que o
professor Reale classifica de “engenhoso”
Embora louvável, é de difícil execução o projeto apresentado pelo deputado Paulo de Tarso, na Câmara Federal, relativo à participação dos tra
balhadores nos lucros das emprêsas. Êsse o pensamento do prof. Miguel Reale a respeito da propositura do parlamentar pedecista — a primeira de uma série relacionada com o problema social brasileiro.Acredita também o professor Reale não ser êste o momento oportuno para a realização de movimentos naquele sentido. E explica:“O problema da participação dos trabalhadores nos lucros das emprêsas, especialmente na forma direta como é determinada na Constituição, encontra embaraços bem conhecidos, especialmente nesta fase de rápida expansão e de inversões industriais vultosíssimas. Afirmam os mais abalizados estudiosos de economia e de finanças, que, uma vez regularizado o ritmo das inversões e a forma de investimentos e de reinves- timentos, surgirá clima mais propício para o exame da matéria. Não é na crista das crises econômicas que se deve aumentar as razões de aflição para as emprêsas que, a muito custo, conseguem atender aos encargos já existentes. O problema fundamental é o do aumento da produção e o do pleno emprêgo. Uma vez resolvido isso, surgirá a participação como um resultado natural dos índices econômicos atingidos”.
Quanto à propositura do deputado Paulo de Tarso, comentou o sr. Miguel Reale, depois de classificá-la de “engenhosa”:
“É extremamente louvável a intenção com que o nobre deputado Paulo de Tarso elaborou seu projeto visando criar condições vantajosas para que os próprios empregadores e empregados estabeleçam planos sôbre a participação dos trabalhadores nos lucros das emprêsas, quer por forma direta, quer por forma indireta.
As vantagens que oferece, no entanto, como a de ser dada prioridade às emprêsas que já estejam executando um plano de participação dos empregados em seus lucros me parece inexequível e contrário mesmo aos critérios que devem orientar os estabelecimentos oficiais de crédito, como o Banco do Brasil, o BNDE, a Caixa Econômica Federal, etc., pois o financiamento deve obedecer às exigências do desenvolvimento da economia nacional. Pode uma emprêsa cal- culadamente, oferecer a participação nos lucros para obter favores de estabelecimentos de pouco ou nenhum interêsse para a vida econômica do país.
Penso que o problema deve ser enfrentado em sua integridade, segundo um plano geral, ou seja, mediante a lei própria que venha a complementar e dar execução ao texto constitucional.
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IV/1 uito embora o número da mão- de-obra empregada pela indús
tria paulista, tenha sido aumentado, em 1958, para 922.294, trabalhadores, ou seja, 17.663 a mais que em 1957, a porcentagem de operários qualificados se elevou em apenas 0,04%. Deve-se ressaltar, todavia, que durante aquêle período novos contingentes de pessoal demandaram a indústria, iniciando suas atividades como simples aprendizes. Assim sendo, aquêles que já atingiram adiantado estágio de especialização e que poderíam determinar um aumento sensível na relação dos qualificados foram suplantados pelo número dos novos operários, resultando, assim, aquela pequena porcentagem. Segundo relatórios elaborados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, até junho de 1957 São Paulo possuia 904.631 operários, assim distribuídos: 509.901 na Capital e 394.730 no interior. Em junho de 1958 esses números foram acrescidos, na Capital de mais 9.603 trabalhadores, atingindo 519.504, e no interior, de mais 8.060 operários, totalizando, 402.790. Do total global de industriários que exerciam suas funções nas fábricas paulistas, em 1957, apenas 20,14% eram considerados qualificados. No ano seguinte, êsse índice foi elevado para 20,18%.
POSIÇÃO DOS SETORESComo se sabe, até o ano passado o
setor de fiação e tecelagem ocupava o primeiro lugar entre os demais ramos fabris quanto ao número de mão de obra
empregada. Todavia, perdeu o setor têxtil sua posição para o setor de mecânica e de material elétrico. Enquanto o primeiro ramo registrou uma queda no número de trabalhadores, da ordem de 6.966, passando de 198.538 em 1957, para 191.572, em 1958, o segundo observou sensível aumento, de cêrca de 29.457, passando de 182.088, no primeiro dos dois anos em referência, para 211.545, no posterior.
A fiação e tecelagem representava, no total de operários do Estado, cêrca de 21,95%, para 20,12% do setor de mecânica e material elétrico. Essa situação se modificou durante o ano passado; o primeiro dos ramos industriais caiu para 20,77%, enquanto que o segundo subiu para 22,93%. Deve-se ressaltar que os grupos industriais oscilam, em seus
PRODUTIVIDADE
Como nas fábulas de Esopo a historieta abaixo tem a sua moral.Um lider trabalhista, de cunho refor
mista, estava a observar como uma escavadeira abria enormes sulcos na terra, utilizando métodos modernos.Num repente, cenho cerrado, aproxima-se do chefe da obra e apontando para a pá mecânica, exclamou:— Porque não emprega aí cem trabalhadores a cavar o solo e manda para o inferno a excavadeira com tôdas as suas pás ?O chefe de obras, depois de olhá-lo de alto abaixo, calmamente retrucou:Não acha o senhor que ao envês de cem trabalhadores melhor seria, colocar
mil excavando o solo com colherinhas ?
Maio de 1959 497
números, segundo as conjunturas econômicas, dependendo de vários setores que atuam sôbre a industrialização. O aumento de 17.663 trabalhadores no total geral não implica numa distribuição generalizada de crescimento da mão de obra por todos os setores fabris. Enquanto uns experimentam acentuada elevação do seu contingente, outros os vêem decrescer, de conformidade com as contingências econômicas do país que exercem sôbre êles influências mais diretas.
OUTROS RAMOSPela ordem de importância surge em
terceiro lugar o setor de construção e mobiliário, representando em 1958 13,71% do total de trabalhadores da indústria paulista. Essa sua posição, entre
Q U A L I F I C A D OSEm muitos setores industriais onde
houve queda no número de trabalhadores observa-se, por outro lado, o aumento da porcentagem de elementos considerados qualificados, como os da ali
tanto, não foi alterada, muito embora aquela porcentagem no ano anterior fôsse de 14.51%. Houve uma redução em seu contingente de 4.809 operários, passando de 131.279 em 1957 para 126.470 no ano seguinte.
O ramo da alimentação, que vem se desenvolvendo, de forma acentuada entre nós, também registrou queda no total de trabalhadores empregados. Trata-se de um setor altamente especializando e cuja automação cresce com a instalação de novas fábricas. Em 1957 empregava 87.979 operários, representando 9,73% do total geral do Estado. Êsses números cairam, em 1958, para 78.790 baixando a porcentagem para 8,54%.
Quanto aos demais setores, poucas alterações sofreram, como se pode observar:
mentação e da construção e mobiliário. Já outros ramos fabris experimentaram fenômeno contrário, diminuindo a porcentagem dos operários qualificados em virtude do crescimento do seu contingente de mão de obra. Foi o que ocorreu com os setores Papel, Papelão e Cortiça,
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N .° DE O PER Á R IO S
% SÔBREO t o t a l NO EST.
Vestuário.................................... 56.445 6,24 56.161 6,00Urbanas...................................... 18.657 2,06 19.522 2,16Extrativas.................................. 8.812 0,98 8.652 0,94Art. de Couro........................... 6.282 0,69 6.368 0,69Art. de Borracha..................... 11.128 1,23 11.781 1,27Joalheria, lapidação de pedras preciosas e cinzelação......... 1.954 9,22 2,022 0,22Químicas e Farmacêuticas... 53.544 5,91 56,528 6,13Papel, Papelão e Cortiça . . . . 18.220 2,01 19.349 2,10Gráficas...................................... 21.624 2,39 21.951 2,38Vidros, Cristais, Espelhos, Cerâmica e louça de pó de pedra 35.055 3,88 35.591 3,86Instrumentos musicais e brin
quedos ..................................... 5.223 0,58 5.688 0,61Não especificadas..................... 3.929 0,43 4.489 0,48Transportes*.............................. 55.610 6,15 57.510 6,23Comunicação............................. 7.197 0,80 7.251 0,78Pesca........................................... 1.067 0,12 1.054 0,11
(*) Neste grupo não estão incluídos 71.224 ferroviários existentes no Est. de S. Paulo.
498 Boletim da Ind. Gráfica
Gráfico etc. É a seguinte a situação dos grupos de indústrias, segundo a porcentagem de operários qualificados, nos anos de 1957 e 1958, respectivamente: Alimentação, 12,72% e 13,00%; vestuário, 45,36% e 44,74%; construção e mobiliário, 28,68% e 29,16%; urbanas, 19,11% e 18,64%; extrativas, 4,70% e 5,24%; fiação e tecelagem, 6,00% e 6,00%; artefatos de couro, 22,62% e 21,62%; artefatos de borracha, 8,25% e 7,60%; joalheria, lapidação de pedras
preciosas e cinzelação, 76,97% e 78,04%; químicas e farmacêuticas, 9,25% e 9,63%; papel, papelão e cortiça, 8,61% e 8,40%; gráficas, 42,88% e 42,58%; vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e pó de pedra, 15,14% e 14,81%; mecânica e de material elétrico, 33,61% e 31,54%; instrumentos musicais e brinquedos, 13,88% e 14,71%; não especificadas, 9,06% e 7,99%; transportes, 8,53% e 8,62%; comunicação, 1,93% e 2,13%; pesca, 15,59% e 13,56%.
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Maio de 1959 499
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500 Boletim da lnd. Gráfica
Sociedade Cooperativa Gráfica de SegurosA Sociedade Cooperativa Gráfica de Seguros
comunicou à Diretoria do Sindicato sua mudança para novo enderêço, onde, melhor instalada, continuará a prestar serviços à indústria.
Transcrevemos, abaixo, a carta recebida dos nossos amigos, bem como a resposta respectiva.
São Paulo, 3 de Março de 1959limos. Snrs. Diretores do Sindicato das Industrias Gráficas no Estado de S. PauloCAPITALPrezados Senhores.
Temos o grato prazer de informar a Vv. Ss. que esta Sociedade Cooperativa de Seguros transferiu sua séde da Rua Riachuelo 60 para novo enderêço: Rua José Bonifácio, 135 — 10.0andar — conjunto 101, onde esperamos continuar a merecer de Vv. Ss. tôda atenção com que temos sido distinguidos e onde nos colocamos à inteira disposição dessa digna Diretoria.
Sem outro assunto de momento, aproveitamos a oportunidade para reiterar-lhes as nossas mais
Cordiais saudações(a) J osé Mesa Campos.
Gerente Técnico.
São Paulo, 12 de Março de 1959limos. Srs. Diretores da Sociedade Cooperativa Gráfica de Seguros contra Acidentes do TrabalhoCAPITALMuito prezados Senhores.
Foi com real satisfação que recebemos o atencioso ofício dessa Sociedade, de 3 do corrente, em que Vv. Ss. nos comunicam ter transferido a séde social dessa Cooperativa, da R. Riachuelo n.° 60, para a nova séde, instalada no 10.° andar — conj. 102 do edifício da Rua José Bonifácio n.° 135, nesta Capital.
Muito gratos por essa atenção, desejamos, deixar aqui consignados os votos sinceros que formulamos para que essa utilíssima Sociedade Cooperativa de Seguros, fundada por êste Sindicato, que disso muito se orgulha, assim tão bem instalada, continue a prestar os relevantes serviços que vem dispensando aos seus associados e aos acidentados na indústria gráfica.
Com os nossos agradecimentos e êstes votos que formulamos, aqui continuaremos à inteira disposição de Vv. Ss. a quem reafirmamos as expressões do nosso especial e mui distintoapreço. T heobaldo De N icris
Presidente.
Regulada a importação de livrosA importação de mapas, livros, jornais, re
vistas e publicações similares foi regulada hoje por circular do diretor das rendas aduaneiras do Ministério da Fazenda de acordo com entendimento havido com a fiscalização bancária.
A circular estabelece três alternativas de importação para essas mercadorias e estabelece também normas de controle cambial.
Formas de importaçãoAs importações de mapas e outras publica
ções podem ser feitas com cobertura pelo mercado de taxa oficial dentro das verbas fixadas nos orçamentes semestrais de câmbio isentas de licença e licitação em Bôlsa segundo estabelece o artigo 6.° do decreto 42.820 de 1957, ou então
pelo câmbio livre isentos de imposto de importação e naturalmente sem licitações em bôlsa, segundo faculta o artigo 57 do mesmo decreto.
Quando se tratar de doações, bens de herança ou independentes, as importações estão sujeitas a licença da cacex sendo feitas sem cobertura cambial.
CatálogosAinda segundo a circular, as normas não
abrangem as importações de catálogos, pros- pectos, folhetos e outras publicações destinadas a propaganda comercial, cu ao ensino do ma- nêjo e utilização de determinados produtos, que interessam apenas às firmas que fabricam ou distribuem. Nesses casos, a importação depen
Main de 1950 501
derá sempre de licitação de cambiais, no leilão da Bòlsa, na categoria respectiva, e tratando-se de importação sem cobertura cambial, de forma alguma será dispensada a licença da cacex.
PROJETO DE LEI N.° 244, 45 1959Dispõe sobre isenção do imposto do
sêlo; em favor dos Sindicatos Patronais e de Trabalhadores.
A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo decreta:
Artigo l.° — Ficam isentos do pagamento do sêlo, de que trata a lei n.° 3.672, de 29 de dezembro de 1956, os atos praticados, dentro do âmbito de suas atribuições legais, pelos Sindicatos Patronais e de Trabalhadores sediados no território do Estado.
Artigo 2.° — Para efeito de fiscalização pelos órgãos competentes da Secretaria da Fazenda, nos papéis e documentos, sôbre os quais haja incidência do imposto sêlo constará a declaração expressa da isenção outorgada pela presente lei.
Art. 3.° — Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Sala das Sessões, 30 de março de 1959.a) R ocha Mendes F ilho
J U S T I F I C A T I V AA lei n.° 3 672, ao tratar dos casos de isenção
do pagamento do imposto do sêlo não previu a situação dos atos praticados, dentro do âmbito de suas atribuições legais pelos Sindicatos Patronais e de Trabalhadores.
Em se tratando de entidade que, dentro da estrutura social criada com a moderna legislação trabalhista, exerce função de inegável inte- rêsse público, sem quaisquer fins lucrativos, parece justo que sejam contemplados com o mesmo tratamento dispensado na referida lei à associações culturais de beneficência, de caridade e outras de utilidade pública também incontestável.
Além do mais, é de ser lembrado que no conceito jurídico da moderna legislação do trabalho, os sindicatos constituem-se em legítimos órgãos da vida pública em tudo quanto diz respeito à produção e à segurança da vida individual e coletiva máxime pela sua função de representante, perante as autoridades administrativas e judiciárias, não só de seus próprios interêsses e dos seus associados como sobretudo dos interêsses da profissão respectiva.
Evidenciando, assim, a função social, política e econômica dos sindicatos, entendemos so- bejamente justificados as razões pelas quais o Estado pode e deve tratar os sindicatos como entidade de alta utilidade pública, concedendo- lhes favores, entre os quais os de ordem fiscal — como o de que cogita o presente projeto de lei.
Ao transcorrer o 558 aniversário do nascimento de Gutenberg, a “Sociedad de Indus- triales Gráficos de Mendoza” (Argentina), fêz inaugurar uma placa na rua que tem o nome do notável inventor de Mogúncia.
Por gentileza do nosso amigo, sr. Gildo D’Accurzio, proeminente industrial gráfico daquela Cidade Argentina, recebemos uma foto da placa comemorativa, que apresentamos abaixo.
502 Boletim da Ind. Gráfica
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Maio de 1959 5 03
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BOLETIM DA INDÚSTRIA GRÁFICA NO ESTADO DE SÃO PAULO
Redação e Administração Rua Marquês de Itu, 70 — 12.° andar
Telefone: 32-4694 (Sede própria)S Ã O P A U L O
ANO X MAIO DE 1959 — N .° 104
Diretor responsável João Andreotti
RedaçãoT heobaldo D e N igris
José Napolitano Sobrinho Dr. João D alla F ilho*
Composto e impresso nas oficinas da São Paulo Editora S. A. — Rua Barão de Ladário, 226 — São Paulo, Brasil.
*
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRAFICAS NO ESTADO DE
SÃO PAULODiretoria
Theobaldo De Nigris — Presidente José Napolitano Sobrinho — Secretário João Andreotti — Tesoureiro
SuplentesJosé J. 11. Pieretti, Vitor José Ciasca e Damiro de Oliveira Volpe.
Conselho FiscalJorge Saraiva José Costa Mesa D ante Giosa
SuplentesJoão Rocco, Bertolino Gazzi e Bruno Canton
Delegados na FederaçãoTheobaldo De Nigris Humberto Rebizzi Pery Bomeisel
SuplentesJoão Virgílio Catalani, Curt Werner Reichenbach e Mário Ponzini
*
D elegacia em Santos Affonso Franco
Praça da República, 20
Serviços prestados pelo Sindicato das Indústrias Gráficas
aos seus associados ★
S E C R E T A R I ADas 8,30 às 11,30 e das 13,30 às
17,30 horas.Aos sábados: das 9 às 12 horas.
R. Luís Pereira Secretário Geral
H8 Distribuição de guias para recolhimento de impostos em geral.* Impressos fiscais c modelos de impressos de comunicações.* Serviços de Despachante, Encaminhamento de papéis nas repartições públicas. Registro de Empregados. Encaminhamento de relações de empregados. Recolhimento de Impostos e multas. Informações sobre assuntos trabalhistas, fiscais e técnicos.* Distribuição de publicações periódicas informativas.
Departamento JurídicoDr. João D alla F ilho
Diretor* Defesa de associados na Justiça do Trabalho.:i: Informações jurídicas trabalhistas.
Departamento Técnico* Orientação em geral sobre qualquer assunto concernente à indústria gráfica.* Palestras e conferências técnicas.
Sociedade Cooperativa de SegurosJosé Mesa Campos
Gerente Técnico* Seguro contra acidentes no trabalho em bases bem mais compensadoras que as de Cias. particulares.H* Assistência jurídica em casos de moléstias profissionais.
D i v e r s o s* Colaboração com os serviços públicos no desenvolvimento da solidariedade
social.* Bolsa Gráfica — Oferta e procura de empregos, Vendas, troca ou compra de máquinas e equipamentos gráficos.* Desenvolvimento do espírito associa
tivo e defesa dos interêsses da classe, visando o seu engrandecimento.
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A fábrica "Heidelberg" não tem filiais; não cedeu a nenhuma outra fábrica os direitos de fabricação; não auto- risou cópia da impressora automática Heidelberg e nem de seus dispositivos patenteados em vigor. Por isso para produção e satisfação compre sómente a
Assistência técnica.
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SÀ O PAULO • Rua dos Bandeirantes, 398 • Fone 37-4639 • Caixa Postal 3855
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