PIÚMA/ES • ANO 2Nº 175 • 1ª EDIÇÃO
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DEBATE
O I Seminário Municipal sobre os Direitos da Mulher realizado nesta quinta-feira, 09, no auditório da Escola Municipal “Ana Rocha Lyra”, em Guarapari reuniu centenas de mulheres de diversos segmentos. Oportunamente foram debatidos os temas: “Corpos Trans e os Direitos Humanos”, com a psicóloga Júlia Santigliali; “Violência de Gênero”: quando identifi car a vítima, com a titular da Delegacia da Mulher de Guarapari Francine Moreschi; “O direito a entrega voluntária” ministrada com a também delegada, Letícia Manard e a palestra; “A Luta Pelo Direito”, ministrada pela juíza da Vara da Infância e Juventude, Drª Ângela Celestino.
SEXTA10 AGOSTO 2018
DIREITOSDA MULHER
SEXTA10 AGOSTO 2018
02Polícia
Armas, drogas e sete na cadeia
Sete pessoas li-gadas ao tráfi co de drogas foram presas pela Polícia Militar na manhã desta quinta--feira (9), em Mimoso do Sul, durante uma
Márcio, comandan-te da operação, há alguns meses co-meçou uma guerra entre facções cri-minosas com o ob-jetivo de ampliar o domínio do tráfico de drogas no bair-ro Morro da Palha, sendo registradas
constantes trocas de tiros o que vinha causando medo en-tre os moradores.
“Com base nas informações que nos chegaram a Companhia da PM fez os levantamen-tos e conseguiu jun-to a Promotoria e ao
Judiciário a expedi-ção de mandados de busca e apreensão resultando na ope-ração de hoje. Entre os sete det idos , estão duas mulhe-res. Todos possuem passagem pela po-lícia e são morado-res de Cachoeiro
operação que resul-tou na apreensão de armas, dinheiro, drogas e um colete balístico artesanal.
De acordo com o subtenente da PM,
de Itapemirim, Vila Velha, Marataízes e G o v e r n a d o r Valadares – MG”, disse o subtenente.
Os detidos foram conduzidos para a 7ª Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim para as medidas legais
MIMOSO DO SULBeto Barbosa
Os presos foram detidos durante uma operação no Morro da Palha
Wanderson Amorim/Aqui Notícias
A PM prendeu na manhã desta quinta-feira, 08 sete pessoas acusadas de tráfi co em Mimoso do Sul
EXPEDIENTE Contato Comercial:
(28) 99883-7453Editora: Luciana [email protected]: (28) 99883-7453Articulistas: Ilauro de Oliveira, Fabiani Taylor e Fabiano Peixoto
Os artigos são de inteira responsabilidade do autor, o jornal não responde pela opinião dos articulistas
Diagramação: Rony Mothé - (28) 99924.2080Repórter: Luciana Maximo e Ivny Matos (free lance)Comercial: (28) 99883-7453Fotos: Luciana MaximoJornalista responsável:
Tiago Rocha - MTB / JP 01293Rua João Romão Farias, Bairro Niterói, Piúma/ES (em frente a Rodoviária)
CNPJ: 23.401.491/0001-88 INSC. MUNICIPAL: 0000030368
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de Itapemirim, Vila Velha, Marataízes e G o v e r n a d o r Valadares – MG”, disse o subtenente.
Os detidos foram conduzidos para a 7ª Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim para as medidas legais
Carla Regina Lima Cividans é mais uma candidata do Partido Socialista Brasileiro – PSB a uma vaga n a A s s e m b l e i a L e g i s l a t i v a d o Estado do Espírito Santo. Seguindo os Passos da mãe, Carla também estu-dou e se formou em Enfermagem.
Ainda adolescen-te Carla iniciou-se na espiritualidade, em 1997 no Culto aos Orixás do can-domblé. Hoje é co-nhecida como Mãe Carla de Oyá sendo uma sacerdotisa de
liberdade de culto de todas as deno-minações religiosas, mantendo a separa-ção constitucional do estado laico, que estabelece a sepa-ração entre estado e religião. Minha bandeira também é centrada na luta contra a intolerân-cia religiosa e pelo ecumenismo, con-tra o preconceito racial, pelos direitos das mulheres, pela população excluída de periferia”, frisou.
C o n t o u C a r l a q u e d e s d e d o s tempos de escola sempre se desta-cou como líder de turma, ainda criança veio para o
Espírito Santo, onde morou no munícipio de Ecoporanga, até os 11 anos de idade sendo criada pela madr inha de sua mãe, desse período Carla costuma dizer. “Agradeço muito a Deus pela educa-ção que recebi, fui criada em uma fa-mília muito carente, mas com muitos va-lores éticos”.
N e t a d e A v ó
Matriz Africana. Em sua casa tra-
balhou durante mui-to tempo com do-ação de alimentos as pessoas econo-micamente desfa-vorecidas, ofertou cursos de percus-são e costura. “Sou f i l iada ao Part ido Socialista Brasileiro (PSB) onde fui con-vidada a somar no projeto político que conjuga todas os segmentos sociais: mulheres, igualda-de racial, juventude, movimentos popula-res, LGBTQ+! Minha meta é lutar pela
Lavadeira e mãe em-pregada doméstica, Carla conta que sua mãe estudou com todas as dificulda-des e fazendo du-pla jornada, formou--se em auxiliar de enfermagem e con-seguindo empre-gar-se, melhorou a vida da família. Aos 11 anos mudou-se para o município de Serra, onde vive atualmente.
Mãe Carla de Oyá busca uma vaga na ALES
CANDIDATA
Da Redação
A mulher de luta que acredita na liberdade de culto e combate a intolerância religiosa
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05EspecialSEXTA10 AGOSTO 2018
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GUARAPARI/ES
Luciana Maximo
Um seminário para discutir direitos da mulher em Guarapari trouxe delegadas, juíza e psicóloga para tratar deste tema tão importante
Seminário discute direitos da mulherO p r i m e i r o S e m i n á r i o
Municipal sobre os Direitos da Mulher realizado nesta quinta--feira, 09, no auditório da Escola Municipal “Ana Rocha Lyra”, em Guarapari reuniu centenas de mulheres de diversos segmen-tos: estudantes universitários do curso de serviço social da UNOPAR, profi ssionais da saúde e outras lideranças femininas.
Oportunamente foram deba-tidos os temas: “Corpos Trans e os Direitos Humanos”, com a psicóloga Júlia Santigliali; “Violência de Gênero”: quando identifi car a vítima, com a titular da Delegacia da Mulher de Guarapari Francine Moreschi; “O direito a entrega voluntá-ria” ministrada com a também delegada, Letícia Manard e a palestra; “A Luta Pelo Direito”, ministrada pela juíza da Vara da Infância e Juventude, Drª Ângela Celestino.
O Evento foi realizado pela Prefeitura de Guarapari, atra-vés da Secretaria Municipal de Trabalho, Assistência e Cidadania, juntamente com o Conselho Municipal de Direitos da Mulher de Guarapari em parceria com a Secretaria de Assistência. Apoiaram também o evento, as Secretarias de Saúde e Educação, a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB.
“É uma temática muito impor-tante, sendo um ano de muitas conferências e em razão da copa do mundo e as eleições, não houve conferência alguma. Não poderíamos aguardar mais
dois ou três anos para abor-darmos um tema tão gritante quanto esse. Muitas mulheres sendo assassinadas, dentro e fora do estado, e por isso é tão necessário debater e levar esse assunto para as pessoas, para que elas estejam à par dessas informações”, salientou Ednéia Oliveira, coordenadora do semi-nário e também presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Guarapari.
O evento aconteceu em comemoração aos 12 anos da Lei Maria da Penha no país. “O foco do seminário é exatamente esse, debater os direitos das mulheres, difundir essas infor-mações. Não depende de ban-deira partidária, não depende de religião. Temos que agregar força às redes de enfrentamen-to”, complementa.
Com 35 anos de Defensoria Pública, a advogada Beth Adad esteve falou sobre a história da Lei Maria da Penha, ela afi rmou que é uma conquista, mas alcançada lá fora, após o Brasil sofrer uma condenação e depois do sofrimento por 119 anos da mulher que deu nome à Lei. “Não se combate e nem se estuda aquilo que não se conhece, a maioria das pesso-as não conhecem a lei Maria da Penha, não sabem que é o único diploma Brasileiro que prestigiou a vitimologia”, disse.
Beth parabenizou a Lei, mas ao mesmo tempo lamentou o crescente índice de violência doméstica e os números de Feminicídio. “Somos o 5º país no ranking mundial de violência à mulher e o quarto lugar no Espírito Santo. Essa estatística
Texto/ Tiago Rocha
negra, inibe muitas das vezes de dar um passo maior, ao mesmo tempo, nos enche de coragem para lutar cada vez mais”, friso
A psicóloga Júlia Santigliali, ministrou a palestra “Corpos Trans. E os direitos Humanos. Com base em uma pesquisa realizada pelo Instituto Jones dos Santos Neves, Júlia exem-plifi cou a falta de direitos das mulheres trans. 90% delas acabam sendo jogadas na prostituição, uma vez que, a família expulsa de casa, a es-cola não está preparada para lidar com os trans, a sociedade ignora, o mercado de trabalho exclui. A psicóloga defendeu os direitos das mulheres trans, argumentando que lhes fal-ta direitos básicos: proteção contra agressões, o direito da troca de nome nos documentos pessoais, obtenção de empre-gos, saúde e dentre outros. “As
mulheres trans têm vários di-reitos violados. Os direitos das pessoas Trans nunca passaram do legislativo, sempre é algo para discussão no Supremo Tribunal Federal – STF. Estamos atrasados”, declarou.
A secretária de Mulheres do PSB e também candidata a vice-governadora, Jacqueline Moraes parabenizou a iniciativa do evento e disse. “O seminário é essencial, a participação das mulheres é muito importante. Nós estamos aqui com o intui-to de apoiar a iniciativa deste evento. O principal fator do direito é a informação”.
Registraram presença ain-da, a vereadora e Ouvidora d a C â m a r a M u n i c i p a l d e Cachoeiro Renata Fiório, a representante da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, a representante do Movimento Afro-Progressista do Espírito-Santo, Catarina Mais.
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06Polícia55 mulheres são assassinadas em 7 meses no Espírito Santo
VIOLÊNCIA
A Lei Maria da Penha, que amplia a proteção às mu-lheres e ajuda a coibir os casos de violência no Brasil, completou 12 anos nesta terça-feira (7) e, diante de tantos casos de feminicí-dios que presencia-mos diariamente, faltam motivos para comemorar.
S e g u n d o a S e c r e t a r i a d e Segurança Pública do Estado, entre ja-neiro e julho deste ano, foram registra-dos 55 homicídios dolosos de mulheres no Espírito Santo. Apesar de ser menor em relação ao ano passado, quando 72 mulheres foram assassinadas, o nú-mero ainda é preo-cupante e acende um alerta em todo o País.
Na última semana, a morte da advoga-da Tatiane Spitzner, de 29 anos, no in-terior do Paraná, causou comoção e revolta nas redes sociais. O marido dela, o professor de biologia Luís Felipe
e indiciado por ho-micídio duplamente qualifi cado e oculta-ção de cadáver.
FeminicídiosSomente em 2017,
foram expedidas quase 2,2 mil me-didas protetivas, se-gundo o Tribunal de Justiça do Espírito Santo. Nas delega-cias especializadas em atendimento `às mulheres, foram re-gistrados quase 3
mil boletins de ocor-rência por ameaça e mais de 1,3 mil por lesão corporal.
S e g u n d o d a -dos da Secretaria E s t a d u a l d e Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp), o Estado tem a maior taxa de fe-minicídio da região sudeste e ocupa também a 15ª posi-ção entre os estados mais violentos do país.
Manvai ler, de 32 anos, é o principal suspeito de jogá-la do 4º andar do pré-dio onde moravam.
Manvailer foi pre-so sob a suspeita de ter jogado Tatiane S p i t z n e r, d e 2 9 anos, da sacada do seu apartamento, em Guarapuava, a 258 quilômetros de Curitiba. A prisão aconteceu após ele se envolver em um acidente com o seu carro na Rodovia BR-277, no sentido de Foz de Iguaçu. A polícia acredita que, após jogar a vítima, Manvailer recolheu o corpo da jovem na calçada e o le-vou para dentro do imóvel.
No Espírito Santo, o assassinato da mé-dica Milena Gottardi Tonini, de 38 anos, em setembro de 2017, também cau-sou grande reper-cussão. Em fevereiro de 2015, a jovem Ana Clara Cabral tam-bém foi vítima de fe-minicídio. O policial militar Itamar Rocha Lourenço Junior, foi apontado como o principal suspeito
Divulgação
São 112 anos de Lei Maria da Penha, mas a violência contra mulher não diminui
Fonte/ Folha Vitória
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, entre janeiro e julho deste ano, foram registrados 55 homicídios dolosos de mulheres no Espírito Santo
1ª Festa da Viola Caipira de Guarapari
A t r a d i c i o n a l moda de viola do campo, com a prati-cidade de estar per-to da cidade é o que propõem os organi-zadores da 1ª Festa da Viola Caipira de Guarapari.
O evento reúne o melhor da moda de viola com cinco atrações musicais, comida boa e muita animação.
A Festa vai acon-tecer no Campo do Aliança, no bairro Aeroporto com início às 11h. Os ingressos estão se esgotando, a venda dos convi-tes está sendo feita pelo telefone (27)
Iguape dentro de Guarapari, pois o público tinha receio da BR. É uma expe-riência que estamos fazendo e já teve boa adesão do pú-blico”.
Manoelzinho, como é conhecido, já adiantou que ou-tros eventos estão previstos para o in-terior de Guarapari.
E m s e t e m -bro a Caminhada
Ecológica para 300 pessoas na área ru ra l do mun ic í -pio, com saída de Cachoeir inha até Iguape, com direito a café da manhã e estrutura e pales-
99801-6395.A s a t r a ç õ e s
são: Pedro Ricardo e Juliano, Marcus V i n í c i u s e E d y, Migue l Machado e Gabriel, Edinho Ferreiro e Heraldo Viola, Mazinho da Viola e Edmilson.
O evento é reali-zado pelo empresá-rio da comunicação Manoel Alves, pro-prietário da Revista Te m a e J o r n a l Primeira Página. Ele também organiza a Moda de Viola em Iguape.
“Nós estamos fa-zendo essa experi-ência do evento da Moda de Viola de
TREM BÃO
Rosimara Marinho
A Festa Viola Caipira vai reunir violeiros que animarão o evento neste dia dos pais.
Por Rosimara Marinho
Eita que a viola vai chorar neste dia dos pais em Guarapari, vai fi car de fora moço?
GeralSEXTA10 AGOSTO 2018
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tra para os cami-nhantes em cacho-e i r inha. Teremos alguns pontos de apo io duran te o percurso da cami-nhada e outro café em Buenos aires, depois seguiremos pelas montanhas até Iguape onde te-remos café, música.
Em novembro a 5ª Moda de Viola de Iguape, esse ano com atração nacio-nal Maísa e Amarilis Viola de Cuiabá, que estão participando em vários programas de TV do país.
“Eu gosto da roça e o futuro do nosso turismo está no interior. A nossa montanha está so-bressaindo”, Manoel Alves.
SEXTA10 AGOSTO 2018
08Informe
tra para os cami-nhantes em cacho-e i r inha. Teremos alguns pontos de apo io duran te o percurso da cami-nhada e outro café em Buenos aires, depois seguiremos pelas montanhas até Iguape onde te-remos café, música.
Em novembro a 5ª Moda de Viola de Iguape, esse ano com atração nacio-nal Maísa e Amarilis Viola de Cuiabá, que estão participando em vários programas de TV do país.
“Eu gosto da roça e o futuro do nosso turismo está no interior. A nossa montanha está so-bressaindo”, Manoel Alves.
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