Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos
SESSÃO DE DEBATE:SESSÃO DE DEBATE: “NAVEGABILIDADE DO RIO TEJO” “NAVEGABILIDADE DO RIO TEJO”
Tema : PESCAS E APANHA NO TEJO ( Estuário)Tema : PESCAS E APANHA NO TEJO ( Estuário)
Lisboa, LNEC, 25 de Novembro de 2010Lisboa, LNEC, 25 de Novembro de 2010Carlos Sousa Reis*Carlos Sousa Reis*
(*FCUL e FPAM)(*FCUL e FPAM)
ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO I.P.
O RIO TEJO, E EM PARTICULAR O SEU ESTUÁRIO, SÃO UM IMPORTANTE ACIDENTE GEOMORFOLÓ-GICO NA PENÍNSULA IBÉRICA
A riqueza em recursos marinhos do Estuário do A riqueza em recursos marinhos do Estuário do Tejo é assinalada em vários sítios Tejo é assinalada em vários sítios arqueológicos, das zonas envolventes do arqueológicos, das zonas envolventes do Estuário do Tejo, onde são presentes vestígios Estuário do Tejo, onde são presentes vestígios de consumo humano de recursos aquáticos, de consumo humano de recursos aquáticos, estuarinos e marinhos.estuarinos e marinhos.Fragmentos do esqueleto de peixes ósseos, e Fragmentos do esqueleto de peixes ósseos, e em especial, conchas de moluscos bivalves, em especial, conchas de moluscos bivalves, obtidos com recurso à recoletagem ou apanha.obtidos com recurso à recoletagem ou apanha.
FRAGMENTO DA CARTA DO CRUZADO INGLÊS OSBERNO, QUE ASSISTIU À TOMADA DE LISBOA (1147).
(Biblioteca da Universidade de Cambridge)
“… “… Há nele (Tejo) tanta Há nele (Tejo) tanta abundância de peixe, que os abundância de peixe, que os habitantes acreditam que dois habitantes acreditam que dois terços da sua corrente são de terços da sua corrente são de água e o outro terço de peixes. água e o outro terço de peixes. É também rico de mariscos É também rico de mariscos como de areia, e é como de areia, e é principalmente de notar que os principalmente de notar que os peixes desta água conservam peixes desta água conservam sempre a sua gordura e sabor sempre a sua gordura e sabor natural sem os mudar ou natural sem os mudar ou corromper por qualquer corromper por qualquer circunstância como acontece circunstância como acontece entre nós…” entre nós…”
LISBOA E O RIO TEJO NO SÉCULO XVILISBOA E O RIO TEJO NO SÉCULO XVI
CATRAIOS, CATRAIOS, CARAVELA, E CARAVELA, E
PERCURSO DE PERCURSO DE VARINOSVARINOS
J.L.Fernandes 2008
A ACTIVIDADE DA PESCA NO ESTUÁRIO DO TEJO TERÁ TIDO POUCA EVOLUÇÃO DURANTE MUITOS SÉCULOS, HAVENDO AINDA HOJE EMBARCAÇÕES E MÉTODOS DE PESCA SEMELHANTES
MULETA
ARTE DE ARRASTO TARTARANHA
1
22
1 – Camarão mouro Crangon crangon
2 – Camarinha Palaemon varians
1 - Artemia salina
2 - Carcinus maenas
1
1
2
BURRIÉS
1 - Monodonta lineata
2 - Litorina litorae
Quiton Chaetopleura angulata
APANHA DE BIVALVES
OSTRAS
Conquilha - Donax trunculus
BIVALVES CUJA APANHA E BIVALVES CUJA APANHA E CONSUMO ESTÁ INTERDITACONSUMO ESTÁ INTERDITA
1 - Berbigão – Cerastoderma edule2 - Amêijoa japonesa – Ruditapes phillippinarum3 - Lambujinha -Scobicularia plana
1
AMEIJOA JAPONESAAMEIJOA JAPONESA
CHOCO CHOCO SEPIA OFICINALISSEPIA OFICINALIS
CICLO DE VIDA DO POLVO COMUM – OCTOPUS VULGARIS
ReproduçãoFecundação externa (Abril/Junho)
Postura entre Maio e Setembro
•Senescência após reprodução
•Semelparidade•Desenvolvimento embrionário (maturação dos ovos) com protecção feita pela fêmea
•Tempo dependente da temperatura da água
Corpos de Kollïker
•Fase “paralarvar” entre 4 e 6 semanas, dependente da temperatura, após o que se dáo “settlement” ou fixação
Ovos sem corion
•Fase juvenilapós fixação
Ovo com corione.g. lula
•Crescimento
Fase adulta:
•Bentónico; T > 6º < 33º; Sºº 32 <> 40. Distribuição entre os 0 e 200 m de profundidade, em todos os tipos de substratos.
•Migrações sazonais, em especial no inverno para zonas mais profundas.
•Tamanhos máximos 150 cm de CT e 18 Kg de W.
•Idade máxima entre os 12 a 18 meses.
•Sexos separados.
•Predador oportunista de crustáceos (60%), moluscos (10%) e peixes (30%).
•Predado enquanto juvenil, por Esparideos e Tunideos, e quando adulto por Serranideos.
•Abundância: significativa no Atlântico NE, Mediterrâneo e Mar do Japão.
Morte
4
111 2
3
1 - Tainha liça Chelon labrosus
2 -Tainha olhalvo Mugil cephalus
3 -Tainha / garrento Liza aurata
4 - Tainha / fataça Liza ramada
TAINHAS
ENGUIA (Anguilla anguillaENGUIA (Anguilla anguilla))
UMA ESPÉCIE EM RISCO
1 - Linguado da areia– Solea lascaris2 - Linguado branco – Solea senegalensis3 - Linguado legítimo– Solea solea
1 2
3LINGUADOS
Caracterização das Principais Comunidades Piscatórias do Estuário do Tejo
(Lisboa – Margem Sul) (Dados BNDP – 1995)Comunidade/
Porto de PescaN.º de Embarcações N.º de Pescadores Artes de
PescaEspécies
Desembarcadas (quantidades)
Alcochete
76 150
PalangreRede de emalhar
Tainhas ****Robalo **Enguia *
Linguados *Camarinha *Lambujinha*
Samouco
Montijo
BranqueiraCovos
Galricho
Tainhas **** Robalo ** Enguia ** Camarinha * Artémia * Amêijoa japonesa * Lambujinha *
Barreiro
Seixal
Tapas esteirosLinha de mãoArrasto de varaArrasto de mão
Tainhas ***Choco **
Dourada *Salema *Sargos *Congro *
Trafaria 162 345
PalangreRedes emalhar
Redes tresmalhoGarricho
CovosAlcatruz
Draga manualGanchorra
Arrasto de vara
Amêijoa boa ***Polvo ***
Linguados **Congro *Corvina *
Solha*Ruivo*
Caracterização das Principais Comunidades Piscatórias do Estuário do Tejo
(Lisboa – Margem Norte) (Dados BNDP – 1995)
Comunidade/Porto de Pesca
N.º de Embarcações N.º de Pescadores Artes Pesca
Espécies Desembarcadas
(quantidades)
Póvoa de Sta. Iria
23 57
Palangre Polvo ****
Poço do Bispo Redes de Emalhar
Redes de Tresmalho
Amêijoa macha **Amêijoa branca *
Pedrouços Covos Conquilha *Congro *
Cruz Quebrada GalrichoLinha de mão
comzagaia/piteira
Linguados * Sargos *
Camarão mouro *Ameijoa boa ***
Paço de Arcos Arrasto de varaArrasto de mão
Corrico
Corvina*Corvina* Solha* Solha* Charroco*Charroco*
**** - Mais de 50% das capturas (em quantidade)*** - Entre 20 a 50% ** - Entre 10 a 20% * - Menos de 10%
COABITAM NO ESTUÀRIO DO TEJO VÁRIOS PARCEIROS QUE PESCAM
HÁ UMA GRANDE DIVERSIDADE DE ESTRUTURAS DE APOIO E FROTAS ACTUANTES
QUE USOS PARA OS PLANOS DE ÁGUA DO TEJO?
OBRIGADO PELA ATENÇÃO
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