Desinfecção térmica versus Desinfecção química
Riscos e Benefícios
Enfª Naiara Bussolotti Garcia
Fonte: Blogdescomportamento
SERÁ QUE ESTOU FAZENDO O MELHOR?O PACIENTE ESTÁ SEGURO??
Fonte: OMS
SERÁ QUE ESTOU FAZENDO O MELHOR?O PACIENTE ESTÁ SEGURO??
SPAULDING
• Acesso a tecidos estéreis
Crítico
• Contato com mucosas ou
pele não intacta
SemiCrítico
• Contato com pele intacta
Não crítico
(Apud Rutala, 2019)
EsterilizaçãoDesinfecção alto
nível*Limpeza
* RDC 15/2012 Permite desinfecção de nível intermediário para materiais de assistência ventilatória
Desinfecção de alto nível: Processo físico ou químico que destrói amaioria dos microrganismos de artigos semicríticos, inclusivemicobactérias e fungos, exceto um número elevado de esporosbacterianos; (RDC 15/2012)
Príon
Bactérias Esporuladas
Micobactérias
Vírus não encapsulados
Fungos
Bactérias vegetativas
Vírus encapsulados
Alta resistência
Baixa resistência
Baixonível
Intermediário
ALTONÍVEL
Limpar é essencial para
desinfetar!!
Métodos da desinfecção de alto nível
❑Desinfecção Física (Temperatura): Agempor ação térmica, através de equipamentoscomo termodesinfectoras, pasteurizadorase lavadora de descarga;
❑Desinfecção Química: Agem pelo uso dedesinfetantes químicos, podendo sermanual ou automatizada;
Fonte das imagens: Internet
(SOBECC, 2017)
Termodesinfecção✓Reprodutibilidade da técnica;
✓Alto grau de confiabilidade;
✓Melhor controle do processo;
✓Menor risco de contaminação;
✓Processo melhor documentado;
✓Otimização de recursos humanos e insumos;
✓Não deixa resíduos nos materiais;
✓Baixo risco ocupacional;
✓Baixo custo operacional;
✓Pode realizar o processo completo.
Não atende a materiais
termosensíveis, tais como óticas e endoscópios.
Definição de parâmetros – ISO 15883
A0 equivale a um cálculo estatístico, onde o tempo em segundos a 80ºc, para um valor de Z= 10ºc para atingir a desinfecção.
Um limite de 65ºc é fixado, pois temperaturas abaixo deste valor podem mudar extraordinariamente o valor de Z. E com um valor abaixo de 55ºc, vários microrganismos se reproduzirão ativamente.
A0 (segundos) Temperatura (º c) Tempo (minutos)
600 s (10 min)
Para materiais que serão esterilizados
80 10
90 1
93 0,5
3000 s (50 min)
Para materiais que não serão esterilizados
80 50
90 5
93 0,5
(SOBECC,2017)
Eficácia
Cuidados na termodesinfecção
✓ Qualificação e validação da instalação;
✓ Validação da operação;
✓ Manutenções preventivas periódicas;
✓ Monitoramento dos parâmetros físicos;
✓ Testes de limpeza periódicos;
✓ Qualidade da água;
✓ Montagem da carga;
Desinfecção Térmica
Fatores para :
✓ Posicionamento inadequado da carga e do rack no equipamento;
Imagens: acervo da autora
Desinfecção Térmica
Fatores para
✓ Sujidade nos rodantes; ✓Materiais não desmontados ou conectados para irrigação do lúmen
Desinfecção química
Complexidade do processo
Equipe altamente qualificada
Tamanho e limpeza dos recipientes
Secagem dos materiais antes
da imersão
Respeitar o tempo de
contato do desinfetante
com o material
Toxicidade da solução
Enxágueeficiente
Monitoramentoda concentração
Limpeza adequada
Estrutura
(RDC 15/2012)
✓Área Limpa e exclusiva;
✓Duas cubas com profundidade que
permitam a imersão total do material;
✓Sistema de climatização, com exaustão,
pressão negativa, Troca de ar de 18,00
m3/h/m2;
✓Insumos adequados para todo o processo.
Soluções
✓Glutaraldeído;✓Ortoftaldeído (OPA);✓Ácido peracético;✓Peróxido de hidrogênio;✓Hipoclorito*;
Produtos a base de aldeídos não podem ser utilizados para desinfecção de materiais de
assistência ventilatória.
* Desinfetante nível Intermediário
Desinfetantes Vantagens Desvantagens
Glutaraldeído Bons custosMuitos estudos publicadosExcelente compatibilidade
Atividade micobactericidarelativamente lentaSusceptível a causar alergias e irritações Fixa tecidos na superfícieEnxágue abundante (colite)
Ortoftaldeído Rápida açãoExcelente compatibilidadeNão provoca irritações oculares ou nasais
Tingimento Reação anafilática em cistoscopias
Ácido Peracético Rápido efeito esporicidaNão possui efeitos adversos para os operadores
Incompatibilidade com materiais (Alumínio, bronze, aço galvanizado)
Peróxido de Hidrogênio Excelente atividade germicidaNão provoca irritações
Preocupações com a compatibilidade com materiaisEnxágue abundante (lesões oculares)
Hipoclorito de Sódio Rápida açãoNão é alterado pela dureza da águaRelativamente estável
Corrosivo para metaisAtividade microbicida afetada por matéria orgânicaPode causar irritações
Escolha de desinfetante
✓Definição por equipe multiprofissional (Comitê de Processamento)
✓Levantamento de informações:
1. Literatura;
2. Documentações;
3. Experiências;
4. Fabricante (forma de uso, tempo de contato)
Critérios de escolha✓Fácil enxágue
✓Pouca interferência na presença de matéria orgânica;
✓Baixa toxicidade;
✓Compatibilidade com os materiais que serão processados;
✓Estabilidade da solução preparada;
✓Testes e análises para verificação da efetividade do
produto;
✓Amplo espectro;
Parâmetro microbiológico exigidos pela anvisa
(RDC 35/2010)
RDC 08/2009 - Fica suspensa a esterilização química por imersão, utilizando agentes esterilizantes líquidos, de instrumentais cirúrgicos
utilizados nos procedimentos citados na norma.
Desinfecção química
✓ Ausência de sujidade;
✓ Secagem do item antes da desinfecção;
✓ Diluição adequada, quando houver;
✓ Registros detalhados;
✓ Garantir concentração e/ou PH adequado (testes);
Fatores para
Desinfecção química
✓ Imersão por completo;
✓ Manter o tempo mínimo e temperatura indicado pelos fabricantes;
✓ Enxágue abundante;
✓ Água de qualidade;
Fatores para
PotávelFiltradaTratada
?
Método Químico automatizado
▪ São os mais indicados;
▪ Não substituem a fase de limpeza manual;
▪ Os equipamentos necessitam de manutenções preventivas e desinfecções do sistema internos conforme recomendação do fabricante;
Análise de custos
Custeio baseado em atividades (ABC)
Subsidiar a tomada de decisão
GERENCIAMENTO
“O Sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia”
Robert Collier
Obrigada!!Naiara Bussolotti Garcia
Email: [email protected]
ReferênciasAgência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Resolução nº. 15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Resolução nº. 35, de 16 de agosto de 2010. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para produtos com ação antimicrobiana utilizados em artigos críticos e semicríticos. Diário Oficial da União. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0035_16_08_2010.html
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Resolução nº. 08, de 27 de fevereiro de 2009. Dispõe sobre as medidas para redução da ocorrência de infecções por Micobactérias de Crescimento Rápido - MCR em serviços de saúde. Diário Oficial da União. Disponível em: https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/rdc-8-de-27-de-fevereiro-de-2009
SOBECC. Diretrizes de práticas em enfermagem cirúrgica e processamento de produtos para saúde. 7. ed. ed., rev. e atual.. Barueri: Manole, 2017. 487 . p.
Food and Drug Administration. FDA-cleared sterilants and high level disinfectants with general claims for processing reusable medical and dental devices. Available from: https://www.fda.gov/medicaldevices/deviceregulationandguidance/reprocessingofreusablemedicaldevices/ucm437347.htm
Rutala WA. Weber D. Disinfection, sterilization, and antisepsis: An overview. American Journal of Infection Control 47 (2019) A3−A9. North Carolina. https://doi.org/10.1016/j.ajic.2019.01.018 0196-6553
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