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LAURO NGELO MUNIZ BRANDO
DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA DE CUSTEIO PARA
FABRICANTE DE BLOCOS DE CONCRETO
Trabalho de Formatura apresentado Escola Politcnica da Universidade deSo Paulo para obteno do Diplomade Engenheiro de Produo
So Paulo2010
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LAURO NGELO MUNIZ BRANDO
DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA DE CUSTEIO PARA
FABRICANTE DE BLOCOS DE CONCRETO
Trabalho de Formatura apresentado Escola Politcnica da Universidade deSo Paulo para obteno do Diplomade Engenheiro de Produo
Orientao:
Professor Doutor lvaro Euzbio Hernandez
So Paulo2010
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FICHA CATALOGRFICA
Brando, Lauro ngelo MunizDesenvolvimento de sistema de custeio para fabricante de
blocos de concreto / L.A.M. Brando. -- So Paulo, 2010.118 p.
Trabalho de Formatura - Escola Politcnica da Universidadede So Paulo. Departamento de Engenharia de Produo.
1. Contabilidade de custos 2. Blocos I. Universidade de SoPaulo. Escola Politcnica. Departamento de Engenharia de Pro-duo II. t.
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s graas da Santssima Trindade que permitiram
a criao numa famlia ntegra e o substrato paraaprendizados, um dos quais ora se consuma, e que
so alicerce da verdadeira ao moral humana.
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AGRADECIMENTOS
A Deus, por dar a opo e a ferramenta a cada um para buscar o bem.
Ao meu pai, por dar sustento material, intelectual, musical e moral.
minha me, pelo amor, pacincia e pela perseverana crist.
minha irm, que colaborou amenizando as tenses do dia a dia.
Ao Professor Doutor lvaro Hernandez, que foi compreensivo, cumpriu com primor seu
compromisso, no s por dever, mas por convico.
A todo Departamento de Engenharia de Produo, cuja convivncia prxima no pode ser
esquecida nesta meno.
Escola Politcnica, Universidade de So Paulo e estrutura social que sustenta essas
atividades, pelo investimento que a sociedade persiste em fazer.
Aos meus colegas, pela pacincia.
Linear Sistemas Matemticos pela convivncia, pela colaborao, pela amizade e boa
ndole nesses momentos difceis no fim desse ano.
minha me, pela ajuda na reviso, na obteno dos dados e dissecao do funcionamento da
administrao; ao meu pai, pela ajuda tcnica nas visitas; aos funcionrios da Bloco-Art, que
me ajudaram nos levantamentos e com sugestes e a Stephen Little (Manju), pela reviso do
Abstract.
E a todos os outros que colaboraram e injustamente no foram lembrados.
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No princpio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo eraDeus. Ele estava no princpio junto de Deus. Tudo foi feito por ele, e semele nada foi feito.
Mas Deus bem sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se
abriro, e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal.
Vs tendes como pai o demnio e quereis fazer os desejos de vosso pai.Ele era homicida desde o princpio e no permaneceu na verdade, porquea verdade no est nele. Quando diz a mentira, fala do que lhe prprio,
porque mentiroso e pai da mentira.
Juram falso, assassinam, roubam, cometem adultrio, usam de violncia eacumulam homicdio sobre homicdio.
O direito posto de lado, a justia se mantm afastada, a boa f tropeana praa pblica e no pode ali entrar a retido. Desaparecida a boa f,
fica despojado aquele que se abstm do mal.
Naquele tempo, Jerusalm ser chamada trono do Senhor e todas asnaes l se reuniro em nome do Senhor, sem mais persistir naobstinao do seu corao perverso.
Foi maltratado e resignou-se; no abriu a boca, como um cordeiro que seconduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mos do tosquiador.
Assim como pela desobedincia de um s homem foram todos constitudospecadores, assim pela obedincia de um s todos se tornaro justos.Sobreveio a lei para que abundasse o pecado. Mas onde abundou o
pecado, superabundou a graa.
Pois a lei foi dada por Moiss, a graa e a verdade vieram por JesusCristo. Ningum jamais viu Deus. O Filho nico, que est no seio do Pai,
foi quem o revelou.
Farei de ti um testemunho para os povos, um condutor soberano dasnaes; conclamars povos que nunca conheceste, e naes que teignoravam acorrero a ti, por causa do Senhor teu Deus, e do Santo de
Israel que far tua glria.
Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo vaidade. Que proveito tira o homem de todo o trabalho com que seafadiga debaixo do sol?
O que foi o que ser: o que acontece o que h de acontecer. No hnada de novo debaixo do sol.
E assim se pedir conta a esta gerao do sangue de todos os profetasderramado desde a criao do mundo, desde o sangue de Abel at o
sangue de Zacarias, que foi assassinado entre o altar e o templo.
E eu vos digo: pedi, e dar-se-vos-;
(Jo 1, 1ss; Gen 3, 5; Jo 8, 44; Os 4, 2; Is 59, 14s; Jer 3, 17; Is 53, 7; Rm 5, 19s; Jo 1, 17; Is 55, 4s; Ecl 1, 2.3.9; Lc 11 , 9.50s)
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RESUMO
Este trabalho o relatrio em formato acadmico sobre a implantao de um sistema de
custeio em uma indstria produtora de blocos de concreto. Pertence s formalidades de
colao de grau em Engenharia de Produo na Escola Politcnica da Universidade de So
Paulo. Nele, desenvolvido um sistema de custeio tradicional para a Bloco-Art. Para sua
realizao, a empresa descrita em linhas gerais, realizada uma reviso da literatura
relacionada ao tema e so enumerados os processos de fabricao e de controle da empresa.
Depois, segue-se uma anlise dos custos e da forma pela qual os dados sero coletados, para
ento ser feito um modelo abstrato de como sero direcionados os custos pelos departamentos
de custo e depois para os produtos. Ento, o trabalho passa para abordagens prticas, tratando
da aplicao desenvolvida no Microsoft Accesspara o sistema de custeio mas no s, j
que alguns processos de controle da empresa sero modificados e sobre os resultados
concretos do emprego do sistema desenvolvido neste trabalho. Aps isso, os resultados so
discutidos, especulando-se sobre seu valor e comparando-os com a situao anterior. Por fim,
este relatrio terminado com uma reflexo sobre todo o trabalho realizado.
Palavras-chave: custeio tradicional, manufatura de bloco de concreto, aplicao emTI.
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ABSTRACT
This work is an academic report about the implementation of a costing system in a concrete
block factory. It pertains to the formalities of the graduation in Industrial Engineering at the
Polytechnic School of the University of So Paulo. In this work, a traditional costing system
is developed for Bloco-Art. To accomplish this, the enterprise is described in general terms,
and there is both a literature review related to the theme and a description of manufacturing
and decision-making processes. Next, there is an analysis of the costs and of the form in
which data is collected, and an abstract model of how the costs are directed to the cost
departments and, from there, to the products. Then this work takes a more practical approach,
explaining the application developed in Microsoft Accessfor this account system but not
only this, since some control processes of the company will also be modifiedand explaining
the concrete results achieved with the employment of this developed system. After that, the
results are discussed, speculating on their value and comparing them with the former
situation. At last, this report concludes with a reflection on all the achieved work.
Key-words: traditional costing, concrete block manufacturing, IT application.
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LISTA DE ILUSTRAES
ILUSTRAO 1.PRODUTOS DA EMPRESA.FONTE:CATLOGO DA BLOCO-ART. ........................ 27
ILUSTRAO 2.APLICAES:MURO,MURO DE ARRIMO E EDIFCIO.FONTE:OBRAS DO VILELA,
ADENCO E E-CIVIL. ........................................................................................................... 28
ILUSTRAO 3.ESTRUTURA DO TRABALHO. .............................................................................. 28
ILUSTRAO 4.ESTGIO 4.ADAPTADO DE COOPER E KAPLAN (1999),P.6. ............................. 31
ILUSTRAO 5.CUSTEIO POR ABSORO.ADAPTADO DE MARTINS (2008),P.37. ..................... 36
ILUSTRAO 6.ESQUEMA COMPLETO DO CUSTEIO.ADAPTADO DE MARTINS (2008),P.74. ...... 36
ILUSTRAO 7.CUSTEIO VARIVEL. ......................................................................................... 37
ILUSTRAO 8.CUSTEIO ABC. ................................................................................................. 37
ILUSTRAO 9.ATIVIDADES.ADAPTADO DE ATKINSON ET AL.(2000),P.78. ........................... 38
ILUSTRAO 10.BENEFCIO DA PRECISO.ADAPTADO DE ATKINSON ET AL.(2000),P.260. .... 38
ILUSTRAO 11.SMBOLOS USADOS PARA CARTA DE FLUXO DE PROCESSO.ADAPTADO DE
BARNES (1977). ................................................................................................................. 42
ILUSTRAO 12.VISO GERAL DA BLOCO-ART. ....................................................................... 43
ILUSTRAO 13.PLANTA DA EMPRESA.FONTE:BLOCO-ART.................................................... 45
ILUSTRAO 14.MAPOFLUXOGRAMA DA PRODUO. .............................................................. 46
ILUSTRAO 15.EXEMPLO DE PRENSAGEM DE PRODUTOS DIFERENTES. ................................... 53
ILUSTRAO 16.ESQUEMA GERAL DOS CRITRIOS DO CUSTEIO PARA A BLOCO-ART. ............... 61
ILUSTRAO 17.ELEMENTOS DOS CRITRIOS PARA RATEIO. ..................................................... 62
ILUSTRAO 18.DETALHAMENTO DA ALOCAO DOS CUSTOS DE ELETRICIDADE. ................... 65
ILUSTRAO 19.DETALHAMENTOS DA ALOCAO DOS CUSTOS DE MANUTENO................... 66
ILUSTRAO 20.DETALHAMENTO DA ALOCAO DOS CUSTOS DE MO DE OBRA. .................... 67
ILUSTRAO 21.DETALHAMENTO DA ALOCAO DOS CUSTOS DOS COMBUSTVEIS. ................ 68
ILUSTRAO 22.CLCULO DA SADA EFETIVA DOS MATERIAIS NA SEMANA. ............................ 70
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ILUSTRAO 23.ESTIMATIVA DO VOLUME DE SADA DE MPEM CADA DIA. ............................. 71
ILUSTRAO 24.CLCULO DOS VALORES DE SADA DE MPEM CADA DIA. ............................... 72
ILUSTRAO 25.RELAES ENTRE AS TABELAS DO ACCESS
. ................................................. 74
ILUSTRAO 26.UM EXEMPLO DE BLOCO E TRS DE CANALETAS.FONTE:NBR6136. ............ 95
ILUSTRAO 27.FOTOS DA FBRICA. ....................................................................................... 97
ILUSTRAO 28.BOLETINS DE PRODUO DE DOIS DIAS. ......................................................... 98
ILUSTRAO 29.CLCULO DO CUSTO DE PRODUTO NO EXISTENTE. ....................................... 99
ILUSTRAO 30.DETALHE DO NOVO BOLETIM ELABORADO PELO AUTOR. .............................. 100
ILUSTRAO 31.MOMENTO DA TROCA DE MODELO DE BOLETIM. .......................................... 101
ILUSTRAO 32.MEDIO DA DENSIDADE. ............................................................................ 102
ILUSTRAO 33.ESQUEMA RESUMIDO DAS PRECEDNCIAS DAS TABELAS E CONSULTAS. ....... 107
ILUSTRAO 34.TELA INICIAL DA APLICAO EM ACCESS. ................................................. 108
ILUSTRAO 35.TELA CUSTOS E MPDA APLICAO EM ACCESS. .................................... 109
ILUSTRAO 36.TELA BOLETINSDA APLICAO EM ACCESS. .......................................... 109
ILUSTRAO 37.TELA PESSOALDA APLICAO EM ACCESS. ........................................... 110
ILUSTRAO 38.TELA CUSTO DOS PRODUTOSDA APLICAO EM ACCESS....................... 110
ILUSTRAO 39.OBJETOS PARA A APLICAO NO ACCESS. ................................................. 111
ILUSTRAO 40.CONSULTA CRITRIOSVISUALIZADA NO MODO ABRIR......................... 112
ILUSTRAO 41.CONSULTA CRITRIOSNO MODO DESIGN.............................................. 112ILUSTRAO 42.BLOCO E SUAS CARACTERSTICAS.FONTE:BLOCOART. .............................. 116
ILUSTRAO 43.SKIP,MISTURADOR E ESQUEMAS HIDRULICOS.FONTE:BLOCOART. ........ 117
ILUSTRAO 44.OPES DE AUTOMATIZAO.FONTE:BLOCOART. .................................... 117
ILUSTRAO 45.ESQUEMA DA PRENSAGEM.FONTE:BLOCOART........................................... 118
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LISTA DE TABELAS
TABELA 1.QUATRO ESTGIOS NORMAIS DOS SISTEMAS DE CUSTEIO.ADAPTADO DE COOPER E
KAPLAN (1999),P.2. ......................................................................................................... 30
TABELA 2.CARACTERSTICAS DO CONCRETO.ADAPTADA DE MEHTA E MONTEIRO (2008). ..... 40
TABELA 3.PROPORO DO CONCRETO.ADAPTADA DE MEHTA E MONTEIRO (2008). ............... 40
TABELA 4.DOCUMENTOS ARMAZENADOS PELA BLOCO-ART. ................................................... 44
TABELA 5.CONTAS DE CUSTOS. ................................................................................................ 47
TABELA 6.FUNES DESEMPENHADAS PELOS FUNCIONRIOS.FONTE:BLOCO-ART................. 51
TABELA 7.MATERIAIS QUE ESTAVAM NA PLANILHA MP.FONTE:BLOCO-ART..................... 55
TABELA 8.CONTAS DE CUSTOS UTILIZADAS PELA EMPRESA.FONTE:BLOCO-ART. ................... 55
TABELA 9.TIPOS DE GASTOS SUGERIDOS PARA A PLANILHA MP. .............................................. 55
TABELA 10.SUGESTES DE CONTAS PARA A PLANILHA CUSTO............................................. 56
TABELA 11.SUBCONTAS DE INTERESSE NESSE ESTUDO. ............................................................ 56TABELA 12.PARTILHA DO SIMPLESNACIONALINDSTRIA.FONTE:GOVERNO FEDERAL. ..... 59
TABELA 13.CUSTOS DOS DEPARTAMENTOS PARA CUSTO DE PEAS TEIS E DE
REPROCESSAMENTO. .......................................................................................................... 63
TABELA 14.POTNCIAS E USO DAS MQUINAS POR CICLO,PARA RATEIO DA ELETRICIDADE.
FONTE:BLOCO-ART. ......................................................................................................... 65
TABELA 15.ENERGIA ELTRICA GASTA POR DIA E DEPARTAMENTOS NA PRIMEIRA SEMANA DE
AGOSTO DE 2010................................................................................................................ 78
TABELA 16.CUSTO DE ENERGIA ELTRICA POR DIA E DEPARTAMENTOS NA PRIMEIRA SEMANA
DE AGOSTO DE 2010. ......................................................................................................... 79
TABELA 17.GASTOS COM MANUTENO EM 2010. .................................................................. 79
TABELA 18.GASTOS COM CADA FUNO EM AGOSTO DE 2010. ................................................ 80
TABELA 19.GASTOS COM COMBUSTVEL EM AGOSTO DE 2010. ................................................ 80
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TABELA 20.GASTOS COM PEDGIO EM AGOSTO DE 2010. ........................................................ 80
TABELA 21.CENTROS DE GASTOS NO MS DE AGOSTO DE 2010. ............................................... 81
TABELA 22.CUSTOS DE MPNA PRIMEIRA SEMANA DE AGOSTO DE 2010. ................................. 81
TABELA 23.CUSTO DOS PRODUTOS DA PRIMEIRA SEMANA DE AGOSTO DE 2010. ...................... 82
TABELA 24.CUSTOS DOS PRODUTOS FABRICADOS EM AGOSTO E SETEMBRO DE 2010. ............. 83
TABELA 25.COMPARAO DO CUSTO CALCULADO NO TRABALHO COM A ESTIMATIVA DA
EMPRESA. .......................................................................................................................... 84
TABELA 26.TODOS OS CENTROS DE GASTOS DE AGOSTO DE 2010. ........................................... 86
TABELA 27.COMPARAO ENTRE ACCESSE EXCEL............................................................. 87
TABELA 28.REQUISITOS DIMENSIONAIS PARA AS CLASSES.FONTE:NBR6136. ....................... 96
TABELA 29.REQUISITOS DE DESEMPENHO PARA AS CLASSES.FONTE:NBR6136. ................... 96
TABELA 30.DENSIDADES E VOLUMES DA P PARA CADA MATERIAL. ..................................... 102
TABELA 31.MANUTENO EM RELAO AO FATURAMENTO EM CINCO ANOS.FONTE:BLOCO-
ART. ................................................................................................................................ 103
TABELA 32.TBUAS,FRMAS E PALETES EM RELAO MANUTENO.FONTE:BLOCO-ART.
........................................................................................................................................ 103
TABELA 33.VENDAS (EM UNIDADES)NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2010.FONTE:BLOCO-ART.
........................................................................................................................................ 103
TABELA 34.CORRESPONDNCIA ENTRE OS NOMES USADOS NO TFE OS USADOS NO ACCESS
......................................................................................................................................... 106
TABELA 35.COMPOSIO DOS CUSTOS DO B19VP. ................................................................ 114
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LISTA DE ABREVIATURAS
ABC: Activity Based Costing(Custeio Baseado em Atividade)
ABNT: Associao Brasileira de Normas Tcnicas
BNDES: Banco Nacional do Desenvolvimento Econmico e Social
CONFEA: Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
CREA: Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
MP: Matria-prima
MPa: Mega Pascal (unidade de resistncia do bloco a compresso).
NBR: Normas Brasileiras
NF: Nota Fiscal
PA: Produto Acabado
PCMSO: Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional
PPRA: Programa de Preveno de Riscos Ambientais
SINAPROCIM: Sindicato Nacional dos Produtores de Artefatos de Cimento
TF: Trabalho de Formatura
TI Tecnologia da Informao
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SUMRIO
1. INTRODUO ......................................................... .............................................................. ................... 23
1.1. ATIVIDADES UNIVERSITRIAS............................................................................... .............................. 231.2. CONTEXTO E NECESSIDADE................................................................................... .............................. 231.3. JUSTIFICATIVA DO TRABALHO............................................................................... .............................. 251.4. PROBLEMA E RELEVNCIA........................................... ............................................................... ........ 251.5. DESCRIO DA EMPRESA......................................................... ............................................................ 27
1.5.1. Empresa e mercado ...................................................................... ................................................. 271.5.2. Produtos ........................................................ .............................................................. ................... 27
1.6. ESTRUTURA DO TRABALHO..................................................... ............................................................ 28
2. REVISO DA LITERATURA ..................................................... ............................................................ 30
2.1. CONCEITOS DE CONTABILIDADE........................................................ ................................................. 302.1.1. Funes da Contabilidade ............................................................ ................................................. 30
2.1.2. Vocabulrio Bsico ............................................................ ............................................................ 322.1.3. Princpios aplicados contabilidade de custos .......................................................... ................... 332.1.4. Custos diretos e indiretos .............................................................. ................................................. 342.1.5. Custos fixos e variveis ................................................................. ................................................. 342.1.6. Avaliao de estoque ......................................................... ............................................................ 35
2.2. MTODOS DE CUSTEIO............................................................. ............................................................ 352.2.1. Custeio por absoro ......................................................... ............................................................ 352.2.2. Custeio Varivel ............................................................................................................................ 372.2.3. ABCActivity Based Costing (Custeio Baseado em Atividades) .................................................. 37
2.3. OUTROS CONCEITOS................................................................ ............................................................ 382.3.1. Consideraes sobre as informaes ....................................................... ...................................... 382.3.2. Medio das quantidades fsicas ................................................................................................... 392.3.3. Consideraes tcnicas sobre o bloco de concreto ...................... ................................................. 402.3.4. Fluxo do processo .............................................................. ............................................................ 42
3. VISO GERAL DOS PROCESSOS DA EMPRESA .......................................................... ................... 43
3.1. PROCESSOS DE ADMINISTRAO........................................................ ................................................. 433.1.1. Atividades da empresa: viso global da Bloco-Art ..................................................... ................... 433.1.2. Os dados coletados ................................................................................................................ ........ 44
3.2. PROCESSO DE PRODUO........................................................ ............................................................ 443.3. PROCESSOS DE TOMADA DE DECISO.................................................................................................. 47
4. ANLISE LUZ DA CONTABILIDADE ..................................................................................... ........ 48
4.1. DESCRIO DOS CUSTOS......................................................... ............................................................ 484.1.1. Matria-Prima ............................................................................................................ ................... 484.1.2. Energia ................................................................... ............................................................... ........ 504.1.3. Mo de obra ............................................................. .............................................................. ........ 514.1.4. Manuteno ............................................................................................. ...................................... 514.1.5. Consideraes extras ............................................................................... ...................................... 52
4.2. COLETA DOS DADOS PARA O CUSTEIO (DADOS DE ENTRADA) ............................................................ 534.2.1. Boletim .......................................................... .............................................................. ................... 534.2.2. Carto de ponto, folha de pagamento e gastos da produo ......................................................... 544.2.3. Classificao dos gastos pela Bloco-Art........................................................................................ 55
4.3. ESCOLHA DO MTODO DE CUSTEIO............................................................... ...................................... 574.4. OBRIGAES CONTBEIS E FISCAIS....................................................................... .............................. 57
4.4.1. Gastos com o Fisco ............................................................ ............................................................ 58
5. MODELAGEM ............................................................................................................ .............................. 60
5.1. CRITRIOS DE RATEIO DOS DEPARTAMENTOS AOS PRODUTOS.......................................... ................... 625.2. ATRIBUIO DOS CUSTOS INDIRETOS AOS DEPARTAMENTOS............................................................... 64
5.2.1. Eletricidade .............................................................. .............................................................. ........ 645.2.2. Manuteno ............................................................................................. ...................................... 65
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5.2.3. Mo de obra ................................................................................. ................................................. 675.2.4. Combustvel e pedgio................................................................................................................... 68
5.3. ALOCAO DOS CUSTOS DE MP ......................................................... ................................................. 695.3.1. Aditivos, agregados e cimento: por entrada. .............................................................. ................... 695.3.2. gua: por perodo ................................................................................ ......................................... 72
6. RESOLUO ........................................................... .............................................................. ................... 736.1. FERRAMENTA UTILIZADA........................................................ ............................................................ 73
6.1.1. Situao anterior ................................................................................................................... ........ 736.1.2. Nova situao ......................................................... ............................................................... ........ 73
6.2. APLICAO DO SISTEMA DE CUSTEIO BLOCO-ART........................................................ ................... 746.2.1. Descrio das partes da aplicao desenvolvida em Access....................................................... 746.2.2. Clculos passo a passo ................................................................ .................................................. 776.2.3. Resultados.................................................... ............................................................... ................... 82
7. DISCUSSO............................................................................................................................................... 83
7.1. CUSTO DOS PRODUTOS............................................................ ............................................................ 837.1.1. Outros Gastos da Empresa ........................................................... ................................................. 85
7.2. CUSTO DOS DEPARTAMENTOS............................................................................................................. 867.3. CONSIDERAES SOBRE A FERRAMENTA ACCESS............................................................................. 877.4. CONSIDERAES SOBRE AS ATIVIDADES DA EMPRESA........................................................................ 88
8. CONCLUSO ........................................................... .............................................................. ................... 89
8.1. DIFICULDADES ENCONTRADAS NO CAMINHO...................................................................................... 898.2. VANTAGENS DA APLICAO DESENVOLVIDA........................................................ .............................. 908.3. PRXIMOS PASSOS.............................................................................................................................. 908.4. EM SUMA............................................................................................................................................ 91
REFERNCIAS .................................................................................................................................................. 93
APNDICE AO BLOCO DE CONCRETO ................................................................................................. 95
APNDICE BFOTOS DA PRODUO ...................................................................................................... 97APNDICE CBOLETIM DE PRODUO ........................................................... ...................................... 98
APNDICE DCLCULO DO CUSTO DOS BLOCOS ........................................................... ................... 99
APNDICE ENOVO BOLETIM DE PRODUO .................................................................................. 100
APNDICE FMODELAGEM .................................................................................................... ................. 102
APNDICE GRESOLUO ............................................................. .......................................................... 104
ANEXO APROCESSOS DA PRODUO .................................................................... ............................ 115
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1. INTRODUO
1.1.ATIVIDADES UNIVERSITRIAS
Aqui se apresenta o Trabalho de Formatura (TF), requisito para a obteno do diploma de
engenheiro de produo. umTF aos moldes acadmicos concebido para a resoluo de um
problema prtico em engenharia de produo, alicerada por procedimentos formais deapresentao acadmica. Assim a universidade pe em prova a capacidade do aluno de
desempenhar alguma funo relevante em engenharia de produo. A matria Trabalho de
Formatura e Estgio Supervisionado oferecida justamente para que o aluno encontre um
problema prtico no estgio e demonstre sua resoluo.
Este TF o desenvolvimento de um sistema de custeio para um fabricante de blocos de
concreto. No um trabalho atrelado ao estgio, mas sim na Bloco-Art, empresa da famlia do
autor, para a qual ser de muita utilidade. A escolha do tema foi motivada pela necessidade daempresa por dados concretos para suas decises, aliada dificuldade em selecionar um tema
adequado dentro do estgio no prazo definido pela Escola. O estgio ocorreu na empresa
Linear Sistemas Matemticos, onde desenvolveu atividades ligadas a modelagens para
clientes usando aplicaes de pesquisa operacional por meio do software desenvolvido na
empresa, cujo nome Otimix.
1.2.CONTEXTO E NECESSIDADE
Este item no trata da estrutura geral da Bloco-Art e sim da descrio das suas necessidades
atuais, para que se possa delimitar o TF perante essas necessidades e para manter a
perspectiva global dos seus problemas. A Bloco-Art uma indstria em linha, i.e., com
processos numa nica sequncia. de se supor, a princpio, que ela funcione em modos
padres, que no se modificam muito atravs do tempo. Porm, neste momento, ela passa por
trs problemas que vo mudar bastante sua atividade. Tais problemas j eram de seu
1Introduo
2R.Literatura
3Viso Geral
4Anlise
5Modelagem
6Resoluo
8Concluso
7Discusso
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conhecimento e foram transmitidos ao autor em conversas regulares (mesmo anteriores a esse
trabalho) com pessoas da empresa.
Primeiro, h uma imposio legal para a adoo da emisso nota fiscal eletrnica, o que aobriga a desenvolver uma interface com o sistema do governo. O tratamento de dados no
est automatizado (e.g. as notas fiscais so feitas a mo e depois seus dados so lanados no
computador).
Segundo, h um problema de custeio. A Bloco-Art calcula aproximadamente o custo dos
produtos de catlogo, mas sem a noo de cada perodo sobre os custos do produto. Ento, se
mostrou necessrio desenvolver um sistema de custeio que, primeiramente, d informaes
gerenciais e que tambm possa servir para avaliao de estoques, para fins fiscais. Se atentar-
se aoAPNDICE D, possvel notar que os clculos so meramente para definir preo e no
para controle.
Terceiro, a Bloco-Art sofre uma presso imobiliria, pois na rea em que se situa houve um
grande aumento de ocupao residencial e de valorizao comercial. Somado a isso se tem o
fato de que o terreno alugado. Portanto ela pretende nos prximos anos mudar de planta,
inclusive atualizando sua tecnologia. Para tanto precisar de aporte financeiro, de instituies
como o Banco Nacional do Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES). Ento surge a
necessidade de se fazer uma anlise embasada em dados consistentes para rastrear suas
atividades e apresentar um projeto consistente para a captao desses recursos. Neste sentido,
um custeio preciso se mostra crucial para indicar a viabilidade desse projeto, servindo como
informao estratgica e como procedimento que se alinha s prticas aceitas no ambiente
externo empresaprincipalmente as relacionadas captao de recursos.
Resumindo, enumeram-se os trs problemas descritos acima:
Nota fiscal eletrnica: restrio do ambiente legal;
Contabilidade dos custos: influncia na poltica de preos;
Presso imobiliria: demanda por capital e projeto de nova planta.
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1.3.JUSTIFICATIVA DO TRABALHO
EsteTF tem trs interessados: o aluno, a escola e a empresa. Ele para o aluno uma etapa
necessria, portanto o faz ao menos por formalidade, como diz a capa do trabalho, para
obteno do diploma. O que no o impede de fazer um trabalho til e vlido para sua
aprendizagem.
Nele, a escola deve cobrar do aluno uma experincia real, aplicada, que exija dele uma tcnica
relacionada com as matrias do curso, pois ele voltado para a utilidade social. Tambm deve
comprovar a utilidade e a pertinncia da soluo tcnica apresentada. E ainda pode ser uma
oportunidade para que ela tome conscincia do mercado e das prticas atuais.
empresa, que almeja lucro, o TF deve convencer de sua utilidade, seja adicionando uma
vantagem pelo aumento do lucro, por sua manuteno ou mesmo para a garantia da
sobrevivncia. Nesse sentido, qualquer melhoria bem vinda, seja direta ou indiretamente
relacionada ao resultado.
1.4.PROBLEMA E RELEVNCIA
Dadas as motivaes dos trs interessados (item1.3)e principalmente a situao da Bloco-Art
(item 1.2)pois, para um engenheiro, o importante o valor que ele agrega atravs de seu
trabalho, sob a viso do seu cliente, a empresa , aqui proposta a elaborao de um sistema
de custeio. Isto solucionar parte de seus problemas atuais e servir ao balano e
demonstrao de resultado, bem como, e principalmente, para a tomada de deciso:
fornecendo dados para a anlise das polticas estratgicas com relao ao preo de cadaproduto e anlise da mudana de localizao que ela pretende realizar (servindo tanto para si,
quanto para um possvel emprstimo1).
Outras solues poderiam ser desenvolvidas, principalmente para o problema da mudana de
planta. Poder-se-ia partir para a elaborao de um plano de negcio para captao de recursos
no BNDES.Tambm, sendo uma indstria, aqui poderia ser feita uma anlise em cima de
1Tendo em mos informaes precisas de seu custo, a empresa estar mais apta a argumentar com uma entidadefinanceira para justificar a tomada de recursos. Da ser um trabalho que se alinha tanto com o enfoqueoperacional, quanto com as atividades estratgicas da empresa.
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vrias tcnicas aprendidas no curso de engenharia de produo: ergonomia, projeto de fbrica,
operaes industriais (essas duas ltimas no projeto das novas instalaes pretendidas),
controle da qualidade, planejamento e controle da produo e outras matrias dentro do
currculo presente da engenharia de produo.
Com relao s novas instalaes pretendidas, temos que o projeto de mais longo prazo e
depende de outras realizaes (como a captao de recursos), portanto no prioridade no
tempo. Conversando com os proprietrios da Bloco-Art, viu-se que nas necessidades
imediatas se encontra o projeto da captao de recursos e a situao das novas exigncias
fiscais. Por isso, tanto o autor quanto os administradores julgaram ser o sistema de custeio a
soluo mais adequada para esse trabalho. Isso porque dar suporte s decises e s atividades
atuais e servir para projees futuras (importantes para anlise do projeto da nova planta).
Resta questionar a adequao do desenvolvimento de um trabalho como este por um
engenheiro de produo, j que aparenta ser uma atividade exclusiva de um contador.
Entretanto, advoga-se aqui ser este tema pertinente a umTF de engenharia de produo, pois
o a alnea c do art.7 da lei n 5194/66 diz ser parte das atribuies do engenheiro estudos,
projetos, anlises, avaliaes, vistorias, percias, pareceres e divulgao tcnica. Tambm o
art. 1 da resoluo n 235/75 doCONFEA,que regula a profisso do engenheiro de produo,diz serem suas atividades as referentes aos procedimentos na fabricao industrial, aos
mtodos e sequncias de produo industrial em geral e ao produto industrializado; seus
servios afins e correlatos e remete ao art. 1 da resoluo de n 218/73, que lhe atribui:
Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e especificao.
Alm do mais, esse trabalho:
Levar em considerao detalhes do processo produtivo;
Servir para uma anlise prtica futura para projeto de fbrica, o que uma
considerao tpica de engenheiro de produo. Deve-se ter isso em mente aqui nesse
trabalho, para que seu produto seja adequado e em conformidade com essa meta;
Servir para controle estratgico, atividade onde o engenheiro de produo entra como
parte dos colaboradores, com consideraes mais tcnicas sobre a produo;
Servir para distinguir os fatores que concorrem para o resultado, cujo aumento o
fim ltimo de todo colaborador de uma empresa e uma atividade que feita com
primor por engenheiros em geral.
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1.5.DESCRIO DA EMPRESA
1.5.1.Empresa e mercado
A Bloco-Art Indstria e Comrcio Ltda EPP do ramo dos produtores de artefatos de cimento
(pertencente ao sindicato patronalSINAPROCIM), fabrica blocos e canaletas de concreto e os
vende para construtoras, lojas de materiais de construo e pequenos contrutores. Situa-se na
cidade de Sorocaba-SP, atuando nela e arredores. Possui 13 funcionrios, mas esse nmero
oscila entre 10 e 20, conforme a necessidade. uma empresa familiar, com dois scios.
1.5.2.Produtos
Ilustrao 1. Produtos da Empresa. Fonte: Catlogo da Bloco-Art.
A Bloco-Art produz elementos para fechamento de alvenarias. So blocos e canaletas de
concreto com aplicaes em fechamentos simples (paredes e muros comuns), assim como em
funes estruturais (muros de arrimo, prdios com vrios pavimentos, reservatrios, piscinasetc.). Para mais detalhes videAPNDICE A e tpicoc doAPNDICE F.
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Ilustrao 2. Aplicaes: Muro, muro de arrimo e edifcio. Fonte: Obras do Vilela, Adenco e E-Civil.
1.6.ESTRUTURA DO TRABALHO
A estrutura do trabalho foi planejada de forma a apresentar ao leitor uma sequncia lgica,
onde cada parte justifique sua importncia e sua ordenao em relao ao todo. Ento,
apresenta-se aqui sua estrutura para o leitor vislumbrar a inteno do trabalho como um todo.
Basicamente a estrutura do trabalho como aIlustrao 3:
Ilustrao 3. Estrutura do trabalho.
No captulo primeiro, INTRODUO, apresenta-se uma contextualizao geral:
no item1.1,esto as situaes acadmicas das atividades do autor deste TF;no item
1.2, situa-se o contexto das necessidades no qual a Bloco-Art se encontra e alocalizao desse TF perante essas necessidades; no item 1.3, est a retrica,
apresentando a pertinncia em relao a todos interessados num TF;no item1.4,est
o problema que se prope a resolver e os resultados que almeja na consolidao dos
esforos; no item 1.5, descreve-se de forma geral a Bloco-Art, para que se possa
visualizar todo o contexto de suas atividades; no item1.6 est o arcabouo geral dos
assuntos tratados, apresentando todo percurso do trabalho, numa viso geral e rpida.
No captulo segundo, REVISO DA LITERATURA, so estudados os conceitos
de contabilidade de custos aplicveis a esse trabalho: no item2.1,os conceitos bsicos
Definio doProblema
Reviso daLiteratura
DescrioGlobal
ConclusoResoluo
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de contabilidade; no item2.2,os mtodos de custeio; e no item2.3,outros conceitos
tericos relevantes para entendimento do trabalho e para reflexo.
No captulo terceiro, VISO GERAL DOS PROCESSOS DA EMPRESA, veem-se os processos, mas ainda no com o enfoque no custeio e sim para ambientao da
atividade como um todo: no item3.1,h uma viso geral dos processos da Bloco-Art e
uma viso dos tipos de controle, mostrando a documentao que usada; no item3.2,
so identificadas as atividades do processo produtivo, importantes para a elaborao
de critrios no custeio; no item3.3,so identificadas as decises relevantes realizadas
hoje pela Bloco-Art. Este captulo ser importante, juntamente com o problema
definido no item1.4,para saber o escopo do sistema de custeio desenvolvido.
No captulo quarto, ANLISE LUZ DA CONTABILIDADE, so descritas as
etapas da resoluo com enfoque nos conceitos dados na reviso de literatura, sendo
coletados os dados especficos para a anlise: no item4.1,so feitos comentrios sobre
cada custo; no item4.2,fala-se sobre a origem dos dados de entrada.
O captulo quinto, MODELAGEM, a parte central deste trabalho, onde so
mostrados os critrios e mostrada toda a lgica do sistema, de forma abstrata. No sesegue a sequncia lgica, mas o sistema j apresentado completo de incio. No item
5.1, mostram-se os custos indo dos departamentos aos produtos; no item5.2
direcionam-se os custos indiretos aos departamentos; e no item5.3 trata-se daMP.
No captulo sexto, RESOLUO, est a parte prtica do trabalho: no item6.1,a
aplicao desenvolvida para a Bloco-Art; no item 6.2, os resultados numricos
obtidos, passo a passo, facilitando o entendimento do captulo anterior.
No captulo stimo, DISCUSSO, aborda-se o valor dos resultados prticos
obtidos com o sistema desenvolvido quanto ao custo dos produtos (item7.2), ao custo
dos departamentos (item7.3), entrada e sada de dados (item7.4)e modificao de
alguns processos da Bloco-Art.
No captulo oitavo, CONCLUSO, reflete-se sobre processo de elaborao do
sistema de custeio deste trabalho, considerando as novas modificaes inseridas no
contexto da Bloco-Art e seus benefcios e analisando os prximos passos que podero
ser dados pela empresa.
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2. REVISO DA LITERATURA
Opta-se aqui pela brevidade, com somente uma contextualizao. A explicao minuciosa da
literatura no mais que repetio desnecessria, pois os autores de referncia de
determinados conhecimentos j se incumbiram disso e com muito mais propriedade.
2.1.CONCEITOS DE CONTABILIDADE
2.1.1.
Funes da Contabilidade
Em princpio, cabe fazer uma discusso ampla sobre a contabilidade. Cooper e Kaplan (1999)
desenvolvem a evoluo natural dos sistemas de custeio e todo livro como a passagem pelos
estgios que vai chegar ao cume de uma abordagem ABC (ver adiante, no item sobre o
custeioABC)integrada: comea desde a desarticulao (por crescimento ou obsolecncia do
sistema); passando pela imposio de necessidades para demonstrativos dos resultados
financeiros dos departamentos (custeio tradicional); passando pelo desenvolvimento de
sistemas isolados relevantes para a administrao (custeio ABC); chegando, por fim, na
integrao dos sistemas de informaes. Temos aTabela 1 mostrando o arcabouo livro e a
Ilustrao 4 mostrando a situao que se chega ao estgio final.
Qualidade dos dadosMuitos errosGrande varincia
Sem surpresasAlcana os padres de
auditoria
Dados compartilhadosSistemas independentesInterligaes informais
Base de dados e sistemasplenamente interligados
Relatrios financeirosexternos
Grande varincia Sob medida para asnecessidades financeiras
Permanece no Estgio 2,para demonstraesfinanceiras
Sistemas financeiros pararelatrios
Custo dos produtosInadequado Impreciso
Esconde custos e lucrosAplicaes em PC para
custeio de atividades eprodutos
Sistemas ABCs integrados
Controle estratgico e
operacional
Inadequado S dado financeiroAtrasado e agregado
Custeio Kaizen; falsasunidades de lucro;
informaes nofinanceiras em tempo
Sistemas de medio de
desempenho estratgico eoperacional
Tabela 1. Quatro estgios normais dos sistemas de custeio. Adaptado de Cooper e Kaplan (1999), p. 2.
1Introduo
2R.Literatura
3Viso Geral
4Anlise
5Modelagem
6Resoluo
8Concluso
7Discusso
Estgio 1Dbil
Estgio 3Personalizado,independente
Estgio 4Integrado
Aspectos do sistema
Estgio 2Direcionados finanas
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Ilustrao 4. Estgio 4. Adaptado de Cooper e Kaplan (1999), p. 6.
Matz, Curry e Frank (1978), com uma abordagem um pouco mais funcional, apenas colocam
em seu livro as tcnicas diretamente relacionados com a contabilidade de custos. Eles
colocam somente a relao entre a contabilidade geral e a contabilidade de custos (sua
subordinada), sendo que esta deve (p. 33):
1. Determinar custos e lucro para um perodo contbil;
2. Calcular os valores do inventrio, para os propsitos de custo e preo e, svezes, controlar as quantidades fsicas;
3. Auxiliar e participar na elaborao e execuo de oramentos;4. Estabelecer mtodos e procedimentos que permitam controle e, se possvel,
reduo ou melhoria dos custos;
5. Prover a Administrao com informao relacionada com problemas queenvolvem escolha entre dois ou mais custos alternativos (processos analticos).
Atkinson et al. (2000), por sua vez, vo apenas diferenciar as espcies de contabilidade a
partir dos seus clientes (pp. 36, 37 e 38). A contabilidade financeira trataria dos clientes
externos empresa e a contabilidade gerencial dos clientes internos. So os clientes externos:
acionistas, credores, governo (que regula os padres de demonstrao). So os clientes
internos: administradores e funcionrios. A contabilidade gerencial trata, portanto, de produzir
informaes operacionais e financeiras para as necessidades da empresa (p. 38):
1. Melhorar a qualidade das operaes;
2. Reduzir os custos operacionais;
3. Aumentar a adequao das operaes s necessidades dos clientes.
Martins (2000), em seu captulo 1, j tem uma abordagem histrica do tema, quando trata donascimento da contabilidade financeira para fins comerciais do mercantilismo nascente:
Sistemas para relatrios financeiros
Sistemas de gernciabaseados ematividades (ABM)
Sistemas de medio dodesempenho operacionale estratgico
Planejamentoe oramentos
Eficincias e nveisde utilizao atuais
SISTEMASINTEGRADOS
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basicamente o que havia era compra e venda das mercadorias, bastando controlar os valores
de compra do inventrio, os de venda e as despesas gerais. Com o advento da industrializao,
o conceito de compras precisaria ser substitudo pelo de custos, j que a indstria de
transformao traria novos desafios para alocao dos custos concernentes aos fatores de
produo mobilizados para o processo de transformao. Tendo sido resolvido o problema da
alocao dos gastos pela anlise dos custos incorridos, a contabilidade passou para uma nova
fase, em que o interesse passou para o gerenciamento desses fatores de produo: assim,
encurtou-se a distncia entre a produo e a administrao e a contabilidade de custos passou
a assessorar a contabilidade gerencial, responsvel pela administrao geral da empresa.
Neste trabalho, preferiu-se a abordagem de Martins (2000), j que preciso fazer uma escolha
para evitar ambiguidades. Ele d bastante ateno terminologia, encara a contabilidade de
custos perante a contabilidade geral, mostra os critrios para custear os produtos e, por fim, os
processos relacionados tomada de deciso.
2.1.2. Vocabulrio Bsico
Martins (2000), na p. 24, diz ser importante uma boa definio dos termos, para que no haja
ambiguidade. Por isso, seguem as definies bsicas de acordo com o mesmo autor:
Gasto: compra qualquer em que ocorre desembolso (de ativos), no dia ou no futuro;
Desembolso: pagamento resultante de aquisio de produto;
Investimento: gasto ativado para utilizao, mas que se transformar em despesa no
futuro, de acordo com o momento de sua utilizao;
Custo: gasto em bens ou servios relativos produo de bens ou servios;
Despesa: consumo de bem ou servio para obteno de receitas. Em ltima instncia,
a despesa representa tudo o que ou j foi um gasto na empresa;
Perda: produto consumido anormal ou involuntariamente (Martins 2000, p. 25);
Receita: o que ocorre simultaneamente ao gasto, mas na transferncia para outrem;
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Custeio: apropriao de custos (Martins, 2000, p. 37);
Departamento: unidade mnima de pessoas e mquinas com atividades homogneas.
H departamentos de produo, que modificam diretamente os produtos, edepartamentos de servios, que prestam servios a outros departamentos;
Centro de Custos: unidade mnima de acumulao de custos indiretos, com estrutura
homognea de custos, concentrados num local e possveis de serem identificados.
Muitas vezes centros de custos so agrupados em departamentos por questo de
facilidade, mas sem esses nexos lgicos da definio formal dos termos (Martins,
2000, p. 66);
Tipos de Custeio: h o custeiopor ordem, em que ocorre a acumulao dos custos na
conta daquela ordem especfica de produo; e h o custeio contnuo, em que ocorre a
apropriao dos custos nas diversas contas de produo, que so encerradas no fim do
perodo contbilms, semana, trimestre, ano (Martins, 2000, p. 145);
Sistemas de Custos: conjunto de normas, de fluxos, de papis, de rotinas e de pessoas
adotados por uma empresa para controle e deciso (Martins, 2000, p. 357).
2.1.3.
Princpios aplicados contabilidade de custos
Martins (2000, cap. 3) define os seguintes princpios que norteiam a contabilidade de custos:
Da realizao da receita: reconhecimento da receita no momento da transferncia do
produto a terceiros;
Da confrontao entre despesas e receitas: no momento da realizao de uma
receita, identificam-se os respectivos custos despendidos;
Do custo histrico como base de valor: ativo registrado pelo valor de entrada (custo);
Da consistncia: em casos da possibilidade de uso de vrios critrios de anlise,
escolher um apenas e aplicar igualmente para o todo;
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Da prudncia: em dvida entre gasto como ativo ou como reduo do PL (patrimnio
lquido), preferir a segunda opo; na dvida de recebimento de ativos, baix-los para
o resultado; avaliar estoque pelo menor valor entre preo de venda e preo de
produo/compra; na dvida entre contabilizar como passivo ou PL, preferir a segunda
opo;
Da materialidade: se o item irrelevante perante todos os gastos, preferir a
simplificao, desconsiderando-o como custo direto (e sim, como custo do perodo).
2.1.4. Custos diretos e indiretos
Dentro do mbito da produo (desconsiderando o resto da empresa), alguns custos so
identificveis diretamente ao produto, outros no. Os custos diretospodem ser mo-de-obra,
insumos, energia ou outros recursos que se identificam com a produo de um produto e
podem no se identificar com a de outro. Os custos indiretosso aqueles que no podem ser
atribudos diretamente a um produto, mas so comuns a vrios produtos, e, para isso,
precisam de rateio, como iluminao, aluguel, superviso. Muitas vezes o critrio para essa
classificao no bvio e muito menos automtico. Por exemplo, a mo-de-obra, podendo
ser direta, ou indireta.
2.1.5.
Custos fixos e variveis
J essa classificao pode ser aplicada empresa como um todo e tambm possui uma
utilidade gerencial patente. Certas despesas ocorrem independentemente do volume de
produo, consistindo em despesas fixas. o caso do aluguel, da mo-de-obra (em alguns
casos) e outros desembolsos constantes por perodo. Outras despesas so diretamente
proporcionais ao volume do produto, como comisso de vendas, insumos, certa parcela da
energia, sendo despesas variveis. Dentro das despesas, os custos fixos e variveis so
subespcies, mas com a mesma lgica. Analisar por esse ponto de vista evita discrepncias
entre perodos cujo volume seja bem diferente, como seria na anlise por absoro dos custos
diretos e indiretos, em que os custos fixos seriam diludos em volumes diferentes.
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As separaes de custo direto/indireto e fixo/varivel no coincidem. Por exemplo, o custo do
aluguel (fixo) de uma rea pode estar exclusivamente na produo de um produto (sendo
direto), ou pode congregar vrios produtos de uma mesma produo (sendo indireto).
2.1.6.Avaliao de estoque
Martins (2000, p. 119 e p. 169) fala sobre os princpios de avaliao de estoques deMP ePA:
Preo Mdio Pondervel Mvel: a cada entrada do item em questo no estoque,
calculado o valor (preo ou custo) mdio do estoque;
Preo Mdio Ponderado Fixo: ao final do perodo em questo calculada a mdia do
valor dos itens consumidos ou vendidos;
PEPS: o valor do primeiro item que entra o primeiro que sai;
UEPS: o valor do ltimo item que entra o primeiro que sai.
Para efeitos de imposto de renda, s se aceita o PEPS e o Preo Mdio Ponderado Mvel.
2.2.MTODOS DE CUSTEIO
2.2.1. Custeio por absoro
Martins (2000) diz que esse o sistema de custeio aceito para fins fiscais e decorrediretamente dos princpios contbeis. Ele um mtodo e procede como na Ilustrao 5,
separando os gastos da produo (custos) dos do resto da empresa, j considerados como
despesa do perodo. Os gastos de produo so todos aqueles participam diretamente da
agregao de valor nos produtos. A compra deMP considerada custo, j que a disponibiliza
pronta para uso. Os valores da matria prima, da mo-de-obra, da depreciao das mquinas,
da manuteno, todos eles concorrem para a feitura direta do produto. Os gastos com venda,
por sua vez, no so custos, mas despesas, em que o produto em condies de venda pode terdiversos fins, sejam entrega, sejam ficar nas gndolas.
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Ilustrao 5.Custeio por absoro. Adaptado de Martins (2008), p. 37.
Desse esquema bsico, coloca-se aqui, na Ilustrao 6, diretamente o esquema bsico do
custeio com departamentalizao. Na produo, os custos diretos vo para os produtos e os
indiretos so identificados ou rateados pelos departamentos (centros de custos), sejam de
produo ou de prestao de servios (para os prprios departamentos da fbrica), e depois
rateados para os produtos. As despesas do resto da empresa vo diretamente ao resultado.
Ilustrao 6. Esquema completo do custeio. Adaptado de Martins (2008), p. 74.
= RateioCustos de Produo
DiretosIndiretos
Despesas de administrao,
vendas e financeiras
Comuns Alocveis aosdepartamentos
Dep. Servio A
Dep. Produo C
Dep. Servio B
Dep. Produo D
Produto X
Produto Y
Estoque Custo de produto vendido RESULTADO
Vendas
Despesas Custos
Estoque deProdutos
Venda
Demonstrao de Resultado
Receita(-) CPV
Lucro Bruto(-) Despesas
Lucro Operacional
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2.2.2. Custeio Varivel
O mtodo alocar os custos variveis da produo aos produtos e os fixos ao perodo. Vide
Ilustrao 7. Difere do custeio por absoro entre perodos: um produto fabricado num
perodo, pode ser vendido no perodo seguinte; no custeio varivel, o custo fixo vai inteiro
para o perodo em questo e no custeio por absoro o custo fixo vai para o perodo em que o
produto for vendido. Por isso, esse custeio no usado para Balano e Resultado, j que fere
o regime de competncia (princpio enumerado no item2.1.3).
Ilustrao 7. Custeio varivel.
2.2.3.ABCActivity Based Costing (Custeio Baseado em Atividades)
Esse mtodo de custeio procura identificar as atividades, atribuir os custos a elas e delas aos
produtos (sem rateio entre atividades, o que o diferencia do custeio tradicional, cf. item2.2).
Basicamente, esse sistema se desenrola como naIlustrao 8.Ele tem como objetivo reduzir o
grau de arbitrariedades nos rateios e, por isso, ser mais verossimilhante que o por absoro.
Ilustrao 8. CusteioABC.
Atkinson et al. (2000) afirmam que a empresa analisada como uma cadeia de valores
dividida entre atividades. Vide Ilustrao 9 as atividades genricas. Delimitando-se cada
Custo 1 Custo 2 Custo n...
Atividade 1 Atividade nAtividade 2 ...
Produto 1 Produto nProduto 2 ...
Direcionadores decusto de recursos
Direcionadores decustos de atividades
Custos Fixos Custos Variveis
Produto 1 Produto nProduto 2 ...Perodo
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atividade, analisa-se quanto que cada uma adiciona de valor para o cliente, que a atividade
seguinte na cadeia.
Ilustrao 9. Atividades. Adaptado de Atkinson et al. (2000), p. 78.
2.3.OUTROS CONCEITOS
2.3.1. Consideraes sobre as informaes
O engenheiro, em todos os ramos de atuao, busca modelar a situao estudada. Por maisque ele se esforce em conseguir deixar o modelo fiel realidade, ele no poder continuar
nessa busca indefinidamente, pois o preo para isso ser alto. Atkinson et al. (2000) falam
sobre a questo dos custos e benefcios da informao (p. 92): mais informao sempre
bom, mas o custo de novas informaes pode ser maior que o benefcio advindo. Por isso,
bom ter bom senso e estabelecer um nvel bom de preciso, mas num modelo vivel.
Ilustrao 10. Benefcio da preciso. Adaptado de Atkinson et al. (2000), p. 260.
Tendo em mos as informaes do modelo, h que se tomar muito cuidado com as concluses
delas hauridas. A maioria das ferramentas aqui apresentadas numrica, a contabilidade
Custo
Exatido
Custo do erro namedio
Custo Total
Custo de medio
Administrativas
Pessoal, Finanas, legal,contbil, pesquisa.
De Processamento
Fazendo, movimentando,estocando, inspecionando.
De Entrada
Desenho do produto e doprocesso, compras, recebimento,contratao, treinamento.
De Sada
Vendendo, remetendoservios
Atividades
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basicamente numrica, com uma base comum monetria. Atkinson et al. (2000) ressaltam a
importncia de informaes no monetrias (p. 58).
Alm de tudo o que foi referido, h o fato de que nem todas as anlises devam serobrigatoriamente quantitativas (sejam em unidades monetrias ou outras quaisquer). Segundo
Bogdan e Biklen (1994) apud Teixeira e Pacheco (2005), o reducionismo das tcnicas
quantitativas dominadas pelas questes de mensurao, definies operacionais, variveis,
testes de hipteses e estatstica. Teixeira e Pacheco ainda dizem que alargou -se o
conhecimento quando se passou a considerar a metodologia de investigao qualitativa, que
enfatiza a descrio, a induo, a teoria fundamentada e o estudo das percepes pessoais.
Todas essas observaes levam a crer que uma anlise plena dos valores sociais deve
considerar simultaneamente anlises qualitativas e quantitativas.
2.3.2.Medio das quantidades fsicas
Dada a diferena entre custeio por ordem e custeio contnuo (vide item2.1.6), ainda preciso
ressaltar um problema que surge da avaliao das quantidades fsicas. A quantidade
consumida num perodo leva em conta as quantidades iniciais e finais e a entrada do item no
perodo em questo:
finalentrainicialsai QQQQ
No entanto, algumas dificuldades surgem para a avaliao das quantidades realmente
consumidas. Martins (2000), na p. 160, comenta sobre essas dificuldades de medio. As
quantidades s podem ser avaliadas no fim do processo (por pesagens, cubicagens etc.).
Muitas vezes so necessrias estimativas com base no conhecimento tcnico do processo e emmuitos processos acabam ocorrendo algumas distores. Por isso, os processos contnuos
devem ser munidos de bons sistemas de medio, caso se queira analisar em detalhe o custo.
No caso especfico deste trabalho, a questo est na medio dos agregados, do cimento e dos
produtos qumicos. O cimento e os produtos qumicos so mais fceis de medir, pois basta
para o cimento contar a quantidade de sacos e para os produtos qumicos basta medir o
volume lquido. O caso dos agregados mais complexo, j que a medio por volume
aproximada: a cubicagem feita de olho e a umidade traz uma variabilidade na medio; no
se tem muita certeza nem das quantidades indicadas nas notas ficais.
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2.3.3. Consideraes tcnicas sobre o bloco de concreto
bom que se team algumas consideraes sobre o concreto e o bloco de concreto, j que
esse trabalho trata do processo de fabricao do bloco.
Primeiramente, so apresentadas algumas definies sobre o concreto. Segue-se nesse tpico
Mehta e Monteiro (2008). Eles definem algumas propriedades do concreto(p. 14), que esto
colocadas na Tabela 2, tratando sobre a densidade e resistncia compresso (medida em
Mega Pascal) dos concretos. Eles tambm sugerem as propores para as variadas
resistncias, como se segue naTabela 3.O bloco um concreto leve (~1.800 kg/m) de baixa
resistncia (em geral, entre 2 e 6MPa).
Caractersticas do concretoQuanto densidade Quanto resistnciaConcreto leve < 1.800 kg/m Baixa resistncia < 20MPa
Concreto normal ~ 2.400 kg/m Mdia resistncia 2040MPaConcreto pesado > 3.200 kg/m Alta resistncia > 40MPa
Tabela 2. Caractersticas do concreto. Adaptada de Mehta e Monteiro (2008).
RESISTNCIA Baixa(kg/m)
Mdia(kg/m)
Alta(kg/m)
Cimento 255 356 510gua 178 178 178Agregado mido 801 848 890Agregado Grado 1169 1032 872Proporo da massa de cimento
% em massa 18 22,1 28,1% em volume 26 29,3 34,3
gua/Cimento em massa 0,70 0,50 0,35Resistncia,MPa 18 30 60
Tabela 3. Proporo do concreto. Adaptada de Mehta e Monteiro (2008).
H diversos tipos de cimento (e.g. cimento asfltico), mas o cimento, tal qual chamado
comumente e encontrado em lojas de materiais de construo, o Cimento Portland.
Genericamente, o cimento o aglomerante. Mehta e Monteiro (2008), p. 206, afirmam que
Cimento Portland hidrulico, ou seja, resistente a gua, e tambm que ele provm da
moagem do clnquer (compostos de clcio).
O principal aspecto ao lidar com o cimento a hidratao (cura), j que ela que faz ocimento reagir (irreversivelmente), formando os cristais que serviro de aglomerantes para os
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agregados do concreto (a gua fica incorporada). Mehta e Monteiro (2008) tratam da
dinmica de pega e endurecimento (p. 226): h enrijecimento da massa, j que a gua livre
incorporada com o tempo, dificultando o abatimento/trabalhabilidade (plasticidade, facilidade
de escoamento); h liberao de calor na hidratao (processo exotrmico); o tempo de pega
varivel para cada tipo de cimento. H uma interdependncia entre temperatura, relao
gua/cimento, durabilidade, resistncia, densidade, custo, tempo, que faz com que a escolha
das variveis para o concreto desejado seja complexa.
O cimento o elemento caro do concreto, justamente em contraposio aos agregados. Estes
so os materiais inertes de enchimento. Mehta e Monteiro (2008) enumeram as seguintes
propriedades relevantes do agregado (p. 259): porosidade, distribuio granulomtrica
(tamanho dos gros), absoro de gua, forma, textura superficial, resistncia compresso,
mdulo de elasticidade e presena de substncias deletrias. Os agregados tambm podem ser
leves, normais ou pesados, sendo eles que influenciam a densidade do concreto. Os agregados
grados e os midos tm sua respectiva distribuio granulomtrica, que vai de gros de
dimetro da ordem de 100 mm at 0,15 mm.
H que se considerar a possibilidade da adio de aditivosno concreto. Mehta e Monteiro
(2008) classificam desta forma os aditivos (p. 292):
Tensoativos ou surfactantes (interferem nas tenses superficiais da mistura):
- Incorporadores de ar: reduzem a tenso superficial, facilitando as bolhas;
- Redutores de gua: dispersam as partculas slidas, facilitando o escoamento e
permitindo a reduo de gua;
- Superplastificantes: possibilitam grande reduo na quantidade de gua;
Modificadores de pega:- Aceleradores de pega: reduzem tempo de pega e aumentam a velocidade para
obteno da resistncia inicial;
- Retardadores de pega: retardam os efeitos danosos da alta temperatura e
mantm a trabalhabilidade durante o longo perodo de lanamento do concreto.
Com esses conceitos, j possvel entender um pouco do processo do bloco de concreto. Cabe
ressaltar que os artefatos pr-moldados podem ser dormidos (terminologia corrente), ou
seja, so curados nas frmas, ou podem ser prensados e curados fora da frma (esse o caso
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do bloco de concreto). As peas dormidas tm caractersticas diferentes, pois nelas vo mais
gua e cimento, dando maior resistncia e melhor aparncia, entretanto o custo maior.
Algumas caractersticas do bloco de concreto podem ser encontradas no APNDICE A,emque so mostradas algumas definies daABNT NBR 6136.
2.3.4.Fluxo do processo
Neste trabalho faz-se uso da ferramenta chamada mapofluxograma (videIlustrao 14). Essa
ferramenta, de acordo com Barnes (1977) ajuda a mostrar a direo do movimento... e o que
est sendo executado. Para tanto, a ferramenta se utiliza dos smbolos da carta de fluxo de
processo, como pode ser visto na Ilustrao 11, com cada etapa do processo devidamente
localizada onde ocorre dentro da planta.
Ilustrao 11. Smbolos usados para carta de fluxo de processo. Adaptado de Barnes (1977).
Operao: processo que indica modificao intencional dealguma das caractersticas do produto.
Transporte: ocorre quando h movimentao do produto,com exceo dos movimentos de operao.
Inspeo: exame para identificao ou comparao do padrode qualidade do produto (seja final, intermedirio ou MP).
Espera: ocorre quando a execuo da prxima atividade no efetuada.
Armazenamento: ocorre quando um objeto mantido sobcontrole e sua retirada requer a autorizao competente.
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3. VISO GERAL DOS PROCESSOS DA EMPRESA
3.1.PROCESSOS DE ADMINISTRAO
3.1.1.Atividades da empresa: viso global da Bloco-Art
Ilustrao 12. Viso geral da Bloco-Art.
NaIlustrao 12,podem ser vistas as atividades da Bloco-Art. Na verdade so genricas paratodas as empresas, mas o que importa dizer o que a Bloco-Art faz e o que no faz:
Com relao ao transporte, a Bloco-Art usa transporte prprio para os agregados a
granel (caminho basculante), mas para o cimento e o aditivo ela contrata o frete,
sendo essas todas as MPs (matrias-primas). Com relao aos PAs (produtos
acabados), a maioria entregue pela Bloco-Art, mas h tambm clientes que retiram;
A produo basicamente como se segue (maior detalhe no item 3.2). AsMPs so
misturadas em misturador, prensadas em prensa hidrulica, curadas em galpo coberto
sob lonas plsticas e estocadas j comoPAs. uma sequncia pela qual passam todos
1Introduo
2R.Literatura
3Viso Geral
4Anlise
5Modelagem
6Resoluo
8Concluso
7Discusso
EmpresaFornecedores:
Cimento Agregados Aditivo gua Energia Manuteno Contabilidade
Produo: Estoque de MP Mistura e prensagem
Cura Estoque de PA Manuteno
Clientes: Construtoras Lojas de
material deconstruo
Pequenosconstrutores
Indstrias
Administrao: Controle da produo Controle dos custos Vendas e Compras Estudos Estratgicos Outras tarefas de administrao
Transporte: MP (exceto cimento e aditivo) PA (exceto quando o cliente retira)
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os produtos. Com relao manuteno, h servios dirios desde a limpeza at outros
consertos e atividades. Alguma parte dela feita por terceiros (empilhadeira,
caminho, motores etc.);
A administrao incumbida ao restante da empresa. Ela feita basicamente pelos
scios, envolve a venda, a compra, e todos os projetos e controles, sendo terceirizados
os servios de contabilidade, de advocacia e medicina do trabalho. Para esse trabalho,
ser de suma importncia o estudo sobre a relao com a contabilidade.
3.1.2. Os dados coletados
Seguem-se os dados disponveis Bloco-Art. Tendo-os em vista, pode-se avaliar sua
suficincia ou a necessidade de coleta de dados suplementares.
Carto de ponto: para controlar os horrios de entradas e sadas.Boletim. VideAPNDICE CBOLETIM DE PRODUO.Extrato da conta corrente e da cobrana (francesinha).Folha de pagamento
Notas fiscais de entrada e sada.
Tacgrafo: informaes sobre os caminhes.Controle dirio de gua e energia eltrica.Controle dos caminhes e empilhadeiras (horrios, combustvel, quilometragem).Controle de estoque (kardex) de produto acabado.Caderno de registros deNFse boletos.Caderno de compras (cimento, produto qumico, tbuas e materiais de manuteno).Temperatura, pluviometria.Controle de EPI.Controle de cesta bsica.PPRA ePCMSOCaderno de consultas efetuadas por clientes.
Tabela 4. Documentos armazenados pela Bloco-Art.
3.2.PROCESSO DE PRODUO
A produo fundamental, l se incorre na maior parte dos custos e para ela so tomadas as
decises com relao qualidade e custos, que so vitais para a Bloco-Art. Ento, entendamo-
la melhor. Abaixo est a Ilustrao 14, que trata dos processos da produo, descritos no
ANEXO A. Tenha tambm em mente a Ilustrao 13, que situa esse mapofluxograma na
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planta. H fotos desses processos noAPNDICE B.NoAPNDICE C esto as informaes
da produo que so anotadas.
mquina 1
rea de manobra
pilares
cura dosblocos
prensa
agregados
cobertura do galpo
compressores
matrizes
carrinhosferramentas
cimento
entrada
area: 2848munidade: m
manutenosolda
banheiro
refeitrio
almoxarifado
hall escritrio
cozinha
caseiro
em azul o possvelestoque de blocos
carros
escritrio
10
30,01
63,5
59,24
35,5
254
4
4
7
4
4
4
2
3,5
3,5
readecargaedescarga
doscaminhes
Ilustrao 13. Planta da empresa. Fonte: Bloco-Art
Em vermelho, a reado Mapofluxograma
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Cada um dos processos daIlustrao 14pode ser considerado como absorvedor de custos e
pode ser tratado separadamente. Os Processos P1 e P3 so irrelevantes, dado que acontecem
uma vez ao dia e podem ser desconsiderados na anlise. Outras atividades da produo, que
no participam dela diretamente, precisam ser analisadas mais detalhadamente na atribuio
de custos. VideANEXO Apara detalhes.
Ilustrao 14. Mapofluxograma da produo2.
2BRANDO, L. . M. et al. Projeto de Fbrica: Relatrio Final. Departamento de Engenharia de Produo daEscola Politcnica (no publicado), 2009. 55p. Relatrio da disciplina Projeto de Fbrica, ministrada por DarioMiyake e Paulino Francischini no 1 semestre de 2009. Outros integrantes: Guilherme Zamith Chequetto, JosArivar de Lira Jr e Ricardo Pereira Caixeta. No Publicado. VideANEXO A.
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3.3.PROCESSOS DE TOMADA DE DECISO
A Bloco-Art faz seu controle gerencial de custo atravs de Contas de Custos3. Acompanhando
periodicamente as contas, podem ser vistas discrepncias e fatos extraordinrios (e.g.
vazamento de gua), para o controle das atividades. Tendo os custos de cada conta, a Bloco-
Art as confronta com o faturamento e o capital de giro e toma decises sobre:
aumentar/reduzir produo (contratar/demitir) e sobre o preo de vendas (e.g. quando se
vende muito pouco, abaixa-se o preo para manter o capital de giro). As contas controladas
esto numeradas a seguir:
Administrao Outros (eventualidades)
Combustvel
Manuteno
Impostos
Salrios e encargos
gua Eletricidade
Aditivo
Cimento
Agregados
Tabela 5. Contas de custos.
O Boletim o registro de vrias informaes sobre a produo do dia. Caso se verifique uma
alterao na qualidade do produto, rastreia-se nele as possveis causas. Porm essas
informaes no so utilizadas, filtradas ou compiladas para um controle peridico. Servem
mais como registro histrico.
O controle da cobrana feito pelas informaes bancrias, rastreando-se a adimplncia dos
contratos. As decises tcnicas, que concernem aos projetos na manuteno de mquinas e
ainda outras decises, so irrelevantes dentro do escopo desse trabalho.
Cabe dizer que alguns procedimentos de administrao da Bloco-Art tm menor
formalizao. Muitas decises so tomadas no nvel operacional pelos administradores, j que
eles se encontram simultaneamente em contato com os nveis mais baixos e altos da
administrao. Um exemplo a atividade do diretor de produo, que anota a programao
das produes num caderno e toma a deciso com base nos pedidos a serem entregues e no
nvel de estoque, mas sem um processo metdico analtico, porm num mais intuitivo.
3Os textos sublinhados nesse item no so nomes tcnicos, mas pertencem terminologia em uso na empresa.
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4. ANLISE LUZ DA CONTABILIDADE
O leitor foi introduzido ao tema do trabalho no captulo1 (INTRODUO), conduzido no
captulo2 (REVISO DA LITERATURA)para a literatura relevante ao problema abordado.
A ele foi apresentada a viso global dos processos no captulo 3 (VISO GERAL DOS
PROCESSOS DA EMPRESA) para que fosse possvel aqui neste item a anlise dos
processosprincipalmente das caractersticas dos custos com base na reviso da literatura.
Depois disso, h o comeo da resoluo, no captulo5 (MODELAGEM).
4.1.DESCRIO DOS CUSTOS
Neste item so feitas as descries dos custos com base na reviso da literatura. Para cada
custo, exibido no fim uma concluso resumida da descrio destacada num quadro cinza.
4.1.1.
Matria-Prima4
Em tese, o custo da matria-prima um dos mais fceis de identificar, pois basta ver a
quantidade em cada produto. Porm, aquelas cujo estado a granel implicam em dificuldades
de medio tpicas das questes tcnicas do concreto.
O custo das matrias-primas so diretos e variveis.
Seguem as caractersticas de cada material:
a) Agregados
Os agregados so o p de granito, o p de calcrio (ambos de gros mdios), a areia (gros
finos), o pedrisco limpo de granito e o pedrisco limpo de calcrio (ambos de gros grossos).
Cada agregado tem uma funo geomtrica para cumprir: o concreto deve possuir uma
4Comenta-se sobre o concreto no item2.3.3.Para maior elucidao sobre essas questes tcnicas, sugere-se aleitura de Mehta e Monteiro (2008).
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distribuio granulomtrica5 adequada. Os principais agregados so os materiais de gros
mdios, sendo que os finos e grossos servem para ajuste fino da granulometria. A areia
somente utilizada nos produto de acabamento mais fino (blocos aparentes) e comprada uma
vez na semana em mdia.
A dosagem do material em ps (carregadas pelos funcionrios), o que no muito preciso.
Tambm no se tem como confirmar se a quantia no caminho da nota a indicada na nota,
por no se ter balana para conferncia. Alm disso, a umidade influencia a densidade. Da a
dificuldade em se medir as quantidades de agregados nos PAs.
Ser possvel calcular a sada semanal de MP na produo com estes dois dados:
levantamentos dos nveis de estoque em valor e quantidade e notas de entrada. Dada a
quantidade que sai por semana de MP, com a proporo do trao de cada dia vezes a
quantidade produzida no dia, possvel atribuir um percentual de cada material utilizado em
cada dia na semana.
O custo dos agregados direto e varivel.
b) Cimento
O cimento fcil de avaliar a quantidade utilizada em cada dia, pois anotada no boletim a
quantidade de sacos usada na produo. Ele um dos principais elementos do concreto, pois
o aglomerante. O ajuste de sua quantidade (junto com a proporo de gua) define a
resistncia e seu custo bastante relevante. Portanto, o controle da quantidade e do trao do
cimento um dos principais dados a se ter.
O custo do cimento direto e varivel
c) gua
A gua faz parte do produto. O cimento reage com ela no processo da hidratao, que tem
uma curva de reao no tempo (esse tempo a espera, que chamada de cura) e a relao
gua/cimento define a resistncia do bloco. possvel estimar a quantidade de gua no
produto pelo boletim.
Tambm usada gua para outros fins (banheiro, limpeza etc.), nesses casos,seriam considerados como custo indireto e fixo (depende da quantidade de
pessoas e do perodo), mas em maior parte varivel e direto.
5A granulometria se refere s caractersticas geomtricas dos gros do concreto.
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d) Aditivos qumicos
Retira-se das bombonas (recipientes) um volume de aditivo qumico, que ser diludo em
gua. S que h uma impreciso na avaliao da quantidade de aditivo usada no dia (pois hsobras de diluio usadas no dia seguinte) e por isso sero feitos levantamentos semanais do
estoque. H diversos tipos de aditivos para concreto, variando de acordo com o efeito (na
reologia, no tempo de pega, na reduo de gua etc.), e que tm diversas participaes no
custo do concreto. Nesse caso, o aditivo no relevante quanto ao custo.
Os custos dos aditivos so diretos e variveis.
4.1.2.
Energia
a) Energia eltrica
As mquinas so eltricas. possvel estimar a quantidade de energia eltrica avaliando os
ciclos de produo e as potncias dos motores e a quantidade de ciclos pelo boletim. H uma
parcela de custo que fixa (energia de uso dos funcionrios, independente da produo) e no
tem relao com a produo e uma que indireta (na manuteno e limpeza), que pode serconsiderada varivel (pois, quanto maior a atividade, mais resduos e desgastes).
Os equipamentos do escritrio so eltricos, sendo de uso comum, mas no so custos, e sim
despesas. Mas a surge a dificuldade de separar custo e despesa, j que a conta de energia
eltrica uma s.
Os custos de energia eltrica so diretos e variveis no funcionamento dasmquinas, porm outros no so e difcil diferenci-los.
b) Combustvel
Os caminhes e as empilhadeiras utilizam diesel. Os caminhes servem para transporte de
agregados (MP) caminho basculanteou para entrega dos blocos (PA)caminhes com
carroceria. No primeiro caso, os gastos consistem em custos, no segundo, em despesas. As
empilhadeiras servem o transporte interno, tanto da paletagem para o estoque de PA,quanto
do estoque para os caminhes de entrega. O custo do transporte interno pode ser considerado
varivel, j que a distncia pode ser considerada a mesma (da produo ao estoque e doestoque aos caminhes) e o nmero de viagens proporcional a produo. J as viagens de
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entrega so variveis, dependendo da distncia do cliente e so difceis de serem avaliadas e
isso no um custo, mas despesa de venda.
Os custos de combustvel podem ser considerados variveis e diretos.
4.1.3.Mo de obra
Identificaram-se as seguintes funes principais que os funcionrios desempenham:
N Descrio N Descrio1Operador de mquina (prensa) 9Motorista de caminho de entrega2Operador de misturador 10Ajudante de caminho (entrega)3Cimento (dosagem) 11Empilhadeirista4Carrinho de agregados (dosagem) 12Manuteno geral5Esteira 13Limpeza6 Paletrans 14 Moer bloco
7 Paletagem 15 Confeco das tbuas/paletes
8 Motorista de caminho de agregados 16 Sem produzir
Tabela 6. Funes desempenhadas pelos funcionrios. Fonte: Bloco-Art.
Entretanto, a flexibilidade dos funcionrios em exercer mais de uma dessas funes no dia e a
discricionariedade que eles tm para atribuir as funes, fazem com que seja difcil estimar
quanto foi gasto em cada funo. Pode-se tentar levantar o que cada um fez
predominantemente em cada dia no boletim. E depois passar cada funo para cada
departamento que ser definido. Por isso, foi definida pelo autor uma nova forma da anotao
do boletim dirio de produo (cf. APNDICE C e o APNDICE E).Os salrios so
pagos em todos os meses no mesmo valor, com poucas horas-extras e para saber se so diretos
ou indiretos, h que se analisar qual a funo exercida.
Os custos de mo de obra so fixos (salrio) ou variveis (horas-extras), sodiretos (manufatura etc.) e indiretos (manuteno etc.).
4.1.4.Manuteno
Para manter cada equipamento funcionando a Bloco-Art despende dinheiro com peas e
servios (aqui no est sendo contada a mo de obra prpria destinada manuteno). Porm
esses gastos so irregulares e no se pode estabelecer uma relao direta com a produo. H
que se ter um critrio de considerar perodos maiores para a manuteno, pois varia bastante
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de perodo para perodo. Em tese, se gasta mais com maior produo, mas difcil afirmar
uma proporcionalidade nisso para dizer que varivel. Mesmo porque, alguns equipamentos
tm validade (como as borrachas de vedao). Portanto difcil definir qualquer padro. Para
observar outra anlise em manuteno, se dirija ao tpicob doAPNDICE F.
Os custos de man
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