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Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde | Núcleo de Vigilância Epidemiológica | Secretaria da Saúde do Estado do Ceará Av. Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema, Fortaleza, Ceará - CEP: 60.060-440
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA
MONITORAMENTO DOS CASOS DE DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA ATÉ A SEMANA EPIDEMIOLÓGICA (SE) 48, 2017*
Com a circulação endêmica de três arbovírus (dengue, chikungunya e zika), novos cenários
epidemiológicos foram identificados no Ceará em 2017. Houve ocorrência epidêmica de
arboviroses, principalmente se consideradas as notificações de casos de chikungunya. Desta
forma, todo o PROCESSO DE VIGILÂNCIA, desde a notificação, investigação e análise do
perfil epidemiológico, além do MANEJO CLÍNICO adequado do paciente (Ver
Recomendações na Nota Técnica sobre Manejo Clínico das Arboviroses) e ações de
CONTROLE VETORIAL devem ser enfatizados e intensificados pelos profissionais de saúde e
gestores dos municípios.
1. Introdução
No Ceará (CE), há casos de dengue notificados desde 1986 e já foram isolados os quatros
sorotipos (DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4). A doença desde então tem apresentado
períodos endêmicos e epidêmicos, com o registro de sete grandes epidemias nos anos de
1987, 1994, 2001, 2008, 2011, 2012 e 2015. A partir de 2015, foi confirmada também a
transmissão autóctone dos vírus da chikungunya e da zika.
Este boletim tem como objetivo apresentar a situação epidemiológica e entomológica da
dengue, chikungunya e zika no Ceará, descrevendo os dados até a semana epidemiológica
(SE) 48 que abrange o período de 01/01 a 02/12/2017, com algumas análises comparativas
com o mesmo período do ano de 2016.
O Estado tem como rotina a divulgação dos dados através do boletim, além de realizar o
monitoramento dos casos utilizando como ferramentas o "Diagrama de Controle da
Dengue" e a "Classificação da Incidência" dos casos notificados de arboviroses (dengue,
chikungunya e zika), conforme as orientações contidas no Plano Estadual de Vigilância e
Controle das Arboviroses.
Na figura 1 observa-se o comportamento e a dispersão das doenças transmitidas pelo Aedes
aegyptino Estado. Em 2016, dengue e chikungunya mostraram comportamentos
semelhantes, com tendências ascendentes até as SE 20 e 22, respectivamente. Nas semanas
subsequentes, as curvas apresentaram redução no número de casos confirmados,
destacando-se um pequeno aumento a partir da SE 45. Em contrapartida, nota-se que zika
demonstrou uma dispersão contínua, entre as SE 05 e 32, porém, com menor número de
registros, caracterizando um padrão diferenciado em relação às demais.
Em 2017, a partir da SE 09 observa-se predominância da chikungunya, com aumento na
confirmação dos casos de forma crescente e significativa, se comparado às demais
arboviroses e ao mesmo período no ano de 2016 (Figura 1). Observa-se que a distribuição
dos casos por arboviroses ocorre em todas as faixas etárias, porém, com maior incidência
entre adultos jovens e pacientes do sexo feminino. Até a SE 48, foram registrados casos
suspeitos nos 184 municípios. A incidência acumulada de casos notificados para arboviroses
é de 2.448,0 casos por 100 mil habitantes, caracterizando um cenário epidêmico no Estado
(Tabela 1).
CASO SUSPEITO DE DENGUE
Pessoa que viva ou tenha viajado nos
últimos 14 dias para área onde esteja
ocorrendo transmissão de dengue ou
tenha a presença de Ae. aegypti que
apresente febre, usualmente entre 2 e
7 dias, e apresente duas ou mais das
seguintes manifestações: náuseas,
vômitos, exantema, mialgia, artralgia,
cefaléia, dor retro-orbital, petéquias,
prova do laço positiva ou leucopenia.
Toda criança proveniente ou residente
em área com transmissão de dengue,
com quadro febril agudo, usualmente
entre 2 e 7 dias, sem foco de infecção
aparente.
Paciente com febre de início súbito
maior que 38,5° C e artralgia ou com
artrite intensa de início agudo, não
explicado por outras condições, sendo
residente ou tendo visitado áreas
endêmicas ou epidêmicas até duas
semanas antes de início dos sintomas
ou que tenha vínculo epidemiológico
com caso confirmado.
Doença febril aguda, autolimitada,
com duração de 3 a 7 dias, geralmente
sem complicações graves. Paciente
suspeito apresenta exantema
maculopapular pruriginoso
acompanhado de dois ou mais dos
seguintes sinais e sintomas: febre,
hiperemia conjuntival sem secreção,
prurido, poliartralgia ou edema
periarticular.
CASO SUSPEITO DE CHIKUNGUNYA
CASO SUSPEITO DE ZIKA
COLHER AMOSTRA DE TODOS OS
CASOS SUSPEITOS DE ZIKA EM
GESTANTES, CASOS GRAVES E
ÓBITOS.
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA
Figura 1. Distribuição de casos confirmados de dengue, chikungunya e zika, por SE, Ceará, 2016 e 2017*
Fonte: Sinan. Dados exportados em 04/12/2017, sujeitos a alterações.
Analisando o cenário epidemiológico das três Arboviroses, entre as semanas 44 e 48, observa-se uma redução dos
casos associada, possivelmente, à sazonalidade das doenças e à redução dos susceptíveis, consequentemente
observa-se as incidências dos casos notificados e confirmados abaixo de 300 casos por 100.000 mil habitantes nos
municípios do Estado, de acordo com a figura 2.
Figura 2. Incidência dos casos notificados e confirmados das Arboviroses, por município e macrorregião, SE 44 a 48, Ceará, 2017*
Notificados SE 44 a 48
Confirmados SE 44 a 48
Fonte: Sinan. Dados exportados em 04/12/2017, sujeito a alterações.
2016 2017*
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2. Dengue
Em 2017, foram notificados 79.770 casos de dengue no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan),
correspondendo a uma taxa da incidência acumulada no Estado de 889,9 casos por 100 mil habitantes, distribuídos nos
184 municípios.
No diagrama de controle abaixo, observa-se um aumento dos casos notificados a partir da SE 03, com incidência acima
do limite superior, registrando o pico na SE 15 com 67 casos por 100 mil habitantes. A partir da SE 21, observa-se uma
tendência decrescente na incidência dos casos, e a partir da SE 25 ficando abaixo do esperado para o período (Figura 3).
Figura 3. Diagrama de controle dos casos notificados de dengue até a SE 48, Ceará, 2017*
Fonte: Sinan. Dados exportados em 04/12/2017, sujeitos a alterações.
Foram confirmados 30,7% (24.510/79.770) dos casos em 88,5% (163/184) dos municípios. Na figura 4, observa-se que
os casos confirmados estão distribuídos em todas as faixas etárias, mostrando uma concentração de 63,4%
(15.559/24.510) dos casos nas idades entre 15 e 49 anos e o sexo feminino correspondendo a 56,0% (13.749/24.510)
dos casos.
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53
Inci
dê
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a
Semana Epidemiológica
Média móvel Limite superior 2017
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Figura 4. Casos confirmados de dengue, segundo faixa etária e sexo, Ceará, 2017*
Fonte: Sinan. Dados exportados em 04/12/2017, sujeitos a alterações.
Na figura 5, podemos observar uma discreta dispersão do vírus da dengue no Estado. Nos dados até a SE 12, quatro (04)
municípios apresentavam incidência acumulada de casos confirmados acima de 300 por 100 mil habitantes. Analisando
essa incidência acumulada até a SE 48, 21 municípios tiveram altas incidências, são eles: Acopiara, Alto Santo, Brejo
Santo, Farias Brito, Horizonte, Iracema, Quixeramobim, Tabuleiro do Norte, Milagres, Fortaleza, Várzea Alegre, Mauriti,
Icó, Granjeiro, Irauçuba, Solonópole, Jaguaretama, Umari, Potiretama, Ocara e Jaguaribara.
Figura 5. Incidência acumulada de casos confirmados de dengue até SE48, Ceará, 2017* SE 12 SE 24 SE 36 SE 48
Fonte: Sinan. Dados exportados em 04/12/2017, sujeitos a alterações.
162
346
705
1021
1287
2521
1792
1144
795
539
286
135
141
324
673
909
1483
3032
2460
1834
1397
865
433
198
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
< 1 ano
1 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 59 anos
60 a 69 anos
70 a 79 anos
Nº de casos
Faix
a Et
ária
Feminino (n= 13.749) Masculino (n= 10.733)
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2.1 Casos graves e óbitos
Em 2017, foram confirmados 90 casos de dengue com sinais de alarme (DCSA) ocorridos nos municípios de Abaiara, Alto
Santo, Aracati, Brejo Santo, Caucaia, Chorozinho, Crato, Fortaleza, Guaiúba, Iracema, Itapiúna, Marco, Piquet Carneiro,
Quixadá, Russas, Tabuleiro do Norte e Tauá. Até o momento, 27 casos de dengue grave (DG) foram confirmados, destes,
77,7% (21/27) foram a óbito, sendo 52,3% (11/21) do sexo feminino e os demais do sexo masculino, com idades entre
um mês e 93 anos (mediana de 55 anos, média de 65 anos e moda de 79anos), residentes nos municípios de Fortaleza
(14), Maracanaú (02), Aquiraz (01), Caucaia (01), Itapajé (01), Paracuru (01) e Tabuleiro do Norte (01).
3. Chikungunya
Em 2016, houve transmissão sustentada da chikungunya no Estado, caracterizando um cenário epidêmico, com 49.516
casos suspeitos, sendo que 63,6% (31.482/49.516) foram confirmados, distribuídos em 80,8% (139/172) dos municípios.
Na figura 6, observa-se o aumento expressivo no número de casos notificados em 2017 em relação ao ano anterior.
Figura 6.Distribuição dos casos notificados de chikungunya, por SE, Ceará, 2016 e 2017*
Fonte: Sinan. Dados exportados em04/12/2017, sujeitos a alterações.
Em 2017 até a SE 48, foram notificados 136.273 casos suspeitos de chikungunya, destes, 72,4% (98.626/136.273) foram
confirmados e 15,4% (20.971/136.273) descartados. Observou-se uma tendência ascendente na ocorrência de casos
suspeitos da doença até a SE 18, havendo um decréscimo no número de notificações posteriormente (Figura 7). A
maioria dos casos notificados, 54,4% (74.157/136.273), apresenta-se concentrada entre as SE 14 a 20. A taxa de
incidência acumulada dos casos suspeitos de chikungunya para o estado do Ceará é de 1.520,3 casos por 100 mil
habitantes, até a corrente semana. Dos casos notificados, 1,9% (2.539/136.273) foram em gestantes, destes, 74,3%
(1.888/2.539) foram confirmados. Dos casos confirmados, 66,0% (65.111/98.626) concentraram-se nas faixas etárias
entre 20 e 59 anos e o sexo feminino foi predominante em todas as faixas etárias à exceção dos menores de 14 anos.
Confirmaram-se casos em 809 crianças com menos de um ano de vida (Figura 8).
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
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10000
11000
12000
13000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52
Nº
de
cas
os
Semana Epidemiológica
2016 2017
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Figura 7. Distribuição dos casos notificados, confirmados e descartados de chikungunya, segundo SE de
início dos sintomas, Ceará, 2017*
Fonte: Sinan. Dados exportados em 04/12/2017, sujeitos a alterações.
Figura 8. Distribuição dos casos confirmados de chikungunya, segundo faixa etária e sexo, Ceará, 2017*
Fonte: Sinan. Dados exportados em 04/12/2017, sujeitos a alterações.
Atualmente, 98,4% (181/184) dos municípios notificaram casos suspeitos de chikungunya e 91,2% (165/181) têm casos
confirmados. Na figura 9, observa-se queaté SE 12, 18 municípios apresentavam incidência acima de 300 casos
notificados por 100 mil habitantes, até a SE 48, 110 municípios se destacaram com altas incidências.
0
2000
4000
6000
8000
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12000
14000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48
Nº
de
cas
os
Semana Epidemiológica
Notificados (n=136.273) Confirmados (n=98.626) Descartados (n=20.971)
424
739
1735
2528
3034
7446
6568
5141
4124
2956
1732
815
385
706
1660
2474
4136
10980
11593
10591
8668
5791
3032
1368
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000
< 1 ano
1 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 59 anos
60 a 69 anos
70 a 79 anos
Nº de casos
Faix
a e
tári
a
Feminino (n=61.384) Masculino (n=37.242)
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Figura 9. Distribuição da incidência acumulada de casos notificados de chikungunya por município de
residência, até a SE 48, Ceará, 2017*
SE 12 SE 24 SE 36 SE 48
Fonte: Sinan. Dados exportados em 04/12/2017, sujeitos a alterações.
3.1 Óbitos por Chikungunya
Em 2017, foram confirmados 157 óbitos por chikungunya, sendo 75 (47,8%) do sexo feminino e 82 (52,2%) do sexo
masculino, com idades entre 10 dias e 105 anos (mediana de 77 anos, média de 70 anos e moda de 80 anos), residentes
nos municípios de Acopiara (04), Aracati (03), Beberibe (02), Caucaia (05), Fortaleza (125), Itapajé (02), Jaguaretama
(01), Maracanaú (03), Maranguape (03), Marco (01), Morada Nova (01), Pacajus (01), Piquet Carneiro (01), Senador
Pompeu (02), Trairi (01), Umirim (01) e Viçosa do Ceará (01).
Figura 10. Distribuição dos óbitos confirmados de chikungunya por mês de ocorrência, até a SE 48, Ceará, 2017*
Fonte: Sinan. Dados exportados em 04/12/2017, sujeitos a alterações.
1 1
6
36
52
36
19
3 2 1 0 0 0
10
20
30
40
50
60
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Nº
de
Ób
ito
s
Mês de Ocorrência
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4. Zika
Em 2017, até a SE 48 (01/01/2017 a 02/12/2017) foram registrados 3.424 casos suspeitos de zika em 55,4% (102/184)
dos municípios do Estado. Destes, 17,0% (562/3.307) foram confirmados e 55,6% (1.839/3.307) descartados. As
confirmações concentraram-se principalmente entre as SE 13 e 16 (Figura 11). Os casos em gestantes compõem 37,0%
(1.226/3.307) das notificações, destes, 6,6% (81/1.226) foram confirmados, sendo 68,0% (55/81) pelo critério clínico
epidemiológico e 32,0% (26/81) pelo critério laboratorial. Este último critério de confirmação foi registrado em sete
municípios do Estado (Brejo Santo, Caucaia, Fortaleza, Icó, Independência, Juazeiro do Norte e Tianguá) (Figuras 11 e
13). Analisando a infecção pelo vírus Zika no período gestacional, observa-se que a maioria das gestantes, 36,0%
(29/81), teve a confirmação no primeiro trimestre.
Figura 11. Distribuição dos casos notificados, confirmados e notificados e confirmados em gestantes com zika, por SE de início dos sintomas, Ceará, 2017*
Fonte: Sinan NET. Dados exportados em 04/12/2017, sujeitos a alterações.
Figura 12. Distribuição dos casos notificados de zika, segundo faixa etária e sexo, Ceará, 2017*
Fonte: Sinan NET. Dados exportados em 04/12/2017, sujeitos a alterações.
0
50
100
150
200
250
300
350
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48
Nº
de
cas
os
Semana Epidemiológica
Notificados (n= 3.424)
Gestantes Notificadas (n= 1.226)
Gestantes Confirmadas (n= 81)
Confirmados (n= 562)
49
38
70
113
354
971
633
244
115
62
21
11
32
57
65
70
67
170
114
71
46
26
17
5
0 200 400 600 800 1000 1200
< 1 ano
1 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 59 anos
60 a 69 anos
70 a 79 anos
Nº de casos
Faix
a Et
ária
Masculino (n=740) Feminino (n= 2.681)
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Observa-se na figura 12 que os casos notificados de zika concentram-se na faixa etária de 20 a 39 anos, correspondendo
a 55,1% (1.888/3.424) dos casos, dando destaque para o sexo feminino que representa 78,3% (2.681/3.424) do total de
notificações.
Figura 13. Distribuição dos casos notificados, confirmados e confirmados em gestantes, por município de residência, até a SE 48, Ceará, 2017*
FONTE: Sinan NET. Dados exportados em 04/12/2017, sujeitos a alterações.
5. Controle Vetorial
O Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa) é um método amostral que tem como objetivo principal a
obtenção de indicadores entomológicos de maneira rápida. Ocorre em quatro etapas: planejamento com definição da
amostra, execução da pesquisa, análise e avaliação dos resultados.
Com a publicação da Portaria nº 3129 de 28 de dezembro de 2016, a qual tornou o LIRAa/LIA obrigatório, autorizou repasse
em duas parcelas de recursos pelo Piso Variável de Vigilância em Saúde do Componente de Vigilância em Saúde, destinado
a custeio de ações contingenciais de prevenção e controle do vetor Aedes aegypti para os municípios que realizassem o
LIRAa ou o LIA.
Municípios que possuam mais de 2.000 imóveis na zona urbana estavam aptos a realizar o LIRAa, aqueles com imóveis
abaixo deste limite realizaram o Levantamento de Índice Amostral
O Ministério da Saúde preconiza a realização de três levantamentos anuais. Os levantamentos aconteceram nos meses de
abril, julho e novembro com uma adesão crescente do número de municípios que variou de 148 a 182. A ferramenta do
LIRAa/LIA permite aos profissionais que atuam no controle vetorial do Aedes aegypti no município identificar e classificar os
principais tipos de depósitos em que os focos do vetor foram encontrados.
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Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde | Núcleo de Vigilância Epidemiológica | Secretaria da Saúde do Estado do Ceará Av. Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema, Fortaleza, Ceará - CEP: 60.060-440
Fone: (85) 3101.5214 | Site: www.saude.ce.gov.br | E-mail: [email protected]
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA
No Ceará, 181 (98,36%) dos 184 municípios realizaram o último LIRAa/LIA do ano em novembro de 2017.
Figura 14. Histórico de realizações do LIRAa no Ceará, 2014-2017
Fonte: LIRAa NUVET/SESA
Em janeiro de 2017, 148/184 (80,43%) municípios realizaram o LIRAa, 45 (30,40%) apresentaram alta infestação do Aedes
aegypti, 47 (31,75%) em situação de média infestação e 56 (37,83%) apresentaram índice de infestação satisfatório.
Figura 15. Estratificação de risco dos municípios do Ceará, segundo LIRAa realizados em abril, julho e novembro de 2017
Fonte: LIRAa NUVET/SESA
2014 2015 2016 2017
1º LIRAa 14,80% 26,54% 50,62% 80,43%
2º LIRAa 19,80% 22,84% 70,37% 98,91%
3º LIRAa 27,80% 26,54% 68,52% 100,00%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
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120,00%
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA
Tabela 1. Aspectos epidemiológicos e entomológicos das arboviroses, segundo município de residência, Ceará, 2017*
*Incidência Arboviroses: cálculoda soma dos casos notificados de Dengue, Chikungunya e Zika, dividido pela população do município, e expresso por 100.000 habitantes. ** IIP: Índice de Infestação Predial (Dados até a SE 44, sujeitos a revisão) ***SI - Sem Informação **** Municípios com óbitos Fonte: Sinan/ SimPR, PNEM, 2017* (Dados exportados em04/12/17, sujeitos a revisão). SESA/COPROM/NUVEP e NUVET.
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Tabela 1. Aspectos epidemiológicos e entomológicos das arboviroses, segundo município de residência, Ceará, 2017*
*Incidência Arboviroses: cálculoda soma dos casos notificados de dengue, chikungunya e zika, dividido pela população do município, e expresso por 100.000 habitantes. ** IIP: Índice de Infestação Predial (Dados até a SE 44, sujeitos a revisão) ***SI - Sem Informação **** Municípios com óbitos Fonte: Sinan/ SimPR/PNEM, 2017* (Dados exportados em 04/12/2017, sujeitos a revisão). SESA/COPROM/NUVEP e NUVET.
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Tabela 1. Aspectos epidemiológicos e entomológicos das arboviroses, segundo município de residência, Ceará, 2017*
*Incidência Arboviroses: cálculo da soma dos casos notificados de Dengue, Chikungunya e Zika, dividido pela população do município, e expresso por 100.000 habitantes. ** IIP: Índice de Infestação Predial (Dados até a SE 44, sujeitos a revisão) ***SI - Sem Informação **** Municípios com óbitos Fonte: Sinan/ SimPR, PNEM, 2017* (Dados exportados em 04/12/17, sujeitos a revisão). SESA/COPROM/NUVEP e NUVET.
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