David Hume: empirismo e cepticismo
A experiência como origem e limite de todo o conhecimento.
As impressões são mais certas que as ideias
Não há ideias mais certas que o que estamos a ver ou a sentir.
O critério de auto-evidência não é racional mas empírico.
Só com os dados da experiência (aquilo que vemos e sentimos ou já vimos e já sentimos) podemos justificar o nosso conhecimento.
Afirmamos e pensamos para além da experiência
Fazemos suposições que ultrapassam os limites da experiência como:
O Sol esta noite vai desaparecer atrás da linha do horizonte.
O calor é a causa do carril dilatar.
Todos os cisnes são brancos.
A relação de causa-efeito ultrapassa a experiência.
Se um objecto é novo nada podemos saber sobre o que o causou ou qual vai ser o seu efeito sobre outros.
A razão sem a experiência nada pode saber sobre as causas.
O que se passa é que pela experiência ao ver fenómenos juntos no espaço e contínuos no tempo. Consideramos que um é causa de outro.
O carril aquece POR CAUSA do calor
Na verdade não sabemos se é sempre assim.
Só associamos o calor e a dilatação do carril.
Por força de um hábito psicológico formado a partir de repetidas experiências.
Temos uma ideia falsa de causalidade.
Quando falamos de causalidade pensamos numa relação necessária.
Isto é: que acontece sempre. Entre dois fenómenos que
aparecem ligados. Mas esta relação não éstá
fundada na razão nem numa impressão, apenas numa expectativa psicológica.
A relação de causalidade é produto do hábito
Podemos observar uma relação constante entre fenómenos.
Exemplo: Fumo e fogo. Calor e dilatação do ferro.
Mas não é uma relação necessária. Mas por hábito formamos a expectativa que
se há fumo, logo há fogo. É uma projecção psicológica.
O cepticismo
A noção de causalidade é fundamental para o conhecimento.
Mas a causalidade não pode ser directamente observada, nem pode ser inferida com base na razão.
São apenas projecções da mente humana. Não sabemos se existe.
Logo, não podemos ter a certeza no conhecimento.
A existência do mundo real.
O mundo exterior é tudo o que não faz parte dos nossos conteúdos mentais.
Será esta jogadora real? Só podemos ter acesso à
realidade dos nossos conteúdos mentais e não à realidade exterior.
Cepticismo moderado
Apesar de não podermos saber se as nossas percepções correspondem ao mundo exterior.
Não devemos abandonar a nossa crença intuitiva no mundo exterior e na causalidade entre os fenómenos.
Hume mostra-nos que o nosso conhecimento é limitado e devemos sempre evitar o dogmatismo optando por uma posição crítica.
Essa posição afasta-o de Descartes.
CONCLUSÃO
Hume tem uma posição crítica em relação ao conhecimento humano.
Contrariamente à posição cartesiana, dogmática.
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