CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI
APOSTILA NEGOCIAÇÃO EMPRESARIAL
ESPIRITO SANTO
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NEGOCIAÇÃO
QUEM É SEU CLIENTE
Você já percebeu que um aspecto fundamental do planejamento da negocia-
ção consiste na identificação de seu oponente: que tipo de pessoa é ele? quais seus
hábitos de comportamento? Como isso se reflete em seu estilo de negociar? Os psi-
cólogos, em geral, e os psicólogos de vendas, em particular, agrupam as pessoas,
do ponto de vista da negociação e do relacionamento com os outros, quanto a dois
critérios: a atitude e o ritmo.
Quanto à atitude:
introvertidos: voltados para dentro de si e concentrados na tarefa
extrovertidos: voltados para o relacionamento, realizações e metas
Quanto ao ritmo:
vagarosos: lentos, indiretos e ponderados
dinâmicos: diretos, ágeis e ousados
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Formas de abordagem
Tipologias de pessoas: desinteressadas, monopolizadoras, caladas,
pessimista e protetoras.
Cases para dramatização: As situações abaixo serão dramatizadas,
filmadas e analisadas as formas corretas de ação pelo grupo.
Desinteressado – o cliente entra na empresa para passar o tempo de
sua hora de almoço. Durante a abordagem do vendedor o cliente fica olhando
para todos os lados, falando ao celular, não questiona nada, limitando-se a
ouvir. Ação do vendedor : Deve Observar a direção do olhar do cliente ini-
ciando o assunto de vendas a partir daí, ou seja, observando a direção de sua
atenção
Monopolizador – não dá chance para o vendedor falar, conta um caso
sobre o produto que não deu certo em voz alta, não dando chance para o
vendedor falar. Ação do vendedor: o vendedor deve começar concordando
com a história reforçando que devido a isto mesmo que a situação agora está
da seguinte forma.
Pessimistas – para todo posicionamento do vendedor ele responde
com a inviabilidade da proposta com situações negativas. Ação do vende-
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dor: Afirmar ao cliente que ele está percebendo que ele (o cliente) passou por
situações delicadas, mas que ele (vendedor) está ali para solucionar estes
prováveis problemas, e falar de sua sugestão a cada tema de pessimismo
além de se colocar à disposição a cada dúvida que tiver para ajudá-lo.
Protetor – para tudo que a compradora fala a amiga dá uma versão
para justifica-la. Duas amigas vão a loja e a que não é a compradora justifica
cada fala do vendedor sempre para o lado do comprador (influenciadora de
vendas). Ação do vendedor: deve tratar a amiga como compradora também,
ouvir seus argumentos e esclarecer os pontos que forem levantados como
objeção de vendas, ao término de cada explicação deve perguntar também a
amiga se para ela ficou clara a explicação.
Calado – pessoa tímida, envergonhada, fala baixo (quase sussurra)
aparentando medo e insegurança de perguntar as coisas. Ação do vende-
dor: O vendedor deve falar baixo com ele também, uma vez que o cliente tí-
mido não gosta que ninguém saiba o que está acontecendo em sua conversa.
Deve valorizar todas as colocações deste cliente.
Sociáveis: dinâmicos e extrovertidos: criativos, espontâneos, entusiastas,
amantes do risco. Ação do vendedor: seja criativo e entusiasta, mostre que
a solução que você lhe oferece contribui para melhorar sua imagem e prestí-
gio
Afáveis: vagarosos e extrovertidos: prestativos, complacentes, refletidos e
preocupados com os outros. Ação do vendedor:: seja caloroso e sensível,
apresente sua solução como a melhor para ele e sua equipe e contribuindo
para melhorar o relacionamento entre pessoas e setores.
Diretivos: dinâmicos e introvertidos: resolutos, controladores, empreen-
dedores e voltados para os resultados. Ação do vendedor: seja convincente
e objetivo, proponha soluções eficientes do ponto de vista de sua meta de
controle e comando, dê opções de escolha.
Metódicos: vagarosos e introvertidos: lentos, detalhistas, perfeccionistas
e desconfiados. Ação do vendedor: seja planejador e perfeccionista, prepa-
re-se para responder minuciosamente a perguntas sobre detalhes de sua so-
lução, inclusive do acompanhamento posterior, use números e planilhas
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TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO
Pré-disposição: é a vitalidade indispensável para um vendedor. Não deve
aceitar um “não” como primeira resposta. As crianças consideradas como ótimas
vendedoras um “não” é insuficiente para interromper suas negociações que sabem
buscar em última instância outros tomadores de decisão, ficando atento a pessoas
que tem influência de venda. Sem ansiedade, raiva e ameaças e sim de maneira
amigável e com educação.
Preparação: é a antecipação lógica das ações do futuro que devem ter claro:
- Objetivos: o que deseja alcançar.
- Estratégias: como irá ser feito para conseguir
- Táticas: a operacionalização
- Perguntas fundamentais: Quem compra o meu produto? Porque Com-
pra? Quem consome? Como consome? Qual frequência de sua compra?
Quais argumentos adequados? Porque não compram?
Conhecimento: conhecer as características de seu público alvo, sua emoção,
os benefícios e características de seu produto adequadas ao cliente. Para isso é ne-
cessário Ter conhecimentos abrangentes para ser um consultor do cliente. Ressaltar
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os valores mais altos dos produtos e suas diferenciações com os demais do merca-
do. Transforme informações em resultados. Elenque ou crie os benefícios de todas
as característica de cada produtos. Ofereça todas as possibilidades do produto.
Confiança: o bom negociador precisa Ter:
- uma firmeza de propósitos
- saber ouvir: deve saber ficar calado e se concentrar no que o cliente
está dizendo, sem pensar em suas respostas apenas recebendo as infor-
mações necessárias.
- Saber perguntar: formular perguntas abertas, aquelas que não podem
ser respondidas com um simples “sim” ou “não” que propiciam um maior
conhecimento do cliente.
- Paciência: é uma das melhores armas na negociação, não se deve Ter
pressa para que a negociação não fique somente neste negócio e sim co-
mo uma porta de abertura. Sinta o que ele sente, e venda o que ele preci-
sa. Acredite que sua empresa tem o melhor produto, o melhor preço e os
melhores motivos para seu cliente ser feliz.
- Papel de “ator”: o cliente precisa sair com a sensação de que ganhou
na negociação. Massageie o ego de seu cliente, assim ele adorará nego-
ciar com você. Tenha imaginação e seja criativo em seus argumentos.
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Sorria com os olhos, encante com palavras inesperadas e cativantes, e
compre seu produto antes de vendê-lo.
- Espontaneidade: Manter a descontração, o comportamento informal
sem cair na vulgaridade, usando a presença de espírito
- Construa relacionamentos, trate seus clientes potencias como seus cli-
entes Vips.
- Valorize seu produto, exaltando os pontos positivos e nunca desqualifi-
cando a concorrência.
Concessões: para fornecer concessões é importante que:
- colocar no condicional, são os fatores de troca, barganha que se permi-
te ceder de um lado para se conquistar do outro, ou seja, cede no prazo
de entrega e ganha-se no prazo de pagamento.
- Descontos: devem ser fornecidos apenas após as negociações inician-
do-se pelo mínimo percentual que possa ser fornecido.
Concorrência: Quem são eles? Quem são seus líderes? Quais seus pontos
fortes? Quais suas vantagens? Quais seus preços? Quais diferenças entre seu pro-
duto e o deles? Como vencê-los? As respostas a estas perguntas são fundamentais
em uma negociação.
Fechamento: em uma boa negociação deve tudo ser fechado em um contra-
to definindo todas as bases dos acertos. Faça com que seus clientes sintam cumpli-
cidade em sua empresa.
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Venda complementar: Todos os produtos têm seus complementares que fa-
cilitam a vida do cliente ofereça! Em uma negociação nunca se deve sentir-se inibido
por achar que o cliente já comprou tudo. Mostre a diferença, faça com que seja ne-
cessário os complementares em sua venda
Pós-venda: é o relacionamento que deve se manter com cliente mesmo após
a venda, é transformar produtos em serviços e clientes em fãs. Desta forma sua ne-
gociação será bem facilitada no futuro.
MARKETING PESSOAL
Auto Promoção: Considere que o primeiro produto a ser vendido é você, de-
ve observar os seguintes passos:
- Ter Conhecimento Global, adaptado a seu negócio e não de forma
memorizada e sim assimilada, ou seja habilidade em captar, analisar e sin-
tetizar informações.
- Não ser inadimplente: o profissional precisa ser íntegro e com fortes
habilidades
- Cartão de visita: deve sempre estar a mão e ser entregue a pessoa
sem dobrar sua pontinha
- Rede ativa/ não ativa: são as pessoas que se mantém em sua roda de
amigos e clientes potenciais, para aumentá-la deve-se frequentar eventos,
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palestras, cursos, associações e entidades. Para ativar as pessoas que
não estão em sua roda, ligue convide para almoçar não somente para di-
vulgar seu produto, ou quando necessitar de lago desta pessoa.
- Expor o conteúdo: procure dar palestras, seja profissional ou em ativi-
dades extraprofissionais com em entidades religiosas, sociedade de me-
lhoramentos. Mostre-se útil as pessoas que elas se lembrarão de você.
- Bom humor: atitude positiva frente as pessoas é ingrediente importante
na conquista das pessoas. Escolha algo de bom a falar sobre os outros.
- Falar de você: deixe as pessoas saberem de suas habilidades, mas
com naturalidade, utilize exemplos de alguns problemas e a forma como
agiu, mas valorize a forma de atuação dos demais também.
- Cultive a autoconfiança: pessoas confiantes transmitem credibilidade
- Interessar pelos outros: Descubra os interesses das pessoas, assuntos
como hobbies, internet, educação de filhos, sonhos de melhoria de vida,
são mais fáceis de serem aceitos pela maioria. Tome o cuidado de todos
os assuntos que irá tratar estejam atualizados, para não transmitir a men-
sagem de ser alguém desatualizado.
- Leitura: é fundamental, enriquece seu vocabulário, agiliza seu raciocí-
nio expandindo sua sensibilidade.
- Ter metas pessoais: estabeleça sempre onde pretende chegar e qual
caminho precisa traçar para chegar e as estratégias adequadas para al-
cançar os objetivos.
- Observe uma pessoa que esteja ocupando no momento a posição que
deseja como ela se mantém em tal posição o que a faz perder terreno pa-
ra que você possa se precaver e não cometer os mesmos erros.
Ética Profissional
- Integridade: argumentos enganosos, informações falsas, criar harmo-
nia entre os colegas e usar artimanhas que podem funcionar uma vez,
mas que levam o seu cliente para bem longe de você e o pior fará uma
campanha negativa a seu respeito, tirando toda sua confiabilidade do mer-
cado. Melhor substituir por: persuasão, argumentos reais, conhecimento
.O ideal é utilizar a verdade sem inventar qualidades dos produtos
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- Credibilidade: é o segredo para vender várias vezes aos mesmos cli-
entes
- Atendimento pós-venda: reforça tudo que foi prometido ao cliente.
Etiqueta nas negociações
- Postura: ela enobrece as vestimentas e sua apresentação. Cabeça er-
guida transmite a sensação de pessoa arrogante, caída de pessoa insegu-
ra e triste. Aposição adequada é de equilíbrio, olhando a frente.
- Sentar-se: nunca se “jogue” a cadeira é típica de pessoa quem não es-
tá levando a sério o outro comunicando cansaço, sentar-se à beira da ca-
deira de pressa. O correto é sentar-se de leve e manter-se com as costas
ereta. A cadeira nunca deve ser arrastada e sim puxada segurando-a pelo
assento.
- Corpo: exercício físico ajuda a manter um ritmo harmônico tanto no
caminhar, como na expressão facial. Gesticular demais, ou falar muito alto
pode incomodar o cliente.
- Sorriso bem cuidado: um sorriso natural expressivo acompanhado do
brilho do olhar necessita de dentes bem tratados e um hálito saudável.
- Pele: faz parte de sua aparência, portanto deve ser hidratada, nutrida,
beber muita água ajuda nesta apresentação.
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- Cabelos: necessitam de cortes e cuidados com a higiene, pois é a
moldura do nosso rosto .
- Trajes: os homens devem optar por camisas de tons claros e as bran-
cas, as meias de todas as cores exceto as brancas e de cores cítricas mui-
to fortes. Para as mulheres os trajes devem ser de tons pastéis e discre-
tas, devem evitar decotes ousados, saias curtas e excessos de maquia-
gem. Todos devem manter um bom corte de cabelo pele e unhas bem tra-
tadas. Os perfumes fortes devem ser evitados. Devem escolher os tecidos
adequados as estações.
- Aniversários: para uma boa convivência lembre-se de cumprimentar os
cliente e colegas. O ideal é logo pela manhã, desta forma evita-se o risco
do aniversariante ligar antes de receber os cumprimentos.
- Use e abuse: das palavras como: ”por favor,”, “ com licença” “ obriga-
da” , “bom dia”, “boa Tarde”, “boa noite”, “ eu te ajudo”. Estas palavras
abrem muitas portas e conquistam muitas pessoas. Nunca diga “ faz favor”
ou “dá licença” . Os homens devem dizer “obrigado” deixando a palavra
“obrigada” para as mulheres.
- Refeições de negócios: Não fique com os olhos sobre os alimentos o
tempo todo.
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realidade de mercado,
o concorrente,
o perfil/necessidade do cliente,
a viabilidade econômica da região,
Análise dos resultados obtidos nos últimos 2 anos.
Metas com crescimento em vista do ano anterior
SDA : Síndrome da Disneylândia Alcoólica
Quando não existe um planejamento e os vendedores não alimentam a direção
com informação esquematizada para a formação de metas, e as mesmas estabe-
lecidas em gabinete, sem pesquisa, ocorre a síndrome da Disneylândia alcoólica,
ou seja, vendedores recebem suas metas sem questionamento e compreensão
das mesmas o que resulta o que chamamos na Disneylândia de faz de conta: “
os vendedores fazem de conta que vão cumprir, saindo da reunião e continuando
suas vidas como se nada tivesse acontecido” e seus “líderes saem da reunião
com o seu dever cumprido fazendo de conta que acredita que todos vão se es-
forçar para cumprir o estabelecido”
Vírus e remédios indicados
Basílio Castelo Branco, em seu artigo TPM do vendedor aborda este tipo de
ocorrência de forma alegre e brincalhona, mas que nos leva a reflexão e auto
análise, a partir desta proposta colocamos atitudes corretas como medidas pre-
ventivas no estabelecimento de metas.
REMÉDIOS TIPOS DE “TPM” ATITUDES CORRETAS
Xarope Patetol Não entende o que está
acontecendo
ESCLAREÇA
Pesquise, conheça sua empresa, seu
cliente e analise o que lhe solicitam sem
receio de fazer as perguntas necessá-
rias para isto
Supositório
Zumbi
Cumpre uma rotina sem
se importar se os seus
resultados são os espe-
rados
ATUALIZE-SE
A dinâmica do mercado é extremamen-
te rápida com novidades sendo geradas
a cada segundo de nossa existência
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profissional, Cheque seu resultado, ob-
serve as estratégias que deram certo,
analise os pontos positivos dos concor-
rentes que possam te ameaçar
Mostre a direção o caminho correto pa-
ra atingir as metas
Seja curioso, investigues.
Elixir Milivradis-
so
Encontra atalhos enga-
vetando as decisões
TOME DECISÕES:
Adiar decisões, deixar trabalhos incom-
pletos, direciona os clientes aos concor-
rentes, seja rápido, Dê respostas rápi-
das.
No caso das metas estabelecidas, no
meio do caminho assessore sua lide-
rança na análise dos resultados.
Spray Minimum Faz o estritamente ne-
cessário afinal o tempo é
tão curto
COMPROMETA-SE:
Vender hoje é algo mais do que entre-
gar ao cliente o que ele pediu
O assessor de vendas deve conhecer
de MKT e como fazer seu produto mais
atraente e imprescindível na vida do
cliente
Cápsulas Ante-
nol
Demonstra que está en-
tendendo, que é dinâmi-
co, porém sem consis-
tência
ENVOLVA-SE:
Ir de um lado para o outro sem plane-
jamento, sem um objetivo, uma estraté-
gia, não se envolvendo com o seu pro-
duto de venda e as necessidades do
cliente e mercado, vai apenas cansá-lo
Diga a liderança o que o mercado preci-
sa e como precisa e em que prazo isto
o ajudará a receber as metas de forma
mais adequada
As cotas de vendas devem ser vistas
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como um desafio de superação, porém
se discordar delas negocie, dê seus
argumentos e sugestões, não fique feliz
com as cotas muito baixas que não te
direcionam ao crescimento e ajude a
ajustar aquelas que estiverem muito
aquém das possibilidades de mercado
para que seja um desafiocoerente.
Injetável
Se arranca
Buscar outro emprego SE NÃO É O QUE TE AGRADA BUS-
QUE NOVAS ALTERNATIVAS:
Acredite em você
Encante-se com o seu produto
Caso contrário busque outro produto
com o qual irá se identificar.
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As metas devem estar baseadas na parceria: necessidade da empresa, mer-
cado, clientes, porém antecipando o futuro, muitas vezes resistimos as cotas a nós
colocadas, porque estabelecemos o futuro com as contingências do que ocorre ho-
je. Ter sucesso no estabelecimento de metas requer:
Saber o que se deseja
Saber o que pode nos impedir
Saber prever as modificações do mundo
Saber fazer o produto ser necessário em qualquer ocasião
Saber os obstáculos e traçar estratégia para neutralizá-los
Tenha uma visão global
Não se deixe surpreender por fatos inesperados
COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA
IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA
Conhecimento de processos do consumidor
Conhecimento do centro e processo de compras do cliente
Compreensão da concorrência
Conhecimento dos processos da companhia
Conhecimento das linhas básicas de produtos e sua aplicação
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Conhecimento dos custos associados aos processos do cliente e da em-
presa
Capacidade de apresentação
Capacidade de negociação
Capacidade de melhoria de processos
Documentação de detalhes
Comunicação
Existem, em termos de negociação, duas formas de se chegar a um acordo,
ou seja, uma decisão. Uma é a barganha de propostas. Outra é a solução de pro-
blemas. A característica básica da barganha de propostas é que cada uma das par-
tes defende a sua proposta sem se preocupar em entender ou aprofundar o enten-
dimento daquilo que está sendo negociado.
Já na solução de problemas, os negociadores seguem as etapas do pro-
cesso decisório e de solução de problemas.
Compreender a situação para só então buscar soluções.
O acordo satisfaz aos interesses de ambos os negociadores.
"Um acordo só é efetivamente bom quando os interesses de ambos os lados
são atendidos"
Existe um processo de tomada de decisão compartilhada
Levam em consideração mais dois fatores, que são: os aspectos psicológicos
e os dos relacionamento entre as partes envolvidas.
São pessoas futuro orientadas que procuram soluções. Não ficam se la-
mentando pelo que aconteceu. Aceitam o passado como um dado. Se o pneu do
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carro furou, tratam de trocá-lo e não ficam vociferando contra o prego. Se a luz
apagou em função de pane no sistema elétrico, acendem uma vela e não ficam
praguejando contra a escuridão. Aceitam as informações desagradáveis como
um feedback , e assim, sabem que alguma coisa precisa ser feita para corrigir al-
gum desvio
Obtenha parcerias com resultados mais efetivos e comprometimento das pes-
soas na empresa
Descreva a situação de forma adequada,
Procure fatos e colete informações, necessárias para se definir adequada-
mente a situação problema, ou seja, o que se está negociando;
Formule um número adequado de possibilidades, para depois tomar decisão.
Lembre-se: a melhor solução de que se dispõe é tão boa quanto a melhor al-
ternativa formulada;
Acredite que toda solução pode Ter obstáculos: CONHÇA-OS
Planeje adequadamente a implantação da decisão tomada, estabelecendo
mecanismos de controle.
Considere que a negociação só acaba quando o acordo foi cumprido e colo-
cado em prática.
PASSOS PARA UMA BOA NEGOCIAÇÃO
1. Dê a si mesmo tempo para pensar.
2. Nunca responda até ter compreendido claramente a pergunta.
3. Reconheça que algumas perguntas não necessitam de resposta.
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4. Podem ser dadas respostas que satisfaçam parte de uma pergunta e não sua to-
talidade.
5. Um modo de evadir-se de uma pergunta é responder a uma pergunta que não foi
feita.
6. Algumas respostas podem ser adiadas usando-se a desculpa de conhecimento
incompleto ou falta de lembrança.
7. Faça o oponente trabalhar por suas respostas. Leve-o a esclarecer a pergunta.
8. Quando o outro lado interromper sua resposta, deixe-o fazer isso e ganhe mais
tempo.
9. Respostas corretas em negociação não são necessariamente boas respostas.
Podem parecer tolas. Não elabore e não fale nada mais do que o necessário.
A arte de responder perguntas reside em saber o que dizer e o que não dizer. Não
reside em estar certo ou errado. Uma negociação não é uma sala de aulas. Existem
poucas respostas absolutas, do tipo “sim” ou “não”.
O RELACIONAMENTO
1. Como vai ser esta negociação? Conflitante? Dá para todo mundo ga-
nhar?
2. Qual tem sido a natureza do meu relacionamento com meu oponente
no passado, e como ela irá afetar as atuais negociações? E nossas empre-
sas, se dão bem?
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OBJETIVOS
1. Baseado no que eu sei sobre meu cliente, quais serão suas principais
questões? Existe algum componente político em jogo?
2. Dados meus objetivos, suposições e informações sobre o cliente, qual
seria a melhor transação que eu poderia esperar desta negociação?
3. O que seria uma transação "justa e razoável"?
4. O que seria uma transação com limite de aceitação mínimo?
5. Qual seriam as questões mais importantes em risco nesta negociação?
6. Tenho toda a informação necessária em cada uma dessas questões?
Caso não, onde posso consegui-las?
7. Quais questões têm maior prioridade para mim? Quais têm menor prio-
ridade?
8. Quais questões são relacionadas e consequentemente são fáceis de
agrupar?
ANÁLISE DO CLIENTE
1. Quais são as principais características do meu cliente?
2. Qual é a reputação e o estilo do meu cliente?
3. Há algo que eu precise aprender sobre o meu cliente ou sua posição,
para tornar esta negociação um sucesso?
VANTAGENS COMPETITIVAS
1. Quais são os pontos mais fortes em meus argumentos? Quais vanta-
gens têm a meu favor?
2. Quais são os pontos mais fortes nos argumentos do meu concorrente?
Quais serão as vantagens a seu favor?
3. Que informações devo obter sobre a empresa do concorrente e como
consegui-las?
4. Qual é o ponto mais fraco na minha posição?
5. Nesta altura, será que eu desejo modificar meus objetivos de alguma
forma?
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6. Qual a reputação e estilo de comportamento do concorrente? E de sua
empresa?
O PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO
1. Que tipo de estratégia eu pretendo usar nesta negociação? (Primeira-
mente, qual tipo de tom ou clima eu pretendo estabelecer?)
2. O que eu tenho que levar o outro negociador a fazer para que esta es-
tratégia funcione?
3. Caso minha estratégia ou plano não funcione, qual é a minha opção de
recuo?
A NEGOCIAÇÃO INTERNA
1. Quais são os itens mais importantes para mim ao estabelecer a pauta
com meu oponente, ou seja, limites de tempo, como e quais itens serão dis-
cutidos, etc.?
2. Quais pessoas (áreas) eu devo contatar internamente antes de iniciar a
negociação externa?
3. Quais assuntos devem ser previamente negociados?
4. Quais são meus objetivos internos?
5. Quais os objetivos deles e suas preocupações?
6. O que podemos assumir por eles e quais são as suas limitações?
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7. Que concessões de minha parte poderiam criar problemas internos?
Em que áreas? Em que grau?
8. Quais as necessidades do cliente e quais as minhas necessidades?
9. Que produtos e serviços espero oferecer como soluções para uma ne-
gociação ganha-ganha?
10. Qual será minha primeira proposta?
11. Que perguntas farei para identificar as necessidades do cliente e obter
informações para apresentar as soluções adequadas?
12. Quais são meus objetivos tangíveis e intangíveis na negociação e
quais são os mais importantes?
13. Que tipo de concessões poderei fazer e quais pedirei em troca?
14. Quais os benefícios de minha solução para o cliente como pessoa (es-
tilo) e para sua empresa
Acrescente uma lista de perguntas que você gostaria de fazer a seu cliente,
bem como prepare as respostas para as perguntas mais difíceis que você acredite
que possam vir a fazer.
RAZÕES PARA FAZER PERGUNTAS
Uma técnica comum ao se vender produtos e serviços é fazer perguntas ao
cliente potencial (prospect). Perguntei a um grupo de vendedores quais as razões
para fazerem perguntas. Veja as respostas a seguir:
1- Para Obter Informações Sobre As Necessidades Do Cliente Potencial
Antes mesmo de iniciar o processo de vendas, você precisa de informações sobre o
cliente potencial. Precisa entender suas exigências, sentimentos, preferências e as
etapas do processo de compra. Precisa também de muitos fatos relevantes para a
aquisição, bem como saber quem está envolvido no processo de tomada de deci-
são. A melhor forma de obter essas informações é fazer perguntas. A maioria dos
vendedores diria que coletar informações é a principal razão para questionarem,
mas existem 12 razões mais importantes.
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2- Para Obter Feedback
Antes de você conseguir vender algo, é preciso realmente relacionar-se com o clien-
te potencial. E existem diversos sinais que se pode usar como fontes de feedback
sobre o nível de rapport alcançado. Você pode ler a linguagem corporal. Ele se incli-
na em sua direção? Seus olhos estão fechados? Existe um olhar de indiferença?
Você também pode enxergar a franqueza de suas respostas. Ele aponta suas ne-
cessidades com descrições significativas, ou está ocultando informações? Além dis-
so, você pode usar perguntas para obter feedback sobre seu desempenho em ter-
mos de direção, conteúdo e profundidade. Por exemplo, você pode fazer as seguin-
tes perguntas ao cliente potencial:
Até que ponto esse recurso atende aos objetivos que você descreveu?
Como você vê esse sistema funcionando em seu ambiente?
Que outros recursos você pode ter que considerar diante de suas neces-
sidades específicas?
3- Para Expressar Interesse Por Ele e Mostrar Que Nos Importamos
Desde a primeira tentativa de venda no mundo, ficou claro que as pessoas
adoram falar sobre si mesmas. Ao terem essa chance, podem falar para sem-
pre, ou pelo tempo que for necessário até que a venda se consume. Uma das
melhores formas de fazer as pessoas falarem sobre si mesmas é expressar
interesse por elas e por suas opiniões. E uma das melhores formas de ex-
pressar interesse é fazer perguntas abertas, que permitam aos clientes po-
tenciais compartilharem seus pensamentos e ideias. Dentre as perguntas que
você pode fazer encontram-se:
Conte-me um pouco mais sobre o estilo de vida da sua família.
Como você pretende utilizar o computador?
Quais são algumas das situações nas quais você pretende usar esse ser-
viço?
4- Para Envolver Os Clientes Potenciais
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Na Sua Apresentação Embora em uma situação ideal o cliente potencial este-
ja lhe dando total atenção, na verdade existem muitas coisas ocorrendo o
tempo todo - a presença de objetos na sala, papéis espalhados, pensamentos
na mente dele sobre tarefas não concluídas e assim por diante. Com tanta
concorrência, é possível que a sua mensagem (e consequentemente sua
oportunidade de venda) seja perdida. Esse é outro motivo para salientar sua
apresentação periodicamente com uma ou duas perguntas. Assim que o cli-
ente potencial começar a responder essas perguntas, você torna a recuperar
toda a sua atenção.
5- Para Identificar Semelhanças
Outro princípio de vendas bem aceito é que as pessoas gostam de comprar
de pessoas com as quais se sentem à vontade. Os prospects parecem de-
senvolver maior senso de bem-estar com quem identificam semelhanças. Al-
gumas vezes essas semelhanças são muito óbvias: moramos na mesma co-
munidade, nossos filhos frequentam a mesma escola, etc. Outras vezes dá
trabalho encontrar esses elementos comuns. Aqui também, as perguntas po-
dem ser ferramentas úteis para fazer as pessoas falarem sobre si mesmas e
sobre seus interesses. Armado de informações, você está na posição perfeita
para identificar semelhanças entre o cliente potencial e você, sua empresa e
a dele, qual a proximidade de seus sistemas de valores e como a sua abor-
dagem se assemelha à dele, e assim por diante.
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6- Para Cadenciar A Sua Apresentação
Um erro comum de vendas é se precipitar e fazer logo de cara a apresenta-
ção padrão, tentando convencer esse cliente potencial não que ele pode viver
sem o seu produto. Afinal, você já fez essa apresentação a muitas pessoas
em muitos contextos diferentes. Então, depois de um certo tempo, ela não é
novidade nenhuma para você. Entretanto, pode ser algo novo e inovador para
seu cliente potencial (ou pelo menos é assim que você gostaria que fosse).
Uma ferramenta que você pode usar para cadenciar sua apresentação e certi-
ficar-se de que não está se precipitando ou omitindo detalhes importantes é
fazer perguntas. Por exemplo:
Como isso pode se aplicar à sua organização?
Quais são as primeiras aplicações que podemos tentar?
7- Para Provar Que Você é Alguém Com Quem Ele Pode Contar
Quando seu produto ou serviço é complexo, ou quando o cliente potencial
considera ser esta compra uma decisão importante, confiança é um ingredi-
ente importante em uma venda de sucesso. Você quer que seu cliente poten-
cial acredite que você tem apenas o interesse dele em mente, e que você es-
tá totalmente comprometido em atender suas necessidades. Em outras pala-
vras, você é o tipo de pessoa com quem ele se sente à vontade para falar so-
bre informações e ideias confidenciais. Parte da construção da confiança está
no tom de voz. E outra parte em suas perguntas. Faça perguntas que de-
monstrem genuíno interesse pelas respostas do seu interlocutor.
8- Para Demonstrar Sua Especialidade
As perguntas são uma maneira de você demonstrar sua especialidade em
sua área. Muitas vezes, os vendedores sabem muito mais sobre o produto e
sua aplicação do que o comprador, e as pessoas gostam de comprar de pes-
soas inteligentes. Fazendo perguntas detalhadas sobre o uso que o prospect
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fará do seu produto ou serviço, é possível demonstrar quanto você sabe so-
bre sua aplicação. Caso você queira demonstrar sua especialidade, faça per-
guntas altamente técnicas.
9- Para Deixá-lo Mostrar sua Especialidade
Embora muitos clientes potenciais queiram que você demonstre o seu conhe-
cimento, eles querem que você admire o deles também. Fazer perguntas dá
ao cliente potencial uma oportunidade de ilustrar suas próprias habilidades e
conhecimento. Também lhe concede maior compreensão de como vender
nessa situação. Talvez você queira fazer perguntas como:
Em sua indústria, parece haver uma tendência a dois sistemas de contro-
le. Você poderia explicar por que isso vem ocorrendo.
Como você está planejando atender o grande número de pessoas que es-
tão mudando para a sua área?
10- Para Conduzi-lo Na Direção Que Você Quer
Para aqueles que veem a venda como uma atividade de manipulação, acres-
centamos essa razão para fazer perguntas. Se você sabe para onde está ten-
27
tando conduzir o cliente potencial (a comprar seu produto ou serviço, é claro)
você deve conseguir chegar lá através de uma série de perguntas. Cada vez
que o cliente potencial disser sim ou efetuar uma escolha, ele pode ter au-
mentado seu investimento e portanto seu compromisso em comprar de você.
Por exemplo: Ÿ Você quer este armário em mogno ou nogueira?
Quais dessas seis características se adéquam melhor às suas necessida-
des?
Dentre essas três opções de investimentos, qual delas mais vai aproximá-
lo de suas metas de aposentadoria?
11- Para Ajudá-lo a Articular Suas Próprias Necessidades
Outra valiosa utilidade das perguntas é ajudar o cliente potencial a articular as
suas próprias necessidades. Frequentemente ele terá alguma dificuldade de
enxergar como seu produto ou serviço pode realmente se encaixar no mundo
dele. Essa incerteza pode fazer com que ele adie a compra, às vezes indefi-
nidamente. Então, nós o ajudamos a superar sua própria inércia fazendo per-
guntas que permita-o visualizar como será depois da aquisição. Podemos
perguntar:
Quais são os primeiros passos que você adotará assim que adquirir esse
produto?
Como você apresentará o uso desse serviço a outros?
12- Para Ganhar Tempo
É comum durante o processo de vendas encontrarem um comprador que faz
perguntas muito complexas e difíceis que acabam desafiando os limites do seu
conhecimento. Ao passo que o cliente potencial merece uma resposta, você
também precisa de algum tempo para pensar antes de responder. Dessa forma
você pode assegurar que está transmitindo a informação certa. A melhor forma
de ganhar tempo é responder à pergunta do cliente potencial com uma pergun-
ta sua. Algumas alternativas capazes de fazê-lo ganhar tempo são:
Você poderia explicar melhor o que está pensando?
28
É mesmo, e por que isso?
13- Para Encerrar
À medida que a venda progride, você colhe todos os tipos de sinais de com-
pra do cliente potencial. Entretanto, por alguma razão, ele continua hesitante
em dizer sim. Como qualquer vendedor pode lhe dizer, é hora da sentença fi-
nal. Você oferece uma série de alternativas que o força a aumentar seu com-
promisso em comprar de você. E, ao fazer isso, você discretamente posiciona
o contrato para que ele assine, lhe entrega a caneta e fecha a venda
VENDA-SE
*Claudio V. Nasajon
(Trecho do livro "Venda-se - Técnicas Vencedoras de
Marketing e Vendas para sua Vida Pessoa")
Olhe à sua volta e veja se acha alguma coisa que não tenha sido resultado de
uma ação direta de compra e venda. Achou? Expanda o conceito de "coisa" para
serviços ou ideias e o conceito de "venda" para sugestão, sedução, insinuação e fica
mais difícil, não é?
29
Até as pessoas são o resultado de uma "venda". Seu pai teve que vender à
sua mãe a ideia de que ELE era a pessoa mais apropriada para fazer você. Ou pelo
menos teve que convencer a dama a fazer amor com ele (a não ser que a iniciativa
tenha sido da digna senhora, o que é irrelevante, já que nesse caso ELA teria feito a
venda…).
Tudo à nossa volta é resultado de uma ação de compra e venda.
Quanto melhor você souber vender, maiores serão as suas chances de su-
cesso. Isso vale para "vender" a ideia de uma viagem à sua família, a sua imagem
numa entrevista de emprego, o seu conhecimento ao oferecer serviços profissionais,
o seu carro usado a um desconhecido e até para convencer os seus vizinhos de que
você é o melhor candidato a síndico (brincadeirinha, fuja dessa!).
As técnicas de vendas e marketing usadas pelas empresas podem ser aplica-
das para educar seus filhos, conquistar um grande amor, obter melhores acomoda-
ções em restaurantes e em muitíssimas ocasiões do dia-a-dia, nas quais a transa-
ção não envolva necessariamente dinheiro, mas possa representar mais prestígio,
conforto e prazer.
Vender-se significa passar aos demais uma imagem positiva de si próprio, sa-
lientando suas melhores virtudes, apresentando suas ideias com impacto, formando
opiniões favoráveis a seu respeito.
Em resumo, aprendendo a vender melhor seus produtos, seus serviços e su-
as ideias, você obterá maior sucesso pessoal e profissional. Por isso, VENDA-SE!
PERGUNTE CERTO
Um dos principais conceitos de marketing é: você precisa saber o que seu cli-
ente quer para direcionar seus esforços no sentido de atender a esses desejos. Ora,
isso vale para vender produtos às pessoas – que, aliás, são o foco original do mar-
keting – mas também pode ser usado para identificar que argumentos usar numa
entrevista de emprego (onde VOCÊ é o produto) ou como negociar com sua esposa
aquela pescaria no fim de semana.
Se você souber o que o outro lado deseja, poderá adaptar seus argumentos e
suas ações no sentido de oferecer "coisas" que atendam a esses desejos – com bo-
as chances de sucesso.
30
Uma das formas mais diretas de obter informação é perguntando. Contudo,
existem muitas formas de perguntar e nem todas são eficientes para atingir esse
objetivo.
Tão logo entrei na sala, a minha atenção foi captada por aquele sorriso. A mo-
rena, sentada num dos cantos perto da janela, conversava alegremente com outra
moça sobre alguma coisa ligada à matrícula no curso. Sentei-me e abri o meu ca-
derno enquanto o professor apresentava conceitos da filosofia oriental, mas não
consegui deixar de pensar nela. Imaginei noites românticas a dois, viagens a lugares
paradisíacos e estava no meio de uma festa de gala em Mônaco com a princesa Sil-
via (esse é o nome da morena) quando o professor disse:
"Agora vamos a um breve intervalo. Na volta, vocês se reúnem em grupos de cinco
e fazem o exercício da página três."
"Essa é minha chance", pensei. Mas como me aproximar dela? Por sorte, na fila da
cantina escutei duas moças falando sobre a garota. Pelos comentários, ela tinha dito
às amigas que gostaria de conhecer um homem educado, gentil e que não falasse
palavrões. Uau! Com essa informação, eu TINHA que tentar.
Só havia um pequeno problema – normalmente eu FALO palavrões, e muito. E nem
sempre sou tão gentil como gostaria, às vezes de propósito, para impor respeito. Se
quisesse conquistar a moça, eu teria que me cuidar, mudar algumas atitudes. Bem…
vale a pena, pensei. Respirei fundo e lá fui eu me apresentar: "Oi, eu me chamo Vic-
tor…"
Passaram-se algumas semanas. Nunca falei tão limpo em minha vida. Nem um pa-
lavrão em mais de vinte dias! No curso, já era conhecido como o "cavalheiro" por
puxar as cadeiras das garotas no bar, emprestar meu blazer quando sentiam frio,
ceder meu lugar ao ver pessoas mais velhas em pé… enfim, gentilezas do tempo da
carochinha que ainda fazem sucesso entre alguns representantes do sexo feminino,
especialmente a Silvia. Ahhhh, Silvia...
Estávamos namorando há quase três semanas e ouvi as amigas dizendo que ela
nunca havia ficado tão apaixonada por alguém. Vejam só. Nada como obter a infor-
mação correta para adaptar as atitudes e "vender" com mais segurança. Acho que
vou escrever um livro sobre isso…
***
31
Gabriel observava tudo com interesse. Ele conhecia o Victor de outras ocasiões e
lembrava que o rapaz falava palavrões, era rude com desconhecidos e, às vezes,
chegava a ser grosseiro com seus colegas quando estava irritado.
O anjo achou curioso quando viu Victor entrar na sala daquele curso e sentiu a atra-
ção dele por Silvia. Alguns espectadores do céu acharam que aquilo renderia uma
historinha divertida e ficaram acompanhando os acontecimentos. Gabriel era um de-
les. Agora tinha que reportar ao chefe aquela mudança de atitude – Victor havia se
transformado num rapaz educado, gentil e agradável.
Gabriel imaginou o que teria acontecido se Victor tivesse ouvido um comentário dife-
rente das garotas na fila da cantina, algo do tipo "ela gosta de rapazes brutos, gros-
seiros e briguentos..."
De forma geral, as perguntas são usadas para obter informação, mas, às ve-
zes, podem servir para outras finalidades. Por exemplo: Imagine o pai saindo de ca-
sa, na porta do elevador, e seu filho (já atrasado para ir à escola) sentado no sofá
vendo televisão.
Ele diz: "Vamos?"
Ora, isso não é uma pergunta, é um "desligue já essa televisão e venha por-
que o elevador já chegou". Ele não está perguntando se o filho quer ou não ir à aula,
está? Aliás, neste caso, nem precisava perguntar coisa alguma. Qualquer frase teria
mais ou menos o mesmo sentido.
Outro uso heterodoxo para perguntas é quando você NÃO PRECISA SABER
A RESPOSTA, como no sarcasmo. Você não busca a informação. Apenas pergunta
para dizer alguma coisa (normalmente querendo brigar com alguém).
Por exemplo: Imagine que o marido chega tarde em casa e sua companheira
pergunta: "Por acaso você vai me dizer que estava trabalhando até esta hora?" A
pergunta é do tipo "fechada" – veremos adiante que é tecnicamente errada para ob-
ter informação - mas neste caso não é exatamente "informação" o que ela deseja,
certo?
Continue imaginando a cena anterior. O bom rapaz poderia responder com
outra pergunta: "O que é isso, agora você vai virar minha babá?" Embora as respos-
tas possíveis seja SIM/NÃO, também neste caso ele NÃO QUER INFORMAÇÃO
(muito pelo contrário). Trata-se de um "vale tudo" para sair de uma situação embara-
çosa…
32
As perguntas também podem conduzir o interlocutor para um determinado ob-
jetivo e criar condições de "fechamento" que culminam com a venda da ideia, produ-
to ou serviço.
Tecnicamente, em vendas, as perguntas servem a três propósitos:
1. Obter informação;
2. Induzir conceitos no seu interlocutor; e
3.Conduzir a entrevista (conversa) para um objetivo predefinido.
ENTENDA AS MOTIVAÇÕES DO SEU
CLIENTE
As empresas gastam muito tempo e dinheiro na tentativa de aprofundar
seu relacionamento com o cliente. Esse contato, porém, não se dá no vazio. Só
quando se contextualiza o cliente em "cenários mais abrangentes" é possível gerar
um valor muito maior para o consumidor -- e obter em troca sua lealdade
Nos últimos dez anos, muitas empresas tornaram-se adeptas da arte do gerencia-
mento das relações com o cliente. Foram coletadas e filtradas quantidades gigan-
tescas de dados sobre preferências e comportamentos, dividiram-se os comprado-
res em segmentos cada vez mais específicos e procurou-se revestir produtos, servi-
ços e marketing de uma linguagem de precisão cirúrgica. Contudo, faltou algo muito
33
importante: um cenário mais abrangente. Poucas empresas se importaram em ob-
servar com atenção o contexto mais amplo em que os clientes escolhem, compram e
utilizam produtos e serviços. Preocupadas exageradamente em acertar o foco de
suas ofertas, acabaram se esquecendo de avaliar de que modo esses produtos e
serviços participam da vida real dos consumidores. Consequentemente, não foram
poucas as vezes em que as vendas poderiam ter sido muito melhores, com ganhos
significativos de lealdade por parte do consumidor para com a empresa.
Tomemos um exemplo bem simples. Dois consumidores vão a uma grande
loja de departamentos com o propósito de comprar uma geladeira nova. Para o ven-
dedor, não há diferença entre um e outro cliente. Na verdade, porém, ambos estão
ali por motivos muito diferentes. O primeiro quer substituir a geladeira antiga, que
parou de funcionar no dia anterior. Seu objetivo é manter o sorvete congelado, por
isso não tenciona passar muito tempo examinando os vários modelos disponíveis.
Já o segundo procura uma geladeira para equipar a cozinha de sua casa nova. Por
isso, está disposto a passar o tempo que for preciso examinando os diversos recur-
sos e preços dos modelos antes de efetuar a compra.
Se o vendedor tratar esses dois clientes da mesma maneira, perderá uma
grande oportunidade. O primeiro cliente está muito mais preocupado com a rapidez
da entrega. Se o vendedor lhe garantir pronta entrega -- na mesma tarde --, ele não
hesitará em comprar a geladeira imediatamente, mesmo que para isso tenha de ar-
car com um custo extra. O segundo consumidor não está preocupado com o prazo
de entrega, e sim com um atendimento que possa orientá-lo entre as várias opções
à sua escolha, o que permitirá ao vendedor estabelecer um contato mais demorado
com ele. Afinal de contas, esse cliente provavelmente voltará à procura de outros
eletrodomésticos para sua casa nova. Talvez a loja devesse considerar a possibili-
dade de oferecer uma consultoria gratuita que lhe permitisse elaborar uma planilha
de compras centrada nos eletrodomésticos de que necessita, com prazos de entrega
previamente estabelecidos e um pequeno desconto no caso de uma compra muito
grande. No entanto, se a empresa desconhece a situação do cliente, só lhe resta
oferecer o mesmo tipo de serviço a todos indistintamente.
Batizei de "cenário do cliente" esse contexto mais amplo em que o consumi-
dor efetua suas compras. No caso da loja citada, por exemplo, o cenário em que se
move o primeiro consumidor pode ser chamado de "substituição de emergência"; o
34
do segundo, "casa a mobiliar". No momento em que a empresa procura elaborar de-
talhadamente o entendimento dos cenários, acaba sempre descobrindo maneiras
criativas de expandir sua presença na vida dos consumidores: ajudando-os a eco-
nomizar tempo e a usar os produtos e serviços de modo mais eficaz, além de aten-
der a necessidades complementares que talvez nem sejam de sua competência. Ao
proporcionar tais benefícios, a empresa se torna um fornecedor extremamente im-
portante e cada vez mais indispensável para o cliente.
Pensar em termos de cenários sempre foi muito útil. Entretanto, com o adven-
to da internet, essa técnica tornou-se mais poderosa do que nunca. Uma vez que a
internet é capaz de personalizar as informações e as aplicações a um custo relati-
vamente baixo, fica muito mais fácil para as empresas ajudarem seus clientes a se
desincumbir de uma ampla gama de atividades. Trabalharei neste artigo com três
empresas completamente diferentes -- a fabricante de chips National Semiconduc-
tors, a rede de supermercados Tesco e o portal eletrônico Buzzsaw.com -- e mostra-
rei de que modo elas fazem dos cenários a peça central de suas estratégias de mar-
keting, guiando-se por eles na geração de valor e no uso da internet para fortalecer
e aprofundar seu relacionamento com o cliente.
UTILIZANDO CENARIOS PARA FORTALE-
CER OS RELACIONAMENTOS
35
A National Semiconductors é uma das principais fornecedoras de microchips
analógicos e digitais com capacidade de processamento de som e imagem em tele-
fones móveis, aparelhos de DVD, centrais de cabo e outros equipamentos eletrôni-
cos. A empresa deu duro para construir um relacionamento de bases sólidas com
dois tipos de clientes: engenheiros de projetos e compradores corporativos. Os pri-
meiros são um público particularmente crítico. Embora não comprem diretamente um
volume grande de peças, as escolhas feitas por eles no início do processo de de-
senvolvimento do produto determinam os componentes que, em última análise, suas
empresas ou sócios encarregados da fabricação deverão comprar. Nesse caso, o
volume de compras ultrapassa a casa dos milhões de dólares.
Em 1994, Phil Gibson, vice-presidente da versão eletrônica da National Semi-
conductors, montou um site na web para dar aos engenheiros de projetos as infor-
mações de que precisavam sobre as linhas de produtos da empresa. O site foi um
sucesso. Gibson, porém, logo percebeu que seu potencial poderia ser ainda maior
se pudesse expandi-lo de modo que satisfizesse igualmente um espectro mais am-
plo de necessidades dos engenheiros. No fim da década de 90, lançou uma campa-
nha ambiciosa cujo propósito era desenvolver uma compreensão mais aprofundada
dos cenários em que os engenheiros trabalhavam, criando ao mesmo tempo ferra-
mentas online que lhes dessem respaldo.
O plano concentrou-se inicialmente na elaboração de um sistema de fontes
de energia. Na engenharia de projetos, a pressão dos prazos é imensa e, não raro, a
última etapa do trabalho é quase sempre o módulo de fonte de energia. Gibson e
sua equipe descobriram que se fornecessem ferramentas de fácil utilização, capazes
de agilizar o projeto de fontes de energia, poderiam atrair para o site outros enge-
nheiros e influenciar suas escolhas.
Gibson montou uma equipe altamente capacitada com o objetivo de criar um
cenário de projetos voltado exclusivamente para as fontes de energia. O grupo,
composto de especialistas em marketing, aplicativos e web- design, reuniu-se com
engenheiros de diversas áreas para aprender com eles as tarefas peculiares à cria-
ção das fontes. Por fim, resumiram suas descobertas em um cenário simples de
quatro pontos:
1. Escolha da peça
2. Criação do projeto
36
3. Análise do projeto (por meio de uma poderosa ferramenta de simulação)
4. Montagem do protótipo
Em seguida, a equipe desenvolveu uma série de aplicações online batizada
de "bancada eletrônica", cujo propósito era dar aos engenheiros todas as ferramen-
tas necessárias para trabalhar naquele cenário específico. Com isso, os clientes da
empresa podiam executar todo o processo no site da própria National Semiconduc-
tors sem ter de recorrer a softwares especiais ou a sistemas caros.
O sistema funcionava da seguinte maneira: o engenheiro conectava-se à
bancada eletrônica, que lhe pedia imediatamente a especificação de todos os parâ-
metros necessários para o desenvolvimento da fonte de energia desejada, solicitan-
do-lhe também que identificasse os principais componentes a serem utilizados. O
sistema gerava automaticamente os possíveis projetos juntamente com especifica-
ções técnicas, listas de peças, preços e análises de custo-benefício corresponden-
tes. A seguir, o engenheiro filtrava os projetos até chegar a um que aparentemente
atendesse aos requisitos. Depois, submetia-o a uma simulação em tempo real por
meio de um software sofisticado licenciado pela National Semiconductors e disponí-
vel em seu site. Com isso, era possível alterar o projeto e submetê-lo à simulação
tantas vezes quantas fossem necessárias, salvando em seguida as informações
numa pasta ou enviando links por e-mail a outros colegas, para que pudessem tam-
bém trabalhar com as simulações gravadas.
No momento em que um engenheiro optasse por um projeto final e decidisse
testá-lo, o sistema gerava uma lista de materiais necessários à criação do protótipo.
Essa lista de peças não se limitava apenas a componente da National Semiconduc-
tors. Ela incluía componentes de outros fabricantes. Havia até mesmo links para
prováveis distribuidores acompanhados dos respectivos preços. Uma vez que o site
da empresa estava diretamente conectado aos sistemas de estoque dos distribuido-
res, bastava um simples clique de mouse para pedir a peça desejada.
Quando a equipe de Gibson pôs a bancada eletrônica no ar em 1999, ficou
decidido que seria cobrado dos engenheiros o uso do ferramental de simulação co-
mo forma de ressarcimento pelo custo de licenciamento do software. Embora o site
tenha atraído um grande número de engenheiros, muitos recuaram quando o siste-
ma pedia que entrassem com o número do cartão de crédito. Gibson então mudou
37
de estratégia e franqueou o uso do simulador. Viu que a empresa poderia ganhar
muito mais com grandes volumes de encomendas de peças.
A estratégia funcionou. Os engenheiros aprovaram a bancada eletrônica de
Gibson e a utilizaram no projeto de mais de 20 000 fontes de energia em seu primei-
ro ano de funcionamento. Eles descobriram que podiam fazer em poucas horas o
que antes levava meses. Agora há tempo suficiente para examinar as alternativas --
algo impossível no passado. Um único engenheiro analisou mais de 250 simulações
para o mesmo projeto, enquanto a maioria, antes, não ia além de cinco ou dez. Mar-
tin Volk, cliente da divisão de telefones celulares da Motorola, observa que "com es-
sas ferramentas" ele passava "da ideia para o protótipo com uns poucos cliques. A
empresa pensou em todas as minhas necessidades -- do catálogo de peças às si-
mulações rápidas".
A reação entusiasmada dos usuários levou Gibson e sua equipe a explorar
outros cenários possíveis. Perguntaram então aos engenheiros que outras ativida-
des gostariam de ver incluídas no software para que os projetos pudessem ser con-
cluídos de modo mais eficiente. Eles responderam que gostariam de submeter o pro-
jeto a simulações térmicas, já que poucos tinham acesso aos sofisticados sistemas
exigidos por esse tipo de teste. A empresa criou então a "bancada térmica", licenci-
ando em seguida um software de simulação avançadíssimo e disponibilizando-o gra-
tuitamente em seu site. Outros engenheiros solicitaram à empresa que os ajudasse
no projeto de circuitos, e não apenas com as fontes de energia dos telefones celula-
res. Esse pedido resultou em um novo conjunto de cenários para engenheiros in-
cumbidos do projeto de aparelhos sem fio.
No segundo semestre de 2000, quando a empresa lançou seu ferramental de
bancada térmica e de telefonia sem fio, o site da empresa recebia 31 000 visitas por
38
dia, gerando 3 000 pedidos de compras ou consultas aos distribuidores. A maior par-
te dos pedidos consistia em peças de amostra para protótipos. A empresa, porém,
contava com a possibilidade de que os projetos aprovados logo no início revertes-
sem em milhões de dólares em vendas. "Um soquete integrado da Nokia que atenda
às necessidades do projeto significa 40 milhões de unidades para nós", diz Gibson.
Transcorrido um ano e meio desde que a empresa começou a oferecer gratui-
tamente seu ferramental baseado em cenários, a National Semiconductors sabe que
poupou a seus clientes uma média de 50 horas por projeto, o que representa uma
economia média de 3 000 dólares. Com isso, a economia total para o cliente foi de
mais de 135 milhões de dólares só em mão de obra. Esse tipo de retorno é um in-
centivo e tanto para que os engenheiros continuem a utilizar os sites da empresa -- e
é exatamente isso o que ocorre.
Há outros benefícios igualmente importantes para a National Semiconductors.
Ao monitorar cuidadosamente o tipo e a quantidade de projetos realizados por seus
clientes, ela pode prever com maior precisão o tipo e a quantidade de peças que
terá de produzir. Essas "dicas de compra", conforme a empresa as batizou, aumen-
tam a eficiência operacional da empresa.
As organizações, no século XXI, se viram obrigadas a estimularem melhor em
seus executivos algumas habilidades que no passado não eram requisitos para o
êxito no mundo empresarial. A ampliação dos horizontes, como globalização e a
tecnologia de informação, multiplicou nesse contexto, os conflitos, como decorrên-
cia, a necessidade de parcerias, acordos e contratos, além de diversos conflitos, fa-
zendo da negociação uma habilidade necessária e pré-requisito ao executivo.
As negociações no ambiente empresarial passam a ter maior relevância e
complexibilidade em função dos interesses envolvidos que estão presentes nos
acordos diários celebrados, nas parcerias e contratos formalizados, e nos conflitos
solucionados, exigindo dos negociadores, habilidades básicas, para que sejam efi-
cazes e garantam relações duradouras.
A quantidade de interesses envolvidos em uma negociação, dentro ou entre
empresas, é evidente ao resgatar do passado o fato que a maioria das decisões era
tomada no topo da pirâmide das organizações e acatada por todos que se encontra-
vam na base. Nas últimas décadas, entretanto, algumas pessoas passaram a de-
pender cada vez de dezenas de indivíduos e organizações de que não se tem con-
39
trole direto, como exemplo: clientes, sócios, colegas de trabalho ou funcionários,
sendo necessária a negociação para obtenção do que se precisa. (Ury, 2005 apud
Bvr Bridge et al.,2005).
Caiu em desuso também, a negociação como instrumento exclusivo de ob-
tenção de vantagem, atendendo aos interesses de apenas um dos lados, pois a ne-
cessidade de cooperação em razão das parcerias e contratos de longo prazo está
mais presente no ambiente de negócios. Ury (2005) destaca que “no século XXI , o
diferencial para competitividade resulta paradoxalmente, da habilidade de cooperar –
cooperar até mesmo com os concorrentes ou aqueles com quem eventualmente te-
nhamos tido uma relação antagônica”.
Os argumentos são ferramentas poderosas para influenciarem seu oponente
a caminhar em sua direção para um acordo negociado. Certamente o conflito nunca
se restringe às partes sentadas à mesa de negociação. Existem por trás do pano,
figuras que influenciam o desenvolvimento da negociação. Certamente, como ilus-
tram as histórias das guerras percebemos que muitos dos generais tomavam deci-
sões considerando sua posição e interesse em relação a seus superiores e questões
de estado. Nos negócios, devemos sempre considerar além dos objetivos (por quê?
para quê?) também o eleitorado que será suscetível à força dos argumentos os co-
locados durante a negociação (diretores, gerentes ou mesmo familiares), é preciso
procurar buscar a verdade que se esconde por baixo do pano - A Agenda Oculta –
para fazer valer a força do emprego de seus argumentos alavancando seu poder e
influência no processo de negociação. “Por isso devemos estabelecer o que é fun-
damental para o negócio acordado e definir uma estrutura significativa para o co-
nhecimento.” Fechar um acordo onde as duas partes ganhem.
Da mesma forma na guerra pode-se ganhar e conquistar, mas conseguir a
paz depois é definitivamente, o que importa (Silveira, 2008). Segundo Silveira
(2008), Alexandre “o Grande”, entendia que, para construir um império era necessá-
rio evidenciar que respeitava seus inimigos e convencer o povo conquistado de que
sua proposta era justa e nobre. Prova disso era que os macedônios por ele liderados
eram proibidos de fazer saques. No que diz respeito aos negócios, trata-se de con-
vencer seus clientes ou potencias clientes a abandonarem as antigas referências e
comprar nossos produtos ou serviços; de conhecê-los para entender suas necessi-
40
dades e desejos, estabelecendo vínculos afetivos que os façam propagar boca a
boca a mensagem da empresa.
OS CONFLITOS E AS NEGOCIAÇÕES:
Os conflitos surgem na pré-história, potencialmente a partir da existência de
duas pessoas, em razão dos recursos escassos que eram disputados na época. O
conflito pode ser conceituado como resultado da diversidade caracterizada pelos
pensamentos, atitudes, crenças, percepções, bem como o sistema e estrutura social
(WEEKS, 1992).
Durante a década de noventa, autores como Hampton (1991), Hodgson
(1996), Weeks (1992) observaram ganhos mútuos, soluções criativas, enfim, aspec-
tos positivos a partir da solução de um conflito. Concluíram existir duas maneiras de
se proceder a conflitos: uma encarando-o como provedor de boas alternativas e ex-
celentes resultados (modo construtivo) e outra como algo depressivo, que deve ser
evitado (modo destrutivo).
Esses autores concluíram que muitos conflitos podem ser oportunidades de
crescimento mutuo, se desenvolvido e utilizado positivamente, com habilidades
construtivas, gerando oportunidades de aprendizado, por meio da adaptação das
diferenças, já que as diversidades são naturais na sociedade. Seguindo esses auto-
res Martinelli (2002, 262p.) destacou que o conflito pode trazer alternativas abertas
de pensamento e comportamento. Pode, também, levar a administrar a vida de ma-
41
neira que se utilizem as diferenças individuais para benefícios e crescimentos mú-
tuos. Nesse sentido, destaca que a melhor forma de se proceder à frente de um con-
flito é negociá-lo.
A negociação, assim como os conflitos é inerente a vida, pois acompanha o
ser humano desde o nascimento e não apenas os conflitos é que são negociados,
mas também acordos, parcerias e contratos que se inserem no contexto das negoci-
ações (CAVALCANTI, 2003a, 105p.).
Existe um grande número de definições sobre a arte de negociar, que variam
conforme o aspecto que os autores consideram mais relevante: o uso da informa-
ção, do tempo e do poder, a importância da comunicação, a busca pelo acordo, a
busca por relações duradouras, a satisfação de necessidades, a solução de confli-
tos, entre outros.
A negociação, portanto, deve ser conceituada de maneira geral como um so-
matório dos aspectos acima delineados. A negociação é um processo que envolve
duas ou mais partes, baseado na comunicação, iniciado a partir de interesses co-
muns, sejam afinidades ou conflitos, utilizando a informação, o tempo e o poder na
busca pelo acordo através de relações duradouras que satisfarão as necessidades
de todos os envolvidos (CAVALCANTI, 2003ª, 129p.).
A negociação como instrumento exclusivo de obtenção de vantagem, isto é,
sem visar à satisfação de todos os envolvidos, atendendo às necessidades de ape-
nas um dos lados, não se preocupando com a manutenção do relacionamento, trata-
se de uma visão ultrapassada, principalmente no ambiente atual que a cooperação é
catalisadora dos processos gerenciais.
42
As Variáveis Básicas
Cohen (1980) enuncia a presença de três variáveis básicas: poder, tempo e
informação, que condicionam o processo de negociação, independentemente de seu
objeto.
a) Poder
O poder é a capacidade que se tem de mudar a realidade e alcançar seus objetivos
através de uma característica pessoal ou circunstancial que lhe foi favorecida con-
forme o objeto e o contexto da negociação. A concepção moderna visando parcerias
e ganhos mútuos, não dá espaço à conotação negativa de poder durante a negocia-
ção como: dispor de força, exercer controle, autoridade. A parte deve visar a uma
relação duradoura para negociações futuras, usando o poder de maneira positiva.
b) Tempo
O tempo é o ponto de apoio para projetar a negociação e, consequentemente, a sa-
tisfação dos envolvidos. É fundamental na determinação do sucesso ou fracasso,
isto porque durante o processo de negociação aumenta a pressão à medida que se
esgota, culminando em concessões para realização de um acordo.
43
Em alguns casos, porém, as partes definirão os limites temporais durante o proces-
so, sendo visto como uma variável flexível. Em qualquer caso, as emoções das par-
tes devem ser controladas, não deixando a pressão de o tempo ser influência do
insucesso. E para não se chegar a resultados negativos, as decisões não deverão
ser precipitadamente tomadas.
Ressaltam-se características como: paciência, ponderação, tranquilidade, perseve-
rança e sensatez, presentes nas qualidades dos negociadores, já que as conces-
sões e os acordos bem feitos acontecem nos instantes finais da negociação, saben-
do avaliar os benefícios e prejuízos de se cumprir ou ultrapassar os prazos, tendo
flexibilidade de obedecer ou não o tempo limite.
c) Informação
A informação é identificada como o conhecimento prévio das partes antes de inicia-
da a negociação. Com uma grande quantidade de informações, evitam-se falsas ex-
pectativas e resultados inesperados.
O ponto chave para o sucesso da negociação é a busca das necessidades dos en-
volvidos, valorizando-se qualidades como: saber ouvir, entender o que está sendo
omitido, além de observação de expressões faciais e corporais, que são também
importantes no desenvolvimento da negociação.
O bom negociador capta os fatores não verbais, interligando-os, usando um terceiro
ouvido e um terceiro olha para trazer informações valiosas, permitindo um entendi-
mento melhor do quadro geral.
Existem algumas situações de conflito e negociação que independente do poder, da
informação ou do tempo que se tem, torna-se imprescindível uma terceira parte para
se chegar a uma solução, pois são inúmeros os interesses envolvidos e as partes
não são capazes de concluir o processo visando ganhos mútuos sem seu auxílio
(MARTINELLI, 2002).
DECISÕES NAS ORGANIZAÇÕES
44
“A palavra decisão é formada por de (que em latim significa parar, extrair, in-
terromper) que se antepõe à palavra caedere (que significa cindir, cortar). Tomada
ao pé da letra, a palavra decisão significa parar de cortar ou deixar fluir”. (GOMES et
al., 2002). Assim, quando uma decisão precisa ser tomada, é fato que as pessoas se
encontram diante de problemas que possuem alternativas para solução ou simples-
mente uma alternativa de ação e outra não ação. Em quaisquer casos, a intenção é
solucionar o problema a partir da decisão tomada, isto é, ligando a definição expos-
ta, interromper o problema.
Shimizu (2001) esclarece que uma organização frequentemente se encontra
diante de problemas sérios de decisão e que apenas uma pessoa poderia analisá-
los para escolher a melhor alternativa de decisão de modo inteiramente formal. Em
uma organização, contudo, os problemas são amplos e complexos, envolvendo ris-
cos e incertezas, necessitando muitas vezes da opinião e participação de muitas
pessoas, em diversos níveis funcionais, estimulando a capacidade de negociação a
partir da interação entre elas.
O processo de tomada de decisão pode conceber a eleição da melhor alterna-
tiva dentre as possíveis por parte de um centro decisor (indivíduo ou grupo de indiví-
duos), sendo as decisões classificadas como: simples ou complexas, específicas ou
estratégicas, gerando consequências imediatas, de curto prazo, de longo prazo ou
uma combinação das formas anteriores (GOMES et al, 2002).
45
Decidir também pode ser definido como: processo de colher in-
formações, atribuir importância a elas, posteriormente buscar
possíveis alternativas de solução e, depois, fazer a escolha en-
tre as alternativas; dar solução, deliberar, tomar decisão (GO-
MES et al, 2002).
Para a organização ter apenas a “melhor decisão” no momento, não é a alter-
nativa mais interessante, mas conhecer as alternativas possíveis de decisão, pois
poderia se contentar com uma boa decisão dentro de suas possibilidades, ou com a
segunda melhor decisão (SHIMIZU, 2001). O autor chama essa análise de variação
das possibilidades em torno de uma decisão escolhida como uma análise de sensibi-
lidade das estratégias ou alternativas de decisão.
Dentro das organizações, como visto, as decisões são complexas, pois quase
sempre devem atender a múltiplos objetivos, sendo difícil mensurar seus impactos
de forma clara.
É fato que a tomada de decisão, em si, obriga os indivíduos a usarem parâ-
metros qualitativos, com forte característica subjetiva, ou parâmetros quantitativos
que são de mensuração mais fácil (MIETTINEN; PEKKA, 1999 apud GOMES et al,
2002).
O processo de decisão pode ser elaborado a partir quatro conceitos: a quase
resolução do conflito, a minimização da incerteza e do risco, a busca de solução na
vizinhança, e a aprendizagem constante e adaptação da organização. Esses concei-
tos representam a essência da teoria da tomada de decisão nas empresas apresen-
tada por Cyert e March em Shimizu (2001):
1. “Quase resolução do conflito entre os objetivos da organização”: esse conceito é
abordado pelo fato de que cada membro da empresa pode almejar um objetivo dife-
rente, gerando conflitos. A solução estaria em motivar os indivíduos a considerarem
apenas os objetivos essenciais, contínuos e operativos, usando um raciocínio locali-
zado e bem claro, observando uma à sequência de prioridade dentro da organiza-
ção.
2. “Minimização da incerteza e do risco”: as incertezas e o risco devem ser minimi-
zados por meio de ênfase na resposta rápida e no feedback a curto prazo, evitando
incertezas decorrentes dos eventos ou estratégias a longo prazo.
46
3. “Busca de solução na vizinhança do objetivo principal”: foca que a busca da so-
lução de um problema na organização não deve ser aleatória ou exaustiva, e sim
orientada ao redor do objetivo principal do problema e das possíveis soluções alter-
nativas devem ser buscadas nas circunvizinhanças das alternativas correntes. Con-
tudo, se a solução não apresentar resultados satisfatórios, a empresa buscará solu-
ções mais complexas em áreas distantes do problema original, em áreas vulneráveis
da empresa.
4. “Aprendizagem constante e adaptação da organização”: revela o comportamento
adaptativo das organizações no decorrer do tempo. As empresas, muitas vezes,
mudam de objetivos, desviam suas atenções e revisam procedimentos de busca de
resolução de problemas baseadas em suas experiências. Essa aprendizagem pode
ocorrer de diversas formas como: adaptação das regras ou dos focos de preferência
ou atenção, em que haverá a preferência por alguns critérios, em detrimento de ou-
tros, e a adaptação nas regras de busca por solução que decorre do processo de
aprendizagem, baseado no sucesso ou falha, com as alternativas escolhidas e devi-
damente experimentadas.
Independente do conceito adotado, os tomadores de decisão nas organiza-
ções devem, ao longo do tempo, sentir se os processos de tomada de decisão estão
sendo efetivos ou devem ser combinados ou alterados. A alteração deve ser feita,
quando existe incompatibilidade entre os objetivos almejados pela organização e os
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resultados obtidos a partir das decisões tomadas, sendo necessário rever o proces-
so. Nesse momento, podem surgir conflitos e negociações, fato que também pode
ser vivenciado no ambiente de educação gerencial.
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
O comportamento do consumidor é entendido, segundo Salomon (citado em
CUNHA, Karina, 2005) como “o estudo dos processos envolvidos quando indivíduos
ou grupos selecionam, compram usam ou dispõem de produtos, serviços, ideias ou
experiências para satisfazer necessidades e desejos.” Os estudos do comportamen-
to do Consumidor evoluíram ao longo dos anos, passando pela teoria da racionali-
dade e econômica, teoria comportamental, teoria psicanalítica, teorias sociais e an-
tropológicas e teoria cognitivista.
Para uma empresa se sobressair e vencer a concorrência em um mercado
tão competitivo é necessário que entenda o seu cliente, o que se passa na sua men-
te, suas necessidades e desejos.
Além das teorias, também são apresentados diversos fatores que influenciam
o cliente na tomada de decisão sobre a compra. É de grande importância entender o
processo de compra para entender tudo que compõe este comportamento do con-
sumidor. Quando o profissional de vendas busca o maior número de informações do
seu cliente e o entende, sabendo como ele reage, as chances de se tornar um pro-
fissional de sucesso e reconhecido são infinitamente maiores.
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Houve um tempo em que as empresas se contentavam com funcionários que
exibissem experiência e sólido conhecimento técnico. Com o ritmo de mudanças
aceleradas implantado pela globalização e pela era digital, elas passaram a buscar
quem combinasse a tal base de conhecimentos com a capacidade de aprender con-
tinuamente, inclusive para os profissionais de vendas. E isso hoje já não basta. Ele
precisa exibir algo bem mais intangível: o comportamento adequado. Personalidade,
postura, engajamento e adesão aos valores da empresa viraram pré-requisitos. Co-
mo Churchill e Peter (citado em CUNHA, Karina, 2005) afirmam, “as pessoas de di-
ferentes classes sociais tendem a fazer escolhas diferentes em relação as suas rou-
pas, decoração doméstica, uso do tempo de lazer, escolha dos meios de comunica-
ção e padrões de gastos e poupanças”.
Teoria do Comportamento do Consumidor.
O comportamento do consumidor gira em torno de processos emocionais e
motivacionais, que se relacionam na obtenção de bens tangíveis e intangíveis, pro-
dutos ou serviços. Segundo Salomon (citado em Pinheiro e outros, 2006), o compor-
tamento do consumidor é entendido como “o estudo dos processos envolvidos
quando indivíduos ou grupos selecionam, compram usam ou dispõe de produtos,
serviços, ideias ou experiências para satisfazer necessidades e desejos.” Pinheiro e
outros (2006) ressaltam que o comportamento do consumidor é uma área interdisci-
plinar, envolvendo conceitos e ferramentas metodológicas de diferentes áreas do
conhecimento tais como: psicologia, economia, sociologia, antropologia cultural, se-
miótica, demografia e história.
49
Os estudos do comportamento do Consumidor evoluíram desde a teoria da
racionalidade econômica até a teoria cognitivista conforme será abordado a se-
guir:
TEORIA DA RACIONALIDADE ECONÔMICA: Segundo Pinheiro e outros (2006)
esta teoria relata um comportamento apoiado na racionalidade econômica, em que o
consumidor faz suas escolhas de consumo por uma busca de maior benefício ao
menor custo. Trouxe muitas contribuições ao longo da história principalmente no que
diz respeito ao uso de estimulo, o que auxilia os profissionais de vendas, influenci-
ando o comportamento de compra dos consumidores. Entretanto, apresenta suas
limitações: - É centrada nos efeitos de consumo de um bem e não permite a com-
preensão dos processos psicológicos. - É de difícil mensuração. - Não leva em con-
sideração as diferenças individuais sociais e culturais que fazem parte do compor-
tamento de consumo.
A satisfação é dada a partir da renda disponível, segundo Kotler (1992) não
importa quão atraente seja um produto, as unidades adicionais lhe trarão uma satis-
fação decrescente.
TEORIA COMPORTAMENTAL: Segundo Pinheiro (2006) esta teoria enfatiza o
comportamento e suas relações com o meio ambiente do indivíduo. Tem como base
a psicologia, que contribui para a compreensão dos fatores cognitivos, motivacionais
e emocionais envolvidos no processo de decisão de compra. Tem como limitação, o
enfoque nos fatores ambientais e não leva em consideração o que acontece inter-
namente no individuo, entre a apresentação dos estímulos do marketing e a conse-
cução ou não do comportamento de compra.
Esta teoria é de grande importância para profissionais de vendas, que utilizam
de estímulos oferecidos aos consumidores para divulgar os produtos/serviços po-
dem perceber as Reações oferecidas ao cliente, quando Positiva aproximam o con-
sumidor do produto e quando Negativas há um afastamento deste produto.
TEORIA PSICANALISTICA: Criada no final do século XIX e início do século XX
1856 – 1939, pelo neurologista austríaco Sigmund Freud. Segundo Pinheiro e outros
(2006) os comportamentos expressos no consciente são desejos localizados no in-
50
consciente, sendo que o consumidor projeta nos produtos os seus desejos, expecta-
tivas, angústias e conflitos. A compra é uma maneira de dar vazão a esses desejos.
Para Cobra (1992) a implicação mais importante desta teoria é que os compradores
são motivados tanto por aspectos simbólicos como funcionais dos produtos.
O conhecimento desta teoria é de suma importância para os profissionais de
vendas, pois relata que acontece “dentro da cabeça” do consumidor no ato da
compra e cabe a estes profissionais desenvolver estratégias para que os produtos
criem desejos inconscientes dos consumidores, estes que estão em busca da felici-
dade, beleza, corpo ideal, do status e da aceitação social, e esses desejos fazem
parte das estratégias usadas pelos vendedores quando se precisa mergulhar na
mente do consumidor.
TEORIAS SOCIAIS E ANTROPOLÓGICAS: Segundo Pinheiro e outros (2006) o
consumo como processo social, de acordo com os condicionamentos históricos, so-
ciais e culturais. Baseia-se nas vertentes marxistas e pesquisas sobre hábitos de
consumo nas sociedades contemporâneas. Este consumidor faz parte de uma ver-
tente crescente, exigente e consciente de seus direitos. A compra faz parte de um
processo social proporcionando uma referência para construção e definição para a
identidade social.
Assim, os profissionais de vendas têm que perceber que o consumo também
é um ato social, que vai definir o contexto social e cultural dos consumidores.
51
TEORIA COGNITIVISTA: Iniciou-se a partir das pesquisas da psicologia cognitiva
norte americana (1950-1960). Segundo Pinheiro e outros (2006) o consumo é resul-
tante de um processamento de informações oriundas do indivíduo, da cultura e do
meio ambiente. O consumidor opta por diferentes produtos, sendo influenciado por
fatores cognitivos tais como percepção, motivação, aprendizagem, memória, atitu-
des, valores e personalidade.
Clientes: definição e sua satisfação
Para uma empresa se sobressair e vencer a concorrência em um mercado
tão competitivo é necessário que ela entenda o seu cliente, o que se passa na sua
mente, suas necessidades e desejos. Os clientes são exigentes, sabem dos seus
direitos, exigem preços baixos e boa qualidade. Partindo da definição de Juran (ci-
tado em Araújo Carneiro e Silva Pereira), apresenta cliente como qualquer pessoa
que seja impactada pelo produto ou processo, pode-se afirmar que o cliente é qual-
quer pessoa que participe do processo, desde a sua concepção até o seu consumo.
Popcorn (citado em Araújo Carneiro e Silva Pereira) afirma que é imprescindível
compreender o que o cliente tem a dizer, é preciso analisar as respostas para que
se obtenha o melhor.
É necessário que as organizações façam pesquisas bem estruturadas e relate
o perfil dos clientes, os sentimentos, os impulsos que os levam a comprar este ou
52
aquele produto e os tipos de estratégias, produtos e serviços que serão aceitos ou
não, além das necessidades, dos medos e os benefícios que envolvem o estado de
espírito dos clientes, que influenciam na satisfação destes.
Segundo Kotler (1992) os profissionais em vendas procuram ajudar o consu-
midor a encontrar a confirmação de sua escolha.
O cliente tendo necessidades, a organização interagida com todos os setores,
busca satisfazê-la, estando atenta às mudanças do mercado e da concorrência, ana-
lisando seus pontos fortes e pontos fracos e assim, agir ou responder rapidamente,
com o objetivo de desenvolver consumidores satisfeitos.
Fatores que influenciam o comportamento de compra.
São vários os fatores que influenciam o cliente na tomada de decisão no mo-
mento da compra, e eles podem ser tanto internos quanto externos. Alguns pensa-
dores consideram que no processo de compra do consumidor há influências sociais
e influências de situações. A seguir veremos a ideia de alguns autores em relação
ao consumismo, e a relação geradora deste envolvimento de compra.
Kotler,(1998) define a área do comportamento do consumidor como indiví-
duos, grupos e organizações selecionam, compras, usam e dispõem de bens, servi-
ços, ideias ou experiências para satisfazer as suas necessidades e desejos. O autor
revela que nunca foi tão simples entender o comportamento do consumidor, porque
eles podem declarar suas necessidades e desejos, mas agir de outra maneira, po-
dem não estar a par de suas motivações mais profundas, mas podem responder as
influências de última hora.
53
Cobra (1997), o consumismo estimulado pode então responder a comunica-
ção recebida através da percepção e da atitude favorável ou desfavorável à margem
recebida. Pode comprar ou não o produto ou serviço que lhe for oferecido, sendo
posteriormente leal ou não à marca comprada. Cada indivíduo recebe influência do
seu grupo de referência, como apresentaremos:
Fonte: Kotler (1998, p.163).
Fatores culturais: São os que mais influenciam os consumidores, de acordo com
Kotler (1998). Os fatores culturais se subdividem em três: cultura, subcultura e clas-
se social.
Cultura: Para Santos (citado em Medeiros Janine, 2006), cultura diz respeito ao
modo de se organizar a vida social, seus aspectos materiais, o modo de produzir
para sua sobrevivência e o modo de ver o mundo. Segundo o autor quando se dis-
cute cultura, refere-se à humanidade e toda sua riqueza e sua forma de existência.
Segundo Kotler (1998) a cultura é o mais fundamental nos desejos e no comporta-
mento de uma pessoa. Já para Shiffman e Kanuk (citado em Pinheiros e outros
2006) “é a soma total das crenças, valores e costumes, que servem para direcionar
o comportamento do consumidor e de determinada sociedade”. Dessa forma os in-
tegrantes da sociedade vão adquirindo valores, percepções, preferências e compor-
tamento através da vida familiar e de outras instituições básicas, que acabam inter-
ferindo em seus hábitos de consumo presente e futuro.
Subcultura: Kotler (1998) afirma que cada cultura consiste em subcultura menores,
as que fornecem identificação mais especifica e socialização para os seus membros.
As subculturas incluem as nacionalidades, religiões, grupos raciais e regiões geográ-
ficas.
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Classe Socias: de acordo com kotler (1998) “classes sociais são divisões relativa-
mente homogêneas e duradouras de uma sociedade, que são ordenadas hierarqui-
camente e cujos membros compartilham valores, interesses e comportamentos simi-
lares”. Nesse sentido, tendo-se por base Churchill e Petter (citado em Medeiros Ja-
nine, 2006), a distribuição da população brasileira em classes sociais, segundo o
critério Brasil, dá-se em função de um sistema de população baseada na posse de
bens de consumo duráveis, instrução do chefe da família de outros fatores, como a
presença de empregados domésticos.
Fatores sociais: Tem como referência a família, papéis e posições sociais que aca-
bam por influenciar comportamento de compra.
Grupos de referências, para Churchill e Petter (citado em Medeiros Janine, 2006),
“são aqueles grupos de pessoas que influenciam os pensamentos, os sentimentos e
os comportamentos do consumidor”. Kotler (1998) afirma que há grupos de afinida-
des denominados “primário”, e os grupos de afinidades denominados “secundários”.
Os grupos primários são constituídos pela família, pelos amigos, pelos vizinhos e
pelos colegas de trabalho, com estes grupos a pessoa interage mais continuamente
e agem de maneira informal. Já os grupos secundários, são constituídos por religi-
ões, sindicatos e profissões, os quais tendem ser mais formais e exigem interação
menos contínua.
Da mesma forma, existem aqueles grupos repudiados, que, segundo os
mesmos autores são denominados grupos de negação. Ainda sobre os grupos de
referência, é importante ressaltar de que forma pode se dar a influência sobre os
consumidores.
Churchill e Petter (citado em Medeiros Janine, 2006) esclarecem que na mai-
oria dos casos os grupos de referência não dizem diretamente aos consumidores o
55
que fazer, mas são os consumidores que se deixam influenciar pela opinião do gru-
po ou por se preocuparem com os sentimentos dos membros do grupo.
Conceitos dos grupos de referência:
Família: de acordo com Kotler (1998) “os membros da família constituem os grupos
primários de referência com maior influência”. Podem-se distinguir entre duas famí-
lias na vida dos compradores: a de orientação, que é formada pelos pais; e a de
procriação, por esposa e filhos.
Portanto para o profissional de vendas, torna-se fundamental descobrir os pa-
péis de cada membro na compra de determinado bem/serviço, o que pode ser a
chave para as empresas que querem permanecer competitivas no mercado.
Papéis e Posições Sociais: nos diferentes grupos sociais, nos quais as pessoas
participam ao longo de suas vidas, elas acabam assumindo papéis diferentes e po-
sições sociais. Neste sentido, é fato que as pessoas, como diz Kotler (1998), esco-
lhem produtos que indiquem seu papel e status na sociedade.
Churchill e Petter (citado em MEDEIROS, Janine, 2006) afirmam que as pessoas
de diferentes classes sociais tendem a fazer escolhas diferentes em relação as suas
roupas, decoração doméstica, uso do tempo de lazer, escolha dos meios de comu-
nicação e padrão de gastos e poupança.
Fatores Pessoais: Dizem respeito às características particulares das pessoas, ou
seja, momentos e vivências pelas quais um indivíduo está passando, os quais aca-
bam de interferir nos seus hábitos e nas suas decisões de consumo. Kotler (1998)
apresenta cinco elementos que constituem os fatores pessoais: idade e estágio do
ciclo de vida, ocupação, condições econômicas, estilo de vida e personalidade.
a) Idade e Estágio do Ciclo: Salienta Kotler (1998), “que as necessidades das pes-
soas modificam-se ao longo de suas vidas”. Nesse sentido, Churchill e Peter (citado
em MEDEIROS, Janine, 2006) comentam a existência de vida do ciclo de vida fami-
liar, isto e, “conjunto de estágios pelos quais as famílias passam e que influenciam a
capacidade de satisfazê-las".
56
b) Ocupação: diz respeito a profissão que o consumidor exerce. Por exemplo, um
presidente de uma grande empresa comparará ternos caros, passagens aéreas, títu-
los de clube, um grande veleiro.
c) Condições Econômicas: renda disponível, poupança e patrimônio, condições de
crédito, atitudes em relação às despesas versus poupança. Eis de forma resumida,
os elementos que determinam as condições econômicas, as quais, tendo-se por ba-
se afetam diretamente a escolha de produtos, Kotler (1998).
d) Estilo de Vida: é o padrão de vida expressa em termos de atividades, interesses
e opiniões. Segundo Kotler (1998), é possível que as empresas se posicionem no
mercado através de associações entre seus produtos e o estilo de vida dos consu-
midores reais e potenciais dos mesmos.
e) Personalidade: cada ser humano possui uma personalidade distinta, que influen-
ciará seu comportamento de compra. Richers (citado em MEDEIROS, Janine, 2006)
afirma que a “personalidade de um individua é composta de uma multiplicidade de
componentes que incluem valores, atitudes, crenças, motivos, intenções, preferên-
cias, opiniões, preconceitos, interesses e normas culturais”. De acordo com Kotler
(1998), a personalidade é uma variável importante para a análise do comportamento
do consumidor. Contudo, é necessário classificar tipos de personalidades e estabe-
lecer correlações fortes entre certos tipos de personalidade e escolha de produtos
ou marca.
Fatores Psicológicos: Para que um consumidor tome a decisão de compra é preci-
so que na sua mente se desenvolvam os seguintes estados: existência de uma ne-
cessidade, consciência desta necessidade, conhecimento do objeto que a pode sa-
tisfazer, desejo de satisfazê-la e decisão por determinado produto. Nesse sentido,
conforme Kotler (1998) existem quatro importantes fatores psicológicos que influen-
ciam as escolhas dos consumidores: motivação, percepção, aprendizagem, crenças
e atitudes.
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a) Motivação: de acordo com Kotler (1998) um motivo ou impulso é uma necessida-
de que está que esta pressionada suficientemente para levar uma pessoa agir. Para
Schiffman e Kanuc (citado em MEDEIROS, Janine, 2006), a motivação é a força mo-
triz interna dos indivíduos que os impele a ação, a qual é produzida por um estado
de tensão, que existe uma vez que há uma necessidade não satisfeita.
b) Percepção: Kotler (1998) diz que quando uma pessoa se encontra motivada, es-
tá pronta para agir. Neste sentido, “percepção é a forma pela qual uma pessoa sele-
ciona, organiza e interpreta as informações para criar um quadro significativo do
mundo”. Schiffman e Kanuk (citado em MEDEIROS, Janine, 2006) definem percep-
ção como o “processo pelo qual um indivíduo seleciona, organiza e interpreta estí-
mulos visando a um quadro coerente do mundo.”
c) Aprendizagem: Segundo Kotler (1998) “aprendizagem são todas as mudanças
ocasionadas no comportamento de um indivíduo em função de suas experiências”.
Esta teoria ensina que pode desenvolver a demanda por um produto associando-o
impulsos usando sugestões motivadoras e fornecendo reforço positivo. Richers (ci-
tado em MEDEIROS, Janine, 2006) “salienta que o homem é capaz de aprender e
alterar seus comportamentos através da ampla utilização de sua experiência passa-
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da”. O autor ainda apresenta duas explicações psicológicas para a natureza do
aprendizado: a cognitiva (por meio da qual o indivíduo se conscientiza de um estimu-
lo) e a afetiva (que ocorre quando alguém começa a apreciar o estimulo após tornar-
se consciente dele.).
d) Crenças e atitudes: O homem, enquanto individuo, é dotado de razão e persona-
lidade única. Nesse sentido, segundo Kotler (1998) “crença é um pensamento des-
critivo que uma pessoa sustenta sobre algo”. Quanto às atitudes, afirma que estas
colocam as pessoas numa estrutura mental de gostar ou desgostar de um objeto.
O Processo de Compra
Entender o processo de compra é essencial para entender tudo que compõe
o comportamento do consumidor. A partir do momento que o profissional de vendas
entende o cliente, sabendo como ele reage, fica mais fácil convencê-lo e assim ven-
der seu produto.
Portanto, o processo de compras se dá em cinco etapas:
1. Reconhecimento da necessidade: O consumidor só decide comprar um
produto ou serviço depois de perceber que ele tem necessidade de tal produto. Mui-
tas vezes é apenas necessidade de “status”, mas não deixa de ser necessidade.
Então, quando o profissional de vendas for divulgar um produto ou serviço, deve-se
mostrar ao consumidor o quanto o produto será útil para ele. Se a comunicação for
boa, o consumidor perceberá que tem necessidade pelo mesmo.
2. Busca de informações: Depois de perceber a necessidade, o consumidor
começa a buscar informações. É neste momento que ele fica sensível às propagan-
das do produto/serviço.
3. Avaliação de alternativas: Depois de obtidas as informações, o consumi-
dor começa avaliar as opções que possuem o melhor custo benefício.
4. Decisão de compra: Avaliadas as alternativas e escolhida à melhor op-
ção, o consumidor faz a compra.
5. Avaliação pós-compra: Após a compra, o consumidor utiliza o produto e
faz avaliações de forma natural sobre o mesmo. Se satisfeito com a compra, o con-
sumidor provavelmente ajudará na divulgação do produto com o “Marketing boca-a-
59
boca”, se não, aquele produto jamais será consumido novamente por esse consumi-
dor, além de não indicar bem tal produto.
Comportamento do Consumidor e a Postura do Profissional de Vendas
No mundo competitivo de hoje, mesmo em mercados limitados, onde o cliente
tem muitas opções de compra, o relacionamento cliente – fornecedor tende a se
constituir em importante variável do processo de decisão de compra. Investir no re-
lacionamento com os clientes é estratégia de todas as empresas, tendo em vista que
em mercados com produtos cada vez mais comoditizados, a qualidade do atendi-
mento ou do relacionamento tende a ser o diferencial de maior poder de influência
sobre a decisão de compra, portanto, sobre a tendência de fidelizar o cliente.
Nesse contexto os relacionamentos que as equipes de vendedores mantêm
com seus clientes têm importância supervalorizada. Ampliando essa corrente de
pensamento, O`Connor e Prior (citado em CUNHA, Karina, 2005) acreditam que no
mundo atual, vender é uma nova ciência apoiada em novos conhecimentos, os quais
podem ser resumidos na habilidade em criar e manter bons relacionamentos.
60
E para que o profissional de vendas consiga ter sucesso no momento de uma
venda, é necessário que ele conheça profundamente o comportamento do consumi-
dor, sendo que esse entendimento é algo que todas as organizações desejam e de-
vem alcançar, pois assim, o aumento nas vendas, bem como o nível de satisfação
do cliente, terá uma alavancagem mais que considerável.
Contudo, para se conseguir “cuidar” do cliente, é necessário que o profissio-
nal de vendas possua algumas características, como:
Credibilidade: credibilidade ou sua reputação, é o que realmente o profissional de
venda deve ter no mundo dos negócios. Os clientes só acreditarão no produ-
to/serviço se o profissional mostrar ao consumidor que ele pode crer, acreditar, que
o produto lhe será útil, sendo de boa qualidade;
Acessibilidade: acesso rápido e fácil ao sistema de serviços. O profissional de ven-
das deve estar disponível para o cliente com facilidade;
Confiabilidade: o profissional de vendas só deve prometer aquilo que possui capa-
cidade de cumprir, no tempo prometido e da maneira prometida, passando confiança
ao consumidor. Estudos de tendência de mercado revelam que compradores têm
valorizado, cada vez mais, em suas escolhas, vendedores e parceiros que inspiram
confiança.
Excelência: os clientes acreditam que eles próprios sejam importantes e excelentes,
e querem trabalhar com excelentes empresas segundo Richard (citado em CUNHA,
Karina, 2005), ou seja, profissional deve ser eficiente e eficaz, gerando assim, um
atendimento excelente, conquistando plenamente o cliente.
O vendedor deve saber identificar as motivações do cliente, uma vez que, in-
variavelmente, denunciam a cadeia de valor associada ao produto ou serviço. Uma
venda bem sucedida ocorre quando seu produto corresponde às necessidades, va-
lores, e sentimentos do cliente. Experimentos comprovam que os vendedores consi-
derados hábeis profissionais são aqueles capazes de identificar e traduzir com pre-
cisão as necessidades de seus clientes, associando-as, às características e vanta-
gens dos produtos e antecipando os benefícios que poderão usufruir.
O profissional de vendas deve usar de recursos pessoais, como: empatia, pa-
ciência, audição atenciosa, persuasão e determinação, o supervendedor trabalha
61
como assistente de seus clientes, ajudando-os a encontrar soluções para problemas
e atender necessidades.
Peppers e Rogers (citado em CUNHA, Karina, 2005) defendem o alto grau de
determinação da qualidade do relacionamento para o sucesso dos negócios das
empresas, visto que são os relacionamentos que asseguram à organização a conti-
nuidade das transações por longos períodos. O processo da venda passa a ter,
também, na qualidade da relação, um fator importante de sucesso.
Portanto, a melhor maneira de satisfazer e manter seus clientes é conhecer o
máximo possível sobre os mesmos. Daí vem a importância de se avaliar gostos, há-
bitos, além dos históricos de compra dos clientes, estando a organização, sempre
atenta às necessidades e desejos da clientela, a fim de manter a lealdade da mes-
ma.
62
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