NORMAS ABNT
PRIMEIRO MODULO
Este curso se propõe a dar noções básicas sobre o desenvolvimento de documentos
acadêmicos, incluindo os conteúdos e formas de tais documentos. Este curso foi
elaborado pelo Prof. Estevão Keglevich. Caso possuir sugestões ou informações
complementares, contate-nos.
ÍNDICE
ASPECTOS PRINCIPAIS........................................................................ 2
TIPOS DE DOCUMENTOS ACADÊMICOS .......................................... 2
CARACTERÍSTICAS DE TESE E DISSERTAÇÃO .............................. 5
ESTRUTURA DOS DOCUMENTOS ACADÊMICOS ........................... 6
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ............................................................. 6
ELEMENTOS TEXTUAIS ..................................................................... 12
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS ............................................................ 15
RECOMENDAÇÕES GERAIS ............................................................ 18
ESTUDO DIRIGIDO.............................................................................. 34
ASPECTOS PRINCIPAIS
Nos cursos de graduação e pós-graduação, os acadêmicos produzem vários
tipos de trabalhos, porém, poucos conhecem as maneiras corretas de redigi-los e
estruturá-los. Raramente são despertados para a importância de estudar esse
assunto. Os documentos acadêmicos procuram atender a objetivos diferentes e a
níveis de comunicação variados, mas, de maneira genérica, visam a difundir os
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avanços científicos. Desta forma, possuem algumas características de normatização
peculiares a cada tipo de documento e outras, comuns a todos eles.
O presente curso pretende explorar as características dos principais
documentos acadêmicos. A ênfase será dada em termos das formas e dos
conteúdos que assumem, tratando-se das peculiaridades, apenas naquilo que for
mais relevante.
TIPOS DE DOCUMENTOS ACADÊMICOS
Documentos:
Artigo Científico
Texto com autoria declarada que representa e discute idéias, métodos,
técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento, destinado à
divulgação, através de periódicos, sejam eles impressos, na internet ou publicações
em eventos. Podem ser escritos por um ou mais autores, resultantes de
experimentos científicos ou relato de caso. Devem ser submetidos a periódicos com
normas específicas de publicação, ser elucidativos e claros.
Artigos de Revisão
São elaborados a partir de uma pesquisa bibliográfica sobre um assunto
específico , geralmente direcionado a um periódico específico, pode ser elaborado
por um ou mais autores. A revisão bibliográfica deve ser feita em revistas ou
periódicos científicos, não é aconselhável utilizar material de jornais ou revistas não
relacionadas ao assunto, prima-se por utilizar materiais de fonte segura. A partir da
coletânea utilizada para a revisão do assunto é necessário elaborar no final do
artigo o tópico considerações finais, onde os autores podem efetuar uma análise dos
diversos autores pesquisados.
Relato de caso
São divulgadas a caracterização e a descrição, incluindo anamnese e os
procedimentos adotados, de um caso ou de um acontecimento, de relevância
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cientifica, que já tenha sido descrito ou não na literatura, é obrigatório os tópicos
discussão e conclusão.
Notas científicas
São pequenos artigos, elaborados com até cinco paginas, onde resultados
parciais de uma pesquisa são apresentados.
Crítica
Documento no qual é apreciado o mérito de uma obra literária, artística,
científica etc. A crítica pode se apresentar de forma favorável ou contestadora.
Dissertação
Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou
exposição de um estudo científico recapitulativo, de tema único e bem delimitado em
sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve
evidenciar o conhecimento da literatura existente sobre o assunto e a capacidade de
sistematização do candidato. É feito sob a orientação de um pesquisador, visando à
obtenção do título de Mestre.
Ensaio
Documento relatando estudo sobre determinado assunto, porém menos
aprofundado e/ou menor que um tratado formal e acabado, expondo idéias e
opiniões sem base em pesquisa empírica.
É um texto literário breve, expõe idéias, críticas e reflexões éticas ou
filosóficas sobre um tema. É um documento menos formal, flexível , pode ser a
defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre algum assunto, não é exigido
a prova empírica ou cientifica de que a opinião dada está correta. Não é utilizado em
pesquisa cientifica.
Livros e Folhetos
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Livros e folhetos são publicações avulsas, formadas por um conjunto
sequenciado de folhas impressas e revestidas por capas. O Folheto distingue-se do
livro pelo número de páginas, deve ter, no mínimo 5 e, no máximo, 48 páginas.
Monografia
É um documento que descreve um estudo minucioso sobre tema
relativamente restrito. Freqüentemente solicitado como "trabalho de formatura" ou
"trabalho de conclusão" em cursos de graduação ou de pós-graduação "latu-senso".
São caracterizados por abordarem um único tema, com graus diversos de
profundidade, especificidade ou extensão.
A monografia é o documento apresentado para a obtenção de grau
acadêmico ou em cursos de especialização (latu-senso). É Também chamado de
TCC (Trabalho de conclusão de curso) no caso de conclusão de graduação.
Paper ou Painel
Pequeno artigo científico, texto elaborado sobre determinado tema ou
resultados de um projeto de pesquisa para comunicações em congressos e reuniões
científicas, sujeitos à sua aceitação por julgamento (refere-se).
Projeto de Pesquisa
Documento que descreve os planos, fases e procedimentos de um processo
de investigação científica a ser realizado. O projeto de pesquisa é realizado de forma
objetiva, resume com detalhes os caminhos que o pesquisador irá trilhar durante o
mestrado ou doutorado. É a descrição de todo o processo metodológico que irá
nortear a pesquisa cientifica, o tema escolhido deverá estar embasado
bibliograficamente.
O projeto de pesquisa é um documento formal e deve ser elaborado
obedecendo as regras estipuladas pela ABNT.
Publicações Periódicas
Publicações periódicas são editadas em intervalos prefixados, por tempo
indeterminado, com a colaboração de diversos autores, sob a responsabilidade de
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um editor e/ou comissão editorial. Inclui assuntos diversos, segundo um plano
definido.
Relatório técnico- científico
Documento que relata formalmente os resultados ou progressos obtidos em
investigação de pesquisa e desenvolvimento, ou que descreve a situação de uma
questão técnica ou científica.
Resenha
É uma comunicação de pequeno porte relatando o resultado da avaliação
sobre uma nova publicação (livro ou revista).
Sinopse
Apresentação concisa de um artigo, obra ou documento.
Tese
Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou
teórico de tema específico e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em
investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em
questão. Visa à obtenção do título de Doutor (sob orientação de um pesquisador) ou
de Livre-Docente.
Trabalho didático
Pequenos textos exigidos nos cursos de graduação, sobre estudos realizados
pelos alunos, com o objetivo de induzir e fixar o aprendizado.
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CARACTERÍSTICAS DE TESE E DISSERTAÇÃO
Há alguma confusão na diferenciação de dois tipos de trabalhos científicos
importantes: tese e dissertação. A diferença entre tese e dissertação refere-se ao
grau de profundidade e originalidade exigido. Segundo o Parecer 977/65 do
Conselho Federal de Educação (CFE), "a dissertação deverá evidenciar
conhecimento da literatura existente e a capacidade de investigação do candidato,
podendo ser baseada em trabalho experimental, projeto especial ou contribuição
técnica" e, segundo o parecer 77/69 do CFE, "A tese de doutorado deverá ser
elaborada com base em investigação original devendo representar trabalho de real
contribuição para o tema escolhido. O preparo de uma dissertação dá-se para a
obtenção do grau de ‘Mestre’, enquanto a elaboração de uma tese constitui
exigência para a obtenção do grau de ‘Doutor’."
ESTRUTURA DOS DOCUMENTOS ACADÊMICOS
Os documentos acadêmicos podem ser estruturados, seqüencialmente, em
três grupos de elementos: elementos pré-textuais, texto e elementos pós-textuais
ELEMENTOS PRÉ- TEXTUAIS
Capa:
Os elementos desta folha devem ser centralizados e em caixa alta, com
exceção do local. A capa deve conter:
- Nome da instituição, se for o caso, sendo que, no caso de instituição de ensino,
incluir a Universidade, Faculdade e Departamento.
- Título do trabalho.
- Nome completo do autor;
- Se houver subtítulos, utilizar tipo menor de impressão.
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- Nome da cidade.
- Ano do trabalho, logo abaixo.
Observação importante: O nome do autor e do seu orientador e co-orientador (se
houverem), devem ser digitados a partir do centro da página.
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EXEMPLO DE CAPA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁSESCOLA DE VETERINÁRIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA INFECÇÃO POR LEPTOSPIRA SPP. EM
FELINOS DOMÉSTICOS (FELIS CATUS) APARENTEMENTE SADIOS DA
REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA , GOIÁS
Fulano de tal da silva
Orientador: Profª Drª ....
GOIANIA
2009
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Segunda capa ou contra-capa (facultativo):
Coloca-se o nome do reitor da Universidade, do diretor e do chefe de
departamento da Faculdade onde o trabalho será defendido.
Folha de rosto:
Contém os elementos essenciais à identificação da obra.
- Nome do autor, em caixa-alta, centralizado.
- Título do trabalho, seguido dos demais subtítulos, se houver, centralizados.
- Nota explicativa, a 3 cm do título/subtítulo, a 9 cm da borda lateral esquerda.
Refere-se à natureza do trabalho, a seu objetivo acadêmico e aos respectivos dados
de orientação.
- Nome da cidade.
- Ano do trabalho, logo abaixo.
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EXEMPLO DE FOLHA DE ROSTO
FULANO DE TAL
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA INFECÇÃO POR LEPTOSPIRA SPP. EM
FELINOS DOMÉSTICOS (FELIS CATUS) APARENTEMENTE SADIOS DA
REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA, GOIÁS
Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciência Animal junto ao Programa de Pós Graduação em Ciência animal da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás
Área de concentração:
Sanidade Animal
Orientador:
Profª Drª Comitê de Orientação:
Profª Drª
Profª Drª
GOIÂNIA
2009
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Dedicatória (facultativa)
É a folha onde o autor poderá fazer dedicatórias do seu trabalho a pessoas
queridas. A apresentação é livre.
Agradecimentos (facultativa)
Encabeçada pela palavra AGRADECIMENTOS, centralizada no papel,
incluem-se agradecimentos à assistência relevante na realização e preparação do
trabalho.
Epígrafe (facultativo)
Inscrição ou frase que serve de tema à abertura de uma obra ou a cada
capítulo. Pode ser uma frase criada pelo próprio autor ou frases de outras pessoas,
geralmente conhecidas.
Prefácio ou apresentação (facultativo)
Normalmente elaborado por outra pessoa que não o autor, visando a dar um
esclarecimento, uma justificativa e/ou apresentação do autor e da obra.
Sumário:
Enumeração das principais divisões, capítulos, seções, subseções e outras
partes de um documento, na mesma ordem e na mesma forma gráfica em que
aparecem no documento, com o respectivo número de página onde aparecem ou se
iniciam.
O Sumário não pode ser confundido com índice, listas ou resumo. Inclui,
apenas, as partes da publicação que se lhe sucedem (resumo, texto, anexos,
referências bibliográficas, índice). E é identificado pela palavra SUMÁRIO, escrita
em letras maiúsculas, centrada, e a esta segue, exatamente com a mesma grafia, a
indicação de numeração de seções primárias (capítulos), secundárias etc., e as
páginas onde se localizam no corpo do trabalho.
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Lista de ilustrações:
Reúne ilustrações existentes no texto, na ordem em que aparecem, com
indicação da página. É recomendado que seja, feitas listas separadas para cada tipo
particular de ilustração (quadros, tabelas, figuras etc.), sendo sua inclusão
recomendável, no caso de haver mais de cinco elementos a serem relacionados.
Lista de símbolos, abreviaturas e convenções:
Reúne símbolos e convenções utilizadas no decorrer do texto, com as
respectivas significações, sendo sua inclusão recomendável, no caso de haver mais
de cinco elementos a serem relacionados.
Resumo (abstract):
É a apresentação consistente e seletiva de um texto. Deve ressaltar, de forma
clara e sintética, a natureza do trabalho, seus resultados e conclusões mais
importantes. Deve concluir-se num texto redigido de forma cursiva, concisa e
objetiva, respeitando a estrutura do original e reproduzindo, apenas, suas
informações mais significativas.
O Resumo deve fornecer estas informações por ser normalmente o primeiro
item lido por quem se interessa pelo assunto abordado no documento. Alguns sites
da internet publicam apenas o resumo (abstract), deixando o restante do documento
off-line ou restrito.
Não deve ser uma simples enumeração de tópicos, sendo que a 1ª frase deve
ser significativa e explicar o tema principal do trabalho, procurando evitar o uso de
parágrafos, frases negativas, símbolos, tabelas, quadros, figuras e ilustrações, assim
como de fórmulas e equações.
Recomenda-se que os resumos tenham um limite máximo de 500 palavras,
no caso de teses e dissertações, de 250 palavras, no caso de monografias e artigos,
e de 100 palavras, no caso de notas e comunicações breves.
Além do resumo, coloca-se uma Segunda folha com a sua versão em inglês,
ou seja, um abstract, para facilitar sua divulgação no exterior. Respectivamente,
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para cada caso, a palavra resumo ou abstract deve encabeçar o texto, em caixa alta,
centralizada no papel e o texto impresso em espaço simples.
ELEMENTOS TEXTUAIS
O texto constitui o núcleo do trabalho, é composto de cinco partes: introdução,
revisão da literatura (ou estado da arte), metodologia, desenvolvimento, resultados e
conclusão.
As partes de um texto, apesar de possuírem características próprias e
finalidades específicas, estão intimamente relacionadas, como partes de uma
estrutura lógica e harmônica.
Introdução:
Resume brevemente os objetivos do trabalho e as razões de sua elaboração,
bem como as relações com outros trabalhos existentes, não devendo repetir ou
parafrasear o resumo nem antecipar as conclusões e recomendações contidas ou
decorrentes do estudo. Apesar de figurar no início do trabalho, é a última parte a ser
redigida em definitivo, visto constituir uma síntese de caráter didático das idéias e da
matéria tratada.
A introdução deve situar o leitor no contexto do tema pesquisado, colocando-o
a par dos antecedentes, tendências, pontos críticos, preocupações, justificativas e
razões do trabalho, para, em seguida, colocar as questões de pesquisa ou
perguntas a serem respondidas, assim como as possíveis contribuições esperadas
do estudo e suas implicações.
Revisão da literatura (ou Estado da arte):
Visa a reunir, analisar e discutir as informações publicadas sobre o tema até o
momento de elaboração do trabalho, a fim de fundamentar teoricamente o objeto de
investigação com bases sólidas, e não arbitrariamente. É o "pano de fundo" do
problema de pesquisa. Compreende uma minuciosa busca na literatura,
selecionando-se e sintetizando-se idéias, estudos e pesquisas que se relacionem
com problema investigado, objetivando melhor compreensão das inúmeras facetas
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deste, devendo-se destacar as citações literais de trabalhos científicos (vide item
específico neste artigo).
As idéias contidas nos estudos devem ser inter-relacionadas e confrontadas,
principalmente se forem contraditórias.
A organização da revisão deve ser feita de forma lógica em função das
variáveis ou dois pontos mais relevantes do problema investigado, sem se procurar
forçar a uma organização cronológica.
Metodologia:
Nesta parte, deve-se declarar o objetivo do estudo e sua relação com o
referencial teórico, as questões e hipóteses do estudo e a descrição e justificativa
da(s) metodologia(s) utilizada(s) e, se for o caso, a população, o objeto de estudo, a
amostra, o processo de amostragem, a forma e estratégia de coleta de dados e
informações, as técnicas estatísticas empregadas nas análises, no caso de
abordagem quantitativa, assim como as atividades realizadas antes, durante e após
a coleta de dados e o referencial teórico, no caso de abordagem qualitativa;
entretanto, minúcias de provas matemáticas ou procedimentos experimentais, se
necessários, devem constituir material anexo.
Desenvolvimento:
Normalmente é a parte mais importante e mais extensa do texto. A estrutura
desta parte, em função da diversidade de natureza dos estudos, deve basear-se no
bom senso do autor e/ou de seu orientador, devendo-se dividi-la em tantas seções e
subseções quantas forem necessárias para o detalhamento do estudo realizado.
Deve seguir uma seqüência lógica e ser apresentada de forma a facilitar o
acompanhamento e o entendimento do leitor.
Resultados:
Destina-se a ressaltar as evidências que esclareçam cada questão levantada
através de análises quantitativas e qualitativas das informações e dados obtidos,
sempre relacionando esses resultados com os objetivos, questões e hipóteses e
pesquisa e dando-lhes significado frente ao referencial teórico. Compreende também
este item uma discussão dos resultados frente aos objetivos propostos no estudo.
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Conclusão:
Procura evidenciar com clareza e objetividade as deduções tiradas dos
resultados da pesquisa ou levantadas ao longo da discussão do assunto, devendo
dar um fechamento ao trabalho, reafirmando de maneira sintética a idéia principal e
os pormenores mais importantes, respondendo ao problema inicial e aos objetivos
do estudo, apresentados, via de regra, na introdução, face às contribuições
proporcionadas pela pesquisa.
Não deve abordar detalhes operacionais dos conceitos utilizados, nem
extrapolar os resultados do estudo para além do que a metodologia e abrangência
utilizadas o permitir, ressalvando sempre as limitações do estudo, recomendando
práticas para sua implementação e sugerindo outras pesquisas adicionais e
complementares.
A conclusão deve ser objetiva podendo iniciar os parágrafos das seguintes
formas: detectou-se que... , observou-se que...., Não foi possível afirmar que..., as
amostras resultaram em...., o percentual encontrado foi... etc.
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Os elementos pós-textuais possuem forma própria de apresentação e
destinam-se a complementar ou esclarecer o texto, no seu todo ou em parte, sem
contudo integrar o mesmo.
Anexos e/ou apêndices:
Anexos e apêndices são partes extensivas ao texto, destacados deste para
evitar descontinuidade na seqüência lógica das seções ou capítulos, com a
finalidade de complementar a argumentação principal, documentar, esclarecer,
provar ou confirmar idéias expressas no texto, relevantes ou necessárias à maior
compreensão do mesmo.
O anexo é um documento, que pode ou não ser do autor do estudo, que serve
de fundamentação, comprovação ou ilustração do estudo ou de suas partes. O
apêndice é um documento autônomo do próprio autor que visa a complementar a
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argumentação principal do estudo. É comum não serem feitas distinções entre
anexos e apêndices, sendo considerados indistintamente como anexos.
Podem ser incluídos como anexos: ilustrações, gráficos, fotografias,
questionários, descrições, modelos de formulários e impressos, leis, decretos etc.,
devendo ser identificados através de letras maiúsculas consecutivas e seus
respectivos títulos.
EXEMPLO:
Anexo A – questionário
Anexo B – Plano amostral
Referências Bibliográficas:
As referências bibliográficas compreendem um conjunto de elementos que
permitem a identificação, no todo ou em parte, de documentos impressos ou
registrados em diversos tipos de materiais. Podem estar localizados: em notas de
rodapé, notas de fim de texto e em lista bibliográfica sintética ou analítica. Adiante,
neste artigo, as referências bibliográficas serão abordadas de forma mais específica.
EXEMPLO:
PANEGALLI, J.C.; “Facilitando o processo de planejamento e gestão nas organizações”; Revista Contemporânea de Contabilidade; Ano 1; v.1; n.2; p. 11-40, Jul./dez. 2004.
Estrutura de publicações científicas:
A numeração em coluna, após cada elemento, corresponde à sugestão para a
sua ordem no documento.
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Elementos
Dissertação e teses
Livros e folhetos
Relatórios técnico-científicos
Artigos Científicos
Elementos pré-textuais
- Sobrecapa
- Capa
- Lombada
- Orelhas
- Falsa folha de rosto
- Errata
- Folha de rosto
- Dedicatória
- Agradecimentos
- Epígrafe
- Apresentação e/ou prefácio
- Sumário
- Lista de ilustrações (tabelas, figuras e quadros)
- Listas de símbolos, abreviaturas e convenções
- Resumo e/ou abstract
Elementos textuais
- Introdução
- Revisão de literatura
- Metodologia
- Desenvolvimento
- Resultados
- Discussão dos resultados
- Conclusão
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Elementos pós-textuais
- Anexos e/ou Apêndices
- Glossário
- Bibliografia e/ou Referências bibliográficas
- Índice
- Ficha de identificação
RECOMENDAÇÕES GERAIS
As recomendações a seguir são aplicáveis a todos os documentos
acadêmicos, de uma forma geral, mas será dada especial atenção aos componentes
de teses, dissertações e artigos científicos.
Numeração progressiva das seções de um documento:
A numeração progressiva das seções de um documento tem por objetivo
proporcionar o desenvolvimento claro e coerente de um texto e facilitar a localização
de cada uma de suas partes.
Estrutura:
A primeira divisão de um texto resulta em seções primárias que recebem o
nome de capítulos. Cada capítulo pode ser dividido em seções secundárias, estas
em terceiras, estas por seções quaternárias e quinarias. Não se recomenda
subdivisão excessiva de um texto, ou seja, que ultrapasse a subdivisão quinaria.
Numeração:
Esta sugestão de numeração é indicada, principalmente, para teses e
dissertações. Cada divisão recebe um grupo numérico chamado indicativo de seção
que facilita a sua localização no texto. Para a numeração dos capítulos são
utilizados algarismos arábicos. O indicativo da seção secundária será formado pelo
número do capítulo, mais o número de cada parte (ambos separados por um ponto),
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de acordo com a subdivisão proposta, aplica-se o mesmo procedimento às seções
terciárias, quaternárias e quinarias.
EXEMPLO:
1 SEÇÃO PRIMÁRIA
1.1 Seções secundárias
1.1.1 Seções terciárias
1.1.1.1 Seções quaternárias
1.1.1.1.1 Seções quinarias
Títulos:
Os títulos das diferentes seções devem ser destacados graficamente,
utilizando-se, em geral, letras maiúsculas (caixa –alta) para as seções primárias e
letras minúsculas (exceto a inicial) para as demais seções.
Abreviatura e siglas:
As formas abreviadas de nomes (abreviaturas e siglas) são usadas para
evitar a repetição de palavras e expressões freqüentemente utilizadas no texto.
Quando uma sigla ou abreviatura for apresentada pela primeira vez no texto, deve
ser precedida do nome por extenso.
EXEMPLO:
O Ministério de Educação e Cultura (MEC) tem adotado medidas que ...
Não se empregam abreviaturas nos títulos e resumos dos trabalhos para se
evitar problemas na tradução ou versão dos mesmos. E quando utilizar abreviaturas
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lembrar de colocar o nome completo quando for citado pela primeira vez no texto, a
partir da segunda citação poderá colocar a abreviatura porque o leitor já saberá de
que se trata.
Segundo convenção já consagrada, unidades de peso e medida são
abreviadas quando por extenso: grama, mililitro, porcentagem. Não se usa ponto nas
abreviaturas de unidades de medida e nas siglas. Não se usa plural para as formas
abreviadas de palavras. Exemplo: editores: ed.; organizadores: org.
Não se abreviam nomes geográficos, a não ser quando se tratar de
abreviaturas universalmente aceitas como: EUA ou USA. Portanto, escreve-se
sempre por extenso: São Paulo e não S.P.
Os meses do ano são abreviados pelas três primeiras letras, com exceção de
maio que não se abrevia. Usam-se as iniciais minúsculas para meses em língua
portuguesa e maiúsculas quando em língua inglesa e alemã.
As abreviaturas específicas do trabalho e siglas desconhecidas devem
constar de lista prévia, ordenadas alfabeticamente pelas siglas, seguidas dos nomes
por extenso. Quando em pequeno número, podem ser registradas no próprio texto,
separadas por um hífen, de forma por extenso.
Ilustrações:
As ilustrações são componentes destacados graficamente em um texto, que
têm por objetivo apresentar informação condensada que permita pronta
inteligibilidade ao leitor. Servem para elucidar, explicar e simplificar o entendimento
de um texto. As ilustrações compreendem: quadros, tabelas, figuras e outros.
Quadros:
Compreendem ilustrações com informações qualitativas (normalmente
textuais), dispostas em linhas e/ou colunas que se caracterizam graficamente por
terem os quatro lados fechados.
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EXEMPLO :
QUADRO 1 Antígenos empregados na técnica de Soroaglutinação Microscópica (SAM),
segundo código, sorogrupo e sorovar, mantidos pelo Laboratório de
Diagnóstico de Leptospirose da Escola de Veterinária 2008
Cód. Sorogrupo Sorovar Cód. Sorogrupo Sorovar
1-A Australis Australis 10-B Icterohaemorrhagiae Icterohaemorrhagiae
1-B Australis Bratislava 11 Javanica Javanica
2-B Autumnalis Butembo 12 Panamá Panamá
3 Ballum Castellonis 13 Pomona Pomona
4-A Bataviae Bataviae 14 Pyrogenes Pyrogenes
Tabelas:
Compreendem ilustrações com dados estatísticos e que se caracterizam
graficamente por serem ser fechadas nos lados direito e esquerdo e fechadas nos
lados superior e inferior, não se colocando traços horizontais e verticais separando
os dados numéricos.
EXEMPLO:
TABELA 1 – Incidência de anticorpos anti-Leptospira spp.,
por sorovar, no total de 217 amostras
provenientes de diversos bairros de Aparecida
de Goiânia, Goiás. 2008
Amostras Positivas %Co-aglutinação 3 8,33
Australis 2 5,56Icterohaemorrhagiae 3 8,33
Pomona 2 5,56Pyrogenes 1 2,77
Hardjo 1 2,77Patoc 3 8,33Total 36 100%
Apresentação :
Numeram-se as ilustrações (uma numeração para cada tipo) no decorrer do
texto com algarismos arábicos, em uma seqüência própria, independente da
numeração progressiva ou das páginas da publicação. Como opção, em trabalhos
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muito extensos, com muitos capítulos, as ilustrações podem ser numeradas com
dois dígitos separados por um ponto, sendo o primeiro dígito correspondente ao
capítulo e o segundo ao número daquela ilustração no capítulo. Por exemplo:
Quadro 6.7 significa que o quadro é o de número 7 do capítulo 6.
O título da ilustração deve ser breve, porém explicativo. É escrito em letras
minúsculas, exceto a inicial da frase e dos nomes próprios, após a palavra Figura
(ou Quadro etc.), e dela separado por hífen. Em quadros e tabelas, o título é
colocado na parte superior em figuras, na parte inferior.
Localização:
As ilustrações devem ser centradas na página e impressas em local tão
próximo quanto possível do trecho do texto onde são mencionadas. Quando em
grande número ou em tamanho maior, podem ser agrupadas no final do trabalho.
Devem ser enquadradas nas mesmas margens adotadas para o texto.
Corpo da tabela:
A disposição dos dados numa tabela deve permitir a comparação e ressaltar
as relações existentes, destacando-se o que se pretende demonstrar. Não se deve
deixar "casa" vazia no corpo da tabela ou Quadro, usando-se símbolos, conforme
convenção internacional.
Quando as ilustrações citadas estiverem em anexo(s), acrescentar essa
informação após o seu número.
Abreviaturas e símbolos:
Deve-se evitá-los nas tabelas. Quando indispensáveis deve-se adotar apenas
aqueles que sejam padronizados. Os símbolos que, por alguma razão, não puderem
ser impressos, devem ser escritos à mão, usando-se tinta indelével.
Notas de rodapé de tabelas: As tabelas podem conter notas de rodapé, assim
detalhadas:
a. nota de fonte: para citar a fonte de onde foi coletada.
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b. nota geral: para o registro de observações ou comentários para conceituar ou
esclarecer o conteúdo da tabela, indicar o critério adotado no levantamento dos
dados ou o método de análise estatística utilizado.
c. notas referentes a uma específica da tabela: símbolos, fórmulas e outros.
Sempre que possível, a tabela deve conter a data em que os dados foram coletados.
Disposição das tabelas no texto:
Tabelas pequenas devem ser centralizadas na página. Quando longas e
estreitas, com poucas colunas e muitas linhas, aconselha-se dividir a coluna em
partes iguais, de forma a tornar a tabela mais curta e larga. As partes serão
impressas lado a lado, em posição vertical e separadas por um traço vertical.
Quando a tabela for mais larga do que a página, poderá ser impressa no sentido
vertical, incluindo número e título acima da tabela. Pode também ser dividida ou
desmembrada.
Numerais:
Nos trabalhos científicos, aconselha-se escrever por extenso os números de
uma só palavra (um, dezesseis, cem) e usar algarismos para os números de mais
de uma palavra. No entanto, por se tratar apenas de convenção, pode-se adotar
uma outra alternativa: escrever os números de zero a nove por extenso e, a partir de
10 usar os algarismos. Nos números seguidos de unidades padronizadas, é
obrigatório o uso de algarismo.
EXEMPLOS: 8m, 10cm, 5mL.
Aconselha-se evitar o uso de números no início de frases. Quando se deseja
expressar porcentagem, é preferível adotar o símbolo próprio: %. Só se usa o
símbolo precedido de um número.
Nas referências ao primeiro dia do mês, usa-se o número ordinal, enquanto
que, com relação aos outros dias, usa-se o cardinal.
EXEMPLO: Primeiro de maio: No dia 30 de julho.
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Para designar horas do dia, usa-se sempre numeral cardinal. Exemplo: 10:30
h; 18h30 minutos.
Citações:
A citação é uma menção, no texto, de uma informação colhida em outra fonte.
São introduzidas no texto com o propósito de esclarecer, complementar ou
fundamentar as idéias do autor. A citação pode ocorrer em forma de transcrição ou
de paráfrase e de forma direta ou indireta.
A transcrição (ou citação textual) ocorre quando são reproduzidas as próprias
palavras do texto citado. A paráfrase (ou citação livre) ocorre quando se reproduzem
idéias e informações do documento, sem, entretanto, reproduzir as próprias palavras
do texto citado. As citações diretas são reproduzidas a partir do texto original;
quando reproduzidas de fonte não-original, são denominadas de indiretas ou de
citação de citação.
Citação textual:
É reproduzida entre aspas ou destacada tipograficamente com, por exemplo,
letra em itálico, e deve corresponder exatamente ao original e acompanhada de
informações sobre a fonte (em respeito a Lei 5.988 de 14/12/73 que regulamenta os
direitos autorais). Uma transcrição dentro de outra é indicada por aspas simples.
Deve-se observar que:
- As citações curtas são inseridas no texto e devem necessariamente estar contidas
entre aspas.
EXEMPLO:
Segmentação pode ser definida como "... grupamentos específicos de mercado que
respondem de maneira semelhante a estímulos mercadológicos." (SANTINI,
1980:204).
24
- As citações longas (mais de três linhas) devem constituir um parágrafo
independente, recuado e com espaço menor (espaço 1) ou em itálico, podendo ou
não estarem contidas entre aspas.
EXEMPLO:
"Quando falamos de segmentação, estamos nos referindo a grupamentos específicos de mercado que respondem de maneira semelhante a estímulos mercadológicos." (REZENDE, 1980:204).
É obrigatório e indispensável mencionar os dados necessários à identificação
da fonte de onde a citação foi extraída, respeitando-se, desta forma, os direitos
autorais. Exige-se rigor máximo na aplicação dessas normas, quando se tratar de
publicação técnico-científica.
Sistemas de chamadas de citações:
As citações podem ser indicadas no texto através de duas opções de sistema:
numérico ou autor-data. A princípio, deve-se adotar o método recomendado pela
publicação onde se pretende ter o trabalho publicado. Uma vez adotado um dos
métodos, deve-se segui-lo de forma consistente, ao longo de todo o trabalho.
Sistema numérico:
As indicações das fontes de citações são efetuadas por numeração única e
consecutiva para todo o documento ou para cada capítulo. Não se deve recomeçar a
numeração a cada página. A numeração no texto deve ser feita, preferencialmente,
com os números situados ligeiramente acima da linha do texto, em tipo menor do
que o utilizado no texto e ao final da citação (os modernos sistemas de edição de
textos já dispõem dessa forma). As outras opções compreendem colocar o número
entre parênteses ou entre colchetes.
EXEMPLO:
Conforme disse GATES (1999): "Nosso objetivo não era fazer dinheiro com as
vendas da IBM, e sim licenciar o uso do MS-DOS a outros fabricantes de
computadores..." ou (27) ou [27].
25
A descrição completa referenciada dos dados da fonte deverá estar situada
ou na mesma página, em forma de notas de rodapé ou ao final de cada capítulo ou,
ainda, ao final do texto. São preferidas na própria página pela facilidade que trazem
ao leitor.
Esse sistema pressupõe que a listagem de citações já possua numeração
definitiva, uma vez que inserções posteriores exigem mudanças em toda a
numeração. Esse problema não existe quando se utiliza um sistema moderno de
edição de texto, onde a numeração muda automaticamente à medida que citações
forem incluídas, excluídas ou mudadas de local.
Sistema autor-data:
A indicação da fonte citada é feita pelo sobrenome do autor ou nome da
instituição responsável ou, ainda, pelo título de entrada, seguido do ano de
publicação do documento e da página. As opções possíveis para a utilização do
sistema autor-data compreendem:
1. quando o nome do autor faz parte integrante do texto, menciona-se, entre
parênteses, a ano da publicação citada, seguida de dois pontos e a(s) página(s)
onde está localizado o texto na obra, logo após o nome do autor.
EXEMPLO:
1. Como aponta MATTAR (1994: 45), a pesquisa exploratória...
2. a indicação da fonte entre parênteses pode suceder à citação, para evitar
interrupção na seqüência do texto, e compreende: nome do autor, vírgula, ano da
publicação da obra, dois pontos e página(s) onde está localizada a informação
citada.
EXEMPLO:
26
Vários trabalhos têm apoiado as constatações empíricas descritas
(CAMPONAR, 1990: 43 a 49; GRISI, 1991: 75; JONES, 1994: 227 e 228). Observe
que os autores são citados em ordem crescente de ano: 1990, 1991, 1994.
3. Em se tratando de entidades coletivas conhecidas por sigla, deve-se citar o
nome por extenso, acompanhado da sigla na primeira citação e, a partir daí, usar
apenas a sigla.
EXEMPLO:
A Tabela 2 confirma os dados apresentados anteriormente (Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – FIBGE, 1975: 95 a 101). Em citações
subsequentes da mesma fonte, deve-se usar apenas a sigla: FIBGE (1995: 312 ou
(FIBGE, 1996: 47)
4. Quando se tratar de documento de autoria de órgão de administração direta do
governo, cuja referência bibliográfica se inicia pelo nome geográfico do país, estado
ou município, deve-se citar o nome geográfico seguido da data do documento.
As seguintes recomendações aplicam-se tanto às transcrições (citações
textuais) quanto às paráfrases (citações livres):
1. A primeira citação de uma obra deve ter sua referência bibliográfica completa
(vide neste texto o item referências bibliográficas).
2. As subsequentes citações da mesma obra podem ser referenciadas (tanto
para notas de rodapé quanto de final de texto) de forma abreviada, desde que não
haja referências intercaladas de outras obras do mesmo autor e quando fizerem
referência às notas de uma mesma página ou em páginas confrontantes. É muito
comum nas notas de rodapé o uso de termos, expressões e abreviaturas latinas,
embora devam ser evitadas, uma vez que dificultam a leitura. Em alguns casos, é
preferível repetir tantas vezes quantas forem necessárias as indicações
bibliográficas. As expressões latinas utilizadas e se significado são as seguintes:
27
· apud – citado por, conforme, segundo;
· ibidem ou ibid. – na mesma obra;
· idem ou id. – igual à anterior;
· opus citatum ou op. cit. – obra citada;
· passim – aqui e ali;
· sequentia ou et seq. – seguinte ou que se segue;
· loc. cit. – no lugar citado;
· C.f. – confira.
1. Quando houver coincidência de sobrenomes de autores, acrescentar as iniciais
de seus pré-nomes.
EXEMPLO:
AZEVEDO, C. (1999: 45) e AZEVEDO, M. (2002: 105);
2. Quando se tratar de vários trabalhos de um mesmo autor, escritos em anos
diferentes, cita-se o sobrenome de autor, seguido do ano entre parênteses; para
citação de vários trabalhos de um mesmo autor escritos no mesmo ano, usam-se
letras minúsculas acompanhando a data para diferenciar as obras.
EXEMPLOS:
MATTAR (1991: 45; 1994a: 123; 1996: 26) encontrou uma forte correlação entre
ocupação e renda...
MATTAR (1994b: 14) faz referências a novas abordagens sobre estratos sociais;...
28
3. Quando se tratar de documentos sem data, citar a expressão s.d., entre
parênteses.
EXEMPLO:
NANDES (s.d.);
4. Quando houver necessidade de suprimir parte de uma citação, no início ou
no final do trecho, usam-se reticências nesses locais; quando se suprimirem
partes intermediárias, usam-se reticências entre colchetes.
EXEMPLOS:
"...o objetivo da ciência não é somente aumentar o conhecimento, mas o de
aumentar as nossas possibilidades de continuar aumentando o conhecimento..."
(ACKOFF, 1971: 27);
"Recomenda-se expor os resultados das observações e experiências no passado
[...] para as generalidades ou para as referências a condições estáveis."(Rey, 1972:
37);
5. Quando se tratar de citação de textos em língua estrangeira, duas opções se
apresentam: transcrever a citação na língua original, traduzindo-a em nota de
rodapé ou traduzir diretamente no texto e indicar, em nota de rodapé, a língua do
documento original;
6. Quando o texto original foi traduzido pelo autor ou quando alterações foram
introduzidas no texto original (como grifar palavras para destacar alguma
passagem), a alteração do original deve ser indicada entre parênteses por uma das
expressões: tradução do autor, grifo nosso;
7. A citação de dados obtidos por informação oral (palestras, debates,
comunicações, aulas, seminários etc.) é indicada pela expressão "informação verbal"
entre parênteses e, em nota de rodapé, fornecer os dados disponíveis da fonte;
29
8. Os dados obtidos de trabalhos ainda não publicados ou em fase de pré-
publicação são citados seguidos das informações bibliográficas disponíveis (autor,
título, nome da instituição, data). Outra opção seria citar a fonte em nota de rodapé,
conforme já descrito anteriormente;
9. Erros gráficos ou de outra natureza, constantes do texto original, devem ser
reproduzidos e deverão ser indicados pela expressão latina (sic) que significa que
assim estava no original.
EXEMPLO: "...foi-lhes informado que o pagamento poderia se dar insuavis (sic)...";
Notas de rodapé:
As notas de rodapé podem ser bibliográficas ou explicativas e têm por
finalidade:
a. Indicar a fonte de onde foi tirada uma citação, permitindo a comprovação ou
ampliação do conhecimento pelo leitor, incluindo comunicação pessoal, trabalhos
não-publicados e originais não-consultados, mas citados em outras fontes;
b. Inserir no trabalho considerações complementares que onerariam,
desnecessariamente, o desenvolvimento do texto, mas úteis ao seu
aprofundamento;
c. Apresentar a versão original ou a tradução de alguma citação, quando se fizer
necessária a comparação de textos;
d. Definir conceitos e termos utilizados; e
e. Apresentar passagens completas de onde se tirou a citação.
Para chamar as notas de rodapé usa-se a mesma sistemática apresentada
para as citações, ou seja, a numeração no texto deve ser feita, preferencialmente,
com os números situados ligeiramente acima da linha do texto, em tipo menor do
30
que o utilizado no texto, e no ponto do texto onde se deseja incluir a nota de rodapé
(os modernos sistemas de edição de textos já dispõem dessa forma). As outras
opções compreendem colocar o número entre parênteses ou entre colchetes. Usam-
se algarismos arábicos, na entrelinha superior sem parênteses, com numeração
consecutiva para cada capítulo ou parte. Quando as notas de rodapé forem poucas
(até três por página) e não se referirem a indicação de fontes de citações, poderão
ser utilizados asteriscos para chamada.
As notas de rodapé devem ser localizadas na margem inferior da mesma
página onde ocorre a chamada numérica recebida no texto. São separadas do texto
por um traço contínuo e impressas com caracteres menores do que o usado no
texto.
As notas de indicação bibliográfica devem seguir a mesma orientação das
normas utilizadas para referências bibliográficas.
Referências bibliográficas:
Segundo a Norma ABNT: 6023: agosto/2002 – O termo que determina “O
conjunto padronizado de elementos descritos retirados de um documento, que
permite sua identificação individual”. É apenas o termo “Referência”. Abolindo
o termo “Referências bibliográficas”, para Monografias, Dissertações e Teses.
No entanto, a Instituição pode ou não adotar esses termos para trabalhos
acadêmicos.
Conceito: Referência bibliográfica é um conjunto de elementos que permite a
identificação, no todo ou em parte, de documentos impressos ou registrados em
diversos tipos de materiais.
Localização: As referências bibliográficas podem estar localizadas em: notas de
rodapé, notas de fim de texto e em lista bibliográfica, no fim do texto. Quando em
notas de rodapé ou notas de fim de texto, as referências bibliográficas seguem as
mesmas normas já apresentadas no item "notas de rodapé", deste texto. Nesses
dois casos, a numeração deverá ser iniciada e concluída a cada capítulo, seguindo a
numeração a ordem em que a referência aparece no texto, e deverá ser constada a
página de onde foi colhida. Quando em lista bibliográfica no final do texto, a relação
31
das obras deverá ser apresentada em ordem alfabética pelo último sobrenome; não
haverá necessidade de constar a página, já que conta no texto.
EXEMPLOS:
ALEXANDRE, F., DIOGO, J.; Didáctica da Geografia - Contributos para uma
educação no ambiente, Colecção “Educação Hoje”, Texto Editora, Lisboa –
Portugal, 1990.
GRYNSZPAN, D.; Educação em saúde e educação ambiental: uma experiência
integradora. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.15, p.133-138, 1999.
ODUM, E. P.; Ecology: a bridge between science and society. Sunderland,
Massachusetts: Sinauer Associates, Inc., 1997.
SILVA, M.O.C.; ANGELA, H.L.; TOZZETTI, D.S.; SEGURA, R.; Posse responsável de cães e gatos no município de Garça/SP. Revista Científica eletrônica de Medicina Veterinária, Rio de Janeiro, ano III, n.06, jan.2006.
TIEZZI, E.; Tempos históricos, tempos biológicos - a Terra ou a morte: os
problemas de uma nova ecologia. São Paulo: Livraria Nobel S.A., 1988.
32
NORMAS ABNT
SEGUNDO MODULO
ÍNDICE
ELEMENTOS PARA ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA............................. 36
FORMAS DE APRESENTAÇÃO.................................................................... 49
TEXTO............................................................................................................. 52
CITAÇÕES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................... 58
PÓS-TEXTO................................................................................................... 61
REGRAS PARA ELABORAÇÃO DE TABELAS E FIGURAS........................ 68
33
Neste módulo, você vai aprender, com detalhes, como desenvolver monografias.
1. ELEMENTOS PARA ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA
Capa
Folha de rosto
Dedicatória (opcional)
Agradecimentos (opcional)
Epígrafe (opcional)
Lista de figuras
Lista de tabelas
Resumo em português
Resumo em inglês (Abstract)
Sumário
Introdução
Revisão da literatura
Material e Métodos (somente em trabalhos experimentais)
Resultados (somente em trabalhos experimentais)
Discussão (somente em trabalhos experimentais)
Conclusões
Bibliografia (para monografias)
Referências Bibliográficas (para trabalhos experimentais)
Anexos
1.1.Capa
Elemento obrigatório que deve conter:
Nome do aluno ou alunos (fonte 14, caixa alta)
Título (fonte 14, caixa alta)
Subtítulo (se houver) (fonte 12, caixa alta)
Local de publicação (fonte 12, caixa alta)
Data de publicação (fonte 12, caixa alta)
Nome do aluno
Título
34
Subtítulo
Nome da cidade
(ano)
como numerar um documento científico?
Conforme a NBR14724/2002 todas as folhas do trabalho, a partir da folha de
rosto, devem ser contadas seqüencialmente, mas não numeradas. A numeração é
colocada a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no
canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo
a 2 cm da borda direita da folha . No caso de o trabalho ser constituído de mais de
um volume, deve ser mantida uma única seqüência de numeração das folhas, do
primeiro ao último volume. Havendo apêndice e anexo, as suas folhas devem ser
numeradas de maneira continua e sua paginação deve dar seguimento à do texto
principal.
35
EXEMPLO DE CAPA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁSESCOLA DE VETERINÁRIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS ANTI-Leptospira spp. E ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA INFECÇÃO EM BOVINOS DO ESTADO DE GOIÁS
Fulano de talOrientadora: Prof. Dr...
GOIÂNIA2008
36
1.2. Folha de rosto
- nome do aluno (fonte 14, caixa alta)
- título do relatório (fonte 14, caixa alta)
- subtítulo (se houver) (fonte 12 , caixa alta)
- nome da Instituição e área (s) de concentração do estágio (fonte 12)
- orientador da monografia (fonte 14 , caixa alta)
- supervisor de estágio supervisionado (fonte 14 , caixa alta)
- local de publicação (fonte 12, caixa alta)
- data de publicação (fonte 12, caixa alta)
EXEMPLO:
Trabalho apresentado à Coordenação de Pós Graduação, curso de Medicina
Veterinária – Universidade Federal de Goiás – UFG, para obtenção do título em
Especialização latu sensu em Educação Ambiental.
37
EXEMPLO DE FOLHA DE ROSTO
FULANO DE TAL
PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS ANTI-Leptospira spp. E ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA INFECÇÃO EM BOVINOS DO ESTADO DE GOIÁS
Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciência Animal junto ao Programa de Pós Graduação em Ciência animal da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás
Área de concentração:Sanidade Animal
Linha de Pesquisa:Enfermidades de importância em saúde pública
Orientadora:Prof. Dr.
Comitê de Orientação:Prof. Dr. Prof. Dr.
GOIÂNIA2008
38
1.3. Verso da folha de rosto
No verso da folha de rosto deve constar a Ficha Catalográfica, como segue
abaixo:
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
(GPT/BC/UFG)
Tal, fulano de.M357p Prevalência de anticorpos anti-Leptospira spp. e aspectos
epidemiológicos da infecção em bovinos do estado de Goiás[manuscrito]
/ Fulano de tal – 2008. xiii, 72f. : il. ; figs., tabs.
Orientador: Prof. Dr. Fulano de tal .
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Goiás, Escola de Veterinária, 2008.
Bibliografia: f.63-72. Inclui listas de figuras, quadros e de tabelas. Anexos.
1. Lepitospirose em bovinos – Goiás [Estado] 2. Leptospira
spp 3. Bovino – Doenças - Goiás [Estado] 3. Soroepidemiologia
5. Soroaglutinação microscópica – Técnica I. Silva, Márcia de
Sasntana II. Universidade Federal de Goiás, Escola de Veterinária.
III. Título.
CDU : 636.2:616.986.7(817.3)
1.4 Dedicatória
Elemento opcional, onde o aluno presta homenagem às pessoas que
contribuíram para elaboração do trabalho. É colocado logo após a folha de
aprovação.
39
1.5. Agradecimento(s)
Elemento opcional, onde o aluno agradece às pessoas que contribuíram para
elaboração do trabalho. É colocado logo após a dedicatória.
1.6 Epígrafe (pensamento)
Elemento opcional onde o aluno, apresenta uma citação, seguida da
indicação do autor. É colocado após os agradecimentos.
1.7 Resumo
Elemento obrigatório, constituído de um relato do assunto (definição,
sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenção) escrito em parágrafo único, sem
citação de autores, não ultrapassando 250 palavras, seguido no final da folha das
palavras-chave (no mínimo 4 palavras, fonte 12). Deve conter, após 03 espaços de
1,5 cm /parágrafo as Palavras – chaves, 03 a 06 palavras, ex.:
RESUMO
EXEMPLO:
A Paralisia Periódica Hipercalêmica é uma doença muito discutida em cavalos
Quarto de Milha. Desde as primeiras descrições da doença, o assunto tornou-se
obrigatório, uma vez que afeta a linhagem de um dos maiores garanhões de todos
os tempos dentro da raça quarto de milha (QM), com ramificações também nas
raças Appaloosa e Paint Horse . Publicações recentes falam em uma incidência de
cerca de 0,4% sobre todos os QM do mundo, sendo que, só no Brasil calcula-se que
80% dos animais de conformação tenham no seu pedigree sangue da linhagem
afetada. Por volta de 1985, já surgiam relatos de uma doença distinta das demais
até então conhecidas e que provocava franqueza muscular e tremores em
determinados animais, porém desconhecendo-se exatamente qual a causa do
problema.
Palavras-chaves: Paralisia, hipercalemia, eqüinos.
40
1.8. Abstract
Devem ser listadas as divisões, subdivisões dos capítulos, partes ou seções ,
seguidas das numerações das páginas correspondentes, na ordem que as mesmas
se sucedem no decorrer do trabalho (fonte 12). Quanto as palavras-chaves deve ser
colocado – Key words – nas mesmas condições acima.
1.9 Lista de Figuras, lista de tabelas, lista de abreviaturas e siglas, lista de
símbolos.
lista de ilustrações (desenho, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos,
mapas) com número e título da ilustração, seguida da página. A lista de tabelas deve
ser feita constando o número e nome da tabela, seguida da página. A lista de
abreviaturas, deve ser colocada em ordem alfabética , seguida do significado da
sigla. A lista de símbolos deve ser elaborada de acordo com a ordem que aparece
no texto, com o devido significado (fonte 12). Os elementos devem ter suas
designações citadas em MAIÚSCULAS – FIGURA 1; TABELA 10.
Lista de Figuras
EXEMPLO
Figura 1 Mapa do estado de Goiás dividido em três regiões segundo a atividade principal de exploração do rebanho bovino para o estudo de prevalência de anticorpos anti-Leptospira spp.............................. 21
Figura 2 Prevalência de resultados positivos no teste de SAM por amostras, propriedade e município nos três estratos amostrais, Estado de Goiás................................................................................................. 32
Lista de Tabelas
EXEMPLO
Tabela 1 Prevalência de anticorpos anti-Leptospira spp. no teste de SAM em 4571 amostras de soro bovino de 715 proriedades e 213 municípios, por sorovar, Estado de Goiás..................................................................................................
30
Tabela 2 Prevalência de anticorpos anti-Leptospira spp., por sorovar, no estrato amostral um, de produção predominantemente de corte, Estado de Goiás............................................................................ 33
41
1.10 Sumário
Observar a formatação para margens superiores e inferiores e
direita/esquerda para colocação do tópico – SUMÁRIO em maiúsculas, centralizado
e com caixa alta – 14. Após, 3 espaços com entrelinhas 1,5 para inicio da colocação
dos itens e componentes do trabalho e paginação.
Exemplo de sumário
SUMÁRIO
RESUMO............................................................................................................. xiiABSTRACT......................................................................................................... xiii1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 12 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 32.1 Leptospirose bovina: a enfermidade e seus impactos........................... 32.2 Leptospirose bovina no Brasil.................................................................. 152.3 Leptospirose bovina em Goiás................................................................. 173 OBJETIVOS......................................................................................................... 193.1 Objetivo geral................................................................................................... 193.2 Objetivos específicos...................................................................................... 194 MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................... 204.1 Região estudada.............................................................................................. 204.2 Coleta, remessa e armazenamento de amostras.........................................
21
4.3 Processamento laboratorial........................................................................... 224.4 Questionário..................................................................................................... 24
4.5 Variáveis explicadas........................................................................................ 25
4.6 Variáveis explicativas................................................................................. 25
4.7 Análise estatística...................................................................................... 285 RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................... 306 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................ 587 CONCLUSÕES............................................................................................... 62REFERÊNCIAS................................................................................................... 63ANEXOS.............................................................................................................. 71
1.11. Tema
O tema da monografia deve ser curto, porém objetivo, conciso e esclarecedor,
evitar títulos como: Cinomose, Cinomose Canina, Urolitíase, Andrologia Bovina,
APPCC e outros similares, preferir: Influência da cinomose canina no
desenvolvimento dentário em filhotes caninos; A cinomose em espécies não
canídeas; Relação da urolitíase em felinos e a dieta; entre outros.
42
1.12. Introdução
Nesse item deve ser abordada a importância do seu trabalho. Deve ser
apresentada uma visão geral do assunto abordado na monografia. Todos os pontos
fortes relacionados ao seu assunto devem ser relacionados, citados de modo a
convencer o leitor da importância do mesmo. Os dados são obrigatoriamente
oriundos de literatura e obrigatoriamente os autores citados no texto.
É na introdução que o autor informa ao leitor a importância de seu trabalho. É
aconselhável que o autor procure realizar esta parte com bastante atenção, a banca
examinadora (defesa) irá se interessar pelo trabalho nesta leitura inicial. Uma
introdução mal elaborada compromete a leitura do restante do trabalho.
Demonstrar com argumentos a necessidade de seu trabalho, assim como os
objetivos a serem alcançados, deste modo o último parágrafo deverá concentrar um
resumo dos argumentos de sua introdução para formarem a JUSTIFICATIVA de
seu trabalho e na seqüência colocar o OBJETIVO do trabalho, este, sendo de
autoria do aluno ou do grupo, não necessita de citações bibliográficas, MAS
SEMPRE ESCREVER, REDIGIR NO IMPESSOAL, O TRABALHO TODO, COM
TEXTO E LINGUAGEM TÉCNICA, NÃO EMPREGAR AS PRIMEIRAS PESSOAS –
eu, meu, nós, nosso e outros.
1.13 Revisão da Literatura
A revisão da literatura compreende consulta a livros, revistas científicas
(periódicos), artigos de internet (desde que referenciados com autoria). É uma
pesquisa onde o aluno deverá descrever sobre o assunto abordado na monografia,
de acordo com relatos de diferentes autores da literatura. Para citação dos autores
no texto, consultar os exemplos ao final deste, as normas de citação bibliográficas,
de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 1989).
1.14 Material e Métodos (incluir SOMENTE em caso de trabalho de pesquisa
científica)
43
Nesse item devem ser relatados o material tais como equipamentos
utilizados, incluindo quantidade, características, entre outros.
O planejamento experimental que foi utilizado, o local da realização do
ensaio, bem como os dados da empresa (região, porte, número de funcionários,
serviços prestados).
Os métodos utilizados para análises devem ser descritos detalhadamente,
para que um leitor possa repetir o seu trabalho (inclusive com referência bibliográfica
dos métodos).
1.15 Resultados
Deve apresentar de forma clara e concisa os resultados encontrados no
trabalho, sem considerar qualquer aspecto ou justificar o que seja, apenas devem
ser expressados e apresentados.
1.16 Discussão (incluir SOMENTE em caso de trabalho de pesquisa científica)
Deverá ser feita uma discussão sobre o assunto abordado em relação à
literatura consultada, não cabe nesse item a opinião do aluno.
1.17. Conclusões
Nesse item o aluno deve expor as conclusões sobre o tema abordado, pode
ser uma conclusão em parágrafos, não deve ser extensa.
EXEMPLO :
CONCLUSÕES
Diante dos resultados obtidos nas condições do presente estudo, pode-se
concluir que:
foi constatada elevada prevalência de anticorpos anti-Leptospira spp,;
foram detectadas respostas sorológicas mais prevalentes para determinados
sorovares, indicativos de sua maior importância na infecção dos rebanhos
amostrados;
44
a observação de taxas expressivas de infecção pelo sorovar Hardjo, cuja
principal forma de transmissão é de bovino para bovino, aponta para perdas
econômicas relacionadas a abortos, natimortalidade e mastites, quadro
presente em rebanhos do Estado;
a detecção de prevalência considerável de anticorpos contra os sorovares
Grippotyphosa e Shermani indica que os rebanhos bovinos estão sendo
expostos ao agente pelo contato com animais silvestres, além de roedores,
reservatórios destes sorovares;
1.18 Referências:
É necessário observar que a norma ABNT Nº 6023 de agosto/2002,
determina o termo “Referência” e abolindo o termo “Referências
bibliográficas”, para Monografias, Dissertações e Teses.
Apesar disso, muitas instituições de ensino superior ainda determinam:
Bibliografia para monografias e Referências Bibliográficas para
trabalhos experimentais.
Este elemento consiste em uma relação em ordem alfabética dos autores
consultados .Para citação das obras consultadas, o aluno deverá consultar normas
ao final deste documento, normas de citação bibliográficas, de acordo com a
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
1.19 Anexos
Os anexos são opcionais, compreendem notas, ilustrações, gráficos, fotos,
quando deslocados do texto e agrupados em item especial do trabalho, devem ser
descritos com a palavra ANEXO seguida de letras ou números na sequência em
que aparecem no texto.
Prefira a inserção de figuras, tabelas e outros ao longo do texto, sempre
“chamando” a figura, a tabela, o gráfico no texto, em parágrafo que o descreva ou o
mencione para somente depois colocar a figura, tabela ou gráfico. Exemplo:
EXEMPLO:
A sorologia pareada para parvovirose nos grupos de animais testados mostrou uma
variação de índices significativa, de acordo com a TABELA 1.
45
TABELA 1. XXXXXXXXXXXXXXX
Inserir tabela
Fonte
Ainda:
A sorologia pareada para parvovirose nos grupos de animais testados mostrou uma
variação de índices significativa (TABELA 1).
TABELA 1. XXXXXXXXXXXXXXX
Inserir tabela
Fonte
O mesmo para figuras e outros elementos.
2. FORMAS DE APRESENTAÇÃO
A apresentação dos trabalhos deve seguir as normas da ABNT aqui
propostas. Não serão admitidas outras formas de apresentação e/ou normas de
outras Instituições de Ensino Superior e/ou Departamentos.
2.1.Formato
O texto deve ser digitado em papel branco A4 (21 cm x 29,7 cm), com tinta
preta. Recomenda-se a utilização de fonte Arial, tamanho 12 para texto e 14 para
títulos e subtítulos, sendo títulos e subtítulos mantidos junto `a margem esquerda e
em negrito, e tamanho menor (10) para citações, notas de rodapé, paginação e
legendas das ilustrações e tabelas.
46
Os títulos deverão sempre estar em caixa alta – maiúsculas
EXEMPLO:
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DE LITERATURA
Os subtítulos devem iniciar em maiúsculas e serem continuados em caixa baixa –
minúsculas,
EXEMPLO:
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Anatomia e Fisiologia do Trato Genito-Urinário de Felinos
2.1.1. Características da Uretra na Fêmea Felina
2.2.Margem
As folhas devem apresentar margem esquerda e superior de 3 cm, direita e
inferior de 2 cm.
2.3. Espaçamento
Todo o texto deve ser digitado com espaço 1,5 de entrelinhas. As citações,
notas, legendas das ilustrações e tabelas, ficha catalográfica, natureza do trabalho,
objetivo, nome da Instituição e área de concentração devem ser digitados em
espaço simples. Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os
precede ou que os sucede por espaço duplo.
2.4 Paginação
Todas as folhas do trabalho a partir da folha de rosto devem ser contadas
seqüencialmente, mas numeradas em romanos minúsculos (i, ii, iii, iv etc). A
numeração é colocada, a partir da primeira folha da parte textual (introdução), em
47
algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior
direita da folha.
2.5. Siglas
Quando aparecem pela primeira vez no texto devem ser escritas por extenso,
seguida da abreviatura entre parênteses.
EXEMPLO:
Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), quando for falar novamente basta
colocar IBGE, o leitor já saberá a que se refere.
2.6. Ilustrações (fotos, desenhos, fluxogramas, mapas, gráficos, plantas)
As ilustrações devem ser designadas de figuras, com numeração seqüencial,
com legenda na parte inferior da ilustração. Os títulos de tabelas ou quadros devem
ser descritos na parte superior,precedidos da palavra tabela ou quadro com
numeração seqüencial, em algarismos arábicos. A autoria das ilustrações deve ser
indicada na parte inferior com a palavra FONTE: seguida do sobrenome do autor,
nome de entidade, ano e página. As ilustrações bem como suas legendas devem
figurar CENTRALIZADAS na folha em que estão inseridas. De acordo com o
demonstrado em ANEXOS, as ilustrações e tabelas devem ser “chamadas” no
texto, deste modo prefere-se a colocação destes elementos no texto, podendo
também serem colocados todos os elementos na forma de ANEXOS.
Figura 1. Reciclagem de papel. FONTE: SILVA, 2002
TABELA 1. NMP/ml de coliformes fecais isolados de amostras de leite in natura
Amostra Coliformes Fecais NMP*/mL
1 240 x105
2 < 300
3 110x 10 5
FONTE: SILVA, 2002
48
*NMP- Número Mais Provável
3. TEXTO
3.1. Normas para redação do texto
3.1.1. Aspectos gerais
Um dos aspectos mais importantes a serem considerados é a clareza e
objetividade do texto. Assim, não se deve tentar mostrar erudição ao redigir textos
com a ordem das frases invertidas, ou com o excessivo emprego de termos arcaicos
e pedantes. A leitura do texto deve fluir agradavelmente, sem ser enfadonho ao
leitor. O autor deve ser claro, direto, conciso e objetivo. É óbvio que essa
simplicidade não deve comprometer a qualidade do texto, nem tampouco justifica o
emprego de termos chulos, coloquiais ou mesmo gramaticalmente pobres.
Deve ser evitada a excessiva fragmentação do texto em parágrafos. Deve-se
ter em mente que um parágrafo nunca deve conter apenas uma frase. As frases, por
sua vez, não devem ser muito longas, sendo recomendável que ocupem não mais
do que cinco linhas.
Cabe ao leitor a decisão sobre o impacto dos resultados do trabalho redigido.
Deve-se evitar o uso de termos muito enfáticos, como "sensacional" ou
"espetacular", ou superlativos, como "preciosíssimo" ou "importantíssimo". Da
mesma forma, o uso de letras maiúsculas deve se restringir a nomes próprios. Não
se deve empregar maiúsculas com a finalidade de se destacar determinadas
palavras. Se os resultados do trabalho não forem realmente bons, não será uma
redação tendenciosa que os tornará mais valiosos.
O texto deve sempre ser escrito na terceira pessoa do singular. Por mais
pessoais que tenham sido os resultados obtidos, não devem ser empregadas
construções como "procuramos demonstrar que..." ou "meus resultados anteriores
sugerem que...".
3.1.2. Modismos
49
Devem ser evitados os modismos, que são expressões inexistentes no
português, ou mesmo existentes, mas usadas em sentido diferente ao original.
São exemplos dos modismos: abrir as comportas, administrar a vantagem, a
nível de, chocante, conquistar o espaço, correr atrás do prejuízo, deitar e rolar, em
grande estilo, em termos de, em última análise, entrar em rota de colisão, extrapolar,
imperdível, junto a, pano de fundo, praticar preços ou juros, receber sinal verde,
sentir firmeza e trocar farpas.
3.1.3. Neologismos
Deve-se ter cautela com os neologismos, sobretudo quando já existe uma
palavra em português para a expressar um termo de outro idioma, por exemplo,
deve-se evitar o texto foi deletado quando é possível escrever o texto foi apagado.
Quando houver a necessidade de empregar termos em línguas estrangeiras, eles
devem ser escritos em itálico. Por exemplo, "os indivíduos foram submetidos a
stress intenso...", "os animais receberam água ad libitum... ", "ele foi considerado
persona non grata... ", etc.
3.1.4. Nomes comerciais
Nomes comerciais ou marcas não devem ser mencionadas no texto. Nele
deve ser citado apenas o nome técnico correspondente e a marca comercial deve
ser citada em chamada de rodapé. Por exemplo, não mencione "Fanta Uva", use "
refrigerante a base de uva"; use "dipirona" no lugar de "Novalgina", etc.
3.2. Dicas de português
Acerca de. O mesmo que sobre, a respeito de (Poucos trabalhos foram
encontrados acerca deste assunto...). Note que se escreve junto. Quando escrito
separadamente (a cerca de), equivale a aproximadamente (As máquinas foram
posicionadas a cerca de 50 cm da parede...).
50
Anexado, anexo. Use anexado para expressar ação: Os resultados foram anexados
para melhor compreensão.... Use anexo como adjetivo: Os resultados anexos
mostram que....
A nível de. Modismo gramaticalmente incorreto. Nunca o use. Prefira em âmbito de
ou no plano de. O ideal, porém, é simplesmente suprimir e preferir, por exemplo, a
pesquisa foi feita no campo... ao invés de a pesquisa foi feita a nível de campo... ou
a abordagem foi experimental... ao invés de a abordagem foi a nível de
experimento....
Anti. Só é seguido de hífen se a palavra seguinte começar por h, r ou s (anti-
higiênico) ou for um nome próprio (anti-Collor). Nos demais casos, sem hífen
(anticorpo, antiofídico, etc.). A palavra que segue deve ser preferencialmente um
adjetivo (antibrucélico e não antibrucela).
Desvio padrão. O plural é desvios padrão.
Em termos de. Modismo gramaticalmente incorreto. Não use.
Este, esse, aquele ou isto, isso, aquilo. Usa-se este ou isto para designar pessoa ou
coisa próxima a quem fala: Esta casa é minha. / Isto me pertence. Usa-se esse ou
isso para designar pessoa ou coisa afastada de quem fala e próxima a um
interlocutor: Entregue-me essa arma. / Esse ano foi muito bom. Usa-se aquele ou
aquilo para designar pessoa ou coisa afastada de quem fala e de quem ouve: Você
viu aquilo? / Ninguém conhecia aquela técnica.
Etc. De acordo com o Acordo Ortográfico em vigor, apesar da expressão original (et
cetera) conter um "e", etc. deve sempre ser precedido de vírgula: Havia cães, gatos,
vacas, etc.
Expressar, exprimir. São sinônimos: Não tenho palavras para exprimir minha
gratidão. / Não tenho palavras para expressar minha gratidão. Use exprimido com
ter e haver: Os valores tinham exprimido o significado exato. Use expresso com ser
e estar: Os resultados são expressos em gramas. A mesma regra vale para vários
51
outros verbos: tinha (havia) prendido, foi (era) preso; tinha (havia) suspendido, foi
(era) suspenso; tinha (havia) pegado, foi (era) pego; etc.
Fazer, haver. No sentido de existir, devem sempre ser no singular: Faz dez anos que
não venho aqui./ Vai fazer seis meses que estamos nesta fase./ Havia cinco animais
naquele grupo experimental.
Há, a. Há exprime passado pode ser substituído por faz: As amostras foram colhidas
há (faz) dois meses. / Há (faz) muitos anos que nenhum autor refere este fato. A
exprime futuro e não pode ser substituído por faz: As amostras serão colhidas daqui
a dois meses. / Estamos a dois anos do fim do experimento.
Haver. Haver no sentido de existir é sempre escrito no singular: Havia (e não
haviam) muitas pessoas naquela área / Não houve (e não houveram) dúvidas após a
palestra.
Logaritmo. Com t mudo e sem acento. O adjetivo correspondente é logarítmico.
Mal, mau. Mal é o oposto de bem e mau é o oposto de bom: Os pacientes sentiram-
se mal (bem) após receberem a medicação. / A técnica utilizada apresentou um mau
(bom) rendimento.
Grama. Palavra masculina, inclusive derivados: um grama, dois miligramas, um
quilograma.
Nenhum, nem um. Nenhum é antônimo de algum: Não havia nenhuma referência
sobre esta técnica (Havia alguma referência...). Nem um deve ser empregado no
sentido de nem um só, nem um único ou nem um sequer: Estava tão cansado que
não quis tomar nem um copo d'água (sequer).
Nobel. Prêmio Nobel, sem acento, mas pronuncia-se Nobél.
Óptico, ótico. Óptico refere-se à visão, ótico refere-se à audição (otite é uma doença
auricular).
52
Por que, por quê, porque, porquê. Usa-se por que basicamente nas perguntas: Por
que a máquina não funcionou? Também é usado para expressar motivo ou razão:
Não se sabe por que (motivo) a máquina não funcionou. Usa-se por quê nos
mesmos casos anteriores, mas o termo fica no fim da frase: A máquina não
funcionou e não se sabe por quê. Usa-se porque quando equivale a pois: A máquina
não funcionou porque (pois) não estava bem regulada. Usa-se porquê como
substantivo: Não se sabe o porquê da máquina não ter funcionado.
Ratificar, retificar. Ratificar significa confirmar: Os resultados ratificaram a hipótese
inicial. Retificar significa corrigir: A técnica foi retificada de acordo com os autores
internacionais.
Ritmo. Com t mudo e sem acento. O adjetivo correspondente é rítmico.
Seção, secção, sessão, cessão. Seção significa divisão: Os indivíduos foram
agrupados em duas seções. Secção deve ser empregado no contexto de cortar: A
secção dos membros foi feita com serras elétricas. Sessão refere-se a uma reunião
ou espetáculo: A sessão do Congresso começou tardiamente. Cessão é o ato de
ceder: Houve a cessão de glebas a todos agricultores.
Sendo que. Recurso gramatical pobre e indesejado. Não use.
Tampouco, tão pouco. Use tampouco no lugar de também não: Não foram feitas
perguntas, tampouco (também não) foram tiradas fotografias. Use tão pouco quando
couber plural: Ele tinha tão pouco tempo. / Ele tinha tão poucos amigos.
Ter de, ter que. Dê preferência a ter de, para expressar necessidade: Os dados
tiveram de ser submetidos a dois tratamentos estatísticos.
Trás, traz. Trás tem contexto de posterior: Os líderes ficaram para trás. Traz é flexão
do verbo trazer: A história lhe traz tristes lembranças.
Ver, vir. O verbo ver, no futuro do subjuntivo assume a forma vir: Quando ele vir isso
(e não "ver"). / Se eles virem os resultados (e não "verem"). / Só acreditaremos se
53
virmos tudo (e não "vermos"). Idem para os verbos derivados: quando ele previr (e
não "prever"), se nós revirmos (e não "revermos"), exceto para prover: se eu prover,
quando eles proverem.
Zero. Torna invariável a palavra que o segue: A temperatura chegou a zero grau (e
não "zero graus"). O experimento começou à zero hora (e não "zero horas"). No
caso de valor decimal, assume-se o plural: A temperatura chegou a 1,5 graus.
4. CITAÇÕES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, BIBLIOGRAFIA
4.1. De acordo com o número de autores
Segundo BALSLEV (1996) algumas novas espécies têm mostrado características
diversas das anteriormente descritas.
Ex: um autor diretamente expresso na afirmação.
Algumas novas espécies têm mostrado características diversas das anteriormente
descritas (BALSLEV, 1996 ).
Ex: um autor indiretamente expresso na afirmação.
Segundo ALMEIDA & MONTEIRO (1992) algumas novas espécies tem mostrado
características diversas das anteriormente descritas.
Ex.: dois autores diretamente expressos na afirmação.
Algumas novas espécies têm mostrado características diversas das anteriormente
descritas. (ALMEIDA & MONTEIRO, 1992).
Ex: dois autores indiretamente expressos na afirmação.
54
De acordo com MOURA et al (1989) algumas novas espécies têm mostrado
características diversas das anteriormente descritas.
Ex: mais de três autores de um mesmo trabalho, citados diretamente na afirmação.
Algumas novas espécies têm mostrado características diversas das anteriormente
descritas. (MOURA et al, 1989).
Ex: mais de três autores de um mesmo trabalho, citados diretamente na afirmação.
MOURA et al (1989) e ALMEIDA & MONTEIRO (1992) descrevem novas espécies
com características muito distintas das anteriormente descritas.
Ex: dois trabalhos com autorias distintas sendo colocadas diretamente na afirmação.
Algumas novas espécies têm mostrados características diversas das anteriormente
descritas. (MOURA et al, 1989; ALMEIDA & MONTEIRO, 1992; FERREIRA, 2001).
Ex: dois trabalhos citados indiretamente na afirmação – respeite a ordem
cronológica e separe-os com “; “ ponto e vírgula)
MOURA et al (1989) citado por ALMEIDA & MONTEIRO (1992) descrevem espécies
com características distintas das anteriormente observadas.
Ex: citação de um autor/afirmação contida em um trabalho principal, muito comum
quando retiramos informação de um trabalho ou livro, de um determinado autor que
cita o primeiro, para poder aproveitar a informação e não atribuir erroneamente,
recomenda-se citar de acordo com o exposto acima.
Mais de uma citação
Os autores, ou conjunto de autores, devem ser mencionados sucessivamente, em
ordem de ano de publicação do assunto.
55
EXEMPLOS:
A desnutrição é uma das principais causas de mortalidade infantil (ALVES;
PENHA, 1989; GUIMARÃES, 1990; JONES et al., 1995).
Segundo GUIMARÃES (1990) e JONES et al. (1995), a desnutrição é uma das
principais causas de mortalidade infantil.
A desnutrição é uma das principais causas de mortalidade infantil (GUIMARÃES,
1990; JONES et al., 1995).
Casos especiais
Quando o mesmo autor tem duas citações no mesmo ano deve-se acrescentar uma
letra após o ano.
EXEMPLO:
Segundo GUIMARÃES (1990a, 1990b), a desnutrição é uma das principais
causas de mortalidade infantil.
Quando dois autores têm o mesmo sobrenome e a citação é do mesmo ano deve-se
acrescentar as iniciais do primeiro nome.
EXEMPLO:
Segundo GUIMARÃES, J. (1990) e GUIMARÃES, A. (1990), a desnutrição é uma
das principais causas de mortalidade infantil.
Quando se menciona uma citação de um autor que está contida em apenas uma
determinada página de um livro, isto é, não é o livro como um todo ou um de seus
capítulos, deve-se fazer a menção da página no corpo do texto e não nas
referências.
56
EXEMPLO:
Segundo GUIMARÃES (1990, p.546), a desnutrição é uma das principais causas de
mortalidade infantil.
Citado por
O termo citado por é usado para indicar uma referência que não foi lida
diretamente, tendo sido citada por outro autor. Seu uso deve ser feito com
parcimônia, isto é, poucas citações por trabalho e apenas quando o acesso ao
trabalho original for difícil, por exemplo, publicação antiga, periódico raro ou idioma
inacessível. O citado por deve aparecer apenas no corpo do texto, sendo citado nas
referências o trabalho em que ele foi citado.
EXEMPLO:
A Teoria Especial da Relatividade foi publicada no início do século (EISTEIN,
1905 citado por BRODY; BRODY, 1999).
5. PÓS-TEXTO
5.1. Regras para elaboração de referências bibliográficas
A NBR 6023 da ABNT (agosto 2002) fixa as regras para elaboração de
referências bibliográficas. São considerados vários tipos de publicações, como
revistas, anais, jornais, leis, etc. Neste texto, entretanto, iremos considerar apenas
as publicações mais usuais no meio acadêmico. Nos casos omissos, recomendamos
consultar diretamente a NBR 6023 da ABNT.
As referências devem ser alinhadas somente à margem esquerda, sem
nenhum recuo a partir da segunda linha, como era feito antigamente.
5.2. Periódicos
Devem conter os seguintes elementos:
57
Autor(es), em maiúsculas.
Título do artigo.
Título do periódico, em itálico ou sublinhado ou negrito.
Cidade da editora do periódico.
Volume, precedido por v.
Número, precedido por n.
Páginas, precedidas por p.
Mês da publicação (opcional).
Ano da publicação.
EXEMPLOS: Colocar em negrito o nome do periódico, revista ou jornal.
JÖRGEN, G.H.; BLUNIR, A.A.S.; LOPES, A.V. A New Method for Human Analysis.
Nature, London, v.456, n.8, p.234-238, 1987.
GOMES, A. Modelos matemáticos para cálculos estruturais. Revista Brasileira de
Engenharia Civil, Rio de Janeiro, v.12, p.123-125, set./out., 1999.
HIGGINS, D.A. Markers for T and B lymphocytes and their application to animals.
Veterinary Bulletin, London, v.51, n.12, p.925-963, 1981.
5.3. Livros
Devem conter os seguintes elementos:
Autor(es), em maiúsculas.
Título do livro, em itálico ou sublinhado ou negrito.
Edição do livro
Cidade da editora, seguida de dois pontos (":").
Nome da editora.
Ano da publicação.
Número total de páginas.
5.4. Livro como um todo
58
EXEMPLOS: colocar em negrito o título do livro
APPOLINARO, U.J. Procedimentos laboratoriais em patologia experimental. Rio
de Janeiro: Universidade Federal Fluminense, 1945. 125p.
VERO, L.K. Reprodução de eqüinos. 3.ed. São Paulo: Varela, 1987. 2v.
Obs.:
a) Note que a grafia correta é 3.ed. e não 3a. ed.
b) 987p. = 987 páginas no total
c) 2v = obra em dois volumes.
Parte do livro, sem autoria própria
VERO, L.K. Alterações hormonais durante a gestação. In: _______ Reprodução
de eqüinos. 3.ed. São Paulo: Varela, 2v. v.1, p.30-40, 1987.
APPOLINARO, U.J. Indutores de inflamação. In: ________ Procedimentos
laboratoriais em patologia experimental. Rio de Janeiro: Universidade Federal
Fluminense, p. 87-89, 1945.
Parte do livro, com autoria própria
MENDELSON, J.K. Alterações hormonais durante a gestação. In: VERO, L.K.
Reprodução de eqüinos. 3.ed. São Paulo: Varela, 2v. v.1, p.30-40, 1987.
JUNGHER, K.L. Indutores de inflamação. In: APPOLINARO, U.J. Procedimentos
laboratoriais em patologia experimental. Rio de Janeiro: Universidade Federal
Fluminense, p.87-89, 1945.
Eventos
Devem conter os seguintes elementos:
59
Autor(es), em maiúsculas.
Título do trabalho.
Nome do evento, em maiúsculas e precedido por "In:".
Número do evento.
Ano do evento.
Cidade em que se realizou o evento.
Referência da publicação, igual às normas para Livros (no caso de anais,
abstracts ou proceedings) ou Periódicos (quando o evento tiver sido publicado em
um periódico).
EXEMPLOS para eventos publicados na forma de anais:
PLINNER, T.R. As leituras diametralmente opostas do pensamento hegeliano.
In: ENCONTRO SULAMERICANO DE FILOSOFIA, 13., 1975, Brasília. Anais...
Brasília: Ass. Bras. Filosof., 1975. 879p. p.125.
GOMES, A.J.; PETER, L.K.P.; SILVANDO, P.A. Avaliação psicomotora em
pacientes com paraplegia motora. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
FISIOTERAPIA, 15., 1988, Gramado. Anais... Porto Alegre : Soc. Fisiot. Rio Grande
S, 1988. 421p. p.18.
Obs.: As reticências que seguem a palavra "Anais" indicam a supressão de parte do
título, pois seria desnecessário escrever "Anais do XV Congresso Brasileiro
Fisioterapia")
EXEMPLOS para eventos publicados em periódicos:
UNGER, M. Modelos de recuperação econômica na América Latina. In: SIMPÓSIO
BRASILEIRO DE ECONOMIA, 3., 1987, Caxambú. Revista Brasileira de
Economia, Rio de Janeiro, v.34, p.23-33, 1988.
WEIBLAN, W.Q.; RUNBER, I.O.; SMITH, A.P. Níveis séricos de enzimas musculares
em atletas após competições esportivas. In: ENCONTRO NACIONAL DE
60
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 1., 1998, Rio de Janeiro. Brazilian
Journal of Sports and Science, São Paulo, v.2, n.3, p.234-239, 1998.
5.5. Teses, dissertações e monografias
Devem conter os seguintes elementos:
Autor, em maiúsculas.
Título do trabalho, em itálico ou sublinhado ou negrito.
Ano que consta na capa.
Número de folhas.
Tipo de trabalho.
Descrição (entre parênteses).
Unidade e Instituição.
Cidade.
Ano da defesa.
EXEMPLOS:
ZAMBEL, C. O uso de métodos contábeis em pequenas empresas. 2002. 145f.
Monografia (Conclusão do curso de graduação em Ciências Contábeis) - Centro de
Ciências Exatas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.
TRUNCKMANN, A. Levantamento da abordagem arquitetônica das residências
de alto padrão em Santo André. 1967. 256f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura
Urbana) - Instituto de Arquitetura, Universidade Maria Antônia, Santo André, 1967.
APPOLINARO, U.J. Indução de processo inflamatório com carregenina em
hamsters. 1994. 187f. Tese (Doutorado em Patologia Experimental) - Faculdade de
Medicina Veterinária, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 1995.
5.6. Internet e CD-ROM
61
O uso da Internet como fonte de material bibliográfico tem crescido a cada
ano. Entretanto, apesar da sua comodidade, este tipo de material deve ser usado
com bastante parcimônia, devido a dois motivos: o primeiro é que se trata de
informação volátil, isto é, pode ser retirada da Internet a qualquer momento. O
segundo motivo é que não se trata de informação arbitrada, isto é, não foi submetida
a um consultor editorial, como ocorre nos periódicos.
A NBR 6023 recomenda que seja explicitado o endereço do site (URL) e a data de
acesso.
EXEMPLOS:
5.6.1. Internet
APPOLINARO, A.L. Casos de tuberculose na Bacia Amazônica. Disponível em
<http://www.saude.gov.br/tb>. Acesso em: 25 jan. 1998.
5.6.2. CD-ROM
GREEN, R.W. Sport and disease. New York: Lippincott-Raven, 1998. 1 CD-ROM.
5.7. Regras para abreviações de títulos de periódicos
A ABNT, através da NBR 6032, define regras para se criar abreviações. Algumas
destas regras são:
Não se abreviam palavras com menos de cinco letras.
Deve-se suprimir artigos e preposições.
Tipo do periódico abrevia-se com uma letra maiúscula (p.ex.: B. boletim, C.
correio, D. diário, F. Folha, G. gazeta, J. jornal, R. revista).
Substantivos abreviam-se com a primeira letra maiúscula e adjetivos em
minúscula, exceto para nomes de entidades (p.ex.: Revista Brasileira de Medicina
Veterinária = R. bras. Med. vet.; Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária = Soc.
Bras. Med. Vet.).
62
6. REGRAS PARA ELABORAÇÃO DE TABELAS E FIGURAS
6.1. Tabelas
A ABNT define normas para tabelas e figuras através das normas NBR 6029
e NBR 6822. Nestas normas, há uma distinção entre tabelas e quadros. As tabelas
apresentam informações tratadas estatisticamente e os quadros contêm informações
textuais agrupadas em colunas.
As tabelas e os quadros devem ser numerados seqüencialmente com
números arábicos e listadas no pré-texto. O título das tabelas deve ser objetivo. A
inclusão do ano e do local no título da tabela não é obrigatória e só deve ser feita
quando for necessário à compreensão dos dados tabulados. Não devem ser usadas
linhas verticais e as linhas horizontais devem se limitar ao cabeçalho e ao rodapé da
tabela.
EXEMPLO DE TABELA:
TABELA 1 – Prevalência de anticorpos anti-Leptospira spp., por sorovar,
no estrato amostral um, de produção predominantemente
de corte, Estado de Goiás
Estrato 1 positivas %co-aglutinação 421 44,50
Wolffi 143 15,12Hardjo 101 10,68
Grippotyphosa 84 8,88Shermani 57 6,03Pyrogenes 29 3,07Castellonis 28 2,96Australis 14 1,48Pomona 13 1,37
Tarassovi 13 1,37Hebdomadis 12 1,27
Canicola 12 1,27Bratislava 9 0,95
Copenhageni 5 0,53Icterohaemorragiae 4 0,42
63
Total 945 100%
EXEMPLO DE QUADRO:
QUADRO 1 - Antígenos empregados na técnica de soroaglutinação microscópica (SAM),
segundo código, sorogrupo e sorovar, mantidos pelo Laboratório de Diagnóstico
de Leptospirose da Escola de Veterinária – UFG
Códi
go
Sorogrupo Sorovar Códi
go
Sorogrupo Sorovar
1-A Australis Australis 10-B Icterohaemorrhagiae Icterohaemorrhagiae
1-B Australis Bratislava 13 Pomona Pomona
2-A Autumnalis Autumnalis 14 Pyrogenes Pyrogenes
3 Ballum Castellonis 15-A Sejroe Hardjo
5 Canicola Canicola 15-B Sejroe Wolffi
8 Grippotyphosa Grippothyphosa 16 Shermani Shermani
7. Figuras
Segundo a ABNT, gráficos, diagramas, desenhos, fotografias, mapas, etc.,
devem ser tratados pela designação FIGURA. As figuras devem ser numeradas
seqüencialmente com números arábicos e listadas no pré-texto. O título da figura
deve ser colocada na sua parte inferior.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: referências : elaboração. Rio de Janeiro, ago. 2002.
CHIBENI, S. S.; O texto acadêmico. Disponível em http://www.unicamp.br/~chibeni/texdid/textoacademico.pdf. Acesso em 23/04/2010
RIBEIRO, L.F. Regras básicas para apresentação formal de trabalhos. Sistema de bibliotecas da UEL, Nov./2008.Disponível em: http://www.uel.br/bc/servicos_apostila_normalizacao.pdf. Acesso em 23/04/2010.
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