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6º CONAHPA – João Pessoa – PB – 04 a 06 de setembro de 2013
Cor, Forma e Estilo de desenho: um estudo exploratório sobre as preferências de crianças surdas
Color, Shape and Drawing Style: an exploratory study about deaf children preferences
Juliana BUENO1
Laura Sánchez GARCÍA2 Universidade Federal do Paraná/UFPR
Vânia Ribas ULBRICHT 3 Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC
Resumo Há uma carência de pesquisas que objetivam saber como os recursos visuais podem contribuir para o ensino-aprendizagem do público surdo. Este trabalho relata uma investigação realizada junto a 15 crianças surdas, para saber de suas preferências em relação à cor, forma e estilo de desenho. A pesquisa foi bibliográfica e exploratória tendo como finalidade utilizar os resultados obtidos na elaboração de materiais gráficos que visem principalmente o letramento dos surdos, em um contexto de ensino bilíngue. Palavras-chave: Cor. Forma. Estilo de desenho. Crianças surdas. Abstract There is a lack of researches that have the objective to know how visual resources can contribute to the teaching-learning of the deaf audience. This work reports an investigation on 15 deaf children, to know their preferences regarding color, shape and drawing style. The research was bibliographic and exploratory and aims to use the results obtained in the development of didactics materials aimed primarily to the deaf literacy, in a context of bilingual education. Keywords: Color. Shape. Drawing style. Deaf children.
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1. Introdução
O contexto atual e a exigência da acessibilidade dos sistemas de informação e do
design de artefatos para a inclusão social tornam necessárias investigações que aprofundem o
conhecimento específico sobre as formas pelas quais os surdos percebem a informação.
Sabe-se que os surdos apresentam habilidades visuais diferenciadas dos ouvintes
(ULBRICHT et al., 2011), a sua acuidade visual periférica é maior, ou seja, eles processam
mais informações além do seus campo de visão central.
Diversas pesquisas também indicam que os surdos têm diferentes, e muitas vezes
aprimoradas, estratégias de busca visual (DYE et al., 2008). E no que diz respeito ainda, à
relação entre a surdez e as habilidades cognitivo-visuais, diversos autores apontam para a
existência de indicativos de que a experiência com uma língua de sinais faz com que os
surdos possuam características e estratégias específicas, quando analisados determinados
aspectos visuais, especialmente naqueles considerados de alto nível como o reconhecimento
facial (MCCULLOUGH & EMMOREY, 1997), transformação, rotação e visualização em
representações mentais (EMMOREY, KOSSLYN, BELLUGI, 1993), completude gestáltica
(SIPLE et al. 1978), construção e transformação de objetos (BELLUGI, POIZNER, KLIMA,
1989), memória relativa a formas apresentadas simultaneamente (TODMAN &
SEEDHOUSE, 1994).
Infelizmente, mesmo com tantas investigações acerca da potencialidade visual do
surdo, os resultados das pesquisas ainda são pouco explorados como estratégia pedagógica no
ensino-aprendizagem para este público. Também não há em geral, pesquisas exploratórias
que investiguem até onde o uso de elementos gráficos é eficaz ou se torna um elemento
distrator no momento do aprendizado. De forma análoga, não há pesquisas que investiguem
se os fundamentos do design visual para materiais destinados ao público infantil em geral, se
aplicam também ao público infantil surdo.
Isto é crítico, pois se sabe que o uso da imagem como recurso didático é muito
importante no contexto pedagógico seja de ouvintes, seja de surdos. Mas para os surdos, o
visual é imprescindível, ele necessita de muita imagem para aprender (MARTINS, 2005),
tanto para aprender a sua língua materna (no contexto de Brasil, a Língua Brasileira de Sinais,
a Libras), quanto para aprender a ler todo o contexto de mundo à sua volta. Logo, “entende-se
que tanto aulas expositivas, como materiais didáticos, devem ter o apoio do recurso da
imagem de forma eficiente, servindo como referência ao significado de muitas palavras e
conceitos” (ULBRICHT et al., 2011, p.146). Mas como produzir materiais pedagógicos
eficientes para o público infantil surdo?
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Este trabalho, apesar de ser um estudo inicial, visa contribuir para minimizar as
lacunas apresentadas. Para tanto, na busca por identificar instrumentos facilitadores do
aprendizado por crianças surdas, foram realizadas duas pesquisas: uma bibliográfica e outra
de campo.
A pesquisa bibliográfica levanta questões relativas ao letramento de surdos, visto que
este é o contexto pedagógico mais indicado na atualidade para o público em questão e que
atenta ao fato de se trabalhar em conjunto o texto e a imagem. Na sequência, faz-se um
apanhado sobre a cor e a forma para o público infantil e os diferentes estilos de desenho.
Em seguida, apresenta-se um estudo de campo no qual se investigou as preferências
do público infantil surdo para cor, forma e estilo de desenho baseados nos testes
desenvolvidos por França&Spinillo (2006a e 2006b) e comparam-se os resultados ao que a
literatura propõe como preferências gerais.
2. Fundamentação Teórica – Letramento Visual aplicado no ensino aprendizagem dos surdos
A hipótese inicial de leitura para a criança surda deve acontecer pelo “casamento”
entre as imagens e os textos. Nos materiais específicos para o letramento da criança surda,
independentemente de sua natureza, é importante que sejam oferecidos textos interessantes e
ricos em imagens, com apelo visual (FERNANDES, 2006). A mesma autora afirma que a
leitura de imagens e a sua relação com o conhecimento prévio da criança permitem o
despertar da atenção e do interesse pelas possíveis mensagens que o texto veicula.
Capovilla (2005) também atesta a importância da leitura visual. Segundo suas
pesquisas, a leitura do surdo é totalmente dependente de mecanismos visuais diretos de
reconhecimento e de acesso ao significado.
Para Sofiato (2005), a imagem tem um importante papel no processo educacional. A
autora afirma que o uso e o significado da imagem no contexto educacional dá origem à
escrita e que desde muito cedo se aprende a ler imagens ou mensagens visuais. Continuando a
autora ressalta a relevância da linguagem visual no processo de construção da linguagem
(leitura e escrita). Surge assim a ideia de “letramento visual” onde a base para aprendizado da
criança está na leitura e interpretação de imagens e, dada a característica visual da língua de
sinais, isto deve se fazer presente no processo de escolarização dos surdos.
No campo do design, o letramento visual é a habilidade de interpretar a informação
visualmente apresentadas com base na premissa de que imagens podem ser lidas, e que seu
significado pode ser decodificado por meio de um processo de leitura. Segundo estes autores,
as habilidades a serem desenvolvidas são: observar, identificar detalhes, compreender as
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relações visuais, pensar, analisar criticamente, criar e comunicar criativamente por meio de
recursos imagéticos (KRESS et al., 2001).
Os recursos imagéticos devem ser diversificados: infográficos, diagramas, mapas
mentais, fotografias, ilustrações, diagramas conceituais, arte e hipertextos são alguns
exemplos. Acerca ainda do tema letramento visual, Green (2002) sugere a aplicação de três
dimensões no contexto das imagens e educação nos estudos da relação entre imagens e
sociedade: a dimensão afetiva, a composicional e a crítica.
Mirzoeff (1999) advoga que existe um impacto inicial à primeira vista em uma
imagem que um texto escrito nunca poderá provocar. No contexto das mídias de comunicação
visual de apoio ao aprendizado, o autor afirma que o ensino baseado na aplicação de imagens
visuais apoiadas em uma tradição estruturalista; ou baseada somente em palavras nega o
elemento que torna o imageamento de qualquer tipo diferenciado em relação a textos em
geral, que é o imediatismo sensitivo.
2.1 Cor e Forma
As cores e formas possuem caráter afetivo e comunicativo (DANGER, 1973;
FARINA, 2006; GUIMARÃES, 2000; PEDROSA, 2002) e as crianças começam a aprender e
se interessar pelas cores e formas na fase pré-escolar.
Para Danger (1973), muitas preferências sobre as cores se baseiam em associações ou
experiências agradáveis. A cor muda de uma cultura para outra, assim as cores carregam
conotações diferentes em sociedades diferentes (FRASER & BANKS, 2010; LUPTON &
PHILIPS, 2008).
Segundo Farina (2006), as crianças em geral, preferem as cores na sequência:
vermelho, amarelo e verde, filtrando apenas 10% da cor azul. Isto indica uma predileção do
público infantil para as cores quentes. A preferência pelo azul aumenta com a idade. Mas,
assim como o amarelo esverdeado não atrai, o excesso de vermelho pode incomodar e até
irritar uma criança. Logo, deve ser aplicado apenas em detalhes. Geralmente, o público
infantil prefere cores chamativas ou da moda.
Para desenhar a criança utiliza formas simples como o quadrado, o círculo, o
triângulo, signos em “V”, entre outros. Tais formas combinadas geram outras figuras do
vocabulário infantil que quase sempre remetem a sol, casa e bonecos. A partir de desenhos a
criança expressa o que vê e o que sente. Desenhar também a ajuda a aprender a ler e a
escrever.
Mais tarde, na idade escolar, sob influência do adulto, ela começa a se interessar pelo
significado do desenho. Ligada ao desenvolvimento da função simbólica na criança, a
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evolução do desenho está relacionada à evolução da linguagem e da escrita Na medida em
que a criança vai tomando conhecimento do mundo letrado, mostra quase sempre uma
diminuição na produção gráfica, já que a escrita - considerada matéria mais séria - passa então
a ser concorrente do desenho. Em contrapartida, com a escrita a criança descobre novas
possibilidades gráficas (MEREDIEU, 1974).
2.2 Estilo de desenho
Segundo SANDRONI (1987), há pontos fundamentais para se compreender a
importância da imagem nos livros infantis: as ilustrações incluem detalhes que enriquecem a
imaginação infantil e contribuem para o desenvolvimento intelectual do leitor. O livro
ilustrado pode projetar o indivíduo em um mundo de imaginação e devaneio, importante para
a estimulação da expressão criadora. A variedade de ilustrações, desde que seja de boa
qualidade, aguça a percepção, desenvolve a observação, além de que as ilustrações permitem
à criança interpretações que sejam exclusivamente delas.
Os parâmetros descritos a seguir fazem parte das considerações feitas por
França&Spinillo (2006b), que desenvolveu uma análise criteriosa sobre as ilustrações
encontradas nos livros infantis, seguindo parâmetros para classificação de estilos de desenho
infantil baseado no sistema de polos originários dos estudos de Clive Ashwin (1979).
Traço: o traço pode ser analisado a partir de dois polos, o orgânico e o geométrico. O
traço orgânico é mais irregular e nodoso, gestual, impreciso e limitado por curvas livres,
sugerindo fluidez e crescimento. O traço geométrico é mais definido, preciso, e suas bordas
são paralelas.
Preenchimento: o preenchimento possui dois polos, um sendo a cor chapada e o
outro a textura. As cores chapadas são aquelas de superfícies lisas, sem efeitos e utilizadas de
maneira uniforme. A textura é um tipo de preenchimento mais decorado e mais trabalhado, na
maioria das vezes empregada na tentativa de imitar as texturas reais e naturais. Há, ainda, o
intermediário, que pode ser exemplificado a partir do degrade, pois apesar de ser uma
superfície lisa, possui efeito de coloração.
Contexto: o contexto é composto por dois polos, o total e o ausente. Um contexto
total é aquele em que o tema é mais explorado, detalhado e complexo. No contexto ausente o
tema é explorado de forma mais sutil e com menos embasamento referencial. No
intermediário ora tende ao total ora ao ausente.
Naturalismo: O naturalismo segundo Ashwin (1979), diz respeito à natureza realista
dos objetos. Logo, os desenhos compreendidos no polo naturalista não apresentam
ambiguidade e a sua estrutura interna e proporção correspondem à realidade. Os não
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naturalistas correspondem à representação de objetos, pessoas, animais e outros, sem seguir
suas leis de estrutura e proporção. A área intermediária dos polos apresenta estas
características de forma mais suave e intermediária.
Desta maneira, seguindo os estilos de desenho encontrado nos livros infantis
França&Spinillo (2006b) sintetizaram cada estilo e os representaram com uma ilustração:
Estilo gestual: contexto ausente, cores chapadas, não naturalismo e traço orgânico
(Figura 1).
Figura 1: Sintetização do estilo gestual.
Fonte: França&Spinillo, 2006b.
Estilo retilíneo: contexto híbrido ou ausente, cores chapadas ou híbridas, naturalismo ou híbrido e traços geométricos ou híbridos (Figura 2).
Figura 2: Sintetização do estilo retilíneo.
Fonte: França&Spinillo, 2006b.
Estilo híbrido: contexto total, texturas, naturalismo e traço híbrido (Figura 3).
Figura 3: Sintetização do estilo híbrido.
Fonte: França&Spinillo, 2006b.
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3. Estudo de Campo
A investigação preliminar adotou como população 15 crianças surdas, com idades
entre 4 e 11 anos, com grau de escolaridade que varia da Educação Infantil ao 4º ano do
Ensino Fundamental e que utilizam a Libras como forma de comunicação. Todas as crianças
são alunas de uma Escola Municipal de Educação de Surdos, localizada na Região
Metropolitana de Curitiba.
Para a realização da pesquisa, partiu-se de estudos experimentais de preferência para
cor, forma e estilo de desenho desenvolvidos por França&Spinillo (2006a e 2006b) e
readaptou-se a proposta dos estudos, de forma que os mesmos testes pudessem ser aplicados
tendo como ferramenta o computador. Então, foi implementado um ambiente em HTML, o
qual pode ser acessado pelo link: pvtestes.c3sl.ufpr.br. E também, com o intuito dos testes
poderem ser replicados futuramente em outras escolas, o ambiente teve como requisitos:
exigência mínima em hardware e banda larga de internet.
Para testar a preferência da cor (vermelho, amarelo e verde) fez-se um vídeo com um
intérprete fluente em Libras que explicava à criança que ela deveria clicar com o mouse na
sua cor preferida. Na sequência as cores: vermelho, amarelo e verde (em ordem randômica) se
apresentavam na tela (Figura 4).
Figura 4: Exemplo das telas do teste de preferência de cor.
Fonte: Autoria própria, 2013.
De forma análoga para testar a preferência de forma (triângulo, quadrado e círculo),
fez-se outro vídeo com um intérprete fluente em Libras, que dava as instruções iguais as
anteriores. Aparecendo na tela (em ordem randômica) um triângulo, um quadrado e um
círculo ela deveria clicar com o mouse em cima da forma que mais gosta (Figura 5).
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Figura 5: Exemplo das telas do teste de preferência de forma.
Fonte: Autoria própria, 2013.
Finalmente, fez-se a pesquisa para avaliar a preferência de estilo de desenho (gestual,
retilíneo e híbrido) entre crianças surdas. Novamente um vídeo em Libras explica a criança o
procedimento que deve realizar. A ilustração de três elefantes, realizadas de forma distinta
surge na tela de forma randômica e que ela deve clicar com o mouse em cima da ilustração
que mais gosta (Figura 6).
Figura 6: Exemplo das telas do teste de preferência de estilo de desenho.
Fonte: Autoria própria, 2013.
3.1 Resultados e Discussão
Os testes com os 15 participantes (8 meninos e 7 meninas) ocorreram durante uma
hora e dentro do laboratório da própria escola. Como todas as crianças tinham um
conhecimento prévio de Libras, os testes foram facilmente compreendidos por todos os
participantes. Vale ressaltar que as crianças com maior conhecimento em Libras, que não
necessariamente são as de maior idade, tiveram uma maior autonomia para efetuar suas
escolhas no computador.
Os resultados foram avaliados de forma geral, ou seja, não há distinção de gênero,
idade ou série escolar.
Teste de preferência de cor: 46,6% das crianças participantes teve preferência pela
cor vermelha, seguido de 40% preferiu a cor verde e 13,3% escolheu a cor amarela.
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Este resultado foi interessante, pois contradiz o que a literatura em geral diz que é a
preferência infantil: vermelho, amarelo e verde (Farina, 2006). No caso das crianças surdas, a
cor verde é a segunda na preferência.
Teste de preferência de forma: 60% das crianças participantes prefere o triângulo,
26,6% prefere o quadrado e apenas 13,3% prefere o círculo.
Tal resultado poderia levantar uma discussão sobre os aspectos afetivos e psicológicos
das formas em concordância com os aspectos emocionais e psicológicos do público surdo.
Teste de preferência de estilo de desenho: 53,3% das crianças participantes prefere
o estilo híbrido, 26,6% prefere o estilo retilíneo e 20% teve preferência pelo estilo gestual.
Infere-se que o público infantil surdo tem uma preferência por ilustrações que sejam
mais condizentes com os seus respectivos referentes.
4. Conclusões
Como foi enfatizado, é necessária uma maior investigação a respeito do design visual
aplicado ao contexto de ensino-aprendizagem de crianças surdas. Não há estudos que provem
que leis de designs tidos como gerais são também aplicáveis para o público em questão.
Em um estudo de campo, investigou-se a preferência de 15 crianças surdas quanto à
cor, forma e estilo de desenho. Dos resultados, já se extraiu que as crianças preferem a cor
vermelha, seguida da cor verde, e por terceiro, o amarelo. Este resultado já contradiz o que a
literatura (FARINA, 2006) cita como ordem geral de preferência: vermelho, amarelo e verde.
60% dos participantes escolheram o triângulo como sua forma preferida e isto pode ser mais
bem investigado, atribuindo valores afetivos e psicológicos para as escolhas das formas. E
mais da metade dos participantes teve preferência pelo estilo de desenho híbrido, mostrando
uma forte tendência à preferência por ilustrações mais realistas.
Obviamente, este estudo preliminar levantou algumas hipóteses que devem ser
aferidas por uma amostra maior de participantes surdos. Futuramente, também deve ser
efetuado um estudo comparativo com resultados dos mesmos testes aplicados com crianças
ouvintes. Mas supõe-se inicialmente que, os resultados das preferências do público surdo
tendem a serem diferentes das do público ouvinte. Sugere-se que tais preferências visuais dos
surdos sejam levadas em consideração, durante a elaboração de materiais gráficos destinados
ao seu letramento.
5. Referências
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