18 DOMINGO, 8 de maro de 2015
INFNCIAwww.diariodominho.pt Dirio do Minho
As Crianas so parte fundamental de todas as sociedades. Portanto, devem ter maior protagonismo nas cidades e nos meios de comunicao. Por esse motivo, o Dirio do Minho e a Associao Civil Soy Nio, Sou Criana desenvolvem este espao para e junto da infncia do Minho.
Todos os sistemas evoluem e mudam, tambm as relaes. Assim acontece com a natureza que vai se transformando e com ela a criana. A cidade e a vila com todos seus valores naturais, culturais, histricos, paisagsticos e sociais, so e devem ser parte do seu universo de aprendizagem. Se elas tm autonomia para explorar, sentir, e socializar-se o entorno ser o continente e contedo de seu ser (Santos, 2008). A identidade construda nesses processos, um bem precioso a protegerTalvez por isso, as crianas gostam da amizade, do afeto, da interao para no esquecer que o tempo passa e que de mltiplas formas e significados, desejam aproveitar a vida e a melhor forma brincando.
CONVERSAS GIGANTESSOBRE, PARA E COM AS CRIANAS
Grcia Rodrguez e Leonardo de Albuquerque Estudantes de Doutoramento em Estudos da Criana Instituto de Educao Universidade do Minho. Coordenadores da pgina Conversas Gigantes e da Associao Soy Nio, Sou Criana.
MEU CAMINHO ESCOLA
Av, ontem em meu percurso escola imaginei quantas voltas deu a terra desde a ltima vez que te vi! Quanto vento passou sobre nossas cabeas! Quantos passarinhos a voar visitaram-me imaginando teu olhar! Quantas vezes o clima por aqui j foi vero, outono, in-verno e primavera. Hoje, por em quanto, os dias seguem frios e muitas vezes nublados, chuvosos... outras vezes tristes e escuros. Mas estou com os amigos na escola. Es-tou com saudade de ti. Gosto de imaginar-te comigo an-dando de novo, brincando e escutando tuas histrias O Projeto de Educomunicao, Ambiente e Cidadania Infantil , com apoio do Municpio de Ponte de Lima con-tinua a procurar as ideias, sentimentos e aes criativas das crianas. Desta vez, junto as turmas dos 4. anos das Escolas Bsicas de Arcozelo e Refoios. Com elas temos refletido sobre a vida e os caminhos que percorrem
Para uma criana a qualidade de um caminho escola, por exemplo, um universo que ser parte de suas razes, valores e lembranas, o marco significativo de suas memorias a longo prazo, de sua identidade e sentido de pertena. O caminho, para elas, j a esco-la porque uma escola tambm o mundo, a cidade, o rio, a montanha, o teatro, a rua, o mercado pblico, uma gota de orvalho, umas folhas em decomposio, uma floresta, uma praa, uma biblioteca, a mo de uma av. Toda essa travessia onde as crianas se aventuram a sentir, pensar, tocar, refletir, associar... Infelizmente, quando perdem-se dia a dia os ecossistemas naturais tambm limitam-se as grandes oportunidades de sen-sibilizar o ser das crianas.
A vida micro e macro, de todo aquele enredo visvel e invisvel que est no complexo laboratrio natural e contido no interior dos ecossistemas naturais, so mais que paisagens. Tudo est interligado, interde-pendente e determina a vida do planeta e com ele, de ns como espcie.
As escolas e as universidades, centros de pensa-mento e conhecimento, precisam vibrar e sentir com os livros ms tambm com a base da vida como expe-rincia porque educar mais que transferir conhe-cimento (Freire, 1996). Ainda bem que as crianas no se limitam a adaptar-se passivamente e a apren-der da cultura que est a sua volta. Elas participam ativamente nas rotinas que se lhes oferecem no seu contexto social (Gaitn, 2006). Sua versatilidade e criatividade demonstram-se mais uma vez, em suas aes, quando so capazes de aproveitar a vida (pala-vras de Leonardo, 9 anos) embora estejam submetidas a tantas horas dentro das aulas, muito ocupadas, com a agenda preenchida de presses. Por isso brincam, brincam e brincam entretanto so crianas porque como diz Leonardo (9 anos) uma seca viver como no mundo adulto.
BIBLIOGRAFIA: SILVA, Alberto Ndio (2011) Jogos, Brin-quedos e Brincadeiras. Trajetos Intergeracionais. Vila Verde: Edio ATAHCA. SANTOS, Milton (2008). Tcnica, Espao, Tempo. So Paulo: Edusp. /FREIRE, Paulo (1996). Pedagogia da Autonomia: espao necessrio para prtica educativa. So Paulo: Ed. Paz e Terra / GAITN, Lourdes (2006). Socio-loga de la Infancia. Madrid, Editorial Sintesis.
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Ilustrao: Letcia Antunes
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SOY NIO, SOU CRIANCA Organizamos laboratrios de formao em Educomunicao, Ambiente e Cidadania com as crianas. As crianas investigam, escrevem, gravam, propem, observam, partilham, dialogam, opinam e debatem sobre temas de interesse. Suas histrias e desenhos, revelam seus pensamentos e sentimentos, um conhecimento que alimenta o conte-do desta pgina e participaes na rdio. So opinies que recriam seu universo particular e sua determinao para contribuir com a sociedade. Workshops por marcao. Contactos: 968 102 539 [email protected]
COMO APROVEITAR A VIDA?
H vrias maneiras de aproveitar a vida. Os bebes apro-veitam a vida dormindo, comendo e fazendo pequenas brincadeiras. As crianas aproveitam a vida brincando, comendo, indo escola, estando com os pais. Os adultos tm formas estranhas de aproveitar a vida. Eles gostam de ir trabalhar para ganharem dinheiro e gostam de cozinhar, mas tambm gostam de passar tempo com os seus filhos. Os mais velhos como por exemplo, os meus bisavs apro-veitam a vida dormindo.
Eu, e os meus amigos Diogo, Iara e Samuel, somos uns brincalhes, por isso a nossa maneira de aproveitar a vida a jogar futebol, apanhadinhas, s escondidinhas e andar no escorrega. Ns temos de brincar agora que somos pequenos, porque a forma dos adultos aproveitarem a vida uma seca.
Texto de Leonardo Silva, 9 anos (Centro Educativo de Arcozelo)
CRIANAS E A NATUREZAAs crianas gostam muito da natureza. A natureza mui-
to importante. As crianas vivem na natureza, brincam e di-vertem-se muito. Elas tm o cuidado que no haja poluio, incndios A natureza o nosso mundo. As pessoas tam-bm fazem parte dela. Ela ir ficar triste se houver guerra, as pessoas tm que se dar bem, e alis a guerra faz poluio.
A VIDA SEM PLSTICO Ol! Eu sou o lpis de madeira e tu quem s? - Eu sou
o lpis de plstico. - Lpis de plstico de onde vens? -Eu venho do petrleo e tu? - Venho da natureza. De repente apareceram dois copos a discutir porque um era de plstico e outro de vidro. Ol eu sou o copo de plstico e tu? Eu sou o copo de vidro, de onde vens? Eu venho do petrleo e tu? Eu venho da natureza.
Todo o mundo pode viver sem plstico. Gostamos desta histria porque todos as pessoas do planeta terra devem sa-ber distinguir o plstico das outras coisas.
Texto de Leandro, Beatriz, Joo Paulo e Diogo - 9 anos (Centro Educativo de Arcozelo)
Texto de Snia Gomes, Letcia Antunes, Luciana Amorim e Joo Pedro Silva - 9 anos (Escola de Refoios do Lima)
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