UNIVERSIDADE DE LISBOA
FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
CONSISTÊNCIA DE CLASSIFICAÇÕES MACROSCÓPICAS
DE SONDAGENS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS
Pedro Nuno Santiago Jordão
Mestrado em Geologia Aplicada
Área de Especialização de Geologia de Engenharia
2012
UNIVERSIDADE DE LISBOA
FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
CONSISTÊNCIA DE CLASSIFICAÇÕES MACROSCÓPICAS
DE SONDAGENS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS
Dissertação apresentada à Faculdade de Ciência da Universidade de Lisboa,
para a obtenção do Grau de Mestre em Geologia Aplicada na especialidade de
Geologia de Engenharia
Pedro Nuno Santiago Jordão
Orientador: Prof. Doutor Fernando Silva da Fonseca Marques
Mestrado em Geologia Aplicada
Área de Especialização de Geologia de Engenharia
2012
vii
Agradecimentos
Nos tempos que correm, é comum assumir-se que tudo o que precisamos está
virtualmente ao alcance de um “click”, graças à mais-valia que é hoje a internet, na nossa
vida em geral, e especificamente, no desenvolvimento de uma Tese de Mestrado. E sem
prejuízo da enorme importância que a internet tem, como meio de pesquisa e
comunicação, no desenvolvimento de um trabalho desta natureza, a verdade é que sem a
participação activa de pessoas, este trabalho não teria sido possível.
Agradeço por isso, genericamente, a todas as pessoas com quem falei, discuti, e revi
aspectos do trabalho, ao telefone, por mail, via skype, ou em presença. Pessoas que, por
vezes do outro lado do mundo, disponibilizaram o seu precioso tempo e conhecimento, em
prol deste estudo. Pessoas que, desde o início, demonstraram interesse em participar e
conhecer as conclusões do estudo, contribuindo dessa forma, decisivamente, para a minha
motivação ao longo das diversas etapas deste trabalho, que procurei, fizesse jus, não só à
importância que este tema merece em termos técnicos, como a todo o tempo que foi por
todos dispensado.
Aos técnicos que “arriscaram” participar neste estudo, classificando as duas sondagens
que lhe serviram de base, participação sem a qual este trabalho não teria sido possível (P.
Rodrigues, C. Gonçalves, P. Ferreira, S. Paisana, M. Santos, N. Oliveira, N. Rodrigues, N.
Nogueira, S. Brito, P. Nunes, V. Pinto e D. Gabriel).
À Empresa Tecnasol FGE, na pessoa do Engº Pedro Lopes, pela disponibilização das
duas sondagens utilizadas neste trabalho, bem como, por todo o apoio logístico prestado
durante o processo.
À International Society of Rock Mechanics (ISRM), a disponibilização das versões originais
de “Suggested Methods” relativas a “Basic Geotechnical Description of Rock Masses”.
Aos Professores Isabel Moitinho, Gabriel Almeida e Costa Pereira, que se disponibilizaram
para participar neste estudo, produzindo em conjunto uma classificação para cada
sondagem, contribuindo assim para a valorização deste trabalho.
Ao Professor Fernando Marques, meu Orientador de Tese, o apoio prestado desde a
concepção e definição das linhas gerais deste estudo, até à revisão dos objectivos e
estratégia do mesmo, bem como, a necessária revisão final do texto, de que resultaram
pertinentes observações e sugestões de melhoria, contribuindo naturalmente para a
valorização global do trabalho.
viii
Ao colega e amigo Jorge Costa da Tecnasol FGE, pelo apoio no desenvolvimento de
alguns gráficos, e pelo acompanhamento dos técnicos convidados, ao local onde se
encontravam dispostas as caixas de sondagens.
Aos meus pais e aos meus irmãos, Sara e Marco, por todo o apoio e incentivo que me
deram durante todo o mestrado e por terem sempre acreditado.
Aos meus colegas de Mestrado, pelas estimulantes trocas de impressões e conhecimento,
sempre profícuas.
À minha amiga, e sogra, Rosa Gomes, pela grande ajuda que foi na atenção dada e tempo
dedicado aos meus “tesourinhos”, Leonor e Carlota, para que a minha dedicação a este
trabalho pudesse ser a adequada.
Aos familiares e amigos, cujo nome não é discriminado nestas linhas, mas que de alguma
forma contribuíram para a realização deste trabalho, pelo apoio moral e incentivo.
E, claro, à minha sensacional esposa, amiga e companheira de sempre, que sempre
acreditou em mim, e tudo fez para tornar possível este trabalho apesar do tempo que ele
requereu, e que provavelmente nunca saberá, porque não lhe conseguirei explicar, a
importância basilar que foi e é, na minha vida pessoal, familiar e profissional… obrigado
Sarinha.
Índice
ix
Índice geral
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................................ VII
ÍNDICE GERAL ...................................................................................................................................... IX
ÍNDICE DE FIGURAS ............................................................................................................................ XI
ÍNDICE DE QUADROS ........................................................................................................................XIV
RESUMO .............................................................................................................................................XVII
ABSTRACT ....................................................................................................................................... XVIII
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 1
2. OBJECTIVO ........................................................................................................................................ 3
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PROCEDIMENTOS ........................................................................ 5
3.1 ASPECTOS GERAIS ........................................................................................................................... 5 3.2 ESTRATIGRAFIA ................................................................................................................................ 6 3.3 LITOLOGIA ........................................................................................................................................ 7 3.4 GRANULARIDADE ............................................................................................................................ 10 3.5 COR .............................................................................................................................................. 13 3.6 ESTADO DE ALTERAÇÃO .................................................................................................................. 15 3.7 ESTADO DE FRACTURAÇÃO ............................................................................................................. 16 3.8 PERCENTAGEM DE RECUPERAÇÃO .................................................................................................. 17 3.9 ÍNDICE RQD (ROCK QUALITY DESIGNATION – DEERE ET AL 1967) ................................................... 18 3.10 OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES DE CARIZ GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO .......................................... 20
4. PRESSUPOSTOS ............................................................................................................................. 21
4.1 ASPECTOS GERAIS DE ENQUADRAMENTO DO ESTUDO ....................................................................... 21 4.2 METODOLOGIA ............................................................................................................................... 22 4.3 AMOSTRA ....................................................................................................................................... 22 4.4 TÉCNICOS ...................................................................................................................................... 26 4.5 CLASSIFICAÇÃO .............................................................................................................................. 26 4.6 NÃO RASTREABILIDADE DA AUTORIA DAS CLASSIFICAÇÕES ................................................................ 28 4.7 VERIFICAÇÃO DA INTEGRIDADE DA AMOSTRA .................................................................................... 28 4.8 VERIFICAÇÃO DA ESCALA DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA ................................................................... 32
5. ORGANIZAÇÃO DOS DADOS E METODOLOGIA ......................................................................... 37
5.1 DADOS........................................................................................................................................... 37 5.2 TABELAS RESUMO DA CLASSIFICAÇÃO.............................................................................................. 39 5.3 TABELAS RESUMO DO PARÂMETRO .................................................................................................. 41 5.4 TABELAS NUMÉRICAS DO PARÂMETRO E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA .................................................. 41 5.5 TABELAS DE CORRELAÇÃO - CONVERSÃO NUMÉRICA DOS DADOS..................................................... 43
5.5.1 Tabela de correlação – Parâmetro “Estratigrafia” ................................................................. 44 5.5.2 Tabela de correlação – Parâmetro “Litologia” ....................................................................... 45 5.5.3 Tabela de correlação – Parâmetro “Granularidade” ............................................................. 47 5.5.4 Tabela de correlação – Parâmetro “Cor” .............................................................................. 47 5.5.5 Tabela de correlação – Parâmetro “Alteração” ..................................................................... 49 5.5.6 Tabela de correlação – Parâmetro “Fracturação” ................................................................. 50 5.5.7 Tabela de correlação – Parâmetro “Percentagem de Recuperação” ................................... 50 5.5.8 Tabela de correlação – Parâmetro “RQD” ............................................................................ 51 5.5.9 Tabela de correlação – Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-geotécnico” ..................................................................................................................................... 51
6. PROCESSAMENTO DOS DADOS .................................................................................................. 55
6.1 TABELAS RESUMO DAS CLASSIFICAÇÕES .......................................................................................... 55 6.1.1 Sondagem S1........................................................................................................................ 55 6.1.2 Sondagem S2........................................................................................................................ 62
6.2 TABELAS RESUMO DO PARÂMETRO, TABELAS NUMÉRICAS DO PARÂMETRO E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
........................................................................................................................................................... 69
Índice
x
6.2.1 Sondagem S1........................................................................................................................ 70 6.2.1.1 Parâmetro “Estratigrafia” ............................................................................................................... 70 6.2.1.2 Parâmetro “Litologia” ..................................................................................................................... 71 6.2.1.3 Parâmetro “Granularidade” ............................................................................................................ 73 6.2.1.4 Parâmetro “Cor” ............................................................................................................................. 74 6.2.1.5 Parâmetro “Alteração” ................................................................................................................... 76 6.2.1.6 Parâmetro “Fracturação” ............................................................................................................... 78 6.2.1.7 Parâmetro “Percentagem de Recuperação” .................................................................................. 80 6.2.1.8 Parâmetro “RQD” ........................................................................................................................... 81 6.2.1.9 Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-geotécnico” .................................. 82
6.2.2 Sondagem S2........................................................................................................................ 84 6.2.2.1 Parâmetro “Estratigrafia” ............................................................................................................... 84 6.2.2.2 Parâmetro “Litologia” ..................................................................................................................... 86 6.2.2.3 Parâmetro “Granularidade” ............................................................................................................ 88 6.2.2.4 Parâmetro “Cor” ............................................................................................................................. 88 6.2.2.5 Parâmetro “Alteração” ................................................................................................................... 90 6.2.2.6 Parâmetro “Fracturação” ............................................................................................................... 92 6.2.2.7 Parâmetro “Percentagem de Recuperação” .................................................................................. 94 6.2.2.8 Parâmetro “RQD” ........................................................................................................................... 95 6.2.2.9 Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-geotécnico ................................... 96
7. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................................... 99
7.1 SONDAGEM S1 ............................................................................................................................... 99 7.1.1 Parâmetro “Estratigrafia” ....................................................................................................... 99 7.1.2 Parâmetro “Litologia” ........................................................................................................... 100 7.1.3 Parâmetro “Granularidade” ................................................................................................. 104 7.1.4 Parâmetro “Cor” .................................................................................................................. 107 7.1.5 Parâmetro “Alteração” ......................................................................................................... 109 7.1.6 Parâmetro “Fracturação” ..................................................................................................... 110 7.1.7 Parâmetro “Percentagem de recuperação” ........................................................................ 112 7.1.8 Parâmetro “RQD” ................................................................................................................ 115 7.1.9 Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-geotécnico” ...................... 120 7.1.10 Resumo da análise da sondagem S1 ............................................................................... 128
7.2 SONDAGEM S2 ............................................................................................................................. 130 7.2.1 Parâmetro “Estratigrafia” ..................................................................................................... 130 7.2.2 Parâmetro “Litologia” ........................................................................................................... 131 7.2.3 Parâmetro “Granularidade” ................................................................................................. 135 7.2.4 Parâmetro “Cor” .................................................................................................................. 135 7.2.5 Parâmetro “Alteração” ......................................................................................................... 137 7.2.6 Parâmetro “Fracturação” ..................................................................................................... 140 7.2.7 Parâmetro “Percentagem de recuperação” ........................................................................ 141 7.2.8 Parâmetro “RQD” ................................................................................................................ 145 7.2.9 Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-geotécnico” ...................... 147 7.2.10 Resumo da análise da sondagem S2 ............................................................................... 152
7.3 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS DAS DUAS SONDAGENS ............................................................... 154
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES ..................................................................... 161
9. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................... 171
10. ANEXOS ....................................................................................................................................... 175
Índice
xi
Índice de figuras
Figura 1 – Tabela cronostratigráfica adaptada da tabela cronostratigráfica internacional ..................... 7
Figura 2 – Classificação Triangular de Solos (Especificação LNEC E-219) ........................................... 8
Figura 3 – Principais tipos de rocha (retirado do sítio stone-network.com em MAI12)........................... 8
Figura 4 – Critérios de classificação para rochas sedimentares, subscritos pela ISRM (1980) ............. 9
Figura 5 – Critérios de classificação para rochas ígneas e metamórficas, subscritos pela ISRM (1980) ............................................................................................................................................................... 10
Figura 6 – Classificação Granulométrica de Solos (Especificação LNEC E-239) ................................ 11
Figura 7 – Tabela granulométrica da British Geological Survey ........................................................... 12
Figura 8 – Tabela de Wentworth para a granularidade de rochas sedimentares (Wentworth grade scale; 1922) ........................................................................................................................................... 13
Figura 9 – Excerto da Geological Rock-Color Chart (Munsell, 2009) ................................................... 14
Figura 10 – Critérios de classificação do estado de alteração das rochas proposto pela ISRM (1980) ............................................................................................................................................................... 15
Figura 11 – Critérios de classificação do estado de fracturação das rochas proposto pela ISRM (1980) ............................................................................................................................................................... 16
Figura 12 – Representação esquemática da forma de cálculo da percentagem de recuperação ....... 17
Figura 13 – Procedimento para medição e cálculo do RQD (segundo Deere, 1989)........................... 19
Figura 14 – Sondagem S1..................................................................................................................... 23
Figura 15 – Localização geral da sondagem S1 ................................................................................... 24
Figura 16 – Sondagem S2..................................................................................................................... 25
Figura 17 – Localização geral da sondagem S2 ................................................................................... 26
Figura 18 – Aspecto da amostra da sondagem S1 antes das classificações (27MAR12) ................... 29
Figura 19 – Aspecto da amostra da sondagem S1 depois das classificações (5JUN12) .................... 29
Figura 20 – Aspecto da amostra da sondagem S2 antes das classificações (27MAR12) ................... 31
Figura 21 – Aspecto da amostra da sondagem S1 depois das classificações (5JUN12) .................... 32
Figura 22 – Tabela Resumo do Parâmetro “percentagem de recuperação” com intervalos de introdução de dados de 0,5 m (classificações da sondagem S1) ......................................................... 33
Figura 23 – Tabela Resumo do Parâmetro “percentagem de recuperação” com intervalos de introdução de dados de 0,25 m (classificações da sondagem S1) ....................................................... 34
Figura 24 – Parâmetro “percentagem de recuperação” com intervalos de introdução de dados de 0,5 m ............................................................................................................................................................ 35
Figura 25 – Parâmetro “percentagem de recuperação” com intervalos de introdução de dados de 0,25 m ............................................................................................................................................................ 35
Figura 26 – Tabela Resumo da Classificação C1 S1 ........................................................................... 40
Figura 27 – Tabela Resumo do Parâmetro “alteração” da sondagem S2 ............................................ 41
Figura 28 – Tabelas relativas ao processamento do parâmetro “granularidade” (sondagem S1) ....... 42
Figura 29 – Variação da granularidade com a profundidade nas diferentes classificações da sondagem S1 ........................................................................................................................................ 43
Figura 30 – Tabela de correlação para o parâmetro “estratigrafia” na sondagem S1 .......................... 45
Figura 31 – Tabela de correlação para o parâmetro “estratigrafia” na sondagem S2 .......................... 45
Figura 32 – Tabela de correlação para o parâmetro “litologia” na sondagem S1 ................................. 46
Índice
xii
Figura 33 – Tabela de correlação para o parâmetro “litologia” na sondagem S1 ................................. 46
Figura 34 – Tabela de correlação para o parâmetro “granularidade” nas sondagens S1 e S2 ............ 47
Figura 35 – Tabela de correlação para o parâmetro “cor” na sondagem S1 ........................................ 48
Figura 36 – Tabela de correlação para o parâmetro “cor” na sondagem S2 ........................................ 48
Figura 37 – Tabela de correlação para o parâmetro “alteração” nas sondagens S1 e S2 ................... 49
Figura 38 – Tabela de correlação para o parâmetro “fracturação” nas sondagens S1 e S2 ................ 50
Figura 39 – Tabela de valores de percentagem de recuperação para representação gráfica nas sondagens S1 e S2 ............................................................................................................................... 50
Figura 40 – Tabela de valores RQD para representação gráfica nas sondagens S1 e S2 .................. 51
Figura 41 – Tabela de correlação para o parâmetro “observações complementares de cariz geológico-geotécnico” na sondagem S1 ................................................................................................................ 53
Figura 42 – Tabela de correlação para o parâmetro “observações complementares de cariz geológico-geotécnico” na sondagem S2 ................................................................................................................ 53
Figura 43 – Tabela Resumo da Classificação C1 S1 ........................................................................... 55
Figura 44 – Tabela Resumo da Classificação C2 S1 ........................................................................... 56
Figura 45 – Tabela Resumo da Classificação C3 S1 ........................................................................... 56
Figura 46 – Tabela Resumo da Classificação C4 S1 ........................................................................... 57
Figura 47 – Tabela Resumo da Classificação C5 S1 ........................................................................... 57
Figura 48 – Tabela Resumo da Classificação C6 S1 ........................................................................... 58
Figura 49 – Tabela Resumo da Classificação C7 S1 ........................................................................... 58
Figura 50 – Tabela Resumo da Classificação C8 S1 ........................................................................... 59
Figura 51 – Tabela Resumo da Classificação C9 S1 ........................................................................... 59
Figura 52 – Tabela Resumo da Classificação C10 S1 ......................................................................... 60
Figura 53 – Tabela Resumo da Classificação C11 S1 ......................................................................... 60
Figura 54 – Tabela Resumo da Classificação C12 S1 ......................................................................... 61
Figura 55 – Tabela Resumo da Classificação C13 S1 ......................................................................... 61
Figura 56 – Tabela Resumo da Classificação C14 S1 ......................................................................... 62
Figura 57 – Tabela Resumo da Classificação C1 S2 ........................................................................... 62
Figura 58 – Tabela Resumo da Classificação C2 S2 ........................................................................... 63
Figura 59 – Tabela Resumo da Classificação C3 S2 ........................................................................... 63
Figura 60 – Tabela Resumo da Classificação C4 S2 ........................................................................... 64
Figura 61 – Tabela Resumo da Classificação C5 S2 ........................................................................... 64
Figura 62 – Tabela Resumo da Classificação C6 S2 ........................................................................... 65
Figura 63 – Tabela Resumo da Classificação C7 S2 ........................................................................... 65
Figura 64 – Tabela Resumo da Classificação C8 S2 ........................................................................... 66
Figura 65 – Tabela Resumo da Classificação C9 S2 ........................................................................... 66
Figura 66 – Tabela Resumo da Classificação C10 S2 ......................................................................... 67
Figura 67 – Tabela Resumo da Classificação C11 S2 ......................................................................... 67
Figura 68 – Tabela Resumo da Classificação C12 S2 ......................................................................... 68
Figura 69 – Tabela Resumo da Classificação C13 S2 ......................................................................... 68
Figura 70 – Tabela Resumo da Classificação C14 S2 ......................................................................... 69
Índice
xiii
Figura 71 – Variação da “estratigrafia” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 ...... 71
Figura 72 – Variação da “litologia” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 ............. 72
Figura 73 – Variação da “granularidade” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 ... 74
Figura 74 – Variação da “cor” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 .................... 75
Figura 75 – Variação da “alteração” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 .......... 77
Figura 76 – Variação da “fracturação” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 ....... 79
Figura 77 – Variação da “percentagem de recuperação” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 ........................................................................................................................................ 80
Figura 78 – Variação do “índice RQD” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 ...... 81
Figura 79 – Variação das “observações complementares” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 ........................................................................................................................................ 83
Figura 80 – Variação da “estratigrafia” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 ...... 85
Figura 81 – Variação da “litologia” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 ............. 87
Figura 82 – Variação da “cor” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 .................... 89
Figura 83 – Variação da “alteração” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 .......... 91
Figura 84 – Variação da “fracturação” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 ....... 93
Figura 85 – Variação da “percentagem de recuperação” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 ........................................................................................................................................ 94
Figura 86 – Variação do “índice RQD” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 ...... 95
Figura 87 – Variação das “observações complementares” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 ........................................................................................................................................ 97
Figura 88 – Gráfico da percentagem de recuperação e fotografia de caixa de amostra da sondagem S1 ........................................................................................................................................................ 103
Figura 89 – Número de camadas individualizadas por classificação ................................................. 103
Figura 90 – Gráfico com a representação da espessura das camadas por classificação .................. 104
Figura 91 – Gráfico da percentagem de recuperação e fotografia de caixa de amostra da sondagem S1 ........................................................................................................................................................ 106
Figura 92 – Grupos de cores utilizados por classificação ................................................................... 108
Figura 93 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S1 (caixa 1) ............................................ 113
Figura 94 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S1 (caixa 2) ............................................ 113
Figura 95 – Excerto da Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro “RQD” ......................................... 119
Figura 96 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S1 (caixa 2) ............................................ 120
Figura 97 – Tabela Resumo do Parâmetro “litologia” da sondagem S1 (colorida) ............................. 124
Figura 98 – Representação das 27 zonas em que foram descritos “mais que 2 aspectos” ............... 127
Figura 99 – Variação dos “parâmetros” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 ... 129
Figura 100 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 1) .......................................... 133
Figura 101 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 3) .......................................... 133
Figura 102 – Número de camadas individualizadas por classificação ............................................... 134
Figura 103 – Gráfico com a representação da espessura das camadas por classificação ................ 134
Figura 104 – Grupos de cores utilizados por classificação ................................................................. 137
Figura 105 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 1) .......................................... 138
Figura 106 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 2) .......................................... 139
Índice
xiv
Figura 107 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 3) .......................................... 139
Figura 108 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 2) .......................................... 143
Figura 109 – Variação dos “parâmetros” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 . 154
Figura 110 – Gráficos do parâmetro “estratigrafia” de ambas as sondagens, S1 e S2 ...................... 154
Figura 111 – Gráficos do parâmetro “litologia” de ambas as sondagens, S1 e S2 ............................ 155
Figura 112 – Gráficos do parâmetro “granularidade” de ambas as sondagens, S1 e S2 .................. 155
Figura 113 – Gráficos do parâmetro “cor” de ambas as sondagens, S1 e S2 .................................... 156
Figura 114 – Gráficos do parâmetro “alteração” de ambas as sondagens, S1 e S2 .......................... 157
Figura 115 – Gráficos do parâmetro “fracturação” de ambas as sondagens, S1 e S2 ...................... 157
Figura 116 – Gráficos do parâmetro “percentagem de recuperação” de ambas as sondagens, S1 e S2 ............................................................................................................................................................. 158
Figura 117 – Gráficos do parâmetro “RQD” de ambas as sondagens, S1 e S2................................. 158
Figura 118 – Gráficos do parâmetro “observações complementares” de ambas as sondagens, S1 e S2 ........................................................................................................................................................ 159
Índice de quadros
Quadro 1 – Características gerais da sondagem S1 ............................................................................ 23
Quadro 2 – Características gerais da sondagem S2 ............................................................................ 24
Quadro 3 – Designação das sondagens em estudo ............................................................................. 27
Quadro 4 – Exemplos dos arredondamentos dos valores para processamento nos intervalos de introdução de dados .............................................................................................................................. 36
Quadro 5 – Dados possíveis para os parâmetros “granularidade”, “alteração”, “fracturação”, “percentagem de recuperação” e “RQD” ............................................................................................... 37
Quadro 6 – Exemplos de dados possíveis para os parâmetros “estratigrafia”, “litologia”, “cor” e “observações complementares de cariz geológico-geotécnico” ........................................................... 38
Quadro 7 – Exemplo da sistematização e organização dos dados de uma classificação ................... 39
Quadro 8 – Relação entre os comprimentos de amostra recuperada e o da manobra ...................... 114
Quadro 9 – Critérios usados nas classificações na definição do intervalo de cálculo do RQD .......... 117
Quadro 10 – Comprimento das amostras na manobra dos 9,0 m para os 10,5 m ............................. 119
Quadro 11 – Representatividade dos grupos de dados na globalidade da sondagem ...................... 124
Quadro 12 – Evolução da representatividade dos grupos de informação ao longo da sondagem .... 125
Quadro 13 – Frequência de utilização de “observações complementares de cariz geológico-geotécnico”, por classificação ............................................................................................................. 126
Quadro 14 – Representatividade dos vários grupos de informação ................................................... 128
Quadro 15 – Diferentes comprimentos de manobras e respectivos valores resultantes ................... 144
Quadro 16 – Representatividade dos grupos de informação na globalidade da sondagem .............. 150
Quadro 17 – Evolução da representatividade dos grupos de informação ao longo da sondagem .... 151
Quadro 18 – Frequência de utilização de “observações complementares de cariz geológico-geotécnico”, por classificação ............................................................................................................. 152
xv
Interpretation is necessary, and so, as Norbury et al. have
stated ‘strictly, there is no such thing as a “factual”
borehole log’.
C.R.I. Clayton, M.C. Mattews, N.E. Simons (2011)
Resumo
xvii
Resumo
Este estudo versa sobre a consistência das classificações macroscópicas de sondagens
geológico-geotécnicas, realizadas no âmbito da engenharia e construção civil. É do
conhecimento geral na comunidade geotécnica, que técnicos diferentes, produzem
normalmente classificações da mesma sondagem com “ligeiras diferenças”, sem que a
validade técnica ou representatividade da classificação seja comprometida. Aspectos como
a distinta sensibilidade ou experiência de cada técnico, a subjectividade dos próprios
critérios, bem como a grande variabilidade e complexidade dos termos em classificação
(solos e rochas), poderão estar na origem, individualmente ou em conjunto, de “ligeiras
diferenças” nas classificações.
Este trabalho pretende por isso estudar a consistência de classificações realizadas por
diferentes técnicos, sobre a mesma amostra, e existindo discrepâncias, perceber, em que
parâmetros e que possíveis factores poderão estar na sua origem.
A amostra deste estudo são duas sondagens, uma realizada em maciço terroso e outra em
maciço rochoso, com 13,5 m e 15,0 m de profundidade, respectivamente, que foram
classificadas de forma livre e individual por 13 técnicos, e por uma equipa de geólogos
seniores, associados à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Os dados deste estudo são as informações constantes nas classificações da amostra,
processados parâmetro a parâmetro, e classificados em escala numérica através de
tabelas de correlação desenvolvidas para o efeito. Os dados, já na forma numérica, são
representados e interpretados graficamente, parâmetro a parâmetro, analisando-se a sua
consistência.
Palavras chave: classificação, sondagens, geológico-geotécnica, parâmetros, critérios,
consistência
Resumo
xviii
Abstract
This paper is about the consistency of macroscopic classifications of geological-
geotechnical boreholes undertaken in the field of engineering and construction. In the
geotechnical community it is common knowledge that different experts tend to produce
“slightly different” classifications of the same borehole sample, without jeopardising their
technical validity or representativeness. Such factors as the particular experience and
sensitivity of each expert, the subjectivity of criteria, as well as the great variability and
complexity of the object of classification (soil and rocks) may, individually or combined, be
at the origin of such “slight differences” in classifications.
This work thus attempts to study the consistency of classifications produced by different
experts on the same sample and, where discrepancies exist, identify the factors and
parameters that may have caused them.
The sample used in this study consists of two boreholes, one made in soil material and the
other in rock material, 13.5 and 15.0 meters deep, respectively. They were classified by 13
experts working freely and individually and by a team of senior geologists linked to the
Faculdade de Ciências of Lisbon University.
The data used in this study is the information derived from the classifications of the sample.
Such data was then processed parameter by parameter and classified in a numerical scale
by means of correlation tables developed specifically to this effect. The data, in numerical
form, is then interpreted and represented graphically, parameter by parameter, and its
consistency is analysed.
Key words: classification, boreholes, geological-geotechnical, parameters, criteria,
consistency
Introdução
1
1. Introdução
A classificação macroscópica de sondagens geológico-geotécnicas constitui um dos
pontos de partida para qualquer projecto de engenharia minimamente fundamentado,
sendo frequentemente o ponto de partida da identificação e caracterização do maciço
interessado por uma Obra. Naturalmente, outros pontos de partida existem num projecto
de engenharia. Desde logo, a avaliação da relação custo/benefício, custo total, prazo,
exequibilidade, riscos de construção, garantia de qualidade de construção e longevidade
em exploração, cumprimento de legislação ambiental, entre outros. A classificação das
sondagens geotécnicas e a informação de base que destas advém, relaciona-se
sobremaneira com todos eles e possibilita a obtenção de informação de base valiosa.
Nesse sentido, reveste-se de especial importância a qualidade da classificação, não são só
pelos aspectos técnicos que se relacionam com a concepção da obra e respectivo projecto
de execução, mas também com os aspectos financeiros da construção e viabilidade do
empreendimento. Não faltam exemplos de obras necessárias, previstas e estudadas, cuja
execução nunca chegou a avançar devido ao reconhecimento atempado do contexto
geotécnico adverso, que implicaria trabalhos adicionais e sobrecustos elevados, que
comprometeriam fatalmente a fiabilidade financeira do projecto.
Em oposição, também não faltam exemplos de projectos que avançaram para execução,
por não haver nas fases de estudo prévio e ante-projecto informação de cariz geotécnico,
que perspectivasse desde logo as reais complicações, trabalhos adicionais e sobrecustos
na fase de obra, devido ao contexto geotécnico adverso, obras essas, comummente, com
prazos e custos globais consideravelmente superiores ao previsto. Acresce ainda que, no
âmbito dos estudos geológicos e geotécnicos, as sondagens constituem frequentemente o
elemento mais dispendioso, pelo que não faz qualquer sentido não procurar extrair destas
o máximo de informação útil possível.
Reveste-se pois de especial importância, a qualidade e representatividade da classificação
geológico-geotécnica de sondagens, bem como, naturalmente, as interpretações da equipe
de projecto que com estas trabalha.
Introdução
2
No entanto, é frequente existirem ligeiras divergências de critérios entre técnicos que
classificam sondagens, resultantes não só da sensibilidade e experiência distinta de cada
técnico, como do facto de alguns dos parâmetros e critérios de classificação terem modo
de aplicação subjectivo, agravado pela grande variabilidade de algumas grandezas em
apreciação, já que maioritariamente se tratam de entidades naturais, como solos ou
rochas, com um vasto leque de variações graduais e termos intermédios, tal como
proferido por Karl von Terzaghi em 1936: “Unfortunately, soils are made by nature and not by
man, and the products of nature are always complex.”
Importará pois, distinguir entre aquilo que são “ligeiras variações” entre classificações de
diferentes técnicos, mantendo na essência a representatividade da classificação, daquilo
que é uma classificação incorrecta ou com base em critérios incorrectos. Tema este, no
entanto, que não será o objecto fulcral deste estudo. Da mesma forma, não é objecto deste
trabalho a descrição pormenorizada e interpretação dos critérios internacionais definidos
para a classificação macroscópica de sondagens, que se considera, serem do
conhecimento de todos os técnicos participantes, não só pela sua formação académica,
como também, e principalmente, pela sua rotina e experiência na classificação
macroscópica de sondagens, em empresas nacionais reconhecidas do sector.
Nesse sentido e como ponto de partida para futuros desenvolvimentos sobre esta temática,
é importante antes de mais, avaliar a consistência entre si de classificações de diferentes
técnicos do mercado nacional, técnicos que “alimentam” os projectos e projectistas com
informação de cariz geotécnico, para a construção das demais obras públicas e privadas
do país.
Este trabalho versa pois, sobre o método proposto para levar a cabo a análise da
consistência de 14 classificações das mesmas amostras, realizadas por técnicos distintos,
e naturalmente sobre os resultados obtidos.
Com esse objectivo, os dados das classificações das amostras, foram classificados para
índices numéricos, através de tabelas de correlação desenvolvidas no decurso do presente
trabalho e especificamente para os efeitos deste estudo. Os dados numéricos foram
processados e representados graficamente, parâmetro a parâmetro, de modo a
possibilitarem uma análise objectiva da consistência dos resultados obtidos em cada
parâmetro, e das classificações como um todo.
Objectivo
3
2. Objectivo
O objectivo deste trabalho é estudar a consistência de classificações macroscópicas de
sondagens geológico-geotécnicas, realizadas por técnicos diferentes sobre as mesmas
amostras. Perceber portanto se são utlizados os mesmos parâmetros de classificação pelos
diversos técnicos, e se são aplicados da mesma forma. Ou seja, perceber se a consistência
dos resultados é idêntica nos diversos parâmetros, ou se, pelo contrário, existem
parâmetros com maior ou menor discrepância de resultados, e nesse caso, procurar
perceber que motivos poderão estar na sua origem. Nesse sentido, pretende-se ainda
comparar os resultados obtidos entre as duas amostras em estudo (sondagens S1 e S2),
afim deste procedimento contribuir para esse objectivo. Por fim, com base nos resultados
obtidos, procurar-se-á apresentar sugestões relativas à melhoria da consistência dos
parâmetros de classificação e respectivos critérios de aplicação.
Fundamentos teóricos e procedimentos
5
3. Fundamentos teóricos e procedimentos
3.1 Aspectos gerais
A classificação macroscópica de sondagens geológico-geotécnicas evoluiu até aos dias de
hoje, paralelemente com a evolução de sistemas classificação de solos e rochas, e demais
parâmetros e critérios associados, como a classificação do estado de alteração,
fracturação, índice RQD, entre outros.
A classificação de uma sondagem é um exercício que tem por base a interpretação do
técnico, relativamente aos diversos parâmetros e critérios de aplicação, interpretação essa,
até certo ponto subjectiva, razão pela qual é comum existirem ligeiras diferenças entre
classificações da mesma sondagem, se realizadas por diferentes técnicos.
Para além deste aspecto, o facto de não existir um “procedimento universal único”,
convencionado, que sistematize, em detalhe, como classificar sondagens geotécnicas em
amostra de mão, e o facto de existirem diversas organizações com publicações sobre
como descrever solos, rochas, e, por exemplo, como classificar o estado de alteração,
concorre para que o produto final da classificação, possa ser distinto de técnico para
técnico, ainda que tecnicamente representativo.
O facto de um “procedimento único” não existir, detalhando nomeadamente como devem,
nos vários cenários, serem aplicados todos os critérios, concorre para que cada técnico
crie e desenvolva, individualmente, o seu próprio estilo de classificação e a sua forma de
trabalhar. Situação esta, susceptível de, no limite, condicionar a homogeneidade,
consistência e representatividade da classificação de sondagens, enquanto trabalho
técnico.
Sobre este “potencial condicionalismo”, uma empresa internacional de consultoria
geotécnica, numa lista de recomendações técnicas, refere o seguinte: “3. Standardization of
the rock core logging descriptive code (at least for individual projects) will result in more useful rock
descriptions to facilitate geo‐engineering interpretation, spatial correlation of material units, and
engineering analysis for developing design recommendations and construction considerations.”
Desta forma, salienta as vantagens em padronizar o procedimento de classificação (pelo
menos dentro de um mesmo projecto), de forma a obter-se informação o mais
representativa possível, e assim possibilitar um melhor trabalho de interpretação
subsequente.
Fundamentos teóricos e procedimentos
6
Interessa pois, antes de mais, identificar e descrever sucintamente os diversos parâmetros
comummente utilizados actualmente no nosso país, na classificação de sondagens, e por
isso habitualmente constantes no log da sondagem. Estes, consistem genericamente na
estratigrafia, litologia, granularidade, cor, estado de alteração, estado de fracturação,
percentagem de recuperação, índice RQD e ainda aquilo que se poderá designar por
“observações complementares de cariz geológico-geotécnico”.
3.2 Estratigrafia
No que diz respeito à classificação de sondagens, a “estratigrafia” é comummente um dos
aspectos constantes nos logs das mesmas, contextualizando genericamente a zona de
prospecção em termos geológicos. Tratando-se de zonas com cartas geotécnicas
disponíveis, como as cidades de Lisboa e Porto, a contextualização é de cariz geotécnico,
reforçando por isso o interesse na classificação estratigráfica dos terrenos atravessados
pela sondagem. No entanto, não existe regra ou recomendação sobre o que indicar
relativamente à estratigrafia, por exemplo “Sistema”, “Série” ou “Formação”. Por esta
razão, é possível encontrar em logs de sondagem a indicação de “Sistema” (por exemplo
jurássico), de “Série” (por exemplo miocénico) ou “Formação” (por exemplo “Formação de
Mira”). Naturalmente que, havendo certeza quanto à formação atravessada, é vantajosa a
sua indicação, uma vez que a respectiva descrição constante na notícia explicativa da
Carta Geológica/Geotécnica irá aumentar o grau de informação relativamente aos terrenos
em estudo. É exemplo desta situação, a vantagem na indicação da formação “Argilas e
Calcários dos Prazeres” em detrimento da indicação da época “miocénico”, tanto mais que
relativamente a esta formação, existem inúmeros trabalhos publicados, inclusivamente
sobre parâmetros geotécnicos característicos.
Na figura 1 encontra-se representada uma tabela cronostratigráfica, adaptada da tabela
internacional, genericamente com os mesmos intervalos que as Cartas Geológicas
nacionais, embora, naturalmente, sem a indicação da designação das formações
geológicas já caracterizadas, em cada uma das cartas nacionais.
Fundamentos teóricos e procedimentos
7
Figura 1 – Tabela cronostratigráfica adaptada da tabela cronostratigráfica internacional
(retirada do sítio http://paleoviva.fc.ul.pt/Paleogeofcul/Apoio/cronogeofcul2.pdf, em JUN12)
3.3 Litologia
Este item consiste genericamente na descrição litológica da amostra, sendo esta, rocha ou
solo. É suposto portanto identificar o tipo de rocha (granito, basalto, calcário, etc.) ou o tipo
de solo (areia, silte, areia argilosa, etc.), indicando ainda, se aplicável, se se trata de
materiais de aterro ou depósitos de cobertura, vertente, coluviões, aluviões, etc. No nosso
país, para a classificação de solos, é comum utilizar-se a Classificação Triangular de
Solos, em que a designação do solo varia consoante a percentagem relativa dos materiais
constituintes, por exemplo “argila siltosa”, “areia argilosa”, conforme representado na figura
2.
Fundamentos teóricos e procedimentos
8
Figura 2 – Classificação Triangular de Solos (Especificação LNEC E-219)
As rochas são identificadas e caracterizadas de acordo com os minerais constituintes,
granularidade, textura, cor e outros aspectos característicos de cada tipo de rocha, como
foliação ou xistosidade, se aplicável. A classificação em amostra de mão dos diferentes
tipos de rocha, ígnea, metamórfica e sedimentar, ainda que normalmente realizada de
forma quase intuitiva por quem classifica com base em informação prévia obtida da carta
geológica, tem na sua origem critérios internacionais definidos e sistematizados para o
efeito. A figura 3 indica, de forma genérica, os principais tipos de rocha existentes, função
da sua génese.
Figura 3 – Principais tipos de rocha (retirado do sítio stone-network.com em MAI12)
Fundamentos teóricos e procedimentos
9
Existem vários sistemas ou métodos para classificar rochas, sistemas que foram sendo
propostos por diversos autores e organizações. As figuras 4 e 5 representam o método e
respectivos critérios de classificação de rochas subscritos pela ISRM (1980). No caso,
trata-se de critérios propostos anteriormente pela IAEG - International Association of
Engineering Geology (1979). Com efeito, a ISRM, com o objectivo de contribuir para a
homogeneização e universalidade de uma metodologia para classificação de rochas, optou
por estudar aquelas que tinham à data maior projecção mundial, e, em detrimento de
propor uma nova metodologia, elegeu, subscrevendo, a que no seu entender, era mais
adequada ao objectivo.
A classificação do tipo de rocha passa portanto pela atribuição de uma das designações
constantes nas figuras seguintes, excepção feita às chamadas “rochas exóticas”, assim
designadas por se tratar de rochas pouco vulgares. Para estes casos específicos, é
comum a determinação rigorosa do tipo de rocha passar por outro tipo de método, que não
a classificação em amostra de mão.
Figura 4 – Critérios de classificação para rochas sedimentares, subscritos pela ISRM (1980)
(originalmente propostos pela IAEG em 1979)
Fundamentos teóricos e procedimentos
10
Figura 5 – Critérios de classificação para rochas ígneas e metamórficas, subscritos pela ISRM (1980)
(originalmente propostos pela IAEG em 1979)
3.4 Granularidade
A dimensão das partículas constituintes de um solo ou de uma rocha sedimentar, bem
como a dimensão dos minerais numa rocha ígnea, são um dos aspectos a descrever na
classificação de sondagens. Para classificar a dimensão das partículas de solo, utiliza-se
comummente a Classificação Granulométrica de Solos, cujos intervalos de variação da
dimensão das partículas se encontra representado na figura 6. Tendo por base estes
intervalos, função da dimensão da partícula identifica-se o material (argila, silte, areia ou
cascalho) e a respectiva grandeza (fino, médio ou grosso). Tratando-se de classificação
macroscópica, é comum designar-se a granularidade do material pela junção de até dois
termos relativos à grandeza, de forma a ser mais representativo e abrangente (por
exemplo, areia fina a média).
Fundamentos teóricos e procedimentos
11
Figura 6 – Classificação Granulométrica de Solos (Especificação LNEC E-239)
Relativamente à granulometria nas rochas, quando aplicável, esta diz respeito à dimensão
dos minerais no caso das rochas ígneas e metamórficas, e à dimensão das partículas
constituintes, no caso das rochas sedimentares. A figura 7 sistematiza os intervalos e as
dimensões de partículas e minerais, para os vários tipos de rocha e indica a sua
designação função destes aspectos. Por exemplo, para um granito (rocha ígnea),
consultando a coluna da direita na figura, entre os 1 e os 5 mm de dimensão do grão, a
descrição seria “granito de grão médio a grosso”.
Fundamentos teóricos e procedimentos
12
Figura 7 – Tabela granulométrica da British Geological Survey
(British Geological Survey grain size scheme, 1999)
Há no entanto outras publicações e recomendações relativamente a esta temática, como é
o caso da tabela de Wentworth (1922) aplicável a rochas sedimentares, embora com
ligeiras diferenças relativamente à tabela da British Geological Survey.
Fundamentos teóricos e procedimentos
13
Figura 8 – Tabela de Wentworth para a granularidade de rochas sedimentares (Wentworth grade scale; 1922)
3.5 Cor
Na classificação de sondagens, a cor é um dos aspectos de caracterização mais expedita,
que, devido à enorme variedade de tons, complexidade dos padrões texturais de rochas e
diversidade de partículas dos solos, resulta normalmente num leque considerável de
alternativas possíveis para a caracterização da cor da amostra. Com efeito, é comum
verem-se atribuídas a uma mesma amostra, cores como amarelado, creme, bege e
castanho claro, tratando-se por vezes de designações pessoais diferentes para o mesmo
tom, avaliado por diversos técnicos.
Fundamentos teóricos e procedimentos
14
O facto da amostra se encontrar seca ou molhada aquando da classificação, é outro factor
que poderá afectar a atribuição da cor, pois é sabido que amostras molhadas e secas
apresentam normalmente tons diferentes.
A descrição da cor reveste-se de especial importância sobretudo quando permite colocar
em evidência determinados aspectos dignos de registo, como a variação do estado de
alteração ou da constituição mineralógica, ou quando uma cor é, num contexto geológico
específico, associada em exclusivo a uma única camada com cor característica.
No nosso país, na prática, não existem recomendações específicas sobre que cores ou
grupo de cores utilizar na classificação macroscópica de sondagens. Em teoria, dever-se-ia
utilizar a tabela de Munsell para solos e rochas, de forma a padronizar o mais possível as
cores aplicáveis e respectiva designação. Na figura seguinte encontra-se uma
representação de um excerto da Tabela de Munsell (Geological Rock-Color Chart), com as
amostras de cor e respectivas referências.
Figura 9 – Excerto da Geological Rock-Color Chart (Munsell, 2009)
Fundamentos teóricos e procedimentos
15
3.6 Estado de alteração
Ao longo dos anos foram sendo introduzidos e desenvolvidos diversos sistemas de
classificação do estado de alteração das rochas, que variam, não só na descrição como na
quantidade de termos (escala), em que se subdividem os vários estados de alteração. A
classificação do estado de alteração da rocha reveste-se de especial importância, uma vez
que é um dos critérios de classificação da qualidade da rocha mais representativos. Sendo
certo que, por exemplo, cada tipo de rocha tem um intervalo de valores característicos para
cada parâmetro geotécnico (Módulo de Deformabilidade, Resistência à Compressão
Uniaxial, etc), esses intervalos variam, sobremaneira, consoante o estado de alteração da
rocha.
Em Portugal, utiliza-se em geral o critério definido pela ISRM (1980) para a classificação
do estado de alteração das rochas. Este sistema considera a classificação do estado de
alteração da rocha em cinco estádios, de W1 (rocha sã) a W5 (rocha decomposta).
conforme indicados e descritos na figura seguinte.
Figura 10 – Critérios de classificação do estado de alteração das rochas proposto pela ISRM (1980)
Este parâmetro é aplicável a rochas ígneas e metamórficas, e na sua aplicação prática, é
usual a conjugação de até dois estados de alteração consecutivos para melhor caracterizar
o estado de alteração da rocha, como por exemplo W2/3 ou W4/5.
Fundamentos teóricos e procedimentos
16
Em 1995, foi proposto pela Geological Society of London, a introdução de um novo termo
nesta escala, o W6, relativo a solo residual resultante da decomposição completa da rocha
original (saprólito). Este “novo” termo, apesar de reconhecido, não é ainda, no entanto, de
aplicação generalizada pela comunidade geotécnica nacional.
No caso das rochas sedimentares, compostas predominantemente por minerais em
equilíbrio com as condições de pressão e temperatura existentes à superfície da terra, a
aplicação de uma escala com 5 termos é particularmente problemática, sendo geralmente
adoptadas aproximações simplificadas com apenas três, ou mesmo dois termos. Trata-se
porém de tema que carece ainda de padronização.
3.7 Estado de fracturação
À semelhança do estado de alteração, ao longo dos anos foram sendo desenvolvidos e
propostos diversos métodos para a classificação do estado de fracturação das rochas,
métodos esses, que variam na quantidade de intervalos (escala) em que se subdividem,
nos valores dos intervalos e na forma como caracterizam a fracturação.
Em Portugal, utiliza-se geralmente o critério definido pela ISRM (1980), para a
classificação do estado de fracturação das rochas. Este sistema, classifica a fracturação
em cinco estádios, de F1 (fracturas muito afastadas) a F5 (fracturas muito próximas),
conforme indicados e descritos na figura seguinte.
Figura 11 – Critérios de classificação do estado de fracturação das rochas proposto pela ISRM (1980)
Na aplicação prática destes critérios, é possível a conjugação de dois estados de
fracturação consecutivos para melhor caracterizar o estado de fracturação da rocha.
Fundamentos teóricos e procedimentos
17
São exemplos dessa possibilidade a utilização dos termos intermédios F1/2 e F4/5,
indicados na figura 11. Para além destes termos intermédios, e apesar de não estar
expressamente indicado nesta metodologia, é prática generalizada, a utilização dos
demais termos intermédios como F2/3, F3/4, bem como, com a grandeza inversa (F3/2,
F4/3), dependendo das condições de fracturação da rocha.
3.8 Percentagem de recuperação
A percentagem de recuperação de amostra é um dos parâmetros de base na classificação
de sondagens geotécnicas, sendo desde logo um dos primordiais indicadores da qualidade
do terreno, mas também revelador dos cuidados postos na realização da sondagem. Este
parâmetro aplica-se a solos e rochas, e consiste genericamente na determinação da
proporção entre a furação realizada e a amostra recuperada, sendo em geral determinado
por “manobra de furação”. A medição do comprimento da amostra é normalmente
realizada pelo sondador e registada na “parte diária de furação”, sendo o cálculo da
percentagem de recuperação realizado posteriormente, aquando a realização do log da
sondagem. O cálculo consiste no quociente entre a comprimento total de amostra
recuperada numa manobra e o comprimento da mesma, multiplicado por 100, para obter o
resultado em percentagem. A figura 12 representa esquematicamente a forma de cálculo
da percentagem de recuperação, numa manobra furação realizada entre os 3,0 m e os
4,5 m de profundidade.
Figura 12 – Representação esquemática da forma de cálculo da percentagem de recuperação
A
L
% Recuperação = A / L x 100
67%
L = Comprimento da manobra: 1,50m
A = Comprimento da amostra recuperada: 1,00m
% Recuperação =
3,00 m
4,50 m
3,50 m
4,00 m
Fundamentos teóricos e procedimentos
18
3.9 Índice RQD (Rock Quality Designation – Deere et al 1967)
O índice RQD é um índice de qualidade do maciço rochoso, historicamente um dos
primeiros (Hoek, 2007), e consiste genericamente numa percentagem de recuperação
modificada, em que zonas intensamente fracturadas e alteradas, ou seja com afastamento
de descontinuidades inferiores a 10 cm, não são consideradas como recuperação, de
forma a tornar evidentes zonas menos competentes do maciço.
O índice RQD é determinando por manobra de furação ou intervalo, somando os tarolos de
comprimento igual ou superior a 10 cm, e dividindo o total dos seus comprimentos pelo
comprimento da manobra ou intervalo, conforme representado na figura 13.
Desde a sua origem nos anos 60, alguns dos pressupostos e critérios de aplicação iniciais
foram sendo ajustados, tornando a sua aplicação menos restrita e portanto mais
generalizada, visando a utilização em larga escala deste importante critério de
classificação da qualidade da rocha. Com efeito, inicialmente consideravam-se apenas
tarolos de “rocha sã” e diâmetro de furação específico (amostra com Ø54.7mm), tendo
estes dois critérios sido ajustados, de forma a possibilitar a utilização deste parâmetro de
forma generalizada. Hoje em dia, este parâmetro é aplicado também a tarolos de rocha
alterada (até sensivelmente W4), genericamente em todos os diâmetros de furação usuais
em prospecção geotécnica.
Existem ainda outros pressupostos e critérios de aplicação que devem ser considerados no
cálculo do RQD. Desde logo, a facturação mecânica causada pela furação ou
manuseamento da amostra, deverá ser ignorada, considerando-se portanto a amostra
como um todo. Uma manobra que atravesse um contacto litológico deverá resultar em dois
valores de RQD, um para cada litologia, no respectivo intervalo. Os tarolos deverão ser
medidos pelo seu eixo longitudinal, de extremidade a extremidade, com o objectivo de não
penalizar indevidamente uma amostra pela existência de uma fractura paralela ao seu eixo
longitudinal.
Um dos aspectos mais determinantes para o valor de RQD é o comprimento da manobra
ou intervalo assumido para o seu cálculo. Tal como referido por Deere et Deere (1988),
uma zona intensamente fracturada ou decomposta, com 30 cm de desenvolvimento
resultará em valores de RQD de 90%, 80% e 40%, consoante se considere a manobra de
3,0 m, 1,5 m ou 0,5 m, respectivamente. Portanto, quanto menor for o comprimento da
manobra ou intervalo, maior será a sensibilidade do valor RQD, razão pela qual os
referidos autores recomendam que, de forma geral, o cálculo do valor de RQD tenha por
base, no máximo, os 1,5 m da manobra de furação mais usual.
Fundamentos teóricos e procedimentos
19
Paralelamente, recomendam ainda que, para zonas especialmente fracturadas e
decompostas, sejam criados intervalos menores de medição de RQD (manobras artificiais)
de modo a colocar em evidência estas zonas, ao invés destas serem camufladas pela
globalidade da manobra, de comprimento superior. A ISRM recomenda igualmente a
utilização de manobras ou intervalos variáveis para o cálculo do RQD, com o mesmo
objectivo.
A classificação da qualidade do maciço com recurso ao Índice RQD, é realizada com base
em intervalos de valores de “muito fraco” (very poor) a “excelente” (excellent), dependendo
do valor de RQD obtido, conforme representado na figura 13.
Figura 13 – Procedimento para medição e cálculo do RQD (segundo Deere, 1989)
O índice RQD, dada a sua representatividade e aceitação “universal”, foi incorporado pela
generalidade dos sistemas de classificação de maciços rochosos como RMR (Bieniawsky,
1989) e Q (Barton et al 1974), não fazendo no entanto este tema parte do objecto deste
trabalho.
Fundamentos teóricos e procedimentos
20
3.10 Observações complementares de cariz geológico-geotécnico
Estas indicações complementam a descrição e caracterização dos materiais atravessados,
e permitem ainda o registo de outras ocorrências consideradas relevantes e para as quais
não há habitualmente “campo específico” num log de sondagem. São por isso
habitualmente indicadas no “campo da descrição da amostra”, fazendo parte do texto
descritivo do material atravessado (não são indicadas no campo “observações” do log).
São exemplo de “observações complementares de cariz geológico-geotécnico” indicações
como: desagregado; friável, medianamente compacto; passagem compacta entre 2 e 3 m;
intercalação grauváquica entre 2 e 3 m; zona de falha; filão; passagens argilosas
centimétricas; tornando-se mais fino para a base; ligeiramente margoso; nódulos
carbonatados; cimento carbonatado; matéria orgânica incarbonizada; fracturas a 45º com o
eixo da sondagem; fracturas subverticais; fracturas de bordos irregulares rugosos;
fracturas com preenchimento argiloso; deposição de óxidos nas fracturas; filonetes de
quartzo dispersos; fragmentos de dimensão <4cm; fragmentos de conchas dispersos;
xistosidade paralela ao eixo da sondagem, entre muitos outros, aplicáveis função das
características dos materiais ocorrentes e do objectivo do estudo, bem como,
naturalmente, função da sensibilidade e critério de cada técnico.
Para além destes aspectos, é ainda comum incluir indicações relativas ao estado de
alteração e de fracturação, como “muito fracturado” ou “muito alterado a decomposto”,
apesar destas possuírem campo específico no log de sondagem para o seu registo e
caracterização objectiva (coluna do estado de alteração e fracturação).
Pressupostos
21
4. Pressupostos
4.1 Aspectos gerais de enquadramento do estudo
Este trabalho foi pensado e desenvolvido com o objectivo principal de estudar a
consistência entre classificações de sondagens geológico-geotécnicas, realizadas por
técnicos diferentes sobre as mesmas amostras. O estudo da consistência dos resultados
é realizado para cada um dos parâmetros individualmente, sendo os parâmetros os
indicados anteriormente, que correspondem aos correntemente usados na classificação
macroscópica de sondagens (estratigrafia, litologia, granularidade, cor, estado de
alteração, estado de fracturação, percentagem de recuperação, índice RQD e
observações complementares de cariz geológico-geotécnico). Portanto, este estudo tem
na base a comparação individual dos resultados nos diversos parâmetros, e posterior
alargamento do âmbito da observação, para a consistência das classificações no seu
global.
Este trabalho, não tem portanto como objectivo sugerir, identificar ou descrever, os
parâmetros correntemente utilizados para a classificação macroscópica de sondagens
geotécnicas.
Assumiu-se, e comprovou-se, que a globalidade dos técnicos convidados para participar
neste estudo, por serem reconhecidamente experientes na classificação de sondagens,
eram conhecedores dos parâmetros normalmente utilizados, e da sua forma genérica de
aplicação, não tendo qualquer dos técnicos questionado sobre que critérios deveria usar
ou de que forma. Pelo contrário, cada técnico realizou a classificação de cada sondagem
de forma livre e individual, utilizando os critérios por si entendidos como necessários, e
da forma que considerou adequado aplicá-los.
A profundidade a que cada estrato é individualizado na classificação da sondagem, não é
analisada directamente neste estudo como um parâmetro da classificação, embora seja
naturalmente um dos aspectos relevantes na consistência de classificações de
sondagens, sobre a mesma amostra. Este aspecto, é no entanto estudado, de forma
indirecta, no parâmetro “litologia”, em termos de número de camadas por classificação, e
respectiva espessura.
Relativamente aos níveis de água, apesar de ser informação habitualmente constante
nos logs de sondagem, não são objecto deste estudo, uma vez que essa informação
advém usualmente de leituras realizadas pelo sondador e registadas nas “partes diárias
de furação”, não sendo portanto considerado um aspecto em análise do ponto de vista da
consistência das classificações.
Pressupostos
22
4.2 Metodologia
A metodologia deste trabalho consiste em comparar graficamente parâmetro a parâmetro,
14 classificações da mesma amostra. Das 14 classificações, 12 foram realizadas
individualmente por técnicos convidados, 1 foi realizada pelo autor e 1 foi realizada, em
consenso, por uma equipe de 3 geólogos seniores de mérito reconhecido.
As classificações realizadas pelos técnicos foram enviadas para o autor, de forma anónima,
em ficheiro Excel de layout livre. A informação contida nas classificações das sondagens,
são os dados deste estudo. O processamento dos dados tem início com a passagem dos
mesmos para a tabela de introdução dos dados, em que o conteúdo de cada classificação é
separado parâmetro a parâmetro. Estes dados, são seguidamente convertidos para a forma
numérica, numa escala de 0 a 100, de forma a possibilitar a sua representação gráfica. A
conversão dos resultados para a forma numérica é conseguida através de tabelas de
correlação, desenvolvidas expressamente para o efeito, excepção feita aos parâmetros
“percentagem de recuperação” e “RQD”, cujos resultados são já de si numéricos e
compreendidos entre 0 e 100. Para estes dois parâmetros, a representação gráfica dos
resultados das 14 classificações, é directa.
A interpretação dos resultados obtidos, i.e. a análise da sua consistência, é realizada tendo
por base a representação gráfica dos mesmos, parâmetro a parâmetro e no seu global.
4.3 Amostra
A amostra consiste em um conjunto de 2 sondagens, sendo, genericamente, uma de solos e
uma de rocha, com profundidades de 13,5 m e 15,0 m, respectivamente. Ambas as
sondagens foram realizadas à rotação por empresa especializada do sector, com diâmetros
de furação de Ø76mm e Ø86mm, e em ambos os casos com ensaios SPT, sempre que as
condições do maciço atravessado o permitiam. As amostras recolhidas foram dispostas por
ordem de obtenção em caixas de madeira devidamente compartimentadas e referenciadas
de modo a facilitar a sua análise e classificação.
As sondagens foram designadas por S1 e S2 e as respectivas caixas foram dispostas para
classificação em local coberto, durante um período de 2 meses, até terem sido realizadas
todas as 14 classificações.
Pressupostos
23
No Quadro 2 encontram-se indicadas as características gerais da sondagem S1.
Sondagem S1
Comprimento 13,5 m
Diâmetro de furação Ø76 mm
Material predominante solo
Ensaios SPT 7 unidades
Caixas de amostra 2 unidades
Contexto geográfico Vimeiro (Lourinhã)
Coordenadas
M: -105558.2
P: -53449.7
Z: 48.1
Quadro 1 – Características gerais da sondagem S1
Na figura 14 encontra-se representada a amostra da sondagem S1.
Figura 14 – Sondagem S1
Pressupostos
24
A figura 15 representa a localização geral da sondagem S1.
Figura 15 – Localização geral da sondagem S1
No Quadro 2 encontram-se indicadas as características gerais da sondagem S2.
Sondagem S2
Comprimento 15,0 m
Diâmetro de furação Ø86 mm
Material predominante rocha
Ensaios SPT 8 unidades
Caixas de amostra 4 unidades
Contexto geográfico Santa Clara (Odemira)
Coordenadas
M: -30913.7
P: -239443.8
Z: 52.6
Quadro 2 – Características gerais da sondagem S2
Pressupostos
25
Na figura 16 encontra-se representada a amostra da sondagem S2.
Figura 16 – Sondagem S2
Pressupostos
26
A figura 17 representa a localização geral da sondagem S2.
Figura 17 – Localização geral da sondagem S2
4.4 Técnicos
Para além do autor, os 12 técnicos que participaram neste trabalho foram convidados pelo
mesmo e são geotécnicos de carreira, essencialmente geólogos e engenheiros geólogos,
colaboradores de empresas executantes de sondagens e de estudos geológico-geotécnicos.
São portanto técnicos expectavelmente experientes e rotinados na classificação de
sondagens, nos mais diversos contextos geotécnicos do panorama nacional continental. Os
técnicos foram contactados telefonicamente numa primeira fase, e posteriormente
convidados “formalmente” através de e-mail. O e-mail enviado encontra-se em anexo.
4.5 Classificação
A classificação da amostra foi realizada pelos diferentes técnicos, de forma livre, individual e
anónima, tendo por base a sua experiência e sensibilidade, bem como os parâmetros e
critérios internacionais reconhecidos e comummente usados para o efeito.
Pressupostos
27
Aos técnicos foi somente solicitado que classificassem as duas sondagens, de acordo com
sua experiência e modo habitual de trabalhar, de forma a garantir que os resultados para
processamento, fossem o mais genuínos e representativos possível da sua forma de
trabalhar. Cada técnico, decidiu portanto livremente, que parâmetros usar e como os aplicar.
Antes da classificação, foi fornecida aos técnicos a localização geográfica de cada
sondagem, em coordenadas M e P, para que estes pudessem, à semelhança do que
acontece em qualquer outro trabalho, pesquisar informações sobre o contexto geológico do
local na bibliografia existente. As classificações foram enviadas para o autor em ficheiro
Excel de layout livre, sendo as classificações no layout original apresentadas em anexo.
As classificações foram numeradas aleatoriamente de C1 a C14, para cada uma das
sondagens, S1 e S2. No Quadro 3, encontram-se representadas as 28 classificações que
serviram de base a este trabalho e respectiva designação.
Sondagem S1 S2
Designação das classificações
C1 S1 C1 S2
C2 S1 C2 S2
C3 S1 C3 S2
C4 S1 C4 S2
C5 S1 C5 S2
C6 S1 C6 S2
C7 S1 C7 S2
C8 S1 C8 S2
C9 S1 C9 S2
C10 S1 C10 S2
C11 S1 C11 S2
C12 S1 C12 S2
C13 S1 C13 S2
C14 S1 C14 S2
Quadro 3 – Designação das sondagens em estudo
Pressupostos
28
4.6 Não rastreabilidade da autoria das classificações
A autoria de cada classificação individual foi e será confidencial, inclusivamente para o autor
do trabalho, uma vez que o objectivo deste estudo se centra na consistência das
classificações no seu conjunto e não na pretensão de avaliação de cada uma
individualmente. A garantia de confidencialidade obtém-se pela não rastreabilidade da
origem e autoria das classificações, pelo que estas foram enviadas por e-mail para o autor,
através de contas criadas especificamente para o efeito. Cada técnico criou 2 contas de e-
mail, uma para cada sondagem, da família proposta ([email protected]), em que X é um
algarismo de 1 a 99 definido por cada técnico. As classificações foram enviadas para o
autor, após solicitação expressa do mesmo, no dia seguinte à conclusão das classificações
da amostra por todos os técnicos que participaram.
4.7 Verificação da integridade da amostra
Para a realização deste trabalho foi necessário que a mesma amostra fosse classificada
por 13 técnicos distintos e por uma equipa de 3 técnicos seniores. Ou seja, cada uma das
sondagens foi classificada 14 vezes. É sabido que durante o processo de classificação
macroscópica de uma sondagem, as amostras recolhidas são manuseadas. E pode
acontecer por exemplo, os tarolos (rocha e solo) serem quebrados ou desagregados, o
solo remexido, a amostra do SPT remexida, aplicado ácido clorídrico (HCL) em material
previsivelmente carbonatado, as amostras na caixa perderem a organização original, entre
outras situações.
Existindo parâmetros que são especialmente sensíveis a algumas destas “interferências”,
como o RQD ou a “fracturação”, é importante verificar a integridade da amostra no início e
no fim deste processo, de forma a perceber se as últimas classificações são realizadas em
condições de amostra genericamente equivalentes às das primeiras. O objectivo é portanto
perceber se possíveis variações de critérios nas classificações, podem ou não ser devidas
à alteração do estado da amostra, e se for o caso, ter em consideração essa interferência
na análise da consistência das classificações.
Para o efeito, as amostras (sondagem S1 e S2) foram fotografadas antes e depois da
realização das 14 classificações, encontrando-se o seu aspecto representado nas figuras
18, 19, 20 e 21.
Pressupostos
29
Figura 18 – Aspecto da amostra da sondagem S1 antes das classificações (27MAR12)
Figura 19 – Aspecto da amostra da sondagem S1 depois das classificações (5JUN12)
Na comparação do aspecto geral das condições da amostra, antes e depois das
classificações, não são evidentes diferenças significativas, susceptíveis de condicionar a
validade e representatividade das classificações. No entanto, pontualmente, registam-se
ligeiras “interferências”, identificadas na figura 19, como A, B, C e D.
Na situação “A”, o maior tarolo da manobra, com 20 cm, foi partido. Esta situação poderia
condicionar os parâmetros “estado de alteração” e “RQD”, se o técnico os considerasse
aplicáveis neste material e se considerasse as fracturas como sendo naturais (se não se
apercebesse que são induzidas pelo manuseamento, incluído a retirada da amostra do
amostrador).
C1
D1
A1
B1
Pressupostos
30
No entanto, metade dos técnicos não considerou sequer estes dois parâmetros aplicáveis
no material em questão. Dos técnicos que aplicaram estes parâmetros, somente dois
aplicaram respectivamente F4 e F4/5. Os restantes aplicaram F3, F3/4 e F4/3, portanto
consideraram sempre o tarolo no seu estado inicial e porventura terão ainda considerado
as restantes fracturas como induzidas. Relativamente ao RQD, os valores, para os
técnicos que aplicaram este parâmetro, variam em geral entre 16% e 20%, sendo o valor
médio de 19%.
Assume-se portanto que esta situação “A”, não condicionará a representatividade dos
resultados, uma vez que desta não resultam variações superiores às verificadas na
restante sondagem.
Na situação “B”, à semelhança da situação “A”, o tarolo foi partido, situação que poderia
igualmente condicionar os parâmetros “estado de alteração” e “RQD”, se o técnico os
considerasse aplicáveis neste material e considerasse as fracturas como sendo naturais.
No entanto, nenhum dos técnicos considerou sequer aplicável algum dos parâmetros no
material em causa, pelo que se considera que esta situação “B” não tem qualquer impacto
na representatividade dos resultados.
Na situação “C”, à semelhança das situações “A” e “B”, o maior tarolo da manobra, com
20 cm, foi partido, situação que poderia condicionar a aplicação dos parâmetros “estado de
fracturação” e “RQD”, se o técnico os considerasse aplicáveis neste material e
considerasse as fracturas como sendo naturais. No entanto, somente 3 técnicos
adoptaram estados de fracturação F4 e F4/5, e nesses casos, os valores de RQD (71%,
54% e 88%) encontram-se na média (60%), pelo que se assume que esta situação não
condicionará a representatividade dos resultados.
Na situação “D”, um tarolo foi deslocado cerca de 50 cm do seu local e profundidade
original, situação que, no entanto, não terá qualquer impacto na classificação, uma vez que
que se trata da mesma manobra, num contexto de amostra homogénea.
Relativamente à sondagem S2, não se observam diferenças no estado da amostra, antes e
depois da realização das classificações.
O tarolo em falta na penúltima manobra (T), foi retirado após a realização da totalidade das
classificações.
Pressupostos
32
Figura 21 – Aspecto da amostra da sondagem S2 depois das classificações (5JUN12)
4.8 Verificação da escala de representação gráfica
O método proposto para o estudo da consistência das classificações tem por base a
representação gráfica dos resultados das mesmas. Nesse sentido, reveste-se de especial
importância a verificação da representatividade e adequabilidade dos intervalos de
introdução de dados, que na prática se traduzem na “escala” de representatividade da
informação das classificações.
Numa primeira fase foi experimentada a representação gráfica com intervalos de
introdução de dados a cada 1,0 m, mas claramente não se obtinha uma adequada
representatividade da evolução gradual dos resultados em profundidade, resultando numa
diluição considerável da objectividade dos mesmos.
TC
Pressupostos
33
Esta desadequação está sobretudo relacionada com o facto de ser muito habitual, na
classificação de sondagens, a utilização de intervalos de 1,5 m para classificar parâmetros
como “percentagem de recuperação” e “RQD”, uma vez ser este o comprimento de
manobra de furação mais comum.
Desta experiência resultou desde logo a necessidade de uma “escala” com intervalos de
introdução de dados de 0,5 m.
No entanto, foi ainda experimentada uma “escala” com intervalos de introdução de dados
de 0,25 m, com o intuito perceber se esta se traduziria numa mais-valia para a
representação dos resultados.
Nas figuras seguintes apresentam-se as Tabelas Resumo do Parâmetro “percentagem de
recuperação” da sondagem S1, com intervalos de valores de 0,25 m e 0,5 m, bem como,
os respectivos gráficos resultantes.
Figura 22 – Tabela Resumo do Parâmetro “percentagem de recuperação” com intervalos de introdução de
dados de 0,5 m (classificações da sondagem S1)
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CS CM
0,0 0,5 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9
0,5 1,0 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9
1,0 1,5 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9
1,5 2,0 27 29 25 25 27 28 27 27
2,0 2,5 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32
2,5 3,0 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32
3,0 3,5 20 17 13 8 15 13 10 14
3,5 4,0 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17
4,0 4,5 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17
4,5 5,0 20 7 7 7 3 3 7 8
5,0 5,5 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6
5,5 6,0 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6
6,0 6,5 20 7 7 5 3 3 7 8
6,5 7,0 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7
7,0 7,5 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7
7,5 8,0 60 60 59 60 57 60 60 59
8,0 8,5 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71
8,5 9,0 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71
9,0 9,5 77 78 71 77 73 77 100 77 79
9,5 10,0 77 100 78 71 80 100 100 91 95 77 73 77 100 100 77 87
10,0 10,5 77 100 78 71 100 100 100 100 95 77 73 77 100 100 77 89
10,5 11,0 100 100 100 95 100 99 100 93 95 100 100 100 100 100 100 99
11,0 11,5 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98
11,5 12,0 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98
12,0 12,5 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98
12,5 13,0 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98
13,0 13,5 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98
S1 - Percentagem de Recuperação
Profundidade
(m)
Pressupostos
34
Figura 23 – Tabela Resumo do Parâmetro “percentagem de recuperação” com intervalos de introdução de
dados de 0,25 m (classificações da sondagem S1)
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CS CM
0,00 0,25 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9
0,25 0,50 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9
0,50 0,75 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9
0,75 1,00 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9
1,00 1,25 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9
1,25 1,50 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9
1,50 1,75 27 29 25 25 27 28 27 27
1,75 2,00 27 29 25 25 27 28 27 27
2,00 2,25 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32
2,25 2,50 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32
2,50 2,75 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32
2,75 3,00 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32
3,00 3,25 20 17 13 8 15 13 10 14
3,25 3,50 20 17 13 8 15 13 10 14
3,50 3,75 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17
3,75 4,00 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17
4,00 4,25 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17
4,25 4,50 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17
4,50 4,75 20 7 7 7 3 3 7 8
4,75 5,00 20 7 7 7 3 3 7 8
5,00 5,25 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6
5,25 5,50 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6
5,50 5,75 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6
5,75 6,00 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6
6,00 6,25 20 7 7 5 3 3 7 8
6,25 6,50 20 7 7 5 3 3 7 8
6,50 6,75 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7
6,75 7,00 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7
7,00 7,25 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7
7,25 7,50 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7
7,50 7,75 60 60 59 60 57 60 60 59
7,75 8,00 60 60 59 60 57 60 60 59
8,00 8,25 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71
8,25 8,50 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71
8,50 8,75 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71
8,75 9,00 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71
9,00 9,25 77 78 71 77 73 77 60 77 73
9,25 9,50 77 78 71 77 73 77 100 77 79
9,50 9,75 77 100 78 71 80 100 100 91 95 77 73 77 100 100 77 87
9,75 10,00 77 100 78 71 100 100 100 91 95 77 73 77 100 100 77 89
10,00 10,25 77 100 78 71 100 100 100 100 95 77 73 77 100 100 77 89
10,25 10,50 77 100 78 71 100 100 100 100 95 77 73 77 100 100 77 89
10,50 10,75 100 100 100 95 100 99 100 93 95 100 100 100 100 100 100 99
10,75 11,00 100 100 100 95 100 99 100 93 95 100 100 100 100 100 100 99
11,00 11,25 100 100 100 95 100 99 100 93 95 100 100 100 100 100 100 99
11,25 11,50 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98
11,50 11,75 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98
11,75 12,00 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98
12,00 12,25 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98
12,25 12,50 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98
12,50 12,75 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98
12,75 13,00 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98
13,00 13,25 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98
13,25 13,50 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98
Profundidade
(m)
S1 - Percentagem de Recuperação
Pressupostos
35
Figura 24 – Parâmetro “percentagem de recuperação” com intervalos de introdução de dados de 0,5 m
(classificações da sondagem S1 + “CS” Classificação de Sondador + “CM” Classificação Média)
Figura 25 – Parâmetro “percentagem de recuperação” com intervalos de introdução de dados de 0,25 m
(classificações da sondagem S1 + “CS” Classificação de Sondador + “CM” Classificação Média)
Comparando as duas formas de representação gráfica (intervalos de 0,25 m e 0,5 m),
conclui-se que ambas permitem fazer a mesma análise em termos de consistência das
classificações. No entanto, pontualmente é possível a existência de situações como a
identificada em “A”, que resultam do arredondamento do valor do parâmetro, para
processamento no intervalo.
A
Pressupostos
36
Estes arredondamentos são no máximo de 0,25 m (para intervalos de 0,5 m) e traduzem-
se num “avanço” ou “atraso” da representação, face ao indicado na classificação.
No Quadro 4, exemplificam-se os arredondamentos dos valores para processamento dos
dados e respectivas diferenças resultantes, em termos gráficos (“avanços” ou “atrasos” na
representação).
Intervalo real na classificação
Representação no intervalo de
0,25m
Representação no intervalo de
0,50m
Diferença entre representações
(m)
1,50 a 3,00 1,50 a 3,00 1,50 a 3,00 0
1,50 a 3,20 1,50 a 3,25 1,50 a 3,00 0,25 (atraso)*
1,50 a 3,25 1,50 a 3,25 1,50 a 3,50 0,25 (avanço)*
1,50 a 3,50 1,50 a 3,50 1,50 a 3,50 0
1,50 a 3,75 1,50 a 3,75 1,50 a 4,00 0,25 (avanço)*
1,50 a 4,00 1,50 a 4,00 1,50 a 4,00 0
*da representação com intervalo 0,5 m relativamente à representação com 0,25 m
Quadro 4 – Exemplos dos arredondamentos dos valores para processamento nos intervalos de introdução de
dados
Os ligeiros “avanços” e “atrasos” da representação gráfica com intervalos de 0,5 m, não
condicionam a análise da consistência das classificações no seu global, uma vez que, em
existindo critérios distintos adoptados pelos técnicos na classificação, estes são evidentes
na representação, tal como o inverso. Esta “escala”, com introdução de dados em
intervalos de 0,5 m, permite ainda uma considerável simplificação da organização e
processamento dos dados, pelo que, foi esta a adoptada para a representação dos
resultados das classificações.
Organização dos dados e metodologia
37
5. Organização dos dados e metodologia
5.1 Dados
Os dados deste estudo derivam naturalmente da informação contida nas classificações
realizadas e resultam da caracterização dos diversos parâmetros observados.
Parâmetros como a “granularidade”, “alteração”, “fracturação”, “percentagem de
recuperação” e “RQD”, têm como dados possíveis um conjunto limitado de alternativas,
sistematizado de forma sequencial. No Quadro 5, encontram-se indicados os dados
possíveis para os parâmetros acima referidos.
Parâmetros Granularidade Alteração Fracturação Percentagem
de recuperação
RQD
Dados possíveis
muito fina W5 F5
valores em percentagem
compreendidos entre 0 e 100
valores em percentagem
compreendidos entre 0 e 100
fina W5/4 F5/4
fina a média W4/5 F4/5
média a fina W4 F4
Média W4/3 F4/3
média a grossa W3/4 F3/4
grossa a média W3 F3
grossa W3/2 F3/2
muito grossa W2/3 F2/3
outra W2 F2
- W2/1 F2/1
- W1/2 F1/2
- W1 F1
Quadro 5 – Dados possíveis para os parâmetros “granularidade”, “alteração”, “fracturação”, “percentagem de
recuperação” e “RQD”
Contrariamente aos parâmetros anteriores, parâmetros como a “estratigrafia”, “litologia”,
“cor” e sobretudo o parâmetro “observações complementares de cariz geológico-
geotécnico”, têm como dados possíveis um conjunto consideravelmente mais abrangente
de alternativas. Acresce que no universo de dados possíveis de cada um destes
parâmetros, a relação entre os dados, não é organizada de forma sequencial, quantitativa
ou qualitativamente.
Organização dos dados e metodologia
38
No Quadro 6 indicam-se, a título de exemplo, alguns dos dados possíveis para estes
parâmetros, retirados de classificações realizadas no âmbito deste estudo.
Parâmetros Estratigrafia Litologia Cor Observações complementares de cariz geológico-geotécnico
Exemplos de alguns
dados possíveis
jurássico argila amarelo
esbranquiçado desagregado
jurássico superior
silte amarelo
acinzentado decomposto
kimeridgiano-pteroceriano
areia amarelo
acastanhado rija
Grés margas e arenitos da Praia
da Amoreira areia siltosa castanho micácea
recente silte argiloso acastanhado cimento carbonatado
moderno arenito cinzento fracturas a 45º com o eixo da
sondagem
actual argilito acinzentado preenchimento argiloso nas
fracturas
carbónico argilito siltoso amarelado fracturas onduladas
Formação de Mira
marga castanho
acinzentado passagens argilosas
J3AP calcarenito cinzento escuro perda significativa de amostra
J4 grés alaranjado nódulos carbonatados
(…) (…) (…) (…)
Quadro 6 – Exemplos de dados possíveis para os parâmetros “estratigrafia”, “litologia”, “cor” e “observações
complementares de cariz geológico-geotécnico”
A forma como os dados se encontram originalmente organizados em cada classificação
(enviada em ficheiro Excel de layout livre) variou consideravelmente, em função da forma
de trabalhar de cada técnico. O primeiro passo do processamento consiste portanto em
sistematizar e organizar os dados por “campos de processamento”, i.e. parâmetros. Por
exemplo, a descrição “areia argilosa, média a fina, castanha-amarelada (arenito
desagregável)”, seria decomposta e organizada conforme representado no Quadro 7.
Organização dos dados e metodologia
39
Parâmetros Dados
estratigrafia (o que estivesse indicado na classificação)
litologia areia argilosa
granularidade média a fina
cor castanho-amarelado
alteração --
fracturação --
% de recuperação (o que estivesse indicado na classificação)
RQD --
observações complementares de cariz geológico-geotécnico
arenito desagregável
Quadro 7 – Exemplo da sistematização e organização dos dados de uma classificação
Em função das características da amostra, tipo de rocha ou solo, e do critério adoptado
por cada técnico ao classificar a amostra, determinado parâmetro poderá ser aplicável,
ou não. No exemplo anterior, os parâmetros “alteração”, “fracturação” e “RQD” não são
aplicáveis.
5.2 Tabelas resumo da classificação
Nestas tabelas são introduzidos os dados resultantes das classificações, em intervalos de
0,5 m, de acordo com o procedimento e critério exemplificado no ponto anterior. São
portanto o primeiro passo do processamento da informação das classificações. Na figura
26, encontra-se representada, a título de exemplo, a Tabela Resumo da Classificação
C1 S1.
Organização dos dados e metodologia
40
Figura 26 – Tabela Resumo da Classificação C1 S1
O processamento da informação foi realizado em intervalos de 0,5 m, sendo a informação
correspondente a esse intervalo materializada graficamente na profundidade final do
intervalo. Por exemplo, a última camada definida na classificação C1 S1 (siltito margoso)
terá representação gráfica do valor correspondente a esse termo (valor 60), nas
profundidades 11,5, 12,0, 12,5, 13,0 e 13,5 m, apesar de ocorrer na realidade a partir os
11,0 m de profundidade. Este aspecto, prende-se com o facto de a cada profundidade, só
poder existir um dos termos / valor. O mesmo é dizer que aos 11,0 m, em termos de
representação gráfica, o material não poderá ser arenito (valor 100) e siltito margoso
(valor 60) em simultâneo. Sendo no entanto este “atraso” na representação gráfica
transversal a todas as classificações e a todos os parâmetros, pelo que, não tem impacto
na análise da consistência dos resultados.
Os campos a cinzento na tabela, indicam que na classificação C1 S1 não foi indicada
informação relativa a esse parâmetro, nessa profundidade.
S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 20
0,5 1,0 20
1,0 1,5 20
1,5 2,0 27
2,0 2,5 27
2,5 3,0 27
3,0 3,5 20
3,5 4,0 20
4,0 4,5 20
4,5 5,0 20
5,0 5,5 20
5,5 6,0 20
6,0 6,5 20
6,5 7,0 20
7,0 7,5 20
7,5 8,0 castanho alaranjado 60
8,0 8,5 60
8,5 9,0 60
9,0 9,5 77
9,5 10,0 F3 77 42
10,0 10,5 F4/5 77 42
10,5 11,0 F3 100 87
11,0 11,5 F3 100 87
11,5 12,0 F3 100 87
12,0 12,5 F3 97 71
12,5 13,0 F3 97 71
13,0 13,5 F3 97
Profundidade
(m)
C1
recente (dc) silte arenoso castanho
jurrásico
areia fina acastanhado
argila
siltito
margoso
cinzento com níveis de
negro
micácea; compacta entre 2,6 e 3,0m
argilito siltosoacastanhado e
acinzentado
desagregado; ligeiramente arenoso e
margoso
arenito fina a médiaacastanhado
desagregado
ligeiramente compacto a friável; matéria
orgânica incarbonizada; intercalações
arenosas; fracturas a 30º com bordos
irregulares
cinzento escuro nódulos carbonatados
arenito fina castanhocimento carbonatado; fracturas a 60º bordos
irregulares rugosos
Organização dos dados e metodologia
41
5.3 Tabelas resumo do parâmetro
As Tabelas Resumo do Parâmetro, como o próprio nome indica, têm como função
resumir a informação de todas as classificações da sondagem, relativamente a um
determinado parâmetro. Na figura 27, apresenta-se a Tabela Resumo do Parâmetro
“alteração”, relativa à sondagem S2.
Figura 27 – Tabela Resumo do Parâmetro “alteração” da sondagem S2
5.4 Tabelas numéricas do parâmetro e representação gráfica
As Tabelas Numéricas do Parâmetro são a tradução numérica das Tabelas Resumo do
Parâmetro. Portanto, contém a mesma informação, mas sob a forma numérica, uma vez
que resultam da conversão dos dados das Tabelas Resumo do Parâmetro para a forma
numérica, com recurso à Tabelas de Correlação (descritas em detalhe no item seguinte).
Os dados numéricos destas tabelas são utlizados para a construção gráfica dos
resultados, de cada parâmetro.
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 W4/5 W4/3 W3/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W5
0,5 1,0 W4/5 W4/3 W3/4 W4/3 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W5
1,0 1,5 W4/5 W4/3 W3/4 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W4/5
1,5 2,0 W5/4 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
2,0 2,5 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
2,5 3,0 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
3,0 3,5 W5/4 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
3,5 4,0 W5/4 W4/5 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
4,0 4,5 W5/4 W4/5 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
4,5 5,0 W4 W4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W4/3 W3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3 W4
5,0 5,5 W4 W4 W3/2 W4 W4/5 W4/5 W4/3 W3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W5 W4
5,5 6,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W4/5 W2 W4
6,0 6,5 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4
6,5 7,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4
7,0 7,5 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4
7,5 8,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4
8,0 8,5 W4 W3/4 W3/2 W4/5 W4/5 W3/5 W3 W3 W3 W4 W4 W4/5 W3/4 W4
8,5 9,0 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W4/5 W3/5 W3 W5 W5/4 W4 W4 W4/5 W3/4 W4
9,0 9,5 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W3/4 W3/4 W3 W5 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3 W4
9,5 10,0 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W3/4 W3/4 W3 W4/3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3
10,0 10,5 W5/4 W3/4 W3 W4/5 W3 W3 W3 W4/3 W5/4 W4/3 W4/5 W4/5 W3 W3
10,5 11,0 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/5 W3/4 W2 W1/2
11,0 11,5 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/3 W3/4 W3/2 W1/2
11,5 12,0 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/3 W3/4 W3/2 W1/2
12,0 12,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W4/3 W3/4 W2 W1/2
12,5 13,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W2 W1/2
13,0 13,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W1 W1/2
13,5 14,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W1 W1/2
14,0 14,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/4 W2/4 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W2/3 W1/2
14,5 15,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/4 W2/4 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W3 W1/2
S2 - Alteração - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
Organização dos dados e metodologia
42
Na figura 28, apresentam-se as 3 tabelas relativas ao processamento do parâmetro
“granularidade” da sondagem S1, e na figura 29, apresenta-se o respectivo gráfico com o
resultado do parâmetro.
Figura 28 – Tabelas relativas ao processamento do parâmetro “granularidade” (sondagem S1)
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0 fina fina fina
2,0 2,5 fina
2,5 3,0 fina
3,0 3,5 fina fina fina fina fina fina
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0 fina
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5 media méd a gr méd a fina méd a fina méd a fina grossa fina médfina a
médiamédia
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0 méd a gr méd a gr fina a méd grossa fina a méd média
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0 grossa
11,0 11,5
11,5 12,0
12,0 12,5
12,5 13,0
13,0 13,5
Profundidade
(m)
média
fina
média a
fina
fina
fina
médiamédia
média
média
média
fina
média
fina
S1 - Granularidade - Tabela Resumo do Parâmetro
média a
fina
média
fina
fina
média
média a
fina
fina
fina a
média
fina
fina
média
fina a
média
média a
fina
média a
fina
fina
fina
fina a
média
fina
fina a
média
fina
fina a
média
fina
fina a
média
finafina
fina
fina a
média
média a
grossa
fina a
média
fina a
média
fina a
grossa
média a
grossa
fina
fina
fina
média
fina
fina a
média
fina
fina a
média
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
muito grossa 100
grossa 85
média a grossa; grossa a média 70
média 55
fina a média; média a fina 40
fina 25
muito f ina 10
outro 0
Granularidade
(S1 e S2)
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 25 25 40 25 25 25 25 25
0,5 1,0 25 25 40 25 25 25 25 25
1,0 1,5 25 25 40 25 25 25 25 25
1,5 2,0 25 25 25 40 25 25 25 25 25
2,0 2,5 25 40 25 25 25 25 25 25 40
2,5 3,0 25 40 25 25 25 25 25 25 25 40
3,0 3,5 40 25 25 40 25 25 25 25 25 25
3,5 4,0 25 40 25
4,0 4,5 40 40 25
4,5 5,0 40 40 25
5,0 5,5 40 55 40 40 40 25 25 40 25 25
5,5 6,0 40 55 40 40 40 25 25 40 55 25 25
6,0 6,5 40 55 55 40 40 40 40 40 85 40 55 40 40 55
6,5 7,0 40 40 55 40 70 0 55 55 55 55 55
7,0 7,5 40 40 55 40 70 0 55 55 55 55 55
7,5 8,0 40 70 55 40 70 0 40 55 85 55 40 55
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5
9,5 10,0 25 40 40 25 40 70 55 40 55 40 40 55
10,0 10,5 25 40 40 25 40 70 55 40 55 40 40 55
10,5 11,0 25 40 40 25 40 70 55 40 55 40 85 55
11,0 11,5 25 40 55 25 40 25
11,5 12,0 25 55 25 25
12,0 12,5 25 25 25
12,5 13,0 25 25 25
13,0 13,5 25 25 25
S1 - Granularidade - Tabela Numérica do Parâmetro
Profundidade
(m)
Organização dos dados e metodologia
43
Figura 29 – Variação da “granularidade” com a profundidade nas diferentes classificações da sondagem S1
5.5 Tabelas de correlação - conversão numérica dos dados
As tabelas de correlação foram criadas para converter os dados das classificações para a
forma numérica, de modo a que estes pudessem ser representados graficamente, na
mesma escala.
A conversão numérica dos dados foi efectuada através da correspondência entre os
dados obtidos e um valor numérico, de 0 a 100, de modo a permitir a representação
gráfica de cada parâmetro, nesse intervalo de valores e no eixo das ordenadas. A relação
entre os dados e o respectivo valor para representação gráfica, é obtida a partir de uma
tabela de correlação, construída especificamente para cada parâmetro, com uma escala
de correspondência. No caso da percentagem de recuperação e índice RQD, não é
necessária tabela de correlação, pois os dados são já de si numéricos e compreendidos
no intervalo de valores escolhido para a sua representação gráfica (0 a 100).
Foram criadas tabelas de correlação de diferentes tipos, função das características
específicas de cada parâmetro, embora com duas premissas em comum: intervalo de
valores compreendido entre 0 a 100 e ponderação dos resultados função da
representatividade e importância relativa em termos geotécnicos no âmbito da
classificação de sondagens. Sempre que existiam vários termos “aproximados” nas
classificações, estes foram organizados por grupos, portanto, com o mesmo valor.
Organização dos dados e metodologia
44
Por exemplo, na tabela de correlação do parâmetro “cor” da sondagem S1, os dados
“cinzento”, acinzentado”, “cinzento claro” e “cinzento escuro”, fazem parte de um mesmo
grupo.
Parâmetros como “estratigrafia”, “litologia”, “cor” e “observações complementares de cariz
geológico-geotécnico”, tem tabelas distintas para as sondagens S1 e S2, uma vez que os
termos utlizados na classificação estão dependentes do contexto de cada sondagem.
5.5.1 Tabela de correlação – Parâmetro “Estratigrafia”
Para o parâmetro “estratigrafia”, não é possível a correlação dos dados obtidos das
classificações com uma sequência numérica crescente, estabelecida de modo objectivo.
Foi por isso criada uma tabela de correlação para cada sondagem (S1 e S2), que
relaciona os dados obtidos com valores, de forma somente a distingui-los na
representação gráfica, permitindo assim estudar a consistência e dispersão dos
resultados obtidos nas classificações.
A tabela criada para cada sondagem, distingue sete termos não relacionados entre si
sequencialmente, nem em termos quantitativos nem em termos qualitativos, sendo
associados a estes sete termos, sete valores distintos, sequenciais, com incrementos
variáveis de 10 ou 20 valores, procurando-se ponderar e valorizar de forma distinta a
maior ou menor “proximidade” relativa entre termos consecutivos.
Os sete termos distinguidos em cada uma das tabelas, difere, função do contexto
estratigráfico em que cada sondagem foi realizada, e consequentemente, função dos
termos utilizados pelos técnicos nas classificações.
As figuras 30 e 31 representam as tabelas de correlação, entre os dados das
classificações e o respectivo valor para representação gráfica, para as sondagens S1 e
S2.
Organização dos dados e metodologia
45
Figura 30 – Tabela de correlação para o parâmetro “estratigrafia” na sondagem S1
Figura 31 – Tabela de correlação para o parâmetro “estratigrafia” na sondagem S2
5.5.2 Tabela de correlação – Parâmetro “Litologia”
Para o parâmetro “litologia”, à semelhança do parâmetro “estratigrafia”, não é possível a
correlação dos dados obtidos das classificações com uma sequência numérica crescente,
estabelecida de modo objectivo. Foram por isso criadas duas tabelas de correlação, uma
para cada sondagem (S1 e S2), que relacionam os dados obtidos com valores, de forma
somente a distingui-los na representação gráfica, permitindo assim estudar a consistência
e dispersão dos resultados obtidos nas classificações. Para a sondagem S1, a tabela
criada distingue nove termos e para a sondagem S2 a tabela distingue sete termos.
Em ambos casos, os termos não são relacionados entre si sequencialmente, nem em
termos quantitativos nem em termos qualitativos, sendo associados aos termos definidos,
valores distintos, sequenciais, em geral em incrementos de 10 valores.
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
jurássico - J4 90
jurássico 80
actual; aterro 60
recente 50
moderno 40
depositos vertente?/jurássico? 20
Estratigrafia
(S1)
jurássico superior - J3AP -
Grés, margas e arenitos da
Praia da Amoreira - Porto Novo
100
Parâmetro Dados da classificaçãoValor para
representação gráfica
carbónico inferior 90
carbónico 80
actual 60
recente 50
moderno 40
depósitos de cobertura 20
Estratigrafia
(S2)
HMi - Formação de Mira (Grupo
do Flysch do Baixo Alentejo)100
Organização dos dados e metodologia
46
Nos casos em que a proximidade relativa entre dois termos consecutivos é menor em
termos geológico-geotécnicos, o incremento entre intervalos é de 20 valores (por
exemplo de “marga” para “calcarenito” na sondagem S1 e de “fragmentos de xisto” para
“xisto argiloso” na sondagem S2).
As figuras 32 e 33 representam as tabelas de correlação, entre os dados das
classificações e o respectivo valor para representação gráfica, para as sondagens S1 e
S2.
Figura 32 – Tabela de correlação para o parâmetro “litologia” na sondagem S1
Figura 33 – Tabela de correlação para o parâmetro “litologia” na sondagem S1
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
calcarenito; arenito; arenito
siltoso; grés100
marga; marga argilosa 80
argilito; argilito siltoso; argilito
arenoso70
siltito margoso; silte areno-
margoso60
argila; argila siltosa; argila
margosa; argila silto-margosa40
areia argilosa; argila arenosa 30
areia; solo arenizado; areia
siltosa; areia silto argilosa20
silte; silte arenoso 10
bloco de arenito; bloco de
calcário0
Litologia
(S1)
Parâmetro Dados da classificaçãoValor para
representação gráfica
grauvaque 100
xisto grauvaque 90
xisto 80
xisto argiloso; xisto grafitoso;
xisto sericitico70
fragmentos de xisto,
graváquicos, quartzosos50
silte; silte argiloso 30
depósito cobertura; aterro;
coluvião10
Litologia
(S2)
Organização dos dados e metodologia
47
5.5.3 Tabela de correlação – Parâmetro “Granularidade”
Para o parâmetro “granularidade”, os dados obtidos da classificação são transformados
em valores compreendidos entre 0 e 100, função da dimensão crescente do grão, e em
patamares com incrementos de 15 valores. O objectivo é obter-se uma correlação
numérica sequencial crescente e consistente, entre a dimensão do grão e o valor
numérico para representação gráfica.
A figura 34, representa a tabela de correlação para ambas as sondagens, entre os dados
da classificação da dimensão do grão e o respectivo valor para representação gráfica.
Figura 34 – Tabela de correlação para o parâmetro “granularidade” nas sondagens S1 e S2
5.5.4 Tabela de correlação – Parâmetro “Cor”
Para o parâmetro “cor”, à semelhança dos parâmetros “estratigrafia” e “litologia”, não é
possível a correlação dos dados obtidos das classificações com uma sequência numérica
crescente, estabelecida de modo objectivo. Foram por isso criadas duas tabelas de
correlação, uma para cada sondagem (S1 e S2), que relacionam os dados obtidos com
valores, de forma somente a distingui-los na representação gráfica, permitindo assim
estudar a consistência e dispersão dos resultados obtidos nas classificações.
Ambas as tabelas distinguem sete termos, não relacionados entre si sequencialmente de
forma objectiva, nem em termos quantitativos nem em termos qualitativos. A estes termos
está associada uma sequência crescente de valores, em incrementos de 10 ou 20
valores, procurando-se ponderar e valorizar de forma distinta, respectivamente, a maior
ou menor “proximidade relativa” em termos cromáticos, ao termo seguinte.
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
muito grossa 100
grossa 85
média a grossa; grossa a média 70
média 55
fina a média; média a fina 40
fina 25
muito f ina 10
outro 0
Granularidade
(S1 e S2)
Organização dos dados e metodologia
48
Cada um destes termos abrange em geral mais do que uma cor ou conjugação de cores,
procurando-se incorporar em cada termo, conjuntos de cores relativamente aproximadas,
comparativamente às demais.
As figuras 35 e 36 representam as tabelas de correlação, entre os dados das
classificações e o respectivo valor para representação gráfica, para as sondagens S1 e
S2.
Figura 35 – Tabela de correlação para o parâmetro “cor” na sondagem S1
Figura 36 – Tabela de correlação para o parâmetro “cor” na sondagem S2
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
cinzento esverdeado; castanho
esverdeado100
cinzento; acinzentado; cinzento
claro; cinzento escuro90
castanho acinzentado; cinzento
acastanhado80
castanho; acastanhdo 60
castanho amarelado; amarelo
acastanhado; amarelo
acinzentado; castanho
alaranjado; esbranquiçado
acinzentado; creme acinzentado;
castanho claro; beje; creme
40
amarelo esbranquiçado; amarelo;
amarelado; amarelo alaranjado;
alaranjado; creme acastanhado;
castanho esbranquiçado
20
sem indicação sem valor
Cor
(S1)
Parâmetro Dados da classificaçãoValor para
representação gráfica
cinzento escuro; negro 100
cinzento; acinzentado 90
castanho acinzentado; cinzento
acastanhado; cinzento
avermelhado; acinzentado e
castanho avermelhado
80
castanho; acastanhado 60
cinzento amarelado; bege
alaranjado; amarelo
acastanhado; castanho
amarelado
40
esverdeado avermelhado 20
sem indicação sem valor
Cor
(S2)
Organização dos dados e metodologia
49
5.5.5 Tabela de correlação – Parâmetro “Alteração”
Para o estado de alteração (W), os dados obtidos da classificação são transformados em
valores compreendidos entre 0 e 100, em intervalos com aumento linear de 10 valores,
exceptuando na passagem do 1º para o 2º intervalo (de “outro” para “W5”) em que o
aumento é de 20 valores. Este facto, resulta da intenção de ponderar e valorizar de forma
distinta a maior discrepância de critérios, durante a classificação da amostra. Com efeito,
a este facto atribui-se uma importância relativa superior em termos de discrepância de
critérios, se comparado, por exemplo, com a diferença entre W4 e W4/5 (incremento de
10 valores).
O valor “zero” é atribuído a termos que não os habitualmente utilizados na classificação
do estado de alteração da rocha. O maior incremento de valor (20 valores) pondera
precisamente essa diferença, a que se atribui importância relativa superior, pelo
afastamento do critério convencionado.
Para uma simplificação dos critérios e visando uma melhor representatividade dos
resultados, e consequentemente melhor leitura gráfica, os termos intermédios como W4/5
e W5/4, W3/4 e W4/3, W3/2 e W2/3, W2/1 e W1/2, admitem-se equivalentes, e como tal,
representados pelo mesmo valor numérico na representação gráfica, apesar de, em rigor,
não terem o mesmo significado absoluto em termos geológico-geotécnicos.
A figura seguinte representa a tabela de correlação para ambas as sondagens, entre os
dados da classificação do estado de alteração e o respectivo valor para representação
gráfica.
Figura 37 – Tabela de correlação para o parâmetro “alteração” nas sondagens S1 e S2
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
W1 100
W2/1; W1/2 90
W2 80
W3/2; W2/3 70
W3 60
W4/3; W3/4 50
W4 40
W5/4; W4/5 30
W5 20
outro 0
Alteração
(S1 e S2)
Organização dos dados e metodologia
50
5.5.6 Tabela de correlação – Parâmetro “Fracturação”
Para o estado de fracturação (F), a abordagem e a ponderação dos valores para
representação gráfica, foi em tudo idêntica à utilizada para o estado de alteração, uma
vez que os pressupostos são idênticos.
A figura seguinte representa a tabela de correlação entre os dados da classificação do
estado de fracturação e o respectivo valor para representação gráfica.
Figura 38 – Tabela de correlação para o parâmetro “fracturação” nas sondagens S1 e S2
5.5.7 Tabela de correlação – Parâmetro “Percentagem de Recuperação”
Para o parâmetro “percentagem de recuperação” não existe tabela de correlação, uma
vez que não existe necessidade de conversão dos dados, pois estes são já de si
numéricos e compreendidos entre 0 e 100.
Figura 39 – Tabela de valores de percentagem de recuperação para representação gráfica nas sondagens S1 e S2
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
F1 100
F2/1; F1/2 90
F2 80
F3/2; F2/3 70
F3 60
F4/3; F3/4 50
F4 40
F5/4; F4/5 30
F5 20
outro 0
Fracturação
(S1 e S2)
Parâmetro Dados da classificaçãoValor para
representação gráfica
Percentagem de recuperação
(S1 e S2)Valor de 0 a 100
Idêntico ao valor da
classificação
Organização dos dados e metodologia
51
5.5.8 Tabela de correlação – Parâmetro “RQD”
Para o parâmetro “RQD”, à semelhança do parâmetro “percentagem de recuperação”,
não existe tabela de correlação, uma vez que não existe necessidade de conversão dos
dados, pois estes são já de si numéricos e compreendidos entre 0 e 100.
Figura 40 – Tabela de valores de RQD para representação gráfica nas sondagens S1 e S2
5.5.9 Tabela de correlação – Parâmetro “Observações complementares de
cariz geológico-geotécnico”
O parâmetro “observações complementares de cariz geológico-geotécnico”, engloba toda
a informação descritiva complementar que cada técnico utiliza na classificação da
sondagem. Por essa razão, a informação é por demais variada, não só devido ao
contexto geológico-geotécnico específico de cada sondagem, que condiciona o tipo de
observação complementar, como pelo facto de ser neste “parâmetro” que cada técnico
descreve “com mais liberdade”, de forma interpretativa, cada aspecto ou detalhe que
julgue digno de registo.
Foram por isso criadas duas tabelas de correlação distintas, uma para cada sondagem,
função do tipo de informação contida nas classificações de cada sondagem.
Tratando-se de sondagens realizadas em contextos geológico-geotécnicos distintos,
nomeadamente a S1 em solo e a S2 em rocha, o tipo de informação complementar das
classificações, difere consideravelmente. Desde logo, nas classificações da sondagem
S1, aspectos como as “passagens” de granulometria distinta, ou a “resistência ou
consistência” do material assumem especial importância. Nas classificações da
sondagem S2, as principais observações complementares dizem respeito sobretudo à
fracturação, sendo essa referência, mais sucinta ou mais descritiva, ou até exaustiva em
diversos aspectos relacionados com o tipo de fractura.
Parâmetro Dados da classificaçãoValor para
representação gráfica
RQD
(S1 e S2)Valor de 0 a 100
Idêntico ao valor da
classificação
Organização dos dados e metodologia
52
A tabela de correlação criada para a informação das classificações da sondagem S1,
distingue oito termos, tendo-se procurado ponderar genericamente a representatividade
de cada um, no âmbito da caracterização geológico-geotécnica.
A tabela de correlação criada para as classificações da sondagem S2, distingue somente
quatro termos, uma vez que é consideravelmente menor a diversidade de aspectos
caracterizados em termos de observações complementares. Com efeito, as observações
complementares são predominantemente relativas à caracterização das fracturas.
No sentido de sistematizar os diversos aspectos e tipos de informação resultante da
classificação da sondagem, a informação foi organizada em conjuntos de observações do
mesmo tipo. Esta informação, pode no entanto ser objectivamente diferente, mas na
metodologia criada para o estudo da “consistência das classificações de sondagens”, ter
o mesmo significado. Por exemplo, no caso do conjunto “cores” (valor 10) ainda que, para
a mesma profundidade duas classificações atribuam cores complementares distintas
(laivos avermelhados vs laivos acinzentados), esta informação é considerada “similar” e
recebe o mesmo valor para representação gráfica (10), portanto, à luz deste estudo, é
consistente, pois ambos os autores das classificações optaram por complementar as
descrições com informação complementar relativamente ao mesmo aspecto, a cor.
Em exemplo contrário, informações complementares referentes a “cores”, ou à “natureza
do cimento da rocha”, ou às “características das fracturas”, representam abordagens
técnicas distintas, em que o técnico opta por dar mais enfase em termos de descrição
complementar a um aspecto em detrimento de outros. Esta é a análise em termos de
consistência que se pretende distinguir neste parâmetro, sendo por isso valorizadas de
forma distinta para representação gráfica (10, 60 e 80, respectivamente).
É ainda de realçar, que o objecto deste trabalho se centra no estudo da consistência das
classificações geológico-geotécnicas, pelo que a ponderação dos valores atribuídos aos
vários termos não tem significado em termos qualitativos, nem tão pouco avalia a maior
ou menor qualidade da classificação. O mesmo é dizer que uma descrição exaustiva das
condições das fracturas no que diz respeito à sua atitude, preenchimento, rugosidade,
espaçamento, etc, no limite, poderá não estar correcta, apesar de ponderada com o valor
100. O valor atribuído pretende somente distinguir diferentes tipos de critérios e
abordagens técnicas, distinguindo sobretudo os diversos aspectos a que cada
classificação atribui maior ênfase (por exemplo, alteração, resistência, variação
granulométrica, etc), e não, a avaliação técnica de uma dada “observação
complementar”, pretensão que este estudo não concerne.
Organização dos dados e metodologia
53
As figuras 41 e 42 representam as tabelas de correlação, entre os dados das
classificações e o respectivo valor para representação gráfica, para as sondagens S1 e
S2.
Figura 41 – Tabela de correlação para o parâmetro “observações complementares de cariz geológico-
geotécnico” na sondagem S1
Figura 42 – Tabela de correlação para o parâmetro “observações complementares de cariz geológico-
geotécnico” na sondagem S2
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
mais que 2 aspectos 100
características das fracturas 80
resistência; consistência 70
natureza do cimento 60
componente ou passagem
(micacea, argilosa, arenosa,
siltosa, margosa, etc)
50
materiais de aterro 30
nódulos; concreções;
impregnações; granularidade;
fossilifero
20
cores; estratif icação 10
Observações
complementares de cariz
geológico-geotécnico
(S1)
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
mais que 2 aspectos com
ênfase na descrição das
fracturas
100
alteração, fracturação e outros
aspectos80
alteração ou fracturação 50
cores; litologia complementar;
não recuperado10
Observações
complementares de cariz
geológico-geotécnico
(S2)
Processamento dos dados
55
6. Processamento dos dados
A informação das 14 classificações de ambas as sondagens S1 e S2, foi decomposta e
sistematizada nas respectivas Tabelas Resumo da Classificação. Os registos originais
das classificações (layout original enviado pelos técnicos) são apresentados em anexo.
Os itens seguintes detalham o processamento da informação de cada classificação e de
cada parâmetro, passando pelos seguintes passos: Tabela Resumo da Classificação;
Tabela Resumo do Parâmetro, conversão para a Tabela Numérica do Parâmetro (com
recurso à tabela de correlação quando aplicável); apresentação do resultado sob a forma
gráfica.
6.1 Tabelas resumo das classificações
6.1.1 Sondagem S1
Figura 43 – Tabela Resumo da Classificação C1 S1
S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 20
0,5 1,0 20
1,0 1,5 20
1,5 2,0 27
2,0 2,5 27
2,5 3,0 27
3,0 3,5 20
3,5 4,0 20
4,0 4,5 20
4,5 5,0 20
5,0 5,5 20
5,5 6,0 20
6,0 6,5 20
6,5 7,0 20
7,0 7,5 20
7,5 8,0 castanho alaranjado 60
8,0 8,5 60
8,5 9,0 60
9,0 9,5 77
9,5 10,0 F3 77 42
10,0 10,5 F4/5 77 42
10,5 11,0 F3 100 87
11,0 11,5 F3 100 87
11,5 12,0 F3 100 87
12,0 12,5 F3 97 71
12,5 13,0 F3 97 71
13,0 13,5 F3 97
ligeiramente compacto a friável; matéria
orgânica incarbonizada; intercalações
arenosas; fracturas a 30º com bordos
irregulares
cinzento escuro nódulos carbonatados
arenito fina castanhocimento carbonatado; fracturas a 60º bordos
irregulares rugosos
micácea; compacta entre 2,6 e 3,0m
argilito siltosoacastanhado e
acinzentado
desagregado; ligeiramente arenoso e
margoso
arenito fina a médiaacastanhado
desagregado
Profundidade
(m)
C1
recente (dc) silte arenoso castanho
jurrásico
areia fina acastanhado
argila
siltito
margoso
cinzento com níveis de
negro
Processamento dos dados
56
Figura 44 – Tabela Resumo da Classificação C2 S1
Figura 45 – Tabela Resumo da Classificação C3 S1
S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 10
0,5 1,0 10
1,0 1,5 10
1,5 2,0 38
2,0 2,5 W4/3 F4/5 38 18
2,5 3,0 W4/3 F4/5 38 18
3,0 3,5 24
3,5 4,0 W5/4 24
4,0 4,5 W5/4 24
4,5 5,0 6
5,0 5,5 W5 6
5,5 6,0 W5 6
6,0 6,5 areia média amarelado 8 alguma componente siltosa
6,5 7,0 8
7,0 7,5 8
7,5 8,0 areia argilosamédia a
grossaamarelo alaranjado 83 arenito decomposto
8,0 8,5 W5/4 F4/5 83 43
8,5 9,0 W5/4 F4/5 83 43
9,0 9,5argila
margosacinzento 100
componente arenosa; plástica; matéria
vegetal incarbonizada na base
9,5 10,0 W3 F4/3 100 81
10,0 10,5 W3 F5/4 100 44
10,5 11,0 W3 F5/4 100 71
11,0 11,5 W3/4 F4/3 100 71
11,5 12,0 W3/4 F4/3 100 71
12,0 12,5 W3/4 F4/3 100 43
12,5 13,0 W3/4 F4/3 100 43
13,0 13,5 W3/4 F4/3 100 43
algo micáceo; cimento margoso
arenito fina a média acinzentado
cimento argilo-margoso; micáceo; fracturas
sub-horizontais a oblíquas e por vezes com
evidências de oxidação
marga
argilosacinzento esverdeado
componente arenosa micácea; concreções
carbonatadas
arenito média a finaamarelado a
esbranquiçado
cimento carbonatado; veios matéria vegetal
incarbonizada
fragmentos areniticos; restos de cerâmica
jurássico,
possivelmente
Kimeridgiano-
Pteroceriano
(J4)
arenito fina a média amarelo acinzentadomicáceo; cimento margoso; níveis de
matéria vegetal incarbonizada
marga
argilosaacinzentado
micáceo; componente arenosa; elevado teor
de água (plástica)
arenito fina a média acinzentado e amarelado micáceo; cimento margoso
arenito média a fina amarelado
Profundidade
(m)
C2
recente (at) silte arenoso amarelado acastanhado
S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 7
0,5 1,0 7
1,0 1,5 7
1,5 2,0 29 19
2,0 2,5 calcarenito finatons cremes e laivos
negrosF4/3 29 19
Fracturas a 80º pouco onduladas, rugosas;
preenchimento argiloso
2,5 3,0 29 19
3,0 3,5 17
3,5 4,0 17
4,0 4,5 17
4,5 5,0 7
5,0 5,5 7
5,5 6,0 7
6,0 6,5 7
6,5 7,0 7
7,0 7,5 7
7,5 8,0 60
8,0 8,5 60
8,5 9,0 60
9,0 9,5 78 45
9,5 10,0 F3 78 45
10,0 10,5 F5 78 45
10,5 11,0 F4/3 100 45
11,0 11,5 100 45
11,5 12,0 100 45
12,0 12,5 100
12,5 13,0 100
13,0 13,5 100
acinzentados escuros
evidência de circulação de água; fracturas a
80°, muito oxidadas, por vezes com óxidos
negros, ligeiramente onduladas, rugosas;
laivos acastanhados escuros
margosa?
muito rija, com fracturas incipientes
inclinadas 45° em relação ao eixo da
sondagem (marga?)
acinzentado
acinzentado
acinzentado
acastanhado
esverdeados e
acinzentados
creme
fina
fina
média
fina a média
areia siltosa
areia siltosa
argila siltosa
Profundidade
(m)
C3areia
argila
calcarenito
jurrásico
superior
argila
margosa
Processamento dos dados
57
Figura 46 – Tabela Resumo da Classificação C4 S1
Figura 47 – Tabela Resumo da Classificação C5 S1
S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 7
0,5 1,0 7
1,0 1,5 7
1,5 2,0 25
2,0 2,5 25
2,5 3,0 25
3,0 3,5 13
3,5 4,0 13
4,0 4,5 13
4,5 5,0 7
5,0 5,5 7
5,5 6,0 7
6,0 6,5 7
6,5 7,0 7
7,0 7,5 7
7,5 8,0 59
8,0 8,5 59
8,5 9,0 59
9,0 9,5 71
9,5 10,0 F4/3 71 58
10,0 10,5 F4/3 71 58
10,5 11,0 F4/3 95 64
11,0 11,5 F4 95 64
11,5 12,0 F4 95 64
12,0 12,5 F4 96 39
12,5 13,0 F4 96 39
13,0 13,5 F4 96 39
ligeiramente arenitica
fina a média amarelo acastanhadoareia
acastanhado
acinzentado
passagens argilosas
cinzento esverdeado
amareladocompacto; cimento carbonatado, passagens
mais grosseiras
passagem de arenito compacto 2.6 a 3.0
Profundidade
(m)
C4 jurrásico
areia siltosa fina
marga
argila
arenito fina
S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 7
0,5 1,0 7
1,0 1,5 7
1,5 2,0areia silto-
argilosaacastanhado
2,0 2,5 W3 F3/4 36 16
2,5 3,0 W3 F3/4 36 16
3,0 3,5 areia siltosa acastanhado solta
3,5 4,0 W4 F5 19
4,0 4,5 W4 F5 19
4,5 5,0 silte argilosocastanho amarelado
cinzento escuro
5,0 5,5 5
5,5 6,0 5
6,0 6,5 areiamédia a
grossaacastanhado
6,5 7,0 5
7,0 7,5 5
7,5 8,0 areia argilosamédia a
grossaacinzentado matriz argilosa, baixa plasticidade
8,0 8,5 81
8,5 9,0 81
9,0 9,5 argila siltosaacinzentado e
acastanhado
9,5 10,0 W3 F3/4 80 80
10,0 10,5 W3 F3/4 100 44
10,5 11,0 W3 F3/4 100 41
11,0 11,5 W3 F3/4 100 41
11,5 12,0marga
gresosa
acinzentado cinzento
amareladoW4 F4/5 100 49
Fr 0º e 20º, onduladas, rugosas, sem
preenchimento
12,0 12,5 100
12,5 13,0 100
13,0 13,5 100
matriz parcialmente cimentada,
desagregável
argila
margosaacinzentado grãos de cascalho fino
marga
argilosa
cinzento a castanho
avermelhado
calcarenito fina a média castanho amarelado
fracturas com ângulos entre 20º e 45º com o
eixo da sondagem, onduladas, rugosas,
sem preenchimento
cascalho dissiminado e raizes
J3AP - Grés,
margas e
arenitos da
Praia da
Moreira e
Porto Novo
grés fina branco acinzentadoestrutura estratificada e matérias
carbonosas
argila
margosaacastanhado transição para marga gresosa aos 4.30m
areia siltosa fina a média cinzento acastanhado calhaus dispersos
areiamédia a
grossacastanha amarelado
Profundidade
(m)
C5
recente (dc) areia siltosa acastanhado
Processamento dos dados
58
Figura 48 – Tabela Resumo da Classificação C6 S1
Figura 49 – Tabela Resumo da Classificação C7 S1
S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 9
0,5 1,0 9
1,0 1,5 9
1,5 2,0
2,0 2,5 36
2,5 3,0 36
3,0 3,5
3,5 4,0 10
4,0 4,5 10
4,5 5,0
5,0 5,5 5
5,5 6,0 5
6,0 6,5 areia média a fina amarelado depósito de praia / aterro ?
6,5 7,0 5
7,0 7,5 5
7,5 8,0
8,0 8,5 84
8,5 9,0 84
9,0 9,5
9,5 10,0 F3 100 82
10,0 10,5 F3 100 44
10,5 11,0 F4 99 54
11,0 11,5 89
11,5 12,0 89
12,0 12,5 100
12,5 13,0 100
13,0 13,5 100
acinzentado e bejefragmentos de cerâmica e argila margosa
(aterro?)
argilito
arenosoacinzentado micáceo
argila cinza esverdeadolaivos avermelhados; argilito muito
descomprimido
arenitomédia a
grossaamarelado
cimento carbonatado; fracturas com
escasso preenchimento e subhorizontais
fragmentos de cerâmicas dispersos
(aterro?)
blocos de
arenito
Profundidade
(m)
C6
moderno
areia fina a média acinzentado
jurássico -J4
areia siltosa fina a grossa beje e cinzento arcósia; grés muito descomprimido e friável
micáceo; aterro pedregoso ?
areia fina a média
S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 10
0,5 1,0 10
1,0 1,5 10
1,5 2,0 areia siltosa fina castanho esverdeadolitoclastica; fragmentos liticos e cerâmicos
<2cm
2,0 2,5 W2 F3 36 25
2,5 3,0 W2 F3 36 25
3,0 3,5 areia fina castanho claromicácea; ligeiram. consolidada; nódulos
siltosos
3,5 4,0 21
4,0 4,5 21
4,5 5,0 argila cinzento muito plástica
5,0 5,5 5
5,5 6,0 5
6,0 6,5 areia média a fina alaranjado litoclástica; nódulos argilosos cinzentos
6,5 7,0 7
7,0 7,5 7
7,5 8,0 areia argilosa fina a média alaranjado litoclástica; com componente siltosa
8,0 8,5 W2/3 F3 84 26
8,5 9,0 W2/3 F3 84 26
9,0 9,5 argila cinzento nódulos silto-arenosos; veios avermelhados
9,5 10,0 W2 F3 100 73
10,0 10,5 W2 F3 100 40
10,5 11,0 W2 F3 100 45
11,0 11,5 W2 F3 100 45
11,5 12,0 W2 F3 100 45
12,0 12,5 W2 F3 100 38
12,5 13,0 W2 F3 100 38
13,0 13,5 W2 F3 100 38
argilito cinzento micáceo; impregnações carbonatadas
argilito cinzento esverdeado
zonas mais alaranjadas resultantes de
fenómenos de oxidação; ocorrências
carbonatadas (fósséis?)
arenito média amarelo esbranquiçadomicáceo; cimento carbonatado; evidência de
circulação de água; grão mais fino na base
arenito média castanho amarelado
cimento carbonatado; fragmentos liticos
(<1cm); micáceo; ferruginoso; nucleos
argilosos na base
cinzento
rijo; finamente estratificado; reage
fortemente ao HCL (contem componente
carbonatada)
areia fina amareladosolta; litoclástica; com fragmentos areniticos
e elementos quartzosos (d<2cm)
freável
jurássico
superior –
Kimeridgiano
Grés,
margas e
arenitos da
Praia da
Amoreira-
Porto Novo
(J3AP)
Profundidade
(m)
C7
Aterro
Actual
areia fina cinzento acastanhado
areia alaranjadosemi-consolidada; litoclástica; facilmente
freável; com fragmentos calcários <5cm
arenito finaesbranquiçado a
acinzentado
micáceo; cimento carbonatado; bandado
negro finamente estratificado (horizontal)
argilito
Processamento dos dados
59
Figura 50 – Tabela Resumo da Classificação C8 S1
Figura 51 – Tabela Resumo da Classificação C9 S1
S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 7
0,5 1,0 7
1,0 1,5 7
1,5 2,0
2,0 2,5 W3/4 F4 35 16
2,5 3,0 W3/4 F4 35 16
3,0 3,5 areia argilosa finacastanho com laivos
alaranjadosmicácea;
3,5 4,0 19
4,0 4,5 19
4,5 5,0
5,0 5,5 4
5,5 6,0 4
6,0 6,5 areia siltosa média a finaamarelado e castanho
claro
6,5 7,0 5
7,0 7,5 5
7,5 8,0
8,0 8,5 80
8,5 9,0 80
9,0 9,5
9,5 10,0 W3/2 F4/3 91 73
10,0 10,5 W3/2 F4/3 100 44
10,5 11,0 W3/3 F4/3 93 37
11,0 11,5 93 37
11,5 12,0 93 37
12,0 12,5 94
12,5 13,0 94
13,0 13,5 94
C8
recente (at) areia siltosa fina acastanhado
argila silto-
margosa
cinzento escuro
acastanhado
areia média
alaranjado e amarelado
com laivos
acastanhados
silte areno
margosocinzento
argila
margosacinzento
arenito média a fina
Profundidade
(m)
micácea; componente margosa; presença
de elementos estranhos (restos de
cerâmica)
jurrásico
arenito finacinzento claro a
acastanhado
margoso; estratificação fina; matéria vegetal
incarbonizada anegrada; fortemente
micáceo
levemente micácea; rara matéria vegetal
incarbonizada
algo argilosa; levemente micácea; com
oxidação
micáceo com restos de matéria vegetal
incarbonizada negra
plástica; com concreções carbonatadas
esbranquiçadas; com laivos esverdeados e
alaranjados/ avermelhados
amarelado e
esbranquiçado
cimento carbonatado; passagens de areia
grossa; fracturas subhorizontais e raras
obliquas; evidências de dissolução e
oxidação
S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 12
0,5 1,0 12
1,0 1,5 12
1,5 2,0 areia siltosa fina castanho claronódulos argilo-siltosos cinzentos e
fragmentos líticos dim<2cm
2,0 2,5 35
2,5 3,0 35
3,0 3,5 areia siltosa fina castanho claronódulos argilo-siltosos cinzentos e
fragmentos líticos dim<3cm
3,5 4,0 18
4,0 4,5 18
4,5 5,0 argila cinzento escuro alguma plasticidade
5,0 5,5 8
5,5 6,0 8
6,0 6,5 areia grossa castanho amareladonódulos argilosos cinz <1cm; alguma
plasticidade
6,5 7,0 10
7,0 7,5 10
7,5 8,0 areia argilosa grossa castanho amarelado laivos castanhos
8,0 8,5 80
8,5 9,0 80
9,0 9,5 argila cinzento escuro plástica
9,5 10,0 95
10,0 10,5 95
10,5 11,0solo
arenizadobeje rosado 95 micas, nódulos negros e carbonatos
11,0 11,5 95
11,5 12,0 95
12,0 12,5 argila cinzento 100 componente arenosa fina
12,5 13,0 100
13,0 13,5 100
Profundidade
(m)
areia siltosa fina
fragm líticos dim<5cm, completamente
arenizados, com nódulos negros, algumas
micas e carbonatos
C9
aterro silte acastanhadocascalho de dimensão variada e fragmentos
de alvenaria (tijolo): material de aterro
jurássico
superior -
J3AP - Grés,
Margas e
Arenitos
daPraia da
Amoreira -
Porto Novo
solo
arenizadobege
compacto, micáceo, laivos negros; presença
de carbonatos (efervescência com HCl)
argila cinzento escuro presença de micas; não plástico
areia média castanhofragmentos líticos dimensão <5cm, de
natureza carbonatada, amarelados
argila cinzento acastanhado laivos acatanhdos e amarelados; duro
argila cinzentomicas, rijo, com alguma componente
arenosa fina a média
argila cinzento acastanhado
laivos amarel e acastanh (duro), até 9,59 m;
A partir de 9,59 m: solo completamente
arenizado, de tons bege/rosado, com micas,
nódulos negros e carbonatos
argila castanho acinzentado rijo, com forte componente arenosa grossa
Processamento dos dados
60
Figura 52 – Tabela Resumo da Classificação C10 S1
Figura 53 – Tabela Resumo da Classificação C11 S1
S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 5
0,5 1,0 5
1,0 1,5 5
1,5 2,0 25 20
2,0 2,5 25 20
2,5 3,0 arenito fina creme acinzentado F4 25 20estratificação por finos leitos negros
(matéria carbonosa) inclinada a 5-10º
3,0 3,5arenito/siltito
arenosofina creme acinzentado 8
ligeiramente micáceo com zonas menos
consolidadas
3,5 4,0 8
4,0 4,5 8
4,5 5,0 7
5,0 5,5 7
5,5 6,0 7
6,0 6,5 5
6,5 7,0 5
7,0 7,5 5
7,5 8,0 60
8,0 8,5 60
8,5 9,0 60
9,0 9,5 77 33
9,5 10,0 F3 77 33
10,0 10,5 F4/5 77 33
10,5 11,0 F3/4 100 87
11,0 11,5 100 87
11,5 12,0 100 87
12,0 12,5 95 71
12,5 13,0 95 71
13,0 13,5 95 71
argila/ argilito cinzento claro
ligeiramente micáceo, com zonas
ligeiramente margosas; fracturas, quando
identificáveis, inclinadas cerca de 30º, de
bordos ligeiramente irregulares e
ligeiramente rugosos
argilacinzento claro levemente
esverdeadoplástica
arenito média creme acastanhdo
fractura (?) inclinada cerca de 70º em
relação ao eixo da sondagem, de bordos
irregulares e rugosos
Profundidade
(m)
areia argilosa acastanhadoligeiramente alaranjado; zona com perda
significativa de amostra
C10 jurrásico
Silte creme acinzentado ligeiramente arenoso
argila acinzentadoligeiramente silto-arenosa; zona com perda
significativa de amostra
areia média a fina acastanhadoligeiramente alaranjado; zona com perda
significativa de amostra
S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 10
0,5 1,0 10
1,0 1,5 10
1,5 2,0 areia siltosa acastanhado 27 blocos de arenito carbonatado
2,0 2,5 27
2,5 3,0 27
3,0 3,5 15
3,5 4,0 15
4,0 4,5 15
4,5 5,0 3
5,0 5,5 3
5,5 6,0 3
6,0 6,5 3
6,5 7,0 3
7,0 7,5 3
7,5 8,0 57
8,0 8,5 57
8,5 9,0 57
9,0 9,5 73 53
9,5 10,0 73 53
10,0 10,5 73 53
10,5 11,0 W3 F3/4 100
11,0 11,5 100
11,5 12,0 100
12,0 12,5 97
12,5 13,0 97
13,0 13,5 97
arenito / siltito finaacinzentado a
acastanhadoarenito fino / siltito; micáceo
argila siltosa acinzentado dura
arenito amarelado
carbonatado; abundantes bioclastos; entre
10.90 e 11.20m apresenta núcleos
argilosos dispersos na matriz arenosa
alaranjado laivos silto-argilosos acinzentados
areia argilosa média alaranjado
arenito friável resultando em areia média
argilosa com passagens silto-argilosas
acizentadas
aterro essencialmente arenoso fino com
pequenos fragmentos de tijolo
jurássico
J3AP - Grés,
Margas e
Arenitos da
Praia da
Amoreira e
Porto Novo
Profundidade
(m)
C11
recente (at)areia fina
areia siltosa acastanhado micáceo; laivos acinzentados
silte acinzentado siltito friável; passagens finas arenosas
areia média
Processamento dos dados
61
Figura 54 – Tabela Resumo da Classificação C12 S1
Figura 55 – Tabela Resumo da Classificação C13 S1
S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 7
0,5 1,0 7
1,0 1,5 7
1,5 2,0 28
2,0 2,5 28
2,5 3,0bloco de
calcário28 aterro
3,0 3,5 13
3,5 4,0 13
4,0 4,5 13
4,5 5,0 argilacinzento escuro a
esverdeado3 fragmentos de carvão
5,0 5,5 3
5,5 6,0 3
6,0 6,5 areia fina a média amarelado 3
6,5 7,0 3
7,0 7,5 3
7,5 8,0 60
8,0 8,5 60
8,5 9,0 60
9,0 9,5 77 46
9,5 10,0 F3 77 46
10,0 10,5 F4/3 77 46
10,5 11,0 F4/3 100 40
11,0 11,5 F4/3 100 40
11,5 12,0 100 40
12,0 12,5 95
12,5 13,0 95
13,0 13,5 95
fracturas a 60º com vestigios de percolação
de água
laivos acinzentados; por vezes com
passagens um pouco arenosas; com
vestigios de carsificação e oxidação de cor
acastanhada
arenito fina a média castanho esbranquiçadofragmentos de conchas dispersos e finos
preenchimentos argilosos
aterro; pequenos fragmentos de cerâmica
areia
jurrásico
areia fina amarelado fragmentos areniticos
acastanhado aterro; por vezes argilosa
areia-argilosa castanho acinzentado aterro
argila
arenosacastanho alaranjado laivos castanhos escuros
argila
margosa
Profundidade
(m)
C12
recente
areia castanho acinzentado
cinzento esverdeado
marga acinzentado
S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 4
0,5 1,0 4
1,0 1,5 4
1,5 2,0
2,0 2,5 37
2,5 3,0 37
3,0 3,5 areia siltosa fina castanho amarelado micácea
3,5 4,0 19
4,0 4,5 19
4,5 5,0
5,0 5,5 2
5,5 6,0 2
6,0 6,5 areia fina a média acastanhado quartzosa
6,5 7,0 4
7,0 7,5 4
7,5 8,0 areia argilosa fina a média micácea; finas passagens argilosas
8,0 8,5 82
8,5 9,0 82
9,0 9,5
9,5 10,0 F3 100 100
10,0 10,5 F5 100 44
10,5 11,0 grossa F4 100 88
11,0 11,5 F3 100
11,5 12,0 100
12,0 12,5 100
12,5 13,0 100
13,0 13,5 100
micácea; algo friável
passagens arroxeadas
arenitofina a média
alaranjado cor alaranjado devido à oxidação; micáceo
passagem a areia média castanha
areia fragmentos areniticos subangulosos
areia argilosa média begeC13
depósitos de
vertente (?) /
jurássico -
J3AP (?)
areia siltosa fina cinzento amarelado
argila
margosacinzento
jurássico -
J3AP - Grés,
margas e
arenitos da
praia da
Amoreira e
Porto Novo
marga cinzento
marga cinzento
Profundidade
(m)
passagens argilosas
arenito fina castanho amarelado
cimento carbonatado; micáceo; finas
passagens margosas cinzentas escuras
(blocos/ depósito de vertente?)
Processamento dos dados
62
Figura 56 – Tabela Resumo da Classificação C14 S1
6.1.2 Sondagem S2
Figura 57 – Tabela Resumo da Classificação C1 S2
S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0 areia siltosa fina amarelado
2,0 2,5 30 16
2,5 3,0 30 16
3,0 3,5 areia siltosa fina amarelado
3,5 4,0 20
4,0 4,5 20
4,5 5,0arenito silto-
argilosofina cinzento-acastanhado
5,0 5,5 0
5,5 6,0 0
6,0 6,5 areia média amarelado
6,5 7,0 5
7,0 7,5 5
7,5 8,0 areia média amarelado
8,0 8,5 60
8,5 9,0 60
9,0 9,5 60
9,5 10,0 100 64
10,0 10,5 100 64
10,5 11,0 100 64
11,0 11,5 100
11,5 12,0 100
12,0 12,5 100
12,5 13,0 100
13,0 13,5 100
amarelado fossilifero
arenito
siltosofina acinzentado
argila
margosacinzento esverdeado laivos avermelhados
arenito média amarelado
intercalações de grão grosseiro;
laminações micáceas com inclinações de
20º com o eixo da sondagem
amarelado raizes (aterro?)
jurássico
arenito média a fina amarelado
passando a arenito fino siltoso micáceo,
com orientação (laminação) das micas com
20 a 25º com o eixo da sondagem
arenito silto-
argilosofina cinzento
arenito
siltosofina amarelado micáceo
calcarenito
Profundidade
(m)
C14
recente (at) areia siltosa fina
média
S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 27
0,5 1,0 27
1,0 1,5 27
1,5 2,0 W5/4 33
2,0 2,5 W5/4 33
2,5 3,0 W5/4 33
3,0 3,5 W5/4 20
3,5 4,0 W5/4 20
4,0 4,5 W5/4 20
4,5 5,0 W4 F5/4 60
5,0 5,5 W4 F5/4 100
5,5 6,0 W4 F5/4 100
6,0 6,5 W4 F5/4 80
6,5 7,0 W4 F5/4 70
7,0 7,5 W4 F5/4 70
7,5 8,0 W4 F5/4 100
8,0 8,5 W4 F5/4 38
8,5 9,0 W5/4 F5 38
9,0 9,5 W5/4 F5 50
9,5 10,0 W5/4 F5 50
10,0 10,5 W5/4 F5 50
10,5 11,0 W3/2 F5 100
11,0 11,5 W3/2 F4/5 100
11,5 12,0 W3/2 F4/5 60
12,0 12,5 W2 F4/5 100
12,5 13,0 W2 F4 100
13,0 13,5 W2 F4 100 17
13,5 14,0 W2 F4 100 34
14,0 14,5 W2 F4 100 20
14,5 15,0 W2 F4 100
Profundidade
(m)
depósito de
coberturaacastanhado
xisto
fragmentos de xisto e restos de raizes no
topo (depósito de cobertura)
acastanhado e
acinzentado
decomposto a muito alterado recuperado
como argila siltosa
acastanhado
muito alterado; xistosidade a inclinar cerca
de 40º com o eixo; fracturas quando
identificaveis a inclinar cerca de 40º com o
eixo; de bordos lisos a ligeiramente
irregulares, oxidados e com preenchimento
argiloso
acinzentado e
acastanhado
xistosidade a inclinar cerca de 40º com o
eixo da sondagem; fracturas quando
identificáveis a inclinar cerca de 40º em
relação ao eixo da sondagem, de bordos
lisos e planos com ligeira patine argilosa;
presença de pequenas massas e filonetes
de quartzo dispersos
cinzento escuro
decomposto a muito alterado; recuperado
como argila siltosa; fragmentos de xisto e
quartzo dispersos (zona de falha?)
C1carbónico
xisto
silte argiloso
xisto
xisto
Processamento dos dados
63
Figura 58 – Tabela Resumo da Classificação C2 S2
Figura 59 – Tabela Resumo da Classificação C3 S2
S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 20
0,5 1,0 20
1,0 1,5 20
1,5 2,0 silte argilosocalhaus de xisto; horizonte de rocha
decomposta
2,0 2,5 W4/5 F5 50
2,5 3,0 W4/5 F5 50
3,0 3,5 xisto castanho avermelhado decomposto
3,5 4,0 W4/5 F5 24
4,0 4,5 W4/5 F5 24
4,5 5,0 W4 F5 38
5,0 5,5 W4 F5 50
5,5 6,0 W3/4 F4/5 100
6,0 6,5 W3/4 F4/5 100
6,5 7,0 W3/4 F4/5 75
7,0 7,5 W3/4 F4/5 75
7,5 8,0 W3/4 F4/5 100
8,0 8,5 W3/4 F4/5 50
8,5 9,0 W3/4 F4/5 50
9,0 9,5 W3/4 F4/5
9,5 10,0 W3/4 F4/5 85
10,0 10,5 W3/4 F4/5 33
10,5 11,0 W3/4 F4/5 100 33
11,0 11,5 W3/4 F4/5 100
11,5 12,0 W3/4 F4/5 40
12,0 12,5 W3/4 F4/5 100
12,5 13,0 W3/4 F4/5 100
13,0 13,5 W3/4 F4/5 100 43
13,5 14,0 W3/4 F4/5 100 45
14,0 14,5 W3/4 F4/5 100 30
14,5 15,0 W3/4 F4/5 100 30
intensamente fracturado e com clivagem
intensa pelos planos de foliação formando
lascas, com passagens argilificadas entre
as seguintes profundidade: 6,00-6,07m;
7,50-7,59m; 9,00-9,20m
xisto cinzento escuro
(carbonatado), pontualmente injectado por
vénulas de quartzo, com clivagem intensa
pelos planos de foliação formando lascas.
As superfícies resultantes da clivagem pela
foliação apresentam-se lisas e polidas
muito alterado e muito fracturado com
passagens argilosas
xisto castanho avermelhadomuito alterado e muito fracturado com
passagens argilosas
xisto castanho acinzentado
muito alterado e muito fracturado; parte
facilmente pelos planos de foliação
formando lascas
Profundidade
(m)
C2
recente (dc)calhaus de
xistocastanho avermelhado
carbónico
xisto castanho avermelhado
xistoacinzentado e castanho
avermelhado
S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 25
0,5 1,0 25
1,0 1,5 25
1,5 2,0frag xisto
grauváquicosacastanhado 35
fragmentos rochosos (<3 cm); laivos
amarelados e avermelhados
2,0 2,5 35
2,5 3,0 35
3,0 3,5frag xisto
grauváquicosacastanhado 21
fragmentos rochosos (<3 cm); laivos
amarelados e avermelhados
3,5 4,0 21
4,0 4,5 21
4,5 5,0fragmentos
xistentosnegro W3/2 F5 62 muito fracturados e friáveis à mão (<3 cm)
5,0 5,5fragmentos
grauváquicoscastanho W3/2 F5 100
natureza xistenta, luzente, negra; laivos
amarelados
5,5 6,0 W3/2 F5 100
6,0 6,5 W3/2 F5 86
6,5 7,0 W3/2 F5 77
7,0 7,5 W3/2 F5 100
7,5 8,0 W3/2 F5 100
8,0 8,5 W3/2 F5 48
8,5 9,0 W3/2 F5 48
9,0 9,5fragmentos
quartzososacinzentado W3/2 F5 60 matriz argilo-siltosa
9,5 10,0 W3/2 F5 60
10,0 10,5 W3 F5 83
10,5 11,0 W1 F4/5 100
11,0 11,5 W1 F5 96
11,5 12,0 W1 F5 64
12,0 12,5 W1 F5 100
12,5 13,0 W1 F5 100
13,0 13,5 W1 F3/5 100 26
13,5 14,0 W1 F3/5 100 26
14,0 14,5 W1 F3/5 100 15
14,5 15,0 W1 F4/3 100 15
Profundidade
(m)
C3carbónico -
Formação de
Mira (HMi)
fragmentos
grauváquicoscastanho
xisto negro
fragmentos rochosos; laivos amarelados e
avermelhados
fragmentos
grauváquicoscastanho
fragmentos rochosos; laivos amarelados e
avermelhados
fragmentos
grauváquicoscastanho
fragmentos de xisto; silicioso; entre 14.9 e
15.0m com presença de quartzo
fragmentos rochosos; laivos amarelados e
avermelhados
fragmentos
xistentosnegro luzentes
fragmentos
xistentosnegro
luzentes; entre 9.8 e 9.9m dim<2cm; entre
10.2 e 10.5m dim<6cm
Processamento dos dados
64
Figura 60 – Tabela Resumo da Classificação C4 S2
Figura 61 – Tabela Resumo da Classificação C5 S2
S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 W4/5 F5/4 25
0,5 1,0 W4/5 F5/4 25
1,0 1,5 W4/5 F5/4 25
1,5 2,0 W4/5 F5/4 35
2,0 2,5 W4/5 F5/4 35
2,5 3,0 W4/5 F5/4 35
3,0 3,5 W4/5 F5/4 20
3,5 4,0 W4/5 F5/4 20
4,0 4,5 W4/5 F5/4 20
4,5 5,0 W4 F5/4 44
5,0 5,5 W4 F5/4 87
5,5 6,0 W4 F5/4 100
6,0 6,5 W4 F5/4 70
6,5 7,0 W4 F5/4 75
7,0 7,5 W4 F5/4 75
7,5 8,0 W4 F5/4 100
8,0 8,5 W4/5 F5/4 19
8,5 9,0 W4/5 F5/4 19
9,0 9,5 W4/5 F5/4 31
9,5 10,0 W4/5 F5/4 31
10,0 10,5 W4/5 F5/4 42
10,5 11,0 W3 F5/4 100 33
11,0 11,5 W3 F5/4 60
11,5 12,0 W3 F5/4 50
12,0 12,5 W2 F5/4 100
12,5 13,0 W2 F5/4 100
13,0 13,5 W2 F4/5 100 36
13,5 14,0 W2 F4/5 100 43
14,0 14,5 W2 F4/5 100 20
14,5 15,0 W2 F4/5 100
Profundidade
(m)
muito fracturado; filonentes de quartzo;
xistosidade e fracturação a 45º com o eixo
da sondagem
C4 carbónico
xisto acastanhado
muito fracturado e muito alterado;
preenchimento argiloso nas fracturas; por
vezes passagens decompostas; menos
alterado para a base; xistosidade e
fracturação a 45º com eixo da sondagem
xisto cinzento escuro
S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 W4/3 F5 19
0,5 1,0 W4/3 F5 19
1,0 1,5 W4/3 F5 19
1,5 2,0 W4/5 F5/4
2,0 2,5 W4/5 F5/4 46
2,5 3,0 W4/5 F5 46
3,0 3,5 W5 F5
3,5 4,0 W5 F5 20
4,0 4,5 W5 F5 20
4,5 5,0 xisto argilosoacastanhdo e
acinzentadoW3/4 F5 38
fracturação/xistosidade subhorizontais e a
45º; oxidação nas fracturas
5,0 5,5 xisto argilosoacastanhdo e
acinzentadoW4/5 F5 83
laivos alaranjados; passagens silto-
argilosas
5,5 6,0 W3/4 F5 100
6,0 6,5 W3/4 F5 63
6,5 7,0 W3/4 F5 60
7,0 7,5 W3/4 F5 60
7,5 8,0 W3/4 F5 100
8,0 8,5 W4/5 F5 23
8,5 9,0 W4/5 F5 23
9,0 9,5 W3/4 F5
9,5 10,0 W3/4 F5 63
10,0 10,5 W3 F5 33
10,5 11,0 W2/3 F4/5 83 33
11,0 11,5 W2/3 F5 72
11,5 12,0 W2/3 F5 38
12,0 12,5 W2/3 F5 100
12,5 13,0 W2/3 F5 100
13,0 13,5 W2/3 F5/4 100 33
13,5 14,0 W2/3 F5/3 73 31
14,0 14,5 W2/4 F5/4 72 20
14,5 15,0 W2/4 F5/4 93
Profundidade
(m)
xisto grafitoso cinzento escuro a negro
delgados veios irreguares de quartzo
esbran1uiçado e com sulfuretos (pirite);
predominância de xistosidade/fracturação a
45º com eixo da sondagem
C5 carbónico
xistoacastanhado e
acinzentado
algo grauvacoide; com laivos alaranjados;
micáceo; intensamente fracturado
xistocastanho alaranajdo e
acinzentado
algo grauvacóide; micáceo; muito alterado a
decomposto; passagens silto-argilosas e
fracturas subhorizontais
xisto castanho acinzentado
decomposto; adquirindo carácter silto-
argiloso com fragmentos liticos; com laivos
alaranjados
xisto argiloso cinzento acastanhado
Processamento dos dados
65
Figura 62 – Tabela Resumo da Classificação C6 S2
Figura 63 – Tabela Resumo da Classificação C7 S2
S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 W3/4 F5 27
0,5 1,0 W3/4 F5/4 27
1,0 1,5 W3/4 F5/4 27
1,5 2,0 W3/5 F5/4
2,0 2,5 W3/5 F5/4 53
2,5 3,0 W3/5 F5/4 53
3,0 3,5 W4/5 F5/4
3,5 4,0 W4/5 F5/4 29
4,0 4,5 W4/5 F5/4 29
4,5 5,0 W3/4 F5 64
5,0 5,5 W4/5 F5 100
5,5 6,0 W3/4 F5 100
6,0 6,5 W3/4 F5 70
6,5 7,0 W3/4 F5 76
7,0 7,5 W3/4 F5 76
7,5 8,0 W3/4 F5 100
8,0 8,5 W3/5 F5 45
8,5 9,0 W3/5 F5 45
9,0 9,5 W3/4 F5
9,5 10,0 xisto argiloso cinzento W3/4 F5 84
laivos amarel e averm; intercalações
grauvaque e veios de quartzo; oxidação nas
fracturas e superficies de xistosidade;
medianamente a muito alterado
10,0 10,5 xisto argiloso cinzento escuro W3 F5 50veios e filonetes de quartzo; em geral
medianamente alterado
10,5 11,0 W2/3 F5/4 100 37
11,0 11,5 W2/3 F5 100
11,5 12,0 W2/3 F5 66
12,0 12,5 W2/3 F5 100
12,5 13,0 W2/3 F5 100
13,0 13,5 W2/3 F4/5 100 34
13,5 14,0 W2/3 F3/5 100 31
14,0 14,5 W2/4 F5/4 100 20
14,5 15,0 W2/4 F5/4 100
cinzento acastanhado
delgadas intercalações de grauvaque;
evidências de oxidação nas fracturas e
superfícies de xistosidade; medianamente a
muito alterado; com passagens
decompostas; fracturação/xistosidade a 45º
e raras fracturas subverticais
xisto argiloso cinzento escuro
intercalações de grauvaque e presença de
pirite; pouco a medianamente alterado;
fracturas subhorizontais e obliquas em
relação ao eixo da sondagem
Profundidade
(m)
C6
xisto cinzento
intercalação de grauvaque; tonalidades
avermelhadas e alaranjadas devido à
oxidação; medianamente a muito alterado
xisto cinzento avermelhado
intercalação de grauvaque; tonalidades
avermelhadas e alaranjadas; micáceo;
muito alterado a decomposto; adquirindo
um carácter silto-argiloso com fragmentos
liticos
xisto argilosoacinzentado e
acastanhado
delgadas intercalações de grauvaque;
evidências de oxidação nas fracturas e
superfícies de xistosidade; medianamente a
muito alterado; com passagens
decompostas silto-argilosas; laivos
alaranjados; fracturação/xistosidade
subhorizontal e a 45º
xisto argiloso cinzento escuro
carbónico
interecalação de grauvaque; veios de
quartzo; pouco a medianamente alterado;
passagens muito alteradas
xisto argiloso
S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 recente (dc)coluvião
fragmen xistoacastanhado 25
fragmentos de xisto envoltos por silte
argiloso
0,5 1,0 W4/3 F5 25
1,0 1,5 W4/3 F5 25
1,5 2,0 W4/3 F5 35
2,0 2,5 W4/3 F5 35
2,5 3,0 W4/3 F5 35
3,0 3,5 W4/3 F5 20
3,5 4,0 W4/3 F5 20
4,0 4,5 W4/3 F5 20
4,5 5,0 W4/3 F5 50
5,0 5,5 W4/3 F5 100
5,5 6,0 W3 F5 100
6,0 6,5 W3 F5 76
6,5 7,0 W3 F5 80
7,0 7,5 W3 F5 80
7,5 8,0 W3 F5 100
8,0 8,5 W3 F5 48
8,5 9,0 W3 F5 48
9,0 9,5 W3 F5 67
9,5 10,0 W3 F5 67
10,0 10,5 W3 F5 57
10,5 11,0 W2/1 F5 67
11,0 11,5 W2/1 F4/5 74
11,5 12,0 W2/1 F4/5 64
12,0 12,5 W2/1 F4/5 100
12,5 13,0 W2/1 F4/5 100
13,0 13,5 W2/1 F4/5 100 14
13,5 14,0 W2/1 F4/5 100 29
14,0 14,5 W2/1 F4/5 100 20
14,5 15,0 W2/1 F4/5 100
C7carbónico
xisto acastanho
laivos rosados; muito fracturado;
intercalações decimétricas de xisto
decomposto, recuperado como argila de
tons acastanhados claros; xistosidade com
inclinação de 50º em relação ao eixo,
coincidente com a maioria das fracturas;
fracturas muito oxidadas pontualmente com
preenchimento argiloso
xistoacinzentado e
acastanhado claro
Profundidade
(m)
medianamente alterado; xistosidade a 50º
coincidente com a maioria das fracturas;
fracturas muito oxidadas com
preenchimento argiloso; passagem de
quartzo entre 9.0 e 9.8m; fim da zona de
alteração superficial (zona oxidada)
xisto
grauvacóide
acinzentado escuro a
negro
superficies de xistosidade lisas e pouco
onduladas com inclinação de 60º em
relação ao eixo da sondagem; fracturas
subverticais ligeiramente onduladas, lisas;
nos últimos 0,3m com presença de argila
de falha (?)
Processamento dos dados
66
Figura 64 – Tabela Resumo da Classificação C8 S2
Figura 65 – Tabela Resumo da Classificação C9 S2
S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 23
0,5 1,0 23
1,0 1,5 23
1,5 2,0
2,0 2,5 48
2,5 3,0 48
3,0 3,5
3,5 4,0 43
4,0 4,5 43
4,5 5,0 W3 F5 49
5,0 5,5 W3 F5 100
5,5 6,0 W3 F5 100
6,0 6,5 W3 F5 70
6,5 7,0 W3 F5 70
7,0 7,5 W3 F5 70
7,5 8,0 W3 F5 97
8,0 8,5 W3 F5 25
8,5 9,0 W5 25
9,0 9,5 W5
9,5 10,0 W4/3 F5 100
10,0 10,5 W4/3 F5 64
10,5 11,0 W4/3 F5 100 40
11,0 11,5 W4/3 F5 90
11,5 12,0 W4/3 F5 60
12,0 12,5 W2 F5/4 99
12,5 13,0 W2 F5/4 99
13,0 13,5 W2 F5/4 96 34
13,5 14,0 W2 F5/4 96 34
14,0 14,5 W2 F5/4 100 15
14,5 15,0 W2 F5/4 100 15
Profundidade
(m)
C8
recente (dc)
depósito/
aterro
cascalho de
xisto
cinzento amareladocascalho de xisto envolto numa matriz
sito-argilosa
carbónico
xisto argilosoacinzentado e cinzento
escuro
grauvacóide, muito alterado e fracturado
fundamentalmente pela xistosidade;
xistosdade oblíqua; fracturas lisas com
película ferruginosa
silte argiloso cinzentomicáceo, com fragmentos de xisto: xisto
esmagado e decomposto
xisto argilosocinzento a cinzento
escuro
grauvacóide, com filonetes de quartzo
leitoso; ocorrem passagens centimétricas
esmagadas e brecheficadas
grauvaquecinzento a cinzento
escuro
laminações de xisto argiloso cinzento
escuro; facturas sinxistosas predominantes,
oblíquas, lisas e com escasso
preenchimento; ocorrem mineralizações de
sulfuretos disseminadas no folheto xistoso
S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 23
0,5 1,0 23
1,0 1,5 W5/4 23
1,5 2,0 W5/4 30
2,0 2,5 W5/4 30
2,5 3,0 W5/4 30
3,0 3,5 W5/4 18
3,5 4,0 W5/4 18
4,0 4,5 W5/4 18
4,5 5,0 W5/4 60
5,0 5,5 W5/4 100
5,5 6,0 W3 F5 92
6,0 6,5 W3 F5 80
6,5 7,0 W3 F5 67
7,0 7,5 W3 F5 67
7,5 8,0 W3 F5 100
8,0 8,5 W3 F5 40
8,5 9,0 W5/4 40
9,0 9,5 W5/4 50
9,5 10,0 W5/4 50
10,0 10,5 W5/4 50
10,5 11,0 W1 F5 100
11,0 11,5 W1 F5 60
11,5 12,0 W1 F5 60
12,0 12,5 W1 F5 95
12,5 13,0 W1 F5 100
13,0 13,5 W1 F5 100 43
13,5 14,0 W1 F4 100 29
14,0 14,5 W1 F3 92
14,5 15,0 W1 F3 100
acinzentado
zona muito alterada com presença de argila
de tons acinzentados, fragmentos de xisto e
quartzo (zona de falha?); zona com perda
significativa de amostra
xisto cinzento escuro a negro
níveis intercalados de espessura
decimétrica de tons mais claros
correspondentes a zonas ligeiramente mais
grosseiras (metassiltitos); estratificação
inclinada cerca de 40-50º em relação ao
eixo da sondagem, muito próxima,
provocando desplacamento; fracturas
coincidentes com a xistosidade; presença
de quartzo de cor branca nos ultimos 10cm
da sondagem
Profundidade
(m)
C9
actualdepósito de
coberturanão recuperado
carbónico
xisto acastanhadodecomposto a muito alterado, com
frequentes zonas argilisadas
xisto acastanhado
estratificação inclinada 20º, muito apertada,
provocando desplacamento; fracturas
coincidentes com a estratificação, de bordos
planos, lisos e frequentemente oxidados, c/
presença de minerais de tons alaranjados;
localmente observam-se fracturas pouco
extensas subparalelas ao eixo, de bordos
irregulares e rugosos
xisto / argila
Processamento dos dados
67
Figura 66 – Tabela Resumo da Classificação C10 S2
Figura 67 – Tabela Resumo da Classificação C11 S2
S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 W4/5 F5 23
0,5 1,0 W4/5 F5 23
1,0 1,5 W4/5 F5 23
1,5 2,0 W4/5 F5 33
2,0 2,5 W4/5 F5 33
2,5 3,0 W4/5 F5 33
3,0 3,5 W4/5 F5 18
3,5 4,0 W4/5 F5 18
4,0 4,5 W4/5 F5 18
4,5 5,0 W4 F5 46
5,0 5,5 W4 F5 100
5,5 6,0 W4 F5 100
6,0 6,5 W4 F5 80
6,5 7,0 W4 F5 75
7,0 7,5 W4 F5 75
7,5 8,0 W4 F5 100
8,0 8,5 W4 F5 25
8,5 9,0 W4 F5 25
9,0 9,5 W4 F5 75
9,5 10,0 W4 F5 42
10,0 10,5 W4/3 F5 43
10,5 11,0 W3 F5 100 50
11,0 11,5 W3 F5 100
11,5 12,0 W3 F5 50
12,0 12,5 W3/2 F4/5 100
12,5 13,0 W3/2 F4/5 100
13,0 13,5 W3/2 F4/5 100 51
13,5 14,0 W3/2 F4/5 100 57
14,0 14,5 W3/2 F4/5 100 23
14,5 15,0 W3/2 F4/5 100 23
Profundidade
(m)
alterado a pouco alterado; apresenta
xitosidade intensa com textura sedosa no
interior dos planos de xistosidade
C10 carbónico
xisto-
grauvaqueacastanhado
muito alterado a decomposto; resulta num
solo predominantemente siltoso com
fragmentos xistosos dispersos
xisto-
grauvaquecinzento acastanhado
alterado a muito alterado; apresenta
xitosidade intensa com textura sedosa no
interior dos planos de xistosidade
xisto-
grauvaquecinzento a negro
S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 W4/5 F5 23
0,5 1,0 W4/5 F5 23
1,0 1,5 W4/5 F5 23
1,5 2,0 W4/5 F5 33
2,0 2,5 W4/5 F5 33
2,5 3,0 W4/5 F5 33
3,0 3,5 W4/5 F5 18
3,5 4,0 W4/5 F5 18
4,0 4,5 W4/5 F5 18
4,5 5,0 W4/5 F5 40
5,0 5,5 W4/5 F5 100
5,5 6,0 W4/3 F5 100
6,0 6,5 W4/3 F5 86
6,5 7,0 W4/3 F5 70
7,0 7,5 W4/3 F5 70
7,5 8,0 W4/3 F5 100
8,0 8,5 W4 F5 35
8,5 9,0 W4 F5 35
9,0 9,5 W4/5 F5 50
9,5 10,0 W4/5 F5 100
10,0 10,5 W4/5 F5 50
10,5 11,0 W4/5 F5 100 43
11,0 11,5 W4/3 F5 92
11,5 12,0 W4/3 F5 66
12,0 12,5 W4/3 F5 95
12,5 13,0 W3/2 F5 100 58
13,0 13,5 W3/2 F4/5 100 24
13,5 14,0 W3/2 F4/5 100 79
14,0 14,5 W3/2 F4/5 100 30
14,5 15,0 W3/2 F4/5 100
Profundidade
(m)
C11
xisto castanho acinzentado
abundantes preenchimentos argilosos
acastanhados; com passagens argilosas
regra geral entre os 9,00 - 9,45m; por vezes
com finos veios de quartzo; fraturas a 0-10º,
25-35º, 45º e 80-90º, com vestigios de
oxidação acastanhados e finos
preenchimentos argilosos; xistosidade
regra geral a 45º
xisto cinzento escuro
por vezes com finos preenchimentos
argilosos acinzentados; com finos veios de
quartzo; fracturas a 0-10º, 30º, 45º, 65º e 80-
90º, por vezes com finos preenchimentos
argilosos; xistosidade regra geral a 45º
Processamento dos dados
68
Figura 68 – Tabela Resumo da Classificação C12 S2
Figura 69 – Tabela Resumo da Classificação C13 S2
S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 W4/5 F5 21
0,5 1,0 W4/5 F5 21
1,0 1,5 W4/5 F5 21
1,5 2,0 W4/5 F5
2,0 2,5 W4/5 F5 48
2,5 3,0 W4/5 F5 48
3,0 3,5 W4/5 F5
3,5 4,0 W4/5 F5 23
4,0 4,5 W4/5 F5 23
4,5 5,0 W4/5 F5 51
5,0 5,5 W4/5 F5 83
5,5 6,0 W4/5 F5 100
6,0 6,5 W3/4 F5 50
6,5 7,0 W3/4 F5 70
7,0 7,5 W3/4 F5 70
7,5 8,0 W3/4 F4/5 100
8,0 8,5 W4/5 F5 25
8,5 9,0 W4/5 F5 25
9,0 9,5 W4/5 F5
9,5 10,0 W4/5 F5 86
10,0 10,5 W4/5 F5 20
10,5 11,0 W3/4 F4/5 100 37
11,0 11,5 W3/4 F5 82
11,5 12,0 W3/4 F5 50
12,0 12,5 W3/4 F5 94
12,5 13,0 W3/4 F4/5 100
13,0 13,5 W3/4 F5 100 39
13,5 14,0 W3/4 F3 93 33
14,0 14,5 W3/4 F4/5 84 26
14,5 15,0 W3/4 F5 100 0
Profundidade
(m)
C12HMi -
Formação de
Mira
xisto bege alaranjado
xisto cinzento
muito alterado a decomposto; com
passagens argilosas e oxidação alaranjada
nos planos de xistosidade; entre os 10,20m
e os 10,50 interceptou-se veio quartzo
esbranquiçado
xisto grafitoso cinzento
medianamente alterado; com xistosidade
muito penetrativa e com cerca de 50º ao eixo
do tarolo. Observam-se intercalações
xistentas, milimétricas a centimétricas, de
cor cinzenta-escura, com intercalações
grauvaquóides, mais claras e centimétricas
e finos veios quartzosos esbranquiçados.
Aos 14,90m interceptou-se veio quartzoso
esbranquiçado com 3cm de espessura
muito alterado a decomposto; argilificado;
com intercalações argilosas centimétricas
xisto cinzento
muito alterado a decomposto; xistosidade
muito fina; planos de xistosidade com
oxidação alaranjada
xisto cinzento
medianamente a muito alterado; oxidado;
planos de xistosidade com cerca de 50º de
inclinação em relação ao eixo do tarolo
S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 W4 F4 25
0,5 1,0 W4 F4 25
1,0 1,5 W4 F4 25
1,5 2,0fragmentos
idemacastanhdo W4 F4
laivos amarelados e avermelhados;
dimensão<3cm
2,0 2,5 W4 F4 35
2,5 3,0 W4 F4 35
3,0 3,5fragmentos
idemacastanhdo W4 F4/5
laivos amarelados e avermelhados;
dimensão<3cm
3,5 4,0 W4 F4/5 21
4,0 4,5 W4 F4/5 21
4,5 5,0 W3 F5 75
5,0 5,5 W5 F4 100
5,5 6,0 W2 F4 86
6,0 6,5 W2 F4 90
6,5 7,0 W2 F4 75
7,0 7,5 W2 F4 75
7,5 8,0 W2 F4 100
8,0 8,5 W3/4 F5 50
8,5 9,0 W3/4 F5 50
9,0 9,5frag líticos nat
quartzosanegro W3 F5
dimensão<3cm; matriz argilo-siltosa
acinzentada
9,5 10,0frag litic nat
xistenta e qznegro W3 F5 80
dim variadas; fraqueza estrutural por
contacto litológico
10,0 10,5fragmentos
xistonegro W3 F5 60
veios de quartzo; fracturação e moagem
mecânica
10,5 11,0 W2 F4 100fracturas paralelas à xistosidade; 40º em
relação eixo
11,0 11,5 W3/2 F5 95fracturação generalizada em diferentes
direcções (fracturação mecânica)
11,5 12,0 W3/2 F5 65fracturas paralelas à xistosidade; 40º em
relação eixo
12,0 12,5 W2 F5/4 100fracturas paralelas à xistosidade; 30º em
relação eixo
12,5 13,0 W2 F5/4 100 idem com algumas fracturas mecânicas
13,0 13,5 W1 F4/4 100 25
13,5 14,0 W1 F4/3 100 55
14,0 14,5 W2/3 F4 100 45
14,5 15,0 W3 F4 100 0 idem com veios de quartzo
Profundidade
(m)
xisto negro
fracturas paralelas à xistosidade, 40º em
relação ao eixo da carote
C13carbónico
Formação de
Mira (Hmi)
fragmentos
xisto
grauváquicos
castanho amareladoóxidos de ferro; micáceo; o xisto possui
sericite; fracturas paralelas à xistosidade
fragmentos
xisto
grauváquicos
castanho amareladoóxidos de ferro; micáceo; o xisto possui
sericite; fracturas paralelas à xistosidade
fragmentos
xisto
grauváquicos
castanho amareladoóxidos de ferro; micáceo; o xisto possui
sericite; fracturas mecânicas
xisto sericitico esverdeado avermelhado
ferruginizado; fract paralelas à xistosidade;
55º com o eixo
ferruginizado; fract paralelas à xistosidade;
55º com o eixo; vestigios de veios
quartzosos (fragmentos soltos)
Processamento dos dados
69
Figura 70 – Tabela Resumo da Classificação C14 S2
6.2 Tabelas resumo do parâmetro, tabelas numéricas do parâmetro e
representação gráfica
Nos itens seguintes é demonstrado o processamento da informação obtida das 14
classificações de cada sondagem, parâmetro a parâmetro, com recurso à respectiva
tabela de correlação quando aplicável, incluindo a representação gráfica dos resultados.
S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares
de cariz geológico-geotécnico
0,0 0,5 W5
0,5 1,0 W5
1,0 1,5 W4/5 F5 30
1,5 2,0 50
2,0 2,5 50
2,5 3,0 50
3,0 3,5 30
3,5 4,0 30
4,0 4,5 30
4,5 5,0 W4 F5 50
5,0 5,5 W4 F5 100
5,5 6,0 W4 F5 100
6,0 6,5 W4 F5 100
6,5 7,0 W4 F5 75
7,0 7,5 W4 F5 75
7,5 8,0 W4 F5 75
8,0 8,5 W4 F5 30
8,5 9,0 W4 F5 30
9,0 9,5 W4 F5 25
9,5 10,0 50
10,0 10,5 W3 F4/5 40
10,5 11,0 W1/2 F2/3 100 63
11,0 11,5 W1/2 F2/3 100 63
11,5 12,0 W1/2 F2/3 100 63
12,0 12,5 W1/2 F2/3 100 63
12,5 13,0 W1/2 F2/3 100 63
13,0 13,5 W1/2 F2/3 100 63
13,5 14,0 W1/2 F2/3 100 63
14,0 14,5 W1/2 F2/3 100 63
14,5 15,0 W1/2 F2/3 100 63
Profundidade
(m)
C14
xisto decomposto
xisto argiloso amarelo acastanhado intercalações argilosas
xisto argiloso castanho acinzentado
inclinação máxima 45º com eixo da
sondagem; com veios de quartzo entre 9,45 -
9,80m
xisto argiloso cinzento a negro
carbonoso; finamente laminado; com veios
de quartzo em especial na base;
xistosidade a 45º com o eixo da sondagem;
presença de intercalações negras,
carbonosas ou grafitosas com muito baixa
resistência ao deslizamento (ângulo de
atrito da ordem de 20º)
carbónico
Formação de
Mira
Processamento dos dados
70
6.2.1 Sondagem S1
6.2.1.1 Parâmetro “Estratigrafia”
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
2,0 2,5
2,5 3,0
3,0 3,5
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0
11,0 11,5
11,5 12,0
12,0 12,5
12,5 13,0
13,0 13,5
S1 - Estratigrafia - Tabela Resumo de Parâmetro
moderno
jurássico -
J4
aterro
actual
jurássico
superior –
Kimeridgi
ano
Grés,
margas e
arenitos
da Praia
da
Amoreira-
Porto
Novo
(J3AP)
Profundidade
(m)
recente
(at)
jurássico,
possivelm
ente
Kimeridgi
ano-
Pteroceria
no (J4)
jurrásico
superiorjurrásico
recente
(dc)
J3AP -
Grés,
margas e
arenitos
da Praia
da Moreira
e Porto
Novo
depósitos
de
vertente
(?) /
jurássico -
J3AP (?)
jurássico -
J3AP -
Grés,
margas e
arenitos
da praia
da
Amoreira
e Porto
Novo
recente
(at)
jurássico
aterro
jurássico
superior -
J3AP -
Grés,
Margas e
Arenitos
daPraia
da
Amoreira -
Porto
Novo
jurrásico
recente
(at)
jurássico
J3AP -
Grés,
Margas e
arenitos
da Praia
da
Amoreira
e Porto
Novo
recente
jurrásico
recente
(at)
jurrásico
recente
(dc)
jurrásico
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
jurássico - J4 90
jurássico 80
actual; aterro 60
recente 50
moderno 40
depositos vertente?/jurássico? 20
Estratigrafia
(S1)
jurássico superior - J3AP -
Grés, margas e arenitos da
Praia da Amoreira - Porto Novo
100
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 50 50 100 80 50 40 60 50 60 80 50 50 20 50
0,5 1,0 50 50 100 80 50 40 60 50 60 80 50 50 20 50
1,0 1,5 50 50 100 80 50 40 60 50 60 80 50 50 20 50
1,5 2,0 80 50 100 80 100 40 60 50 100 80 50 50 20 80
2,0 2,5 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 50 20 80
2,5 3,0 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 50 20 80
3,0 3,5 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 50 20 80
3,5 4,0 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 50 20 80
4,0 4,5 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 50 20 80
4,5 5,0 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 80 20 80
5,0 5,5 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 80 20 80
5,5 6,0 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 80 20 80
6,0 6,5 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 80 20 80
6,5 7,0 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 20 80
7,0 7,5 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 20 80
7,5 8,0 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80
8,0 8,5 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80
8,5 9,0 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80
9,0 9,5 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80
9,5 10,0 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80
10,0 10,5 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80
10,5 11,0 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80
11,0 11,5 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80
11,5 12,0 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80
12,0 12,5 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80
12,5 13,0 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80
13,0 13,5 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80
S1 - Estratigrafia - Tabela Numérica do Parâmetro
Profundidade
(m)
Processamento dos dados
71
Figura 71 – Variação da “estratigrafia” com a profundidade nas classificações da sondagem S1
6.2.1.2 Parâmetro “Litologia”
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0 areia silto- areia areia areia areia
2,0 2,5 calcarenit
2,5 3,0 arenito bloco de
3,0 3,5 areia areia areia areia arenito/silt areia areia
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0 silte argila argila argila arenito
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5 areia areia areia areia areia areia areia areia areia
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0 areia areia areia areia areia areia
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5 argila argila argila argila
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0 solo
11,0 11,5
11,5 12,0 marga
12,0 12,5 argila
12,5 13,0
13,0 13,5
arenito
siltosomargaargila
margosaargilito
argila
argilito
arenoso
silte areno
margoso
argila
argila/argil
ito
arenito /
siltitomarga
arenitoarenito
argilaarenito arenito
arenito
arenito
argila
marga
argilosa argila argila
arenito arenitocalcarenit
oarenito calcarenit
o
arenito
siltito
margosoarenito
argila
margosamarga
arenito arenito
argilito argila
margosa
argilaargila
argila
siltosa
argila
margosa
marga
argilosa argila
areia
argilosa
argila
arenosa
areia
argilosa
calcarenit
o
argilito
siltosoareia
areia
argilosa
margaargila
margosa
arenito arenito areia areia
siltosa
areiaareia
arenito
areia
areia
siltosaareia
areia
marga
argilosa
argila
siltosa
argila
margosaargilito
argila silto-
margosaareia
siltosaareia
areiaareia
argilosa
argilaargila
silte
areia
siltosa
silte
Silte
areia areia areia
siltosa
arenito arenitoareia
siltosa
argila
margosa
arenito
silto-
areia areiaarenito
siltosoareia
areia
siltosa
S1 - Litologia - Tabela Resumo de Parâmetro
Profundidade
(m)
silte
arenososilte
arenoso
areia
siltosa
areia
siltosa
areia
siltosa areiaareia
areia
siltosa
areiaareia
arenitogrés
blocos de
arenitoarenito arenito
solo
arenizado
Processamento dos dados
72
Figura 72 – Variação da “litologia” com a profundidade nas classificações da sondagem S1
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
calcarenito; arenito; arenito
siltoso; grés100
marga; marga argilosa 80
argilito; argilito siltoso; argilito
arenoso70
siltito margoso; silte areno-
margoso60
argila; argila siltosa; argila
margosa; argila silto-margosa40
areia argilosa; argila arenosa 30
areia; solo arenizado; areia
siltosa; areia silto argilosa20
silte; silte arenoso 10
bloco de arenito; bloco de
calcário0
Litologia
(S1)
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 10 10 20 20 20 20 20 20 10 10 20 20 20 20
0,5 1,0 10 10 20 20 20 20 20 20 10 10 20 20 20 20
1,0 1,5 10 10 20 20 20 20 20 20 10 10 20 20 20 20
1,5 2,0 20 10 20 20 20 20 20 20 20 10 20 20 20 20
2,0 2,5 20 100 100 20 100 0 100 100 20 10 20 20 100 100
2,5 3,0 20 100 20 20 100 0 100 100 20 100 20 0 100 100
3,0 3,5 70 100 20 20 20 20 20 20 20 100 20 30 20 20
3,5 4,0 70 80 40 20 40 20 70 40 40 40 10 30 40 100
4,0 4,5 70 80 40 20 40 20 70 40 40 40 10 30 40 100
4,5 5,0 70 80 40 20 10 20 40 40 40 40 10 40 40 100
5,0 5,5 70 100 20 20 20 20 20 40 20 20 10 20 20 100
5,5 6,0 70 100 20 20 20 20 20 40 20 20 20 20 20 100
6,0 6,5 100 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20
6,5 7,0 100 100 20 20 20 20 20 20 20 20 30 30 30 100
7,0 7,5 100 100 20 20 20 20 20 20 20 30 30 30 30 100
7,5 8,0 100 20 20 20 20 20 20 20 20 30 30 30 20 20
8,0 8,5 40 80 40 40 80 40 70 40 40 40 40 40 80 40
8,5 9,0 40 80 40 40 80 40 70 40 40 40 40 40 80 40
9,0 9,5 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 80 40
9,5 10,0 100 100 100 100 100 100 100 100 40 100 100 100 100 100
10,0 10,5 100 100 100 100 100 100 100 100 40 100 100 100 100 100
10,5 11,0 100 100 100 100 100 100 100 100 20 100 100 100 100 100
11,0 11,5 60 100 40 80 100 70 100 60 40 70 100 100 80 100
11,5 12,0 60 100 40 80 80 70 100 60 40 70 100 80 80 100
12,0 12,5 60 100 40 80 40 70 70 60 40 70 100 80 80 100
12,5 13,0 60 100 40 80 40 70 70 60 40 70 100 80 80 100
13,0 13,5 60 100 40 80 40 70 70 60 40 70 100 80 80 100
S1 - Litologia - Tabela Numérica do Parâmetro
Profundidade
(m)
Processamento dos dados
73
6.2.1.3 Parâmetro “Granularidade”
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0 fina fina fina
2,0 2,5 fina
2,5 3,0 fina
3,0 3,5 fina fina fina fina fina fina
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0 fina
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5 media méd a gr méd a fina méd a fina méd a fina grossa fina médfina a
médiamédia
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0 méd a gr méd a gr fina a méd grossa fina a méd média
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0 grossa
11,0 11,5
11,5 12,0
12,0 12,5
12,5 13,0
13,0 13,5
Profundidade
(m)
média
fina
média a
fina
fina
fina
médiamédia
média
média
média
fina
média
fina
S1 - Granularidade - Tabela Resumo do Parâmetro
média a
fina
média
fina
fina
média
média a
fina
fina
fina a
média
fina
fina
média
fina a
média
média a
fina
média a
fina
fina
fina
fina a
média
fina
fina a
média
fina
fina a
média
fina
fina a
média
finafina
fina
fina a
média
média a
grossa
fina a
média
fina a
média
fina a
grossa
média a
grossa
fina
fina
fina
média
fina
fina a
média
fina
fina a
média
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
muito grossa 100
grossa 85
média a grossa; grossa a média 70
média 55
fina a média; média a fina 40
fina 25
muito f ina 10
outro 0
Granularidade
(S1 e S2)
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 25 25 40 25 25 25 25 25
0,5 1,0 25 25 40 25 25 25 25 25
1,0 1,5 25 25 40 25 25 25 25 25
1,5 2,0 25 25 25 40 25 25 25 25 25
2,0 2,5 25 40 25 25 25 25 25 25 40
2,5 3,0 25 40 25 25 25 25 25 25 25 40
3,0 3,5 40 25 25 40 25 25 25 25 25 25
3,5 4,0 25 40 25
4,0 4,5 40 40 25
4,5 5,0 40 40 25
5,0 5,5 40 55 40 40 40 25 25 40 25 25
5,5 6,0 40 55 40 40 40 25 25 40 55 25 25
6,0 6,5 40 55 55 40 40 40 40 40 85 40 55 40 40 55
6,5 7,0 40 40 55 40 70 0 55 55 55 55 55
7,0 7,5 40 40 55 40 70 0 55 55 55 55 55
7,5 8,0 40 70 55 40 70 0 40 55 85 55 40 55
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5
9,5 10,0 25 40 40 25 40 70 55 40 55 40 40 55
10,0 10,5 25 40 40 25 40 70 55 40 55 40 40 55
10,5 11,0 25 40 40 25 40 70 55 40 55 40 85 55
11,0 11,5 25 40 55 25 40 25
11,5 12,0 25 55 25 25
12,0 12,5 25 25 25
12,5 13,0 25 25 25
13,0 13,5 25 25 25
S1 - Granularidade - Tabela Numérica do Parâmetro
Profundidade
(m)
Processamento dos dados
74
Figura 73 – Variação da “granularidade” com a profundidade nas classificações da sondagem S1
6.2.1.4 Parâmetro “Cor”
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0 acastanhadocastanho
esverdeado
castanho
claroacastanhada amarelada
2,0 2,5tons cremes
e laivos
2,5 3,0creme
acinzentado
3,0 3,5 acastanhadocastanho
claro
castanha
com laivos
castanho
claro
creme
acinzentado
castanho
amareladoamarelada
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0castanho
amarelado cinzento
cinzento
escuro
cinzento
escuro a
cinzento-
acastanhado
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5 amarelado acastanhado amarelado alaranjadoamarelado e
castanho
castanho
amareladoamarelado acastanhado amarelado
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0castanho
alaranjado
amarelo
alaranjadoacinzentado alaranjado
castanho
amareladoamarelado
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5 cinzentoacinzentado
e cinzento
cinzento
escuro
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0 beje rosado
11,0 11,5
11,5 12,0acinzentado
cinzento
12,0 12,5 cinzento
12,5 13,0
13,0 13,5
S1 - Cor - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
amarelada
acastanhado
amarelo
acinzentado
branco
acinzentado
esbranquiçad
o a
acinzentado
cinzento
claro a
acastanhado
castanho
amareladoamarelada
acinzentado
acinzentado
e beje
cinzento
amarelo
acastanhado
acinzentado
e amarelado
acastanhado
cinzento
acastanhadoamarelado amarelado amarelado
amarelado
cinzento
esverdeado
castanho
amarelado a
esbranquiçad
o
tons cremes
com laivos
acastanhado
s escuros
amareladocastanho
amarelado
amarelado
amarelo
esbranquiçad
o
amareladocastanha
amarelado beje e
cinzento
alaranjado e
amarelado
com laivos
acastanhado
s
castanho
alaranjado
cinzento
claro
cinzento
castanho
acastanhado
e
acinzentado
acastanhado
cinzento
escuro
cinzento com
níveis de
negro
amarelado
acastanhado
acinzentado
acinzentado
acinzentado
a
acastanhado
acinzentado
cinzento
acinzentado
amarelado e
esbranquiçad
o
creme
acastanhdocastanho
esbranquiçad
o
amarelado
castanho
amarelado
bege
acastanhado
acastanhado
cinzento a
castanho
avermelhado
acinzentado
acinzentado
cinza
esverdeado
acinzentado
cinzento
esverdeado
acinzentado
acinzentado
esverdeados
e
acinzentados
acinzentados
escuros
acastanhado
cinzento
esverdeado
acinzentado
acastanhado
bege
cinzento
escuro
cinzento
acastanhado
cinzento
acastanhado
castanho
acinzentado
cinzenta
acastanhado
cinza
alaranjado
cinzento
esverdeado
acastanhado
cinzento
escuro
acastanhado
cinzento
cinzento
cinzento
amarelado
cinzento
cinzento
alaranjado
cinzento
acastanhado
acinzentado
acinzentado
amarelado
castanho
acinzentado
acastanhado
castanho
acinzentado
castanho
alaranjado
cinzento
esverdeado
alaranjado
creme
acinzentado
acinzentado
acastanhado
acastanhado
cinzento
claro
levemente
esverdeado
Processamento dos dados
75
Figura 74 – Variação da “cor” com a profundidade nas classificações da sondagem S1
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
cinzento esverdeado; castanho
esverdeado100
cinzento; acinzentado; cinzento
claro; cinzento escuro90
castanho acinzentado; cinzento
acastanhado80
castanho; acastanhdo 60
castanho amarelado; amarelo
acastanhado; amarelo
acinzentado; castanho
alaranjado; esbranquiçado
acinzentado; creme acinzentado;
castanho claro; beje; creme
40
amarelo esbranquiçado; amarelo;
amarelado; amarelo alaranjado;
alaranjado; creme acastanhado;
castanho esbranquiçado
20
sem indicação sem valor
Cor
(S1)
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 60 40 90 60 60 90 80 60 60 40 80 40 20
0,5 1,0 60 40 90 60 60 90 80 60 60 40 80 40 20
1,0 1,5 60 40 90 60 60 90 80 60 60 40 80 40 20
1,5 2,0 60 40 90 60 60 90 100 60 40 40 60 60 40 20
2,0 2,5 60 40 40 60 40 40 80 40 40 60 60 40 20
2,5 3,0 60 40 90 60 40 40 80 40 40 60 40 20
3,0 3,5 80 40 90 60 60 90 40 40 40 40 60 80 40 20
3,5 4,0 80 90 90 60 60 90 90 80 90 90 90 80 90 90
4,0 4,5 80 90 90 40 60 90 90 80 90 90 90 80 90 90
4,5 5,0 80 90 90 40 40 90 90 80 90 90 90 90 90 80
5,0 5,5 80 40 60 40 80 90 20 80 60 90 20 20
5,5 6,0 80 40 60 40 80 90 20 80 60 20 20 20
6,0 6,5 60 20 60 40 60 20 20 20 60 60 20 20 60 20
6,5 7,0 60 20 60 40 40 40 20 20 60 60 20 40 40 20
7,0 7,5 60 20 60 40 40 40 20 20 60 60 20 40 40 20
7,5 8,0 40 20 60 40 90 40 20 20 40 60 20 40 20
8,0 8,5 90 100 100 100 80 100 100 90 80 100 90 100 90 100
8,5 9,0 90 100 100 100 80 100 100 90 80 100 90 100 90 100
9,0 9,5 90 90 100 100 80 100 90 90 90 100 90 100 90 100
9,5 10,0 60 20 40 20 40 20 20 20 80 20 20 20 20 20
10,0 10,5 60 20 40 20 40 20 20 20 80 20 20 20 20 20
10,5 11,0 60 20 40 20 40 20 40 20 40 20 20 20 20 20
11,0 11,5 90 90 90 90 40 90 40 90 80 90 80 20 90 90
11,5 12,0 90 90 90 90 90 90 40 90 80 90 80 90 90 90
12,0 12,5 90 90 90 90 90 90 90 90 90 90 80 90 90 90
12,5 13,0 90 90 90 90 90 90 90 90 90 90 80 90 90 90
13,0 13,5 90 90 90 90 90 90 90 90 90 90 80 90 90 90
S1 - Cor - Tabela Numérica do Parâmetro
Profundidade
(m)
Processamento dos dados
76
6.2.1.5 Parâmetro “Alteração”
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
2,0 2,5 W4/3 W3 W2 W3/4
2,5 3,0 W4/3 W3 W2 W3/4
3,0 3,5
3,5 4,0 W5/4 W4
4,0 4,5 W5/4 W4
4,5 5,0
5,0 5,5 W5
5,5 6,0 W5
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5 W5/4 W2/3
8,5 9,0 W5/4 W2/3
9,0 9,5
9,5 10,0 W3 W3 W2 W3/2
10,0 10,5 W3 W3 W2 W3/2
10,5 11,0 W3 W3 W2 W3/2 W3
11,0 11,5 W3/4 W3 W2
11,5 12,0 W3/4 W4 W2
12,0 12,5 W3/4 W2
12,5 13,0 W3/4 W2
13,0 13,5 W3/4 W2
Profundidade
(m)
S1 - Alteração - Tabela Resumo do Parâmetro
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
W1 100
W2/1; W1/2 90
W2 80
W3/2; W2/3 70
W3 60
W4/3; W3/4 50
W4 40
W5/4; W4/5 30
W5 20
outro 0
Alteração
(S1 e S2)
Processamento dos dados
77
Figura 75 – Variação da “alteração” com a profundidade nas classificações da sondagem S1
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
2,0 2,5 50 60 80 50
2,5 3,0 50 60 80 50
3,0 3,5
3,5 4,0 30 40
4,0 4,5 30 40
4,5 5,0
5,0 5,5 20
5,5 6,0 20
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5 30 70
8,5 9,0 30 70
9,0 9,5
9,5 10,0 60 60 80 70
10,0 10,5 60 60 80 70
10,5 11,0 60 60 80 70 60
11,0 11,5 50 60 80
11,5 12,0 50 40 80
12,0 12,5 50 80
12,5 13,0 50 80
13,0 13,5 50 80
S1 - Alteração - Tabela Numérica do Parâmetro
Profundidade
(m)
Processamento dos dados
78
6.2.1.6 Parâmetro “Fracturação”
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
2,0 2,5 F4/5 F4/3 F3/4 F3 F4
2,5 3,0 F4/5 F3/4 F3 F4 F4
3,0 3,5
3,5 4,0 F5
4,0 4,5 F5
4,5 5,0
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5 F4/5 F3
8,5 9,0 F4/5 F3
9,0 9,5
9,5 10,0 F3 F4/3 F3 F4/3 F3/4 F3 F3 F4/3 F3 F3 F3
10,0 10,5 F4/5 F5/4 F5 F4/3 F3/4 F3 F3 F4/3 F4/5 F4/3 F5
10,5 11,0 F3 F5/4 F4/3 F4/3 F3/4 F4 F3 F4/3 F3/4 F3/4 F4/3 F4
11,0 11,5 F3 F4/3 F4 F3/4 F3 F4/3 F3
11,5 12,0 F3 F4/3 F4 F4/5 F3
12,0 12,5 F3 F4/3 F4 F3
12,5 13,0 F3 F4/3 F4 F3
13,0 13,5 F3 F4/3 F4 F3
S1 - Fracturação - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
F1 100
F2/1; F1/2 90
F2 80
F3/2; F2/3 70
F3 60
F4/3; F3/4 50
F4 40
F5/4; F4/5 30
F5 20
outro 0
Fracturação
(S1 e S2)
Processamento dos dados
79
Figura 76 – Variação da “fracturação” com a profundidade nas classificações da sondagem S1
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
2,0 2,5 30 50 50 60 40
2,5 3,0 30 50 60 40 40
3,0 3,5
3,5 4,0 20
4,0 4,5 20
4,5 5,0
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5 30 60
8,5 9,0 30 60
9,0 9,5
9,5 10,0 60 50 60 50 50 60 60 50 60 60 60
10,0 10,5 30 30 20 50 50 60 60 50 30 50 20
10,5 11,0 60 30 50 50 50 40 60 50 50 50 50 40
11,0 11,5 60 50 40 50 60 50 60
11,5 12,0 60 50 40 30 60
12,0 12,5 60 50 40 60
12,5 13,0 60 50 40 60
13,0 13,5 60 50 40 60
S1 - Fracturação - Tabela Numérica do Parâmetro
Profundidade
(m)
Processamento dos dados
80
6.2.1.7 Parâmetro “Percentagem de Recuperação”
Figura 77 – Variação da “percentagem de recuperação” com a profundidade nas classificações da sondagem
S1
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CS CM
0,0 0,5 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9
0,5 1,0 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9
1,0 1,5 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9
1,5 2,0 27 29 25 25 27 28 27 27
2,0 2,5 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32
2,5 3,0 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32
3,0 3,5 20 17 13 8 15 13 10 14
3,5 4,0 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17
4,0 4,5 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17
4,5 5,0 20 7 7 7 3 3 7 8
5,0 5,5 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6
5,5 6,0 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6
6,0 6,5 20 7 7 5 3 3 7 8
6,5 7,0 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7
7,0 7,5 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7
7,5 8,0 60 60 59 60 57 60 60 59
8,0 8,5 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71
8,5 9,0 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71
9,0 9,5 77 78 71 77 73 77 60 77 73
9,5 10,0 77 100 78 71 80 100 100 91 95 77 73 77 100 100 77 87
10,0 10,5 77 100 78 71 100 100 100 100 95 77 73 77 100 100 77 89
10,5 11,0 100 100 100 95 100 99 100 93 95 100 100 100 100 100 100 99
11,0 11,5 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98
11,5 12,0 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98
12,0 12,5 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98
12,5 13,0 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98
13,0 13,5 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 97 97 98
Profundidade
(m)
S1 - Percentagem de recuperação - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro
Processamento dos dados
81
6.2.1.8 Parâmetro “RQD”
Figura 78 – Variação do “índice RQD” com a profundidade nas classificações da sondagem S1
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CM
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0 19 20 20
2,0 2,5 18 19 16 25 16 20 16 19
2,5 3,0 18 19 16 25 16 20 16 19
3,0 3,5
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5 43 26 35
8,5 9,0 43 26 35
9,0 9,5 45 33 53 46 44
9,5 10,0 42 81 45 58 80 82 73 73 33 53 46 100 64 64
10,0 10,5 42 44 45 58 44 44 40 44 33 53 46 44 64 46
10,5 11,0 87 71 45 64 41 54 45 37 87 40 88 64 60
11,0 11,5 87 71 45 64 41 45 37 87 40 57
11,5 12,0 87 71 45 64 49 45 37 87 40 58
12,0 12,5 71 43 39 38 71 52
12,5 13,0 71 43 39 38 71 52
13,0 13,5 43 39 38 71 48
Profundidade
(m)
S1 - RQD - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro
Processamento dos dados
82
6.2.1.9 Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-geotécnico”
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
litoclastica;
fragmentos
liticos e
cerâmicos
<2cm
nódulos argilo-
siltosos cinz e
frag líticos
dim<2cm
blocos de
arenito
carbonatado
2,0 2,5
Fr a 80º pouco
onduladas,
rugosas,
preen argiloso
2,5 3,0
estrat por finos
leitos negros
(mat carb) incl
5- 10º
aterro
3,0 3,5 solta
micácea;
ligeiram.
consolidada;
nódulos
siltosos
micácea
nódulos argilo-
siltosos cinz e
frag líticos
dim<3cm
ligeiram
micáceo c/
zonas menos
consolidadas
micácea
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0 muito plásticaalguma
plastic idade
fragmentos de
carvão
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5alguma
componente
siltosa
depósito de
praia / aterro ?
litoclástica;
nódulos
argilosos
cinzentos
nódulos
argilosos cinz
<1cm; alguma
plastic idade
quartzosa
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0arenito
decomposto
matriz
argilosa, baixa
plastic idade
litoclástica;
componente
siltosa
laivos
castanhos
micácea; finas
passagens
argilosas
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5
comp
arenosa;
plástica; mat
vegetal incarb
base
nódulos silto-
arenosos;
veios
avermelhados
plástica
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0
micas,
nódulos
negros e
carbonatos
11,0 11,5
11,5 12,0
Fr 0º e 20º,
onduladas,
rugosas, sem
preenchim
12,0 12,5componente
arenosa fina
12,5 13,0
13,0 13,5
freável
zonas mais
alaranjadas
resultantes de
fenómenos de
oxidação;
ocorrências
carbonatadas
(fósséis?)
micácea;
componente
margosa;
presença de
elementos
estranhos
(restos de
cerâmica)
plástica;
concreções
carbonatadas
esbranquiçad
as; com laivos
esverdeados
e
alaranjados/a
vermelhados
laivos
acatanhdos e
amarelados;
duronódulos
carbonatados
fragmentos
areniticos;
restos de
cerâmica
componente
arenosa
micácea;
concreções
carbonatadasmargosa?
passagem de
arenito
compacto 2.6
a 3.0
cascalho
dissiminado e
raizes fragmentos de
cerâmicas
dispersos
(aterro?)
laivos
avermelhados
; argilito muito
descomprimid
o
grãos de
cascalho fino
micáceo;
impregnações
carbonatadas
micas, rijo,
com alguma
componente
arenosa fina a
média
intercalações
de grão
grosseiro;
laminações
micáceas com
inclinações de
20º com o eixo
da sondagem
plástica dura
laivos
acinzentados;
por vezes com
passagens um
pouco
arenosas;
com vestigios
de
carsificação e
oxidação de
cor
acastanhada
passagens
arroxeadas
laivos
avermelhados
cimento
carbonatado;
fracturas a 60º
bordos
irregulares
rugosos
cimento
carbonatado;
veios matéria
vegetal
incarbonizada
evidência de
circulação de
água; fr a 80°,
muito
oxidadas, por
vezes com
óxidos negros,
ligeiramente
onduladas,
rugosas
compacto;
c imento
carbonatado,
passagens
mais
grosseiras
fracturas com
ângulos entre
20º e 45º com
o eixo da
sondagem,
onduladas,
rugosas, sem
preenchiment
o
cimento
carbonatado;
fragmentos
liticos (<1cm);
micáceo;
ferruginoso;
nucleos
argilosos na
base
ligeiramente
compacto a
friável; matéria
orgânica
incarbonizada
;
intercalações
arenosas;
fracturas a 30º
com bordos
irregulares
cimento argilo-
margoso;
micáceo;
fracturas sub-
horizontais a
oblíquas e por
vezes com
evidências de
oxidação
muito rija, com
fracturas
incipientes
inclinadas 45°
em relação ao
eixo da
sondagem
(marga?)
ligeiramente
areniticamicáceo
micáceo;
restos de
matéria
vegetal
incarbonizada
negra
cimento
carbonatado;
fracturas com
escasso
preenchiment
o e
subhorizontais
micáceo;
c imento
carbonatado;
evidência de
circulação de
água; grão
mais fino na
base
cimento
carbonatado;
passagens de
areia grossa;
fracturas
subhorizontais
e raras
obliquas;
evidências de
dissolução e
oxidação
rijo, com forte
componente
arenosa
grosseira
ligeiramente
micáceo, com
zonas
ligeiramente
margosas;
fracturas,
quando
identificáveis,
inclinadas
cerca de 30º,
bordos
ligeiramente
irregulares e
rugosos
arenito fino /
siltito;
micáceo
micácea; algo
friável
fragmentos
líticos
dimensão
<5cm, de
natureza
carbonatada,
amarelados
arenito friável
resultando em
areia média
argilosa com
passagens
silto- argilosas
acizentadas
laivos
castanhos
escuros
fracturas a 60º
com vestigios
de percolação
de água
fragmentos de
conchas
dispersos e
finos
preenchiment
os argilosos
cor alaranjado
devido à
oxidação;
micáceo
laivos amarel e
acastanh
(duro), até
9,59 m; A
partir de 9,59
m: solo
completament
e arenizado,
de tons
bege/rosado,
com micas,
nódulos
negros e
carbonatos
fractura (?)
inclinada
cerca de 70º
em relação ao
eixo da
sondagem, de
bordos
irregulares e
rugosos
carbonatado;
com
abundantes
bioclastos;
entre 10.90 e
11.20
apresenta
núcleos
argilosos
dispersos na
matriz arenosa
fossilifero
ligeiramente
alaranjado;
zona com
perda
significativa
de amostra
fragmentos
areniticos
fragmentos
areniticos
subangulosos
micáceo
laivos silto-
argilosos
acinzentados
desagregadoalgo micáceo;
c imento
margoso
matriz
parcialmente
cimentada,
desagregável
arcósia; grés
muito
descomprimid
o e friável
semi-
consolidada;
litoclástica;
facilmente
freável; com
fragmentos
calcários
<5cm
algo argilosa;
levemente
micácea; com
oxidação
siltito friável;
com
passagens
finas arenosas
passagem a
areia média
castanha
passagens
argilosas
micáceo;
c imento
margoso
calhaus
dispersos
solta;
litoclástica;
com
fragmentos
areniticos e
elementos
quartzosos
(d<2cm)
fragm líticos
dim<5cm,
completament
e arenizados,
com nódulos
negros,
algumas
micas e
carbonatos
ligeiramente
alaranjado;
zona com
perda
significativa
de amostra
desagregado;
ligeiramente
arenoso e
margoso
fragmentos de
cerâmica e
argila margosa
(aterro?)
aterro
micáceo;
componente
arenosa;
elevado teor
de água
(plástica)
transição para
marga
gresosa aos
4.30m
rijo; finamente
estratificado;
reage
fortemente ao
HCL (contem
componente
carbonatada)
levemente
micácea; rara
matéria
vegetal
incarbonizada
presença de
micas; não
plástico
ligeiramente
silto- arenosa;
zona com
perda
significativa
de amostra
cascalho de
dimensão
variada e
fragmentos de
alvenaria
(tijolo):
material de
aterro
ligeiramente
arenoso
aterro
essencialment
e arenoso fino
com
pequenos
fragmentos de
tijolo
aterro; com
pequenos
fragmentos de
cerâmicapassagens
argilosas
raizes
(aterro?)
cimento
carbonatado;
micáceo; finas
passagens
margosas
cinzentas
escuras
(blocos/dep
vertente?)
passando a
arenito fino
siltoso
micáceo, com
orientação
(laminação)
das micas
com 20 a 25º
com o eixo da
sondagem
S1 - Observações complementares de cariz geológico-geotécnico - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
micácea;
compacta
entre 2,6 e
3,0m
aterro; por
vezes argilosa
micáceo;
c imento
margoso;
níveis de
matéria
vegetal
incarbonizada
estrutura
estratificada e
matérias
carbonosas
micáceo,
aterro
pedregoso ?
micáceo;
c imento
carbonatado;
bandado
negro
finamente
estratificado
(horizontal)
margoso;
estratificação
fina; matéria
vegetal
incarbonizada
anegrada;
fortemente
micáceo
compacto,
micáceo,
laivos negros;
presença de
carbonatos
(efervescênci
a com HCl)
micáceo;
laivos
acinzentados
Processamento dos dados
83
Figura 79 – Variação das “observações complementares” com a profundidade nas classificações da sondagem
S1
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
mais que 2 aspectos 100
características das fracturas 80
resistência; consistência 70
natureza do cimento 60
componente ou passagem
(micacea, argilosa, arenosa,
siltosa, margosa, etc)
50
materiais de aterro 30
nódulos; concreções;
impregnações; granularidade;
fossilifero
20
cores; estratif icação 10
Observações
complementares de cariz
geológico-geotécnico
(S1)
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 30 50 30 30 70 100 30 50 30 30 50 30
0,5 1,0 30 50 30 30 70 100 30 50 30 30 50 30
1,0 1,5 30 50 30 30 70 100 30 50 30 30 50 30
1,5 2,0 50 30 50 30 70 100 20 50 20 30 50
2,0 2,5 50 100 80 50 10 30 100 100 100 50 50 30 100 50
2,5 3,0 50 100 50 10 30 100 100 100 10 50 30 100 50
3,0 3,5 70 100 50 70 30 100 50 20 70 50 30 50
3,5 4,0 70 50 50 50 30 100 50 50 70 70 30 50
4,0 4,5 70 50 50 50 30 100 50 50 70 70 30 50
4,5 5,0 70 50 50 30 70 50 70 70 70 20 50
5,0 5,5 70 60 50 20 30 100 50 100 70 70 20 50 50
5,5 6,0 70 60 50 20 30 100 50 100 70 50 20 50 50
6,0 6,5 70 50 50 30 20 20 70 50 50
6,5 7,0 70 60 50 70 70 100 50 100 70 70 10 20
7,0 7,5 70 60 50 70 70 100 50 100 70 70 10 20
7,5 8,0 70 70 50 70 70 50 50 10 70 70 10 50
8,0 8,5 20 50 50 70 10 100 10 70 70 100 50 10
8,5 9,0 20 50 50 70 10 100 10 70 70 100 50 10
9,0 9,5 20 50 50 70 100 100 70 70 70 100 50 10
9,5 10,0 60 60 80 100 80 60 100 100 100 80 100 20 50 20
10,0 10,5 60 60 80 100 80 60 100 100 100 80 100 20 50 20
10,5 11,0 60 60 80 100 80 60 100 100 100 80 100 20 50 20
11,0 11,5 100 100 100 50 80 50 100 50 100 100 50 20 50
11,5 12,0 100 100 100 50 80 50 100 50 100 100 50 80 50
12,0 12,5 100 100 100 50 80 50 50 50 50 100 50 80 50
12,5 13,0 100 100 100 50 20 50 50 50 100 100 50 80 50
13,0 13,5 100 100 100 50 20 50 50 50 100 100 50 80 50
S1 - Observações complementares de cariz geológico-geotécnico - Tabela Numérica do Parâmetro
Profundidade
(m)
Processamento dos dados
84
6.2.2 Sondagem S2
6.2.2.1 Parâmetro “Estratigrafia”
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 actual
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
2,0 2,5
2,5 3,0
3,0 3,5
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0
11,0 11,5
11,5 12,0
12,0 12,5
12,5 13,0
13,0 13,5
13,5 14,0
14,0 14,5
14,5 15,0
Profundidade
(m)
S2 - Estratigrafia - Tabela Resumo do Parâmetro
depósito
cobertura
carbónico
recente
(dc)
HMi -
Formação
de Mira
(Grupo do
Flysch do
Baixo
Alentejo)
carbónico -
Formação
de Mira
(HMi)
carbónico
HMI -
Formação
de Mira
(Grupo do
Flysch do
Baixo
Alentejo)
HMi -
Formação
de Mira
carbónico
Formação
de Mira
(Hmi)
carbónico
Formação
de Mira
carbónico carbónico carbónico
inferior
moderno
carbónico -
HMI
actual
carbónico
carbónico
Parâmetro Dados da classificaçãoValor para
representação gráfica
carbónico inferior 90
carbónico 80
actual 60
recente 50
moderno 40
depósitos de cobertura 20
Estratigrafia
(S2)
HMi - Formação de Mira (Grupo
do Flysch do Baixo Alentejo)100
Processamento dos dados
85
Figura 80 – Variação da “estratigrafia” com a profundidade nas classificações da sondagem S2
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 20 50 100 80 80 80 60 40 60 100 100 100 100
0,5 1,0 20 50 100 80 80 80 90 40 60 100 100 100 100
1,0 1,5 20 50 100 80 80 80 90 40 80 100 100 100 100
1,5 2,0 80 100 100 80 80 80 90 40 80 100 100 100 100
2,0 2,5 80 100 100 80 80 80 90 40 80 100 100 100 100
2,5 3,0 80 100 100 80 80 80 90 40 80 100 100 100 100
3,0 3,5 80 100 100 80 80 80 90 40 80 100 100 100 100
3,5 4,0 80 100 100 80 80 80 90 40 80 100 100 100 100
4,0 4,5 80 100 100 80 80 80 90 40 80 100 100 100 100
4,5 5,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
5,0 5,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
5,5 6,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
6,0 6,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
6,5 7,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
7,0 7,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
7,5 8,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
8,0 8,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
8,5 9,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
9,0 9,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
9,5 10,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
10,0 10,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
10,5 11,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
11,0 11,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
11,5 12,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
12,0 12,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
12,5 13,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
13,0 13,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
13,5 14,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
14,0 14,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
14,5 15,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100
Profundidade
(m)
S2 - Estratigrafia - Tabela Numérica do Parâmetro
Processamento dos dados
86
6.2.2.2 Parâmetro “Litologia”
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5coluvião
fragmen xisto
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0 silte argilosofrag xisto
grauváquicos
fragmentos
idem
2,0 2,5
2,5 3,0
3,0 3,5 xistofrag xisto
grauváquicos
fragmentos
idem
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0fragmentos
xistentosxisto argiloso
5,0 5,5frag
grauváquicosxisto argiloso
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5frag
quartzosos
frag líticos
nat quartzosa
9,5 10,0 xisto argilosofrag litic nat
xistenta e qz
10,0 10,5 xisto argilosofragmentos
xisto
10,5 11,0
11,0 11,5
11,5 12,0
12,0 12,5
12,5 13,0
13,0 13,5
13,5 14,0
14,0 14,5
14,5 15,0
xisto
xisto
xisto
xisto argiloso
xisto
xisto
xisto
xisto argiloso
xisto
grafitoso
fragmentos
xistentos
fragmentos
xistentos
xisto argiloso
xisto argiloso
xisto argiloso
S2 - Litologia - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
silte argilosocalhaus de
xisto
depósito/aterr
o cascalho
de xisto
depósito
cobertura
xisto
xisto
xisto
xisto
xisto
fragmentos
grauváquicos
fragmentos
grauváquicos
fragmentos
grauváquicos
xisto
xisto
xisto
xisto
xisto
grauvacóide
xisto argiloso
silte argiloso
xisto argiloso
grauvaque
xisto
fragmentos /
argila
xisto
xisto-
grauvaque
xisto-
grauvaque
xisto-
grauvaque
xisto
xisto argiloso
xisto argiloso
xisto argiloso
xisto
xisto
xisto
xisto
xisto
xisto
xisto
xisto
xisto
xisto
grafitoso
xisto
fragmentos
xisto-
grauváquicos
fragmentos
xisto-
grauváquicos
fragmentos
xisto-
grauváquicos
xisto
sericitico
xistoxisto
Parâmetro Dados da classificaçãoValor para
representação gráfica
grauvaque 100
xisto grauvaque 90
xisto 80
xisto argiloso; xisto grafitoso;
xisto sericitico70
fragmentos de xisto,
graváquicos, quartzosos50
silte; silte argiloso 30
depósito cobertura; aterro;
coluvião10
Litologia
(S2)
Processamento dos dados
87
Figura 81 – Variação da “litologia” com a profundidade nas classificações da sondagem S2
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 30 50 50 80 80 80 10 10 10 90 80 80 50 80
0,5 1,0 30 50 50 80 80 80 80 10 10 90 80 80 50 80
1,0 1,5 30 50 50 80 80 80 80 10 80 90 80 80 50 70
1,5 2,0 80 30 50 80 80 80 80 10 80 90 80 80 50 70
2,0 2,5 80 80 50 80 80 80 80 10 80 90 80 80 50 70
2,5 3,0 80 80 50 80 80 80 80 10 80 90 80 80 50 70
3,0 3,5 80 80 50 80 80 70 80 10 80 90 80 80 50 70
3,5 4,0 80 80 50 80 80 70 80 10 80 90 80 80 50 70
4,0 4,5 80 80 50 80 80 70 80 10 80 90 80 80 50 70
4,5 5,0 80 80 50 80 70 70 80 70 80 90 80 80 70 70
5,0 5,5 80 80 50 80 70 70 80 70 80 90 80 80 70 70
5,5 6,0 80 80 50 80 70 70 80 70 80 90 80 80 70 70
6,0 6,5 80 80 50 80 70 70 80 70 80 90 80 80 70 70
6,5 7,0 80 80 50 80 70 70 80 70 80 90 80 80 70 70
7,0 7,5 80 80 50 80 70 70 80 70 80 90 80 80 70 70
7,5 8,0 80 80 50 80 70 70 80 70 80 90 80 80 70 70
8,0 8,5 80 80 50 80 70 70 80 70 80 90 80 80 70 70
8,5 9,0 80 80 50 80 70 70 80 30 50 90 80 80 70 70
9,0 9,5 80 80 50 80 70 70 80 30 50 90 80 80 50 70
9,5 10,0 80 80 50 80 70 70 80 70 50 90 80 80 50 70
10,0 10,5 80 80 50 80 70 70 90 70 50 90 80 80 50 70
10,5 11,0 80 80 80 80 70 70 90 70 80 90 80 70 80 70
11,0 11,5 80 80 80 80 70 70 90 70 80 90 80 70 80 70
11,5 12,0 80 80 80 80 70 70 90 70 80 90 80 70 80 70
12,0 12,5 80 80 80 80 70 70 90 100 80 90 80 70 80 70
12,5 13,0 80 80 80 80 70 70 90 100 80 90 80 70 80 70
13,0 13,5 80 80 80 80 70 70 90 100 80 90 80 70 80 70
13,5 14,0 80 80 80 80 70 70 90 100 80 90 80 70 80 70
14,0 14,5 80 80 80 80 70 70 90 100 80 90 80 70 80 70
14,5 15,0 80 80 80 80 70 70 90 100 80 90 80 70 80 70
S2 - Litologia - Tabela Numérica do Parâmetro
Profundidade
(m)
Processamento dos dados
88
6.2.2.3 Parâmetro “Granularidade”
Na sondagem S2, em nenhuma das classificações foi utlizado este parâmetro.
6.2.2.4 Parâmetro “Cor”
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
2,0 2,5
2,5 3,0
3,0 3,5
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0
11,0 11,5
11,5 12,0
12,0 12,5
12,5 13,0
13,0 13,5
13,5 14,0
14,0 14,5
14,5 15,0
S2 - Granularidade - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 acastanhado
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0 acastanhado acastanhdo
2,0 2,5
2,5 3,0
3,0 3,5castanho
avermelhadoacastanhado acastanhdo
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0 negroacastanhado
acinzentado
5,0 5,5 castanhoacastanhado
acinzentado
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5 acinzentado negro
9,5 10,0 cinzento negro
10,0 10,5cinzento
escuronegro
10,5 11,0
11,0 11,5
11,5 12,0
12,0 12,5
12,5 13,0
13,0 13,5
13,5 14,0
14,0 14,5
14,5 15,0
S2 - Cor - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
acastanhado
acastanhado
e
acinzentado
acastanhado
acinzentado
e
acastanhado
cinzento
escuronegro
castanho
avermelhado
castanho
avermelhado
castanho
avermelhado
castanho
acinzentado
acinzentado
e castanho
avermelhado
cinzento
escuro
castanho
castanho
castanho
negro
negro
cinzento
escuro
acastanhado
cinzento
escuro
acastanhado
acinzentado
castanho
alaranajdo e
acinzentado
castanho
acinzentado
cinzento
acastanhado
cinzento
escuro a
negro
cinzento
cinzento
avermelhado
acinzentado
e
acastanhado
cinzento
acastanhado
cinzento
escuro
acastanho
acinzentado
e
acastanhado
claro
acinzentado
escuro a
negro
cinzento
amarelado
acinzentado
e cinzento
escuro
cinzento
cinzento a
cinzento
escuro
cinzento a
cinzento
escuro
cinzento
cinzento
acastanhado
acastanhado
acinzentado
cinzento
escuro a
negro
acastanhado
cinzento
acastanhado
cinzento a
negro
castanho
amarelado
castanho
amarelado
castanho
amarelado
esverdeado
avermelhado
negro
amarelo
acastanhado
castanho
acinzentado
cinzento a
negro
castanho
acinzentado
cinzento
escuro
bege
alaranjado
cinzento
cinzento
Processamento dos dados
89
Figura 82 – Variação da “cor” com a profundidade nas classificações da sondagem S2
Parâmetro Dados da classificaçãoValor para
representação gráfica
cinzento escuro; negro 100
cinzento; acinzentado 90
castanho acinzentado; cinzento
acastanhado; cinzento
avermelhado; acinzentado e
castanho avermelhado
80
castanho; acastanhado 60
cinzento amarelado; bege
alaranjado; amarelo
acastanhado; castanho
amarelado
40
esverdeado avermelhado 20
sem indicação sem valor
Cor
(S2)
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 60 80 60 60 80 90 60 40 60 80 40 40
0,5 1,0 60 80 60 60 80 90 60 40 60 80 40 40
1,0 1,5 60 80 60 60 80 90 60 40 60 60 80 40 40 40
1,5 2,0 80 60 60 80 80 60 40 60 60 80 40 60 40
2,0 2,5 80 80 60 60 80 80 60 40 60 60 80 40 40 40
2,5 3,0 80 80 60 60 80 80 60 40 60 60 80 40 40 40
3,0 3,5 80 80 60 60 80 80 60 40 60 60 80 40 60 40
3,5 4,0 80 80 60 60 80 80 60 40 60 60 80 40 40 40
4,0 4,5 80 80 60 60 80 80 60 40 60 60 80 40 40 40
4,5 5,0 60 80 100 60 80 80 60 80 60 80 80 90 20 80
5,0 5,5 60 80 60 60 80 80 60 80 60 80 80 90 20 80
5,5 6,0 60 80 100 60 80 80 80 80 60 80 80 90 20 80
6,0 6,5 60 80 100 60 80 80 80 80 60 80 80 90 20 80
6,5 7,0 60 80 100 60 80 80 80 80 60 80 80 90 20 80
7,0 7,5 60 80 100 60 80 80 80 80 60 80 80 90 20 80
7,5 8,0 60 80 100 60 80 80 80 80 60 80 80 90 20 80
8,0 8,5 60 80 100 60 100 80 80 80 60 80 80 90 20 80
8,5 9,0 80 80 100 60 100 80 80 90 90 80 80 90 20 80
9,0 9,5 80 80 90 60 100 80 80 90 90 80 80 90 100 80
9,5 10,0 80 80 100 60 100 90 80 100 90 80 100 90 100 80
10,0 10,5 80 80 100 100 100 100 100 100 90 100 100 90 100 100
10,5 11,0 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100
11,0 11,5 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100
11,5 12,0 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100
12,0 12,5 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100
12,5 13,0 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100
13,0 13,5 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100
13,5 14,0 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100
14,0 14,5 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100
14,5 15,0 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100
S2 - Cor - Tabela Numérica do Parâmetro
Profundidade
(m)
Processamento dos dados
90
6.2.2.5 Parâmetro “Alteração”
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 W4/5 W4/3 W3/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W5
0,5 1,0 W4/5 W4/3 W3/4 W4/3 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W5
1,0 1,5 W4/5 W4/3 W3/4 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W4/5
1,5 2,0 W5/4 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
2,0 2,5 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
2,5 3,0 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
3,0 3,5 W5/4 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
3,5 4,0 W5/4 W4/5 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
4,0 4,5 W5/4 W4/5 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
4,5 5,0 W4 W4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W4/3 W3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3 W4
5,0 5,5 W4 W4 W3/2 W4 W4/5 W4/5 W4/3 W3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W5 W4
5,5 6,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W4/5 W2 W4
6,0 6,5 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4
6,5 7,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4
7,0 7,5 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4
7,5 8,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4
8,0 8,5 W4 W3/4 W3/2 W4/5 W4/5 W3/5 W3 W3 W3 W4 W4 W4/5 W3/4 W4
8,5 9,0 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W4/5 W3/5 W3 W5 W5/4 W4 W4 W4/5 W3/4 W4
9,0 9,5 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W3/4 W3/4 W3 W5 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3 W4
9,5 10,0 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W3/4 W3/4 W3 W4/3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3
10,0 10,5 W5/4 W3/4 W3 W4/5 W3 W3 W3 W4/3 W5/4 W4/3 W4/5 W4/5 W3 W3
10,5 11,0 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/5 W3/4 W2 W1/2
11,0 11,5 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/3 W3/4 W3/2 W1/2
11,5 12,0 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/3 W3/4 W3/2 W1/2
12,0 12,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W4/3 W3/4 W2 W1/2
12,5 13,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W2 W1/2
13,0 13,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W1 W1/2
13,5 14,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W1 W1/2
14,0 14,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/4 W2/4 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W2/3 W1/2
14,5 15,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/4 W2/4 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W3 W1/2
S2 - Alteração - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
W1 100
W2/1; W1/2 90
W2 80
W3/2; W2/3 70
W3 60
W4/3; W3/4 50
W4 40
W5/4; W4/5 30
W5 20
outro 0
Alteração
(S1 e S2)
Processamento dos dados
91
Figura 83 – Variação da “alteração” com a profundidade nas classificações da sondagem S2
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 30 50 50 30 30 30 40 20
0,5 1,0 30 50 50 50 30 30 30 40 20
1,0 1,5 30 50 50 50 30 30 30 30 40 30
1,5 2,0 30 30 30 0 50 30 30 30 30 40
2,0 2,5 30 30 30 30 0 50 30 30 30 30 40
2,5 3,0 30 30 30 30 0 50 30 30 30 30 40
3,0 3,5 30 30 20 30 50 30 30 30 30 40
3,5 4,0 30 30 30 20 30 50 30 30 30 30 40
4,0 4,5 30 30 30 20 30 50 30 30 30 30 40
4,5 5,0 40 40 70 40 50 50 50 60 30 40 30 30 60 40
5,0 5,5 40 40 70 40 30 30 50 60 30 40 30 30 20 40
5,5 6,0 40 50 70 40 50 50 60 60 60 40 50 30 80 40
6,0 6,5 40 50 70 40 50 50 60 60 60 40 50 50 80 40
6,5 7,0 40 50 70 40 50 50 60 60 60 40 50 50 80 40
7,0 7,5 40 50 70 40 50 50 60 60 60 40 50 50 80 40
7,5 8,0 40 50 70 40 50 50 60 60 60 40 50 50 80 40
8,0 8,5 40 50 70 30 30 0 60 60 60 40 40 30 50 40
8,5 9,0 30 50 70 30 30 0 60 20 30 40 40 30 50 40
9,0 9,5 30 50 70 30 50 50 60 20 30 40 30 30 60 40
9,5 10,0 30 50 70 30 50 50 60 50 30 40 30 30 60
10,0 10,5 30 50 60 30 60 60 60 50 30 50 30 30 60 60
10,5 11,0 70 50 100 60 70 70 90 50 100 60 30 50 80 90
11,0 11,5 70 50 100 60 70 70 90 50 100 60 50 50 70 90
11,5 12,0 70 50 100 60 70 70 90 50 100 60 50 50 70 90
12,0 12,5 80 50 100 80 70 70 90 80 100 70 50 50 80 90
12,5 13,0 80 50 100 80 70 70 90 80 100 70 70 50 80 90
13,0 13,5 80 50 100 80 70 70 90 80 100 70 70 50 100 90
13,5 14,0 80 50 100 80 70 70 90 80 100 70 70 50 100 90
14,0 14,5 80 50 100 80 0 0 90 80 100 70 70 50 70 90
14,5 15,0 80 50 100 80 0 0 90 80 100 70 70 50 60 90
S2 - Alteração - Tabela Numérica do Parâmetro
Profundidade
(m)
Processamento dos dados
92
6.2.2.6 Parâmetro “Fracturação”
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F4
0,5 1,0 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4
1,0 1,5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4 F5
1,5 2,0 F5/4 F5/4 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4
2,0 2,5 F5 F5/4 F5/4 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4
2,5 3,0 F5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4
3,0 3,5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4/5
3,5 4,0 F5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4/5
4,0 4,5 F5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4/5
4,5 5,0 F5/4 F5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5
5,0 5,5 F5/4 F5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5
5,5 6,0 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5
6,0 6,5 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5
6,5 7,0 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5
7,0 7,5 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5
7,5 8,0 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4/5 F4 F5
8,0 8,5 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5
8,5 9,0 F5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5
9,0 9,5 F5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5
9,5 10,0 F5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5
10,0 10,5 F5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4/5
10,5 11,0 F5 F4/5 F4/5 F5/4 F4/5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F4/5 F4 F2/3
11,0 11,5 F4/5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F4/5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F2/3
11,5 12,0 F4/5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F4/5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F2/3
12,0 12,5 F4/5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F4/5 F5/4 F5 F4/5 F5 F5 F5/4 F2/3
12,5 13,0 F4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F4/5 F5/4 F5 F4/5 F5 F4/5 F5/4 F2/3
13,0 13,5 F4 F4/5 F3/5 F4/5 F5/4 F4/5 F4/5 F5/4 F5 F4/5 F4/5 F5 F4/3 F2/3
13,5 14,0 F4 F4/5 F3/5 F4/5 F5/3 F3/5 F4/5 F5/4 F4 F4/5 F4/5 F3 F4/3 F2/3
14,0 14,5 F4 F4/5 F3/5 F4/5 F5/4 F5/4 F4/5 F5/4 F3 F4/5 F4/5 F4/5 F4 F2/3
14,5 15,0 F4 F4/5 F4/3 F4/5 F5/4 F5/4 F4/5 F5/4 F3 F4/5 F4/5 F5 F4 F2/3
S2 - Fracturação - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
F1 100
F2/1; F1/2 90
F2 80
F3/2; F2/3 70
F3 60
F4/3; F3/4 50
F4 40
F5/4; F4/5 30
F5 20
outro 0
Fracturação
(S1 e S2)
Processamento dos dados
93
Figura 84 – Variação da “fracturação” com a profundidade nas classificações da sondagem S2
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 30 20 20 20 20 20 40
0,5 1,0 30 20 30 20 20 20 20 40
1,0 1,5 30 20 30 20 20 20 20 40 20
1,5 2,0 30 30 30 20 20 20 20 40
2,0 2,5 20 30 30 30 20 20 20 20 40
2,5 3,0 20 30 20 30 20 20 20 20 40
3,0 3,5 30 20 30 20 20 20 20 30
3,5 4,0 20 30 20 30 20 20 20 20 30
4,0 4,5 20 30 20 30 20 20 20 20 30
4,5 5,0 30 20 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20 20
5,0 5,5 30 20 20 30 20 20 20 20 20 20 20 40 20
5,5 6,0 30 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20 40 20
6,0 6,5 30 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20 40 20
6,5 7,0 30 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20 40 20
7,0 7,5 30 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20 40 20
7,5 8,0 30 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 30 40 20
8,0 8,5 30 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20
8,5 9,0 20 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20
9,0 9,5 20 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20
9,5 10,0 20 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20
10,0 10,5 20 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20 30
10,5 11,0 20 30 30 30 30 30 20 20 20 20 20 30 40 70
11,0 11,5 30 30 20 30 20 20 30 20 20 20 20 20 20 70
11,5 12,0 30 30 20 30 20 20 30 20 20 20 20 20 20 70
12,0 12,5 30 30 20 30 20 20 30 30 20 30 20 20 30 70
12,5 13,0 40 30 20 30 20 20 30 30 20 30 20 30 30 70
13,0 13,5 40 30 0 30 30 30 30 30 20 30 30 20 50 70
13,5 14,0 40 30 0 30 0 0 30 30 40 30 30 60 50 70
14,0 14,5 40 30 0 30 30 30 30 30 60 30 30 30 40 70
14,5 15,0 40 30 50 30 30 30 30 30 60 30 30 20 40 70
S2 - Fracturação - Tabela Numérica do Parâmetro
Profundidade
(m)
Processamento dos dados
94
6.2.2.7 Parâmetro “Percentagem de Recuperação”
Figura 85 – Variação da “percentagem de recuperação” com a profundidade nas classificações da sondagem
S2
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CS CM
0,0 0,5 27 20 25 25 19 27 25 23 23 23 23 21 25 27 24
0,5 1,0 27 20 25 25 19 27 25 23 23 23 23 21 25 27 24
1,0 1,5 27 20 25 25 19 27 25 23 23 23 23 21 25 30 27 24
1,5 2,0 33 35 35 35 30 33 33 50 33 36
2,0 2,5 33 50 35 35 46 53 35 48 30 33 33 48 35 50 33 40
2,5 3,0 33 50 35 35 46 53 35 48 30 33 33 48 35 50 33 40
3,0 3,5 20 21 20 20 18 18 18 30 20 21
3,5 4,0 20 24 21 20 20 29 20 43 18 18 18 23 21 30 20 23
4,0 4,5 20 24 21 20 20 29 20 43 18 18 18 23 21 30 20 23
4,5 5,0 60 38 62 44 38 64 50 49 60 46 40 51 75 50 60 52
5,0 5,5 100 50 100 87 83 100 100 100 100 100 100 83 100 100 100 93
5,5 6,0 100 100 100 100 100 100 100 100 92 100 100 100 86 100 100 98
6,0 6,5 80 100 86 70 63 70 76 70 80 80 86 50 90 100 80 79
6,5 7,0 70 75 77 75 60 76 80 70 67 75 70 70 75 75 70 73
7,0 7,5 70 75 100 75 60 76 80 70 67 75 70 70 75 75 70 74
7,5 8,0 100 100 100 100 100 100 100 97 100 100 100 100 100 75 100 98
8,0 8,5 38 50 48 19 23 45 48 25 40 25 35 25 50 30 30 36
8,5 9,0 38 50 48 19 23 45 48 25 40 25 35 25 50 30 30 36
9,0 9,5 50 60 31 67 50 75 50 25 60 51
9,5 10,0 50 85 60 31 63 84 67 100 50 42 100 86 80 50 50 68
10,0 10,5 50 33 83 42 33 50 57 64 50 43 50 20 60 40 50 48
10,5 11,0 100 100 100 100 83 100 67 100 100 100 100 100 100 100 100 96
11,0 11,5 100 100 96 60 72 100 74 90 60 100 92 82 95 100 100 87
11,5 12,0 60 40 64 50 38 66 64 60 60 50 66 50 65 100 60 60
12,0 12,5 100 100 100 100 100 100 100 99 95 100 95 94 100 100 100 99
12,5 13,0 100 100 100 100 100 100 100 99 100 100 100 100 100 100 100 100
13,0 13,5 100 100 100 100 100 100 100 96 100 100 100 100 100 100 100 100
13,5 14,0 100 100 100 100 73 100 100 96 100 100 100 93 100 100 100 97
14,0 14,5 100 100 100 100 72 100 100 100 92 100 100 84 100 100 100 96
14,5 15,0 100 100 100 100 93 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
Profundidade
(m)
S2 - Percentagem de Recuperação - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro
Processamento dos dados
95
6.2.2.8 Parâmetro “RQD”
Figura 86 – Variação do “índice RQD” com a profundidade nas classificações da sondagem S2
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CM
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
2,0 2,5
2,5 3,0
3,0 3,5
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0 33 33 33 37 40 50 43 37 63 41
11,0 11,5 63
11,5 12,0 63
12,0 12,5 63
12,5 13,0 58 63
13,0 13,5 17 43 26 36 33 34 14 34 43 51 24 39 25 63 34
13,5 14,0 34 45 26 43 31 31 29 34 29 57 79 33 55 63 42
14,0 14,5 20 30 15 20 20 20 20 15 23 30 26 45 63 27
14,5 15,0 30 15 15 23 63 29
Profundidade
(m)
S2 - RQD - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro
Processamento dos dados
96
6.2.2.9 Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-geotécnico
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
fragmentos de
xisto envoltos
por silte argiloso
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
calhaus de
xisto; horizonte
de rocha
decomposta
fragmentos
rochosos (<3
cm); laivos
amarelados e
avermelhados
laivos
amarelados e
avermelhados;
dimensão<3cm
2,0 2,5
2,5 3,0
3,0 3,5 decomposto
fragmentos
rochosos (<3
cm); laivos
amarelados e
avermelhados
com laivos
amarelados e
avermelhados;
dimensão<3cm
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0
muito
fracturados e
friáveis à mão
(<3 cm)
fracturação/xist
osidade sub HZ
e a 45º;
oxidação fr
5,0 5,5
natureza
xistenta,
luzente, negra;
laivos
laivos
alaranjados;
passagens silto-
argilosas
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5matriz argilo
siltosa
dimensão<3cm;
matriz argilo-
siltosa
acinzentada
9,5 10,0
laivos amarel e
averm;
intercalações
grauvaque e veios
de qz; oxidação
nas fract e
superficies
xistosidade;
median a muito alt
dim variadas;
fraqueza
estrutural por
contacto
litológico
10,0 10,5
veios e f ilonetes
de quaz; em geral
median alterado
veios de
quartzo; fractur
e moagem
mecânica
10,5 11,0
fracturas
paralelas à
xistosidade; 40º
em relação eixo
11,0 11,5
fract
generalizada em
dif direcções
(fract mecânica)
11,5 12,0
fracturas
paralelas à
xistosidade; 40º
em relação eixo
12,0 12,5
fracturas
paralelas à
xistosidade; 30º
em relação eixo
12,5 13,0
idem com
algumas
fracturas
mecânicas
13,0 13,5
13,5 14,0
14,0 14,5
14,5 15,0idem com veios
de quartzo
S2 - Observações complementares de cariz geológico-geotécnico - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
fragmentos de
xisto; silicioso;
entre 14.9 e
15.0 com
presença de
quartzo
muito fracturado
e muito alterado;
preenchimento
argiloso nas
fracturas; por
vezes
passagens
decompostas;
menos alterado
para a base;
xistosidade e
fracturação a
45º com eixo da
sondagem
muito
fracturado;
f ilonentes de
quartzo;
xistosidade e
fracturação a
45º com o eixo
da sondagem
algo
grauvacoide;
com laivos
alaranjados;
micáceo;
intensamente
fracturado
algo
grauvacóide;
micáceo; muito
alterado a
decomposto;
passagens silto-
argilosas e
fracturas
subhorizontais
decomposto;
adquirindo
carácter silto-
argiloso com
fragmentos
liticos; com
laivos
alaranjados
delgados veios
irreguares de
quartzo
esbranquiçado e
com sulfuretos
(pirite);
predominância
de
xistosidade/fract
uração a 45º
com eixo da
sondagem
intercalação de
grauvaque;
tonalidades
avermelhadas e
alaranjadas devido
à oxidação;
medianamente a
muito alterado
intercalação de
grauvaque;
tonalidades
avermelhadas e
alaranjadas;
micáceo; muito
alterado a
decomposto;
adquirindo um
carácter silto-
argiloso com
fragmentos liticos
fragmentos
rochosos; laivos
amarelados e
avermelhados
fragmentos
rochosos; laivos
amarelados e
avermelhados
fragmentos
rochosos; laivos
amarelados e
avermelhados
luzentes
luzentes; entre
9.8 e 9.9 < 2cm;
entre 10.2 e
10.5 < 6cm
muito alterado e
muito fracturado
com passagens
argilosas
muito alterado e
muito fracturado
com passagens
argilosas
muito alterado e
muito
fracturado;
parte facilmente
pelos planos de
foliação
formando lascas
intensamente
fracturado e
com clivagem
intensa pelos
planos de
foliação
formando
lascas, com
passagens
argilif icadas
entre as
seguintes
profundidade:
6,00-6,07m; 7,50-
7,59m; 9,00-
9,20m.
(carbonatado),
pontualmente
injectado por
vénulas de
quartzo, com
clivagem intensa
pelos planos de
foliação
formando
lascas. As
superfícies
resultantes da
clivagem pela
foliação
apresentam-se
lisas e polidas.
fragmentos de
xisto e restos de
raizes no topo
(depósito de
cobertura)
decomposto a
muito alterado
recuperado
como argila
siltosa;
muito alterado;
xistosidade a
inclinar cerca de
40º com o eixo;
fracturas
quando
identif icaveis a
inclinar cerca de
40º com o eixo;
de bordos lisos
a ligeiramente
irregulares,
oxidados e com
preenchimento
argiloso
decomposto a
muito alterado;
recuperado
como argila
siltosa;
fragmentos de
xisto e quartzo
dispersos (zona
de falha?)
xistosidade a
inclinar cerca de
40º com o eixo
da sondagem;
fracturas
quando
identif icáveis a
inclinar cerca de
40º em relação
ao eixo da
sondagem, de
bordos lisos e
planos com
ligeira patine
argilosa;
presença de
pequenas
massas e
f ilonetes de
quartzo
dispersos.
delgadas
intercalações de
grauvaque;
evidências de
oxidação nas
fracturas e
superfícies de
xistosidade;
medianamente a
muito alterado;
com passagens
decompostas silto-
argilosas; laivos
alaranjados;
fracturação/xistosi
dade
subhorizontal e a
45º
delgadas
intercalações de
grauvaque;
evidências de
oxidação nas
fracturas e
superfícies de
xistosidade;
medianamente a
muito alterado;
com passagens
decompostas;
fracturação/xistosi
dade a 45º e raras
fracturas
subverticais
intercalações de
grauvaque e
presença de pirite;
pouco a
medianamente
alterado; fracturas
subhorizontais e
obliquas em
relação ao eixo da
sondagem
interecalação de
grauvaque; veios
de quartzo; pouco
a median alterado;
passagens muito
alteradas
laivos rosados;
muito
fracturado;
intercalações
decimétricas de
xisto
decomposto,
recuperado
como argila de
tons
acastanhados
claros;
xistosidade com
inclinação de
50º em relação
ao eixo,
coincidente com
a maioria das
fracturas;
fracturas muito
oxidadas
pontualmente
com
preenchimento
argiloso
medianamente
alterado;
xistosidade a
50º coincidente
com a maioria
das fracturas;
fracturas muito
oxidadas com
preenchimento
argiloso;
passagem de
quartzo entre
9.0 e 9.8m; f im
da zona de
alteração
superficial (zona
oxidada)
superficies de
xistosidade lisas
e pouco
onduladas com
inclinação de
60º em relação
ao eixo da
sondagem;
fracturas
subverticais
ligeiramente
onduladas, lisas;
nos últimos 0,3m
com presença
de argila de
falha (?)
cascalho de
xisto envolto
numa matriz sito-
argilosa
grauvacóide,
muito alterado e
fracturado
fundamentalmen
te pela
xistosidade;
xistosdade
oblíqua;
fracturas lisas
com película
ferruginosa
micáceo, com
fragmentos de
xisto: xisto
esmagado e
decomposto
grauvacóide,
com filonetes de
quartzo leitoso;
ocorrem
passagens
centimétricas
esmagadas e
brecheficadas
laminações de
xisto argiloso
cinzento escuro;
facturas
sinxistosas
predominantes,
oblíquas, lisas e
com escasso
preenchimento;
ocorrem
mineralizações
de sulfuretos
disseminadas no
folheto xistoso
não recuperado
decomposto a
muito alterado,
com frequentes
zonas
argilisadas
estratif icação
inclinada 20º,
muito apertada,
provocando
desplacamento;
fracturas
coincidentes
com a
estratif icação,
de bordos
planos, lisos e
frequentemente
oxidados, c/
presença de
minerais de tons
alaranjados;
localmente
observam-se
fracturas pouco
extensas
subparalelas ao
eixo, de bordos
irregulares e
rugosos
zona muito
alterada com
presença de
argila de tons
acinzentados,
fragmentos de
xisto e quartzo
(zona de
falha?); zona
com perda
signif icativa de
amostra
níveis
intercalados de
espessura
decimétrica de
tons mais claros
correspondente
s a zonas
ligeiramente
mais grosseiras
(metassiltitos);
estratif icação
inclinada cerca
de 40-50º em
relação ao eixo
da sondagem,
muito próxima,
provocando
desplacamento;
fracturas
coincidentes
com a
xistosidade;
presença de
quartzo de cor
branca nos
ultimos 10cm da
sondagem
muito alterado a
decomposto;
resulta num solo
predominanteme
nte siltoso com
fragmentos
xistosos
dispersos
alterado a muito
alterado;
apresenta
xitosidade
intensa com
textura sedosa
no interior dos
planos de
xistosidade
alterado a pouco
alterado;
apresenta
xitosidade
intensa com
textura sedosa
no interior dos
planos de
xistosidade.
abundantes
preenchimentos
argilosos
acastanhados;
com passagens
argilosas regra
geral entre os
9,00 - 9,45m;
por vezes com
finos veios de
quartzo;
fracturas a 0-
10º, 25-35º, 45º
e 80-90º, com
vestigios de
oxidação
acastanhados e
f inos
preenchimentos
argilosos;
xistosidade
regra geral a
45º
por vezes com
finos
preenchimentos
argilosos
acinzentados;
com finos veios
de quartzo;
fracturas a 0-
10º, 30º, 45º,
65º e 80-90º,
por vezes com
finos
preenchimentos
argilosos;
xistosidade
regra geral a
45º
muito alterado a
decomposto;
argilif icado; com
intercalações
argilosas
centimétricas
muito alterado a
decomposto;
xistosidade
muito f ina;
planos de
xistosidade com
oxidação
alaranjada
medianamente a
muito alterado;
oxidado; planos
de xistosidade
com cerca de
50º de
inclinação em
relação ao eixo
do tarolo
muito alterado a
decomposto;
com passagens
argilosas e
oxidação
alaranjada nos
planos de
xistosidade;
entre os 10,20m
e os 10,50
interceptou-se
veio quartzo
esbranquiçado
medianamente
alterado; com
xistosidade
muito
penetrativa e
com cerca de
50º ao eixo do
tarolo.
Observam-se
intercalações
xistentas,
milimétricas a
centimétricas,
de cor cinzenta-
escura, com
intercalações
grauvaquóides,
mais claras e
centimétricas e
f inos veios
quartzosos
esbranquiçados.
Aos 14,90m
interceptou-se
veio quartzoso
esbranquiçado
com cerca de
3cm de
espessura
fracturas
paralelas à
xistosidade, 40º
em relação ao
eixo da carote
decomposto
intercalações
argilosas
inclinação
máxima 45º com
eixo da
sondagem; com
veios de quartzo
entre 9,45 - 9,80
m
carbonoso;
f inamente
laminado; com
veios de quartzo
em especial na
base;
xistosidade a
45º com o eixo
da sondagem;
presença de
intercalações
negras,
carbonosas ou
grafitosas com
muito baixa
resistência ao
deslizamento
(ângulo de atrito
da ordem de
20º)
óxidos de ferro;
micáceo; o xisto
possui sericite;
fracturas
paralelas à
xistosidade
óxidos de ferro;
micáceo; o xisto
possui sericite;
fracturas
paralelas à
xistosidade
óxidos de ferro;
micáceo; o xisto
possui sericite;
fracturas
mecânicas
ferruginizado;
fract paralelas à
xistosidade; 55º
c/ eixo
ferruginizado;
fract paralelas à
xistosidade; 55º
c/ eixo; vestigios
de veios
quartzosos
(fragmentos
soltos)
Processamento dos dados
97
Figura 87 – Variação das “observações complementares” com a profundidade nas classificações da sondagem
S2
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
mais que 2 aspectos com
ênfase na descrição das
fracturas
100
alteração, fracturação e outros
aspectos80
alteração ou fracturação 50
cores; litologia complementar;
não recuperado10
Observações
complementares de cariz
geológico-geotécnico
(S2)
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 10 10 100 80 80 10 10 10 50 100 50 80 50
0,5 1,0 10 10 100 80 80 100 10 10 50 100 50 80 50
1,0 1,5 10 10 100 80 80 100 10 50 50 100 50 80 10
1,5 2,0 50 50 10 100 80 80 100 10 50 50 100 50 10 10
2,0 2,5 50 50 10 100 80 80 100 10 50 50 100 50 80 10
2,5 3,0 50 50 10 100 80 80 100 10 50 50 100 50 80 10
3,0 3,5 50 50 10 100 80 100 100 10 50 50 100 50 10 10
3,5 4,0 50 50 10 100 80 100 100 10 50 50 100 50 80 10
4,0 4,5 50 50 10 100 80 100 100 10 50 50 100 50 80 10
4,5 5,0 100 50 50 100 80 100 100 100 50 80 100 50 80 80
5,0 5,5 100 50 10 100 10 100 100 100 50 80 100 50 80 80
5,5 6,0 100 100 10 100 100 100 100 100 80 100 50 80 80
6,0 6,5 100 100 10 100 100 100 100 100 80 100 80 80 80
6,5 7,0 100 100 10 100 100 100 100 100 80 100 80 80 80
7,0 7,5 100 100 10 100 100 100 100 100 80 100 80 80 80
7,5 8,0 100 100 10 100 100 100 100 100 80 100 80 80 80
8,0 8,5 100 100 10 100 100 100 100 100 100 80 100 80 80 80
8,5 9,0 80 100 10 100 100 100 100 80 80 80 100 80 80 80
9,0 9,5 80 100 10 100 100 100 100 80 80 80 100 80 10 80
9,5 10,0 80 100 10 100 100 100 100 80 80 80 100 80 10 80
10,0 10,5 80 100 10 80 100 50 100 80 80 80 100 80 50 100
10,5 11,0 100 100 10 80 100 100 100 80 100 80 100 100 50 100
11,0 11,5 100 100 10 80 100 100 100 80 100 80 100 100 80 100
11,5 12,0 100 100 10 80 100 100 100 80 100 80 100 100 80 100
12,0 12,5 100 100 10 80 100 100 100 100 100 80 100 100 80 100
12,5 13,0 100 100 10 80 100 100 100 100 100 80 100 100 80 100
13,0 13,5 100 100 10 80 100 100 100 100 100 80 100 100 80 100
13,5 14,0 100 100 10 80 100 100 100 100 100 80 100 100 80 100
14,0 14,5 100 100 10 80 100 80 100 100 100 80 100 100 80 100
14,5 15,0 100 100 10 80 100 80 100 100 100 80 100 100 80 100
S2 - Observações complementares de cariz geológico-geotécnico - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
Análise e interpretação dos resultados
99
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
2,0 2,5
2,5 3,0
3,0 3,5
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0
11,0 11,5
11,5 12,0
12,0 12,5
12,5 13,0
13,0 13,5
S1 - Estratigrafia - Tabela Resumo de Parâmetro
moderno
jurássico -
J4
aterro
actual
jurássico
superior –
Kimeridgi
ano
Grés,
margas e
arenitos
da Praia
da
Amoreira-
Porto
Novo
(J3AP)
Profundidade
(m)
recente
(at)
jurássico,
possivelm
ente
Kimeridgi
ano-
Pteroceria
no (J4)
jurrásico
superiorjurrásico
recente
(dc)
J3AP -
Grés,
margas e
arenitos
da Praia
da Moreira
e Porto
Novo
depósitos
de
vertente
(?) /
jurássico -
J3AP (?)
jurássico -
J3AP -
Grés,
margas e
arenitos
da praia
da
Amoreira
e Porto
Novo
recente
(at)
jurássico
aterro
jurássico
superior -
J3AP -
Grés,
Margas e
Arenitos
daPraia
da
Amoreira -
Porto
Novo
jurrásico
recente
(at)
jurássico
J3AP -
Grés,
Margas e
arenitos
da Praia
da
Amoreira
e Porto
Novo
recente
jurrásico
recente
(at)
jurrásico
recente
(dc)
jurrásico
7. Análise e interpretação dos resultados
7.1 Sondagem S1
7.1.1 Parâmetro “Estratigrafia”
A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes
elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:
Relativamente à análise dos resultados, é de considerar desde logo dois aspectos em
apreciação: o que é indicado e até que profundidade.
Nas classificações da sondagem S1 distinguem-se genericamente dois grupos de dados:
idade mais recente (valores ≤ 60) e idade jurássica (valores ≥ 80). Das 14 classificações,
11 indicam estes dois grupos de dados. As restantes 3 indicam somente “materiais de
idade jurássica” (valores ≥ 80). Cada um destes dois grupos de dados mereceu termos
diferentes nas várias classificações, tendo sido utilizados os seguintes termos:
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
jurássico - J4 90
jurássico 80
actual; aterro 60
recente 50
moderno 40
depositos vertente?/jurássico? 20
Estratigrafia
(S1)
jurássico superior - J3AP -
Grés, margas e arenitos da
Praia da Amoreira - Porto Novo
100
Análise e interpretação dos resultados
100
Idade mais recente: moderno; recente; actual; aterro
Idade jurássica: jurássico; jurássico J4; jurássico J3AP Grés, margas e arenitos da
Praia da Amoreira - Porto Novo
Apesar da utilização de diferentes termos para a mesma “informação”, do ponto de vista
técnico, todos os termos utilizados em ambos os casos, classificam aquilo a que dizem
respeito (materiais de idade recente e materiais de idade jurássica), sendo portanto
representativos, embora seja de referir que a designação “aterro” não seja uma
designação verdadeiramente estratigráfica (cronostratigráfica).
Relativamente ao primeiro grupo de dados, o termo mais usado nas classificações foi o
“recente” (valor 50). No segundo grupo, os termos mais utilizados foram o “jurássico”
(valor 80) e o “jurássico J3AP Grés, margas e arenitos da Praia da Amoreira – Porto
Novo” (valor 100), tendo ambos os termos sido utilizados em 6 classificações.
Relativamente à profundidade a que foi definido cada um dos grupos de dados, existiu
maior discrepância de resultados. Em 3 classificações, não foi considerada a existência
de materiais de idade recente; em 8 classificações foi considerado que estes ocorriam até
1,5 m a 2,0 m de profundidade; nas restantes 3 classificações foi considerado que estes
ocorriam até profundidades de 4,5 m, 6,5 m e 7,5 m, respectivamente.
Em suma, verifica-se uma consistência assinalável neste parâmetro, dado que
genericamente todas as classificações indicam informação semelhante relativamente à
“estratigrafia” dos terrenos atravessados, indicando “grosso modo” a mesma idade do
maciço in situ (jurássica) e a profundidade a que estes terrenos ocorrem. Excepção feita
a 3 classificações, que consideram que os materiais de idade jurássica ocorriam a partir
de profundidades consideravelmente superiores às restantes.
7.1.2 Parâmetro “Litologia”
A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes
elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:
Análise e interpretação dos resultados
101
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0areia silto-
argilosa
areia
siltosa
areia
siltosa
areia
siltosa
areia
siltosa2,0 2,5 calcarenit
2,5 3,0 arenitobloco de
calcário
3,0 3,5areia
siltosaareia
areia
argilosa
areia
siltosa
arenito/silt
ito
areia
siltosa
areia
siltosa3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0silte
argilosoargila argila argila
arenito
silto-5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5 areia areia areia areia areia areia areia areia areia
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0areia
argilosa
areia
argilosa
areia
argilosa
areia
argilosa
areia
argilosaareia
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5argila
margosa
argila
siltosaargila argila
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0solo
arenizado11,0 11,5
11,5 12,0marga
gresosa12,0 12,5 argila
12,5 13,0
13,0 13,5
arenito
siltosomargaargila
margosaargilito
argila
argilito
arenoso
silte areno
margoso
argila
argila/argil
ito
arenito /
siltitomarga
arenito
arenito
argila
arenito arenitoarenito
arenito
argila
marga
argilosaargila argila
arenito arenitocalcarenit
oarenito calcarenit
o
arenito
siltito
margosoarenito
argila
margosamarga
arenito arenito
argilitoargila
margosa
argila
argilaargila
siltosa
argila
margosa
marga
argilosaargila
argila
arenosa
areia
argilosa
calcarenit
o
argilito
siltosoareia
areia
argilosa
margaargila
margosa
arenitoarenito areia
areia
siltosa
areia
areia
arenito
areia
areia
siltosaareia
areia
marga
argilosa
argila
siltosa
argila
margosaargilito
argila silto-
margosa
areia
siltosaareia
areia
areia
argilosa
argila
argilasilte
areia
siltosa
silte
Silte
areia
areia
argilosa
areiaareia
siltosa
arenito arenitoareia
siltosa
argila
margosa
arenito
silto-
areia areiaarenito
siltosoareia
areia
siltosa
S1 - Litologia - Tabela Resumo de Parâmetro
Profundidade
(m)
silte
arenoso silte
arenoso
areia
siltosa
areia
siltosa
areia
siltosaareia
areiaareia
siltosa
areiaareia
arenitogrés
blocos de
arenitoarenito arenito
solo
arenizado
O parâmetro “litologia” é um dos parâmetros em que se verifica maior discrepância de
critérios e termos aplicados, tendo sito utilizados cerca de 25 termos litológicos distintos
nas classificações da sondagem S1. Devido à variedade de termos considerável,
procurou-se agrupar termos similares, ou termos que pela sua proximidade geológica
possam ser aplicados quase em paralelo, sendo em geral subtil, e consequentemente
subjectiva, a sua distinção em contexto de classificação macroscópica. São exemplo
deste tipo de situação termos como “areia argilosa” e “argila arenosa” (agrupados no
valor 30), ou “calcarenito” e “arenito de cimento carbonatado” (agrupados no valor 100).
Há no entanto termos, que apesar de serem agrupados no mesmo valor, têm significados
geológico-geotécnicos ligeiramente distintos, como por exemplo “areia”, “areia siltosa” e
“areia silto-argilosa” (agrupados no valor 20).
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
calcarenito / arenito /
arenito siltoso / grés100
marga / marga argilosa 80
argilito / argilito siltoso /
argilito arenoso70
siltito margoso / silte
areno-margoso60
argila / argila siltosa /
argila margosa / argila
silto-margosa
40
areia argilosa / argila
arenosa30
areia / solo arenizado /
areia siltosa / areia silto
argilosa
20
silte / silte arenoso 10
bloco de arenito / bloco de
calcário0
Litologia
(S1)
Análise e interpretação dos resultados
102
Esta abordagem procura naturalmente simplificar o tratamento da informação e evitar
introduzir excessiva discriminação e “estanqueidade” em termos litológicos, situação que
muitas vezes nem sequer existe, aquando da realização de uma classificação. Exemplo
disso, é o facto de serem comuns, na classificação macroscópica de sondagens,
abordagens mais abrangentes, menos “estanques” e por isso mais representativas,
como: “areia siltosa, por vezes ligeiramente argilosa.”
Relativamente à consistência dos resultados, analisam-se os termos aplicados e a
profundidade a que são utilizados, ou seja os limites litológicos. Complementarmente,
para esta análise, foi construído um gráfico acessório, que sistematiza a quantidade e
espessura das camadas litológicas definidas em cada uma das classificações.
Para a análise dos resultados, devido à discrepância de critérios em especial em algumas
profundidades, utiliza-se a tabela resumo colorida, como elemento de interpretação
auxiliar, ao gráfico dos resultados.
Na maioria das classificações distinguem-se genericamente 4 grupos de materiais,
associados a 4 profundidades diferentes, sendo: “areia” até aos 8,0 m (com passagens
argilosas e areníticas), “argilas” dos 8,0 m aos 9,5 m, “arenitos” dos 9,5 m aos 11,0 m, e
dos 11,0 m para a base, “margas”, “argilitos”, “argilas margosas”, “siltitos” e “arenitos”.
Existem no entanto duas zonas ou profundidades, em que a discrepância de critérios e
consequente variedade de termos aplicados, foi maior. Entre os 3,5 m e os 5,0 m de
profundidade são atribuídos 6 termos distintos (6 grupos de termos): “argilito siltoso”,
“marga argilosa”, “argila siltosa”, “areia”, “silte argiloso” “arenito siltoso”. Na base da
sondagem, são atribuídos 5 termos distintos (5 grupos de termos): “margas”, “argilitos”,
“argilas margosas”, “siltitos” e “arenitos”. A considerável discrepância de critérios nestas
duas zonas específicas, terá como origem dois factores distintos.
No primeiro caso (3,5 m a 5,0 m), trata-se de uma zona da sondagem com percentagem
de recuperação de amostra inferior a 20%, portanto em que a classificação se baseia
sobretudo na interpretação daquilo que não é recuperado, ao invés de classificar
directamente a amostra recuperada, embora exista, naturalmente, a informação da
amostra recuperada no ensaio SPT (Standard Penetration Test) iniciado aos 4,5 m de
profundidade.
Análise e interpretação dos resultados
103
Figura 88 – Gráfico da percentagem de recuperação e fotografia de caixa de amostra da sondagem S1
No caso da base da sondagem, e existindo recuperação total de amostra, a discrepância
de critérios e termos aplicados, resultará da proximidade de diversos termos litológicos,
no que diz respeito à sua constituição mineralógica e granulométrica. Na prática, trata-se
de rochas brandas, sedimentares, de granulometria muito fina, em que por vezes a
distinção em amostra de mão, não é fácil, uma vez que se baseia numa interpretação
subjectiva, e com as limitações inerentes à classificação nestas condições.
Embora, termos como “marga” e “argilito”, apesar de muito próximos nos aspectos
granulométricos e texturais, possam em geral ser distintos com recurso à aplicação de
ácido clorídrico.
Em suma, existe uma consistência razoável nas classificações na definição dos 4 grupos
de materiais ao longo da sondagem (“zonamento”), com os limites de profundidades
coerentes entre si. Existem no entanto duas zonas em que a discrepância relativamente a
critérios e termos de classificação litológica é considerável.
Relativamente à individualização de camadas, existem igualmente discrepâncias
consideráveis nas 14 classificações. Os gráficos seguintes representam o número de
camadas individualizadas em cada classificação e respectiva espessura.
Figura 89 – Número de camadas individualizadas por classificação
Manobra 4.5 - 6.0m
Manobra 3.0 - 4.5m
Análise e interpretação dos resultados
104
O número de camadas individualizadas por classificação varia entre 5 e 17, sendo a
média de 11 (CM). Em termos de estatística descritiva, trata-se de um conjunto de dados
bimodal, sendo os valores que ocorrem com mais frequência o 9 e o 11, com 3
classificações a individualizarem estes números de camadas.
Figura 90 – Gráfico com a representação da espessura das camadas por classificação
As espessuras das camadas definidas nas classificações variam entre 0,5 m e 4,0 m. As
camadas com 0,5 m, na realidade dizem respeito às camadas individualizadas com as
amostras recuperadas nos ensaios SPT (45 cm).
A totalidade das classificações traduz-se em 148 camadas individualizadas em 189
metros de classificação (14 x 13,5 m), resultando numa espessura média por camada de
1,3 m.
7.1.3 Parâmetro “Granularidade”
A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes
elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:
Análise e interpretação dos resultados
105
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0 fina fina fina
2,0 2,5 fina
2,5 3,0 fina
3,0 3,5 fina fina fina fina fina fina
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0 fina
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5 media méd a gr méd a fina méd a fina méd a fina grossa fina médfina a
médiamédia
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0 méd a gr méd a gr fina a méd grossa fina a méd média
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0 grossa
11,0 11,5
11,5 12,0
12,0 12,5
12,5 13,0
13,0 13,5
Profundidade
(m)
média
fina
média a
fina
fina
fina
médiamédia
média
média
média
fina
média
fina
S1 - Granularidade - Tabela Resumo do Parâmetro
média a
fina
média
fina
fina
média
média a
fina
fina
fina a
média
fina
fina
média
fina a
média
média a
fina
média a
fina
fina
fina
fina a
média
fina
fina a
média
fina
fina a
média
fina
fina a
média
finafina
fina
fina a
média
média a
grossa
fina a
média
fina a
média
fina a
grossa
média a
grossa
fina
fina
fina
média
fina
fina a
média
fina
fina a
média
No parâmetro “granularidade” distinguem-se essencialmente 3 grupos de dados, sendo
estes, respectivamente:
fina: valor 25
fina a média / média a fina: valor 40
média: valor 55
Relativamente ao “zonamento” da sondagem em profundidade, no que diz respeito aos
termos utilizados e consistência de resultados, distinguem-se 5 zonas, definindo-se estas,
entre os seguintes intervalos de profundidade:
0,0 – 6,0 m:
6,0 – 8,0 m
8,0 – 9,5 m
9,5 – 11,0 m
11,0 – 13,5 m
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
muito grossa 100
grossa 85
média a grossa; grossa a média 70
média 55
fina a média; média a fina 40
fina 25
muito f ina 10
outro 0
Granularidade
(S1 e S2)
Análise e interpretação dos resultados
106
Até aos 6,0 m de profundidade, a generalidade das classificações utiliza os termos “fina”
e “fina a média”, pelo que os resultados demonstram uma boa consistência de critérios.
Entre os 6,0 m e os 8,0 m, não é utilizado o termo “fina” por nenhuma classificação, mas
são utilizados 5 termos distintos: fina a média (valor 40); média (valor 55); média a grossa
(valor 70); grossa (valor 85) e fina a grossa (valor 0). Acresce que duas classificações
não caracterizam sequer o material neste intervalo.
A grande variedade de termos utilizados para classificar a mesma amostra, praticamente
de extremo a extremo da classificação granulométrica, estará relacionada com o facto de
esta zona ser a que tem menor recuperação de amostra na sondagem (<10%), embora
exista a amostra recolhida com o ensaio SPT dos 7,5 m de profundidade.
Figura 91 – Gráfico da percentagem de recuperação e fotografia de caixa de amostra da sondagem S1
Entre os 8,0 m e os 9,5 m de profundidade, nenhuma das classificações caracterizou a
granulometria da amostra, pelo que nesta zona da sondagem, a consistência dos critérios
é total (no gráfico, o intervalo lê-se entre os 8,0 m e os 10,0 m, uma vez que a informação
seguinte relativa ao intervalo 9,5-10,0 m, é representada graficamente na profundidade
10,0 m).
Entre os 9,5 m e os 11,0 m de profundidade, são utilizados 5 termos distintos: fina (valor
25) fina a média (valor 40); média (valor 55); média a grossa (valor 70); grossa (valor 85).
Acresce que duas classificações não caracterizam sequer o material neste intervalo.
Nesta zona o material ocorrente foi caracterizado pela generalidade das classificações
como “arenito”, pelo que a discrepância de critérios é invulgar, podendo no entanto
resultar da ocorrência de variações granulométricas na amostra, comuns em rochas
sedimentares detríticas, e que terão sido valorizadas de forma distinta nas várias
classificações, mercê da subjectividade natural associada a este tipo de contexto.
Entre os 11,0 m e os 13,5 m de profundidade, somente 3 classificações indicaram
granulometria (classificaram “arenito”), sendo em todas utilizado o termo “fina” (valor 25).
Manobra 6.0 - 7.5m Manobra 4.5 - 6.0m
Análise e interpretação dos resultados
107
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0acastanhad
o
castanho
esverdeado
castanho
claro
acastanhad
aamarelada
2,0 2,5tons
cremes e
2,5 3,0creme
acinzentado
3,0 3,5acastanhad
o
castanho
claro
castanha
com laivos
castanho
claro
creme
acinzentado
castanho
amareladoamarelada
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0castanho
amarelado cinzento
cinzento
escuro
cinzento
escuro a
cinzento-
acastanhad5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5 amareladoacastanhad
oamarelado alaranjado
amarelado
e castanho
castanho
amareladoamarelado
acastanhad
oamarelado
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0castanho
alaranjado
amarelo
alaranjadoacinzentado alaranjado
castanho
amareladoamarelado
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5 cinzentoacinzentado
acastanhadcinzento
cinzento
escuro
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0 beje rosado
11,0 11,5
11,5 12,0acinzentado
cinzento 12,0 12,5 cinzento
12,5 13,0
13,0 13,5
S1 - Cor - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
amarelada
acastanhad
oamarelo
acinzentado
branco
acinzentado
esbranquiç
ado a
acinzentado
cinzento
claro a
acastanhad
o
castanho
amareladoamarelada
acinzentado
acinzentado
e beje
cinzento
amarelo
acastanhad
o
acinzentado
e
amarelado
acastanhad
o
cinzento
acastanhad
o
amarelado amarelado amarelado
amarelado
cinzento
esverdeado
castanho
amarelado
a
esbranquiç
ado
creme amarelado castanho
amarelado
amarelado
amarelo
esbranquiç
ado
amareladocastanha
amarelado beje e
cinzento
alaranjado
e
amarelado
com laivos
castanhoalaranjado
cinzento
clarocinzento
castanho
acastanhad
o e
acinzentado
acastanhad
o
cinzento
escuro
cinzento
com níveis
de negro
amarelado
acastanhad
o
acinzentado
acinzentado
acinzentado
a
acastanhad
o
acinzentado
cinzento
acinzentado
amarelado
e
esbranquiç
ado
creme
acastanhdo
castanho
esbranquiç
ado
amarelado
castanho
amarelado
bege
acastanhad
o
acastanhad
o
cinzento a
castanho
avermelhad
o
acinzentado
acinzentado
cinza
esverdeado
acinzentado
cinzento
esverdeado
acinzentado
acinzentado
esverdeado
acinzentado
acinzentado
s escuros
acastanhad
o
cinzento
esverdeado
acinzentado
acastanhad
o
bege
cinzento
escuro
cinzento
acastanhad
o
cinzento
acastanhad
o
castanho
acinzentado
cinzenta
acastanhad
o
cinza
alaranjado
cinzento
esverdeado
acastanhad
o
cinzento
escuro
acastanhad
o
cinzento
cinzento
cinzento
amarelado
cinzento
cinzento
alaranjado
cinzento
acastanhad
o
acinzentado
acinzentado
amarelado
castanho
acinzentado
acastanhad
o
castanho
acinzentado
castanho
alaranjado
cinzento
esverdeado
alaranjado
creme
acinzentado
acinzentado
acastanhad
o
acastanhad
o
cinzento
claro
levemente
esverdeado
7.1.4 Parâmetro “Cor”
A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes
elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:
O parâmetro “cor” é um dos parâmetros em que se verifica maior discrepância de termos
aplicados, tendo sito utilizados mais de 25 termos distintos. Devido à variedade de termos
considerável, procurou-se agrupar termos similares ou aproximados em termos
cromáticos, de modo a simplificar o tratamento da informação, evitando discriminar
excessivamente termos que pela sua proximidade são por vezes aplicados como
alternativa uns aos outros (em amostra de mão), sendo normalmente subtil e subjectiva a
diferenciação entre eles (por exemplo “castanho amarelado” e “amarelo acastanhado”),
até porque frequentemente, uma mesma amostra não apresenta exactamente o mesmo
tom, em toda a sua área, nem apresenta o mesmo tom no estado seco ou húmido.
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
cinzento esverdeado; castanho
esverdeado100
cinzento; acinzentado; cinzento
claro; cinzento escuro90
castanho acinzentado; cinzento
acastanhado80
castanho; acastanhdo 60
castanho amarelado; amarelo
acastanhado; amarelo
acinzentado; castanho
alaranjado; esbranquiçado
acinzentado; creme
acinzentado; castanho claro;
beje; creme
40
amarelo esbranquiçado;
amarelo; amarelado; amarelo
alaranjado; alaranjado; creme
acastanhado; castanho
esbranquiçado
20
sem indicação sem valor
Cor
(S1)
Análise e interpretação dos resultados
108
A consistência dos resultados neste parâmetro é portanto reduzida, tendo normalmente
sido utilizados diversos termos distintos para classificar uma mesma amostra,
relativamente à cor. De forma geral, até aos 8,0 m, foram usados entre 3 e 5 termos
distintos para classificar o mesmo material, não sobressaindo um termo de utilização
mais frequente, exceptuando entre os 3,5 m e os 5,0 m, em que 10 classificações
utilizaram o “grupo dos cinzentos” (valor 90). Pelo contrário, dos 8,0 m de profundidade
em diante, existe uma maior consistência nos resultados, tendo sido em geral utilizados
os grupos dos “cinzentos” e dos “cinzentos esverdeados” (valores 90 e 100,
respectivamente), exceptuando entre os 9,5 m e os 11,0 m, em que na maioria das
classificações (10), foi utilizado o grupo dos “amarelos” (valor 20).
Apesar da dispersão de resultados no cômputo geral das classificações, em cada uma
individualmente, foram somente utilizados em média 5 termos (CM), sendo a moda, em
termos de estatística descritiva, 4 termos.
Figura 92 – Grupos de cores utilizados por classificação
Este aspecto, leva a crer que a dispersão de resultados estará sobretudo relacionada
com o facto de existir um vasto conjunto de termos cromáticos na língua portuguesa, a
que acresce o facto de ser comum conjugar dois ou mais termos como “castanho
acinzentado”, ou ainda “castanho escuro acinzentado”, tornado a eleição do, ou dos
termos mais representativos para cada amostra, consideravelmente subjectiva. Na
prática, cada técnico elegerá, dentro dos muitos termos existentes, aqueles com os quais
prefere trabalhar, com o intuído de melhor classificar a amostra relativamente à cor,
podendo coexistir diferentes critérios e consequentemente diferentes grupos de cores,
para técnicos diferentes.
Análise e interpretação dos resultados
109
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
2,0 2,5 W4/3 W3 W2 W3/4
2,5 3,0 W4/3 W3 W2 W3/4
3,0 3,5
3,5 4,0 W5/4 W4
4,0 4,5 W5/4 W4
4,5 5,0
5,0 5,5 W5
5,5 6,0 W5
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5 W5/4 W2/3
8,5 9,0 W5/4 W2/3
9,0 9,5
9,5 10,0 W3 W3 W2 W3/2
10,0 10,5 W3 W3 W2 W3/2
10,5 11,0 W3 W3 W2 W3/2 W3
11,0 11,5 W3/4 W3 W2
11,5 12,0 W3/4 W4 W2
12,0 12,5 W3/4 W2
12,5 13,0 W3/4 W2
13,0 13,5 W3/4 W2
Profundidade
(m)
S1 - Alteração - Tabela Resumo do Parâmetro
7.1.5 Parâmetro “Alteração”
A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes
elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:
Nas classificações da sondagem S1, o parâmetro “alteração” reveste-se de especial
importância na análise da consistência dos resultados, uma vez que, desde logo, põe em
evidência um critério de base, que é a aplicabilidade deste parâmetro aos materiais
ocorrentes.
Com efeito, menos de metade das classificações (5) utilizaram este parâmetro de
classificação devido à natureza dos materiais (solos e rochas sedimentares detríticas).
Portanto, a maior parte das classificações (9) considerou este parâmetro não aplicável
nos materiais em causa, o que por si só evidencia alguma consistência de critérios.
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
W1 100
W2/1; W1/2 90
W2 80
W3/2; W2/3 70
W3 60
W4/3; W3/4 50
W4 40
W5/4; W4/5 30
W5 20
outro 0
Alteração
(S1 e S2)
Análise e interpretação dos resultados
110
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
2,0 2,5 F4/5 F4/3 F3/4 F3 F4
2,5 3,0 F4/5 F3/4 F3 F4 F4
3,0 3,5
3,5 4,0 F5
4,0 4,5 F5
4,5 5,0
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5 F4/5 F3
8,5 9,0 F4/5 F3
9,0 9,5
9,5 10,0 F3 F4/3 F3 F4/3 F3/4 F3 F3 F4/3 F3 F3 F3
10,0 10,5 F4/5 F5/4 F5 F4/3 F3/4 F3 F3 F4/3 F4/5 F4/3 F5
10,5 11,0 F3 F5/4 F4/3 F4/3 F3/4 F4 F3 F4/3 F3/4 F3/4 F4/3 F4
11,0 11,5 F3 F4/3 F4 F3/4 F3 F4/3 F3
11,5 12,0 F3 F4/3 F4 F4/5 F3
12,0 12,5 F3 F4/3 F4 F3
12,5 13,0 F3 F4/3 F4 F3
13,0 13,5 F3 F4/3 F4 F3
S1 - Fracturação - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
Nas classificações que aplicaram o parâmetro, a consistência dos resultados é reduzida,
provavelmente devido à subjectividade e consequente dificuldade de aplicar este critério
neste tipo de materiais. Exemplo disso, é o facto de sistematicamente existirem
discrepâncias consideráveis nos termos utilizados nas duas classificações que aplicaram
com maior persistência este parâmetro. Entre os 2,0 m e 3,0 m de profundidade, foram
utilizados os termos W4/3 e W2 na mesma amostra (valores 50 e 80, respectivamente).
Entre os 8,0 m e os 9,0 m, foram utilizados os termos W5/4 e W2/3 na mesma amostra
(valores 30 e 70, respectivamente). Nos últimos 3,5 m da sondagem foram utilizados os
termos W3/4 e W2 na mesma amostra (valores 50 e 80, respectivamente).
Em suma, a consistência de critérios existe somente quando o parâmetro não é
considerado aplicável por todas as classificações, uma vez que, sempre que é aplicado
por algumas classificações, é evidente a discrepância de critérios. De salientar ainda o
facto de este parâmetro, de acordo com as recomendações da ISRM (International
Society of Rock Mechanics) ser aplicável somente a rochas ígneas e metamórficas.
7.1.6 Parâmetro “Fracturação”
A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes
elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
F1 100
F2/1; F1/2 90
F2 80
F3/2; F2/3 70
F3 60
F4/3; F3/4 50
F4 40
F5/4; F4/5 30
F5 20
outro 0
Fracturação
(S1 e S2)
Análise e interpretação dos resultados
111
À semelhança do parâmetro “alteração”, no parâmetro “fracturação”, um dos primeiros
aspectos a analisar na consistência de resultados, é a aplicabilidade deste critério de
classificação de rochas. Com efeito, até aos 9,5 m de profundidade, metade das
classificações não considerou o parâmetro aplicável. Este facto está relacionado com a
natureza dos materiais, essencialmente solos até à profundidade em causa, com
algumas passagens compactas ou consolidadas, passíveis de serem interpretadas como
maciço rochoso.
Entre os 2,0 m e os 3,0 m de profundidade, as 6 classificações que aplicaram este
parâmetro, utilizaram termos entre F4/5 e F3 (valores de 30 e 60, respectivamente).
Entre os 4,0 m e os 5,0 m de profundidade, somente uma classificação aplicou este
parâmetro, tendo utilizado o termo F5 (valor 20).
Entre os 8,0 m e os 9,0 m de profundidade, somente duas classificações aplicaram este
parâmetro, tendo utilizado novamente os termos acima referidos (F4/5 e F3).
Dos 9,5 m de profundidade para a base, as classificações utilizaram predominantemente
os termos F3 e F4/3 (valores 50 e 60, respectivamente), embora dos 12,0 m em diante
somente 4 classificações tenham aplicado este parâmetro.
Nos restantes intervalos de profundidades, não mencionados, nenhuma classificação
aplicou o parâmetro “fracturação”.
Em suma, e tal como verificado no parâmetro “fracturação”, só existe consistência de
critérios quando o parâmetro não é considerado aplicável, uma vez que, sempre que é
aplicado por algumas classificações, a discrepância de critérios é evidente.
Análise e interpretação dos resultados
112
7.1.7 Parâmetro “Percentagem de recuperação”
A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes
elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:
A percentagem de recuperação tem a particularidade de ser habitualmente determinada
pelo sondador, ao invés de pelo técnico. Por esta razão considerou-se pertinente incluir
neste estudo os valores de percentagem de recuperação constantes nas partes diárias
da sondagem. Estes valores correspondem à classificação “CS” e a sua inclusão teve
como objectivo perceber se estes estariam de acordo com os valores determinados pelos
técnicos e se são portanto representativos da percentagem de recuperação da amostra.
Genericamente, existe uma boa consistência dos resultados das classificações neste
parâmetro, sendo, na sondagem S1, aquele em que se verifica maior consistência. O
intervalo de variação dos valores é em geral da ordem dos 10%, excepção feita em dois
intervalos de profundidade: entre os 8,0 m e os 9,0 m e entre os 10,0 m e os 11,0 m, em
que o intervalo de variação é de cerca de 25% e 30%, respectivamente.
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CS CM
0,0 0,5 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9
0,5 1,0 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9
1,0 1,5 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9
1,5 2,0 27 29 25 25 27 28 27 27
2,0 2,5 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32
2,5 3,0 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32
3,0 3,5 20 17 13 8 15 13 10 14
3,5 4,0 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17
4,0 4,5 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17
4,5 5,0 20 7 7 7 3 3 7 8
5,0 5,5 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6
5,5 6,0 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6
6,0 6,5 20 7 7 5 3 3 7 8
6,5 7,0 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7
7,0 7,5 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7
7,5 8,0 60 60 59 60 57 60 60 59
8,0 8,5 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71
8,5 9,0 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71
9,0 9,5 77 78 71 77 73 77 60 77 73
9,5 10,0 77 100 78 71 80 100 100 91 95 77 73 77 100 100 77 87
10,0 10,5 77 100 78 71 100 100 100 100 95 77 73 77 100 100 77 89
10,5 11,0 100 100 100 95 100 99 100 93 95 100 100 100 100 100 100 99
11,0 11,5 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98
11,5 12,0 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98
12,0 12,5 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98
12,5 13,0 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98
13,0 13,5 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 97 97 98
Profundidade
(m)
S1 - Percentagem de recuperação - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro
Análise e interpretação dos resultados
113
Com efeito, no intervalo dos 8,0 m aos 9,0 m, metade das classificações consideraram
valores de percentagem de recuperação entre os 80% e os 84% e a restante metade
considerou valores entre os 57% e os 60%.
No intervalo dos 10,0 m aos 11,0 m, 8 classificações consideraram valores da ordem dos
100% e as restantes classificações (6) consideraram valores entre os 71% e os 80%.
Este facto estará sobretudo relacionado com a forma como é considerada a manobra,
pela qual se divide o comprimento da amostra recuperada. Para o mesmo comprimento
de amostra, 6 classificações consideraram que a manobra se iniciava aos 9,0 m e 8
classificações consideraram que a manobra se iniciava aos 9,45 m, i.e. após o ensaio
SPT dos 9,0 m.
Figura 93 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S1 (caixa 1)
Para além deste aspecto, algumas classificações consideraram que a manobra terminava
aos 10,0 m (fim da caixa da sondagem), enquanto outras consideraram que a manobra
terminava aos 10,5 m. Esta diferença de critério, no entanto, só interferiria,
significativamente nos resultados, se uma classificação que tivesse considerado o início
da manobra aos 9,0 m, considerasse o fim da mesma aos 10,0 m, pois neste cenário,
com um comprimento de amostra recuperado de cerca de 50 a 55 cm, o valor de
percentagem de recuperação reduziria drasticamente para os 50%.
Figura 94 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S1 (caixa 2)
SPT dos 9.0m
Fim da manobra
Análise e interpretação dos resultados
114
Em suma, os comprimentos de manobra considerados nas classificações foram dos
9,0 m aos 10,5 m (150 cm), e dos 9,45 m aos 10,5 m (105 cm).
O Quadro 8 esquematiza a forma como o comprimento de amostra recuperado (entre 100
a 105 cm), se relaciona com os 2 comprimentos de manobra considerados, e como estes
interferem com o valor de percentagem de recuperação.
Manobra com
105 cm Manobra com
150 cm
Amostra com 105 cm
100% 70%
Amostra com 100 cm
95% 67%
Amostra com 10 cm
10% 7%
Quadro 8 – Relação entre os comprimentos de amostra recuperada e o da manobra
A subtracção do comprimento penetrado no ensaio SPT, verificou-se em 8 das 14
classificações, na generalidade das manobras em que foi realizado o ensaio e que a
penetração foi de 45 cm, portanto nas manobras dos 1,5 m, 3,0 m, 4,5 m, 6,0 m, 7,5 m e
9,0 m. No entanto, esta situação só tem visibilidade em termos de consistência dos
resultados, quando a quantidade de amostra recuperada na manobra subsequente ao
ensaio SPT tem expressão. Pois a redução do comprimento da manobra em cerca de
30% (150 cm para 105 cm), resulta num aumento de 50% (em percentagem) do valor de
percentagem de recuperação. Como até aos 7,5 m de profundidade a percentagem de
recuperação foi baixa, esta divergência de critérios não afectou, de forma visível, a
consistência dos resultados até esta profundidade. No Quadro 8, demonstra-se
igualmente a reduzida influência desta divergência de critérios, para uma recuperação de
amostra de 10 cm.
Os valores CM (classificação média) são os valores médios de percentagem de
recuperação, calculados para cada intervalo de 0,5 m, considerando somente as
classificações que atribuíram valor nesse intervalo. As únicas duas zonas da sondagem
em que a CM não se encontra consistente com os valores das classificações, são
precisamente nos dois intervalos anteriormente referidos, pois os valores médios,
ocorrem “a meio” das duas gamas de valores gerados com base na dualidade de critérios
anteriormente referidos.
Análise e interpretação dos resultados
115
Os valores CS (classificação do sondador), são consistentes com a generalidade dos
valores das classificações, embora, nos dois intervalos anteriormente referidos, se
alinhem com as classificações que consideraram as manobras de 1,5 m, portanto, as que
não subtraíram o comprimento dos ensaios SPT.
7.1.8 Parâmetro “RQD”
A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes
elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:
À semelhança do parâmetro “alteração”, nas classificações da sondagem S1, o primeiro
critério a analisar no âmbito da consistência de resultados, é desde logo a aplicabilidade
do parâmetro aos materiais ocorrentes.
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CM
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0 19 20 20
2,0 2,5 18 19 16 25 16 20 16 19
2,5 3,0 18 19 16 25 16 20 16 19
3,0 3,5
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5 43 26 35
8,5 9,0 43 26 35
9,0 9,5 45 33 53 46 44
9,5 10,0 42 81 45 58 80 82 73 73 33 53 46 100 64 64
10,0 10,5 42 44 45 58 44 44 40 44 33 53 46 44 64 46
10,5 11,0 87 71 45 64 41 54 45 37 87 40 88 64 60
11,0 11,5 87 71 45 64 41 45 37 87 40 57
11,5 12,0 87 71 45 64 49 45 37 87 40 58
12,0 12,5 71 43 39 38 71 52
12,5 13,0 71 43 39 38 71 52
13,0 13,5 43 39 38 71 48
Profundidade
(m)
S1 - RQD - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro
Análise e interpretação dos resultados
116
Com efeito, uma das classificações não considerou este parâmetro aplicável em toda a
sondagem, em virtude de ter considerado a totalidade dos materiais ocorrentes como
solo. Acresce que entre os 2,0 m e os 3,0 m profundidade, somente metade das
classificações consideraram este parâmetro aplicável.
Entre os 3,0 m e os 8,0 m de profundidade, nenhuma classificação considerou este
parâmetro aplicável e entre os 8,0 m e os 9,0 m, somente 2 classificações o aplicaram.
Dos 9,5 m de profundidade para a base, a maioria das classificações aplicou o
parâmetro, no entanto, por vezes em intervalos de profundidades diferentes. Somente
entre os 9,5 m e os 11,0 m de profundidade houve consistência no que diz respeito à
aplicabilidade do parâmetro, uma vez que a quase totalidade das classificações o aplicou.
A consistência dos resultados no âmbito da aplicabilidade do parâmetro, está
intimamente ligada com o critério de classificação litológica do material, uma vez que o
parâmetro “RQD” é unicamente aplicável a rochas. Ou seja, nas zonas da sondagem
onde se verificou discrepância de critérios relativamente à classificação do material,
nomeadamente na distinção solo/rocha, verifica-se naturalmente discrepância de
resultados relativamente à aplicação do parâmetro “RQD”.
No caso concreto desta sondagem, este aspecto é potenciado pelo facto dos materiais
ocorrentes se tratarem genericamente de solos e de rochas sedimentares detríticas,
brandas, muitas vezes freáveis, revestindo-se por isso a distinção entre estes materiais
de alguma subjectividade, transposta directamente, para a aplicabilidade deste parâmetro
de classificação. Tanto mais que, neste tipo de material, é frequente a existência de
termos intermédios entre os dois estados absolutos, solo e rocha, de difícil distinção em
amostra de mão, em especial após os efeitos do processo de furação na estrutura da
amostra. São exemplo deste tipo de situação, materiais como “marga argilosa” e “argila
margosa”, em que a decisão de considerar rocha, ou solo, afecta desde logo a
aplicabilidade do parâmetro “RQD” (embora não seja linear que numa marga argilosa se
deva aplicar indiscriminadamente o índice RQD).
Para além disso, em rochas como argilitos ou siltitos, nem sempre é fácil decidir aplicar o
parâmetro, dado o cariz friável e desagregável do material, optando-se muitas vezes por
caracterizar em detalhe o material e respectiva resistência ou compacidade, em
detrimento de aplicar um critério reconhecidamente aplicável a rochas compactas, em
cujo estado de alteração seja menor que W4, critério este (alteração), nem sequer
aplicável a este tipo de rochas, conforme referido anteriormente na análise dos resultados
do parâmetro “alteração”.
Análise e interpretação dos resultados
117
Relativamente à consistência dos resultados em termos de valores de RQD propriamente
ditos, entre os 2,0 m e os 3,0 m, os valores são da ordem dos 20%, variando entre o valor
mínimo de 16% e o valor máximo de 25%.
No intervalo entre os 8,0 m e os 9,0 m, as duas classificações que apresentam valores,
diferem de critério, apresentando valores de 26% e 43%.
Dos 9,0 m de profundidade para a base, verifica-se uma dispersão considerável dos
resultados, registando-se valores compreendidos entre os 33% e os 100%,
inclusivamente no mesmo intervalo de profundidade, ou seja relativamente à mesma
amostra. Esta situação, à semelhança do verificado no parâmetro “percentagem de
recuperação” estará sobretudo relacionada com o intervalo considerado para o cálculo do
índice RQD.
Com efeito, nas diferentes classificações são considerados diferentes intervalos para o
cálculo do índice RQD, com base nos critérios enunciados no Quadro 9, existindo ainda
situações em que o critério utilizado resulta da conjugação de dois dos critérios
seguidamente enunciados:
Critério Características Comprimento do intervalo
Intervalos coincidentes com as manobras de furação
habituais
comprimento e intervalos “habituais”
150 cm
Intervalos coincidentes com manobras de furação
subtraídos do ensaio SPT
comprimento subtraído da penetração do ensaio SPT
(45 cm) 105 cm
Intervalos menores (fracturação)
intervalo definido com base na variação da fracturação
variável e geralmente inferior a 150 cm
Intervalos menores (tipo de material)
intervalo definido com base na variação do tipo de material
(solo vs rocha; litologia; alteração)
variável e geralmente inferior a 150 cm
Quadro 9 – Critérios usados nas classificações na definição do intervalo de cálculo do RQD
É no entanto de salientar que, nos critérios alternativos ao critério utilizado por defeito em
contextos homogéneos (primeiro do Quadro 9), a sensibilidade do valor de RQD aumenta
consideravelmente, resultado da diminuição do comprimento do intervalo para cálculo do
índice RQD, uma vez que este comprimento é o denominador do quociente.
Análise e interpretação dos resultados
118
Exemplo disso, é o facto de um mesmo tarolo de 30 cm de rocha, poder traduzir-se num
valor de índice RQD de 20%, 29%, 60%, ou mesmo 100%, se os intervalos considerados
para cálculo forem de 150 cm, 105 cm, 50 cm e 30 cm, respectivamente.
Acresce que as recomendações da ISRM, são precisamente nesse sentido, portanto
sugerindo que o técnico opte, sempre que considere pertinente, por determinar o índice
RQD para intervalos menores (manobras artificiais), em detrimento de utilizar
indiscriminadamente as manobras habituais de furação, de 150 cm. Esta recomendação
vem no sentido de evitar que passagens menos competentes do maciço (decompostas,
fracturadas, desagregáveis, falhas, ou solos) sejam “camufladas” num intervalo de
cálculo maior, quando na realidade, e a favor da segurança, deveriam sobressair e ter
leitura directa num log de sondagem, por exemplo. Embora, na prática, por vezes, este
objectivo tenha um efeito perverso, e paradoxal, pois na tentativa de aumentar a
representatividade e a leitura da “passagem decomposta”, fazendo-o à custa de uma
redução considerável do intervalo, introduz-se uma incontornável subjectividade. Pois,
cada técnico poderá, no limite, definir um intervalo de cálculo diferente, e por conseguinte
a relação entre a passagem decomposta vs maciço competente, resultará num valor
diferente de RQD, de técnico para técnico, e consequentemente num valor de RQD
menos representativo, na medida em que deriva de um critério de cariz marcadamente
pessoal, em detrimento de um critério de “âmbito universal”. Na prática o valor de RQD, é
muito dependente da interpretação pessoal do técnico, que passa a conseguir atribuir
“quase o valor que quiser” a este parâmetro, dado este subterfugio.
Para além dos aspectos acima referidos, há ainda dois aspectos que interferem com a
consistência dos resultados do parâmetro “RQD”. São eles a medição propriamente dita
dos tarolos e a consideração ou não, das fracturas induzidas pelas operações da
sondagem (resultantes da furação, manuseamento e armazenamento da amostra).
O primeiro aspecto, de todos os já mencionados é o que menos interfere com a
consistência de resultados, uma vez que a variação das medições é reduzida, quando
comparada com o efeito determinante dos restantes aspectos e critérios enunciados.
A manobra dos 9,0 m para os 10,5 m, demonstra isso mesmo, uma vez que
relativamente a outras manobras, tem a vantagem de apresentar uma amostra de
natureza litológica constante, não estando por isso exposta à criação de intervalos de
medição distintos, derivado a mudanças de litologia. Esta manobra foi inclusivamente
subdividida em algumas classificações, derivado ao fim da caixa coincidir com um valor
certo (10,0 m), mas apresenta comprimentos de amostra para RQD, bastante
consistentes.
Análise e interpretação dos resultados
119
No entanto, e apesar da boa consistência dos resultados em termos de comprimento da
amostra medidos, devido aos diferentes intervalos considerados para cálculo, os valores
de RQD diferem consideravelmente, sendo os valores, mínimo e máximo, de 33% e
100%, respectivamente.
No Quadro 10, indicam-se, para as várias classificações, os valores dos comprimentos de
amostra medida para cálculo do RQD, entre os 9,0 m e os 10,5 m.
Classificações Comprimento da amostra
em centímetros Observações
C1 65
C2 67
C3 68
C4 (112) calculou RQD para intervalo
9,60 – 11,20 m
C5 62
C6 67
C7 60
C8 62
C9 não aplicou RQD na
sondagem
C10 50
C11 80
C12 69
C13 65
C14 (106) calculou RQD para intervalo
9,55 – 11,20 m
Quadro 10 – Comprimento das amostras na manobra dos 9,0 m para os 10,5 m
Portanto, apesar dos comprimentos de amostra medidos variarem em geral entre os 60 e
os 69 cm, os valores de RQD variam consideravelmente, devido aos diferentes intervalos
de cálculo considerados em cada classificação.
Figura 95 – Excerto da Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro “RQD”
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CM
9,0 9,5 45 33 53 46 44
9,5 10,0 42 81 45 58 80 82 73 73 33 53 46 100 64 64
10,0 10,5 42 44 45 58 44 44 40 44 33 53 46 44 64 46
10,5 11,0 87 71 45 64 41 54 45 37 87 40 88 64 60
Profundidade
(m)
S1 - RQD - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro
Análise e interpretação dos resultados
120
O último aspecto, mas não menos importante, porque é especialmente determinante em
rochas brandas, é o critério das fracturas artificiais da amostra. Com efeito, os valores de
RQD variam consideravelmente dependendo se se considera as fracturas artificiais, ou
se não se considera, assumindo desta forma a amostra como íntegra, para medição do
respectivo comprimento, e aumentando o número de tarolos com comprimento superior a
10 cm. No caso da amostra recolhida entre os 10,0 m e os 11,0 m de profundidade, a
maioria das fracturas são artificiais, portanto induzidas pelo processo de furação, retirada
da amostra do interior do amostrador e respectivo armazenamento na caixa. Nesta
situação em concreto, os valores de RQD variam consideravelmente caso se considere
as fracturas artificiais, ou, caso contrário, estas não sejam consideradas.
Figura 96 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S1 (caixa 2)
Em suma, apesar da medição dos comprimentos dos tarolos não ser especialmente
crítica para a consistência dos resultados, os restantes critérios relativos à forma de
aplicação e determinação do índice RQD, condicionam consideravelmente a consistência
dos mesmos. Este aspecto é demonstrado, pelo facto dos valores médios de RQD
(classificação CM), no gráfico, não coincidirem com nenhuma classificação ou conjunto
de classificações, materializando maioritariamente, valores intermédios entre os extremos
discrepantes dos valores registados.
7.1.9 Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-
geotécnico”
A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes
elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:
Análise e interpretação dos resultados
121
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
litoclastica;
fragmentos
liticos e
cerâmicos
<2cm
nódulos argilo-
siltosos cinz e
frag líticos
dim<2cm
blocos de
arenito
carbonatado
2,0 2,5
Fr a 80º pouco
onduladas,
rugosas,
preen argiloso
2,5 3,0
estrat por finos
leitos negros
(mat carb) incl
5- 10º
aterro
3,0 3,5 solta
micácea;
ligeiram.
consolidada;
nódulos
siltosos
micácea
nódulos argilo-
siltosos cinz e
frag líticos
dim<3cm
ligeiram
micáceo c/
zonas menos
consolidadas
micácea
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0 muito plásticaalguma
plastic idade
fragmentos de
carvão
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5alguma
componente
siltosa
depósito de
praia / aterro ?
litoclástica;
nódulos
argilosos
cinzentos
nódulos
argilosos cinz
<1cm; alguma
plastic idade
quartzosa
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0arenito
decomposto
matriz
argilosa, baixa
plastic idade
litoclástica;
componente
siltosa
laivos
castanhos
micácea; finas
passagens
argilosas
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5
comp
arenosa;
plástica; mat
vegetal incarb
base
nódulos silto-
arenosos;
veios
avermelhados
plástica
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0
micas,
nódulos
negros e
carbonatos
11,0 11,5
11,5 12,0
Fr 0º e 20º,
onduladas,
rugosas, sem
preenchim
12,0 12,5componente
arenosa fina
12,5 13,0
13,0 13,5
micácea; algo
friávelfracturas a 60º
com vestigios
de percolação
de águagrãos de
cascalho fino
micáceo;
impregnações
carbonatadas
micas, rijo,
com alguma
componente
arenosa fina a
média
cor alaranjado
devido à
oxidação;
micáceo
intercalações
de grão
grosseiro;
laminações
micáceas com
inclinações de
20º com o eixo
da sondagem
cimento
carbonatado;
fragmentos
liticos (<1cm);
micáceo;
ferruginoso;
nucleos
argilosos na
base
ligeiramente
compacto a
friável; matéria
orgânica
incarbonizada
;
intercalações
arenosas;
fracturas a 30º
com bordos
irregulares
cimento argilo-
margoso;
micáceo;
fracturas sub-
horizontais a
oblíquas e por
vezes com
evidências de
oxidação
muito rija, com
fracturas
incipientes
inclinadas 45°
em relação ao
eixo da
sondagem
(marga?)
ligeiramente
areniticamicáceo
micáceo;
restos de
matéria
vegetal
incarbonizada
negra
rijo, com forte
componente
arenosa
grosseira
micáceo;
c imento
carbonatado;
evidência de
circulação de
água; grão
mais fino na
base
cimento
carbonatado;
passagens de
areia grossa;
fracturas
subhorizontais
e raras
obliquas;
evidências de
dissolução e
oxidação
laivos amarel e
acastanh
(duro), até
9,59 m; A
partir de 9,59
m: solo
completament
e arenizado,
de tons
bege/rosado,
com micas,
nódulos
negros e
carbonatos
fractura (?)
inclinada
cerca de 70º
em relação ao
eixo da
sondagem, de
bordos
irregulares e
rugosos
carbonatado;
com
abundantes
bioclastos;
entre 10.90 e
11.20
apresenta
núcleos
argilosos
dispersos na
matriz arenosa
fragmentos de
conchas
dispersos e
finos
preenchiment
os argilosos
ligeiramente
micáceo, com
zonas
ligeiramente
margosas;
fracturas,
quando
identificáveis,
inclinadas
cerca de 30º,
bordos
ligeiramente
irregulares e
rugosos
arenito fino /
siltito;
micáceo
cimento
carbonatado;
fracturas a 60º
bordos
irregulares
rugosos
cimento
carbonatado;
veios matéria
vegetal
incarbonizada
evidência de
circulação de
água; fr a 80°,
muito
oxidadas, por
vezes com
óxidos negros,
ligeiramente
onduladas,
rugosas
compacto;
c imento
carbonatado,
passagens
mais
grosseiras
fracturas com
ângulos entre
20º e 45º com
o eixo da
sondagem,
onduladas,
rugosas, sem
preenchiment
o
cimento
carbonatado;
fracturas com
escasso
preenchiment
o e
subhorizontais
laivos
acatanhdos e
amarelados;
duro
plástica dura
laivos
acinzentados;
por vezes com
passagens um
pouco
arenosas;
com vestigios
de
carsificação e
oxidação de
cor
acastanhada
passagens
arroxeadas
laivos
avermelhados
nódulos
carbonatados
componente
arenosa
micácea;
concreções
carbonatadasmargosa?
laivos
avermelhados
; argilito muito
descomprimid
o
zonas mais
alaranjadas
resultantes de
fenómenos de
oxidação;
ocorrências
carbonatadas
(fósséis?)
plástica;
concreções
carbonatadas
esbranquiçad
as; com laivos
esverdeados
e
alaranjados/a
vermelhados
arenito friável
resultando em
areia média
argilosa com
passagens
silto- argilosas
acizentadas
laivos
castanhos
escuros
fossilifero
ligeiramente
alaranjado;
zona com
perda
significativa
de amostra
desagregadoalgo micáceo;
c imento
margoso
matriz
parcialmente
cimentada,
desagregável
arcósia; grés
muito
descomprimid
o e friável
semi-
consolidada;
litoclástica;
facilmente
freável; com
fragmentos
calcários
<5cm
algo argilosa;
levemente
micácea; com
oxidação
passando a
arenito fino
siltoso
micáceo, com
orientação
(laminação)
das micas
com 20 a 25º
com o eixo da
sondagem
desagregado;
ligeiramente
arenoso e
margoso
fragmentos de
cerâmica e
argila margosa
(aterro?)
aterro
micáceo;
componente
arenosa;
elevado teor
de água
(plástica)
transição para
marga
gresosa aos
4.30m
passagens
argilosas
micáceo;
c imento
margoso
calhaus
dispersos
solta;
litoclástica;
com
fragmentos
areniticos e
elementos
quartzosos
(d<2cm)
fragm líticos
dim<5cm,
completament
e arenizados,
com nódulos
negros,
algumas
micas e
carbonatos
ligeiramente
alaranjado;
zona com
perda
significativa
de amostra
fragmentos
areniticos
fragmentos
areniticos
subangulosos
micáceo
rijo; finamente
estratificado;
reage
fortemente ao
HCL (contem
componente
carbonatada)
levemente
micácea; rara
matéria
vegetal
incarbonizada
presença de
micas; não
plástico
ligeiramente
silto- arenosa;
zona com
perda
significativa
de amostra
siltito friável;
com
passagens
finas arenosas
passagem a
areia média
castanha
laivos silto-
argilosos
acinzentados
fragmentos
líticos
dimensão
<5cm, de
natureza
carbonatada,
amarelados
S1 - Observações complementares de cariz geológico-geotécnico - Tabela Resumo de Parâmetro
Profundidade
(m)
fragmentos
areniticos;
restos de
cerâmica
passagem de
arenito
compacto 2.6
a 3.0
cascalho
dissiminado e
raizes fragmentos de
cerâmicas
dispersos
(aterro?)
freável
micácea;
componente
margosa;
presença de
elementos
estranhos
(restos de
cerâmica)
cascalho de
dimensão
variada e
fragmentos de
alvenaria
(tijolo):
material de
aterro
ligeiramente
arenoso
aterro
essencialment
e arenoso fino
com
pequenos
fragmentos de
tijolo
aterro; com
pequenos
fragmentos de
cerâmicapassagens
argilosas
raizes
(aterro?)
micácea;
compacta
entre 2,6 e
3,0m
aterro; por
vezes argilosa
micáceo;
c imento
margoso;
níveis de
matéria
vegetal
incarbonizada
estrutura
estratificada e
matérias
carbonosas
micáceo,
aterro
pedregoso ?
micáceo;
c imento
carbonatado;
bandado
negro
finamente
estratificado
(horizontal)
margoso;
estratificação
fina; matéria
vegetal
incarbonizada
anegrada;
fortemente
micáceo
compacto,
micáceo,
laivos negros;
presença de
carbonatos
(efervescênci
a com HCl)
micáceo;
laivos
acinzentados
cimento
carbonatado;
micáceo; finas
passagens
margosas
cinzentas
escuras
(blocos/dep
vertente?)
Análise e interpretação dos resultados
122
O parâmetro “observações complementares de cariz geológico-geotécnico” é um
parâmetro particular, pois contrariamente aos demais parâmetros de classificação
considerados neste estudo, que dizem respeito especificamente a um critério ou aspecto
da classificação de sondagens, este, versa potencialmente sobre todos os aspectos,
incluindo os que já são abrangidos pelos demais parâmetros. Acresce que o âmbito
destas observações complementares é por demais abrangente, pois, no fundo, depende
daquilo que cada técnico considere pertinente identificar e descrever.
Apesar do agrupamento de informações complementares, em conjuntos de dados do
mesmo tipo, é natural alguma dispersão de resultados neste parâmetro, dada a natureza
e objectivo do mesmo.
Acresce que cada classificação aplica por vezes mais do que um conjunto de dados ou
informações, dependendo dos aspectos geológico-geotécnicos que se revelem mais
pertinentes, em cada zona da sondagem.
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
mais que 2 aspectos 100
características das fracturas 80
resistência; consistência 70
natureza do cimento 60
componente ou passagem
(micacea, argilosa, arenosa,
siltosa, margosa, etc)
50
materiais de aterro 30
nódulos; concreções;
impregnações; granularidade;
fossilifero
20
cores; estratif icação 10
Observações
complementares de cariz
geológico-geotécnico
(S1)
Análise e interpretação dos resultados
123
Ou seja, uma dada classificação poderá complementar a descrição litológica com
identificação de passagens de litologia diferente até determinada profundidade, em que
estas ocorrem, e para o final da sondagem complementar a descrição do material com a
caracterização das fracturas, caso estas, nesta profundidade, justifiquem maior detalhe
descritivo.
Por esta razão, a representação gráfica deste parâmetro não é a melhor forma de
analisar e interpretar os resultados, embora permita desde logo pôr em evidência a
abrangência das abordagens técnicas, em todas as profundidades, no fundo, resultado
dos diferentes aspectos e critérios, que cada classificação privilegiou.
O grupo de dados com valor 100, engloba observações complementares de qualquer
tipo, em que a descrição diz respeito a mais do que dois grupos. Ou seja, uma
classificação em que, num mesmo intervalo de profundidade, caracterize a título de
informação complementar, aspectos como por exemplo “tipo de cimento”, “cores” e
“fracturas”.
Globalmente, as classificações versaram predominantemente sobre a caracterização
complementar da litologia principal, identificado passagens ou a existência de
componente de litologia diferente. Cerca de 30% das observações complementares
foram relativas a este “grupo informação”, com valor 50 (considerando informação
exclusiva relativamente a este grupo, portanto não considerando a informação contida no
grupo “mais que 2 aspectos”).
A “natureza do cimento” e a “cores; estratificação” foram os grupos de informação
complementar menos utilizados na globalidade da sondagem, com 4%.
No Quadro 11, encontram-se representados os grupos de informação e a respectiva
frequência de aplicação (representatividade) no global das classificações.
Análise e interpretação dos resultados
124
Grupos de informação Valor Frequência de
aplicação
mais que 2 aspectos 100 22%
características das fracturas 80 5%
resistência; consistência 70 15%
natureza do cimento 60 4%
componente ou passagem (micácea, argilosa, arenosa,
siltosa, margosa, etc) 50 31%
materiais de aterro 30 11%
nódulos; concreções; impregnações;
granularidade; fossilífero 20 8%
“cores; estratificação” 10 4%
Quadro 11 – Representatividade dos grupos de dados na globalidade da sondagem
No entanto, esta distribuição não é linear em toda a sondagem, variando a
representatividade de cada um dos grupos de dados ao longo da mesma, função do tipo
de material ocorrente. Dos 8,0 m de profundidade em diante, com a alteração do tipo de
material predominante, de solo para rocha, alterou-se igualmente o tipo de informação
complementar constante nas classificações.
Figura 97 – Tabela Resumo do Parâmetro “litologia” da sondagem S1 (colorida)
No Quadro 12, apresenta-se a frequência de aplicação de cada grupo de dados, antes e
depois dos 8,0 m de profundidade.
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0areia silto-
argilosa
areia
siltosa
areia
siltosa
areia
siltosa
areia
siltosa2,0 2,5 calcarenit
2,5 3,0 arenitobloco de
calcário
3,0 3,5areia
siltosaareia
areia
argilosa
areia
siltosa
arenito/silt
ito
areia
siltosa
areia
siltosa3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0silte
argilosoargila argila argila
arenito
silto-5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5 areia areia areia areia areia areia areia areia areia
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0areia
argilosa
areia
argilosa
areia
argilosa
areia
argilosa
areia
argilosaareia
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5argila
margosa
argila
siltosaargila argila
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0solo
arenizado11,0 11,5
11,5 12,0marga
gresosa12,0 12,5 argila
12,5 13,0
13,0 13,5
arenito
siltosomargaargila
margosaargilito
argila
argilito
arenoso
silte areno
margoso
argila
argila/argil
ito
arenito /
siltitomarga
arenito
arenito
argila
arenito arenitoarenito
arenito
argila
marga
argilosaargila argila
arenito arenitocalcarenit
oarenito calcarenit
o
arenito
siltito
margosoarenito
argila
margosamarga
arenito arenito
argilitoargila
margosa
argila
argilaargila
siltosa
argila
margosa
marga
argilosaargila
argila
arenosa
areia
argilosa
calcarenit
o
argilito
siltosoareia
areia
argilosa
margaargila
margosa
arenitoarenito areia
areia
siltosa
areia
areia
arenito
areia
areia
siltosaareia
areia
marga
argilosa
argila
siltosa
argila
margosaargilito
argila silto-
margosa
areia
siltosaareia
areia
areia
argilosa
argila
argilasilte
areia
siltosa
silte
Silte
areia
areia
argilosa
arenito arenitoareia
siltosa
argila
margosa
arenito
silto-
areia areiaarenito
siltosoareia
areia
siltosa
S1 - Litologia - Tabela Resumo de Parâmetro
Profundidade
(m)
silte
arenoso silte
arenoso
areia
siltosa
areia
siltosa
areia
siltosaareia
areiaareia
siltosa
areiaareia
arenitogrés
blocos de
arenitoarenito arenito
solo
arenizado
areiaareia
siltosa
Análise e interpretação dos resultados
125
Grupos de informação Valor Totalidade da
sondagem Até 8,0 m de profundidade
Dos 8,0 m para a base
mais que 2 aspectos 100 22% 14% 34%
características das fracturas 80 5% < 1% 11%
resistência; consistência 70 15% 21% 7%
natureza do cimento 60 4% 2% 6%
componente ou passagem (micácea, argilosa, arenosa,
siltosa, margosa, etc) 50 31% 33% 29%
materiais de aterro 30 11% 20% 0%
nódulos; concreções; impregnações;
granularidade; fossilífero 20 8% 6% 9%
“cores; estratificação” 10 4% 4% 5%
Quadro 12 – Evolução da representatividade dos grupos de informação ao longo da sondagem
É de salientar a consistência da frequência de aplicação das informações
complementares relativas às variações litológicas (“passagens ou componente”), embora
se verifique um aumento considerável do grupo de dados alusivo a “mais que 2
aspectos”, no intervalo dos 8,0 m em diante, sendo nesta zona da sondagem de 34%. Ou
seja, dos 8,0 m de profundidade para a base, mais de um terço das informações
complementares da totalidade das classificações, dizem respeito a mais que dois
aspectos, revelador da preocupação dos técnicos em caracterizar o mais detalhadamente
possível, diversos aspectos da classificação dos materiais.
Digno de registo, é igualmente o aumento extraordinário das informações relativas às
“características das fracturas”, de menos que 1% para 11%, do primeiro para o segundo
intervalo, respectivamente. Este incremento, está em total coerência com a alteração do
tipo de material predominante nestes dois intervalos, de solo para rocha,
respectivamente.
As informações complementares relativas a “resistência; consistência”, reduzem também
consideravelmente do primeiro para o segundo intervalo, de 21% para 7%, resultado da
alteração do tipo de material predominante.
Análise e interpretação dos resultados
126
Aspecto igualmente importante, no que diz respeito à consistência dos critérios entre
classificações, é a frequência de utilização de observações complementares em cada
classificação, uma vez que existem classificações que fizeram uso constante desta
possibilidade, e outras que nem sempre complementaram a descrição dos restantes
parâmetros, com informações complementares.
Classificações Frequência de utilização de
informações complementares
C1 89%
C2 100%
C3 44%
C4 89%
C5 78%
C6 100%
C7 100%
C8 96%
C9 100%
C10 100%
C11 100%
C12 96%
C13 93%
C14 56%
Quadro 13 – Frequência de utilização de “observações complementares de cariz geológico-geotécnico”, por
classificação
No que diz respeito ao tipo de informação agrupada no grupo que incide sobre “mais que
2 aspectos”, verifica-se uma predominância absoluta de informações relativas a
“componente ou passagem” de litologia distinta da principal. Das 27 zonas (figura 98) em
que, nas diversas classificações, este grupo foi utilizado, este tipo de informação foi
utilizada em 26, portanto em 96% de todas as informações complementes em que são
focados “mais que 2 aspectos”. A figura 98, representa as 27 zonas em que foram
descritos “mais que 2 aspectos (valor 100)”.
Análise e interpretação dos resultados
127
Figura 98 – Representação das 27 zonas em que foram descritos “mais que 2 aspectos”
A informação complementar relativa a “passagens ou componente” de litologia diferente,
passa de 31% (considerando alusão em exclusivo a este aspecto; Quadro 11) para 46%,
considerando a globalidade das observações complementares, de todas as
classificações. Em suma, de todas as observações complementares de cariz geológico-
geotécnico realizadas nas classificações, em 46% dessas observações são focados
aspectos relacionados com a descrição complementar do tipo de litologia, como
passagens ou componente de outro tipo litológico. Embora, esta representatividade se
deva sobretudo às classificações que utilizaram o grupo “mais que 2 aspectos” diversas
vezes, uma vez que em 3 classificações este grupo não foi sequer utilizado.
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
2,0 2,5
2,5 3,0
3,0 3,5 7
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0
5,5
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0 21
11,0 11,5
11,5 12,0
12,0 12,5
12,5 13,0
13,0 13,5
S1 - Observações complementares de cariz geológico-geotécnico - Tabela Resumo de Parâmetro
Profundidade
(m)
2
1
3 4 5 6
9 10
8
1112
1312
17
24 25 26
22
16
18
19
20
27
15
23
Análise e interpretação dos resultados
128
No Quadro 14, indica-se para cada grupo de informação, a sua representatividade inicial
(não considerando a sua inclusão no grupo “mais que 2 aspectos”), a sua
representatividade dentro do grupo “mais que 2 aspectos”, e a sua representatividade
total em termos de observações complementares.
Grupos de informação Representatividade
“inicial” do grupo de informação
Representatividade dentro do grupo
“mais que 2 aspectos”
Representatividade total em termos de
informações complementares
características das fracturas 5% 19% 8%
resistência; consistência 15% 59% 25%
natureza do cimento 4% 37% 11%
componente ou passagem (micácea, argilosa, arenosa,
siltosa, margosa, etc)
31% 96% 46%
materiais de aterro 11% 7% 12%
nódulos; concreções; impregnações;
granularidade; fossilífero 8% 44% 15%
“cores; estratificação” 4% 37% 11%
Quadro 14 – Representatividade dos vários grupos de informação
De salientar, que apesar da aparente dispersão de critérios neste parâmetro,
considerando o tipo de informação e respectiva profundidade, define-se contudo uma
certa consistência relativamente ao tipo de informação preferencial, uma vez que quase
metade das observações complementares (considerando a totalidade das classificações),
incidem na descrição litológica, detalhando aspectos como passagens de litologia
diferente, ou a presença de componente de material diferente da litologia principal.
7.1.10 Resumo da análise da sondagem S1
No cômputo geral, os parâmetros de classificação analisados, apresentam uma
discrepância assinalável, excepção feita aos parâmetros “estratigrafia”, “granularidade”,
“percentagem de recuperação” e pontualmente “observações complementares de cariz
geológico-geotécnico”, cujos resultados apresentam uma relativa consistência. Contudo,
é de ter em consideração que nos parâmetros em que se verificaram as discrepâncias
mais significativas, como “litologia”, “cor”, “alteração”, “fracturação” e “RQD”, esta deve-
se, pelo menos em parte, ao contexto específico desta sondagem, genericamente
caracterizado por solos e rochas sedimentares brandas, fértil portanto em situações
dúbias em classificação macroscópica, devido aos termos litológicos intermédios.
Análise e interpretação dos resultados
129
Contexto este, que condiciona fortemente a aplicabilidade de parâmetros como
“alteração”, “fracturação” e “RQD”, tornando a classificação mais subjectiva, pois assenta
sobremaneira na interpretação pessoal do técnico.
Figura 99 – Variação dos “parâmetros” com a profundidade nas classificações da sondagem S1
Análise e interpretação dos resultados
130
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 actual
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
2,0 2,5
2,5 3,0
3,0 3,5
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0
11,0 11,5
11,5 12,0
12,0 12,5
12,5 13,0
13,0 13,5
13,5 14,0
14,0 14,5
14,5 15,0
Profundidade
(m)
S2 - Estratigrafia - Tabela Resumo do Parâmetro
depósito
cobertura
carbónico
recente
(dc)
HMi -
Formação
de Mira
(Grupo do
Flysch do
Baixo
Alentejo)
carbónico -
Formação
de Mira
(HMi)
carbónico
HMI -
Formação
de Mira
(Grupo do
Flysch do
Baixo
Alentejo)
HMi -
Formação
de Mira
carbónico
Formação
de Mira
(Hmi)
carbónico
Formação
de Mira
carbónico carbónico carbónico
inferior
moderno
carbónico -
HMI
actual
carbónico
carbónico
7.2 Sondagem S2
7.2.1 Parâmetro “Estratigrafia”
A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes
elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:
Nas classificações distinguem-se genericamente dois grupos de dados: idade mais
recente (valores ≤ 60) e idade carbónica (valores ≥ 80). Das 14 classificações, uma não
classificou este parâmetro, oito classificaram a totalidade da amostra como sendo de
idade carbónica, e as restantes cinco, utilizaram termos das duas idades, recente e
carbónica.
Foram no entanto utilizados mais do que um termo, em cada um dos grupos de dados,
embora com significados aproximados:
Parâmetro Dados da classificaçãoValor para representação
gráfica
carbónico inferior 90
carbónico 80
actual 60
recente 50
moderno 40
depósitos de cobertura 20
Estratigrafia
(S2)
HMi - Formação de Mira (Grupo
do Flysch do Baixo Alentejo)100
Análise e interpretação dos resultados
131
Idade mais recente: depósito de cobertura; moderno; recente; actual
Idade carbónica: carbónico; carbónico inferior; HMi - Formação de Mira (Grupo do Flysch do Baixo Alentejo)
Apesar da utilização de diferentes termos para a mesma “informação”, do ponto de vista
técnico, todos os termos utilizados em ambos os casos, classificam aquilo a que dizem
respeito (materiais de idade recente e materiais de idade carbónica), sendo portanto
genericamente representativos, embora seja de referir que a designação “depósito de
cobertura” não seja uma designação verdadeiramente estratigráfica (cronostratigráfica).
Relativamente à frequência de utilização de cada termo, no que diz respeito aos materiais
mais recentes, somente o termo “actual” (valor 60) foi utilizado duas vezes, tendo os
restantes sido utilizados apenas uma vez (valores 20, 40 e 50).
No segundo grupo, o termo mais utilizado foi “HMi - Formação de Mira (Grupo do Flysh
do Baixo Alentejo), portanto o termo que identifica a formação. Este termo, com valor
100, foi utilizado por 7 classificações. O termo “carbónico”, com valor 80, é o mais
genérico dos três, e foi utlizado em cinco classificações. O termo menos utilizado foi
“carbónico inferior” (valor 90), tendo sido utilizado somente por uma classificação.
Relativamente à profundidade a que foi definido cada um dos grupos de dados, existiu
genericamente uma boa consistência, uma vez que mesmo nas classificações em que
foram distinguidos materiais mais recentes, estes foram-no somente até reduzidas
profundidades (1,5 m), pelo que a globalidade da amostra foi classificada como sendo de
idade carbónica. Excepção feita, contudo, a uma das classificações, em que o termo
“moderno” foi utilizado até aos 4,5 m de profundidade.
No global, existe uma boa consistência em relação à classificação estratigráfica dos
materiais desta sondagem, uma vez que a generalidade das classificações classifica a
maior parte da amostra, como sendo de idade carbónica.
7.2.2 Parâmetro “Litologia”
A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes
elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:
Análise e interpretação dos resultados
132
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5coluvião
fragmen
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0 silte argilosofrag xisto
grauváquico
fragmentos
idem
2,0 2,5
2,5 3,0
3,0 3,5 xistofrag xisto
grauváquico
fragmentos
idem
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0fragmentos
xistentosxisto argiloso
5,0 5,5frag
grauváquicoxisto argiloso
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5frag
quartzosos
frag líticos
nat
9,5 10,0 xisto argilosofrag litic nat
xistenta e qz
10,0 10,5 xisto argilosofragmentos
xisto
10,5 11,0
11,0 11,5
11,5 12,0
12,0 12,5
12,5 13,0
13,0 13,5
13,5 14,0
14,0 14,5
14,5 15,0
xisto
fragmentos
xisto-
grauváquico
s
fragmentos
xisto-
grauváquico
s
fragmentos
xisto-
grauváquico
s
xisto
sericitico
xisto
xisto
xisto argiloso
xisto argiloso
xisto argiloso
xisto
xisto
xisto
xisto
xisto
xisto
xisto
xisto
xisto
xisto
grafitoso
xisto
xisto
fragmentos /
argila
xisto
xisto-
grauvaque
xisto-
grauvaque
xisto-
grauvaque
xisto
xisto
grauvacóide
xisto argiloso
silte argiloso
xisto argiloso
grauvaque
S2 - Litologia - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
silte argilosocalhaus de
xisto
depósito/ater
ro cascalho
de xisto
depósito
cobertura
xisto
xisto
xisto
xisto
xisto
fragmentos
grauváquico
s
fragmentos
grauváquico
s
fragmentos
grauváquico
s
xisto
xisto
xisto
xisto
xisto
xisto argiloso
xisto
xisto
xisto
xisto argiloso
xisto
grafitoso
fragmentos
xistentos
fragmentos
xistentos
xisto argiloso
xisto argiloso
xisto argiloso
xisto
Genericamente verifica-se uma certa consistência nos resultados obtidos, apesar de até
aos 4,5 m de profundidade existirem 5 termos diferentes, para classificar a mesma
amostra (“xisto”; “xisto grauvaque”; “xisto-argiloso”; “fragmentos de …”; “depósito de
cobertura/aterro”).
No cômputo geral das 14 classificações, o termo “xisto” (valor 80) foi o mais utilizado,
com 51%, seguido do termo “xisto argiloso…” (valor 70) com 25%. O terceiro termo mais
utlizado foi o “xisto-grauvaque” (valor 90) com 10%.
Relativamente à consistência dos resultados, analisam-se os termos aplicados e a
profundidade a que são utilizados, ou seja os limites litológicos. No entanto, nesta
sondagem, não existe uma sequência litológica complexa ou diversificada, pelo que a
generalidade das classificações, utiliza maioritariamente um termo.
Parâmetro Dados da classificaçãoValor para
representação gráfica
grauvaque 100
xisto grauvaque 90
xisto 80
xisto argiloso; xisto grafitoso;
xisto sericitico70
fragmentos de xisto,
graváquicos, quartzosos50
silte; silte argiloso 30
depósito cobertura; aterro;
coluvião10
Litologia
(S2)
Análise e interpretação dos resultados
133
Nesse sentido, a discrepância, quando existe, é relativa ao termo aplicado
maioritariamente, em cada classificação. Trata-se portanto de uma questão de critério
quando à designação da amostra e não tanto quanto às profundidades de cada transição
litológica.
Complementarmente, para esta análise, foi construído um gráfico acessório, que
sistematiza a quantidade e espessura das camadas litológicas definidas em cada uma
das classificações.
A maior discrepância de critérios verificada nas classificações, tem sobretudo a ver com o
facto de 4 classificações não classificarem explicitamente a amostra como sendo de
maciço in situ, até profundidades consideráveis, tendo o material sido classificado
genericamente como “fragmentos” (xistosos, grauváquicos, xisto-grauváquicos,
quartzosos), e “depósito de cobertura/aterro” no caso de uma das classificações. Apesar
de, nas classificações que consideraram “fragmentos”, estes materiais terem sido
classificados como sendo do carbónico (Formação de Mira), no parâmetro “estratigrafia”.
Esta discrepância de critérios estará relacionada com o facto do material (genericamente
xisto) se apresentar muito fracturado e muito alterado, em especial na primeira metade da
sondagem.
Figura 100 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 1)
Na parte final da sondagem, dos 10,5 m de profundidade em diante, verificam-se
igualmente critérios distintos, embora, maioritariamente dentro do mesmo tipo genérico
de rocha. Esta discrepância terá somente a ver com o critério pessoal de cada técnico,
pois para a mesma amostra foram utilizados termos como “xisto”, “xisto grafitoso”, xisto
argiloso”, xisto grauvacóide”, “xisto-grauvaque” e “grauvaque”.
Figura 101 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 3)
Análise e interpretação dos resultados
134
Relativamente à individualização de camadas, existem discrepâncias consideráveis nas
14 classificações. Os gráficos seguintes representam o número de camadas
individualizadas em cada classificação e respectiva espessura.
Figura 102 – Número de camadas individualizadas por classificação
O número de camadas individualizadas por classificação varia entre 2 e 11, sendo a
média de 6 (CM). Em termos de estatística descritiva, a moda, o valor que ocorre com
mais frequência, é o 5, com 4 classificações a individualizarem estes números de
camadas.
Figura 103 – Gráfico com a representação da espessura das camadas por classificação
Análise e interpretação dos resultados
135
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 acastanhado
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0 acastanhado acastanhdo
2,0 2,5
2,5 3,0
3,0 3,5castanho
avermelhadoacastanhado acastanhdo
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0 negroacastanhado
acinzentado
5,0 5,5 castanhoacastanhado
acinzentado
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5 acinzentado negro
9,5 10,0 cinzento negro
10,0 10,5cinzento
escuronegro
10,5 11,0
11,0 11,5
11,5 12,0
12,0 12,5
12,5 13,0
13,0 13,5
13,5 14,0
14,0 14,5
14,5 15,0
castanho
amarelado
castanho
amarelado
castanho
amarelado
esverdeado
avermelhado
negro
amarelo
acastanhado
castanho
acinzentado
cinzento a
negro
castanho
acinzentado
cinzento
escuro
bege
alaranjado
cinzento
cinzento
cinzento
cinzento
acastanhado
acastanhado
acinzentado
cinzento
escuro a
negro
acastanhado
cinzento
acastanhado
cinzento a
negro
acastanho
acinzentado
e
acastanhado
claro
acinzentado
escuro a
negro
cinzento
amarelado
acinzentado
e cinzento
escuro
cinzento
cinzento a
cinzento
escuro
cinzento a
cinzento
escurocinzento
escuro
acastanhado
cinzento
escuro
acastanhado
acinzentado
castanho
alaranajdo e
acinzentado
castanho
acinzentado
cinzento
acastanhado
cinzento
escuro a
negro
cinzento
cinzento
avermelhado
acinzentado
e
acastanhado
cinzento
acastanhado
cinzento
escuro
acinzentado
e castanho
avermelhado
cinzento
escuro
castanho
castanho
castanho
negro
negro
S2 - Cor - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
acastanhado
acastanhado
e
acinzentado
acastanhado
acinzentado
e
acastanhado
cinzento
escuronegro
castanho
avermelhado
castanho
avermelhado
castanho
avermelhado
castanho
acinzentado
As espessuras das camadas definidas nas classificações variam entre 0,5 m e 10,0 m. As
camadas com 0,5 m, na realidade dizem respeito às camadas individualizadas com as
amostras recuperadas nos ensaios SPT (45 cm).
A totalidade das classificações traduz-se em 79 camadas individualizadas em 210 metros
de classificação (14 x 15,0 m), resultando numa espessura média por camada de 2,7 m.
7.2.3 Parâmetro “Granularidade”
Nesta sondagem, nenhuma classificação utilizou este parâmetro, pelo que a consistência
de critérios foi absoluta.
7.2.4 Parâmetro “Cor”
A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes
elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:
Parâmetro Dados da classificaçãoValor para
representação gráfica
cinzento escuro; negro 100
cinzento; acinzentado 90
castanho acinzentado; cinzento
acastanhado; cinzento
avermelhado; acinzentado e
castanho avermelhado
80
castanho; acastanhado 60
cinzento amarelado; bege
alaranjado; amarelo
acastanhado; castanho
amarelado
40
esverdeado avermelhado 20
sem indicação sem valor
Cor
(S2)
Análise e interpretação dos resultados
136
O parâmetro “cor” reveste-se de alguma particularidade, pois apesar dos inúmeros
termos passiveis de serem usados na caracterização da cor da amostra, e de por essa
razão, poder surgir alguma discrepância de resultados, na verdade, do ponto de vista
técnico, tratando-se de termos por vezes muito aproximados, este aspecto não interfere
em geral com a representatividade da classificação.
Na classificação da cor da sondagem S2 foram usados 16 termos, agrupados de acordo
com a proximidade ou significado.
No que diz respeito à consistência dos resultados, esta varia consoante a profundidade
da sondagem, sendo menor até aos 10,5 m de profundidade e consideravelmente
superior, dessa profundidade em diante.
Com efeito, até aos 10,5 m de profundidade, verifica-se alguma dispersão dos resultados,
que tem maior expressão entre os 4,5 m e os 9,0 m de profundidade, onde foram
aplicados 5 termos distintos na mesma amostra (“acastanhado”; “negro”; “cinzento
acastanhado”; “cinzento”; “esverdeado avermelhado”), com valores de 20 até 100.
Em oposição, dos 10,5 m de profundidade para a base, a consistência dos resultados é
quase total, tendo 13 classificações utilizado termos como “cinzento escuro a negro”
(valor 100), e somente uma, utlizado o termo “cinzento” (valor 90).
Apesar da dispersão de resultados na parte inicial da sondagem, em cada uma das
classificações, individualmente, foram somente utilizados em média 3 termos (CM).
sendo este igualmente o valor da moda (em estatística descritiva), com uma frequência
de 7 observações.
Análise e interpretação dos resultados
137
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 W4/5 W4/3 W3/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W5
0,5 1,0 W4/5 W4/3 W3/4 W4/3 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W5
1,0 1,5 W4/5 W4/3 W3/4 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W4/5
1,5 2,0 W5/4 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
2,0 2,5 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
2,5 3,0 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
3,0 3,5 W5/4 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
3,5 4,0 W5/4 W4/5 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
4,0 4,5 W5/4 W4/5 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4
4,5 5,0 W4 W4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W4/3 W3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3 W4
5,0 5,5 W4 W4 W3/2 W4 W4/5 W4/5 W4/3 W3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W5 W4
5,5 6,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W4/5 W2 W4
6,0 6,5 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4
6,5 7,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4
7,0 7,5 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4
7,5 8,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4
8,0 8,5 W4 W3/4 W3/2 W4/5 W4/5 W3/5 W3 W3 W3 W4 W4 W4/5 W3/4 W4
8,5 9,0 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W4/5 W3/5 W3 W5 W5/4 W4 W4 W4/5 W3/4 W4
9,0 9,5 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W3/4 W3/4 W3 W5 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3 W4
9,5 10,0 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W3/4 W3/4 W3 W4/3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3
10,0 10,5 W5/4 W3/4 W3 W4/5 W3 W3 W3 W4/3 W5/4 W4/3 W4/5 W4/5 W3 W3
10,5 11,0 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/5 W3/4 W2 W1/2
11,0 11,5 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/3 W3/4 W3/2 W1/2
11,5 12,0 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/3 W3/4 W3/2 W1/2
12,0 12,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W4/3 W3/4 W2 W1/2
12,5 13,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W2 W1/2
13,0 13,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W1 W1/2
13,5 14,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W1 W1/2
14,0 14,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/4 W2/4 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W2/3 W1/2
14,5 15,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/4 W2/4 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W3 W1/2
S2 - Alteração - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
Figura 104 – Grupos de cores utilizados por classificação
Este aspecto, leva a crer que a dispersão de resultados até aos 10,5 m de profundidade,
estará sobretudo relacionada com o facto de existir um vasto conjunto de termos
cromáticos na língua portuguesa, a que acresce o facto de ser comum conjugar dois ou
mais termos como “cinzento acastanhado”, ou ainda “cinzento escuro”, tornando a
eleição do, ou dos termos mais representativos para cada amostra, consideravelmente
subjectiva. Na prática, cada técnico elegerá, dentro dos muitos termos existentes,
aqueles com os quais prefere trabalhar, com o intuído de melhor classificar a amostra
relativamente à cor, podendo coexistir diferentes critérios e consequentemente diferentes
grupos de cores, para técnicos diferentes.
7.2.5 Parâmetro “Alteração”
A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes
elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
W1 100
W2/1; W1/2 90
W2 80
W3/2; W2/3 70
W3 60
W4/3; W3/4 50
W4 40
W5/4; W4/5 30
W5 20
outro 0
Alteração
(S1 e S2)
Análise e interpretação dos resultados
138
O parâmetro “alteração” nesta sondagem em concreto, sofre interferência de dois outros
aspectos intrínsecos ao tipo de rocha em questão, como sendo a fracturação intensa
(natural ou artificial) promovida pela xistosidade, e a resistência da rocha, pelo facto de
esta ser branda, inclusive no seu estado são. Verifica-se assim alguma dispersão de
resultados, que se admitem relacionados com estes aspectos, uma vez que estes
sugerem uma abordagem mais conservadora durante a classificação, introduzindo assim
um factor acrescido de subjectividade.
Genericamente, os resultados distinguem-se em três grupos ou intervalos de
profundidade, com graus de alteração médios decrescentes com o aumento da
profundidade, coerente com o “horizonte esquemático típico“ de alteração das rochas.
Estes intervalos de profundidade são: dos 0,0 m aos 5,0 m; dos 5,0 m aos 11,0 m; dos
11,0 m para a base.
Entre os 0,0 m e os 5,0 m de profundidade, os resultados caracterizam-se por uma ligeira
dispersão entre os termos W5 e W3/4 (valores 20 a 50, respectivamente), embora esta
dispersão tenha a ver com o critério de cada classificação, pois cada uma elege em geral
somente um dos termos, não existindo variação do mesmo, dentro do intervalo em causa.
No entanto, a maioria das classificações (9) optou pelos termos W5/4 e W4/5 (valor 30).
Figura 105 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 1)
Análise e interpretação dos resultados
139
Entre os 5,0 m e os 11,0 m de profundidade, os resultados caracterizam-se por uma
dispersão entre os termos W4/5 e W2 (valores 30 a 80, respectivamente), embora a larga
maioria das classificações (12) aplique termos de W4 a W3 (valores 40 a 60,
respectivamente). Excepção feita entre os 8,5 m e os 10,5 m, em que mais de metade
das classificações (8) consideram um aumento do grau de alteração, utilizando termos de
W5 a W4/5 (valores 20 a 30, respectivamente).
Figura 106 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 2)
Entre os 11,0 m e a base da sondagem, os resultados caracterizam-se por uma redução
geral do grau de alteração na maioria das classificações, variando os termos de W3/4 a
W1 (valores 50 a 100, respectivamente), sendo na maioria das classificações (12), os
termos predominantes entre W3/2 a W1 (valores 70 a 100, respectivamente).
Figura 107 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 3)
Foram ainda utilizados em duas classificações, termos compostos, conjugando 2 termos
não consecutivos, como W2/4 e W3/5 (valor 0). Estes termos não são comuns, nem se
encontram recomendados pela ISRM (International Society of Rock Mechanics).
Em suma, e apesar de se verificar alguma dispersão dos resultados em virtude de
algumas classificações utilizarem critérios distintos, no geral, e na maioria das
classificações existe uma consistência de resultados e critérios, sendo a variação dos
mesmos, ligeira e dentro de um intervalo limitado.
Análise e interpretação dos resultados
140
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F4
0,5 1,0 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4
1,0 1,5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4 F5
1,5 2,0 F5/4 F5/4 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4
2,0 2,5 F5 F5/4 F5/4 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4
2,5 3,0 F5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4
3,0 3,5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4/5
3,5 4,0 F5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4/5
4,0 4,5 F5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4/5
4,5 5,0 F5/4 F5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5
5,0 5,5 F5/4 F5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5
5,5 6,0 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5
6,0 6,5 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5
6,5 7,0 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5
7,0 7,5 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5
7,5 8,0 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4/5 F4 F5
8,0 8,5 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5
8,5 9,0 F5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5
9,0 9,5 F5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5
9,5 10,0 F5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5
10,0 10,5 F5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4/5
10,5 11,0 F5 F4/5 F4/5 F5/4 F4/5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F4/5 F4 F2/3
11,0 11,5 F4/5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F4/5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F2/3
11,5 12,0 F4/5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F4/5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F2/3
12,0 12,5 F4/5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F4/5 F5/4 F5 F4/5 F5 F5 F5/4 F2/3
12,5 13,0 F4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F4/5 F5/4 F5 F4/5 F5 F4/5 F5/4 F2/3
13,0 13,5 F4 F4/5 F3/5 F4/5 F5/4 F4/5 F4/5 F5/4 F5 F4/5 F4/5 F5 F4/3 F2/3
13,5 14,0 F4 F4/5 F3/5 F4/5 F5/3 F3/5 F4/5 F5/4 F4 F4/5 F4/5 F3 F4/3 F2/3
14,0 14,5 F4 F4/5 F3/5 F4/5 F5/4 F5/4 F4/5 F5/4 F3 F4/5 F4/5 F4/5 F4 F2/3
14,5 15,0 F4 F4/5 F4/3 F4/5 F5/4 F5/4 F4/5 F5/4 F3 F4/5 F4/5 F5 F4 F2/3
S2 - Fracturação - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
7.2.6 Parâmetro “Fracturação”
A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes
elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:
O parâmetro “facturação” reveste-se de especial importância na classificação desta
sondagem, dado o estado de fracturação intenso da amostra, que deriva do tipo de
rocha, e respectiva reduzida resistência, em especial nos planos de xistosidade.
Este parâmetro apresenta uma boa consistência, sendo que até aos 11,0 m de
profundidade, os termos aplicados na generalidade das classificações (13) variou de F5 a
F4/5 (valores 20 e 30 respectivamente).
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
F1 100
F2/1; F1/2 90
F2 80
F3/2; F2/3 70
F3 60
F4/3; F3/4 50
F4 40
F5/4; F4/5 30
F5 20
outro 0
Fracturação
(S1 e S2)
Análise e interpretação dos resultados
141
A partir dos 11,0 m de profundidade, apesar de se manter a consistência na generalidade
das classificações, verifica-se um ligeiro aumento da discrepância de critérios, tendo sido
pontualmente utilizados termos como F4, F4/3, F3 e F2/3 (valores, 40, 50, 60 e 70,
respectivamente), para além dos mencionados F5 e F4/5.
À semelhança do ocorrido no parâmetro “alteração”, foram pontualmente utilizados em
três classificações, termos compostos, conjugando 2 termos não consecutivos, como
F3/5 e F5/3 (valor 0). Estes termos não são comuns, nem se encontram recomendados
pela ISRM (International Society of Rock Mechanics).
Relativamente à consistência dos resultados, é ainda, no entanto, de salientar dois
aspectos. Se, por um lado, o intenso estado de fracturação é susceptível de promover
uma maior consistência dos resultados, limitando a classificação à aplicação de termos
como F4/5, que abrangem a quase totalidade do afastamento das fracturas na sondagem
(≤ 20 cm), por outro lado, o intenso estado de fracturação engloba um aspecto com uma
carga subjectiva considerável, que é a avaliação das fracturas artificiais. Este aspecto, é
aliás determinante para a consistência dos resultados, uma vez que poderia alargar
consideravelmente o afastamento entre fracturas, função da avaliação que cada técnico
fizesse relativamente à origem das mesmas.
Contudo, e apesar de existir essa possibilidade no contexto em questão, os resultados
são consistentes, uma vez que a generalidade dos técnicos pautou a sua avaliação
relativamente à origem das fracturas por uma abordagem conservadora.
7.2.7 Parâmetro “Percentagem de recuperação”
A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes
elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CS CM
0,0 0,5 27 20 25 25 19 27 25 23 23 23 23 21 25 27 24
0,5 1,0 27 20 25 25 19 27 25 23 23 23 23 21 25 27 24
1,0 1,5 27 20 25 25 19 27 25 23 23 23 23 21 25 30 27 24
1,5 2,0 33 35 35 35 30 33 33 50 33 36
2,0 2,5 33 50 35 35 46 53 35 48 30 33 33 48 35 50 33 40
2,5 3,0 33 50 35 35 46 53 35 48 30 33 33 48 35 50 33 40
3,0 3,5 20 21 20 20 18 18 18 30 20 21
3,5 4,0 20 24 21 20 20 29 20 43 18 18 18 23 21 30 20 23
4,0 4,5 20 24 21 20 20 29 20 43 18 18 18 23 21 30 20 23
4,5 5,0 60 38 62 44 38 64 50 49 60 46 40 51 75 50 60 52
5,0 5,5 100 50 100 87 83 100 100 100 100 100 100 83 100 100 100 93
5,5 6,0 100 100 100 100 100 100 100 100 92 100 100 100 86 100 100 98
6,0 6,5 80 100 86 70 63 70 76 70 80 80 86 50 90 100 80 79
6,5 7,0 70 75 77 75 60 76 80 70 67 75 70 70 75 75 70 73
7,0 7,5 70 75 100 75 60 76 80 70 67 75 70 70 75 75 70 74
7,5 8,0 100 100 100 100 100 100 100 97 100 100 100 100 100 75 100 98
8,0 8,5 38 50 48 19 23 45 48 25 40 25 35 25 50 30 30 36
8,5 9,0 38 50 48 19 23 45 48 25 40 25 35 25 50 30 30 36
9,0 9,5 50 60 31 67 50 75 50 25 60 51
9,5 10,0 50 85 60 31 63 84 67 100 50 42 100 86 80 50 50 68
10,0 10,5 50 33 83 42 33 50 57 64 50 43 50 20 60 40 50 48
10,5 11,0 100 100 100 100 83 100 67 100 100 100 100 100 100 100 100 96
11,0 11,5 100 100 96 60 72 100 74 90 60 100 92 82 95 100 100 87
11,5 12,0 60 40 64 50 38 66 64 60 60 50 66 50 65 100 60 60
12,0 12,5 100 100 100 100 100 100 100 99 95 100 95 94 100 100 100 99
12,5 13,0 100 100 100 100 100 100 100 99 100 100 100 100 100 100 100 100
13,0 13,5 100 100 100 100 100 100 100 96 100 100 100 100 100 100 100 100
13,5 14,0 100 100 100 100 73 100 100 96 100 100 100 93 100 100 100 97
14,0 14,5 100 100 100 100 72 100 100 100 92 100 100 84 100 100 100 96
14,5 15,0 100 100 100 100 93 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
Profundidade
(m)
S2 - Percentagem de Recuperação - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro
Análise e interpretação dos resultados
142
Conforme já referido relativamente à sondagem S1, a percentagem de recuperação tem a
particularidade de ser habitualmente determinada pelo sondador, ao invés de pelo
técnico, razão pela qual se considerou pertinente incluir neste estudo os valores de
percentagem de recuperação constantes nas partes diárias da sondagem. Estes valores
correspondem à classificação “CS” e a sua inclusão tem como objectivo perceber se
estes estão de acordo com os valores determinados pelos técnicos e se são portanto
representativos da percentagem de recuperação da amostra.
Neste parâmetro, verifica-se em geral uma dispersão de resultados assinalável, existindo
em cada profundidade, valores de várias ordens de grandeza. Excepção feita em dois
intervalos, em que existe uma boa consistência de resultados. Esses intervalos
correspondem genericamente ao início e ao fim da sondagem.
Com efeito, entre os 0,0 m e os 1,5 m de profundidade, verifica-se uma consistência
assinalável nos resultados, com valores máximos e mínimos de percentagem de
recuperação de 27% e 19%, respectivamente, sendo a média de 24%.
Dos 12,0 m para a base da sondagem, verifica-se igualmente uma boa consistência, com
valores de percentagem de recuperação, em geral da ordem dos 100%.
Contudo, no intervalo definido entre os 1,5 m e os 12,0 m de profundidade, os valores de
percentagem de recuperação variam consideravelmente, existindo intervalos em que os
valores variam entre 25% e 100%.
Análise e interpretação dos resultados
143
À semelhança do verificado na sondagem S1, esta discrepância está sobretudo
relacionada com a forma como é considerada a manobra de furação, para a
determinação do valor de percentagem de recuperação. Desde logo, e nas situações em
que o ensaio SPT penetra 45 cm, nas classificações que subtraem o comprimento do
ensaio à manobra, verifica-se uma redução de cerca de 30% no comprimento da mesma,
traduzindo-se este facto num aumento de 50% (em percentagem) do valor de
percentagem de recuperação.
Esta situação interfere com a consistência dos resultados, nas manobras realizadas após
os ensaios SPT dos 1,5 m, 3,0 m e 9,0 m de profundidade. Nos restantes ensaios a
diferença gerada não tem expressão, uma vez que os comprimentos dos ensaios são
≤ 11 cm. Para as 6 classificações cujo critério foi este, as respectivas manobras tiveram
início aos 1,95 m, 3,45 m e 9,45 m de profundidade, em detrimento das profundidades
anteriormente indicadas.
A discrepância dos resultados é agravada sempre que as manobras têm comprimento
reduzido, como acontece nesta sondagem, em que foram realizadas manobras com
comprimentos inferiores a 50 cm, devido à intensa fracturação do maciço, que obriga ao
constante revestimento do furo.
É o caso da manobra dos 9,00 m de profundidade (ou 9,45 m após o ensaio SPT). Nesta
situação em concreto, acresce ainda que existe uma manobra de 20 cm, entre os 9,0 m e
os 9,2 m de profundidade. Esta manobra “imprevista” terá resultado do facto da
“ferramenta entalar” enquanto se fazia a rectificação do furo na zona do ensaio SPT.
Figura 108 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 2)
SPT dos 9.0m Fim da primeira manobra após o ensaio SPT
Análise e interpretação dos resultados
144
Neste contexto, e considerando a totalidade das classificações, no intervalo dos 9,0 m
aos 9,8 m foram considerados 9 comprimentos de manobras distintos para a
determinação da percentagem de recuperação.
No Quadro 15, encontram-se indicadas as manobras (e intervalos) consideradas nas
classificações, bem como os respectivos comprimentos, e os valores de percentagem de
recuperação obtidos.
Manobra/Intervalo (m)
Comprimento do intervalo
Valores de percentagem de
recuperação
9,00 – 9,20 20 cm 100%; 100%; 90%;
100%; 75%
9,20 – 9,80 60 cm 50%; 67%; 50%;
42%; 50%
9,00 – 9,80 80 cm 31%
9,45 – 9,70 25 cm 56%; 84%
9,70 – 9,80 10 cm 100%; 100%
9,00 – 9,45 45 cm 25%
9,45 – 9,80 35 cm 85%; 60%; 100%; 86%; 80%; 50%
Quadro 15 – Diferentes comprimentos de manobras e respectivos valores resultantes
À semelhança do verificado na sondagem S1, a discrepância dos valores de
percentagem de recuperação, não resulta na maioria dos casos da medição da amostra
recuperada, resultando isso sim, do intervalo considerado para o cálculo. A discrepância
de critérios está portanto relacionada sobretudo com o intervalo considerado, embora,
pontualmente, se verifiquem diferenças na medição da amostra num mesmo intervalo,
que deverão resultar do facto da amostra se encontrar muito fracturada e/ou
desagregada e “espalhada” na caixa, sendo assim necessário interpretar ou estimar o
seu comprimento efectivo.
Os valores CM (classificação média) são os valores médios de percentagem de
recuperação, calculados para cada intervalo de 0,5 m, considerando somente as
classificações que atribuíram valor nesse intervalo. Nos intervalos em que existe uma
consistência de resultados assinalável (0,0 m a 1,5 m e 12,0 m em diante), os valores CM
são consistentes com a maioria das classificações. Pelo contrário, no intervalo entre
1,5 m e os 12,0 m de profundidade, existem gamas de valores consideravelmente
superiores e inferiores à CM.
Análise e interpretação dos resultados
145
É ainda de salientar que os valores CS (classificação do sondador), são em geral muito
consistentes com os valores da CM, registando-se normalmente diferenças inferiores a
10% (em valor) entre ambos.
7.2.8 Parâmetro “RQD”
A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes
elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:
À semelhança do parâmetro “fracturação”, a forma como as fracturas são consideradas
relativamente à sua origem, naturais ou artificiais, é susceptível de interferir sobremaneira
com a consistência dos resultados.
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CM
0,0 0,5
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
2,0 2,5
2,5 3,0
3,0 3,5
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0
5,0 5,5
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5
9,5 10,0
10,0 10,5
10,5 11,0 33 33 33 37 40 50 43 37 63 41
11,0 11,5 63
11,5 12,0 63
12,0 12,5 63
12,5 13,0 58 63
13,0 13,5 17 43 26 36 33 34 14 34 43 51 24 39 25 63 34
13,5 14,0 34 45 26 43 31 31 29 34 29 57 79 33 55 63 42
14,0 14,5 20 30 15 20 20 20 20 15 23 30 26 45 63 27
14,5 15,0 30 15 15 23 63 29
Profundidade
(m)
S2 - RQD - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro
Análise e interpretação dos resultados
146
Neste caso, e apesar de existir alguma dispersão dos resultados nos últimos 4 m de
sondagem, até aos 11,0 m de profundidade verifica-se uma total consistência de critérios.
Com efeito, entre os 0,0 m e os 11,0 m de profundidade, a amostra encontra-se
extremamente fracturada (F5 a F4/5), não tendo nenhuma das classificações considerado
existirem tarolos com comprimento superior a 10 cm.
Cerca dos 11,0 m, nove classificações consideraram aplicável este parâmetro, variando
os valores de RQD entre os 33% e os 63%, sendo a média de 41%.
Entre os 11,0 m e os 12,5 m, somente uma classificação aplicou o parâmetro, em virtude
de ter optado por atribuir um valor médio de 63% a todo este troço final de sondagem.
Dos 13,0 m de profundidade em diante, a totalidade das classificações aplicou este
parâmetro, registando-se uma discrepância da ordem dos 30%, em cada profundidade.
A discrepância de resultados e por conseguinte de critérios, no que diz respeito à
determinação do RQD, está sobretudo relacionada com a forma como são consideradas
as fracturas mecânicas, a que acresce, o facto das manobras serem muito curtas, por
vezes de 40 cm, o que resulta numa maior sensibilidade dos valores, e consequentes
variações bruscas dos mesmos.
Portanto, contrariamente ao verificado na percentagem de recuperação, a discrepância
dos valores não está relacionada nem com os ensaios SPT, nem com a consideração de
diferentes comprimentos de manobras, uma vez que na larga maioria das classificações,
estes foram os mesmos.
O tipo de rocha em questão, genericamente xisto, devido à sua baixa resistência
intrínseca em especial nos planos de xistosidade, é altamente propenso ao surgimento
de fracturas artificiais, normalmente produzidas durante o processo de furação, e/ou
durante o manuseamento da amostra. A forma como estas fracturas são consideradas ou
ignoradas na medição do comprimento dos tarolos é determinante para o valor de RQD,
existindo classificações que abordaram de forma distinta esta temática.
Com efeito, os valores obtidos de RQD, indicam que algumas classificações
consideraram uma parte significativa das fracturas como sendo artificiais, resultando em
valores de RQD superiores. Pelo contrário, em algumas classificações, os valores
consideravelmente menores, para a mesma amostra e no mesmo intervalo, indicam que
as fracturas foram todas consideradas como sendo naturais.
Análise e interpretação dos resultados
147
Portanto, a homogeneidade de critérios verificada no parâmetro “fracturação” no que diz
respeito à origem das fracturas (naturais ou mecânicas), não se verifica de forma tão
expressa neste parâmetro.
É ainda de salientar, que no contexto particular desta sondagem, em que a avaliação da
origem das fracturas interfere sobremaneira com os resultados, é natural que exista
alguma discrepância nos mesmos, derivado à subjectividade desta avaliação, tanto mais
que, o grau de dificuldade desta avaliação é considerável no contexto específico em
causa, especialmente devido à persistência e quantidade de fracturas.
Relativamente à avaliação das fracturas e respectiva ponderação no cálculo do índice
RQD, a recomendação da ISRM é de ignorar as fracturas artificiais, portanto considerar a
amostra íntegra, embora, a favor da segurança, não seja comum os técnicos trabalharem
dessa forma, generalizadamente.
7.2.9 Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-
geotécnico”
A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes
elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:
Análise e interpretação dos resultados
148
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14
0,0 0,5
fragmentos de
xisto envoltos
por silte argiloso
0,5 1,0
1,0 1,5
1,5 2,0
calhaus de xisto;
horizonte de
rocha
decomposta
fragmentos
rochosos (<3
cm); laivos
amarelados e
avermelhados
laivos
amarelados e
avermelhados;
dimensão<3cm
2,0 2,5
2,5 3,0
3,0 3,5 decomposto
fragmentos
rochosos (<3
cm); laivos
amarelados e
com laivos
amarelados e
avermelhados;
dimensão<3cm
3,5 4,0
4,0 4,5
4,5 5,0
muito
fracturados e
friáveis à mão
(<3 cm)
fracturação/xisto
sidade sub HZ e
a 45º; oxidação
fr
5,0 5,5
natureza
xistenta, luzente,
negra; laivos
amarelados
laivos
alaranjados;
passagens silto-
argilosas
5,5 6,0
6,0 6,5
6,5 7,0
7,0 7,5
7,5 8,0
8,0 8,5
8,5 9,0
9,0 9,5matriz argilo
siltosa
dimensão<3cm;
matriz argilo-
siltosa
9,5 10,0
laivos amarel e
averm; intercal.
grauvaque e
veios qz; oxid.
nas fracturas e
superficies
xistosidade;
median a muito
alterado
dim variadas;
fraqueza
estrutural por
contacto
litológico
10,0 10,5
veios e f ilonetes
de quaz; em
geral median
alterado
veios de quartzo;
fracturação e
moagem
mecânica
10,5 11,0
fracturas
paralelas à
xistosidade; 40º
em relação eixo
11,0 11,5
fract
generalizada em
dif direcções
(fract mecânica)
11,5 12,0
fracturas
paralelas à
xistosidade; 40º
em relação eixo
12,0 12,5
fracturas
paralelas à
xistosidade; 30º
em relação eixo
12,5 13,0
idem com
algumas
fracturas
mecânicas
13,0 13,5
13,5 14,0
14,0 14,5
14,5 15,0idem com veios
de quartzo
S2 - Observações complementares de cariz geológico-geotécnico - Tabela Resumo do Parâmetro
Profundidade
(m)
fragmentos de
xisto; silicioso;
entre 14.9 e 15.0
com presença de
quartzo
muito fracturado
e muito alterado;
preenchimento
argiloso nas
fracturas; por
vezes
passagens
decompostas;
menos alterado
para a base;
xistosidade e
fracturação a
45º com eixo da
sondagem
muito fracturado;
f ilonentes de
quartzo;
xistosidade e
fracturação a
45º com o eixo
da sondagem
algo
grauvacoide;
com laivos
alaranjados;
micáceo;
intensamente
fracturado
algo
grauvacóide;
micáceo; muito
alterado a
decomposto;
passagens silto-
argilosas e
fracturas
subhorizontais
decomposto;
adquirindo
carácter silto-
argiloso com
fragmentos
liticos; com
laivos
alaranjados
delgados veios
irreguares de
quartzo
esbranquiçado e
com sulfuretos
(pirite);
predominância
de
xistosidade/fract
uração a 45º
com eixo da
sondagem
intercalação de
grauvaque;
tonalidades
avermelhadas e
alaranjadas
devido à
oxidação;
medianamente a intercalação de
grauvaque;
tonalidades
avermelhadas e
alaranjadas;
micáceo; muito
alterado a
decomposto;
adquirindo um
carácter silto-
argiloso com
fragmentos
rochosos; laivos
amarelados e
avermelhados
fragmentos
rochosos; laivos
amarelados e
avermelhados
fragmentos
rochosos; laivos
amarelados e
avermelhados
luzentes
luzentes; entre
9.8 e 9.9 < 2cm;
entre 10.2 e 10.5
< 6cm
muito alterado e
muito fracturado
com passagens
argilosas
muito alterado e
muito fracturado
com passagens
argilosas
muito alterado e
muito fracturado;
parte facilmente
pelos planos de
foliação
formando lascas
intensamente
fracturado e com
clivagem intensa
pelos planos de
foliação
formando lascas,
com passagens
argilif icadas
entre as
seguintes
profundidade:
6,00-6,07m; 7,50-
7,59m; 9,00-
9,20m.
(carbonatado),
pontualmente
injectado por
vénulas de
quartzo, com
clivagem intensa
pelos planos de
foliação
formando lascas.
As superfícies
resultantes da
clivagem pela
foliação
apresentam-se
lisas e polidas.
fragmentos de
xisto e restos de
raizes no topo
(depósito de
cobertura)
decomposto a
muito alterado
recuperado
como argila
siltosa;
muito alterado;
xistosidade a
inclinar cerca de
40º com o eixo;
fracturas quando
identif icaveis a
inclinar cerca de
40º com o eixo;
de bordos lisos a
ligeiramente
irregulares,
oxidados e com
preenchimento
argiloso
decomposto a
muito alterado;
recuperado
como argila
siltosa;
fragmentos de
xisto e quartzo
dispersos (zona
de falha?)
xistosidade a
inclinar cerca de
40º com o eixo
da sondagem;
fracturas quando
identif icáveis a
inclinar cerca de
40º em relação
ao eixo da
sondagem, de
bordos lisos e
planos com
ligeira patine
argilosa;
presença de
pequenas
massas e
f ilonetes de
quartzo
dispersos.
delgadas
intercalações de
grauvaque;
evidências de
oxidação nas
fracturas e
superfícies de
xistosidade;
medianamente a
muito alterado;
com passagens
decompostas
silto-argilosas;
laivos
alaranjados;
fracturação/xisto
sidade
subhorizontal e a
45º
delgadas
intercalações de
grauvaque;
evidências de
oxidação nas
fracturas e
superfícies de
xistosidade;
medianamente a
muito alterado;
com passagens
decompostas;
fracturação/xisto
sidade a 45º e
raras fracturas
subverticais
intercalações de
grauvaque e
presença de
pirite; pouco a
medianamente
alterado;
fracturas
subhorizontais e
obliquas em
relação ao eixo
da sondagem
interecalação de
grauvaque; veios
de quartzo;
pouco a median
alterado;
passagens muito
alteradas
laivos rosados;
muito fracturado;
intercalações
decimétricas de
xisto
decomposto,
recuperado
como argila de
tons
acastanhados
claros;
xistosidade com
inclinação de 50º
em relação ao
eixo, coincidente
com a maioria
das fracturas;
fracturas muito
oxidadas
pontualmente
com
preenchimento
argiloso
medianamente
alterado;
xistosidade a 50º
coincidente com
a maioria das
fracturas;
fracturas muito
oxidadas com
preenchimento
argiloso;
passagem de
quartzo entre 9.0
e 9.8m; f im da
zona de
alteração
superficial (zona
oxidada)
superficies de
xistosidade lisas
e pouco
onduladas com
inclinação de 60º
em relação ao
eixo da
sondagem;
fracturas
subverticais
ligeiramente
onduladas, lisas;
nos últimos 0,3m
com presença de
argila de falha
(?)
cascalho de
xisto envolto
numa matriz sito-
argilosa
grauvacóide,
muito alterado e
fracturado
fundamentalment
e pela
xistosidade;
xistosdade
oblíqua;
fracturas lisas
com película
ferruginosa
micáceo, com
fragmentos de
xisto: xisto
esmagado e
decomposto
grauvacóide,
com filonetes de
quartzo leitoso;
ocorrem
passagens
centimétricas
esmagadas e
brecheficadas
laminações de
xisto argiloso
cinzento escuro;
facturas
sinxistosas
predominantes,
oblíquas, lisas e
com escasso
preenchimento;
ocorrem
mineralizações
de sulfuretos
disseminadas no
folheto xistoso
não recuperado
decomposto a
muito alterado,
com frequentes
zonas
argilisadas
estratif icação
inclinada 20º,
muito apertada,
provocando
desplacamento;
fracturas
coincidentes com
a estratif icação,
de bordos
planos, lisos e
frequentemente
oxidados, c/
presença de
minerais de tons
alaranjados;
localmente
observam-se
fracturas pouco
zona muito
alterada com
presença de
argila de tons
acinzentados,
fragmentos de
xisto e quartzo
(zona de falha?);
zona com perda
signif icativa de
amostra
níveis
intercalados de
espessura
decimétrica de
tons mais claros
correspondentes
a zonas
ligeiramente mais
grosseiras
(metassiltitos);
estratif icação
inclinada cerca
de 40-50º em
relação ao eixo
da sondagem,
muito próxima,
provocando
desplacamento;
fracturas
coincidentes com
a xistosidade;
presença de
quartzo de cor
branca nos
ultimos 10cm da
sondagem
muito alterado a
decomposto;
resulta num solo
predominanteme
nte siltoso com
fragmentos
xistosos
dispersos
alterado a muito
alterado;
apresenta
xitosidade
intensa com
textura sedosa
no interior dos
planos de
xistosidade
alterado a pouco
alterado;
apresenta
xitosidade
intensa com
textura sedosa
no interior dos
planos de
xistosidade.
abundantes
preenchimentos
argilosos
acastanhados;
com passagens
argilosas regra
geral entre os
9,00 - 9,45m; por
vezes com finos
veios de quartzo;
fracturas a 0-
10º, 25-35º, 45º
e 80-90º, com
vestigios de
oxidação
acastanhados e
f inos
preenchimentos
argilosos;
xistosidade regra
geral a 45º
por vezes com
finos
preenchimentos
argilosos
acinzentados;
com finos veios
de quartzo;
fracturas a 0-
10º, 30º, 45º,
65º e 80-90º, por
vezes com finos
preenchimentos
argilosos;
xistosidade regra
geral a 45º
muito alterado a
decomposto;
argilif icado; com
intercalações
argilosas
centimétricas
muito alterado a
decomposto;
xistosidade muito
f ina; planos de
xistosidade com
oxidação
alaranjada
medianamente a
muito alterado;
oxidado; planos
de xistosidade
com cerca de
50º de inclinação
em relação ao
eixo do tarolo
muito alterado a
decomposto;
com passagens
argilosas e
oxidação
alaranjada nos
planos de
xistosidade;
entre os 10,20m
e os 10,50
interceptou-se
veio quartzo
esbranquiçado
medianamente
alterado; com
xistosidade muito
penetrativa e
com cerca de
50º ao eixo do
tarolo. Observam-
se intercalações
xistentas,
milimétricas a
centimétricas, de
cor cinzenta-
escura, com
intercalações
grauvaquóides,
mais claras e
centimétricas e
f inos veios
quartzosos
esbranquiçados.
Aos 14,90m
interceptou-se
veio quartzoso
esbranquiçado
com cerca de
3cm de
espessura
fracturas
paralelas à
xistosidade, 40º
em relação ao
eixo da carote
decomposto
intercalações
argilosas
inclinação
máxima 45º com
eixo da
sondagem; com
veios de quartzo
entre 9,45 - 9,80
m
carbonoso;
f inamente
laminado; com
veios de quartzo
em especial na
base;
xistosidade a 45º
com o eixo da
sondagem;
presença de
intercalações
negras,
carbonosas ou
grafitosas com
muito baixa
resistência ao
deslizamento
(ângulo de atrito
da ordem de 20º)
óxidos de ferro;
micáceo; o xisto
possui sericite;
fracturas
paralelas à
xistosidade
óxidos de ferro;
micáceo; o xisto
possui sericite;
fracturas
paralelas à
xistosidade
óxidos de ferro;
micáceo; o xisto
possui sericite;
fracturas
mecânicas
ferruginizado;
fract paralelas à
xistosidade; 55º
c/ eixo
ferruginizado;
fract paralelas à
xistosidade; 55º
c/ eixo; vestigios
de veios
quartzosos
(fragm soltos)
Parâmetro Dados da classificação Valor para
representação gráfica
mais que 2 aspectos com
enfase na descrição das
fracturas
100
alteração, fracturação e outros
aspectos80
alteração ou fracturação 50
cores; litologia complementar;
não recuperado10
Observações
complementares de cariz
geológico-geotécnico
(S2)
Análise e interpretação dos resultados
149
Conforme referido aquando da sondagem S1, o parâmetro “observações complementes
de cariz geológico-geotécnico” é um parâmetro particular, pois contrariamente aos
demais parâmetros de classificação considerados neste estudo, que dizem respeito
especificamente a um critério ou aspecto da classificação de sondagens, este, versa
potencialmente sobre todos os aspectos, incluindo os que já são incluídos nos demais
parâmetros. Acresce que o âmbito destas observações complementares é por demais
abrangente, pois, no fundo, depende daquilo que cada técnico considere pertinente
identificar e descrever.
Apesar do agrupamento de informações complementares, em conjuntos de dados do
mesmo tipo, é natural alguma dispersão de resultados neste parâmetro, dada a natureza
e objectivo do mesmo.
Acresce que cada classificação aplica por vezes mais do que um conjunto de dados ou
informações, dependendo da informação que se revele mais pertinente, em cada zona da
sondagem. Ou seja, uma dada classificação poderá complementar a descrição litológica
com identificação de passagens de litologia diferente até determinada profundidade, em
que estas ocorrem, e para o final da sondagem complementar a descrição do material
com a caracterização das fracturas, caso estas, nesta profundidade, justifiquem maior
detalhe descritivo.
Por esta razão, a representação gráfica deste parâmetro não é a melhor forma de
analisar e interpretar os resultados, embora permita desde logo pôr em evidência a
abrangência das abordagens técnicas, no fundo resultado dos diferentes aspectos e
critérios, que cada classificação privilegiou em cada profundidade.
Análise e interpretação dos resultados
150
Dado o contexto específico da sondagem S2, em que o tipo de material predominante é
rocha, alterada e muito fracturada, a maioria das observações complementares incide
precisamente sobre estes aspectos, embora com abordagens distintas, desde as mais
sucintas até às consideravelmente mais extensas e pormenorizadas. Por esta razão, 3
dos 4 grupos de observações complementares são relativos a estes aspectos,
procurando-se distinguir as diferentes abordagens.
Globalmente, as observações complementares relativas à fracturação e alteração,
representam 86% da totalidade das informações, portanto somente 14% das informações
complementares incidem exclusivamente sobre outros aspectos.
No Quadro 16, encontram-se representados os grupos de informação e a respectiva
frequência de aplicação (representatividade) no global das classificações.
Grupos de informação Valor Frequência de
aplicação
mais que 2 aspectos com ênfase na descrição das
fracturas 100 48%
alteração, fracturação e outros aspectos
80 28%
alteração ou fracturação 50 11
cores; litologia complementar; não
recuperado 10 14%
Quadro 16 – Representatividade dos grupos de informação na globalidade da sondagem
No entanto, esta distribuição não é linear em toda a sondagem, variando a
representatividade de cada um dos grupos de dados ao longo da mesma, função do tipo
e estado do material ocorrente. Dos 6,0 m de profundidade em diante, verifica-se um
aumento de observações com ênfase na descrição das fracturas.
No Quadro 17, apresenta-se a frequência de aplicação de cada grupo de informações,
antes e após os 6,0 m de profundidade.
Análise e interpretação dos resultados
151
Grupos de informação Valor Totalidade da
sondagem Até 6,0 m de profundidade
Dos 6,0 m para a base
mais que 2 aspectos com ênfase na descrição das
fracturas 100 48% 30% 60%
alteração, fracturação e outros aspectos
80 28% 23% 31%
alteração ou fracturação 50 11% 25% 1%
cores; litologia complementar; não
recuperado 10 14% 22% 8%
Quadro 17 – Evolução da representatividade dos grupos de informação ao longo da sondagem
É de salientar o aumento considerável, de 30% para 60%, da frequência das
observações complementares com ênfase na descrição das fracturas (valor 100), a partir
dos 6,0 m de profundidade. De salientar igualmente, é a redução drástica das
informações complementes relativas somente à “alteração ou fracturação” (valor 50), de
11% no global da sondagem, para 1% a partir dos 6,0 m.
Neste aspecto, verifica-se uma boa consistência dos critérios de classificação utilizados
na generalidade das classificações, uma vez que a partir dos 6,0 m de profundidade, a
descrição “detalhada” das fracturas assume um papel preponderante na caracterização
complementar dos materiais ocorrentes, em detrimento dos demais aspectos.
Aspecto igualmente importante, no que diz respeito à consistência dos critérios entre
classificações, é a frequência de utilização de observações complementares em cada
classificação. Nesta sondagem, a generalidade das classificações utilizou
constantemente “informações complementares” na descrição dos materiais e respectivas
características, existindo apenas duas classificações em que essa utilização não foi na
totalidade da sondagem.
Análise e interpretação dos resultados
152
Classificações Frequência de utilização de
informações complementares
C1 100%
C2 90%
C3 100%
C4 100%
C5 83%
C6 100%
C7 100%
C8 100%
C9 100%
C10 100%
C11 100%
C12 100%
C13 100%
C14 100%
Quadro 18 – Frequência de utilização de “observações complementares de cariz geológico-geotécnico”, por
classificação
Em suma, neste parâmetro, verifica-se uma consistência assinalável nos resultados e
critérios, sendo evidente que a generalidade das classificações atribuiu maior importância
à descrição das fracturas, devido à sua persistência e importância em termos de
caracterização geotécnica do maciço.
7.2.10 Resumo da análise da sondagem S2
No cômputo geral, os parâmetros de classificação analisados apresentam uma
consistência assinalável, excepção feita aos parâmetros “percentagem de recuperação” e
“RQD”, em que a consistência é menor.
Análise e interpretação dos resultados
153
Nestes dois parâmetros, o contexto específico da sondagem, com uma rocha de fraca
resistência, xistosa, e muito fracturada, introduz um factor de dificuldade acessório, uma
vez que as condições do maciço implicaram, diversas vezes, a realização de manobras
de furação de reduzida dimensão, tornando os valores mais sensíveis, e
consequentemente, quase inevitável uma certa dispersão de resultados. A este aspecto,
acresce o facto de existir uma discrepância de critérios, de base, relativamente à forma
como são consideradas as manobras, nomeadamente, com ou sem a inclusão do
comprimento penetrado durante o ensaio SPT (para o caso da percentagem de
recuperação).
Para além disso, o tipo de rocha, com zonas de fraqueza preferencial nos planos de
xistosidade, induz à ocorrência de inúmeras fracturas artificiais, durante o processo de
furação e manuseamento da amostra, cuja forma como são consideradas, ou
desconsideradas, relativamente à sua natureza, é determinante para o valor de RQD.
Análise e interpretação dos resultados
154
Figura 109 – Variação dos “parâmetros” com a profundidade nas classificações da sondagem S2
7.3 Comparação dos resultados das duas sondagens
A comparação dos resultados das duas sondagens, é um exercício que tem como
objectivo validar os resultados obtidos, enquadrando-os num determinado contexto, o
contexto de cada sondagem.
Com efeito, apesar de ambas as sondagens terem sido classificadas pelos mesmos
técnicos, existem diferenças apreciáveis nos resultados obtidos, relativamente à
consistência de critérios, num mesmo parâmetro.
Analisa-se portanto, parâmetro a parâmetro, os principais aspectos dos resultados
obtidos em ambas as sondagens:
Estratigrafia
Figura 110 – Gráficos do parâmetro “estratigrafia” de ambas as sondagens, S1 e S2
Análise e interpretação dos resultados
155
Em ambas as sondagens, existe uma consistência apreciável dos resultados das várias
classificações, embora seja superior na sondagem S2. Este aspecto estará relacionado
com o facto dos materiais ocorrentes nesta sondagem serem mais homogéneos desde a
superfície, genericamente materiais de natureza xistosa, e o contexto estratigráfico mais
monótono e consequentemente menos subjectivo, e ainda, mais abrangente em termos
geográficos.
Litologia
Figura 111 – Gráficos do parâmetro “litologia” de ambas as sondagens, S1 e S2
A consistência dos resultados nas duas sondagens é consideravelmente diferente, sendo
superior na sondagem S2. Esta situação, dever-se-á à maior heterogeneidade dos
materiais da sondagem S1, bem como, ao facto de nesta existirem inúmeras variações
graduais e termos litológicos intermédios, contexto que introduz uma subjectividade
acrescida na classificação litológica macroscópica, e por conseguinte, uma acrescida
discrepância de critérios. A diferença entre o número de camadas individualizadas em
cada uma das sondagens, é indicativo deste contexto, pois na sondagem S1, com 189 m
de classificações, foram individualizadas 148 camadas, e na sondagem S2, com 210 m
de classificações (mais 11%), foram individualizadas apenas 79 camadas (menos 54%),
o que atesta da maior homogeneidade dos materiais da sondagem S2.
Granularidade
Figura 112 – Gráficos do parâmetro “granularidade” de ambas as sondagens, S1 e S2
Análise e interpretação dos resultados
156
Na sondagem S2 nenhuma classificação utilizou este parâmetro, uma vez que no
material em causa, genericamente rocha de natureza xistosa, o mesmo não é aplicável, e
assim foi considerado na totalidade das classificações. Na sondagem S1, verifica-se uma
boa consistência de resultados em três intervalos (0,0 m a 6,0 m, 8,0 m a 9,5 m e 11,0 m
a 13,5 m) e uma dispersão assinalável dos mesmos nos restantes dois intervalos (6,0 m
a 8,0 m e 9,5 m a 11,0 m). Esta dispersão dos resultados, está relacionada com causas
distintas nos dois intervalos. No primeiro, está relacionada com a reduzida percentagem
de recuperação de amostra (<10%), e no segundo, com variações granulométricas
graduais na amostra, passiveis de serem interpretadas de forma distinta.
Cor
Figura 113 – Gráficos do parâmetro “cor” de ambas as sondagens, S1 e S2
Na sondagem S2, verifica-se uma maior consistência de resultados, devido ao facto da
amostra ser consideravelmente mais homogénea, em termos litológicos e cromáticos. A
gama de cores é por isso consideravelmente menor na sondagem S2, tendo sido
utlizados nesta sondagem apenas 16 termos, em contraste com os 25 utilizados na
sondagem S1. A maior gama de cores existente na sondagem S1 e a consequente maior
dispersão de resultados, resultam da heterogeneidade dos materiais ocorrentes, e do
facto de existirem termos litológicos, e por vezes cromáticos, intermédios, para além de
variações litológicas graduais, factores que introduzem uma subjectividade acrescida na
classificação.
Análise e interpretação dos resultados
157
Alteração
Figura 114 – Gráficos do parâmetro “alteração” de ambas as sondagens, S1 e S2
Este parâmetro foi aplicado na generalidade da sondagem S2, e apenas parcialmente na
sondagem S1, e só por algumas classificações, em virtude do material ocorrente nesta
sondagem, se caracterizar por solo ou rocha sedimentar detrítica. A subjectividade e a
inaplicabilidade deste parâmetro nos materiais da sondagem S1, traduzem-se numa
dispersão de resultados e discrepância de critérios. Na sondagem S2, apesar de se
verificar alguma dispersão dos resultados devido a uma minoria de classificações mais,
ou menos, conservadora, a maioria das classificações apresenta alguma consistência de
critérios.
Fracturação
Figura 115 – Gráficos do parâmetro “fracturação” de ambas as sondagens, S1 e S2
À semelhança do verificado no parâmetro “alteração”, também neste parâmetro, a
consistência dos resultados é consideravelmente superior na sondagem S2, resultado da
subjectividade e inaplicabilidade deste parâmetro, a alguns dos materiais ocorrentes na
sondagem S1 (especialmente solos). Na sondagem S2, a variação de termos aplicados é
muito reduzida, variando em geral entre F5 e F4/5, devido à grande persistência da
fracturação, que adquire, ao longo da sondagem, um caracter grosso modo homogéneo.
Análise e interpretação dos resultados
158
Percentagem de recuperação
Figura 116 – Gráficos do parâmetro “percentagem de recuperação” de ambas as sondagens, S1 e S2
Este é o único parâmetro em que a consistência dos resultados é superior na sondagem
S1. Para esta situação, para além naturalmente da boa consistência dos resultados na
sondagem S1, concorre também, o facto de na sondagem S2 existirem manobras muito
reduzidas (por vezes com 30 cm), que tornam o cálculo dos valores muito mais sensível e
consequentemente, mais propenso à dispersão de resultados.
RQD
Figura 117 – Gráficos do parâmetro “RQD” de ambas as sondagens, S1 e S2
Neste parâmetro, verifica-se em ambas as sondagens uma considerável dispersão de
resultados, embora seja mais evidente na sondagem S1. São no entanto distintos, os
factores que lhes deram origem, em cada sondagem. A dispersão dos resultados na
sondagem S1, à semelhança do verificado relativamente aos parâmetros “alteração” e
“fracturação”, está sobretudo relacionada com a subjectividade e inaplicabilidade deste
parâmetro ao tipo de materiais ocorrentes. Para além desde aspecto de base, os
diferentes comprimentos de manobras considerados para o cálculo do RQD (subtraindo o
comprimento do SPT, por exemplo) também promovem a dispersão dos resultados. Na
sondagem S2, a dispersão de resultados verificada a partir dos 11,0 m, está sobretudo
relacionada com a forma como são consideradas as fracturas artificiais, ou seja, se são
ignoradas, contabilizando-se a amostra como um todo, ou se são valorizadas como
fracturas naturais.
Análise e interpretação dos resultados
159
Observações complementares de cariz geológico-geotécnico
Figura 118 – Gráficos do parâmetro “observações complementares” de ambas as sondagens, S1 e S2
Neste parâmetro, a distinta dispersão de resultados obtidos em ambas as sondagens,
implicou deste logo que as tabelas de correlação tivessem número de termos distintos.
Na sondagem S1, a tabela de correlação distingue 8 termos e na sondagem S2, distingue
apenas 4 termos. Para além deste aspecto, este parâmetro, pela sua natureza e
objectivo, está intimamente ligado ao contexto geológico-geotécnico de cada sondagem.
Nesse sentido, em cada uma das sondagens, as observações complementares versaram
predominantemente sobre um aspecto, ao qual as classificações atribuíram maior
relevância em termos geológico-geotécnicos. Na sondagem S1, o enfoque das
observações complementares incidiu predominantemente nas passagens de litologias
distintas da principal, aspecto especialmente comum e relevante em solos e rochas
sedimentares detríticas. Na sondagem S2, devido à intensa fracturação da amostra, o
enfoque foi predominantemente na caracterização das fracturas. Apesar dos resultados
da sondagem S2 apresentarem uma maior consistência de resultados, em rigor, este
parâmetro, não deve ser directamente comparado entre sondagens, uma vez que o
âmbito das observações complementares, em cada sondagem, varia em tipo, quantidade
e dispersão, função do contexto geológico-geotécnico específico.
Em suma, na sondagem S2, a consistência de resultados é muito superior à sondagem
S1, o que indica que a consistência dos critérios de classificação, está por demais
relacionada com o contexto geológico-geotécnico. Um contexto geológico-geotécnico
mais homogéneo, e menos subjectivo em aspectos determinantes como litologia por
exemplo, permite interpretações mais “alinhadas”, por não existirem, para cada
parâmetro, critério ou aspecto em observação, diversas opções de avaliação e
interpretação
Considerações finais e recomendações
161
8. Considerações finais e recomendações
Neste trabalho pretendeu-se estudar a consistência das classificações macroscópicas de
sondagens geológico-geotécnicas, comparando 14 classificações da mesma sondagem,
realizadas por diferentes técnicos. No sentido de perseguir uma maior representatividade
dos resultados, foram classificadas duas sondagens, de contextos geológico-geotécnicos
distintos, genericamente, solo e rocha.
Após o tratamento da informação das 28 classificações de sondagem, e respectiva
análise de resultados, tecem-se alguns comentários, necessários no sentido de
enquadrar, contextualizar e validar a representatividade dos resultados, e apresentam-se
as considerações finais e algumas recomendações e sugestões que se julgam
pertinentes.
É certo que a classificação de sondagens é um exercício de interpretação, que tem por
base, não só sistemas, parâmetros e critérios de classificação definidos por organizações
internacionais, como também, aquela que é a experiência, sensibilidade e modo de
trabalhar de cada técnico que classifica sondagens. Nesse sentido, uma das conclusões
naturais deste trabalho, não podia deixar de ser que, existem de facto, algumas variações
de critério e na forma de trabalhar dos técnicos que classificam sondagens, que, função
do contexto geológico-geotécnico, poderão ser potenciadas ou diluídas, dependendo do
grau de heterogeneidade e subjectividade do referido contexto. Esta realidade, é, de
resto, há muito reconhecida e frequentemente comentada, porque aqueles que trabalham
na área, portanto, até este ponto, nada de “muito novo” acrescentou este trabalho.
No entanto, da análise dos resultados, parâmetro a parâmetro, e da comparação entre
estes nas duas sondagens, procurou-se perceber que motivos estão na origem de
divergências de critérios ocasionais, e nesse sentido, obtiveram-se informações
interessantes, criando uma oportunidade para se perseguir alguma melhoria na
uniformização de critérios e metodologia de classificar sondagens. Embora, em rigor,
muitos dos motivos que estão habitualmente na origem da dispersão de critérios, também
fossem já conhecidos por cada técnico individualmente, pois todos os que possuem a
experiência de anos e quilómetros de classificação de sondagens, já por vezes, por
razões várias, classificaram a mesma sondagem mais que uma vez, convivendo portanto
com a dificuldade de manter a consistência de um critério, numa avaliação e
interpretação, assente em alguma subjectividade.
Considerações finais e recomendações
162
Portanto, e pretendendo promover alguma evolução relativamente ao atrás referido, o
impulso para a realização deste trabalho, neste tema, vem precisamente do objectivo de
estudar e perceber, numa perspectiva mais alargada e menos individual, que aspectos
condicionam maioritariamente a consistência de critérios, entre técnicos, colectivamente.
Distinguem-se portanto vários aspectos, incontornáveis, no sentido de contextualizar e
comentar os resultados.
Classificação de uma única sondagem
Desde logo, é importante salientar que, classificar uma única sondagem
descontextualizada, é diferente de classificar um conjunto de sondagens de um mesmo
projecto. Pois, na classificação de uma única sondagem, não há a ajuda dada pelo
contexto que se define e redefine à medida que vão sendo classificadas as restantes
sondagens do mesmo projecto. Esta evolução, resulta numa espécie de uniformização e
“amadurecimento” do nosso próprio critério, tornando-o sucessivamente mais assertivo à
medida que o vamos reajustando com base na informação das sondagens seguintes. É
comum reajustar-se, “no final”, a classificação das primeiras sondagens classificadas no
âmbito de um projecto, depois do contexto geológico-geotécnico estar consideravelmente
mais bem definido, portanto com menor subjectividade. Classificar uma única sondagem
descontextualizada, subverte por isso, este princípio básico no esquema de trabalho de
um geotécnico, daí advindo, potencialmente, menor consistência de critérios entre
técnicos. Exemplo de uma situação relacionada, é a discrepância de critérios na
sondagem S1, relativamente ao parâmetro “litologia”, em que entre os 3,5 m a 5,0 m de
profundidade, a discrepância de critérios foi das mais evidentes. Facto que estará
relacionado com a muito reduzida percentagem de recuperação (< 20%) neste intervalo,
portanto em que a classificação se baseia sobretudo na interpretação daquilo que não é
recuperado, ao invés de classificar directamente a amostra recuperada. Nesta situação,
existindo várias sondagens, aumentaria a informação sobre esta camada (por hipótese
com uma sondagem em que a percentagem de recuperação fosse maior neste mesmo
material), e o grau de subjectividade da classificação diminuiria substancialmente,
promovendo, potencialmente, uma maior consistência de critérios entre os diversos
técnicos.
Considerações finais e recomendações
163
Ajuste de critérios com a execução do log de sondagem
É importante no estudo da consistência de critérios de classificação de sondagens, ter a
noção que, o refinamento do critério de cada técnico, bem como a correcção de alguns
erros, ou incoerências de critérios, ocorre normalmente aquando da execução do log de
sondagem, altura em que, graficamente, os diversos critérios e parâmetros considerados,
têm leitura directa e sobreposta. É comum por isso, detectarem-se somente nesta fase,
ligeiras incoerências, ou até gralhas, em aspectos como a proporção entre a
percentagem de recuperação e o valor de RQD, a coerência entre a litologia e a
aplicabilidade do índice RQD, a coerência entre a fracturação e o valor de RQD, entre
outros. Neste estudo, esta possibilidade não existiu, podendo pontualmente este facto ter
contribuído para uma maior discrepância de um ou outro critério. Contudo, algumas
“gralhas” foram detectadas, tendo sido solicitado aos autores, a respectiva revisão dos
dados.
Complexidade do contexto geológico-geoténico
Cada contexto geológico-geotécnico em que é realizada uma sondagem, insere um
determinado tipo de dificuldades ou aspectos mais relevantes, razão pela qual, nas
observações complementares das classificações das duas sondagens, são abordados
predominantemente aspectos distintos (passagens de litologia diferente na S1 e
caracterização das fracturas na S2). Portanto, a consistência de critérios de classificação
entre técnicos, estará normalmente dependente do contexto geológico-geotécnico, que
poderá ser mais, ou menos objectivo, mais, ou menos monótono, no fundo, mais, ou
menos complexo. O mesmo é dizer que, não se deverão extrapolar os resultados obtidos
de forma generalizada, uma vez que, em contextos menos complexos, é de esperar uma
maior consistência de critérios de classificação. Exemplo disso, é o facto da consistência
dos critérios nas classificações da sondagem S2, ser consideravelmente superior às da
S1, cujo contexto é mais complexo e fértil em situações dúbias. De igual forma, a
consistência de parâmetro para parâmetro, variará, função da complexidade do contexto
geológico-geotécnico, em cada parâmetro.
Considerações finais e recomendações
164
Importância geotécnica de cada parâmetro
A importância dos diversos parâmetros considerados neste estudo, no que diz respeito à
sua importância do ponto de vista geotécnico, é distinta de parâmetro para parâmetro.
Com efeito, e apesar da classificação de sondagens assentar na classificação de
diversos aspectos, e de a mesma, por definição, resultar do seu conjunto, é indiscutível
que a importância do valor de RQD ou do estado de alteração, é superior à importância
da cor da amostra. Nesse sentido, era importante perceber se os parâmetros com maior
consistência de critérios, seriam ou não, dos mais importantes em termos geotécnicos,
até porque, para parâmetros como a alteração ou fracturação, existem tabelas de termos
definidos, limitando assim, em teoria, a dispersão de resultados. No entanto, da análise
dos resultados das 28 classificações de ambas as sondagens, percebe-se que a maior ou
menor consistência de cada parâmetro, depende sobretudo da complexidade e
subjectividade do contexto geológico-geotécnico, especificamente em cada parâmetro.
Discrepância de critérios
Da análise das 28 classificações, identificaram-se diversos aspectos em que de facto
existe divergência de critérios e diferentes metodologias de trabalho entre técnicos,
situações que, naturalmente, contribuem directamente para uma maior dispersão de
resultados.
Um dos exemplos mais evidentes, é a forma como é definida a manobra ou intervalo de
cálculo do valor de RQD, pois apesar de não existirem diferenças substanciais na
medição do comprimento da amostra, existem diferentes critérios para definir os
intervalos de cálculo, que dão origem a valores totalmente diferentes de Índice RQD.
Definir os intervalos de cálculo com base nas manobras de furação, ou com base nestas,
mas subtraindo o comprimento do ensaio SPT, ou definir com base na fracturação, ou
ainda definir com base nas variações de litologia, resulta em inúmeras, ou até
demasiadas, possibilidades para a criação de um valor que se pretende representativo da
qualidade da rocha, mas que afinal poderá ser “produzido” de acordo com a sensibilidade
do técnico. No entanto, estas diversas possibilidades estão consagradas na metodologia
de aplicação do índice RQD, pelo que a discrepância de critérios, neste aspecto, não
advém de qualquer erro das classificações, mas tem sim origem no facto de existirem
diversas formas de abordar este tema.
Considerações finais e recomendações
165
A definição de novas camadas litológicas com base unicamente nas amostras recolhidas
nos ensaios SPT, representa igualmente uma diferença de critérios, pois estas camadas
são criadas por vezes em materiais “virtualmente iguais” aos anteriores e posteriores,
unicamente por se apresentarem de modo diferente, em virtude de terem sido recolhidos
por um processo diferente (à rotação com amostrador duplo vs à percussão com
amostrador Terzaghi). Na prática, tratam-se dos mesmos materiais, muitas vezes com
descrições equivalentes, sendo portanto, até certo ponto, “camadas arbitrárias”
resultando da observação de detalhes valorizados apenas pelo próprio técnico. Embora
não se discuta a existência de cada um desses detalhes, que sem dúvida existem,
questiona-se se a sua indicação favorece a representatividade “universal” da
classificação, ou se pelo contrário, a torna mais pessoal e individual. A introdução destas
“novas” camadas por este motivo, traduz-se numa maior compartimentação do maciço,
apesar de este, em termos mais gerais, até se poder caracterizar por alguma monotonia.
É exemplo desta discrepância de critérios, o número de camadas individualizadas em
cada sondagem, que varia drasticamente, entre 5 e 17 camadas na sondagem S1, e
entre 2 e 11 camadas na sondagem S2.
A atribuição do estado de alteração em rochas sedimentares, é também um critério que
não reúne consenso entre os técnicos, apesar de a este respeito existirem
recomendações expressas da ISRM relativas ao seu modo de aplicação. Das 14
classificações da sondagem S1, 5 aplicaram este parâmetro em contraste com as
restantes 9 que não o aplicaram, encontrando-se estas últimas alinhadas com as
recomendações da ISRM, relativamente à aplicação deste parâmetro em rochas
sedimentares.
O grau de pormenor com que cada técnico classifica e sistematiza o estado de alteração
e fracturação do maciço, também difere, função da representatividade que cada um
pretende atribuir à classificação destes aspectos em cada zona. Se por um lado, há quem
opte pela utilização de termos compostos como F3/4 para um intervalo maior, há também
quem opte pela utilização dos termos F3 e F4 em separado, para intervalos menores e
sucessivamente alternados. Desta última abordagem, resulta por vezes a individualização
de intervalos reduzidos, por exemplo de 20 cm, com um determinado estado de
fracturação. Abordagem idêntica ocorre igualmente para o estado de alteração do
maciço. Relativamente a estas duas abordagens distintas, não há indicação expressa e
objectiva sobre como proceder, ficando novamente ao critério dos técnicos classificar de
acordo com a sua sensibilidade e interpretação, que já se percebeu, por vezes difere, até
porque existe margem para que tal aconteça.
Considerações finais e recomendações
166
É de salientar que na larga maioria das situações em que existe divergência de critérios
entre classificações, esta deriva da subjectividade e das diversas possibilidades de
abordagem na aplicação de parâmetros, e não de erros de classificação.
Aspectos não abordados no trabalho relativos à consistência de critérios
Este trabalho não entrou no detalhe das diferentes formas de utilizar a escala de
alteração e fracturação. Com efeito, existem contextos em que, substituindo a alternância
em intervalos reduzidos de termos como W3, W4, W3, W4, etc, se utiliza de forma mais
abrangente W3/4 ou W4/3, função do que se considere mais representativo para o
intervalo no seu global. Para além deste contexto, existem contextos em que se
considera que o material não é francamente um W3, nem um W4, razão pela qual, se
opta por um termo composto como W3/4 (ou W4/3), que na prática é utilizado como se de
um termo intermédio, “W3 e meio”, se tratasse.
Outro aspecto não abordado neste trabalho, mas importante relativamente à consistência de
resultados, é a qualidade do trabalho de prospecção propriamente dito. Algumas das zonas
das sondagens em que há menor consistência dos resultados, são precisamente zonas
onde há muito menor recuperação de amostra, o que só reforça a ideia de que a qualidade
do trabalho de prospecção é determinante para uma boa classificação e caracterização
geológico-geotécnica. Contudo, é de considerar que na maioria das vezes, a reduzida
percentagem de recuperação está sobretudo relacionada com a qualidade e características
do maciço amostrado.
A qualidade individual das classificações em termos técnicos, não foi igualmente um aspecto
abordado neste estudo, uma vez que não foi pretensão do mesmo, avaliar, corrigir ou
valorizar as classificações, que, no âmbito deste estudo têm todas precisamente o mesmo
valor, ou seja, 1/14 da amostra, para cada sondagem.
Uniformização da metodologia de classificação de sondagens
A metodologia de classificação de sondagens há muito que está genericamente definida
e que tem cumprido, no essencial, o propósito para que foi desenvolvida. Razão pela
qual, talvez não tenha suscitado à comunidade geotécnica nenhum esforço adicional,
sequer de avaliação do desempenho da metodologia, que tem sido tacitamente admitida
como adequada ao objectivo em causa.
Considerações finais e recomendações
167
No entanto, a existência de alguma dispersão de critérios na classificação de sondagens,
há muito que é reconhecida por quem trabalha na área, uma vez que a dispersão tem
sobretudo a ver com a subjectividade de aplicação de alguns critérios e parâmetros, que
“persistem” em ter diversas formas de serem aplicados, para além de não serem imunes
a alguma subjectividade. Esta possibilidade, de vários parâmetros serem utilizados e
ajustados pelos técnicos função da sua interpretação pessoal, para além de ter a
vantagem óbvia de dar ao técnico “margem de manobra” para construir a classificação da
sondagem de acordo com a sua sensibilidade e critério, tem por outro lado,
paradoxalmente, a desvantagem de, dessa forma, contribuir para a diluição da
objectividade e representatividade “universal” da classificação, uma vez que esta assenta
essencialmente no critério pessoal e individual, em detrimento de em avaliações mais
objectivas e sistematizadas numa metodologia mais uniformizada.
De resto, na bibliografia internacional, os artigos encontrados sobre este tema, dão por
vezes algum enfoque sobre a necessidade de uniformizar e universalizar o mais possível
a metodologia de classificação de sondagens. Exemplo disso é a frase de Douglas A.
Williamson e C. Rodney Kuhn (1988): “If no collective system and method exists, so much
detail is usually recorded as to obscure the essential data needed for design."
E em rigor, não existe um manual ou algo equiparado, publicado por entidade
reconhecida, que verse exclusivamente sobre a classificação de sondagens, e explique e
exemplifique, em detalhe, a metodologia a seguir na classificação de sondagens, tanto
genericamente, como para diversos contextos geológico-geotécnicos. A existência de tal
publicação, permitiria aos técnicos uniformizar critérios e formas de trabalhar,
contribuindo seguramente para uma maior representatividade da classificação
macroscópica de sondagens geológico-geotécnicas, enquanto trabalho técnico.
Considera-se por isso justificável e recomendável, não só à luz dos resultados obtidos
neste trabalho, como tendo igualmente em consideração aquele que é o conhecimento
geral dos profissionais desta área, o desenvolvimento de esforços no sentido de
uniformizar a metodologia de classificação de sondagens, em que a subjectividade seja
reduzida quanto possível, e que, sobretudo, seja reajustado o modo de aplicação dos
vários parâmetros e critérios, no sentido de limitar as distintas abordagens possíveis, a
par de algumas recomendações sobre o que deverá ser considerado essencial, em
detrimento do que deverá ser considerado acessório, na descrição dos materiais
ocorrentes. Esta recomendação, resulta da convicção plena de que a valência técnica
dos profissionais desta área, é por demais adequada ao trabalho específico de que se
trata neste estudo, carecendo no entanto, do apoio resultante da uniformização de
metodologias de trabalho para a convergência de critérios.
Considerações finais e recomendações
168
Em suma, e apesar da validade e representatividade das classificações nunca estar em
causa, até pelo longo historial de aplicação com sucesso em casos práticos, considera-se
que existe uma margem significativa de melhoria, no sentido de promover a
representatividade da classificação de sondagens, enquanto trabalho técnico, criando
uma metodologia mais “uniformizada”, de forma a ser transversal a todos os técnicos, em
detrimento de cada um ter a sua “abordagem”, por muito completa e rigorosa que seja.
Sugestões para futuros desenvolvimentos
Tendo em consideração a representatividade dos resultados obtidos neste trabalho,
indissociáveis dos contextos geológico-geotécnicos de que derivam, seria interessante
estudar complementarmente a consistência das classificações de sondagens em
cenários distintos, cujas especificidades resultariam em problemáticas distintas em
termos de consistência de critérios de classificação. Estudos que englobassem por
exemplo:
3 Sondagens com a mesma litologia, mas com 3 diferentes estados de alteração W4/5, W3/4 e W2/1,
Sondagens com litologias diferentes como granito, calcário e basalto
Sondagens com rochas sedimentares como brechas, arenitos, siltitos, argilitos
Sondagens com reduzida recuperação (<30%)
Sondagens com elevada recuperação (>90%)
Sondagens à percussão ou a trado
Sondagens em rochas vulcânicas
Sondagens com comprimento >200 m
Limitações deste estudo
A abordagem proposta neste trabalho para a avaliação da consistência das classificações
de sondagens, permite uma visão sobre esta problemática, apesar de não ser imune a
algumas limitações, que se prendem com a subjectividade da correlação numérica de
alguns dados (sobretudo estratigrafia, litologia, cor e observações complementares). Em
oposição, parâmetros como a “percentagem de recuperação” e “RQD”, assentam na
representação directa do seu valor numérico, pelo que estão isentos de qualquer
subjectividade interpretativa.
Considerações finais e recomendações
169
Contudo, é de ter presente que muito do desenvolvimento deste trabalho, é interpretativo,
portanto assenta na interpretação do autor, e isso implica conviver neste estudo com
alguma subjectividade. No entanto, a larga maioria dos pressupostos do estudo,
nomeadamente as tabelas de correlação e os respectivos termos de valorização relativa,
foram desenvolvidos e optimizados até à sua versão final, depois da recepção da
totalidade das classificações, de forma a perseguir-se a melhor representatividade
possível dos resultados das classificações. Considera-se portanto que a informação
produzida é representava e objectiva quanto possível, podendo concluir-se que a
discrepância de critérios existe, e é devida aos factores indicados.
Comentário final
Tendo em consideração tudo o que foi atrás escrito, considera-se que deveriam as
entidades com responsabilidade e representatividade nacional (e internacional) nesta
área, envidar esforços no sentido de promover reajustes nalguns procedimentos e
critérios de classificação de sondagens, procurando redesenhar uma metodologia mais
objectiva, mais sistemática e por conseguinte mais representativa e “universal”, de modo
a que esta se traduza num maior apoio para os técnicos que classificam sondagens, e
numa maior consistência das classificações geológico-geotécnicas.
“… there is no substitute for geological knowledge; you either
acquire it before the engineering work starts or suffer the painful,
and often expensive, lesson of being taught it as work proceeds”
David George Price, 1932–1999
Bibliografia
171
9. Bibliografia
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Bibliografia
173
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(1977) – Commission on Standardization of Laboratory and Field Tests – International
Society for Rock Mechanics
Anexos
175
10. Anexos
- Classificações no layout original da sondagem S1
- Classificações no layout original da sondagem S2
- E-mail de convite formal aos técnicos que classificaram as duas sondagens
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Sondagem S1
Descrições e Espessuras:
0.00-1.90 m de profundidade:
Aterro: Silte arenoso, de tom amarelado, com cimento margoso, tornando-se numa areia siltosa,
micácea, com fragmentos areníticos, de tom amarelo com tonalidades acastanhadas,com a presença
de elementos estranhos (ex: restos de cerâmica).
1.90-3.45 m de profundidade:
Arenito fino a médio, micáceo, com cimento margoso, de tom acinzentado a amarelo-acinzentado, com
delgados níveis de matéria vegetal incarbonizada anegrada (arenito decomposto a muito alterado).
3.45-4.95 m de profundidade:
Marga argilosa, acinzentada, com componente arenosa e micácea, passando a partir dos 4.5 m de pro-
fundidade para argila margosa, cinzenta, micácea, com elevado teor em água (plástica).
4.95-6.00 m de profundidade:
Arenito fino a médio, micáceo, com cimento margoso, de tom acinzentado com tonalidades amareladas
(decomposto).
6.00-6.45 m de profundidade:
Areia média, de tom amarelado, com alguma/rara componente siltosa.
6.45-7.50 m de profundidade:
Arenito decomposto, de grão médio a fino, com cimento margoso, algo micáceo e de tom amarelado.
7.50-7.95 m de profundidade:
Areia argilosa, de tom amarelo-alaranjado, de grão médio a grosseiro (arenito decomposto).
7.95-9.00 m de profundidade:
Marga argilosa, cinzento-esverdeada, com laivos amarelados e avermelhados, por vezes com compo-
nente arenosa, micácea e com concreções de natureza carbonatada.
9.00-9.60 m de profundidade:
Argila margosa, de tom cinzento, com alguma componente arenosa, plástica (com um teor em água mais
elevado) e com a presença de matéria vegetal incarbonizada junto à base.
9.60-11.20 m de profundidade:
Arenito, médio a fino, micáceo, de tom amarelado a esbranquiçado com tonalidades acastanhadas, de
cimento carbonatado, com delgados veios de matéria vegetal incarbonizada.
11.20-13.50 m de profundidade:
Arenito fino, de cimento argilo-margoso, micáceo, de tom acinzentado, pontualmente decomposto,
com fraturas subhorizontais a oblíquas e por vezes com evidências de oxidação.
Profundidade total da sondagem - 13.50 m
Ensaios SPT realizados:
Profundidades Fases do ensaio Penet. total NSPT
1.50 - 1.90 m 15+31+29 40cm
3.00 - 3.45 m 6+4+4 45cm 8
4.50 - 4.95 m 5+3+4 45cm 7
6.00 - 6.45 m 6+7+7 45cm 14
7.50 - 7.95 m 15+14+14 45cm 28
9.00 - 9.45 m 3+7+12 45cm 19
12.00 - 12.10 m 60+0+0 10cm
Valores obtidos da Percentagem de Recuperação e RQD, Estados Alteração e de Fraturação:
cm cm % cm %
150 0,00 1,50 15 10 0 0
110 1,90 3,00 42 38 19,5 18 1,90 3,00 W4-3 1,90 3,00 F4-5
105 3,45 4,50 25 24 0 0 3,00 3,45 W5-4
105 4,95 6,00 6 6 0 0 4,95 6,00 W5
105 6,45 7,50 8 8 0 0
105 7,95 9,00 87 83 45 43 7,95 9,00 W5-4 7,95 9,00 F4-5
55 9,45 10,00 55 100 44,5 81 9,45 10,00 W5-3 9,45 10,00 F4-3
50 10,00 10,50 50 100 22 44 10,00 11,20 W3 10,00 11,20 F5-3
150 10,50 12,00 150 100 106 71 11,20 13,50 W3-5 11,20 13,50 F4-3
140 12,10 13,50 140 100 60 43
9,45 - 11,20 m - W3 ...... W5 vem de uma zona de topo muito alterada a decomposta a cerca dos 9.50 m de profundidade
11,20 - 13,50 m - W3-4 ..... W5 pontual
9,45 - 10,00 m - F4-3
10,00 - 11,20 m - F5-4, F3 pontualmente
11,20 - 13,50 m - F4-3 e F5 pontualmente
Estratigrafia: Idade Jurássica, possivelmente Kimeridgiano-Pteroceriano (J4)
Furadarec RQD
Prof.
60 (2ª e 3ª fases)
60 (1ª fase)
W Prof. F
Topo Base Descrição Estratigrafia
0,00 1,90 Areia de grão fino, siltosa, de tons acinzentados
1,90 2,20
Calcarenito de grão fino, de tons cremes com laivos de tons negros. Fracturas
com inclinação de 80 em relação ao eixo da sondagem, pouco onduladas,
rugosas, com preenchimento argiloso de tons acinzentados.
2,20 3,50 Areia de grão fino, siltosa, de tons acinzentados.
3,50 5,00 Argila siltosa de tons acinzentados.
5,00 8,10 Areia de grão médio, ligeiramente argilosa, de tons acastanhados.
8,10 9,50 Argila siltosa de tons esverdeados a acinzentados (margosa?).
9,50 11,20
Calcarenito de tons cremes com laivos acastanhados escuros, normalmente
próximo das fracturas (evidência de circulação de água). Fracturas
subhorizontais ou com inclinação de 80° em relação ao eixo da sondagem,
muito oxidadas, por vezes com óxidos negros, ligeiramente onduladas, rugosas.
11,20 13,50Argila margosa, muito rija, de tons acinzentados escuros, com fracturas
incipientes inclinadas 45° em relação ao eixo da sondagem (marga?).
Jurá
ssic
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uperior
Inicio (m) Fim (m) Diferença (m) Comprimento (m) % Rec.
0,00 1,50 1,50 0,10 7
1,50 3,00 1,50 0,44 29
3,00 4,50 1,50 0,25 17
4,50 6,00 1,50 0,10 7
6,00 7,50 1,50 0,10 7
7,50 9,00 1,50 0,90 60
9,00 10,50 1,50 1,17 78
10,50 12,00 1,50 1,50 100
12,00 13,50 1,50 1,50 100
Inicio (m) Fim (m) Diferença (m)Comprimento
superior a 0,1 m (m)% R.Q.D.
0,00 1,50 1,50 0,00 0
1,50 3,00 1,50 0,28 19
3,00 4,50 1,50 0,00 0
4,50 6,00 1,50 0,00 0
6,00 7,50 1,50 0,00 0
7,50 9,00 1,50 0,00 0
9,00 10,50 1,50 0,68 45
10,50 12,00 1,50 0,67 45
12,00 13,50 1,50 0,00 0
PERCENTAGEM DE RECUPERAÇÃO
R.Q.D.
Topo Base Alteração (W) Topo Base Fracturação (F)
1,90 2,20 4-3
9,50 9,90 3
9,90 10,30 5
10,30 11,20 4-3
Alteração Fracturação
Não aplicável em rochas
sedimentares
Profundidade 1ª Fase
(Pancada
Penetração
1ª Fase (cm)
2ª Fase
(Pancadas)
Penetração
2ª Fase (cm)
3ª Fase
(Pancadas)
Penetração
2ª Fase (cm)
1,5 15 15 31 15 29 10
3 6 15 4 15 4 15
4,5 5 15 3 15 4 15
6 6 15 7 15 7 15
7,5 15 15 14 15 14 15
9 3 15 7 15 12 15
12 60 10
Ensaios SPT
0.00
Areia fina siltosa acastanhada, com passagem de arenito compacto acinzentado entre os 2,6 e os 3,0m
4.00
Areia fina a média amarela-acastanhada com passagens argilosas
8.00
Argila cizenta esverdeada
9.60
Arenito de grão fino compacto, amarelado, de cimento carbonatado, pontualmente com passagens mais grosseiras
11.20
Marga acizentada ligeiramente arenitica
13.50
FIM
Fracturação RQD %rec Estratigrafia
9.60 9.60 0.00 Jurassico
F4/3 112cm 70% 10cm 7%
11.20 11.20 1.50
F4 38cm 25%
13.50 3.00
20cm 13%
4.50
10cm 7%
6.00
10cm 7%
7.50
88cm 59%
9.00
106cm 71%
10.50
142cm 95%
12.00
144cm 96%
13.50
0,00
10cm 0,0-1,5 7%
1.50 1,5-3,0 25%
38cm 3,0-4,5 13%
3.00 4,5-6,0 7%
20cm 6,0-7,5 7%
4.50 7,5-9,0 59%
10cm 9,0-9,6 17%
6.00 9,6-10,5 100%
10cm 10,5-12,0 95%
7.50 12,0-13,5 96%
88cm
9.00
10cm
9.60
90cm
10.50
142cm
12.00
144cm
13.50
Sondagem:
NSPT LU
0,00 1,50
Depósito
s
recente
s
7% - - - -Areia siltosa com cascalho dessiminado e raízes,
acastanhada
1,50 1,90 100% - - - - Areia silto-argilosa, acastanhada 60
1,90 3,00 36% 16% 3 W3 F3-4
Grés de grão fino, com estrutura estratif icada, com
matérias carbonosas, branco acizentado com
intercalações negras
3,00 3,45 100% - - - - Areia siltosa, solta, acastanhada 8
3,45 4,50 19% 0% - W4 F5
Argila margosa acastanhada, com transição para
marga gresosa acizentada aos 4,30m de
profundidade
4,50 4,95 100% - - - -Silte argiloso, castanho amarelado e cinzento
escuro7
4,95 6,00 5% - - - -Areia siltosa com calhaus dispersos de grés de
grão fino a médio
6,00 7,50 90% - - - -
Areia de grão médio a grosseiro, com matriz
parcialmente cimentada, desagregável, castanho-
amarelada
28
7,50 7,95 100% - - - -Areia de grão médio a grosseiro, com matriz
argilosa, baixa plasticidade, acizentada
7,95 9,00 81% - - - - Marga argilosa, cinzenta a castanho-avermelhada.
9,00 9,50 100% - - - - Argila siltosa, acizentada e acastanhada 19
9,50 10,00 80% 80%
10,00 10,50 100% 44%
10,50 11,35 100% 41%
11,35 12,00 100% 49% - W4 F4-5
Marga gresosa, acizentada e cinzento-amarelada.
Fracturas com ângulos entre 0º e 20º com o eixo
da sondagem, onduladas, rugosas, sem
preenchimento
12,00 13,50 100% - - - -Argila margosa, com grãos de cascalho f ino,
acizentada.60(10cm)
J3A
P -
Gré
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arg
as e
are
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15
Classificação de Sondagem
Obra: S1
PROF. DESCRIÇÃO GERAL DAS AM OSTRAS
Ensaios
Estratigrafia%
RecupRQD
Nº
Fractur
as
W3 F3-4
Calcarenito de grão fino a médio, castanho-
amarelado. Fracturas com ângulos entre 20º e 45º
com o eixo da sondagem, onduladas, rugosas, sem
W F
4,95-6,00: a Descrição passa a ser: " Areia siltosa com calhaus dispersos, de grão fino a médio, cinzento-acastanhada
6,00-6,45: Descrição: " areia de grão médio a grosseiro, acastanhada". Recuperação = 100%
6,45-7,50: Descrição: "Areia de grão médio a grosseiro, com matriz parcialmente cimentada, desagregável, castanho-amarelada". Recuperação = 5 %
7,50-7,95: Descrição mantem-se. Recuperação=100%; SPT=28
Sc1
Pro
fun
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Formação
NIV
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FR
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Aterro: material arenoso, granularidade fina, freável, de cor
cinzenta acastanhada
SPT: Areia de granularidade fina, litoclástica, siltosa, castanha esverdeada,
com fragmentos líticos e cerâmicos com dimensão < 2 cm.
Arenito, de grão fino, micáceo, de cimento carbonatado, com
bandado negro finamento estratificado (horizontal) de tons
esbranquiçados (topo) a acinzentados.
SPT: Areia fina, micácea, de tons castanhos claros, ligeiramente
consolidada, com nódulos siltosos cinzentos
Argilito cinzento esverdeado, com zonas mais alaranjadas
resultantes de fenómenos de oxidação, com ocorrências
carbonatadas (fósseis?)
SPT: Areia litoclástica, argilosa, de granularidade fina a média, de tons
alaranjados com componente siltosa.
Areia semi-consolidada, litoclástica, facilmente freável, de tons
alaranjados com fragmentos calcários (d<5cm)
SPT: Areia litoclástica, média a fina, alaranjada, húmida, com nódulos
argilosos cinzentos
DESCRIÇÃO LITOLÓGICA
Argilito cinza, rijo, finamente estratificado. Reaje fortemente ao
HCL (contém componente carbonatada).
Argilito micáceo com impregnações carbonatadas de tons cinzentos
SPT: argilito com ligeira componente arenosa fina
Topo: arenito, castanho amarelado, de cimento carbonatado,
de grão médio com fragmentos líticos (d<1cm), micáceo,
ferriginizado, com evidências de circulação de agua. Em
profundidade encontra-se menos alterado, com grão mais fino.
Na base (11,90m) encontra-se com núcleos argilosos
Arenito (topo) de grão médio, com fragmentos líticos, micáceo,
ferruginizado, com evidências de circulação de água, na base
o grão é mais fino
Topo - material argiloso com restos de fósseis (carbonatados)
passando a arenito micáceo de tons amarelados/esbranquiçados
com cimento carbonatado. Evidência de circulação de água.
SPT: Argila com nódulos silto-arenosos, de tons cinzentos com veios
avermelhados (óxidos)
Areia fina solta, litoclástica, de tons amarelados, com
fragmentos areníticos e elementos quartzosos (d<2cm)
15
CL
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15
3
SPT: Argila cinzenta muito plástica
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MD
6
5
F3
Sondagem
S1
PROJECTO DE CLASSIFICAÇÃO DE SONDAGENS - TESE DE MESTRADO DE PEDRO JORDÃO
CLIENTE: Observações: todas as cores são descritas tendo em conta a aparência seca
SPT
(N15)
SPT
(N30 - I)
SPT
(N30 - II)
GR
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5
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10
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21
25 II
100 45 II F3
100 38 II F3
100 73 II F3
100 40 II F3
Sondagem S1
Descrições e Espessuras:
0.00-1.90 m de profundidade:
Aterro: Areia fina siltosa, acastanhada, micácea, com componente margosa, com a
presença de elementos estranhos (ex: restos de cerâmica).
1.90-3.00 m de profundidade:
Arenito fino, margoso, cinzento claro a acastanhado, com estratificação fina, com
matéria vegetal incarbonizada anegrada e fortemente micáceo.
3.00-3.45 m de profundidade:
Areia fina, argilosa, castanha com laivos alaranjados, micácea.
3.45-6.00 m de profundidade:
Argila silto-margosa, cinzento-escura acastanhada, levemente micácea, com rara
matéria vegetal incarbonizada.
6.00-6.45 m de profundidade:
Areia média a fina, amarelada e castanha-clara, siltosa.
6.45-7.95 m de profundidade:
Areia média, alaranjada e amarelada com laivos acastanhados, algo argilosa, levemente
micácea, com oxidação.
7.95-9.50 m de profundidade:
Argila margosa, cinzenta com laivos esverdeados e alaranjados/avermelhados, plástica,
com concreções carbonatadas esbranquiçadas.
9.50-11.15 m de profundidade:
Arenito médio a fino, de cimento carbonatado, amarelado e esbranquiçado,com passagens
de areia grosseira, com fracturas sub-horizontais e raras oblíquas, com evidências
de dissolução e de oxidação.
11.15-13.50 m de profundidade:
Silte areno-margoso, cinzento, micáceo, com restos de matéria vegetal incarbonizada
negra.
Profundidade total da sondagem - 13.50 m
Ensaios SPT realizados:
Profundidades Penetração (cm)
1.50 - 1.90 m 15 + 15 + 10
3.00 - 3.45 m 15 + 15 + 15
4.50 - 4.95 m 15 + 15 + 15
6.00 - 6.45 m 15 + 15 + 15
7.50 - 7.95 m 15 + 15 + 15
9.00 - 9.45 m 15 + 15 + 15
12.00 - 12.10 m 10 + 0 + 0
6 + 7 + 7
15 + 14 + 14
3 + 7 + 12
60 + 0 + 0
Fases do ensaio
Nega (1ª fase)
NSPT
60
8
7
14
28
19
15 + 31 + 29
6 + 4 + 4
5 + 3 + 4
Valores obtidos da Percentagem de Recuperação e RQD, Estados Alteração e de Fraturação:
cm cm % cm %
150 0,00 1,50 11 7 0 0
110 1,90 3,00 39 35 18 16 1,90 3,00 W3-4 1,90 3,00 F4
105 3,45 4,50 20 19 0 0
105 4,95 6,00 4 4 0 0
105 6,45 7,50 5 5 0 0
105 7,95 9,00 84 80 0 0
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SPT
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I)
SPT
(N30 -
II)
GRAU ALTER.
35
12
R.Q.D.
RECUPERAÇÃO (%)
ATERRO JURÁSSICO SUPERIOR - J3AP - GRÉS, MARGAS E ARENITOS DA PRAIA DA AMOREIRA - PORTO NOVOESTRATIGRAFIA
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80
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95
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Sondagem De A Descrição
0 2,65 Silte ligeiramente arenoso de tom creme acinzentado
2,65 3
Arenito de grão fino de tom creme acinzentado.
Estratificação definida por finos leitos de cor negra
(matéria carbonosa), inclinada cerca de 5-10º
3 3,5
Arenito de grão fino/siltito arenoso, ligeiramente
micáceo, de tom creme acinzentado, por vezes com
zonas menos consolidadas.
3,5 5Argila ligeiramente silto-arenosa de tons acinzentados.
Zona com perda significativa de amostra
5 7
Areia de grão médio a fino de tons acastanhados,
ligeiramente alaranjados. Zona com perda significativa
de amostra
7 8,1
Areia argilosa de tons acastanhados, ligeiramente
alaranjados. Zona com perda significativa de amostra
8,1 9,5
Argila plástica de cor cinzento claro levemente
esverdeado
9,5 11,2
Arenito de grão médio de tom creme acastanhado.
Fractura (?) inclinada cerca de 70º em relação ao eixo
da sondagem, de bordos irregulares e rugosos
11,2 13,5
Argila/argilito ligeiramente micáceo de cor cinzento
claro, com zonas ligeiramente margosas. Fracturas,
quando identificáveis, inclinadas cerca de 30º em
relação ao eixo da sondagem, de bordos ligeiramente
irregulares e ligeiramente rugosos
2,65 3 F4
9,5 9,8 F3
9,8 10 F4-5
10 10,22 F5
10,22 10,7 F3
10,7 10,94 F4
10,94 11,2 F3
% recuperação
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1,5 3 0,25
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Recuperação
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RQD
(%)
0.00-1.50 Areia fina, siltosa, amarelada
com raízes (aterro?) -- -- -- -- --
1.50-1.90 Areia fina, siltosa, amarelada X -- -- -- --
1.90-3.00
Arenito de grão médio a fino,
amarelado, passando a arenito
fino siltoso micáceo, com
orientação (laminação) das
micas com 20 a 25º com o eixo
da sondagem.
-- -- -- 30 16
3.00-3.45 Areia média a fina, siltosa,
amarelada X -- -- -- --
3.45-4.50 Arenito fino, silto-argiloso,
cinzento -- -- -- 20 --
4.50-4.95 Arenito fino, silto-argiloso,
cinzento/ acastanhado X -- -- -- --
4.95-6.00 Arenito fino, siltoso, micáceo,
amarelado -- -- -- 0 --
6.00-6.45 Areia média, amarelada X -- -- -- --
6.45-7.50 Calcarenito de grão médio,
fossilífero (?), amarelado -- -- -- 5 --
7.50-7.95 Areia média, amarelada X -- -- -- --
7.95-9.55
Argila margosa,
cinzenta/esverdeada com laivos
avermelhados
-- -- -- 60 --
9.55-11.20
Arenito de grão médio,
amarelado, com intercalações de
grão grosseiro. Laminações
micáceas com inclinação de 20º
com o eixo da sondagem.
-- -- -- 100 64
11.20-12.00
Arenito fino siltoso, acinzentado
-- -- -- 100 --
12.00-12.10 X -- -- -- --
12.10-13.50 -- -- -- 100 --
S2
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Sondagem:
NSPT LU
0,00 1,50
Depósito
s
Recente
s
20% - - - - Calhaus de xisto castanho avermelhados
1,50 1,95 100% 0%Silte argiloso com calhaus de xisto - horizonte de
rocha xistente decomposta18
1,95 3,00 50% 0% W4-5 F5Xisto muito alterado e muito fracturado com
passagens argilosas, castanho avermelhado
3,00 3,45 100% 0% Xisto decomposto, castanho avermelhado 12
3,45 4,50 24% 0% W4-5 F5Xisto muito alterado e muito fracturado com
passagens argilosas, castanho avermelhado
4,50 4,61 100% 0% Xisto decomposto, castanho acizentado 60(11cm)
4,61 5,00 38% 0%
5,00 5,30 50% 0%
5,30 5,60 100% 0%
5,60 6,00 100% 0%
6,00 6,07 100% 0% 60(7cm)
6,07 6,10 100% 0%
6,10 6,50 100% 0%
6,50 7,50 75% 0%
7,50 7,59 100% 0% 60(9cm)
7,59 7,90 100% 0%
7,90 8,20 100% 0%
8,20 9,00 50% 0%
9,00 9,45 100% 0% 53
9,45 9,80 85% 0%
9,80 10,20 85% 0%
10,20 10,50 33% 0%
10,50 10,55 100% 0% 60(2cm)
10,55 10,70 100% 0%
10,70 11,00 100% 33%
11,00 11,50 100% 0%
11,50 12,00 40% 0%
12,00 12,04 100% 0% 60(4cm)
12,04 12,40 100% 0%
12,40 12,80 100% 0%
12,80 13,50 100% 43%
13,50 14,20 100% 45%
14,20 14,70 100% 30%
14,70 15,00 100% 30%
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RQD
Nº
Fractur
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Xisto alterado e muito fracturado. Parte facilmente
pelos planos de foliação, formando lascas.F5W4
Xisto acinzentado e castanho avermelhado,
intensamente fracturado e com clivagem intensa
pelos planos de foliação formando lascas, com
passagens argilif icadas entre as seguintes
profundidade: 6,00-6,07m; 7,50-7,59m; 9,00-9,20m.
Xisto cinzento escuro (carbonatado), pontualmente
injectado por vénulas de quartzo, com clivagem
intensa pelos planos de foliação formando lascas.
As superfícies resultantes da clivagem pela
foliação apresentam-se lisas e polidas.
Os planos da foliação fazem um ângulo de
aproximadamente 45º com o eixo da sondagem.
Ocorre uma passagem grauvacóide entre os 13,50
e os 14,50 m de profundidade.
W3-4 F4-5
W3-4 F4-5
Classificação de Sondagem
Obra: S2
PROF. DESCRIÇÃO GERAL DAS AM OSTRASW F
Ensaios
Estratigrafia%
Recup
Relativamente à cor refiro o seguinte:
1,50-1,95: Não tomei nota da cor. Não pretendo indicar
4,50-4,61: Está indicada a cor
4,61-5,30: Castanho acizentado
Relativamente ao RQD foi indicado, por lapso, o intervalo 10,50-14,70 e um RQD de 75%. Deverá ler-se "14,20-14,70", sendo o respectivo RQD de 30%. Peço desculpa pela gralha.
.
mC
mC
MC 62
100
MC 86
MC
C
MC
MC
SPT
(N15)
SPT
(N30 - I)
SPT
(N30 - II)
PROJECTO DE CLASSIFICAÇÃO DE SONDAGENS - TESE DE MESTRADO DE PEDRO JORDÃO
25
35
21
77
CLIENTE:
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17
18
19
12
13
14
15
11
9 (15) 6 (15) 12 (15)SPT: Fragmentos de natureza xisto-grauváquica, de tons acastanhados, com laivos amarelados e avermelhados, de dimensão < 3 cm.
7 (15) 9 (15) 7 (15)SPT: Fragmentos de natureza xisto-grauváquica, de tons acastanhados, com laivos amarelados e avermelhados de dimensão < 3 cm.
60 (10) - -SPT: Fragmentos de natureza xistenta, negros, muito fracturados e friáveis à mão, de dimensão < 3 cm.
60 (7) - -SPT: Fragmentos de natureza xistenta, negros, muito fracturados e friáveis à mão, de dimensão < 3 cm.
60 (9) - -SPT: Fragmentos de natureza xistenta, negros, de dimensão < 5 cm.
19 (15) 32 (15) 21 (15)SPT: Fragmentos l íticos de natureza quartzosa, de dimensão < 3 cm, em matriz argilo-siltosa acinzentada.
60 (4) - -SPT: Fragmentos de xisto negro silicioso.
Fim da Sondagem
Fragmentos rochosos de natureza grauváquica de tons castanhos com laivos amarelados e avermelhados.
Fragmentos rochosos de natureza grauváquica de tons castanhos com laivos amarelados e avermelhados.
Fragmentos rochosos de natureza grauváquica de tons castanhos com laivos amarelados e avermelhados.
Fragmentos rochosos de natureza grauváquica de tons castanhos e laivos amarelados e tons ferrugem (alteração) e natureza
Fragmentos rochosos de natureza xistenta, luzentes, de cor negra.
Fragmentos rochosos de natureza xistenta, luzentes, de cor negra.
Fragmentos rochosos de natureza xistenta, luzentes, de cor negra. Entre 9,80 m e 9,90 m são de dimensão < 2 cm e entre 10,20 m e 10,50 m são de dimensão < 6 cm.
Xisto negro silicioso.
Xisto negro silicioso (entre 14,90 m e 15,00 m presença de quartzo).
SPT: Fragmentos de xisto negro sil icioso. 60 (2) - -
5,30Fragmentos rochosos de natureza xistenta, luzentes, de cor negra.
5,60Fragmentos rochosos de natureza xistenta, luzentes, de cor negra.
6,50
7,50
7,90
8,20
Fragmentos rochosos de natureza xistenta, luzentes, de cor negra.
100
100
100
100
48
100
60
83
100
100
96
64
100
100
100
26
15
W3-2 F5
W3 F5
W3-2 F5
W1 F4-5
W1 F5
W1 F5
W1 F5
W1 F3-5
W1 F4-3
0.00
9.80
15.00
FIM %rec
0.00
38cm 25,3
Fracturação Alteração RQD 1.50
0.00 0.00 0.00 52cm 34,7
F5/4 W4/5 0cm 3.00
12.80 4.60 10.70 30cm 20,0
F4/5 W4 10cm 33,3 4.50
15.00 8.20 11.00 22cm 44,0
W4/5 5.00
10.60 12.80 26cm 86,7
W3 25cm 35,7 5.30
12.00 13.50 29cm 96,7
W2 30cm 42,9 5.60
15.00 14.20 40cm 100,0
10cm 20 6.00
14.70 35cm 70,0
6.50
75cm 75,0
Estratigrafia 7.50
Carbónico 40cm 100,0
7.90
30cm 100,0
8.20
15cm 18,8
9.00
25cm 31,3
9.80
20cm 50,0
10.20
10cm 33,3
10.50
10cm 50,0
10.70
30cm 100,0
11.00
30cm 60,0
11.50
25cm 50,0
12.00
40cm 100,0
12.40
40cm 100,0
12.80
70cm 100,0
13.50
70cm 100,0
14.20
80cm 100,0
15.00
Xisto acastanhado, muito fracturado e muito alterado, com preenchimento argiloso nas fracturas, por
vezes com passagens decompostas, tornando-se menos alterado para base. Xistosidade e
fracturação a 45º com o eixo da sondagem.
Xisto cizento escuro muito fracturado, com filonetes de quartzo. Xistosidade e fracturação a 45º com
o eixo da sondagem.
Sondagem S2Descrições e Espessuras:
0.00-1.50 m de profundidade:
Xisto, algo grauvacóide, de tonalidade acastanhada e acinzentada com laivos alaranjados, micáceo,
intensamente fraturado.
1.50-3.00 m de profundidade:
Xisto, algo grauvacóide, micáceo, muito alterado a decomposto, de tom castanho-alaranjado e acinzentado, com
passagens silto-argilosas e com fraturas subhorizontais.
3.00-4.50 m de profundidade:
Xisto decomposto, de tom castanho-acinzentado com laivos alaranjados, adquirindo um caráter silto-argiloso
com fragmentos líticos.
4.50-5.00 m de profundidade:
Xisto argiloso, medianamente a muito alterado, de tons acastanhado e acinzentado, com fraturação/xistosidade
subhorizontal e a 45º em relação ao eixo da sondagem e com oxidação anegrada nas fraturas.
5.00-5.30 m de profundidade:
Xisto argiloso, nuito alterado a decomposto, de tons acinzentado e acastanhado com laivos alaranjados,
com passagens silto-argilosas.
5.30-8.20 m de profundidade:
Xisto argiloso, de tom cinzento-acastanhado com laivos alaranjados e avermelhados, medianamente a muito alterado,
com oxidação anegrada e por vezes com preenchimentos nas imediações das fraturas de natureza silto-argilosa e
com tonalidades alaranjadas e acinzentadas. Fraturação/xistosidade a 45º e raras fraturas subverticais.
8.20-9.45 m de profundidade:
Xisto argiloso, de tom cinzento-acastanhado com laivos alaranjados e avermelhados, muito alterado a decomposto, c/
filonetes quartzosos brancos, adquirindo um caráter areno-argiloso cinzento-acastanhado com laivos alaranjados.
9.45-9.80 m de profundidade:
Xisto grauvacóide, de tom cinzento-acastanhado com laivos alaranjados, com passagens de grauvaque e a
presença abundante de filonetes e veios quartzosos esbranquiçados. Fraturas irregulares subhorizontais e
subverticais, com oxidação de tonalidade alaranjada.
9.80-10.20 m de profundidade:
Xisto grafitoso, de tom cinzento escuro a negro, medianamente alterado e muito fraturado.
10.20-10.50 m de profundidade:
Intercalação de xisto grauvacóide, de tom cinzento-acastanhado com laivos avermelhados, com veios de quartzo
esbranquiçado, pouco a medianamente alterado.
10.50-12.04 m de profundidade:
Xisto grafitoso, de tom cinzento escuro a negro, medianamente alterado, com a presença de sulfuretos (pirite?).
Fraturação/xistosidade predominante a 45º em relação ao eixo da sondagem.
12.04-15.00 m de profundidade:
Xisto grafitoso, de tom cinzento escuro a negro, medianamente a pouco alterado, com delgados veios irregulares
de quartzo esbranquiçado e com sulfuretos (pirite?). Predominância da xistosidade/fraturação a 45º em relação ao
eixo da sondagem.
Profundidade total da sondagem - 15.00 mEnsaios SPT realizados:
Profundidades Fases do ensaio Penetração (cm) NSPT
1.50 - 1.95 m 8 + 6 + 12 15 + 15 + 15 18
3.00 - 3.45 m 7 + 5 + 7 15 + 15 + 15 12
4.50 - 4.61 m 60 + 0 + 0 11 + 0 + 0 Nega (1ª fase)
6.00 - 6.07 m 60 + 0 + 0 7 + 0 + 0 Nega (1ª fase)
7.50 - 7.59 m 60 + 0 + 0 9 + 0 + 0 Nega (1ª fase)
9.00 - 9.45 m 19 + 32 + 21 15 + 15 + 15 53
10.50 - 10.52 m 60 + 0 + 0 2 + 0 + 0 Nega (1ª fase)
12.00 - 12.04 m 60 + 0 + 0 4 + 0 + 0 Nega (1ª fase)
Valores obtidos da Percentagem de Recuperação e RQD, Estados Alteração e de Fraturação:
cm cm % cm %
150 0,00 1,50 28 19 0 0 0,00 1,50 W4-3 0,00 1,50 F5
105 1,95 3,00 48 46 0 0 1,95 3,00 W4-5 1,95 3,00 F5-4
105 3,45 4,50 21 20 0 0 3,45 4,50 W5 3,45 4,50
39 4,61 5,00 15 38 0 0 4,61 5,00 W3-4 4,61 5,00
30 5,00 5,30 25 83 0 0 5,00 5,30 W4-5 5,00 5,30
30 5,30 5,60 28 93 0 0 5,30 5,60 5,30 5,60
40 5,60 6,00 40 100 0 0 5,60 6,00 5,60 6,00
43 6,07 6,50 27 63 0 0 6,07 6,50 6,07 6,50
100 6,50 7,50 60 60 0 0 6,50 7,50 6,50 7,50
31 7,59 7,90 31 100 0 0 7,59 7,90 7,59 7,90
30 7,90 8,20 26 87 0 0 7,90 8,20 7,90 8,20
80 8,20 9,00 18 23 0 0 8,20 9,00 W4-5 8,20 9,00
25 9,45 9,70 14 56 0 0 9,45 9,70 9,45 9,70
10 9,70 9,80 10 100 0 0 9,70 9,80 9,70 9,80
40 9,80 10,20 25 63 0 0 9,80 10,20 9,80 10,20
30 10,20 10,50 10 33 0 0 10,20 10,50 10,20 10,50
18 10,52 10,70 15 83 0 0 10,52 10,70 10,52 10,70
30 10,70 11,00 26 87 10 33 10,70 11,00 10,70 11,00
50 11,00 11,50 36 72 0 0 11,00 11,50 11,00 11,50
50 11,50 12,00 19 38 0 0 11,50 12,00 11,50 12,00
36 12,04 12,40 36 100 0 0 12,04 12,40 12,04 12,40
40 12,40 12,80 40 100 0 0 12,40 12,80 12,40 12,80
70 12,80 13,50 70 100 23 33 12,80 13,50 12,80 13,50 F5-4
70 13,50 14,20 51 73 22 31 13,50 14,20 13,50 14,20 F5-3
50 14,20 14,70 36 72 10 20 14,20 14,70 14,20 14,70
30 14,70 15,00 28 93 0 0 14,70 15,00 14,70 15,00
W Prof. FFuradaRecuperação RQD
Prof.
W2-4
F5
F5-4
W3-4
W3
F5
W3-4
W2-3
F4-5
Sondagem S2
Descrições e Espessuras:
0.00-1.50 m de profundidade:
Xisto com intercalação de grauvauqe, de tom cinzento com tonalidades avermelhadas e alaranjadas
devido à oxidação, medianamente a muito alterado.
1.50-3.00 m de profundidade:
Xisto com intercalação de grauvaque, micáceo, de tons cinzento-avermelhado e cinzento com tonalidades avermelhadas e alaranjadas,
muito alterado a decomposto, adquirindo um caráter silto-argiloso com fragmentos líticos.
3.00-6.10 m de profundidade:
Xisto argiloso, pontualmente com delgadas intercalações de grauvaque, com evidências de oxidação nas fraturas e superfícies de
xistosidade, medianamente a muito alterado, com passagens decompostas silto-argilosas, de tons acinzentado e
acastanhado com laivos alaranjados. Fraturação/xistosidade subhorizontal e a 45º em relação ao eixo da sondagem.
6.10-9.45 m de profundidade:
Xisto argiloso, de tom cinzento-acastanhado, pontualmente com delgadas intercalações de grauvaque, com evidências
de oxidação nas fraturas e superfícies de xistosidade, medianamente a muito alterado, apresentando por vezes passagens
decompostas intercaladas. Fraturação/xistosidade a 45º e raras fraturas subverticais.
9.45-9.80 m de profundidade:
Xisto argiloso, de tom cinzento com laivos amarelados e avermelhados, com intercalações de grauvaque,
fi lonetes e veios de quartzo e por vezes com oxidação nas fraturas e superfícies de xistosidade, medianamente a muito alterado.
9.80-10.70 m de profundidade:
Xisto argiloso, de tom cinzento escuro, com veios e fi lonetes de quartzo, em geral medianamente alterado.
10.70-14.20 m de profundidade:
Xisto argiloso, de tom cinzento escuro, com a intercalações de grauvaques e a presença de pirite, pouco a medianamente alterado.
Fraturas subhoriontais e oblíquas em relação ao eixo da sondagem.
14.20-15.00 m de profundidade:
Xisto argiloso, de tom cinzento escuro, com a intercalação de grauvaque, por vezes com veios de quartzo, pouco a medianamente alterado,
por vezes com passagens muito alteradas.
Profundidade total da sondagem - 15.00 m
Ensaios SPT realizados:
Profundidades Fases do ensaio Penet. total NSPT
1.50 - 1.95 m 45 cm 18
3.00 - 3.45 m 45 cm 12
4.50 - 4.61 m 11 cm 60 (1ª fase)
6.00 - 6.07 m 7 cm 60 (1ª fase)
7.50 - 7.59 m 9 cm 60 (1ª fase)
9.00 - 9.45 m 45 cm 53
10.50 - 10.52 m 2 cm 60 (1ª fase)
12.00 - 12.04 m 4 cm 60 (1ª fase)
Estratigrafia: carbónico
8 + 6 + 12
7 + 5 + 7
60 + 0 + 0
60 + 0 + 0
60 + 0 + 0
19 + 32 + 21
60 + 0 + 0
60 + 0 + 0
Valores obtidos da Percentagem de Recuperação e RQD, Estados Alteração e de Fraturação:
cm cm % cm %
150 0,00 1,50 40 27 0 0 0,00 1,50 W3-4 0,00 1,50 F5
105 1,95 3,00 56 53 0 0 1,95 3,00 W3-5 1,95 3,00
105 3,45 4,50 30 29 0 0 3,45 4,50 W4-5 3,45 4,50
39 4,61 5,00 25 64 0 0 4,61 5,00 W3-4 4,61 5,00
30 5,00 5,30 30 100 0 0 5,00 5,30 W4-5 5,00 5,30
30 5,30 5,60 30 100 0 0 5,30 5,60 5,30 5,60
40 5,60 6,00 40 100 0 0 5,60 6,00 5,60 6,00
3 6,07 6,10 3 100 0 0 6,07 6,10 6,07 6,10
40 6,10 6,50 28 70 0 0 6,10 6,50 6,10 6,50
100 6,50 7,50 76 76 0 0 6,50 7,50 6,50 7,50
31 7,59 7,90 31 100 0 0 7,59 7,90 7,59 7,90
30 7,90 8,20 30 100 0 0 7,90 8,20 7,90 8,20
80 8,20 9,00 36 45 0 0 8,20 9,00 W3-5 8,20 9,00
25 9,45 9,70 21 84 0 0 9,45 9,70 9,45 9,70
10 9,70 9,80 10 100 0 0 9,70 9,80 9,70 9,80
40 9,80 10,20 40 100 0 0 9,80 10,20 9,80 10,20
30 10,20 10,50 15 50 0 0 10,20 10,50 W3 10,20 10,50
18 10,52 10,70 18 100 0 0 10,52 10,70 10,52 10,70
30 10,70 11,00 30 100 11 37 10,70 11,00 10,70 11,00 F5-4
50 11,00 11,50 48 96 0 0 11,00 11,50 11,00 11,50
50 11,50 12,00 33 66 0 0 11,50 12,00 11,50 12,00
36 12,04 12,40 36 100 0 0 12,04 12,40 12,04 12,40
40 12,40 12,80 40 100 0 0 12,40 12,80 12,40 12,80
70 12,80 13,50 70 100 24 34 12,80 13,50 12,80 13,50 F4-5
70 13,50 14,20 70 100 22 31 13,50 14,20 13,50 14,20 F5-3
50 14,20 14,70 50 100 10 20 14,20 14,70 14,20 14,70
30 14,70 15,00 30 100 0 0 14,70 15,00 14,70 15,00
W Prof. FFuradarec RQD
Prof.
W2-4
F5
F5-4
F5-4
W3-4
W3-4
F5
W2-3
Topo Base Descrição Estratigrafia
0,00 0,50Coluvião (?) constituído por fragmentos de xisto envoltos por silte-argiloso de
tons acastanhados.Actual
0,50 5,30
Xisto de tons acastanhados com laivos rosados, muito fracturado, com
intercalaçãoes decimétricas de xisto decomposto, recuperado como argila de
tons acastanhados claros. Xistosidade com inclinação de 50° em relação ao
eixo da sondagem, coincidente com a maioria das fracturas. Fracturas muito
oxidadas pontualmente com preenchimento argiloso.
5,30 10,00
Xisto medianamente alterado, de tons acinzentados a acastanhados claros.
Xistosidade com inclinação de 50° em relação ao eixo da sondagem,
coincidente com a maioria das fracturas. Fracturas muito oxidadas
pontualmente com preenchimento argiloso. Passagem de quartzo entre 9,0 m e
9,8 m. Fim da zona de alteração superficial (zona oxidada).
10,00 15,00
Xisto grauvacóide de tons acinzentados escuros a negros. Superfícies de
xistosidade lisas e pouco onduladas com inlcinação de 60° em relação ao eixo
da sondagem. Fracturas subverticais ligeiramente onduladas, lisas. Nos últimos
0,3 m presença de argila de falha (?).
Carb
ónic
o I
nfe
rior
Inicio (m) Fim (m) Diferença (m) Comprimento (m) % Rec.
0,00 1,50 1,50 0,38 25
1,50 3,00 1,50 0,52 35
3,00 4,50 1,50 0,30 20
4,50 5,00 0,50 0,25 50
5,00 5,30 0,30 0,30 100
5,30 5,60 0,30 0,30 100
5,60 6,00 0,40 0,40 100
6,00 6,50 0,50 0,38 76
6,50 7,50 1,00 0,80 80
7,50 7,90 0,40 0,40 100
7,90 8,20 0,30 0,30 100
8,20 9,00 0,80 0,38 48
9,00 9,20 0,20 0,20 100
9,20 9,80 0,60 0,40 67
9,80 10,50 0,70 0,40 57
10,50 10,70 0,20 0,18 90
10,70 11,00 0,30 0,20 67
11,00 11,50 0,50 0,37 74
11,50 12,00 0,50 0,32 64
12,00 12,40 0,40 0,40 100
12,40 12,80 0,40 0,40 100
12,80 13,50 0,70 0,70 100
13,50 14,20 0,70 0,70 100
14,20 14,70 0,50 0,50 100
14,70 15,00 0,30 0,30 100
Inicio (m) Fim (m) Diferença (m)Comprimento
superior a 0,1 m (m)% R.Q.D.
12,80 13,50 0,70 0,10 14
13,50 14,20 0,70 0,20 29
14,20 14,70 0,50 0,10 20
PERCENTAGEM DE RECUPERAÇÃO
R.Q.D.
Topo Base Alteração (W) Topo Base Fracturação (F)
0,50 5,30 4-3 0,50 10,80 5
5,30 10,55 3 10,80 15,00 4-5
10,55 15,00 2-1
Alteração Fracturação
Profundidade 1ª Fase
(Pancada
Penetração
1ª Fase (cm)
2ª Fase
(Pancadas)
Penetração
2ª Fase (cm)
3ª Fase
(Pancadas)
Penetração
2ª Fase (cm)
1,5 5 15 6 15 12 15
3 7 15 5 15 7 15
4,5 60 11
6 60 7
7,5 60 9
9 19 15 32 15 21 15
10,5 60 2
12 60 4
Ensaios SPT
Sc2
Profundidade
(m) Descrição/ litologia Estratigrafia Profundidade (m) W F início (m) fim (m) Recup (m) %recup RQD (m) %RQD
0,0-4,5Cascalho de xisto envolto numa matriz silto-argilosa, cinzento
e amarelado: Depósito/Aterro (?)Moderno
0 1,5 0,35 23,3 0,0
4,5-8,3
Xisto argiloso, grauvacóide, muito alterado e fracturado
fundamentalmente pela xistosidade. Xistosidade oblíqua.
Fracturas lisas com película ferruginosa.*
4,5-8,3 w3 f5 1,95 3 0,5 47,6 0,0
8,3-9,45Silte argiloso, micáceo, com fragmentos de xisto, cinznto: xisto
esmagado e decomposto.
8,3-9,45 w5 3,45 4,5 0,45 42,9 0,0
9,45-12,04
Xisto argiloso, grauvacóide, cinzento a cinzento escuro, com
filonetes de quartzo leitoso. Ocorrem passagens
centim+etricas esmagadas e brecheficadas. 9,45-12,04 w4-3 f5 4,61 5 0,19 48,7 0,0
12,04-15
Grauvaque cinzento, com laminações de xisto argiloso
cinzento escuro. Fracturas sinxistosas predominantes,
oblíquas, lisas e com escasso preenchimento. Ocorrem
mineralizações de sulfuretos disseminadas no folheto xistoso.12,04-15 w2 f5-4 5 5,3 0,3 100,0 0,0
Fim da
sondagem 5,3 5,6 0,25 83,3 0,0
*A cor é acinzentado e cinzento escuro 5,6 6 0,4 100,0 0,0
6,07 6,5 0,3 69,8 0,0
6,5 7,5 0,7 70,0 0,0
Observações:Orientações das descontinuidades, relativas ao eixo da
sondagem.
7,59 7,9 0,3 96,8 0
7,9 8,2 0,3 100,0 0
8,2 9 0,2 25,0 0,0
9,45 9,8 0,35 100,0 0,0
9,8 10,5 0,45 64,3 0,0
10,55 10,7 0,15 100,0 0,0
10,7 11 0,3 100,0 0,12 40,0
11 11,5 0,45 90,0 0,0
11,5 12 0,3 60,0 0,0
12,04 12,8 0,75 98,7 0,0
12,8 14,2 1,35 96,4 0,48 34,3
14,2 15 0,8 100,0 0,12 15,0
Manobra
Carbónico -
HMI
Sondagem De A Descrição
0 1,2 Depósito de cobertura não recuperado
1,2 5,3Xisto decomposto a muito alterado de tons acastanhados, com frequentes
zonas argil isadas
5,3 8,35
Xisto de tons acastanhados. Estratificação inclinada cerca de 20º em
relação ao eixo da sondagem, muito apertada, provocando
desplacamento. Fracturas coincidentes com a estratificação, de bordos
planos, l isos e frequentemente oxidados, com presença de minerais de
tons alaranjados. Localmente observam-se fracturas pouco extensas
subparalelas ao eixo da sondagem, de bordos irregulares e rugosos.
8,35 10,6
Zona muito alterada com presença de argila de tons acinzentados,
fragmentos de xisto e quartzo. (zona de falha?). Zona com perda
significativa de amostra
10,6 15
Xisto de cor cinzento escuro a negro, com níveis intercalados de espessura
decimétrica de tons mais claros correspondentes a zonas l igeiramente
mais grosseiras (metassiltitos). Estratificação inclinada cerca de 40-50º
em relação ao eixo da sondagem, muito próxima, provocandp
desplacamento. Fracturas coincidentes com a xistosidade. Presença de
quartzo de cor branca nos ultimos 10cm da sondagem.
1,2 5,3 W5-45,3 8,35 W3
8,35 10,6 W5-410,6 15 W1
5,3 8,35 F510,6 12,8 F512,8 13,1 F413,1 13,6 F513,6 13,8 F413,8 15 F3
% recuperação0 1,5 0,23
1,5 3 0,303 4,5 0,18
4,5 5 0,605 5,3 1,00
5,3 5,6 1,005,6 6 0,92
6 6,5 0,806,5 7,5 0,677,5 7,9 1,007,9 8,2 1,008,2 9 0,40
9 9,2 0,909,2 9,8 0,509,8 10,2 1,00
10,2 10,5 0,5010,5 10,7 0,8510,7 11 1,00
11 11,5 0,6011,5 12 0,60
12 12,4 0,9512,4 12,8 1,0012,8 13,5 1,0013,5 14,2 1,0014,2 14,7 0,9214,7 15 1,00
RQD
0 1,51,5 3
3 4,54,5 5
5 5,35,3 5,65,6 6
6 6,56,5 7,57,5 7,97,9 8,28,2 9
9 9,29,2 9,89,8 10,2
10,2 10,510,5 10,710,7 11
11 11,511,5 12
12 12,412,4 12,812,8 13,5 0,4313,5 14,2 0,2914,2 14,714,7 15
Estratigrafia
0 1,2 Actual1,2 15 Carbónico
Fracturação
Alteração
2
Estr
itgr
afia
Alt
era
ção
Frac
tura
ção
REC
(%
)R
QD
(%
)
0.0
4.5
W4-
50.
012
.0F5
01,
523
,30
4.5
9.8
W4
12.0
15.0
F4-5
1,5
333
,30
9.8
10.5
W4-
33
4,5
18,0
0
10.5
12W
34,
55
46,0
0
1215
W3-
25
5,3
100,
00
5,3
5,6
100,
00
5,6
610
0,0
0
66,
580
,00
6,5
7,5
75,0
0
7,50
7,90
100,
00
7,90
8,20
100,
00
8,20
9,00
25,0
0
9,00
9,20
75,0
0
9,20
9,80
41,7
0
9,80
10,5
042
,90
10,5
010
,70
100,
050
10,7
011
,00
100,
00
11,0
011
,50
100,
00
11,5
012
,00
50,0
0
12,0
012
,40
100,
00
12,4
012
,80
100,
00
12,8
013
,50
100,
051
,4
13,5
014
,20
100,
057
,1
14,2
015
,00
100,
022
,5
15,0
0
Pro
fun
did
ade
Pro
fun
did
ade
Pro
fun
did
ade
Lito
logi
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tura
sed
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no
inte
rio
r d
os
pla
no
s d
e xi
sto
sid
ad
e.
HMI - Formação de Mira (Grupo do Flysch do Baixo
Alentejo) - Carbónico
0.00
4.61
9,80
4.61
9.80
% R
EC%
RQ
DW
F
01,
523
00
5,6
W4-
50
12,8
F5
1,5
333
05,
68
W4-
312
,815
F4-5
34,
518
08
8,8
W4
4,5
540
08,
89,
1W
5
55,
310
00
9,1
11W
4-5
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SPT
Xisto negro com fracturas paralelas à xistosidade, 30º em relação
ao eixo da carote100 0 II
idem 65 0 III-II
idem, fracturação generalizada em diferentes direcções
(fracturação mecânica?)95 0 III-II F5
Xisto negro com fracturas paralelas à xistosidade, 40º em relação
ao eixo da carote100 0 II F4
idem e fragmentos quartzosos 80 0 III F5
SPT: fragmentos de xisto negro
Fragmentos de xisto negro com veios de quartzo (alguma fracturação e
moagem mecânica)60 0 III
Fragmentos líticos de dimensões variadas de natureza xistenta (negra)
e quartzosos. Fraqueza estrutural por contacto litológico.80 0 III F5
SPT: Fragmentos líticos de natureza quartzosa, de dimensão < 3 cm, em matriz
argilo-siltosa acinzentada. 19 32 21 MC
idem com restícios de veios quartzosos (fragmentos soltos) 50 0 III-IV F5
II F4
100 0 II F4
SPT: idem
idem
idem
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II F4
75 0 II F4
idem
idem
idem
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idem 86 0 II
SPT: Fragmentos nat xistenta, negros, muito fracturados e friáveis à mão, dim<3cm60 (11) MC
F4
Xisto sericítico ferruginizado com fracturas paralelas à xistosidade de tons
esverdeados avermelhados (óxidos de ferro), obliquas ao eixo da carote (55º) 100 0 III F4
F5
idem, mas mais alterado, com intercalações grauvacóides 100 0 V
Fragmentos rochosos de natureza xisto-grauváquica de tons
castanhos amarelados, com óxidos de ferro, micáceo. O xisto
possui sericite.Fracturas paralelas à xistosidade.
9 6 12SPT: Fragmentos de natureza xisto-grauváquica, de tons acastanhados, com
laivos amarelados e avermelhados, de dimensão < 3 cm.
Fragmentos rochosos de natureza xisto-grauváquica de tons
castanhos amarelados, com óxidos de ferro, micáceo. O xisto
possui sericite. Fracturas paralelas à xistosidade
SPT: Fragmentos de natureza xisto-grauváquica, de tons acastanhados, com
laivos amarelados e avermelhados de dimensão < 3 cm.
Fragmentos rochosos de natureza xisto-grauváquica de tons
castanhos amarelados, com óxidos de ferro, micáceo. O xisto
possui sericite. Fracturas mecânicas.
7 15 7
Xisto sericítico ferruginizado com fracturas paralelas à xistosidade de tons
esverdeados avermelhados (óxidos de ferro), obliquas ao eixo da carote (55º)
CL
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Sondagem
S2PROJECTO DE CLASSIFICAÇÃO DE SONDAGENS - TESE DE MESTRADO DE PEDRO JORDÃO
CLIENTE:
SPT
(N15)
SPT
(N30 - I)
SPT
(N30 - II)
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de
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Fractura
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Xisto argiloso, amarelado/acastanhado, com
intercalações argilosas
-- W4-5 F5 30
1.50-3.00 -- -- -- 50
3.00-4.61 -- -- -- 30
4.61-5.00
Xisto argiloso, castanho/acinzentado.
Inclinação máxima 45º com o eixo da sondagem
--
W4 F5
50
5.00-5.30 -- 100
5.30-6.00 -- 100
6.00-6.50 -- 100
6.50-8.20 -- 75
8.20-9.00 -- 30
9.00-9.45 -- 25
9.45-9.80 Idem, com veios de quartzo -- -- -- 50
9.80-
10.20
Xisto argiloso, cinzento a negro, carbonoso,
finamente laminado.
Com eventuais veios de quartzo.
Inclinação de 45º com o eixo da sondagem
W3 F4-5 40
10.20-
10.70 --
10.70-
15.00
Xisto argiloso, cinzento a negro, carbonoso,
finamente laminado.
Com veios de quartzo na base.
Inclinação de 45º com o eixo da sondagem
-- W1-2 F2-3 100 50 a 75
Pedro Jordão
De: Pedro Jordão <[email protected]>
Enviado: segunda-feira, 26 de Março de 2012 01:23
Para: Pedro Jordão
Assunto: Colaboração dos Colegas Geotécnicos na Tese de Mestrado
Caros Colegas, Antes de mais, agradeço a Vossa disponibilidade para participar neste trabalho, que se enquadra na minha Tese de Mestrado, a apresentar à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e cujo Orientador é o Professor Fernando Marques, da mesma Instituição. Tentarei abaixo sistematizar e formalizar aquilo que Vos transmiti telefonicamente, relativamente à Vossa inestimável colaboração neste trabalho, sem prejuízo de estar totalmente disponível para esclarecer telefonicamente qualquer dúvida que surja durante todo este “processo”. Conforme já Vos transmiti telefonicamente, a Tese versa genericamente sobre a consistência da classificação de sondagens geotécnicas. Proponho me portanto estudar a consistência de classificações de sondagens realizadas por diferentes técnicos, e, entre estas e uma classificação de referência, realizada por 3 técnicos de créditos reconhecidos na área, pertencentes a Instituições públicas de referência. Em suma: -estudar a consistência entre si de classificações de sondagens realizadas por diferentes técnicos; -estudar a consistência entre as classificações dos técnicos e a “classificação de referência”. Para o efeito, os dados resultantes das classificações (litologia, estratigrafia, alteração, fracturação, RQD, %rec, etc) serão convertidos para a forma numérica (os que não o são) através de tabelas de correlação, de forma a serem processados graficamente e por este meio passarem a ter leitura directa relativa à sua consistência, nas várias classificações. Os Colegas que tiverem interesse em saber mais pormenores, ou simplesmente trocar impressões sobre a metodologia proposta para levar a cabo este estudo, não hesitem em contactar me, pois o Vosso interesse e feedback é bem vindo. Em termos práticos, tratam-se de 2 sondagens (uma de solo e uma de rocha) a serem classificadas por 16 Colegas (nos quais eu me incluo), oriundos de diversas empresas nacionais do sector. Conforme Vos transmiti telefonicamente, um dos pressupostos de base deste estudo é o de que as classificações sejam realizadas individualmente e de forma anónima i.e. com origem não rastreável.
Com esse objectivo, estabelece-se o seguinte procedimento: 1. Classificação de sondagens entre 26MAR e 20ABR, função da disponibilidade de cada Colega 2. Passagem das 2 classificações realizadas para 2 ficheiros Excel distintos (1 ficheiro para cada sondagem de
forma a que as 2 classificações não possam ser associadas a um mesmo Técnico) 3. Cada Técnico deverá criar 2 contas distintas de e-mail da seguinte família [email protected] em que X é
um número de 1 a 99 escolhido por cada Técnico (por exemplo: [email protected]; [email protected]; [email protected], etc)
4. Após todos os Técnicos terem realizado as classificações, eu solicitarei o envio das mesmas, de forma a receber todos os 30 mailes no mesmo dia (o objectivo é que o dia em que é realizada a classificação não seja correlacionável com o dia em que é enviado o mail)
5. Pela mesma razão, a data de criação dos ficheiros Excel com a classificação, também deverá corresponder grosso modo, ao dia de envio, de forma a não ser correlacionável com o dia em que é realizada a classificação
6. Caso me surja alguma dúvida relativamente a uma dada classificação, contactarei o respectivo autor através do email “mtpnjX” (será o único que me ligará ao autor!), pelo que agradeço que após o envio das classificações, os Colegas verifiquem a caixa de correio, se possível, de 3 em 3 dias, até eu enviar confirmação de que a classificação foi processada com sucesso, altura em que a Vossa preciosa colaboração neste trabalho, cessará.
7. A identidade dos Colegas e respectivas Empresas que participam neste trabalho será confidencial até ao fim do estudo, altura em que os mesmos, salvo indicação Vossa em contrário, serão referenciados no “capítulo dos agradecimentos”. Portanto, caso os Colegas ou as respectivas Empresas, ou ambos, pretendam total e permanente confidencialidade, agradeço que o indiquem, de forma a nunca serem mencionados em parte alguma deste trabalho.
Informo ainda que as duas sondagens, de 13 e 15m, se encontram no Estaleiro da Tecnasol na Rua das Fontaínhas 58 (Amadora), e que já estão disponíveis para classificação, de acordo com a Vossa disponibilidade, bastando para o efeito avisarem me com ligeira antecedência, do dia em que pretendem fazer a classificação. Abaixo encontram-se as coordenadas das sondagens de forma a que, através da Carta Geológica, obtenham informação relativa ao contexto geológico e litologias expectáveis, e indicar a estratigrafia..
Sondagem M P Cota Obs
S1 -105558.2 -53449.7 48,1 Solos
S2 -30913.7 -239443.8 52,6 Rocha
Por fim, agradeço ainda que a percentagem de recuperação seja calculada por Vós, apesar de habitualmente ser indicada nas partes diárias de furação, uma vez que este é um dos itens em estudo. Estou naturalmente ao Vosso dispor para qualquer esclarecimento ou informação adicional e fico a aguardar indicação do dia em que pretendem efectuar a classificação. Cumprimentos. Pedro Jordão 966474702
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