UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CINCIAS RURAIS
PROGRAMA DE PS- GRADUAO DE ESPECIALIZAO EM EDUCAO AMBIENTAL
CONSCINCIA AMBIENTAL ENTRE PROFESSORES E ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL
BSICA DR.PAULO DEVANIER LAUDA
MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAO
Jeferson de Souza Cavalheiro
Santa Maria, RS, Brasil
2008
CONSCINCIA AMBIENTAL ENTRE PROFESSORES E ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL BSICA DR.PAULO
DEVANIER LAUDA
POR
Jeferson Souza Cavalheiro
Monografia apresentada ao Programa de Ps-Graduao em Educao Ambiental - Especializao, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM- RS), como
requisito parcial para obteno do grau de Especialista em Educao Ambiental.
Orientador: DR.Jorge Orlando Noguera Cuellar
Santa Maria, RS, Brasil
2008
Universidade Federal de Santa Maria Centro de Cincias Rurais
Curso de Especializao em Educao Ambiental
A comisso Examinadora, abaixo assinada, aprova a Monografia de Especializao
CONSCINCIA AMBIENTAL ENTRE PROFESSORES E ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL BSICA DR. PAULO DEVANIER LAUDA
Elaborada por Jeferson de Souza Cavalheiro
Como requisito parcial para a obteno do grau de Especialista em Educao Ambiental
COMISSO EXAMINADORA:
Jorge Orlando Noguera Cuellar, Doutor (Presidente/Orientador)
Djalma Dias da Silveira, Doutor (UFSM)
Elisete Medianeira Tomazetti, Doutora (UFSM)
Santa Maria, 23 de janeiro de 2008
AGRADECIMENTOS
Ao Professor Dr. Jorge Orlando Noguera Cuellar pela sua dedicao e
disponibilidade ao orientar esta monografia.
Aos familiares pelo apoio.
Aos amigos Claudete da Cruz e Claudia Batesttin que durante o curso de
especializao trocamos idias e conhecimentos que ampliaram nossos horizontes.
RESUMO
Monografia de Especializao Programa de Ps- Graduao em Especializao em Educao Ambiental
Universidade Federal de Santa Maria
CONSCINCIA AMBIENTAL ENTRE PROFESSORES E ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL BSICA DR. PAULO DEVANIER LAUDA
AUTOR: JEFERSON DE SOUZA CAVALHEIRO
ORIENTADOR: JORGE ORLANDO NOGUERA CUELLAR Data e Local da Defesa: Santa Maria, 23 de janeiro de 2008.
A sociedade nos dias atuais exige um cidado consciente, participativo e
responsvel na sua maneira de viver, uma vez que seu modo de vida irresponsvel e o consumo desenfreado tem causado a insustentabilidade do planeta. Diante disso posto a educao como um instrumento de formao deste cidado. Para isto fundamental uma educao ambiental crtica e transformadora. Entendemos que a educao uma forma de transformao social e no apenas um instrumento de defesa ambiental e da cidadania. Sendo assim, a conscincia ecolgica est conectada conservao do ambiente, gerando novos princpios, valores e conceitos para uma nova racionalidade, propiciando um conhecimento prudente, questionando e problematizando os paradigmas cientficos com base no que foi constituda a civilizao moderna. Com efeito, possvel compreender a Educao Ambiental como um processo de construo de valores sociais, de conhecimentos e atitudes voltadas para a conservao do ambiente pela coletividade no decorrer da historia. O presente trabalho aborda como se desenvolveu a pesquisa na Escola Estadual Bsica Dr. Paulo Devanier Lauda, cuja finalidade foi verificar a existncia de aes de Educao Ambiental no Projeto Poltico Pedaggico da escola. Constatou-se que a Educao Ambiental no est inserida no currculo da escola, e os professores da escola no possuem formao pedaggica capaz de realizar trabalhos de forma interdisciplinar.Os alunos so carentes de conhecimentos relativos a questo ambiental, porm esto receptivos a metodologias diferentes, e esto abertos a discutir assuntos da atualidade em relao Educao Ambiental. Palavras-Chave: Educao, Meio Ambiente, Conscincia ecolgica, cidado.
ABSTRACT
Monografia de Especializao Programa de Ps- Graduao em Especializao em Educao Ambiental
Universidade Federal de Santa Maria
ENVIRONMENTAL AWARENESS BETWEEN TEACHERS AND STUDENTS OF BASIC ESTADUAL DR. PAULO DEVANIER LAUDA
AUTHOR: JEFERSON DE SOUZA CAVALHEIRO
Advisor: JORGE ORLANDO NOGUERA CUELLAR Date and Local of Defense: Santa Maria, 23 de January of 2008.
The society nowadays requires a conscious citizen, participatory and responsible in their way of life, because their way of life irresponsible and unbridled consumption has caused the unsustainability of the planet. Given this is to put education as a training tool of this citizen. For this is a Key and critical environmental education sector. We believe that education is a form of social transformation, not just an instrument for environmental protection and citizenship. Thus, the ecological awareness is connected to the conservation of the environment, creating new principles, values and concepts for a new rationality, providing a knowledge cautious, questioning and problematized the scientific paradigms based on what was set to modern civilization. Indeed, it is possible to understand the Environmental Education as a process of building social values, knowledge and attitudes directed to the conservation of the environment by the community in the course of history. This paper discusses how the research was developed at the School State Basic Dr. Paulo Devanier Lauda, whose purpose was to verify the existence of shares in Environmental Education Project Political Pedagogical the school. It was that the Environmental Education is not included in the curriculum of the school, and teachers of the school do not have educational training capable of performing work on a interdisciplinar.Os students are deprived of knowledge on the environmental issue, but are receptive to different methodologies, and are open to discuss issues of the present in relation to Environmental Education. Keywords: Education, Environment, ecological awareness, citizen
LISTA DE GRFICOS
Grfico 1: Problemas considerados como ambientais ............................... 34
Grfico 2: Definio do meio ambiente ...................................................... 38
Grfico 3 - Acesso aos materiais didticos das questes ambientais ....... 40
Grfico 4 - Opinio referente aos problemas ambientais ........................... 41
Grfico 5 - Assuntos de Educao Ambiental de interesse dos alunos ..... 42
Grfico 6 - gua potvel ............................................................................. 43
Grfico 7 - Preferncias de temas ambientais ........................................... 44
Grfico 8 - Sensibilidade ambiental ............................................................ 46
Grfico 9 - Exposio ao sol ............................................................... 47
Grfico 10 - Cuidados com o lixo ............................................................... 47
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Extino dos animais ........................................................................ 35 Quadro 2 Percepo Ambiental ....................................................................... 36 Quadro 3 Biodiversidade ................................................................................. 36 Quadro 4- Relao com a natureza .................................................................... 37 Quadro 5 Definio de Meio Ambiente ............................................................. 37 Quadro 6 - Opinio sobre os problemas ambientais ........................................ 39 Quadro 7 Opinio referente aos problemas ambientais expostos pela mdia ........................................................................................................... 40 Quadro 8- Assuntos de Educao Ambiental de interesse dos alunos .......... 41 Quadro 9 gua potvel .................................................................................... 42 Quadro 10 Preferncias de temas ambientais ................................................ 43 Quadro 11 Percepo Ambiental ...................................................................... 45
SUMRIO
INTRODUO .............................................................................................. 9 1. FUNDAMENTAO TERICA................................................................. 11 1.1 Educao Ambiental Formal .................................................................... 11
1.2 Parmetros Curriculares Nacionais ......................................................... 17
1.3 Conceitos, Classificao, Gerenciamento e Valorizao dos Resduos
Slidos no Contexto da Educao Ambiental ................................................. 20
1.3.1 Conceitos ............................................................................................... 21
1.3.2 Classificao .......................................................................................... 23
1.3.3 A Educao Ambiental na Gesto dos Resduos Slidos ...................... 26
2 METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA ...................... 29 3 ANLISE E INTERPRETAO DE DADOS .............................................. 41 3.1anlise Questionrios Professores............................................................... 32
3.2 Anlise Questionrios Alunos...................................................................... 39 4 CONCLUSES ............................................................................................ 48 4.1 Sugestes para Novos Trabalhos ........................................................... 49 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................................................. 50 ANEXOS ............................................................................................................ 53
INTRODUO
A presente pesquisa foi realizada na Escola Dr. Paulo Devanier Lauda,
situada na cidade de Santa Maria/RS, no Bairro Passo da Ferreira, na Cohab
Tancredo Neves.
A escola foi criada pelo decreto estadual nmero 34.404 de 16 de julho de
1992, caracterizada como Centro Integral de Educao Popular (CIEP) sendo
autorizado seu funcionamento pelo parecer nmero 326/93 do Conselho Estadual de
Educao de 25 de janeiro de 1993. O Centro Integral de Educao Popular foi
inaugurado a partir dos CIEPs do Rio de Janeiro, a qual priorizou a educao da
populao de baixa renda. Foi um tipo de escola que visou congregar os alunos da
regio em torno de uma proposta pedaggica de turno integral. Com lazer,
recreao, atendimento social, mdico e psicolgico. O CIEP ficou ativo at o ano de
1995, de acordo com os parmetros citados, a partir desse mesmo ano deixou de
ser um centro integrado passando a ser uma escola convencional e com uma
proposta pedaggica diferente da inicial.
Pela portaria nmero 1.432 de 3 de fevereiro de 1994, a escola passou a
denominar-se Escola Bsica de 1 Grau Dr.Paulo Devanier Lauda CIEP em
homenagem ao mdico santa-mariense Dr. Paulo Devanier Lauda. Atualmente a
escola composta de 1696 alunos, distribudos na Pr-escola,Sries Iniciais, Sries
Finais e Ensino Mdio
A fim de diagnosticar a ocorrncia de trabalhos relacionados Educao
Ambiental, foi realizada pesquisa no Projeto Poltico Pedaggico da escola. E a
partir da apontou-se caminhos para o desenvolvimento da mesma.
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A finalidade do Projeto Poltico Pedaggico na escola de estruturar a
organizao do trabalho escolar, visando atingir objetivos educacionais pr-
definidos. Da a importncia que o Projeto Poltico Pedaggico tenha aes de
educao ambiental para que os problemas ambientais sejam compreendidos. A
no abordagem destes temas faz com que os mesmos no sejam compreendidos e
analisados de forma critica, por professores e alunos. O professor por falta de
interesse, informaes e tempo, entre outras variveis e os alunos por no serem
bem dirigidos, no do valor a os problemas ambientais.
Considerando que os alunos do Ensino Fundamental tm uma grande
receptividade a discutir temticas, nesse sentido foi realizada a pesquisa para
investigar a conscincia ambiental da comunidade escolar e se no projeto Poltico
Pedaggico est inserida a temtica ambiental.
Diante disto, o problema da pesquisa foi verificar se os problemas ambientais
so abordados no currculo escolar e/ou se esto inseridos no Projeto Poltico
Pedaggico da escola.
O presente trabalho est composto de quatro captulos, no primeiro captulo
foi feito a fundamentao terica, introduo do tema e dos objetivos do presente
trabalho; no captulo 2 apresenta a metodologia da pesquisa; no captulo 3, aborda a anlise e interpretao de dados; no captulo 4, apresenta concluses, sugestes
para novos trabalhos e as referncias bibliogrficas.
1 - FUNDAMENTAO TERICA
1.1 Educao Ambiental Formal
A Educao Ambiental, comumente, tem se apresentado como um conjunto
de tcnicas para resolver problemas ambientais, partindo de enfoques ecolgicos,
cientficos e tecnolgicos, e tambm tem salientado o contexto scio-histrico no
qual se geram e desenvolvem as problemticas que procura resolver, visto que um
povo que no possui memria histrica est condenado a repeti-la constantemente.
Desde o incio, a Educao Ambiental est sujeita a diversas tendncias,
tantas so as vises que tm coexistido sobre a relao sociedade natureza. Com
esta perspectiva podemos identificar duas correntes a conservacionista e a
transformadora.
A corrente Conservacionista, a educao fixa sua funo social na
necessidade de gerar uma conscincia ambiental para a proteo das espcies em
perigo de extino e daqueles recursos no renovveis, para evitar seu
esgotamento, baseada num conhecimento fechado e objetivo, a partir de uma
perspectiva biologicista e simplista da realidade ambiental.
Historicamente, a luta conservacionista no um fenmeno recente. Artistas,
naturalistas e amantes da natureza iniciaram movimentos de defesa dos ambientes
naturais, assim como pela maior valorizao da vida campestre - interpretada como
uma reao deteriorao da vida urbana nas reas industrializadas, e do ndio.
Como frutos iniciais desse movimento houve a criao dos primeiros parques
nacionais e sociedades protetoras da vida selvagem.
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De acordo com Sauv (2005, p.19)
Esta corrente agrupa as proposies centradas na conservao dos recursos, tanto no que concerne sua qualidade quanto sua quantidade: a gua, o solo, a energia, as plantas (principalmente as plantas comestveis e medicinais) e os animais (pelos recursos que pode ser obtidos deles), o patrimnio gentico, o patrimnio construdo, etc. Quando se fala de conservao da natureza, como da biodiversidade, trata-se sobretudo de uma natureza-recurso.
Essa corrente trata a natureza como um mero recurso a ser administrado pelo
homem, e preocupa-se com a administrao dos recursos naturais.
E ainda conforme Sauv (ibid)
Os programas de educao ambiental centrados nos trs R j clssicos, os da Reduo, da Reutilizao e da Reciclagem, ou aqueles centrados em preocupaes de gesto ambiental (gesto da gua, gesto do lixo, gesto da energia, por exemplo) se associam corrente conservacionista-recursista. Geralmente d-se nfase ao desenvolvimento de habilidades de gesto ambiental e ao ecocivismo. Encontram-se aqui imperativos de ao: comportamentos individuais e projetos coletivos. Recentemente, a educao para o consumo alm de uma perspectiva econmica, integrou mais explicitamente uma preocupao ambiental da conservao de recursos, associada a uma preocupao da equidade social.
Esse discurso ecolgico posto pela corrente conservacionista semelhante
idia colonialismo europeu, mas ao invs de apropriar territrios, a uma tentativa de
apropriao dos bens naturais. Tal corrente no oferece uma viso crtica ao
educando em relao aos problemas ambientais ocasionados pelo homem no atual
sistema scio-econmico vigente.
Dessa forma, a Corrente conservacionista no contribui para uma anlise
mais profunda dos problemas ambientais, pois esta discute apenas problemas de
conservao e no faz a discusso dos problemas sociais, polticos, econmicos e
do prprio sistema econmico vigente que responsvel pela destruio do meio
ambiente. Ou seja uma corrente que no eleva o pensamento crtico do aluno e
no faz com que ocorra a emancipao.
J a corrente transformadora considera a educao como uma prxis
social, que contribui para o processo de construo de uma sociedade pautada por
novos patamares civilizacionais e societrios distintos dos atuais, na qual a
13
sustentabilidade da vida, a atuao poltica consciente e a construo de uma tica
que se afirme como ecolgica sejam seu cerne.
Conforme Quintas (2000 p.15)
o fazer educativo ambiental que se realiza de modo coerente com a tradio terica crtica e emancipatria, implica a compreenso de que, em seu processo de concretizao, alguns princpios se tornam indispensveis como: o entendimento de que a educao instrumento mediador de interesses e conflitos, entre atores sociais que agem no ambiente,usam e se apropriam dos recursos naturais de modo diferenciado,em condies materiais desiguais e em contextos culturais, simblicos e ideolgicos especficos;a percepo de que os problemas compreendidos como ambientais so mediados pelas dimenses naturais,econmicas, polticas, simblicas e ideolgicas que ocorrem em dado contexto histrico e que determinam a apreenso cognitiva de tais problemas.
Na Educao Formal importante que a Educao Ambiental transformadora
seja trabalhada, pelo fato de que a perspectiva crtica e histrica implica perceber as
relaes existentes entre educao, sociedade, trabalho e natureza, em um
processo global de aprendizagem permanente em todas as esferas da vida, com
implicaes societrias.
A Educao Ambiental transformadora utiliza-se do princpio de incerteza
racional (MORIN, 2002, p.26), ou seja de uma racionalidade que estabelece o
dilogo entre a idia e o real objetivo, sendo terica, prtica, crtica a realidade e ao
seu prprio movimento que parte dessa mesma realidade. De uma racionalidade
aberta que nega a racionalizao fechada do mundo por desconsiderar tudo aquilo
que no cabe em seu modelo hermtico e objetivo. De uma racionalidade ambiental
que produz um conhecimento dinmico, metodologicamente construdo por meio de
permanentes interrogaes sobre o mundo, a sociedade, a espcie e o prprio
conhecimento.
Na Educao Ambiental crtica, o conhecimento, para ser pertinente no
deriva de saberes desunidos e compartimentalizados, mas da apreenso da
realidade a partir de algumas categorias conceituais indissociveis aos
procedimentos pedaggicos. (MORIN, 2002, p.45). De acordo com as afirmaes de
Morin para desenvolver uma Educao Ambiental Emancipatria necessrio
entender o contexto, o global, o multidimensional e o complexo.
A Educao Ambiental transformadora parte da compreenso de que o
quadro da crise em que vivemos no permite solues compatibilistas entre
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ambientalismo e capitalismo ou alternativas moralistas que deslocam o
comportamental do histrico cultural e do modo como a sociedade est estruturada
Buscando o respaldo na legislao, de que a educao um direito de todos
e dever da Famlia e do Estado, o art. 205 da Constituio Federal de 1988 informa
que a educao ser promovida e incentivada com a colaborao da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exerccio da
cidadania e sua qualificao para o trabalho. Acrescenta o inciso VI1 ao pargrafo
1 do art. 225, o qual impe ao Poder Pblico e a toda a coletividade a promoo
imprescindvel da Educao Ambiental nos diversos nveis de ensino, aliada a
conscientizao da sociedade sobre a necessria preservao ambiental.
Entende-se por Educao Ambiental os processos por meio dos quais o
indivduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,habilidades,
atitudes e competncias voltadas para a conservao do meio ambiente, bem de
uso comum do povo, essencial a sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.(lei
9.795,de 27 de abril de 1999, Captulo I.Art.I.).
A Constituio Federal estabeleceu o ensino da Educao Ambiental nas
modalidades de ensino na Educao Bsica, Mdia e Superior, na educao formal,
pois atravs desta ser um caminho para a conscientizao e sensibilizao
ambiental e tambm pelo fato de abranger um grande pblico que atuaro como
multiplicadores.
A educao uma forma de transformao social e no apenas um
instrumento de defesa ambiental e da cidadania. Sendo assim a conscincia
ecolgica est conectada a utilizao sustentvel dos recursos naturais, gerando
novos princpios, valores e conceitos para uma nova racionalidade, questionando e
problematizando os paradigmas cientficos com base no que foi constituda a
civilizao moderna. Assim, possvel compreender a Educao Ambiental como
um processo de construo de valores sociais, de conhecimentos e atitudes voltadas
para alternativas sustentveis de desenvolvimento, por todos os indivduos e pela
coletividade no decorrer da histria.
Leff (2001), sustenta a tese de que a nova racionalidade social, entendida
como racionalidade ambiental precisa ser construda sob uma nova tica entre a
existncia humana e a transformao social voltada a uma reorientao do
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progresso cientfico e tecnolgico. Um novo saber cientfico e tecnolgico deve surgir
em virtude da crise planetria e civilizatria, exigindo a construo do conhecimento
por meio da Educao Ambiental, onde prticas produtivas e atividades polticas
intervenham na prxis educativa das relaes entre o homem e a natureza.
Os problemas scio-ambientais, econmicos e culturais emergentes na
sociedade contempornea, especialmente no Brasil, acentuam-se com o aumento e
concentrao da populao nas reas urbanas sem infra-estrutura adequada, bem
como, a diversidade de setores econmicos e tecnolgicos sendo implantados ao
mesmo tempo, que potencializam danos ambientais.
A formao de educadores e formadores de opinio atravs da Educao
Ambiental, facilita a construo do conhecimento e saber ambiental, levando a todos
os setores informaes, tecnologias e prticas sustentveis que possam agir de
forma interdisciplinar e integrada entre todos os setores e atores da sociedade. Isso
porque a Educao Ambiental contempla a dimenso ambiental, mas tambm
estimula a construo de uma nova tica e comprometimento do cidado com seu
espao de vida.
A Educao Ambiental vista por Leff (1999, p. 128) como ferramenta
terico-metodolgica de uma nova racionalidade, centrada numa perspectiva de
sustentabilidade, pois a educao ambiental adquire um sentido estratgico na
conduo do processo de transio para uma sociedade sustentvel.
consenso entre os atores sociais que as diversas cincias no se
comunicam, no interagem e permanecem isoladas em seus cls. Umas no sabem
das prticas das outras de forma que nem imaginam o quanto podem trocar e se
complementarem. Ressalva-se a efetivao do dilogo interdisciplinar que possibilite
a realizao de pesquisas e prticas voltadas Educao Ambiental.
De acordo com Costa (2004, p.221):
A Educao Ambiental trata-se do processo de aprendizagem e comunicao de problemas relacionados interao dos homens com seu ambiente natural. o instrumento de formao de uma conscincia por meio do conhecimento e da reflexo sobre a realidade ambiental.
16
Nesta perspectiva o Educador ambiental, deve ter por finalidade desenvolver
atividades de Educao Ambiental, como um processo permanente e no de forma
isolada. Assim como, os problemas a serem discutidos devem ser abordados
interagindo o homem com o meio ambiente. Pois, sendo o homem parte do
ambiente, tambm responsvel pelos problemas ambientais.
Reigota (1994) considera a Educao Ambiental acima de tudo como uma
educao poltica, que prepara o cidado para a autogesto e para a reivindicao
de justia social e de tica nas relaes humanas e com a natureza.O primeiro
passo segundo o autor, o conhecimento das concepes de meio ambiente das
pessoas envolvidas no processo.
Capra (1982,1996) proporciona uma reflexo profunda sobre a crise
multidimensional que est causando progressiva degradao mundial, analisando-a
como fruto de uma crise constituda historicamente, baseando-se numa viso de
mundo fragmentada, em que os seres vivos so considerados como mquinas e a
sociedade se v em uma luta competitiva pela existncia com a crena em um
progresso material ilimitado. Esta crise est levando a humanidade a uma condio
fundamental para a sua sobrevivncia; a necessidade de uma transformao radical
em suas percepes, pensamentos, valores e comportamentos, fundamentada na
viso holstica, sistmica e multidisciplinar. O envolvimento das pessoas na
concretizao desta mudana de paradigmas s pode ocorrer atravs de um
processo de educao efetivo e coerente com esta viso.
A Educao Ambiental uma forma abrangente de educao que se prope
a todos os cidados, inserindo a varivel meio ambiente em suas dimenses fsica,
qumica, biolgica, econmica, poltica e cultural em todas as disciplinas e em todos
os veculos de transmisso de conhecimento.
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1.2 Parmetros Curriculares Nacionais
Os Parmetros curriculares Nacionais constituem um referencial de qualidade
para a educao. Sua funo orientar e garantir a coerncia dos investimentos no
sistema educacional, socializando discusses, pesquisas e recomendaes,
subsidiando a participao de tcnicos e professores.
Por sua natureza aberta, configuram uma proposta flexvel, a ser concretizada
nas decises regionais e locais sobre currculos e sobre programas de
transformaes da realidade educacional empreendidos pelas autoridades
governamentais, pelas escolas e pelos professores. No configuram, um modelo
curricular homogneo e impositivo que se sobreporia competncia poltico-
executiva dos Estados e municpios, diversidade scio-cultural das diferentes
regies do pas ou a autonomia de professores e equipes pedaggicas.
O conjunto de proposies aqui expressa responde necessidade de
referenciais a partir dos quais o sistema educacional do pas se organize, a fim de
garantir que, respeitadas as diversidades culturais, regionais, tnicas, religiosas e
polticas que atravessam uma sociedade mltipla e estratificada e complexa, a
educao possa atuar, decisivamente no processo de construo da cidadania,
tendo como meta o ideal de uma crescente igualdade de direitos entre os cidados,
baseados nos princpios democrticos.
Entretanto, se esses Parmetros Curriculares Nacionais podem funcionar
como elemento catalisador de aes na busca de uma melhoria da qualidade da
educao brasileira, de modo algum pretendem resolver todos os problemas que
afetam a qualidade do ensino e da aprendizagem no pas. A busca de qualidade
impe a necessidade de investimentos em diferentes frentes, como a formao
inicial e continuada de professores.
Em 2000, foi aprovados os novos Parmetros Curriculares Nacionais PCNs,
e a Nova lei de Diretrizes e Bases da Educao propiciam uma reorganizao dos
tempos escolares, dos ciclos da escolarizao e das formas de avaliao dos
contedos trabalhados. Colocam no centro do processo educativo a formao da
cidadania, o que vem ao encontro das modernas concepes da educao, que
redefinem a funo social da escola na construo da cidadania, incluindo a
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Educao Ambiental como tema a ser includo transversalmente em todas as
disciplinas.
Os PCNs destacam que:
(...) a principal funo do trabalho com o tema Meio Ambiente contribuir para a formao de cidados conscientes, aptos para decidirem e atuarem na realidade scio-ambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade local e global. Para isso, necessrio que, mais do que informaes e conceitos, a escola se proponha a trabalhar com atitudes, formao de valores, com o ensino e a aprendizagem de habilidades e de procedimentos.E esses um grande desafio para a educao.
Os temas transversais referem-se s questes contemporneas de relevante
interesse social que atingem, por exemplo a sua complexidade, a vrias reas do
conhecimento. Exigem a realizao de um planejamento coletivo e interdisciplinar e
a identificao dos eixos centrais do processo de ensino-aprendizagem.
Para Busquets (2000, p.13):
... os contedos curriculares tradicionais formam um eixo longitudinal do sistema educacional e, em torno dessas reas de conhecimento, devem circular, ou perpassar, transversalmente esses temas, mais vinculados ao cotidiano da sociedade. Assim, nessa concepo, se mantm as disciplinas que estamos chamando de tradicionais do currculo (como a Matemtica, as Cincias e a Lngua), mas os seus contedos devem ser impregnados com os temas transversais.
A proposta de transversalidade coloca um novo desafio para os professores,
dando espao para a criatividade e a inovao, possibilitando a busca de novos
caminhos para o fazer pedaggico. No s pretende tratar de forma integrada temas
de relevncia social, como tambm exige a implementao participativa e ativa dos
professores e alunos. Reconhece como ponto de partida do processo de ensino-
aprendizagem os conhecimentos prvios dos alunos, seus interesses e motivaes e
o estgio do desenvolvimento cognitivo-afetivo em que se encontram, bem como a
exigncia permanente da contextualizao das situaes educativas e a
imprescindvel busca da relao teoria-prtica.
Conforme Medina (1996, p.20)
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A Educao Ambiental, como tema transversal, possibilita a opo por diferentes situaes desejadas, balizadas por valores como responsabilidade, cooperao, solidariedade e respeito pela vida, integrando os contedos disciplinares e os temas transversais. Coloca-se dentro de uma concepo de construo interdisciplinar do conhecimento, visa a consolidao da cidadania a partir de contedos vinculados ao cotidiano e aos interesses da maioria da populao.
Os temas transversais dos Parmetros Curriculares Nacionais devem ser
trabalhados de maneira interdisciplinar englobando temas como a, Sade,
Pluralidade cultural, Orientao sexual, poltica, cultura da populao local,
percepo ambiental. Estes temas expressam conceitos e valores fundamentais
democracia e cidadania e correspondem a questes importantes e urgentes para a
sociedade brasileira de hoje, presentes sob vrias formas na vida cotidiana. So
amplos o bastante para traduzir preocupaes de todo Pas, so questes em
debate na sociedade atravs dos quais, o dissenso, o confronto de opinies se
coloca.
A principal funo do trabalho com o tema meio ambiente nos temas
transversais contribuir para a formao de cidados conscientes, aptos para
decidirem e atuarem na realidade scio-ambiental de um modo comprometido com a
vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, local e global. Para isso
necessrio que, mais do que informaes e conceitos, a escola se proponha a
trabalhar com atitudes, com formao de valores, com o ensino e a aprendizagem
de habilidades e procedimentos. E esse um grande desafio para a educao.
Comportamentos ambientalmente corretos sero aprendidos na prtica do dia-a-
dia: gestos de solidariedade, hbitos de higiene pessoal e dos diversos ambientes,
participao em pequenas negociaes podem ser exemplos disso.
20
1.3 Conceitos, Classificao Gerenciamento e Valorizao dos Resduos Slidos no Contexto da Educao Ambiental
A m utilizao dos recursos sempre foi uma das principais preocupaes
da cincia e do homem. A corrida mercadolgica sempre subjugou a utilizao
sustentvel e racional dos recursos naturais. Nesse sentido para garantir o uso
racional e sustentvel dos recursos naturais est diretamente associado a uma
conscincia ecolgica, o que em muitos casos tem sido obtida com xito a partir da
educao ambiental.
Nessa perspectiva uma iniciativa necessria desmistificar alguns
conceitos, entre os principais, distinguir os tipos de resduos slidos. A viso de
recurso, dos resduos slidos, vem sendo tratada com bastante seriedade por
pesquisadores.
Outra questo que parece pertinente, a conscincia com relao a
produo residual trazida de casa, e as dificuldades de trabalhar essa conscincia
em sala de aula. Essa herana cultural acaba por refletir nas relaes de sala de
aula, e inclusive no comportamento dos alunos, que muitas vezes estabelecem suas
relaes sociais com as colegas atravs de uma disseminao desordenada dos
resduos slidos. Freqentemente observa-se em brincadeiras atravs de objetos e
materiais vistos inicialmente como inteis, e que acabam se espalhando de forma
rpida e desordenada.
Disseminar uma conscincia, que proporcione uma viso mais ampla do
que representam essas atitudes em termos de educao ambiental, fundamental
na perspectiva de reverter concepo de utilidade e valor dos resduos slidos. Da
a importncia da educao ambiental no processo educativo a fim de conscientizar e
sensibilizar a respeito da utilizao dos resduos slidos, propiciando assim
alteraes nas normas de convivncia da escola, contribuindo para a construo de
uma concepo mais ecolgica com relao a separao, acondicionamento, coleta,
remoo e destino final dos resduos slidos produzidos no ambiente escolar.
21
1.3.1 Conceitos
A ABNT 10004, no item 3 (definies) define assim os resduos slidos:
resduos nos estados slido e semi-slido, que resultam de atividades da
comunidade de origem: industrial, domstica, hospitalar, comercial, agrcola, de
servios e de varrio. Ficam includos nesta definio os lodos provenientes de
sistemas de tratamento de gua, aqueles gerados em equipamentos e instalaes
de controle de poluio bem como determinados lquidos cujas particularidades
tornem invivel o seu lanamento na rede pblica de esgotos ou corpos de gua que
exijam para isso solues tcnicas economicamente inviveis em face da melhor
tecnologia disponvel.
Considera-se resduos slidos aqueles provenientes de :
I atividades industriais, urbanas (domstica e de limpeza urbana),
comerciais, de servio de sade, rurais, de prestao de servios e de extrao de
minerais;
II sistemas de tratamento de guas e resduos lquidos, cuja operao gere
resduos semilquidos ou pastosos, enquadrveis como resduos slidos, a critrio
da Fepam;
III outros equipamentos e instalaes de controle de poluio."
A Agenda 21, Brasileira captulo 21, item 21.3, define: Os resduos slidos,
para os efeitos do presente captulo, compreendem todos os restos domsticos e
resduos no perigosos, tais como os resduos comerciais e institucionais, os
resduos slidos da rua e os entulhos de construo.
Vieira (1999) analisou que o uso inadequado, pelo homem, dos recursos
naturais e energticos e a nova ordem ambiental e econmica que est se
estabelecendo no mundo moderno, tem feito com que o homem repense sua relao
com o ambiente. Nesse contexto, atravs das exigncias cada vez maiores da
sociedade, dos pases desenvolvidos, de organizaes governamentais e no
governamentais, fazem com que novas estratgias de desenvolvimento econmico e
social sejam compatibilizadas atravs da preservao ambiental e da melhoria da
qualidade de vida.
22
Gomes (1994) comentou que atualmente em nvel mundial, o tema
relacionado localizao final dos resduos slidos gerados nas cidades deve ser
cobrado da populao em geral e dos responsveis administrativos e operacionais
dos servios de limpeza urbana, devido aos problemas de contaminao ambiental e
sade pblica que podem ocasionar.
Segundo a Agenda 21, o problema dos resduos slidos atualmente
verificado atravs de uma viso ampla, o que no reduz o desafio a ser enfrentado
na estruturao do setor. Nos domiclios 73% possuem coleta de lixo, muitos desses
operam de maneira irregular e incompleta, 11 milhes de domiclios no dispem de
qualquer tipo de coleta.
Segundo Frasson (2001) as palavras resduos e lixo so usadas como
sinnimos, sendo que a primeira tem sido mais utilizado. O termo resduo slido est
relacionado a tudo que resulta das atividades do ser humano e que no tem ou
deixou de ter utilidade. Os componentes mais usados pelo homem dos resduos
slidos so classificados de diversas maneiras como: domstico, institucional,
comercial, industrial, varrio, demolio ou construo.
O mesmo autor estabelece uma interconexo entre o tipo, a composio e as
fontes de origem dos resduos, sendo esta a base do trabalho efetuado na busca de
soluo para este crescente problema. Um dos problemas a falta de reas
adequadas para aterro sanitrio, as falhas nas impermeabilizaes do solo que
possam garantir a qualidade das guas subterrneas nas proximidades de aterros e
o medo de emisses cancergenas a partir de incineradores, queimando
componentes dos lixos residenciais e industriais, tem conduzido lideranas polticas
e tcnicas concluso de que o resduo slido deve ser tratado como um recurso,
isto , recuperado economicamente.
Conforme Carson (1996), o conceito de lixo inclui sobras, refugo e detritos,
slidos e lquidos de atividades industriais, comerciais, mineradoras, agrcolas e
comunitrias, e exclui material slido ou dissolvido presente no esgoto domstico.
A Agenda 21 trata os resduos slidos, como todos os restos domsticos e
resduos no perigosos, tais como os resduos comerciais e institucionais, os
resduos slidos da rua e os entulhos de construo.
23
Os resduos slidos urbanos so mais comumente denominados de lixo.Essa
palavra deriva do termo latim lix, que significa cinza.No dicionrio, est definida
como sendo aquilo que se varre da casa e, em geral, tudo o que no presta e se
joga fora, cisco, imundcie.Lixo na linguagem tcnica, sinnimo de resduos slidos
e representado por diferentes materiais descartados pela atividade humana
(Rodrigues e Calvinatto,1997).
1.3.2 Classificao
Segundo a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), refere-se aos
resduos em quatro normas, para classific-los:
NBR 10004 Classificao
NBR 10005 Procedimentos
NBR 10006 Procedimentos
NBR 10007 Amostragem
Classes de Resduos
Resduos Classes I Perigosos
Resduos Classe II -No inertes ou banais
Resduos Classe III Inertes
Listagem
Listagem 1 - Resduos perigosos de fontes no especficas;
Listagem 2 Resduos perigosos de fontes especficas;
Listagem 3 Constituintes perigosos;
Listagem 4 Substncias que conferem periculosidades aos resduos;
24
Listagem 5 Substncias agudamente e txicas;
Listagem 6 Substncias txicas;
Listagem 7 Concentrao limite mximo no extrato obtido no teste de
lixiviao;
Listagem 8 Padres para o teste de solubilizao;
Listagem 9 Concentraes mximas de poluentes na massa bruta de
resduos utilizados pelo Ministrio do Meio Ambiente da Frana para a classificao
dos resduos;
Listagem 10 Concentrao mnima de poluentes para caracterizar o resduo
como perigoso.
Resduos classe I Perigosos
a caracterstica apresentada por um resduo que, em funo de suas
propriedades fsico-qumicas, ou infecto-contagiosas, pode apresentar:
Risco sade pblica, provocando ou acentuando, de forma significativa,
um aumento de mortalidade ou incidncia de doenas, e/ou;
Riscos ao meio ambiente, quando o resduo manuseado ou destinado de
forma inadequada. (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - Cetesb,
1992)
As Listagens 1 e 2 do uma relao de resduos reconhecidamente
perigosos.
Os resduos perigosos so classificados em funo de suas caractersticas de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. Apresentam
ou podem apresentar risco sade ou ao meio ambiente quando manuseados ou
dispostos em forma inadequada.
De acordo com a Cetesb (1992) So ainda classificados como perigosos os
resduos de restos de embalagens contaminados com substncias da Listagem 5 e
os resduos de derramamento ou produtos fora de especificao de qualquer
substncia das Listagens 5 e 6.
25
Os resduos que, submetidos ao teste de lixiviao (operao de separao
de substncias, por meio de lavagem; os sais nelas contidos), segundo a NBR
10005, apresentarem teores de poluentes no extrato lixiviado em concentrao
superior aos padres constantes da Listagem 7, que se refere a alguns metais
pesados e pesticidas.
Qualquer outro resduo que seja txico e no conste nesta lista dever ser
classificado segundo dados bibliogrficos ou em ensaios de toxicidade em
organismos superiores (DL50 oral ratos, CL50 inalao ratos ou DL50 drmica
coelhos).
Resduos de classe II: no-inertes
So os resduos que no se encontram na classe I (perigosos) ou na classe III
(inertes), no termo desta norma. Os resduos da classe II podem ter propriedades
como combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em gua.
Resduos de classe III:Inertes
So os resduos que no se encontram na classe I (perigosos) ou na classe III
(inertes), no termo desta norma. Os resduos da classe II podem ter propriedades
como combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em gua.
Segundo o lugar onde se produzem
1 Lixo Domstico: aquele produzido nos domiclios residenciais.
Compreende papel, jornais velhos, embalagens de plstico e papelo, vidros, latas e
resduos orgnicos, como restos de alimentos, trapos, folhas de plantas ornamentais
e outros.;
2. Lixo Comercial e Industrial: aquele produzido em estabelecimentos
comerciais e industriais, variando de acordo com a natureza da atividade;
Restaurantes e hotis produzem, principalmente, restos de comida, enquanto
supermercados e lojas produzem embalagens; Os escritrios produzem, sobretudo,
26
grandes quantidades de papel; O lixo das indstrias apresenta uma frao que
praticamente comum aos demais: o lixo dos escritrios e os resduos de limpeza de
ptios e jardins; a parte principal, no entanto, compreendem aparas de fabricao,
rejeitos, resduos de processamentos e outros que variam para cada tipo de
indstria. H os resduos industriais especiais, como explosivos, inflamveis e outros
que so txicos e perigosos sade, mas estes constituem uma categoria parte.
3. Lixo Pblico: so os resduos de varrio, capina, raspagem, entre outros,
provenientes dos logradouros pblicos (ruas e praas), bem como mveis velhos,
galhos grandes, aparelhos de cermica, entulhos de obras e outros materiais inteis,
deixados pela populao, indevidamente, nas ruas ou retirados das residncias
atravs de servio de remoo especial.
4. Lixo de Fontes Especiais: aquele que, em funo de determinadas
caractersticas peculiares que apresenta, passa a merecer cuidados especiais em
seu acondicionamento, manipulao e disposio final, como o caso de alguns
resduos industriais antes mencionados, do lixo hospitalar e do radioativo.
1.3.3 A Educao Ambiental na gesto dos resduos slidos
comum encontrarmos a palavra integrada como qualificativo das propostas
de sistemas de gesto de resduos slidos. No entanto, se levarmos as ltimas
conseqncias o sentido dessa qualificao, observaremos que ela deveria trazer
para os sistemas de gesto propostos, a natureza participativa essencial para que
uma verdadeira integrao ocorra entre os atores e setores inseridos nos mesmos.
No sentido da complexidade que caracteriza as questes ambientais, uma
verdadeira integrao implica em circulariedade e retroalimentao do sistema com
mecanismos de correo dos desvios e ateno s novas emergncias surgidas no
processo de desenvolvimento.
Essa integrao exige a criao de redes relacionais de sustentao de
comunicao entre os atores, que, no caso dos resduos slidos urbanos, so os
produtores, catadores, o poder pblico, os servios privados, os intermedirios e as
empresas que utilizam os resduos como matrias-primas.
27
A gesto integrada deve implicar na necessidade de compreender a
complexidade da questo scio-ambiental, ou seja, da ecologia urbana que alvo
do sistema de gesto proposto, o que inclui conhecer a natureza das fontes
geradoras de resduos, seus impactos na populao e ambientes urbanos,
estudando-se a realidade local em seus aspectos socioeconmicos, polticos e
pessoais/coletivos, alm de articul-los com os impactos da dimenso global, para
que se obtenha uma viso real da complexidade da questo.
tambm conseqncia da adoo do ponto de vista integral a necessidade
de considerar o sistema completo de gesto, que inclui de acordo com os tipos de
resduos existentes:
a) preveno mudana de hbitos de produo e consumo;
responsabilizao das empresas quanto ao destinos das embalagens e do lixo
gerado na extrao dos recursos;
b) reduo reutilizao e separao para reciclar;
c) destino final aterros, incinerao e autoclavagem.
A incorporao da dimenso participativa nas polticas pblicas para o setor
de resduos slidos urbanos deve ser entendida no como simples busca da
concordncia da populao a modelos pr-definidos, mas como busca conseqente
de uma verdadeira responsabilizao de todos os atores envolvidos no processo de
gesto.A dimenso participativa deve ser considerada como pr-requisito para a
viabilidade de solues encontradas e para a sustentabilidade dos procedimentos
operativos e tcnicos escolhidos, tendo em vista que tais aspectos dependem
basicamente da capacidade organizativa, mobilizadora e comunicativa dos grupos
sociais e instituies envolvidas nos mesmos.
No processo de mobilizao das pessoas para participar conscientemente e
eficazmente na gesto necessrio que sejam levados em conta o universo
cognitivo e os valores socioculturais dos atores bem como suas relaes
micropolticas.
necessrio tambm que sejam previstos no sistema integrado de gesto
mecanismos de retroao e recorrncia entre os atores do sistema, de modo que os
processos em cadeia funcionem realmente como anis retroativos do ponto de vista
da sustentabilidade do mesmo.
28
Tudo isto implica em intensa comunicao, circulao e informaes, troca de
experincias, esferas de dilogo e negociao, que coloquem em contato
permanente os atores envolvidos, incluindo-se a tambm o poder pblico.
Essa rearticulao precisa basear-se em metas que s sero alcanadas pela
mudana nos estilos de vida, com novos padres de consumo e novas tecnologias
ambientalmente adequadas o que s ocorrer num esforo organizado, integrando
a polticas pblicas no que diz respeito legislao educao e gesto ambiental.
2 METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA
A referida pesquisa foi aplicada na Escola Bsica Estadual Dr.Paulo Devanier
Lauda, Santa Maria/RS, foram coletados, analisados, avaliados, os dados dos
professores e alunos. Os questionrios aos professores e alunos tm como
finalidade de investigar o interesse em trabalhar e avaliar os conhecimentos em
Educao Ambiental.
A amostragem se deu da seguinte maneira: foram distribudos 40
questionrios aos professores, sendo que apenas 16 foram devolvidos. E para os
alunos foram distribudos 35 questionrios, sendo que apenas 2 no foram
devolvidos.
Nas questes aplicadas aos educandos procurou-se identificar as prticas
pedaggicas e as metodologias que tm maior aceitao, no sentido de sensibiliz-
los para as questes ambientais. Foram distribudo em duas turmas da quinta srie
do Ensino Fundamental Sries Finais. Sendo que, para a turma 51 foram
distribudos 18 questionrios e para a turma 52 foram dados 17 questionrios.
Os dados foram apurados de forma manual. Para perguntas fechadas
utilizou-se um padro de contagem e aplicao de percentual, foram organizadas em
grfico pelo programa excel e tabelas. Para as perguntas abertas e semi-abertas
foram utilizadas planilhas, onde os conceitos-chaves e palavras chaves foram
analisadas conforme sua incidncia. No caso das perguntas fechadas com mais de
uma resposta, foi utilizado mtodo de contagem/pontuao por incidncia onde nas
tabelas aparecem o nmero de quantas vezes foram assinaladas a mesma
alternativa.
O objetivo de aplicao dos questionrios aos professores foi de verificar o
conhecimento e o grau de atualizao sobre Educao Ambiental. Buscou-se
30
verificar como eles definem meio ambiente, educao ambiental, a viso acerca dos
problemas que causam impactos ambientais.
O questionrio de nmero 1, aplicado aos professores da escola,
composto de perguntas fechadas e abertas, visando analisar os conhecimentos em
relao Educao Ambiental e tambm avaliar as dificuldades, que estes sentem
em desenvolver uma educao interesse para o meio ambiente na escola.
O questionrio nmero 2, aplicado aos alunos da quinta-srie, tambm visa
investigar o nvel de conhecimento em relao aos problemas ambientais. A escolha
dessa srie ocorreu pelo fato de os alunos terem receptividade a idias novas e
metodologias de trabalhos diferentes.
Para o desenvolvimento da pesquisa foi realizado o levantamento
bibliogrfico, a fim de auxiliar na construo da fundamentao terica de temas
como conceitos de Educao Ambiental, resduos slidos e outros.
Num segundo momento ocorreu a anlise dos questionrios que foram
respondidos por professores e alunos, com o objetivo de obter informaes
importantes a cerca da percepo dos problemas ambientais na escola.
Desenvolveu-se um questionrio segue em anexo, do tipo reflexivo no qual o
pesquisado no responde apenas s informaes procuradas, como tambm se
depara com questes provocativas, criando oportunidade de refletir acerca de suas
condies de vida, como produto de uma estrutura social contraditria
(FRANCO,1994 p.20). MORAES (2000) estabelece que os questionrios so
instrumentos que possibilitam captar informaes, opinies, percepes, valores,
modelos e outros aspectos dos indivduos na diversidade de seus meios.
3 ANLISE E INTERPRETAO DE DADOS
Foram analisados e avaliados os questionrios apresentados. Por ltimo se
props propostas de prticas ambientais.
O questionrio 1 aplicado aos professores da escola, composto de 8 (oito)
perguntas fechadas (objetivas) e 6(seis) questes abertas (subjetivas), totalizando
14 questes.Foram distribudos 40 questionrios sendo que foram devolvidos 16.
O questionrio 2, aplicado aos alunos das quinta sries, possui 9(nove)
perguntas fechadas (objetivas) e 4 (quatro) questes abertas (subjetivas), num total
de 13 questes.
Quanto ao questionrio respondido pelos educadores, pode-se verificar, que
h diversidades de idias, em contrapartida, dado uma grande relevncia a este
tema.
A finalidade da aplicao do questionrio foi o de identificar, junto aos alunos
as prticas pedaggicas e formas de expresso com maior capacidade de
sensibiliz-los para os problemas ambientais.
3.1 Anlise Questionrios Professores
Em relao aos questionrios respondidos pelos professores, pode-se
perceber que h uma grande diversidade de idias, mas em geral, dada uma
grande relevncia aos temas ambientais. Foram aplicados 16 questionrios.
Quanto primeira questo: A Educao Ambiental um processo que
objetiva o ensino de preservar a natureza?
32
Dos 16 professores entrevistados todos assinalaram que o foco principal da
Educao Ambiental preservar a natureza.Observa-se que os educadores
confundem Educao Ambiental com ecologia e no tm noo da existncia de
uma complexidade que compem a educao para o meio ambiente.
Pergunta 2: O que entendes por Educao Ambiental?
Observa-se que h uma compreenso de que a Educao Ambiental deve
desenvolver a conscientizao nas pessoas para que o meio ambiente seja
preservado. Como exemplo temos a resposta.
Estuda o meio ambiente, a conscientizao do homem frente aos recursos
naturais, nossos ecossistemas, enfim a preservao das espcies para garantir o
presente e as geraes futuras. (Professora, Ensino Fundamental)
Tambm verificou-se que os processos consideram a Educao ambiental
como uma maneira de preservar a natureza. Dentro desta anlise est a resposta:
Usar a natureza de modo que ela no se extinga.(Professora, Ensino
Fundamental).
Conforme a resposta da professora pode-se observar que a mesma entende
que a Educao Ambiental se d pelo conservacionismo, ou seja preservar a
natureza para evitar a sua extino.
A questo 3 aborda: como a Educao Ambiental est inserida no currculo
da escola?
Uma das professoras respondeu o seguinte:
Deveria ser abordado em todas as disciplinas, mas acaba sendo vista s
vezes, geografia e cincias. (Professora, Ensino Fundamental)
Outra resposta foi:
No est inserida diretamente, mas acredito que os professores podem
trabalhar nas disciplinas afins como geografia e cincias. (Professora, Ensino
Fundamental).
Pode-se notar que estes professores tm como entendimento que a
Educao Ambiental na escola formal deve ser discutida nas reas afins como
33
geografia e cincias no tendo assim uma viso de interdisciplinaridade nas demais
reas.
Outra professora respondeu:
Poderia ser trabalhada em todas as disciplinas, mas no isto que ocorre.
Atravs desta resposta observa-se que o professor entende que a problemtica
ambiental deve ser abordada de maneira interdisciplinar.
Pela sua prpria natureza epistemolgica, os estudos ambientais no podem
ser enfocados de outra maneira que no seja a global, sob pena de se tornarem
segmentados, mal-entendidos e pouco abrangentes. Uma viso da educao para o
meio ambiente mais ampla deve envolver as pessoas da comunidade, os currculos
escolares e a preparao dos professores em geral, no apenas aqueles que esto
ligados as reas das cincias biolgicas ou da geografia.
Alm disso, essa natureza interdisciplinar da educao ambiental
recomendvel, uma vez que, vrios estudiosos do assunto definem o meio ambiente
como algo multifacetado.
Para compreender a preferncia ambiental de uma pessoa, necessitaramos
examinar sua herana biolgica, scio-econmica, histrica, educativa, e o ambiente
fsico. Para TUAN (1980, p.68) Os conceitos cultura e meio ambiente se superpem
da mesma forma que os conceitos homem e natureza.
A educao para o meio ambiente , portanto,um assunto que deve ser
tratado de maneira integrada, englobando a prtica pedaggica e a representao
social dos sujeitos envolvidos, colocando as pessoas como participantes de um
mesmo processo, na tentativa de solucionar os problemas ambientais.
Reigota (1998, p.44), afirma:
A educao Ambiental correu o risco de se tornar, por decreto uma disciplina obrigatria no currculo nacional; mas com que os burocratas e oportunistas de planto no contavam, era encontrar a resistncia de profissionais mais conhecedores da rea, o que evitou que a mesma se tornasse mais uma banalidade pedaggica, perdendo todo o seu potencial crtico e questionador a respeito das nossas relaes cotidianas com a natureza, artes, conhecimento, cincia, instituies, trabalho e com as pessoas que nos rodeiam.
34
A quarta pergunta: Que assuntos voc gostaria de trabalhar a Educao
Ambiental na escola?
Os assuntos mais citados para serem trabalhados nas aulas foram: gua,
reciclagem, solo, plantio de rvores.
Nota-se que por parte dos educadores, no trabalhado como os educandos
conscientizao e sensibilizao dos problemas ambientais.
A pergunta cinco aborda o que os professores entendem por biodiversidade?
Em relao pergunta cinco verifica-se que a maioria dos professores
possuem uma noo em relao biodiversidade afirmando como uma diversidade
biolgica.
A questo seis mostrou oito problemas ambientais, todos estes fazem com
que ocorra impactos sobre o meio ambiente. Os respondentes deveriam assinalar os
problemas que consideravam como ambientais.
Assim evidenciou-se, que em relao aos problemas ambientais: O
aquecimento global obteve 16 pontos, sendo seguido pelo aumento do consumo e
as queimadas (17%), a extino da arara azul (16%),o aumento da populao
(13%),o volume de som alto e pobreza (10%). Conforme mostra o grfico 1:
Extino da arara azul
16%
Queimadas17%
Aumento do consumo
17%
Aquecimento global17%
Pobreza10%
Volume de som alto
10%
Aumento da populao
13%
Grfico 1: Problemas considerados como ambientais
A pergunta sete procura verificar o entendimento dos professores em relao
aos recursos naturais renovveis e no-renovveis.
35
A questo foi apresentada da seguinte forma: A gua um recurso natural
inesgotvel? Na maioria das questes respondidas verificou-se que os professores
tm a noo que a gua um recurso esgotvel.Enquanto que uma minoria afirma
que a gua um recurso que sempre vai existir independentemente do seu uso
excessivo.
A questo 8 foi apresentada da seguinte maneira: Com relao extino dos
animais voc assinalaria a (s) alternativa (s)
Pontuao
7 Espcies de animais e plantas so tanto extintos quanto provavelmente surgem novas espcies, no alardeadas pela mdia.
0 Voc e seus familiares no contribuem para isso, pois moram na cidade.
5 H bastante sensacionalismo nisso, pois o ambiente muda sempre, podendo desfavorecer algumas espcies.
0 Voc gostaria de fazer alguma coisa, mas acha que no entende nada de natureza.
12 um assunto que faz voc pensar na prpria sobrevivncia.
Quadro 1- Extino dos animais
Os professores encontraram como melhor resposta quela que afirma que:
um assunto que faz voc pensar na prpria sobrevivncia. Essa preferncia
provavelmente indica que h uma grande preocupao em discutir os problemas
ambientais. Sendo estes de grande relevncia e tambm de sobrevivncia da
humanidade. Os professores em segunda opo assinalaram a alternativa que
mostra a extino um acontecimento to normal quanto o surgimento de novas
espcies.
A terceira opo assinalada a que afirma que h bastante sensacionalismo
nisso. Essa preferncia provavelmente indica que esta uma maneira de minimizar
o problema e deixar de pensar na prpria sobrevivncia.
A pergunta nove mostra a seguinte situao: Perto de sua casa tem uma
rvore que est cheia de lagartas que queimam as crianas, quando brincam junto
dela.Voc resolve como essa situao?
36
Pontuao
1 Resolve aplicar um veneno na rvore ou utilizar outra forma de mat-la
14 Afasta as crianas dali no perodo que as lagartas esto presentes.
1 Pede a prefeitura para retir-la e reconhece que sem a rvore corre menos riscos.
0 Pede uma indenizao a prefeitura.
0 Pensa numa forma de substitu-las por outras espcies.
Quadro 2 Percepo Ambiental
Em relao a questo nove, observa-se que os professores na sua maioria
(14) assinalaram a alternativa que afastaria as crianas no perodo em que as
lagartas esto presentes, demonstrando assim uma atitude ecolgica.
A questo dez apresenta-se da seguinte maneira: com relao
biodiversidade voc pensa que:
Pontuao
15 Ela grande responsvel no processo do equilbrio ambiental
1 interessante principalmente para quem gosta do campo e de remdios naturais.
0 importante para pesquisadores e bilogos.
0 Traz mais core e variedades no nosso dia-a-dia.
0 Florestas e campos so to diversos biologicamente quanto lavouras e parques urbanos.
Quadro 3 Biodiversidade
A opo mais assinalada (15) a que mostra que a biodiversidade grande
responsvel no processo do equilbrio ambiental. E somente apenas um dos
professores considera a opo que afirma: interessante principalmente para quem
gosta do campo e de remdios naturais.
Os professores sabem da importncia da biodiversidade como responsvel
pelo equilbrio ambiental.
A questo onze apresenta-se da seguinte forma: Na sua relao com a
natureza voc:
37
Pontuao
9 Percebe que no escuta o coaxar dos sapos h muito tempo.
0 Prefere que ele fique na roa e voc l na cidade.
0 Aceita que poucas prefeituras consiga manter uma rea verde.
4 Prefere particularmente os ambientes onde tudo est sob o controle do homem.
3 Acha que tudo deve ser conservado na ntegra, pois o homem um predador e invasor.
Quadro 4- Relao com a natureza
Na relao com a natureza, alternativa que obteve o maior nmero de
pensadores, revelando que se ressentem da ausncia do som dos sapos.A
segunda mais assinalada a que prefere os ambientes onde tudo est sob o
controle do homem.Verifica-se que os professores que marcaram a referida opo
preferem estar no espao geogrfico construdo pelo homem. E na ltima opo
assinalada analisa-se que o meio ambiente deve ser preservado, e relaciona o
homem como um predador, destruindo o planeta e tambm como um invasor.
A questo 12, Como voc acha que seria a melhor definio de meio
ambiente:
Pontuao
1 A inter-relao entre a flora, fauna e o clima.
0 As paisagens naturais e urbanas.
5 Tudo o que se relaciona a paisagem natural:florestas, rios, e seus habitat.
10 O lugar onde o homem e a natureza esto em constante interao.
Quadro 5 Definio de Meio Ambiente
A opo mais assinalada (10), foi a de o lugar onde o homem e a natureza
esto em constante interao. Observa-se que h um entendimento pelos
educadores que o homem faz parte do meio ambiente e no como um ser isolado.A
segunda opo destacada de que o meio ambiente est relacionado com os
aspectos fsicos como as paisagens: florestas, rios, fauna.
Uma outra opo marcada foi referente a inter-relao entre a flora, fauna e o
clima. De acordo com Rigota (1997, p.14)
38
O ambiente um lugar determinado ou percebido, onde os elementos naturais e sociais esto em relaes dinmicas e em interao. Essas relaes implicam processos de criao cultural e tecnolgico e processos histricos e sociais de transformao do meio natural e construdo.
Definiao do meio ambiente Percepo ambiental
31%
63%
0%6%
A inter-relao entre a flora,fauna e o climaAs paisagens naturais e urbanas.Tudo o que se relaciona a paisagem natural:florestas, rios, e seus habitat.O lugar onde o homem e a natureza esto em constante interao.
Grfico 2: Definio do meio ambiente
4.2 Anlise Questionrios dos Alunos
Trabalhou-se com alunos dos cursos regulares, nos quais estes cursam a
quinta-srie do Ensino Fundamental das Sries Finais no turno da tarde. Estavam na
faixa etria em mdia de 10 a 12 anos de idade. Foram aplicados 35 questionrios
sendo que 3 no foram respondidos.
Sobre as expectativas dos educandos, a primeira questo do questionrio
aplicados aos alunos foi referente a percepo dos alunos em relao aos
problemas ambientais: Nos problemas ambientais que se apresentam no dia-a-dia
est includo:
39
Opes Certo Errado
S a natureza 9 23
S o homem 13 19
A natureza e o homem 13 19
Os animais 13 19
Os vegetais 11 21
Outros 14 18
Quadro 6 - Opinio sobre os problemas ambientais
Para Rodrigues apud Bertin (2001, p32) a percepo : a forma como uma
pessoa sente o seu ambiente geogrfico, o que depende de vrios fatores, entre
eles, o grau de dependncia da pessoa frente ao seu ambiente inserido.
De acordo com Whyte, apud Bertin (2001, p. 37) a percepo ambiental
inclui a percepo sensorial mais a cognio. o entendimento e o conhecimento
que os seres humanos tm do meio em que vivem, com a influncia dos fatores
sociais e culturais. Alm dos sentidos e da cognio, os fatores culturais, scio-
econmico, religiosos, histricos, educativos e subjetivos influenciam na percepo
do indivduo.
Dessa forma, constatou-se que os alunos tm uma percepo razoavelmente
abrangente referente os problemas ambientais, visto que, a maioria dos alunos
consideram errada a afirmao de que somente a natureza parte dos problemas
ambientais. No entanto, o homem, a natureza, os animais e vegetais, tambm no
so nicos agentes causadores da problemtica ambiental. Pois, o sistema scio-
econmico vigente, atravs do poder econmico um dos principais causadores do
uso desordenado dos recursos naturais, devido a busca incessante da expanso do
seus negcios, sem preocupao com as conseqncias ambientais.
A segunda questo abordou-se: o educando tem acesso permanente a
materiais informativos de Educao Ambiental. Dos 32 alunos 69% constataram que
tm acesso aos materiais das questes ambientais. Enquanto isso 31% no tm
acesso aos materiais das questes ambientais. Atravs destes dados mostrou-se
uma contradio entre a classe onde uns tem acesso a materiais e outros no.
40
Acesso aos materiais didticos das questes ambientais
Sim69%
No31%
Grfico 3 - Acesso aos materiais didticos das questes ambientais
A terceira pergunta do questionrio foi apresentado o seguinte;os problemas
ambientais esto cada vez mais sendo discutidos na mdia e na sociedade: o que
voc acha em relao a estes assuntos?
Observando as respostas constatou-se que:
Opes Pontuao
Ruim 2
timo 5
Pssimo 2
Importante 18
Chato 0
No tenho interesse 5
Quadro 7 opinio referente aos problemas ambientais expostos pela mdia
41
OPINIO REFERENTE AO ASSUNTO
18
2
5
20
5
Importante
Ruim
timo
Pssimo
Chato
No tenhointeresse
Grfico 4 - Opinio referente aos problemas ambientais
Pode-se verificar que a maioria dos alunos acha importante a discusso dos
temas ambientais, tendo assim uma conscincia. A partir desta constatao, torna-
se fcil ao professor a trabalhar com temticas ambientais que demonstram
interesse ao aluno.
A questo nmero quatro apresentou oito opes de assuntos de educao
ambiental, sendo que foi pedido para que marcassem as de seu interesse em
discutir nas aulas.
Dessa maneira foram destacados os seguintes temas.
Opes Pontuao
Animais 19
gua 20
Solo 9
Problemas Sociais 8
Vegetao 10
Chuva cida 6
Ar 11
Camada de Oznio 12
Quadro 8- Assuntos de Educao Ambiental de interesse dos alunos
42
ASSUNTOS DE EDUCAO AMBIENTAL PARA DISCUTIR
19 209 8 10 6
11 12
05
10152025
Anim
aisg
ua Solo
Prob
lemas
Soc
iais
Vega
tao
Chuv
a cid
a Ar
Cama
da de
Oz
nio
Grfico 5 - Assuntos de Educao Ambiental de interesse dos alunos
Dentre os assuntos que mais obteve a incidncia pelos alunos foi em relao
a gua obtendo um total de 20, sendo seguido pelos animais. A partir da podemos
analisar a grande preocupao dos alunos em relao a gua, sendo esta um
recurso finito e pela sua m utilizao pode ocorrer a falta s geraes futuras.
A quinta pergunta do questionrio foi apresentada da seguinte maneira:
Em relao gua potvel, voc acha que pode acabar?
26 Sim 6 No
Quadro 9 gua potvel
43
PERCEPO AMBIENTAL
26
6
SimNo
Grfico 6 - gua potvel
Dos 32 alunos entrevistados 26 afirmaram que a gua potvel um recurso
no-renovvel, enquanto 6 alunos responderam que um recurso renovvel.
Pode-se constatar que os educandos tm uma conscincia ambiental em
relao a gua e a sua importncia para a humanidade.
A questo de nmero 6 procurou investigar dos estudantes como eles
preferem discutir e assimilar os problemas ambientais. A partir das opes os
entrevistados assinalaram as seguintes opes:
Opes Pontuao
Palestras 14
Atravs de vdeos 13
Pela Internet 10
Trabalhos prticos com jogos e brincadeiras educacionais 15
Outros 0
Quadro 10 Preferncias de temas ambientais
44
METODOLOGIA PARA TRABALHAR EM SALA DE AULA
14 1310
15 16
02468
1012141618
Pal
estra
s
Inte
rnet
Out
ros
Grfico 7 - Preferncias de temas ambientais
Observa-se que a preferncia dos alunos para discutir e assimilar os
problemas ambientais atravs de trabalhos prticos com jogos e brincadeiras
educacionais. As palestras tambm so bem aceitas sendo a segunda opo
assinalada.
notrio que o ensino tradicional atravs dos mtodos de leituras de livros
no desperta interesse dos alunos, pois estes com as novas metodologias de ensino
como trabalhos prticos com jogos e brincadeiras educacionais, palestras,vdeos e
Internet.Propiciam uma melhor assimilao.
A stima pergunta foi se algum professor j trabalhou problemas ambientais
em sala de aula.
Os 24 alunos responderam que os educadores discutem os temas ambientais
nas aulas, enquanto que 8 educandos afirmaram que no so trabalhados os
problemas ambientais.Os assuntos abordados foram: gua, o solo, a reciclagem e
as florestas.
Na questo oito colocou-se a seguinte situao: se prximo a sua residncia
tem um riacho, e este encontra-se cheio de lixo jogado pelas pessoas do bairro.Voc
tomaria as iniciativas de:
45
Pontuao Iniciativas
18 Conversar com os moradores do bairro a no jogar lixo no rio
1 No se importar com o problema do lixo jogado no riacho
13 Entrar em contato com a secretaria de obras para remover o lixo do rio
0 Como todo o bairro joga resduo no rio tambm vou jogar
Quadro 11 Percepo Ambiental
Dentre as iniciativas que os alunos destacaram num total de 18, necessrio
conversar com os moradores do bairro a no jogar lixo no rio. E em segunda opo
de entrar em contato com a secretaria de obras para remover o lixo do rio.Observa-
se que ocorre uma preocupao com a problemtica dos resduos slidos e tambm
em solucionar.
Diante desse resultado, percebido que os educando entendem a necessidade
da participao deles enquanto agente de mudanas na soluo de problemas
locais. Contudo, fundamental que os professores despertem o interesse dos
alunos para exercer a sua cidadania, auxiliando na formao de um cidado crtico e
participativo, para isso indispensvel uma pedagogia do ambiente. Como afirma
Leff (2001, p. 258) implica tomar o ambiente em seu contexto fsico, biolgico,
cultural, e social, como uma fonte de aprendizagem, como uma forma de concretizar
as teorias na prtica a partir das especificidades do meio.
A nona pergunta realiza um questionamento e procura solues: o que voc
faria, se visse um colega realizando a caa de um pssaro? Dessa forma foi possvel
observar uma das alternativas de sensibilizao como:
Conversar com o menino e fazer com que desistisse de matar o pssaro.
Denunciava.
Muito ruim destruir a raa dos animais.
Pedia para parar.
Perguntava o motivo de matar o pssaro.
46
A partir das citaes conclui-se que os alunos na sua totalidade tinham
iniciativa de evitar a morte do pssaro.
A pergunta dez busca saber se quanto derrubada de florestas a beira dos
rios, vai ocasionar a destruio das margens e diminuir o leito do rio.
SENSIBILIDADE AMBIENTAL
18
14SimNo
Grfico 8 - Sensibilidade ambiental
Referente a sensibilidade ambiental 18 alunos afirmaram que a derrubada de
floresta a beira dos rios ocasiona a destruio das margens. A partir desta
constatao analisa-se que estes educandos possuem noo da problemtica
quando ocasiona a derrubada das matas ciliares. Em contrapartida 14 alunos
salientam que com a derrubada das matas ciliares no ocasiona a destruio das
margens dos rios.
A dcima primeira pergunta questiona se: A exposio ao sol sem proteo,
pode causar cncer de pele em horrios inadequados?
47
PERCEPO AMBIENTAL
26
6
SimNo
Grfico 9 - Exposio ao sol
26 alunos responderam que a exposio ao sol sem proteo ocasiona
cncer de pele.Enquanto que 6 afirmaram que no tm problema exposio ao sol
sem proteo.
E por ltimo na dcima segunda pergunta: Na sua casa h o cuidado em
separar o lixo?
Na sua maioria num total de 22 alunos tm o conhecimento da necessidade
da reciclagem doas resduos slidos. E tambm praticam na residncia a separao
dos lixo alimentar e no-alimentar. Enquanto que 10 entrevistados afirmam que no
h separao dos resduos slidos.
22
10
SimNo
Grfico 10 - Cuidados com o lixo
4 CONCLUSES
Segundo anlise dos questionrios constatou-se que a Educao Ambiental
no est inserida no currculo da escola e tambm os alunos so receptivos a
metodologias diferentes das convencionais como aula de campo, jogos
educacionais,vdeos,oficinas,gincanas ambientais.E esto abertos a discutir
assuntos da atualidade em relao Educao Ambiental.
Sabemos que atualmente a problemtica ambiental est cada vez mais em
evidncia nos meio de comunicaes e no cotidiano, cabe ao educador ambiental a
desenvolver na educao formal um trabalho permanente de conscientizao e
sensibilizao das questes ambientais.
preciso, portanto, procurar uma abertura para outra dimenso nos campos
do saber baseado na ecopedagogia, com o objetivo de desenvolver uma
metodologia atravs do qual professores e alunos possam construir o conhecimento
voltado para uma educao ambiental que permita transformar a escola em um local
onde exera a cidadania.
A educao para o meio ambiente numa viso holstica proporciona uma
conectividade centrada na conscincia ambiental e a escola ter que encontrar
formas de trabalhar contedos e metodologias adequadas a este propsito. Nas
aulas de Geografia a Educao Ambiental inserida e desenvolvida por meio de
mdulos temticos, onde so tratados os assuntos como cultura, modos de
produo, estudo do espao geogrfico, do lugar, flora, sexualidade, sade,
qualidade de vida, desenvolvimento scio-econmico, populao, e poltica,
buscando relacionar estes temas com a realidade ambiental, bem como,
contextualizando a nvel local e global. Cada temtica discutida, o fechamento do
49
mdulo feito atravs de oficinas, a fim verificar a participao e o nvel de
envolvimento do aluno em relao ao tema discutido.
Como educadores temos a responsabilidade de construir uma sociedade que
satisfaa as exigncias presentes sem comprometer a capacidade das geraes
futuras de suprir suas prprias necessidades.
4.1 Sugestes Para Novos Trabalhos
- Prope-se que a Educao Ambiental seja includa no currculo da escola.A
prtica de Educao Ambiental a ser trabalhada deve ser atravs de mdulos, com
diferentes assuntos, como a flora, fauna, resduos slidos,gua,
poltica,cidadania,cultura,economia,sexualidade.Cada mdulo deve ter uma
dinmica de fechamento atravs de oficinas.
- Organizao de palestras para firmar conceitos sobre: definies,
classificao, produo, acondicionamento, coleta, e destino final dos resduos;
- Realizao de prticas de educao ambiental envolvendo o tema
- Prope-se tambm que sejam desenvolvidas dinmicas de Educao
Ambiental com os estudantes como: palestras sobre determinados temas
ambientais; seminrios; jogos educacionais; aulas de campo.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
AGENDA 21. Conferncia das Naes Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento. Rio de Janeiro, 1992. BRASIL. Secretaria de Educao Mdia e Tecnolgica. Parmetros Curriculares Nacionais; Ensino Mdio. Braslia, 1999. BUSQUETS, M. D. Temas Transversais em educao.So Paulo: Papirus,1997. CAPRA, F. O ponto de mutao.So Paulo: Cultrix, 1982. 442 p. CARSON, W. H. Manual Global de Ecologia: o que voc pode fazer a respeito da crise da meio ambiente. 2. ed. So Paulo: Editora: Cultrix, 1996. COSTA, M. V.O currculo nos limiares do contemporneo. Rio de Janeiro: DP e A, 1988. FRANCO, M. L. P. B. Ensino Mdio; desafios e reflexes. Campinas, So Paulo, 1994. Dissertao. FRASSON, A. R. Localizao de reas propcias a instalao de aterro sanitrio atravs de geoprocessamento. 2001. 103 f. Dissertao (Mestrado em Engenharia Agrcola) Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria. GOMEZ, J. S. Metodologia para el emplazamento de rellenos sanitarios. In; Curso Internacional sobre diseno y disposicin de rellenos sanitarios. Mxico D.F. 1994. Disponvel em: http://www.cempre.Br. Acesso em 18 de novembro de 2007. REIGOTA, M. (Org.) Verde Cotidiano, o meio ambiente em discusso. Rio de Janeiro: DP & A, 1999. MACEDO,R.L.G. Percepo e conscientizao ambientais. Lavras: UFLA/FAEPE. 2000. 128 p. MEDINA, N. M. Amaznia: uma proposta interdisciplinar de educao ambiental. Braslia, IBAMA,1994. MORAES, E. C; LIMA JUNIOR, R. E.; SCHABERLE, F. A. Representaes do Meio Ambiente entre estudantes e profissionais de diferentes reas do
51
conhecimento. Revista de Cincias Humanas. Florianpolis, V.1, n.1. p.83-96, 2000. Edio Especial Temtica. REIGOTA, M. O que educao ambiental. So Paulo; Brasiliense.1994. Coleo Primeiros Passos; n.1 REINFELD, N. V. Sistema de reciclagem comunitria. So Paulo, 1994. 285 p. RODRIGUES, F. L.; CALVINATTO, V. M.. Lixo: de onde vem? Para onde vai? So Paulo: Moderna.1997. 80 p. SATO, M., CARVALHO. Educao Ambiental, Pesquisa e Desafios, Artmed, Porto Alegre. TUAN, Y. F. Topofilia.So Paulo:Difel ,1980. VIEIRA, S. J. Seleo de reas para o sistema de tratamento e disposio final de resduos slidos de Florianpolis-SC. Dissertao (Mestrado em Engenharia Civil) Universidade Federal de Santa Catarina, Florianpolis, 1999.
ANEXOS
ANEXO I
QUESTIONRIO AOS PROFESSORES
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Cincias Rurais CCR
Programa de Ps-Graduao em Educao Ambiental - PPGEAMB
Curso de Especializao em Educao Ambiental
Pesquisa para a monografia
EDUCAO AMBIENTAL NA ESCOLA
ESTUDO DE CASOS E PROPOSTAS
Questionrio 1:
Objetivo: avaliar o conhecimento dos conceitos de Educao Ambiental dos professores do Ensino Fundamental da Escola estadual Bsica Dr. Paulo Devanier
Lauda.
1. A Educao Ambiental um processo que objetiva o ensino de preservar a
natureza.
54
Sim No
2.Que entendes por educao ambiental?
3 . Na sua opinio como a educao Ambiental est inserida no currculo da
escola?
4.Que assuntos voc gostaria de trabalhar a Educao Ambiental na escola?
5. Que entendes por biodiversidade?
6. Assinale, entre os problemas abaixo, o que voc acha que tem relao com
as questes ambientais.
Guerra no Lbano Volume de som alto
Aquecimento Global Pobreza
Extino da Arara Azul Queimadas
Aumento do consumo de gua Aumento da
populao
7. A gua um recurso natural inesgotvel
Sim No
55
8. Com relao extino dos animais, voc assinalaria a (s) alternativa (s):
Espcies de animais e plantas so tanto extintos quanto provavelmente
surgem novas espcies, no alardeadas pela mdia.
Voc e seus familiares no contribuem para isso, pois moram na cidade.
H bastante sensacionalismo nisso, pois o ambiente muda sempre,
podendo desfavorecer algumas espcies.
Voc gostaria de fazer alguma coisa, mas acha que no entende nada de
natureza.
um assunto que faz voc pensar na prpria sobrevivncia.
9. Perto da sua casa tem uma rvore que est cheia de lagartas que queimam
as crianas, quando brincam junto dela.Voc resolve.
Resolve aplicar um veneno na rvore ou utilizar outra forma de mat-la.
Afasta as crianas dali no perodo que as lagartas esto presentes.
Pede a prefeitura para retir-la e reconhece que sem a rvore corre
menos riscos.
Pede uma indenizao a prefeitura.
Pensa numa forma de substitu-la por outra espcie.
Outras solues: ..............................................................
56
10. Com relao a biodiversidade voc pensa que:
Ela grande responsvel no processo do equilbrio ambiental
interessante principalmente para quem gosta do campo e de
remdios naturais
importante para pesquisadores e bilogos
Traz mais cor e variedade ao nosso dia-a-dia
Florestas e campos so to diversos biologicamente quanto lavouras e
parques urbanos
11 Na sua relao com a natureza voc:
Percebe que no escuta o coaxar dos sapos h muito tempo
Prefere que ele fique na roa e voc l na cidade
Aceita que poucas prefeituras consiga manter uma rea verde.
Prefere particularmente os ambientes onde tudo est sob o controle do
homem.
Acha que tudo deve ser conservado na ntegra, pois o homem um
predador e invasor
12. Como voc acha que seria a melhor definio de meio ambiente.
A inter-relao entre a flora, fauna e o clima.
As paisagens naturais e urbanas.
57
Tudo o que se relaciona a paisagem natural:florestas, rios, e seus
habitats.
O lugar onde o homem e a natureza esto em constante interao.
ANEXO II
QUESTIONRIOS AOS ALUNOS
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Cincias Rurais CCR
Programa de Ps-Graduao em Educao Ambiental
Pesquisa para a monografia
EDUCAO AMBIENTAL NA ESCOLA:
ESTUDO DE CASOS E PROPOSTAS
Questionrio 2
Objetivo: identificar nos alunos o grau de conhecimento e de sensibilizao dos problemas ambientais.
NOME: ------------------------------------------------------------------------------------
TURMA: -----------------------------------------------------------------------------------
59
Nos problemas ambientais que se apresentam no dia a dia esta includo:
Certo
S a Natureza
S o homem
A natureza e o
homem
Os animais
Os Vegetais
Outros
2.Voc tem acesso permanente a materiais informativos de Educao Ambiental?
Sim No
3. Os problemas ambientais esto cada vez mais sendo discutidos na mdia e na
sociedade: o que voc acha em relao a estes assuntos:
Ruim Pssimo Chato
timo Importante No tenho
interesse
60
4.Assinale, assuntos de educao ambiental que voc tem interesse em discutir
Animais Vegetao
gua chuva cida
solo Ar
Problemas
Sociais
camada de
oznio
5.Em relao gua potvel, voc acha que pode acabar?
SIM No
6.Voc prefere discutir e assimilar os problemas ambientais:
(Marque mais de uma alternativa)
Palestras Trabalhos prticos
como jogos e
brincadeiras
educacionais
Atravs de Outros
61
vdeos
Pela internet
7.Algum professor j trabalhou problemas ambientais em sala de aula?
Sim No
Quais assuntos? ----------------------------------------------------------
8.Se prximo a sua residncia tem um riacho, e este encontra-se cheio de lixo
jogado pelas pessoas do bairro. Voc tomaria as iniciativas de:
Conversar com os moradores do bairro a no jogar lixo no rio
No se importar com o problema do lixo jogado no riacho
Entrar em contato com a secretaria de obras para remover o lixo do
rio
Como todo o bairro joga resduo no rio tambm vou jogar
9.O que voc faria, se visse um colega, realizando a caa de um pssaro?
10.Quanto a derrubada de florestas a beira dos rios, vai ocasionar a destruio das
margens e diminuir o leito do rio?
11. Voc acha que a exposio ao sol sem proteo, pode causar cncer de pele
em horrios inadequados?
12. Na sua casa h o cuidado em separar o lixo?
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