PROJETO PEDAGGICO DE CURSO
Farmcia
Atualizado em 2018
PROJETO PEDAGGICO
DO CURSO DE FARMCIA
Anpolis Novembro/2004 Atualizao Fevereiro/2014 Atualizao Maio 2017
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Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 3
SUMRIO
1. CONTEXTUALIZAO SOCIAL ............................................................................................................................. 8
1.1 Contexto socioeconmico e poltico da sociedade contempornea ................................................................................... 8 1.2 Contexto educacional local e regional ............................................................................................................................... 9
2. CONTEXTUALIZAO INSTITUCIONAL .............................................................................................................. 12 2.1 Caractersticas da Instituio Mantenedora ...................................................................................................................... 12 2.2 Caractersticas da mantida ................................................................................................................................................ 13
3. CONCEPO DO CURSO ........................................................................................................................................... 14
3.6.4 Atividades de ensino e sua articulao com a pesquisa e extenso ............................................................................... 14
3.1 Identificao do Curso ..................................................................................................................................................... 15 3.2 Formas de ingresso (processo seletivo, vagas remanescentes - portadores de diplomas, transferncias) ......................... 16 3.3 Justificativas do Curso de Farmcia ................................................................................................................................. 16 3.4 Objetivos do Curso de Farmcia ...................................................................................................................................... 18 3.5 Perfil Profissional do Egresso .......................................................................................................................................... 20 3.6 Polticas institucionais no mbito do curso ...................................................................................................................... 22 3.6.1 Polticas institucionais de ensino no mbito do curso ................................................................................................... 22 3.6.2 Polticas institucionais de pesquisa no mbito do curso ................................................................................................ 24 3.6.3 Polticas institucionais de extenso no mbito do curso ................................................................................................ 25 3.6.4 Atividades de ensino e sua articulao com a pesquisa e a extenso ............................................................................. 26 3.6.4.1 Campanhas de Orientao Quanto ao Uso Correto de Medicamentos ..................................................................... 277 3.6.4.2 Centro de Informao de Medicamentos (CIM) ......................................................................................................... 27 3.6.4.3 FARMCIA UNIVERSITRIA do Centro Universitrio de Anpolis .................................................................... 27 3.6.4.4 Ligas acadmicas ....................................................................................................................................................... 28 3.6.4.5 Laboratrio de Anlises Clnicas ................................................................................................................................ 28 3.7 Metodologia de ensino ..................................................................................................................................................... 28 3.7.1 Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC) no processo de ensino e aprendizagem .......................................... 29 3.7.2 Material didtico institucional (cursos na modalidade EAD e cursos presenciais que contemplam no PPC) ............... 30 3.7.3 Mecanismos de interao entre docentes, tutores e estudantes (cursos na modalidade EAD) ....................................... 30 3.8. Avaliao dos processos de ensino-aprendizagem .......................................................................................................... 31 3.9. Programas de nivelamento ............................................................................................................................................ 322 3.10 Estgio curricular supervisionado .................................................................................................................................. 32 3.10.1 Estgio em Sade Pblica/Assistncia farmacutica ................................................................................................... 32 3.10.2 Estgio em Farmcia Comunitria .............................................................................................................................. 33 3.10.3 Estgio em Manipulao Farmacutica ....................................................................................................................... 33 3.10.4 Estagio em Farmcia Hospitalar ....................................................................................................................................... 36 3.10.5 Estgio V: Anlises Clnicas ....................................................................................................................................... 37 3.10.6 Estgio VI: Anlises de Alimentos .............................................................................................................................. 38 3.10.7 Estagio VII: Industria Farmacutica ........................................................................................................................... 39 3.11 Atividades prticas de ensino ......................................................................................................................................... 40 3.12 Atividades complementares ........................................................................................................................................... 40 3.13 Trabalho de Concluso de Curso (TCC) ...................................................................................................................... 412 3.14 Apoio ao discente ........................................................................................................................................................... 42 3.15 Atividades de tutoria (cursos em EAD e presenciais que ofertam at 20% da carga horria total na modalidade a distncia, conforme Portaria n 4.059, de 10/12/2004). .......................................................................................................... 42
3.16 Responsabilidade social ................................................................................................................................................. 42 3.17 Processos de avaliao do curso ................................................................................................................................... 444 3.18 Articulao entre a graduao e a ps-graduao ........................................................................................................... 45
4. ORGANIZAO ADMINISTRATIVA E ACADMICA DO CURSO ............................................................... 46
4.1 Direo do curso (Coordenao) ...................................................................................................................................... 46 4.2 Coordenao pedaggica ................................................................................................................................................. 49
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 4
4.3 Ncleo Docente Estruturante (NDE) ................................................................................................................................ 50 4.4 Colegiado do curso ........................................................................................................................................................... 51 4.5 Corpo docente .................................................................................................................................................................. 51 4.6 Corpo tcnico-administrativo ........................................................................................................................................... 54
5. ORGANIZAO CURRICULAR DO CURSO ..................................................................................................... 55
5.1 Estrutura curricular .......................................................................................................................................................... 55 5.1.1 Matriz curricular (componentes curriculares) ............................................................................................................... 56 5.1.2 Disciplinas optativas ..................................................................................................................................................... 60 5.1.3 Ementas e bibliografias ................................................................................................................................................. 61 5.2 Flexibilizao curricular ................................................................................................................................................. 107 5.3 Interdisciplinaridade ...................................................................................................................................................... 107
6. INFRAESTRUTURA FSICA E TECNOLGICA ......................................................................................... 121
6.1 Setor administrativo ....................................................................................................................................................... 121 6.2 Sistema Acadmico ........................................................................................................................................................ 121 6.3 Espao de trabalho para a direo (coordenao) do curso ............................................................................................ 122 6.4 Gabinetes de trabalho para professores em tempo integral TI ..................................................................................... 122 6.5 Sala de professores ........................................................................................................................................................ 122 6.6 Salas de aula ................................................................................................................................................................... 122 6.7 Biblioteca ............................................................................................................................................................................... 122 6.8 Laboratrios ................................................................................................................................................................... 127 6.8.1 Laboratrio(s) de informtica ...................................................................................................................................... 127 6.8.2 Laboratrios didticos especializados ......................................................................................................................... 128 6.8.5 reas de convivncia e lazer ....................................................................................................................................... 130
6.9 Unidades hospitalares e complexo assistencial conveniado ........................................................................................... 131 6.10 Sistema de referncia e contrarreferncia ..................................................................................................................... 131 6.11 Cenrios de Prtica e Redes de Ateno Sade ......................................................................................................... 131 6.12 Biotrios (cursos da rea de sade, desde que previsto o seu uso no PPC) .................................................................. 131 6.14 Comit de tica em Pesquisa (CEP) ............................................................................................................................ 133 6.15 Comit de tica na Utilizao de Animais (CEUA) (cursos que utilizam animais em suas pesquisas e preveem o uso de biotrio no PPC) .............................................................................................................................................................. 136
6.16 Condies de acessibilidade para pessoas com deficincia ou mobilidade reduzida .................................................... 136 6.17 Setores de servios e apoio ........................................................................................................................................... 136
7. AVALIAO DO PROJETO PEDAGGICO DO CURSO........................................................................ 137
8. ANEXOS
ANEXO I: Regimento Geral do Centro Universitrio de Anpolis-UniEVANGLICA - Captulo II .................................. 140
ANEXO II: Regimento Geral do Centro Universitrio de Anpolis-UniEVANGLICA - Captulo V ................................. 142
ANEXO III: Regimento Geral do Centro Universitrio de Anpolis-UniEVANGLICA - Captulo VI ............................ 145
ANEXO IV: Lei N 11.788, de 25 de setembro de 2008 ......................................................................................................... 146
ANEXO V: Regulamento do Estagio Curricular Supervisionado ............................................................................................ 154
ANEXO VI: Regulamento Atividades Complementares ......................................................................................................... 157
ANEXO VII: Regulamento Trabalho de Concluso de Curso ................................................................................................. 160
ANEXO VIII: Resoluo CAS N. 44, de 17 de dezembro de 2010 ........................................................................................ 163
ANEXO IX: Programa de Monitoria Voluntria do Curso de Farmcia ................................................................................. 165
ANEXO X: Diretriz brasileira para o cuidado e a utilizao de animais para fins cientficos e didticos - DBCA ............. 177
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PPRROOJJEETTOO PPOOLLTTIICCOO PPEEDDAAGGGGIICCOO DDOO CCUURRSSOO DDEE FFAARRMMCCIIAA
Associao Educativa Evanglica-
Ernei de Oliveira Pina - Presidente
Ciclio Alves de Moraes 1 Vice-Presidente
Ivan Gonalves da Rocha 2 Vice-Presidente
Dr. Geraldo Henrique Ferreira Espndola 1 Secretrio
Francisco Barbosa de Alencar 2 Secretrio
Augusto Csar Rocha Ventura 1 Tesoureiro
Djalma Maciel de Lima 2 Tesoureiro
Centro Universitrio de Anpolis
Ernei de Oliveira Pina - Presidente Chanceler
Carlos Hassel Mendes da Silva Reitor
Prof. Ms. Marcelo Mello Barbosa Pr-Reitora Acadmica
Lcio Carlos Boggian Diretor Administrativo
Sandro Dutra e Silva Pr-Reitor de Ps-Graduao,
Pesquisa, Extenso e Aes Comunitrias
Diretores dos Cursos
Ieso Costa Marques Administrao
Roberto Toledo de Magalhes Agronomia
Alexandre Ribeiro Gonalves Arquitetura e Urbanismo
Edna Barbosa - Cincias Contbeis
Daniel Gonalves Mendes da Costa Direito
Irans Oliveira Silva Educao Fsica
Sandra Valria Martins Pereira Enfermagem
Rogrio Santos Cardoso Engenharia Civil
Hlio de Souza Queiroz Engenharia Mecnica
Dulcinea Maria Barbosa Campos Farmcia
Viviane Lemos Silva Fernandes Fisioterapia
Cristiane Martins Rodrigues Bernardes Odontologia
Libna Lemos Igncio Pereira Pedagogia
Viviane Carla Batista Pocivi Sistemas de Informao/Engenharia da Computao
Viviane Antnio Abraho Tecnlogos
Joo Batista Carrijo Medicina
Josana de Castro Peixoto - Biologia
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Colaboradores
Adenilson Pires Assistente de Artes Grficas
Ana Cludia Carneiro de Melo Secretaria-Geral dos Cursos
Andra Moreira da Cunha Secretria da Coordenadoria de Extenso e Aes Comunitrias
Aparecida Maria Jos Pereira Assessora Administrativo-Financeira
Cleide Jardelina Maciel Tolentino Comisso Permanente de Seleo
Christina Borba Freua Secretria da Presidncia da AEE
Claudia Godoi Secretria-Setorial do COREME Medicina
Edna Peronica Secretria-Setorial do Curso de Direito
Meiry de Souza Moura Secretria-Setorial do Curso de Educao Fsica
Emerson Santana de Souza Assessor Administrativo-Financeiro
Guiliano Rangel Analista de Sistemas
Hlia Maria da Costa Pietrobon Assessora da Reitoria
Hellen Lisboa de Souza Bibliotecria-Geral
Leda S. Monteiro Secretria Setorial do Curso de Farmcia
Jos Carlos Pernico Encarregado da Manuteno-Geral
Nair Melo- Secretria-Setorial do Instituto Superior de Educao
Marcelo Mello Barbosa Pr Reitor Acadmico
Odiones de Ftima Borba Coordenadora de Avaliao e Qualificao Pedaggica
Marisa Mota Ferreira Espndola Curso de Extenso
Nair Melo Secretria-Setorial do Curso de
Sistemas de Informao / Engenharia da Computao
Rozenilda Avelar Secretria-Setorial dos Cursos de Tecnlogos / Engenharias / Arquitetura e Urbanismo e
Agronomia
Andressa Castro Secretria do Curso de Medicina
Secretria-Setorial do Curso de Administrao
Ozias Alves Lotti Departamento de Contabilidade
Pr. Heliel Gomes de Carvalho Coordenador da Capelania
Simone Cardoso dos Santos Assistente Administrativo-UniSocial
Josely Lima de Santana Secretria da
Pr-Reitoria Acadmica
Greice Helen de Melo Silva Diretora de EaD
Anpolis-GO
Maio de 2017
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 7
Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele so a sabedoria e a fora; e Ele muda os
tempos e as estaes; ele remove os reis e estabelece os reis; ele d sabedoria aos sbios e conhecimento aos
entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que est em trevas, e com ele mora a luz. Deus de
meus pais, eu te dou graas e te louvo, porque destes sabedoria e fora; e agora fizeste saber o que te pedimos,
porque nos fizeste saber este assunto...
Dn 2.20-23
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 8
PPRROOJJEETTOO PPEEDDAAGGGGIICCOO DDOO CCUURRSSOO DDEE FFAARRMMCCIIAA
CCEENNTTRROO UUNNIIVVEERRSSIITTRRIIOO DDEE AANNPPOOLLIISS // UUNNIIEEVVAANNGGLLIICCAA
1. CONTEXTUALIZAO SOCIAL
1.1 Contexto socioeconmico e poltico da sociedade contempornea
As mudanas provocadas pelo avano do conhecimento, da tecnologia e da comunicao apresentam
novos rumos e desafios no somente em setores produtivos, mas nas mais diversas reas de relacionamento do
homem.
Os reflexos dessa revoluo sobre a cultura e sobre a educao so imensos. De um lado, tem-se a
universalizao da informao, libertando os indivduos das limitaes das culturas nacionais e abrindo
possibilidades para a internacionalizao da cidadania. Por outro lado, passa a exigir que esse cidado seja
instrudo, receba adequada preparao para que possa participar e usufruir dos avanos que a nova ordem
oferece. A educao, assim, coloca-se como ponto central dessa mudana que se opera em todo o mundo. Ela
se torna no passaporte para a entrada no mundo da tecnologia e para quebrar as limitaes que as distncias
cientficas e tecnolgicas tm imposto aos cidados que residem fora do eixo econmico das principais
economias globais.
Os novos desafios educacionais, produtivos e sociais e as novas estruturas de tomadas de decises
pedaggicas, polticas e tcnicas da atualidade exigem novas dinmicas, atribuies e expectativas de
funcionamento das instituies universitrias.
Estudos recentes ressaltam aspectos importantes que precisam ser considerados nas polticas e prticas
de Ensino Superior, dentre eles:
- Considerao das mudanas que esto ocorrendo na produo e na transmisso do conhecimento.
- O aprendiz precisa ser considerado em sua individualidade biolgica, com diferentes estilos de aprendizagem,
cuja nfase dever estar na construo do conhecimento, e no na instruo.
- O currculo deve ser algo construdo com critrios que considerem uma nova cosmoviso e promoo de
dilogo permanente entre o indivduo e o seu meio ambiente, entre o professor e aluno, e que seja flexvel e
baseado nas peculiaridades do contexto local.
- Adoo de estratgias metodolgicas e processo de avaliao que assegurem que os alunos ajam com
responsabilidade, capacidade crtica e com autonomia e que sejam apropriadas s particularidades da
competncia a ser desenvolvida e s caractersticas dos alunos.
- Necessidade de maior estreitamento do vnculo entre pesquisa-ensino-extenso.
Esta Instituio colabora com a universalizao do acesso ao conhecimento cientfico, tcnico, tico e
cultural. A formao proposta nos documentos institucionais visa ao desenvolvimento de competncias e
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 9
habilidades que permitam ao acadmico atuar em campos profissionais especficos, contribuindo para a melhoria
das condies de vida e o desenvolvimento cultural e socioeconmico da regio.
O Centro Universitrio de Anpolis objetiva ampliar sua prestao de servios por meio de modalidades de
ensino diversificadas, em nvel presencial e a distncia, articuladas pesquisa e extenso, com base na
qualidade social e na excelncia acadmica e pedaggica. Essa viso apoia-se nas demandas por ensino
superior, necessrio formao do cidado, como resposta premncia do desenvolvimento regional, buscando
a insero sociocultural e produtiva, de modo a contribuir para a elevao dos nveis de qualidade de vida e
dignidade da coletividade.
Pensar em um Projeto Pedaggico para o curso de Farmcia implica em considerar a evoluo da
formao dos profissionais farmacuticos. As escolas de Farmcia no Brasil surgiram no tempo em que o mdico
dependia do farmacutico na 'arte de formular'. Ao farmacutico cabia acompanhar e entender o que fosse
pertinente ao medicamento. Os primeiros cursos de Farmcia j se orientavam no sentido de formar profissionais
capazes de pesquisar e compreender tanto a natureza qumica dos frmacos como as suas aes e aplicaes.
Isso significava conhecimento sobre a obteno de substncias qumicas atravs de sntese em laboratrio, o
estudo do corpo humano e o tratamento dos seus problemas por meio de frmacos. Em seu eixo principal, os
cursos de Farmcia sempre objetivaram capacitar profissionais a pesquisar e a produzir as mais eficientes formas
farmacuticas para manter a sade do organismo. No incio do sculo XX, o farmacutico ainda era o boticrio
que criava e produzia frmulas em seu prprio estabelecimento, a farmcia ou botica. O farmacutico era
integrado ativamente na vida de pequenas comunidades e, como tal, era detentor da mesma confiana. Contudo
a sua atividade profissional sofreu desdobramentos ao longo dos anos. Nas ltimas dcadas, em substituio ao
estabelecimento farmacutico de outrora, comearam a aparecer drogarias especializadas no comrcio e
dispensao de medicamentos produzidos pela indstria farmacutica. Houve ento a migrao de inmeros
profissionais que exerciam sua atividade nas farmcias e boticas, principalmente nos grandes centros, para a
atividade industrial. E assim, o estado de Gois tornou-se forte no desenvolvimento do setor farmacutico. Aqui,
consolidou-se um parque industrial envolvendo empresas, sindicatos, associaes e vrios rgos
governamentais, caracterizando-se como um "cluster" de grande dinamismo. Como parte da poltica de
desenvolvimento industrial, foi instalado o Polo Farmacutico do Estado, com dezenas de indstrias do ramo
farmacutico em funcionamento, sendo que grande parte delas est situadas no DAIA, primeiro polo para a
industrializao do interior do Pas, situado a apenas 140 km de Braslia, numa rea de 593 hectares, s margens
das rodovias federais BR 060/153 e da rodovia estadual GO 330, junto a Estao Aduaneira do Interior e a um
terminal ferrovirio.
Neste cenrio foi implantado, no ano de 2005, Projeto Pedaggico do curso de Farmcia, propondo a
oferecer uma formao humana, tcnico-cientfica, tica e profissional para atender s demandas sociais,
econmicas e polticas da sociedade contempornea, com especial ateno para as especificidades das
realidades regional e local.
1.2 Contexto educacional local e regional
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 10
Na regio Centro-Oeste, na rea que abrange todo o Estado de Gois e o Distrito Federal, h uma
concentrao urbana mais densa, onde se localizam duas regies metropolitanas: Goinia/GO e Braslia/DF; a
microrregio do Entorno de Braslia/GO e a cidade de Anpolis/GO. A cidade de Goinia, capital do Estado de
Gois, conta atualmente com 1.333.767 habitantes, segundo dados da Secretaria de Planejamento do Estado de
Gois (GOIS, SEPLAN, 2012). Se considerarmos a regio metropolitana, essa populao atinge cerca de 2
milhes de habitantes. J a cidade de Braslia tem uma populao de 2.570.160 habitantes (IBGE, 2010), porm,
na regio metropolitana, ultrapassa 3 milhes.
No caminho da BR 060, entre Braslia/DF e Goinia/GO, est a cidade de Anpolis/GO, com um
quantitativo populacional de 342.347 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2012. Essa cidade de porte mdio
considerada um ponto estratgico de contato entre a microrregio Centro-Sul e o Norte do Estado, sendo
tambm um importante entreposto, ligando as regies Sudeste e Norte do pas. Para alm da posio geogrfica,
a cidade tem sido alvo de polticas federais que desencadearam e vm consolidando o processo de expanso
econmica.
Numa anlise histrica, possvel observar que, ao longo dos 107 anos da emancipao de Anpolis, a
posio geogrfica estratgica e a dinmica urbana local a credenciam como um centro regional. No por acaso,
entre os anos 1930 e 1950, Anpolis foi o maior centro comercial da regio Centro-Oeste. Um fator fundamental
nesse processo foi a chegada da ferrovia, em 1935. Alguns fatos evidenciam essa tese: em 1942, foi instalado o
primeiro banco goiano, cujo nome era Banco Comercial do Estado de Gois, tendo este 14 filiais no Estado,
inclusive em Goinia; o segundo banco goiano, o Banco Imobilirio do Oeste Brasileiro S/A, inaugurado em 1945,
tambm era Anapolino.
Em 1932, foi inaugurado o Colgio Couto Magalhes, embrio da Associao Educativa Evanglica,
fundada em 1947, que, posteriormente, seria a mantenedora das Faculdades Integradas da AEE, transformadas,
em 2004, no Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA.
Em alguma medida, Anpolis se beneficiou da poltica de interiorizao do Brasil, desenvolvida por
Getlio Vargas, com o nome de Marcha para o Oeste. Foi assim que, em 1941, foi fundada a Colnia Agrcola
Nacional de Gois, no Vale do So Patrcio, hoje cidade de Ceres. Nessa cidade, a Associao Educativa
Evanglica criou novas Unidades: o Colgio lvaro de Melo e a Faculdade de Filosofia do Vale do So Patrcio.
A construo de Goinia, nas dcadas de 1930 e 1940, bem como a edificao da nova capital federal
Braslia, inaugurada em 1961 e a rede de rodovias que lhe dariam suporte, impactaram Anpolis, pois o
municpio passou condio de entroncamento de importantes estradas de rodagem federais e estaduais. Tudo
isso fez aumentar a populao do Estado e a demanda pelo ensino em Gois. Mais uma vez, Anpolis dava
resposta a esse desenvolvimento, com a criao dos primeiros cursos de ensino superior fora da capital, por
meio da Associao Educativa Evanglica, em 1960, com a oferta das licenciaturas em Histria, Letras,
Geografia e Pedagogia.
Nos anos 1970, Anpolis passou a ser uma referncia no projeto de desenvolvimento industrial, com a
criao do DAIA (Distrito Agroindustrial de Anpolis), inaugurado em 1976. Este Distrito serviria de modelo para
que outros do gnero fossem instalados no interior do Estado. O DAIA abriga, atualmente, o maior nmero de
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 11
empresas do Estado. Enquanto tal promove a interligao da cidade a grandes metrpoles e outros pases,
dinamizando a economia local.
Outra ao que influenciou diretamente a dinmica urbana local foi a efetivao da Estao Aduaneira do
Interior, conhecida como Porto Seco. O Porto Seco propicia a distribuio de mercadorias e facilita as
exportaes.
Prevista para finalizar em 2015, a construo do Aeroporto de Cargas de Anpolis, considerada obra
estratgica para a consolidao da plataforma multimodal no municpio, ir fazer de Anpolis um centro de
logstica, garantindo atrao de mais investimentos e o escoamento de produtos, podendo ser em breve um dos
principais centros de distribuio da produo no Brasil.
Na dcada de 1990, a abertura e/ou ampliao de Instituies de Ensino Superior tm orientado discursos
locais que asseguram ser a cidade de Anpolis um verdadeiro polo de educao. As Instituies de Ensino
Superior so tambm representativas da dinmica urbana desse municpio. A oferta de educao superior
promove a circulao de pessoas, dinamizada pela instalao de muitos jovens que se mudam ou vm
diariamente de cidades circunvizinhas para Anpolis.
Em face do quadro sociopoltico, econmico e cultural de Anpolis e regio, a UniEVANGLICA contribui
positivamente com a comunidade, tanto no atendimento s demandas de ensino de graduao e ps-graduao,
como na pesquisa cientfica e em atividades de extenso
A histria desta Instituio de Ensino Superior revela que sua insero regional, iniciada h 70 anos, vem
acompanhando o desenvolvimento do pas. A ampliao das instalaes fsicas e de laboratrios, o aumento da
oferta de cursos e vagas e as aes de pesquisa e extenso tm sido realizadas de acordo com o cenrio
socioeconmico e as demandas regionais.
Nesse sentido, o credenciamento institucional para a modalidade a distncia amplia as possibilidades para
o cumprimento de sua misso institucional. A perspectiva regional ganha novo escopo, agora em nvel nacional,
por meio de uma educao a distncia mediada via novas tecnologias de informao e comunicao. Assim
como as demais aes institucionais, em seu projeto educacional, as aes de planejamento da estrutura inicial
para a modalidade a distncia tambm foram desenhadas utilizando conceitos inovadores de gesto e adotando
polticas institucionais modernas e eficazes. Dessa forma, a EAD nasce com as mesmas caractersticas
institucionais de busca pela qualidade que permeiam seu trabalho desde o ano de 1961, quando da criao de
seu primeiro curso superior. Para tanto, investimentos especficos inerentes a um projeto de EAD - em recursos
educacionais, humanos, tecnolgicos e financeiros j se fazem presentes, criando as possibilidades e os
caminhos para que a misso institucional seja cumprida, agora, no cenrio educacional brasileiro. Os valores, os
objetivos e as metas institucionais sero trabalhados no sentido de atender s necessidades dos alunos em cada
um dos Polos de Apoio Presencial, propondo atuaes pedaggicas que possam responder de maneira
adequada a essas necessidades.
No que se refere ao ensino de Farmcia, havia no Brasil um descompasso em termos de formao
profissional. Ento, o Conselho Nacional de Educao (CNE), atravs de sua Cmara de Ensino Superior,
aprovou no dia seis de novembro de 2001 uma proposta de diretrizes curriculares que instituiu a mudana no
ensino farmacutico. Atravs da RESOLUO CNE/CES 2, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2002, que instituiu
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 12
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Farmcia, foi implantado o curso de Farmcia do
Centro Universitrio de Anpolis. Foi criado por fora da Resoluo do Conselho Acadmico Superior/ N 07 de
21/10/2004 e reconhecido pelo Ministrio de Educao atravs da Portaria SESU 58, de 26/01/2009. De acordo
com essas diretrizes, o profissional, denominado Farmacutico Generalista deveria ser capacitado ao exerccio
de atividades referentes aos frmacos e aos medicamentos, s anlises clnicas e toxicolgicas e ao controle,
produo e anlise de alimentos, pautado em princpios ticos e na compreenso da realidade social, cultural e
econmica do seu meio, dirigindo sua atuao para a transformao da realidade em benefcio da sociedade. Ao
longo dos seus 11 anos de funcionamento, o curso contribuiu para a formao de farmacuticos, que alcanaram
espao profissional nas diferentes reas de atuao.
Nesse interim, a farmcia brasileira continuou trilhando inmeras transformaes. E, tendo em vista os
avanos ocorridos na profisso farmacutica iniciou-se a partir de 2015, um novo movimento nacional articulado
pelo Conselho Federal de Farmcia envolvendo as comisses de ensino dos Conselhos Regionais de Farmcia,
bem como as Instituies de Ensino Superior do pas, na perspectiva da organizao de novas diretrizes
curriculares. A proposta de documento final foi elaborada em um evento nacional promovido pelo CFF em 2016,
apreciada em uma audincia publica promovida pelo Conselho Nacional de Educao em abril de 2017, para em
seguida ser apreciada e homologada pelo senhor Ministro da Educao. De acordo com as novas diretrizes O
curso de Graduao em Farmcia tem como perfil do formando egresso/profissional o Farmacutico, profissional
da sade, com formao centrada nos frmacos, nos medicamentos e na assistncia farmacutica, e de forma
integrada s analises clnicas e toxicolgicas, aos cosmticos e aos alimentos, em prol do cuidado sade do
individuo, da famlia e da comunidade.
2. CONTEXTUALIZAO INSTITUCIONAL
2.1 Caractersticas da Instituio Mantenedora
A Associao Educativa Evanglica AEE, fundada em 31 de maro 1947, pelo Reverendo Arthur
Wesley Archibald, tem como tarefa fundamental contribuir para a educao e a formao de crianas, jovens e
adultos da regio Centro-Oeste.
Criada como mantenedora de escolas, em diversos nveis, a AEE uma instituio confessional, de
carter interdenominacional e marca presena com a fundao de escolas em diversas cidades do Estado de
Gois.
No nvel bsico, fundou o Colgio Couto Magalhes, em Anpolis; o Colgio lvaro de Melo, em Ceres; o
Educandrio Nilza Rizzo, a Escola Luiz Fernandes Braga Jnior, o Normal Regional e o Stio de Orientao
Agrcola, em Cristianpolis; tendo estes ltimos sido desativados, ao longo do tempo.
Durante a dcada de 1960, no contexto da interiorizao do desenvolvimento provocado pela
transferncia da capital federal para a Regio Centro-Oeste, e a partir da abertura propiciada pelo governo
federal para o credenciamento de novas Instituies de Ensino Superior, a AEE criou sua primeira faculdade.
Assim, em 27 de fevereiro de 1961, o Conselho Federal de Educao autorizou o funcionamento da Faculdade
de Filosofia Bernardo Sayo FFBS, com a oferta dos cursos de Letras, Histria, Geografia e Pedagogia. Em 18
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 13
de maro de 1969, a Faculdade de Direito de Anpolis FADA foi autorizada a funcionar e, em 23 de novembro
de 1971, foi igualmente autorizada a Faculdade de Odontologia. A Faculdade de Filosofia do Vale do So
Patrcio, situada em Ceres, no Estado de Gois, foi autorizada a funcionar pelo Decreto n. 76.994, de 7 de
janeiro de 1976, tendo esta os cursos de Letras e Pedagogia. Em 1993, as faculdades criadas at ento foram
transformadas em Faculdades Integradas, por fora de seu Regimento Unificado.
Mais recentemente, ao final da dcada de 1990, as Faculdades Integradas da Associao Educativa
Evanglica ampliaram suas instalaes e a oferta de novos cursos, incluindo Cincias Contbeis, em Ceres, e
Administrao, Educao Fsica e Enfermagem, em Anpolis. Em 2002, deu-se a oferta do curso de Fisioterapia,
sendo tambm ampliado o nmero de vagas para Educao Fsica e Direito.
Convicta da relevncia de sua proposta educacional, fundamentada em valores cristos, ticos e democrticos,
as Faculdades Integradas da Associao Educativa Evanglica foram credenciadas como Centro Universitrio de
Anpolis UniEVANGLICA, em maro de 2004.
Misso:
A Associao Educativa Evanglica, fundamentada em princpios cristos, tem como misso: promover,
com excelncia, o conhecimento por meio do ensino nos diferentes nveis da pesquisa e da extenso, buscando
a formao de cidados comprometidos com o desenvolvimento sustentvel.
Imbuda de sua misso, a Instituio tem, enquanto valores, a competncia, o profissionalismo e o
trabalho participativo, norteando suas aes por princpios ticos, morais e cristos. A Instituio nutre, ainda, a
expectativa de que, nos prximos 5 anos, ser consolidada como instituio crist de educao e centro de
excelncia em ensino, pesquisa e extenso, utilizando conceitos inovadores de gesto e adotando polticas
institucionais modernas e eficazes na conduo de seu projeto educacional, tais como:
Exerccio de sua funo social, evidenciando as reas de atuao educacional, assistencial, poltica, social e
cultural.
Desenvolvimento de um Projeto Institucional de qualidade, que valorize as potencialidades e individualidades
do ser humano.
Valorizao profissional, investindo em projetos de capacitao que visem ao aprimoramento e ao crescimento
intelectual.
Desenvolvimento de programas institucionais que possibilitem a consolidao do Projeto Pedaggico do
Centro Universitrio, garantindo a articulao entre ensino, pesquisa e extenso universitria.
Estmulo a projetos de pesquisa, iniciao cientfica e programas de prestao de servios.
2.2 Caractersticas da mantida
O Centro Universitrio de Anpolis foi criado a partir das Faculdades Integradas da Associao Educativa
Evanglica, tendo sido credenciado em 15 de maro de 2004, por meio da Portaria Ministerial n. 628, publicada
no D.O.U. n. 52, de 16 de maro de 2004. Em decorrncia de seu credenciamento, a Instituio criou, ento, em
2004, o curso de Sistemas de Informao, no turno noturno, e em 2005, o curso de Cincia da Computao, no
turno matutino, e os cursos de Farmcia e Biologia/Licenciatura, no perodo noturno. Em 2008, novos cursos
foram criados Medicina, no turno diurno e Engenharia Civil, no turno noturno, alm dos seguintes cursos
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 14
superiores de tecnologia: Gastronomia, Gesto Financeira, Produo Sucroalcooleira, Radiologia e Redes de
Computadores, todos no turno noturno.
No que se refere educao a distncia, em 2005, dando incio a essa modalidade, o Centro
Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA, cria o Ncleo de Educao a Distncia NEAD com a oferta de
curso de extenso e seminrios. Em continuidade oferta desta modalidade, em 2009, de acordo com a Portaria
4.059 de 2004, que prev que as instituies de ensino superior possam introduzir na organizao pedaggica
curricular de cursos superiores a oferta de disciplinas integrantes do currculo na modalidade semipresencial,
inicia-se a oferta dos 20% da carga horria dos cursos reconhecidos, nessa modalidade. Cria-se, em junho de
2012, a Coordenao de Educao a Distncia.
Atualmente, o Centro Universitrio de Anpolis, com o olhar voltado para a realidade presente e viso de
futuro, atua estrategicamente, por meio de uma gesto inovadora e compartilhada. Assim, redefine prioridades, a
fim de viabilizar sua misso e, desse modo, participar efetivamente do processo de desenvolvimento
socioeconmico e cultural da regio. 1.4 reas de Atuao Acadmica
Considerando sua misso, a UniEVANGLICA concretiza sua proposta educativa por meio dos cursos de
graduao licenciatura e bacharelado, cursos superiores de tecnologia, cursos de ps-graduao lato e stricto
sensu, dos programas e linhas de pesquisa e, ainda, dos cursos de extenso. Essa prerrogativa da Instituio em
ofertar cursos nos diferentes nveis de ensino superior favorece a articulao entre as atividades de ensino,
pesquisa e extenso. A dinmica da integrao dessas atividades mobiliza o processo educativo. Nesse sentido,
a UniEVANGLICA incorpora s suas atividades acadmicas programas de iniciao cientfica, alm de projetos
de extenso e ao comunitria, que proporcionam outros espaos de construo, contextualizao e divulgao
do conhecimento. Do mesmo modo, a utilizao de novas tecnologias da informao, baseadas na comunicao
e na interao, contribuem para o desenvolvimento das habilidades cognitivas do acadmico, tais como busca,
anlise crtica, julgamento, sntese e produo do conhecimento, com maior autonomia.
3. CONCEPO DO CURSO
3.6.4 Atividades de ensino e sua articulao com a pesquisa e extenso
O ensino, na UniEVANGLICA, tem como pressuposto a relao dialgica, que se apresenta como
promotora da relao horizontal de respeito mtuo entre professor e aluno. No se permite mais o ensino
enciclopedista, onde o professor aparece como o nico doador de conhecimento ao estudante.
Sendo assim, o ensino na UniEVANGLICA baseado no contato do estudante com o mundo, com o
conhecimento, refletindo sobre ele, reformulando-o, pois o mundo e o conhecimento so dinmicos e mutveis,
no esto prontos e requerem a reconstruo diuturna da sociedade. Busca, deste modo, a integrao entre as
atividades de ensino, pesquisa e extenso, tendo em vista promover a formao acadmica de forma
contextualizada, a partir de anlise e interpretao de fenmenos sociais e naturais, abordados com adequao
cientfica e incorporando o hbito de investigao com rigor metodolgico.
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 15
A IES entende que a capacidade de criar e trabalhar com o conhecimento pode garantir o
desenvolvimento de uma instituio educativa, como tambm de um pas de forma sustentvel e soberana. Por
isso, educar pessoas que saibam criar e trabalhar o conhecimento fundamental para uma nao. dessa
relao com o saber que se formam cidados crticos, autores, reflexivos, criativos. Um saber que assim
construdo percebe melhor a necessidade de transformar o mundo para que ele seja melhor para um maior
nmero de pessoas. O profissional formado nessa concepo de mundo, de homem, de educao e de ensino
compreende melhor a responsabilidade social de sua profisso num pas ainda to carente de formados em nvel
superior. Enfim, um profissional que sensvel aos problemas que a sociedade enfrenta.
3.1 Identificao do Curso
O Curso de Farmcia do Centro Universitrio de Anpolis/UniEVANGLICA situa-se na Avenida
Universitria, Km 3.5. Foi criado por fora da Resoluo do Conselho Acadmico Superior/ N 07 de 21/10/2004,
teve inicio em 2005, tendo sido reconhecido pelo Ministrio de Educao atravs da Portaria SESU 58, de
26/01/2009. O Curso de Farmcia adota a filosofia geral do Centro Universitrio de Anpolis, fundamentada em
princpios cristos com a misso de promover, com excelncia, o conhecimento por meio do ensino nos
diferentes nveis, da pesquisa e da extenso, buscando a formao de cidados comprometidos com o
desenvolvimento sustentvel. Tendo em vista as transformaes ocorridas nas reas de atuao do profissional
farmacutico, a nova matriz curricular est sendo ofertada (2017/1) conforme as DCNs/2017 com uma carga
horria de 4900 horas distribudas em 5 anos (10 perodos), para o perodo noturno, 60 vagas semestrais, tempo
mnimo de integralizao curricular de 10 semestres e tempo mximo de 15 semestres. ofertado com uma
carga horria de estgio de 940 horas correspondendo a 19,7% da carga horria total do curso. Em atendimento
Lei n 9.795 de 27 de abril de 1999 e Decreto n 4281 de 25 de junho de 2002, o curso de Farmcia trabalha
contedos de Educao Ambiental, na disciplina optativa: Sade e Meio Ambiente: Vetores de Importncia
Mdica e nos Seminrios Interdisciplinares. Em virtude do Parecer CNE/CP N 8/ 2012, Resoluo CNE/ CP
N1/2012 e Lei N 9394/96, Parecer CNE/CP N 3/2004 o curso de Farmcia trata os contedos de educao em
direitos humanos, educao das relaes tnico-raciais, cultura afro-brasileira, africana e indgena na disciplina
obrigatria: Sade e Sociedade II: Sociologia.
As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Farmcia/2017 definem que o profissional
farmacutico ter formao centrada nos frmacos, nos medicamentos e na assistncia farmacutica, e de
forma integrada s anlises clinicas e toxicolgicas, aos cosmticos e aos alimentos, em prol do cuidado sade
do indivduo, da famlia e da comunidade. A formao deve ser pautada em princpios ticos e cientficos,
capacitando-o para o trabalho nos diferentes nveis de complexidade do sistema de sade, por meio de aes de
preveno de doenas, de promoo, proteo e recuperao da sade, bem como na pesquisa e no
desenvolvimento de servios e de produtos para a sade. Nesta direo, a matriz curricular foi estruturada com
conhecimentos nas reas de cincias exatas, cincias biolgicas, cincias humanas e sociais aplicadas, cincias
da sade e cincias farmacuticas. A necessria articulao entre conhecimentos, competncias, habilidades e
atitudes, a formao do futuro profissional farmacutico encontra-se estruturada em trs eixos: Cuidado em
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 16
Sade, Tecnologia e Inovao em Sade e Gesto em Sade. Nesses trs eixos de formao, o curso
contempla atividades tericas, prticas, estgios curriculares obrigatrios, trabalho de concluso de curso e
atividades complementares articulando a formao acadmica atuao profissional. O ensino ministrado
tendo como meta a excelncia da qualificao no nvel de graduao de cidados/farmacuticos competentes no
exerccio da profisso. A pesquisa caminho para alcanar a meta da qualidade do ensino, nos nveis de
graduao e ps-graduao. Com isso, o Colegiado do Curso de Farmcia contribui para construo do
desenvolvimento cientfico-tecnolgico e, tambm, para a formao de pesquisadores capazes de produzir
insumos farmacolgicos para a elaborao da poltica nacional de medicamentos, visando ao aprimoramento da
assistncia farmacutica sade. Aes sociais so desenvolvidas no curso conforme princpios do SUS. Os
estudantes realizam o estgio Sade Pblica/Assistncia Farmacutica em Unidades Bsicas de Sade da
cidade de Anpolis. Alm desse estgio, os estudantes estagirios tm a oportunidade de prestar servio ao
usurio do sistema nico de sade, tendo em vista um convnio entre o Laboratrio de Anlises Clinicas do curso
de Farmcia com o SUS. So desenvolvidas aes voltadas aos programas de iniciao cientfica, de monitorias
e programas de ps-graduao. Capacitar recursos humanos em cada uma das reas de atuao do profissional
farmacutico meta do Curso de Farmcia do Centro Universitrio de Anpolis.
3.2 Formas de ingresso (processo seletivo, vagas remanescentes - portadores de diplomas, transferncias)
Conforme o Regimento Interno do Centro Universitrio de Anpolis, as normas e informaes gerais que
se relacionam s formas de ingresso aos cursos encontram-se explicitadas atravs do capitulo II (Anexo 1).
As inscries para o processo seletivo vestibular so abertas em edital pela Instituio, do qual devem
constar os cursos oferecidos com as respectivas vagas, os prazos para inscrio, a documentao exigida, a
relao das provas, os critrios de classificao e de desempate e demais informaes teis. O ingresso de
candidatos ao curso de Farmcia se faz atravs de processo seletivo vestibular, de forma idntica aos demais
cursos da Instituio. Outra forma de ingresso se faz atravs da abertura de editais para transferidos e portadores
de diploma, caso haja disponibilidade de vagas no curso.
3.3 Justificativas do Curso de Farmcia
O Estado de Gois, com a sua vocao industrial, se projetou em mbito nacional atravs da consolidao
de seu parque industrial farmacutico, com cerca de 40 empresas farmacuticas de mdio e grande porte que
geram uma empregabilidade significativa. Estas empresas, fortemente concentradas no eixo Anpolis-Goinia,
sendo na sua maioria sediadas no DAIA (Distrito Agro-Industrial de Anpolis), vm experimentando um sensvel
crescimento e demonstrando grande capacidade de responder aos desafios colocados pelas novas condies
competitivas. A aprovao da chamada "lei dos genricos" (Lei 9.787/99) abriu novas e grandes oportunidades
para as indstrias nacionais do ramo, criando condies para um novo salto da indstria farmacutica em Gois.
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 17
Este fato aumenta em Anpolis a necessidade de formao de recursos humanos na rea industrial farmacutica.
Soma-se a esta demanda a necessidade crescente de profissionais capacitados para enfrentar os desafios
crescentes com a implementao de novas polticas de sade em outros setores, tais como: Farmcias
Comunitrias, Hospitais e Unidades Bsicas de Sade, Farmcias Magistrais, Indstrias de Alimentos e
Laboratrios de Anlises Clnicas, situao esta observada principalmente no interior do Estado. Alm disso, a
necessidade de aes sociais pertinentes aos princpios do SUS.
O Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA tem como foco central de sua misso a formao e
o desenvolvimento humano e profissional, de jovens e adultos, a partir de uma concepo de educao
fundamentada nos valores cristos, princpios cientficos e inovaes tecnolgicas, como instrumento de
valorizao da vida e de incluso sociocultural, poltica e econmica do cidado e de promoo do
desenvolvimento regional.
Entendendo a relevncia de sua vocao, e, por seu alto compromisso com a valorizao do humano e a
promoo do desenvolvimento socioeconmico e cultural do Centro-Oeste do pas, o Centro Universitrio de
Anpolis UniEVANGLICA, Instituio sem fins econmicos, se firma no objetivo de expandir com qualidade,
viabilizando a incluso social.
O curso de Farmcia foi criado no Centro Universitrio de Anpolis como uma forma de resposta
demanda da sociedade, num momento em que o cenrio da sade pblica e de produo e utilizao de
medicamentos colocam desafios para a formao de uma nova gerao de farmacuticos que possam ser
agentes de transformao dessa realidade, caracterizada por:
Crescimento explosivo do mercado farmacutico brasileiro, que se tornou o 4 mercado mundial, sem que
houvesse aumento de acesso da populao;
Diminuio dos investimentos pblicos em produo e aquisio de medicamentos;
Uso irracional de medicamentos, com graves consequncias para a sade da populao e para os custos
dos sistemas de sade, tanto pblicos quanto privados;
Presena de produtos farmacuticos ineficazes e/ou perigosos no mercado;
Falta de boas prticas de manufatura e de controle de qualidade em parcela significativa da indstria
farmacutica;
Crescente morbidade, mortalidade e gastos devidos a iatrognese medicamentosa, em consequncia de
uso irracional de medicamentos e de problemas de controle de qualidade;
Domnio do mercado por empresas multinacionais e falta de desenvolvimento tecnolgico local.
Recentemente ocorreram mudanas significativas no cenrio das empresas farmacuticas do DAIA. Houve
fuso de empresas locais com empresas multinacionais. Da mesma forma, houve venda de empresas locais
multinacionais. Esse quadro exige a formao de profissionais farmacuticos ainda mais qualificados. Alm da
competncia na rea farmacutica, o domnio da lngua inglesa tornou-se uma exigncia para enfrentar essa
realidade.
Reformular vrios aspectos da qualificao do farmacutico a fim de que esse profissional passe a atuar
eficazmente, de forma que seu papel social seja desempenhado competentemente, em benefcio da sade da
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 18
populao uma realidade. Contribuies de vrios autores definem esses novos caminhos. No Brasil, tanto a
Federao Nacional dos Farmacuticos como o Conselho Federal de Farmcia j realizaram exerccios de
redefinio de prioridades para o Ensino Farmacutico ao longo da ltima dcada. O Ministrio de Educao, na
formulao das Diretrizes Gerais para a Educao Farmacutica no Brasil, tambm se engajou neste exerccio.
Destaque-se que o curso de Farmcia foi pensado no apenas para atender a uma demanda da
sociedade, mas tambm pela importncia em formar profissionais competentes e conscientes da transformao
do meio em que se encontram. Para isso, conta com uma infraestrutura adequada e uma equipe de professores
farmacuticos mestres e doutores com ampla vivncia profissional, capazes de fornecer o embasamento terico-
prtico necessrio implantao e manuteno de um curso de qualidade.
3.4 Objetivos do Curso de Farmcia
O Curso de Farmcia do Centro Universitrio de Anpolis tem o objetivo de formar profissionais
farmacuticos com competncias e habilidades especficas para:
Respeitar os princpios ticos inerentes ao exerccio profissional;
Atuar em todos os nveis do cuidado em sade, integrando-se em programas de promoo,
manuteno, preveno, proteo e recuperao da sade, sensibilizados e comprometidos com
o ser humano, respeitando-o e valorizando-o;
Atuar interdisciplinarmente e transdisciplinarmente com extrema produtividade na promoo da
sade baseado na convico cientfica, de cidadania e de tica;
Reconhecer a sade como direito e condies dignas de vida e atuar de forma a garantir a
integralidade da assistncia, entendida como conjunto articulado e contnuo das aes e servios
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os nveis de
complexidade do sistema;
Exercer sua profisso de forma articulada ao contexto social, entendendo-a como uma forma de
participao e contribuio social;
Conhecer mtodos e tcnicas de investigao e elaborao de trabalhos acadmicos e
cientficos;
Desenvolver assistncia farmacutica individual e coletiva;
Atuar na pesquisa, desenvolvimento, seleo, manipulao, produo, armazenamento e
controle de qualidade de insumos, frmacos, sintticos, recombinantes e naturais,
medicamentos, cosmticos, saneantes e domissaneantes e correlatos;
Atuar em rgos de regulamentao e fiscalizao do exerccio profissional e de aprovao,
registro e controle de medicamentos, cosmticos, saneantes, domissaneantes e correlatos;
Atuar na avaliao toxicolgica de medicamentos, cosmticos, saneantes, domissaneantes,
correlatos e alimentos;
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 19
Realizar, interpretar, emitir laudos e pareceres e responsabilizar-se tecnicamente por anlises
clnico-laboratoriais, incluindo os exames hematolgicos, citolgicos, citopatolgicos e
histoqumicos, biologia molecular, bem como anlises toxicolgicas, dentro dos padres de
qualidade e normas de segurana;
Realizar procedimentos relacionados coleta de material para fins de anlises laboratoriais e
toxicolgicas;
Avaliar a interferncia de medicamentos, alimentos e outros interferentes em exames
laboratoriais;
Avaliar as interaes medicamento/medicamento e alimento/medicamento;
Exercer a farmacoepidemiologia;
Exercer a dispensao e administrao de nutracuticos e de alimentos de uso enteral e
parentreral;
Atuar na gesto em sade nas esferas de planejamento, administrao e gesto de servios
farmacuticos, incluindo registro, autorizao de produo, distribuio e comercializao de
medicamentos, cosmticos, saneantes, domissaneantes e correlatos;
Atuar no desenvolvimento e operao de sistemas de informao farmacolgica e toxicolgica
para pacientes, equipes de sade, instituies e comunidades;
Interpretar e avaliar prescries;
Atuar na dispensao de medicamentos e correlatos;
Participar na formulao das polticas de medicamentos e de assistncia farmacutica;
Formular e produzir medicamentos e cosmticos em qualquer escala;
Atuar na promoo e gerenciamento do uso correto e racional de medicamentos, em todos os
nveis do sistema de sade, tanto no mbito do setor pblico como do privado;
Desenvolver atividades de garantia da qualidade de medicamentos, cosmticos, processos e
servios onde atue o farmacutico;
Realizar, interpretar, avaliar, emitir laudos e pareceres e responsabilizar-se tecnicamente por
anlises de alimentos, de nutracuticos, de alimentos de uso enteral e parenteral, suplementos
alimentares, desde a obteno das matrias primas at o consumo;
Atuar em tecnologia e inovao em sade nas esferas de pesquisa e desenvolvimento,
seleo, produo e controle de qualidade de produtos obtidos por biotecnologia;
Realizar anlises fsico-qumicas e microbiolgicas de interesse para o saneamento do meio
ambiente, includas as anlises de gua, ar e esgoto;
Atuar na pesquisa e desenvolvimento, seleo, produo e controle de qualidade de
hemocomponentes e hemoderivados, incluindo realizao, interpretao de exames e
responsabilidade tcnica de servios de hemoterapia;
Exercer ateno farmacutica individual e coletiva na rea das anlises clnicas e toxicolgicas;
Gerenciar laboratrios de anlises clnicas e toxicolgicas;
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 20
Atuar na seleo, desenvolvimento e controle de qualidade de metodologias, de reativos,
reagentes e equipamentos.
3.5 Perfil Profissional do Egresso
De acordo com as DCNs/2017, o perfil do egresso exige uma formao estruturada nos seguintes eixos:
Cuidado em Sade, Tecnologia e Inovao e Sade e Gesto em Sade. O Cuidado em Sade compreende
um conjunto de aes e de servios ofertados ao individuo, famlia e comunidade que considera a autonomia do
ser humano pautada em aes que visem a promoo, proteo e recuperao da sade, alm da preveno de
doenas, o que exige:
o acolhimento do indivduo, verificao das necessidades, a realizao da anamnese farmacutica e o
registro das informaes referentes ao cuidado em sade, considerando o contexto da vida e a
integralidade do indivduo
a avaliao e o manejo da farmacoterapia, com base em raciocnio clinico, considerando necessidade,
prescrio, efetividade, segurana, comodidade, acesso, adeso e custo;
a solicitao, realizao e interpretao de exames clinico laboratoriais e toxicolgicos, a verificao e
avaliao de parmetros fisiolgicos, bioqumicos e farmacocinticos, para fins de acompanhamento
farmacoteraputico e proviso de outros servios farmacuticos;
a investigao de riscos relacionados segurana do paciente, visando ao desenvolvimento de aes
preventivas e corretivas;
a identificao de situaes de alerta para o encaminhamento a outro profissional ou servio de sade,
atuando de modo a preservar a sade e a integridade do paciente;
o planejamento, a coordenao e a realizao de diagnstico situacional de sade, com base em estudos
epidemiolgicos, demogrficos, farmacoepidemiolgicos, farmacoeconmicos, clinico laboratoriais e
socioeconmicos, alm de outras investigaes de carter tcnico, cientfico e social, reconhecendo as
caractersticas nacionais, regionais e locais;
a elaborao e aplicao de plano de cuidado farmacutico, pactuado com o paciente e/ou cuidador, e
articulado com a equipe interprofissional de sade, com acompanhamento da sua evoluo;
a prescrio de terapias farmacolgicas e no farmacolgicas e de outras intervenes relativas ao
cuidado em sade, conforme legislao especfica no mbito de sua competncia profissional;
a dispensao de medicamentos, considerando o acesso e o seu uso seguro e racional;
o rastreamento em sade, a educao em sade, o manejo de problemas de sade autolimitados, a
monitorizao teraputica de medicamentos, a conciliao de medicamentos, a reviso da
farmacoterapia, o acompanhamento farmacoteraputico, a gesto da clinica, entre outros servios
farmacuticos;
o esclarecimento ao indivduo e, quando necessrio, ao seu cuidador, sore a condio de sade,
tratamento, exames clinico-laboratoriais e outros aspectos relativos ao processo de cuidado;
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 21
a busca, a seleo, a organizao, a interpretao e a divulgao de informaes que orientem a tomada
de decises baseadas em evidncias cientficas, em consonncia com as polticas de sade;
a promoo e a educao em sade, envolvendo o individuo, a famlia e a comunidade, identificando as
necessidades de aprendizagem e promovendo aes educativas;
a realizao e interpretao de exames clinico-laboratoriais e toxicolgicos, para fins de complementao
de diagnstico e prognstico;
a prescrio, a orientao, a aplicao e o acompanhamento visando ao uso adequado de cosmtico e
outros produtos para a sade;
a orientao sobre o uso seguro e racional de alimentos relacionados sade, incluindo os parenterais e
enterais, bem como os suplementos alimentares;
a prescrio, a aplicao e o acompanhamento das prticas integrativas e complementares, de acordo
com as polticas de sade e a legislao vigente.
A Tecnologia em sade compreendida como um conjunto organizado de conhecimentos cientficos,
empricos ou intuitivos, empregados na pesquisa, no desenvolvimento, na produo, na qualidade e na
proviso de bens e servios. A inovao, por sua vez, a soluo de problemas tecnolgicos,
compreendendo a introduo ou melhoria de processos, produtos, estratgias ou servios, tendo
repercusso positiva na sade individual e coletiva. A execuo da tecnologia e inovao em sade requer
as seguintes competncias:
I- Pesquisar, desenvolver, inovar, produzir controlar e garantir a qualidade de :
a) frmacos, medicamentos, insumos;
b) biofrmacos, biomedicamentos, imunobiolgicos, hemocomponentes, hemoderivados e
outros produtos biotecnolgicos e biolgicos;
c) reagentes qumicos, bioqumicos e outros produtos para diagnstico;
d) alimentos, preparaes parenterais e enterais, suplementos alimentares e dietticos;
e) cosmticos, saneantes e domissanitrios;
f) outros produtos relacionados sade
II- Pesquisar, desenvolver, inovar, fiscalizar, gerenciar e garantir a qualidade e tecnologias de processos e
servios aplicados rea de sade, envolvendo:
a) as tecnologias relacionadas a processos, prticas e servios de sade;
b) A sustentabilidade do meio ambiente e a minimizao de riscos;
c) a avaliao da infraestrutura necessria adequao de instalaes e equipamentos;
d) a avaliao e implantao de procedimentos adequados de embalagem e rotulagem;
e) a administrao da logstica de armazenamento e transporte;
f) a incorporao de tecnologia de informao, a orientao e o compartilhamento de
conhecimentos com a equipe de trabalho;
Entende-se como gesto em sade um processo tcnico, poltico e social capaz de integrar recursos e aes
para a produo de resultados. A sua execuo requer as seguintes competncias:
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 22
I- Identificar e registrar os problemas e as necessidades de sade, o que envolve:
a) conhecer e compreender as polticas pblicas de sade, aplicando-as de forma
articulada nas diferentes instncias;
b) conhecer e compreender a organizao dos servios e sistemas de sade;
c) conhecer e compreender a gesto da informao;
d) participar nas instncias consultivas e deliberativas de polticas de sade;
II- Elaborar, implementar, acompanhar e avaliar o plano de interveno, processos e projetos o que
envolve:
a) conhecer e avaliar os diferentes modelos de gesto em sade;
b) conhecer e aplicar ferramentas , programas e indicadores que visem a qualidade ea
segurana dos servios prestados;
c) propor aes baseadas em evidncias cientficas nas realidades socioculturais,
econmicas e polticas;
d) estabelecer e avaliar planos de interveno e processos de trabalho;
e) conhecer e compreender as bases de administrao e da gesto das empresas
farmacuticas.
III- Promover o desenvolvimento de pessoas e equipes, o que envolve:
a) conhecer a legislao que rege as relaes com trabalhadores e atuar na definio
de suas funes e sua integrao com os objetivos da organizao do servio;
b) desenvolver a avaliao participativa das aes e servios em sade;
c) selecionar, capacitar e gerenciar pessoas, visando implantao e otimizao de
projetos, processos e planos de ao.
3.6 Polticas institucionais no mbito do curso
As politicas de ensino, pesquisa e extenso no mbito do curso so norteadas pela poltica
Institucional.
3.6.1 Polticas institucionais de ensino no mbito do curso
O ensino se constitui essencialmente na produo da aprendizagem. Desta forma, a UniEVANGLICA
concebe o papel do professor como mediador entre o aluno e o conhecimento. Est implcita na concepo de
formao humana e profissional o processo de elaborao de conhecimento dinmico e contextualizado,
requerendo a participao ativa do acadmico na construo de sua aprendizagem. Para tanto necessria a
adoo de metodologias de aprendizagem dinmicas, inovadoras que criem condies adequadas para a
construo do conhecimento pelo aluno. De igual modo, as aes de avaliao requeridas por essa concepo
de educao superior devem ser contnuas, com nfase na reflexo sobre a formao, por meio de processos
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 23
diagnsticos que tenham como propsito a identificao de xitos e retificaes para o re-planejamento, quando
necessrio, com vistas ao aprimoramento das aes educativas.
A compreenso de que a educao libertadora e dialgica, e se apresenta como promotora da relao
horizontal de respeito mtuo entre professor e aluno, no permite mais o ensino conteudista e enciclopedista,
onde o professor aparece como o nico doador de conhecimento ao estudante. O ensino na UniEVANGLICA
sim um ensino baseado no contato do estudante com o mundo, com o conhecimento, refletindo sobre ele,
reformulando-o, visto que o mundo e o conhecimento so dinmicos e mutveis, no esto prontos e requerem a
reconstruo diuturna dos homens. Assim, a capacidade de criar e trabalhar com o conhecimento pode garantir o
desenvolvimento de uma instituio educativa, como tambm de um pas de forma sustentvel e soberana. Por
isso, educar pessoas que saibam criar e trabalhar o conhecimento fundamental para uma nao. apenas
dessa relao com o saber que se forma cidados crticos, autores, reflexivos, criativos. Um saber que assim
construdo percebe melhor a necessidade de transformar o mundo para que ele seja melhor para um maior
nmero de pessoas. O profissional formado nessa concepo de mundo, de homem, de educao e de ensino
compreende melhor a responsabilidade social de sua profisso num pas ainda to carente de formados em nvel
superior. Enfim, um profissional que sensvel aos problemas que a sociedade enfrenta. Com base nessas
premissas a UniEVANGLICA procura vivenciar a sua misso institucional, qual seja a de promover, com
excelncia, o conhecimento por meio do ensino nos diferentes nveis, da pesquisa e da extenso, buscando a
formao de cidados comprometidos com o desenvolvimento sustentvel.
No curso de Farmcia, a matriz curricular contempla disciplinas elaboradas na perspectiva de identificar
a unicidade de conhecimento adequado formao profissional do estudante. Tenta-se superar a viso
fragmentada buscando a construo do conhecimento de forma integrada. Os planos de ensino e todo o
planejamento do semestre letivo so construdos na perspectiva do processo formativo, de um trabalho integrado,
integrativo. O currculo integrativo foi construdo atravs de uma viso evolutiva, de uma complexidade crescente.
Os currculos foram reestruturados, mas de forma consensual. As aes acerca do processo integrativo
compreendem a anlise da disciplina, construo do processo de aprendizagem. Os professores do curso de
Farmcia acreditam que a matriz curricular deva ser flexvel, interdisciplinar, integrativa e elaborada conforme as
necessidades sociais da regio. Em decorrncia dessa reestruturao contedos que faziam parte do grupo de
disciplinas bsicas, como fisiologia, embriologia, bioqumica, anatomia, passaram a ser ministrados de forma
integrada, recebendo nomenclaturas que so encontradas apenas na Instituio, como Cincias Biolgicas VII:
Agresso e Defesa I; Cincias Biolgicas III: Concepo e Formao do Ser Humano; Cincias Biolgicas V:
Dinmica Vital, etc.. O modelo caminha para a formao integrada do conhecimento. Este aspecto visto por
muitos professores de forma positiva. No crescente da formao do estudante de Farmcia, quando se caminha
para as especialidades da formao profissional encontra-se uma estrutura do baseada em mdulos. Mdulo de
Anlises Clinicas (6 perodo); Alimentos (7 perodo) e Indstria Farmacutica (8 perodo), compostos por
estgios e disciplinas que conversam entre si, na perspectiva da formao do estudante em cada uma das reas
de atuao do Farmacutico. So empregadas algumas metodologias ativas no curso. Entre elas, destacam-se
projetos de Educao em Sade como teatros, palestras e oficinas (dramatizao) que so empregadas em
algumas disciplinas do curso. A metodologia ativa Team Based Learn (TBL), a problematizao (soluo de
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 24
problemas) portflios, seminrio e auto-avaliao tambm so empregadas em disciplinas e estgios Para cada
estratgia so comentados os critrios de avaliao do ensino e da aprendizagem do desempenho do estudante.
A experincia no curso demonstra que os professores vm realizando mudanas, empregando novas
metodologias de ensino, na perspectiva dos desafios atuais.
3.6.2 Polticas institucionais de pesquisa no mbito do curso
O estmulo pesquisa cientfica e formao de pesquisadores tem destaque na UniEVANGLICA com o
Programa de Bolsas de Iniciao Cientfica (PBIC). A Instituio disponibiliza cotas de bolsas, por cursos da
graduao. Conta tambm com cotas de bolsas concedidas pelo CNPq. Aps anlise dos projetos, por um
comit de pesquisa, inclusive por consultores externos so concedidas bolsas de iniciao cientfica aos
candidatos aprovados. H uma grande adeso do corpo docente e discente do curso de Farmcia. Estudantes
com projetos aprovados e no classificados para obteno de bolsas podem atuar no programa de Iniciao
Cientfica Voluntria (PVIC). O Programa de Bolsa de Iniciao Cientfica (PIBIC) e o desenvolvimento do
Trabalhos de Concluso de Curso (TCC) estimulam no aluno da graduao a sua vocao para a pesquisa
cientfica. Alunos da graduao do curso de Farmcia tm participado de projetos de pesquisa (PIBIC, ou outros
projetos) recebendo a orientao de professores do curso de Farmcia que atuam no Programa de Ps-
Graduao em Sociedade Tecnologia e Meio Ambiente do Centro Universitrio de Anpolis. A politica de
interao entre graduao e ps-graduao praticada no curso de Farmcia tem estimulado os seus egressos a
se qualificarem cursando mestrado e doutorado em outras Instituies de Ensino. Entres essas, Instituto de
Patologia Tropical/UFG, Instituto de Cincias Biolgicas/UFG, Faculdade de Farmcia/UFG, Universidade
Federal de So Paulo/UNIFESP, Universidade Estadual de So Paulo. Dois egressos cursaram mestrado e
doutorado e atuam hoje como docentes no curso de Farmcia, aps terem se submetido a processos seletivo
docente.
Os projetos de pesquisa desenvolvidos no curso de Farmcia esto inseridos nas seguintes linhas de
pesquisa:
Ateno Farmacutica;
Biotransformao de Frmacos;
Avaliao citopatolgica nas doenas trato-genital feminino;
Toxicologia social e ocupacional;
Controle de Qualidade em Alimentos;
Gentica de populaes; Mutagnese; Diagnstico Gentico e Molecular;
Estudos Farmacognstico e Farmacolgico de Plantas do Cerrado;
Imunologia de Doenas Infecciosas e Parasitrias do Centro-Oeste;
Instrumentos de gesto farmacutica;
Helmintos e Protozorios de Interesse em Parasitologia Humana;
Produtos Naturais e Sintticos em Doenas Parasitrias;
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 25
Estabilidade de Frmacos e Medicamentos;
Estudos das Alteraes Biolgicas no Idoso;
Sade Coletiva e Polticas de Sade. Estratgia em Sade Famlia. Promoo da Sade;
Gesto Industrial - Aplicao de Ferramentas / Tecnologia Farmacutica;
Propaganda e Publicidade de Medicamentos;
Anlises Microbiolgicas de gua e alimentos;
Infeco Hospitalar;
Avaliao Bioqumica na Atividade Fsica;
Sade e Meio Ambiente;
Farmacovigilncia;
Validao de Processos Farmacuticos.
Nessas linhas de pesquisa os docentes do curso publicaram artigos cientficos em peridicos de impacto,
Qualis A1, A2, B1, B2, no trinio 2014, 2015 e 2016. Essa produo cientfica dos docentes do curso de
Farmcia ensejou a elaborao de um Programa de Ps-Graduao em Cincias Farmacuticas, nvel de
mestrado, categoria profissional, pela Pr- Reitoria de Pesquisa Ps-graduao e Extenso Comunitria, a
ser submetido para Coordenao de Pessoal de Ensino Superior (CAPES) em setembro prximo.
3.6.3 Polticas institucionais de extenso no mbito do curso
A Extenso Universitria um processo educativo, cultural, cientfico e poltico que constitui a
trade indissocivel ensino-pesquisa-extenso. A partir deste princpio viabilizada a interao transformadora
entre IES e sociedade, promovendo deste modo, assim, a aplicao dos conhecimentos cientficos e
possibilitando reconhecer problemticas sociais que sirvam de tema para estudos cientficos.
Por sua caracterstica interdisciplinar, a extenso interage conceitos e metodologias que permitem aos
discentes uma viso mais ampla de sua formao profissional, aplicando-as em aes de impacto social. Como
resultado dessa interao, obtm-se o benefcio geral por meio da troca de conhecimentos entre acadmicos e
comunidade.
No curso de Farmcia, esse trabalho desenvolvido de forma a incentivar aos estudantes a aplicarem
o conhecimento adquirido em beneficio da sociedade As aes extensionistas do Curso de Farmcia so de trs
natureza:
Aes que fazem parte de Programas e Projetos Institucionais, nos quais h participao de vrios
cursos da IES.
Aes desenvolvidas de formas pontuais ou continuadas, onde h participao exclusiva de discentes e
docentes do Curso de Farmcia.
Aes desenvolvidas conforme solicitaes feitas por parceiros, como instituies religiosas, instituies
educacionais, empresas, conselhos de classe, instituies filantrpicas etc.
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 26
A participao do Curso de Farmcia em todas as categorias de aes extensionistas se d por meio
da prestao de servios farmacuticos regulamentados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais estabelecidas
pelo MEC e pelas 72 reas de atuao estabelecidas pelo Conselho Federal de Farmcia.
Quanto periodicidade, essas aes podem ser desenvolvidas de forma varivel. Anual: (Projeto Uma
Semana Pra Jesus, Projeto Ciranda, Projeto Ciranda Goiansia). Semestral: (Projeto Amaznia) e especificas do
curso (atendimentos comunitrios, projetos de educao em sade etc.).
Os acadmicos do Curso so estimulados a participar de atividade de extenso desde o ingresso na
IES e a oportunidade de participao diretamente proporcional ao conhecimento cientfico e habilidades
apreendidas no decorrer do Curso. Desse modo, quanto mais disciplinas cursadas o acadmico apresentar em
seu histrico, maior ser a oportunidade de participao em atividades de extenso.
3.6.4 Atividades de ensino e sua articulao com a pesquisa e a extenso
O ensino, na UniEVANGLICA, tem como pressuposto a relao dialgica, que se apresenta como
promotora da relao horizontal de respeito mtuo entre professor e aluno. No se permite mais o ensino
enciclopedista, onde o professor aparece como o nico doador de conhecimento ao estudante. Sendo assim, o
ensino na UniEVANGLICA baseado no contato do estudante com o mundo, com o conhecimento, refletindo
sobre ele, reformulando-o, pois o mundo e o conhecimento so dinmicos e mutveis, no esto prontos e
requerem a reconstruo diuturna da sociedade. Busca, deste modo, a integrao entre as atividades de ensino,
pesquisa e extenso, tendo em vista promover a formao acadmica de forma contextualizada, a partir de
anlise e interpretao de fenmenos sociais e naturais, abordados com adequao cientfica e incorporando o
hbito de investigao com rigor metodolgico. A IES entende que a capacidade de criar e trabalhar com o
conhecimento pode garantir o desenvolvimento de uma instituio educativa, como tambm de um pas de forma
sustentvel e soberana. Por isso, educar pessoas que saibam criar e trabalhar o conhecimento fundamental
para uma nao. dessa relao com o saber que se formam cidados crticos, autores, reflexivos, criativos. Um
saber que assim construdo percebe melhor a necessidade de transformar o mundo para que ele seja melhor
para um maior nmero de pessoas. O profissional formado nessa concepo de mundo, de homem, de educao
e de ensino compreende melhor a responsabilidade social de sua profisso num pas ainda to carente de
formados em nvel superior. Enfim, um profissional que sensvel aos problemas que a sociedade enfrenta.
O Curso de Farmcia do Centro Universitrio de Anpolis - instituio comprometida com a produo,
sistematizao e socializao do saber em suas diferentes expresses, empreende aes concretas, de modo a
contribuir para a transformao da sociedade, considerando-a como ponto de partida e de retorno do ensino e da
pesquisa que desenvolve, numa articulao estabelecida atravs das aes de extenso. Destaca-se a interao
entre ensino, extenso e pesquisa, uma vez que alguns produtos obtidos so empregados na elaborao de
Trabalhos de Concluso de Curso (TCC), bem como estimulam a elaborao de projetos de PIBIC.
H um entendimento, no curso de Farmcia, de que a extenso praticada associada ao ensino e dela
tm sido gerado produtos de pesquisa. Abordagens das disciplinas de bioqumica, hematologia, imunologia e
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outras so aplicadas em atividades de extenso. Alm dos projetos institucionais, h projetos especficos do
curso. E nesta perspectiva que fica evidenciada a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso, atravs
das seguintes aes:
3.6.4.1 Campanhas de Orientao Quanto ao Uso Correto de Medicamentos
O Curso realiza campanhas pelo uso correto do medicamento. Para os alunos do curso de Farmcia, a
atividade fora da Universidade muito importante, por avaliar a realidade da populao no que se refere ao uso
dos medicamentos. Durante o emprego desse tipo de ao, coletam informaes que permitem mapear o
comportamento do pblico diante da automedicao. Essa ao relevante, pois o uso irracional de
medicamentos traz srios comprometimentos sade da populao por dosagem inadequada, efeitos
indesejveis e at desperdcios, o que onera as pessoas e os cofres pblicos .
Alm de um trabalho social importante, essa ao tem tambm o objetivo de valorizar a importncia do
farmacutico profissional das farmcias e drogarias no sentido de prestar orientao farmacutica adequada.
Esse profissional presta Assistncia Farmacutica em todas as etapas do medicamento desde a pesquisa, a
produo, controle, dispensao e acompanhamento farmacoteraputico.
3.6.4.2 Centro de Informao de Medicamentos (CIM)
O Centro de Informaes de Medicamentos (CIM) um servio a ser implantado pelo Curso de Farmcia
do Centro Universitrio de Anpolis, visando prestar informaes atualizadas sobre medicamentos a profissionais
de sade, estudantes e populao em geral. Objetiva esclarecer dvidas sobre o uso clnico do medicamento,
como interao com produtos de composio diferente, eficcia e efeitos colaterais. As informaes podero ser
obtidas pelo telefone, internet e atravs de material informativo, em campanhas educativas realizadas pelo CIM.
Esse servio ser de grande utilidade para a rede pblica de sade que qualifica a prescrio de medicamentos
em suas unidades. O atendimento ser feito por duas equipes de farmacuticos e estudantes de Farmcia, que
trabalharo em plantes de segunda sexta, nos horrios de 8h s 12h e de 14h s 18h.
3.6.4.3 FARMCIA UNIVERSITRIA do Centro Universitrio de Anpolis
A Farmcia Universitria da UniEVANGELICA foi criada para servir como campo de estgio aos alunos
do curso, aproximando os alunos do exerccio das atividades de dispensao de medicamentos e ateno
farmacutica. Ela est integrada a outros projetos do curso. Subordinada Diretoria do Curso de Farmcia, tem
como objetivos a manipulao de medicamentos, frmulas e cosmticos, desenvolvimento pesquisas com ervas
medicinais e outras do bioma cerrado, buscando novos produtos e promover o intercmbio com instituies e
entidades. A Farmcia Universitria oferece comunidade um atendimento denominado Servios
Farmacuticos que significa um atendimento farmacutico personalizado caracterizado por aferio de presso
arterial, teste de glicemia capilar, ateno farmacutica ao idoso, incluindo participantes da UNIATI (Universidade
Aberta Terceira Idade); ateno farmacutica gestantes, diabticos e hipertensos. Alm de campo de estgio
curricular e contato com a sociedade essas atividades geram projetos para o desenvolvimento de TCC e PIBIC,
ou seja, h uma articulao entre ensino, extenso e pesquisa.
Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Farmcia 28
3.6.4.4 Ligas acadmicas
Na perspectiva da ampliao das caractersticas multidisciplinares, de carter e extensionista e de
pesquisa a comunidade do curso de Farmcia implantou: 1) Liga Acadmica sobre Crack, lcool e outras
Drogas (LACAD), 2) Liga Acadmica de Farmcia Clnica; 3) Liga Acadmica Multidisciplinar para Estudos da
Dor (LAMED); Liga Acadmica de Estudos em HIV/AIDS (LAEH); Liga Acadmica sobre a Sade da Mulher
3.6.4.5 Laboratrio de Anlises Clnicas
O Laboratrio de Anlises Clnicas da UniEVANGELICA tem como principal objetivo oferecer estgio
curricular aos alunos do curso de Farmcia, capacitando-os para o mercado de trabalho. Ao mesmo tempo,
objetiva tambm a extenso universitria com o atendimento da populao carente de Anpolis e regies
vizinhas, alunos, professores e funcionrios. Muitos exames laboratoriais so empregados pelos estudantes nas
diferentes atividades de extenso promovidas pelo curso e Pr- Reitoria de Pesquisa Ps-graduao e Extenso
Comunitria. Ou seja, faz ensino pesquisa e extenso. Este laboratrio dispe de uma ampla infraestrutura fsica,
de equipamentos e pessoal capacitado para a realizao de exames na rea de Anlises Clnicas. Realiza
exames laboratoriais de rotina nas reas de Bioqumica, Hematologia, Parasitologia, Uroanlise, Microbiologia,
Imunologia e Citopatologia em pacientes encaminhados pelos servios mdicos da Unidades Bsicas de sade
de Anpolis, em virtude do convnio estabelecido entre a Instituio e SUS. Exames realizados: HEMATOLOGIA:
hemograma completo, velocidade de Hemossedimentao-VHS, dismorfismo eritrocitrio, pesquisa de
hematozorios exame a fresco. BIOQUMICA: glicemia, perfil lipdico, uria, creatinina, cloro, magnsio,
mucoprotenas. CPK,CK-mb, bilirrubina total, bilirrubina direta e indireta, sdio, potssio. IMUNOLOGIA:
Sorologia para doena de Chagas, sorologia para toxoplasmose IgM e IgG, sorologia para HIV, sorologia para
HBV (HBsAg, anti-HBsAg, anti-HBc IgG e IgM),sorologia para HCV, sorologia para CMV, sorologia para rubola,
sorologia para sfilis, dosagem de b-HCG, protena C reativa, fator reumatide, dosagem de anti-estreptolisina
O.URANLISE E LQUIDOS CORPORAIS: EAS, lquor rotina, lquido pleural, lquido sinovial, lquido asctico,
espermograma. PARASITOLOGIA: Mtodo de Hoffmann Pons e Janer (pesquisa de ovos de helmintos),mtodo
de Faust et al., (pesquisa de cistos e trofozotos de protozorios), mtodo de Baermann- Moraes (pesquisa de
larvas de helmintos),tamizao das fezes (pesquisa de proglotes de Taenia), mtodo de colorao modificado
pela fucsina-carblica de Kinyoun (pesquisa de Cryptosporidium spp, Isospora belli e Cyclospora
cayetanensis),Mtodo da fita gomada: pesquisa de Enterobius vermicularis. MICROBIOLOGIA: urocultura,
coprocultura, cultura para secrees. MICOLOGIA: pesquisa de fungos exame direto, fungos cultura.
CITOPATOLOGIA: citologia onco-cervical, citologia de secrees. Os custos com a realizao dos exames e so
provenientes de convnio firmado com o (SUS) Sistema nico de Sade.
3.7 Metodologia de ensino
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Para alcanar os objetivos traados para atender ao perfil do profissional Farmacutico Generalista, o
corpo docente do curso de Farmcia utiliza vrias metodologias de ensino-aprendizagem. Essas estratgias
visam crescimento do aluno durante todo o curso e da mesma forma buscam minimizar problemas e deficincias
trazidos de outros nveis de ensino pelos quais o aluno j passou.
Alm do nivelamento dos alunos, h atividades didticas atravs de aulas expositivas com uso da lousa,
com utilizao de recursos multimdia, e com uma expressiva carga horria de aulas prticas para aquelas
disciplinas em que o desenvolvimento de habilidades tcnicas, bsicas e especficas, se fazem necessrias para
a consistente formao profissional. Essas aulas prticas so ministradas em laboratrios ou em campo,
incluindo visitas tcnicas estabelecimentos farmacuti
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