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CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE

JACQUELINE BRUSTULIN

COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA, DISTRIBUIÇÃO VERTICAL E FLOR AÇÃO DE

ORQUÍDEAS EPIFÍTICAS EM TRÊS PARQUES MUNICIPAIS DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

NOVO HAMBURGO, 2008.

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JACQUELINE BRUSTULIN

COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA, DISTRIBUIÇÃO VERTICAL E FLOR AÇÃO DE

ORQUÍDEAS EPIFÍTICAS EM TRÊS PARQUES MUNICIPAIS DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

Centro Universitário Feevale

Instituto de Ciências da Saúde

Curso de Ciências Biológicas

Trabalho de Conclusão de Curso

Professor Orientador: Jairo Lizandro Schmitt

Novo Hamburgo, Junho de 2008.

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À minha mãe,

Carmen Háas Brustulin

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AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Dr. Jairo Lizandro Schmitt, cujo estímulo e orientação, possibilitou a realização

deste trabalho.

À Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Farroupilha, por conceder a autorização para

ingressar no Parque dos Pinheiros e executar a pesquisa.

À Secretaria Municipal do Meio Ambiente de São Francisco de Paula, por conceder a

autorização para ingressar no Parque Municipal da Ronda e executar a pesquisa.

À Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Novo Hamburgo, por conceder a autorização

para ingressar no Parque Municipal Henrique Luiz Roessler e executar a pesquisa.

Aos responsáveis pelo Parque Municipal Henrique Luiz Roessler, por ceder guarda-parques,

os quais nos acompanharam nas saídas a campo.

Ao Centro Universitário Feevale, pela infra-estrutura disponibilizada.

Ao Dr. Jorge Luiz Waechter e ao Dr. Rodrigo B. Singer, pela valiosa ajuda na identificação

taxonômica das espécies.

À colega e amiga Natália Koch, pelo auxílio na compilação do abstract.

Aos meus colegas do Laboratório de Botânica, pela amizade e companhia durante as

excursões.

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À colega e amiga Ciliana Rechenmacher, pela amizade e significativo auxílio nos trabalhos de

campo.

Ao Prof. Marcelo Pereira de Barros, que prontamente colocou a disposição seu binóculo

pessoal para a utilização nas saídas a campo.

À Maria Salete Marchioretto, por abrir as portas do Herbarium Anchieta (PACA) e ajudar na

busca de bibliografias e material botânico.

À amiga Bárbara Nascimento, pela amizade verdadeira e incentivo ao longo do curso.

À amiga Cristiane Barbosa D’Oliveira, pela companhia nas idas à Porto Alegre em busca de

bibliografias, pela hospedagem, pelo auxílio na elaboração do mapa e pela amizade

incondicional, a qual proporcionou momentos de incentivo e descontração ao longo do curso.

À minha família, pela distração proporcionada por um convívio renovado e aconchegante.

Aos meus pais, e especialmente, à minha querida mãe, pelo carinho, incentivo, companhia nos

trabalhos a campo e compreensão nos momentos difíceis deste trabalho.

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.....................................................................................................................7 Resumo.......................................................................................................................................9 Abstract.....................................................................................................................................10 Introdução.................................................................................................................................11 Material e métodos ...................................................................................................................12 Resultados e discussão .............................................................................................................14 Referências bibliográficas ........................................................................................................16 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................22 ANEXOS..................................................................................................................................23

Anexo 1 ................................................................................................................................24 Anexo 2. ...............................................................................................................................30 Anexo 3. ...............................................................................................................................33 Anexo 4 ................................................................................................................................36

NORMAS DO PERIÓDICO ESCOLHIDO ............................................................................37

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APRESENTAÇÃO

O artigo a seguir está formatado segundo as normas da Revista Pesquisas – Série

Botânica, do Instituto Anchietano de Pesquisas, as quais se encontram disponíveis nas folhas

finais do trabalho. O restante segue as normas do Manual de Metodologia Científica do

Professor Cleber Cristiano Prodanov (2006), Feevale.

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COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA, DISTRIBUIÇÃO VERTICAL E FLOR AÇÃO DE ORQUÍDEAS EPIFÍTICAS EM TRÊS PARQUES MUNICIPAIS DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

Jacqueline Brustulin1,3,* e Jairo Lizandro Schmitt2,3

1 Graduanda do curso de Ciências Biológicas, Centro Universitário Feevale. 2 Doutor em Botânica, pesquisador e professor titular no PPG em Qualidade Ambiental e no curso de Ciências Biológicas, Centro Universitário Feevale. 3 Centro Universitário Feevale, Instituto de Ciências da Saúde, Laboratório de Botânica, RS-239, 2755, CEP 93352-000, Novo Hamburgo, RS, Brasil. * Autor para correspondência: [email protected]

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Resumo – Nas áreas urbanas, os parques são refúgios da natureza que contribuem para a preservação e perpetuação da biodiversidade. Realizou-se o levantamento das orquídeas epifíticas em dois fragmentos de Floresta Ombrófila Mista, sendo que um deles está localizado no Parque Municipal da Ronda (PMR), em São Francisco de Paula, e o segundo, no Parque dos Pinheiros (PP), em Farroupilha e em um terceiro fragmento de Floresta Estacional Semidecidual, no Parque Municipal Henrique Luiz Roessler (Parcão), em Novo Hamburgo, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. O inventário florístico foi realizado de janeiro de 2007 a janeiro de 2008. Foram identificadas, ao total, 33 espécies, distribuídas em 16 gêneros. O gênero Oncidium apresentou a maior riqueza (6) considerando todas as áreas de estudo. O PMR apresentou o maior número de espécies, com 23, seguido do PP, com 22 e do Parcão com sete espécies. Foi registrada a presença de Cattleya intermedia Graham no Parcão, espécie ameaçada de extinção no Rio Grande do Sul. São apresentadas a distribuição vertical das espécies e seu período de floração. Além disso, os resultados das composições florísticas obtidas foram comparados entre si e com aqueles encontrados em outros estudos desenvolvidos no Estado. Palavras-chave : Orchidaceae, Floresta Ombrófila Mista, Floresta Estacional Semidecidual, Sul do Brasil.

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Abstract – In urban areas, the municipal parks are refuges of nature that contribute for the preservation and perpetuation of biodiversity. A survey of the epiphytic orchids was carried out in two Mixed Humid Forest fragments, one located at Parque Municipal da Ronda (PMR), in São Francisco de Paula and the other at Parque dos Pinheiros (PP), in Farroupilha and a third fragment of Semidecidual Seasonal Forest, at Parque Municipal Henrique Luiz Roessler (Parcão), in Novo Hamburgo, State of Rio Grande do Sul, Brazil. The surveys were realized during the period of January 2007 to January 2008. A total of 33 species representing 16 genera were identified. The genus Oncidium has presented the highest richness (6) considering all the study areas. PMR has presented the largest number of species (23), followed by PP (22) and Parcão with seven species. The presence of Cattleya intermedia Graham threatened species of extinction in Rio Grande do Sul was registered at Parcão. The vertical distribution of the species and their flowering period are presented. Besides, the results of the floristic compositions were compared among the sites and with other studies developed in the State.

Key words : Orchidaceae, Mixed Humid Forest, Seasonal Semideciduous Forest, Southern Brazil.

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Introdução

Os parques localizados no perímetro urbano ou na periferia das cidades são áreas de proteção ambiental que desempenham uma função destacada no equilíbrio da malha urbana. Estes parques são espaços da natureza que se protegeram da ocupação humana e, devido sua estrutura florística, seu contingente faunístico, suas características hídricas e sua influência no microclima, são importantes para a qualidade ambiental do complexo urbano (Mohr, 1985) e viabilizam um espaço para a conservação da diversidade biológica (Terborgh & Van Schaik, 2002).

A família Orchidaceae Juss. é uma das maiores dentre as angiospermas, estimando-se, mundialmente, a existência de 19.500 espécies e 725 gêneros (Dressler, 1993), sendo que destes, 440 gêneros apresentam hábitos epifíticos (Kress, 1986). No Brasil, ocorrem cerca de 2.400 espécies (Barros, 1996) e no Rio Grande do Sul cerca de 400 espécies (Nunes & Waechter, 1998), das quais 282 espécies epifíticas foram registradas para o Estado (Pabst & Dungs, 1975, 1977; Poter & Backes, 1985; Waechter, 1986).

Representantes da família Orchidaceae ocorrem em todo o planeta, exceto nas regiões polares e nos desertos, porém, a maioria das espécies ocorre nas regiões tropicais, crescendo diretamente no solo, sobre pedras, ou, principalmente como epífitos (Pinheiro et al., 2004), constituindo um grupo bastante significativo e diversificado dentre os epífitos vasculares (Waechter, 1998). Provavelmente essa grande amplitude geográfica seja favorecida pela dispersão a longas distâncias, proporcionada por suas numerosas e diminutas sementes (Benzing, 1981).

Os epífitos são organismos que vivem todo seu ciclo de vida ou parte dele sobre outras plantas, utilizando apenas o suporte mecânico de seus hospedeiros (forófitos), sem retirar dos mesmos nutrientes necessários a sua sobrevivência (Benzing, 1987, 1990). A importância ecológica do epifitismo nas comunidades florestais consiste na manutenção da diversidade biológica e no equilíbrio interativo (Waechter, 1992). Lugo & Scatena (1992) citam os epífitos como organismos que influenciam positivamente os processos e a manutenção dos ecossistemas.

Grandes contribuições taxonômicas brasileiras referentes à família Orchidaceae são advindas de trabalhos desenvolvidos por Schlechter & Hoehne (1949), Pabst & Dungs (1975, 1977), Atwood (1986) e Barros & Batista (2004). Informações sobre orquídeas epifíticas ocorrentes no Estado do Rio Grande do Sul encontram-se compiladas em trabalhos referentes a levantamentos florísticos sobre epífitos vasculares, tais como de Aguiar et al., (1981), Martau et al., (1981), Waechter (1986), Gonçalves & Waechter (2002), Rogalski & Zanin (2003) e Giongo & Waechter (2004). No Rio Grande do Sul, trabalhos que discutem exclusivamente a família Orchidaceae foram desenvolvidos por Potter & Backes (1985), Waechter (1980, 1998), Nunes & Waechter (1998), Freitas & Jasper (2001), Rocha & Waechter (2006) e Buzatto et al., (2007).

As orquídeas, devido a sua beleza e caráter ornamental, foram, durante muitos anos, e ainda vem sendo alvo de coletas irregulares. Atualmente, 38 espécies pertencentes a essa família encontram-se na lista de espécies da flora nativa ameaçada de extinção, no Estado do Rio Grande do Sul (Decreto nº. 42.099, de 31 de dezembro de 2002). O objetivo do presente estudo foi realizar um levantamento das orquídeas epifíticas encontradas no Parque Municipal da Ronda (São Francisco de Paula), no Parque dos Pinheiros (Farroupilha) e no Parque Municipal Henrique Luiz Roessler (Novo Hamburgo), enfatizando a distribuição vertical e o período de floração das espécies. As composições florísticas obtidas foram comparadas entre si e com aquelas encontradas em outros estudos desenvolvidos no Rio Grande do Sul. O estudo contribui para o conhecimento da diversidade de orquídeas epifíticas, bem como para a análise da potencialidade dos parques estudados na conservação dessas plantas. Além disso, os resultados constituem um banco de dados que poderá ser utilizado, no futuro, para uma avaliação da regeneração da diversidade de orquídeas epifíticas nestas áreas que estão sob proteção ambiental.

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Material e métodos

Áreas de estudo - O Parque Municipal da Ronda (29°2 7’03’’S e 50°35’41’’W; 910 m de alt.), localiza-se no município de São Francisco de Paula (Figura 1), na região dos Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul (Fortes, 1959). O parque possui 1200 ha de área distribuídos entre Campos de Altitude, Floresta Ombrófila Mista, florestas secundárias, plantações de Eucalyptus sp, Pinnus sp e Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, além de uma vasta rede hídrica, composta por banhados, arroios, cachoeiras e vertentes. O levantamento florístico foi realizado no fragmento de Floresta Ombrófila Mista (ca. 70 ha), considerando que durante incursões prévias nas áreas adjacentes florestadas não foi registrada a ocorrência do táxon estudado. Embora o fragmento de Floresta Ombrófila Mista seja um remanescente da vegetação original, a área está desfalcada de espécies de interesse econômico, exploradas no passado. O clima da região é do tipo Cfb, de acordo com a classificação climática de Koeppen, ou seja, temperado úmido (C) com chuvas durante todos os meses do ano (f), sendo que a precipitação média anual é de 2.468 mm e a temperatura média anual de 14,1°C (Moreno, 1961). Os solos são formad os pela deposição do meláfiro, proveniente de rochas efusivas básicas. Streck et al., (2002), classificaram como cambissolo húmico alumínico, rasos a profundos, em combinação com neossolos litólicos, comum em ambiente onde a alta pluviosidade e as baixas temperaturas favorecem o acúmulo da matéria orgânica.

O Parque dos Pinheiros (29°14’30’’S e 51°26’20’’W; 760 m de alt.) encontra-se inserido no perímetro urbano do município de Farroupilha (Figura 1), na Encosta Superior do Nordeste, no Rio Grande do Sul (Fortes, 1959). O parque possui 20 ha de área, dos quais 18 ha são de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista, no qual foi realizado o levantamento florístico. As benfeitorias do parque ocupam os outros dois hectares. O clima da região é do tipo Cfb, de acordo com a classificação climática de Koeppen, sendo que a precipitação média anual é de 1.673 mm e a temperatura média anual é de 17,3°C (Moreno, 1961; Westphalen & Maluf , 2000). Os solos são formados pelos sucessivos derrames de lavas vulcânicas (efusivas basálticas), ocorridas no período jurássico-cretáceo, intercaladas por períodos de deposição de areias. Streck et al., (2002), classificaram como cambissolo húmico alumínico típico, associado com alissolos e neossolos litólicos.

O Parque Municipal Henrique Luiz Roessler (29°40’5 4’’S e 51°06’56’’W; 16,4 m de alt.) localiza-se no perímetro urbano do município de Novo Hamburgo (Figura 1), na Encosta Inferior do Nordeste, no Rio Grande do Sul (Fortes, 1959). O parque possui 51,3 ha de área, dos quais ½ está coberto por campo seco, ¼ por áreas úmidas e ¼ por floresta secundária (Weisheimer et al., 1996) classificada como Floresta Estacional Semidecidual de Terras Baixas (Teixeira et al., 1986), na qual foi realizado o levantamento florístico. As áreas florestadas mais antigas do parque atingem um estágio médio de regeneração (Weisheimer et al., 1996). O clima regional é do tipo Cfa, sendo que a temperatura do mês mais quente é superior a 22°C (a ) (Moreno, 1961), segundo a estação climatológica de Campo Bom (29°41’S e 51°03’W; 25,8 m de alt.), a precipitação média anual é de 1.649 mm e a temperatura média anual de 19,5°C. Os solos, segundo Streck et al., (2002), foram classificados como planossolo hidromórfico eutrófico arênicos.

Levantamento florístico - Foram realizadas 12 incursões mensais em cada uma das áreas estudadas, durante janeiro de 2007 a janeiro de 2008, para observação e coleta de material botânico (ramo florido, por exemplo), no ambiente epifítico dos parques, evitando-se a remoção total de indivíduos. Além disso, foram realizadas incursões adicionais de fevereiro a maio de 2008, a fim de resolver dúvidas taxonômicas. A presença das orquídeas epifíticas foi registrada através da combinação entre a escalada do forófito, galhos caídos ao longo do caminho e através da observação à distância, com auxílio de um binóculo BUSHNELL® - 96m AT 1000M. Algumas amostras de flores das plantas coletadas foram conservadas em meio líquido (álcool 70% contendo 10% de glicerina). Também foi realizado o registro fotográfico das espécies in situ, com uma máquina digital SONY® (DSC-H5, 7.2MP), para o auxílio nas identificações (Anexo 1).

O material botânico coletado foi herborizado e identificado em nível de gênero e espécie, com auxílio de microscópio estereoscópico, no Laboratório de Botânica do Centro Universitário Feevale, Novo Hamburgo (RS). A identificação das espécies foi baseada em Cogniaux (1896, 1902, 1906), Schlechter & Hoehne (1949) e Pabst & Dungs (1975, 1977), bem como em comparações diretas a exsicatas existentes no Herbarium Anchieta (PACA) do Instituto Anchietano de Pesquisas/UNISINOS, São Leopoldo (RS) e no Herbário do Instituto de Ciências Naturais (ICN), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (RS). Também foram consultados especialistas na área. O material herborizado foi depositado no Herbarium Anchieta (PACA).

Comparação florística - A fim de verificar se o tipo florestal é um fator de diferenciação florística, a composição específica de orquídeas epifíticas dos fragmentos florestais estudados foi comparada com as apresentadas por Freitas & Jasper (2001) em Floresta Estacional Decidual

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(pequenos fragmentos de vegetação primária e principalmente vegetação secundária); por Rogalski & Zanin (2003) em Floresta Estacional Decidual (vegetação secundária); por Buzatto (2006) em Floresta Ombrófila Mista (vegetação primária) e por Buzatto et al., (2007) em Floresta Estacional Semidecidual (vegetação primária), todos no Rio Grande do Sul. Foi empregando o índice de Jaccard, seguido de uma análise de grupamento pelo método de ligação de grupos pareados, utilizando-se o programa estatístico Palaeontological Statistics – PAST (Hammer et al., 2003). A matriz binária de dados foi construída a partir da presença ou da ausência das espécies (Anexo 2).

Distribuição vertical - As espécies epifíticas foram classificadas quanto a sua distribuição vertical nos forófitos conforme Rogalski & Zanin (2003), onde: 1 = metade inferior do fuste, 2 = metade superior do fuste, 3 = ramos primários, 4 = ramos intermediários e 5 = ramos externos.

Fenologia – A observação fenológica ocorreu mensalmente, em cada uma das áreas de estudo e incluiu apenas a fenofase de floração. A presença ou ausência desse evento foi registrada em campo e, posteriormente, transferida para um gráfico de espectro fenológico, onde os meses do ano estão representados pela primeira letra de seus respectivos nomes. Foi construído apenas um gráfico de espectro fenológico, incluindo as três áreas de estudo, visto que praticamente todas as espécies que ocorreram em mais de um ambiente, floresceram no mesmo período. As informações sobre o período de floração das espécies foram levantadas a partir do número mínimo de 10 indivíduos, recomendado por Fournier & Charpantier (1975), com exceção daquelas que apresentaram baixa abundância nos ambientes estudados.

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Resultados e discussão

Florística - Ao total foram identificadas 33 espécies, distribuídas em 16 gêneros (Tabela 1). O gênero de maior riqueza e que ocorreu nas três áreas de estudo, foi Oncidium, apresentando seis espécies. Nunes & Waechter (1998) citam este gênero como sendo um dos mais ricos no Rio Grande do Sul, com 31 espécies registradas. Entre os gêneros de menor riqueza estão Brassavola, Brasiliorchis, Bulbophyllum, Campylocentrum, Cattleya, Christensonella, Epidendrum, Lankesterella, Trichocentrum e Specklinia, com apenas uma espécie cada. As espécies encontradas nos três parques representam 11,7% do total de espécies de orquídeas epifíticas citadas para o Estado. Este número é considerado baixo quando comparado com o levantamento de Waechter (1986) em Mata Paludosa do Faxinal de Torres, que indicou a ocorrência de 66 espécies de orquídeas epifíticas, ou seja, 23,4% do total de espécies do Estado. Porém, é necessário destacar que a região entre Torres e Osório constitui-se como o centro de diversidade das orquidáceas riograndenses (Rambo, 1950, 1951). Todas as espécies de orquídeas inventariadas pertencem à categoria ecológica denominada holoepífitos habituais ou característicos (Benzing, 1990), refletindo a alta especialização de Orchidaceae para o epifitismo.

O Parque Municipal da Ronda - PMR - apresentou o maior número de espécies (23), seguido do Parque dos Pinheiros - PP - (22) e do Parque Municipal Henrique Luiz Roessler - Parcão - com sete espécies (Tabela 1). A maior riqueza específica encontrada nos Parques PMR e PP está, possivelmente, relacionada com o tipo de formação florestal encontrada no local. Ambos os Parques possuem cobertura vegetacional de Floresta Ombrófila Mista, enquanto que o Parque Parcão, possui cobertura vegetacional de Floresta Estacional Semidecidual. Nesse sentido, Rambo (1954) destacou que a Floresta Ombrófila Densa é considerada a formação vegetacional mais rica em epífitos das florestas sul-brasileiras, seguida da Floresta Ombrófila Mista e das Florestas Estacionais. A pobreza de epífitos no Parque Municipal Henrique Luiz Roessler também reflete as observações de Budowski (1965), de que florestas secundárias iniciais ou tardias apresentam pouca riqueza e abundância de epífitos.

Nas áreas de Floresta Ombrófila Mista estudadas (PMR e PP), o gênero mais rico foi Acianthera, ao contrário do registrado no levantamento florístico de Buzatto (2006), no qual Oncidium foi o gênero de maior diversidade, nesse mesmo tipo de formação florestal. Por outro lado, na área de Floresta Estacional Semidecidual (Parcão) ocorreram sete espécies todas de gêneros diferentes. Dentre essas espécies, destaca-se Cattleya intermedia Graham, que atualmente, figura na lista de espécies da flora ameaçadas de extinção do Rio Grande do Sul, na categoria vulnerável (Decreto nº 42.099, de 31 de dezembro de 2002). Possivelmente, essa espécie foi e tem sido extraída das formações florestais devido ao seu elevado valor ornamental.

O presente estudo ampliou o registro do número de espécies de orquídeas epifíticas apresentado por Martau et al., (1981) para o Parque dos Pinheiros, de duas para 22 espécies. Porém, as duas espécies inventariadas neste Parque na década de 80 (Capanemia australis (Kraenzl.) Schltr. e Chloraea membranaceae Lindl.) não foram mais encontradas no presente estudo. C. membranaceae encontra-se na lista de espécies ameaçadas de extinção do Estado, na categoria “em perigo”. O desaparecimento desta orquídea pode estar associado à sua coleta intensiva, devido ao elevado caráter ornamental da espécie. O aumento de espécies neste Parque deve-se ao fato de que ecossistemas mais antigos favorecem o estabelecimento da comunidade de epífitos vasculares (Benzing, 1990). Considerando-se a posição subtropical da área, seu tamanho relativamente pequeno em relação ao Estado, bem como o atual estado de fragmentação e a alteração de seu ambiente, a riqueza pode ser considerada como relativamente alta, especialmente, quando comparada com o estudo de Kersten & Silva (2002) que registraram 16 espécies, no Estado do Paraná e ao estudo de Buzatto (2006) que registrou 12 espécies no Estado do Rio Grande do Sul, ambos em mesmo tipo de formação florestal.

Comparação florística - Observando-se o dendograma obtido pela análise de similaridade florística fica evidenciado a separação das espécies epifíticas em dois grandes grupos: o primeiro formado pelos fragmentos de Floresta Ombrófila Mista e o segundo formado pelos fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual e Decidual (Figura 2). Desta forma, ficou evidenciada a forte influência do tipo florestal como causa de diferenciação florística. Além disso, a similaridade mais alta entre a composição específica de orquidáceas do Parque Municipal da Ronda com a do Parque dos Pinheiros, demonstra que a proximidade geográfica é um fator que também exerce influência nessa diferenciação. No segundo grupo, observa-se um subgrupo formado pelos fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual do Parque Municipal Henrique Luiz Roessler e de Floresta Estacional

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Decidual de Lajeado, localizados na Encosta Inferior do Nordeste, bem como de Floresta Estacional Semidecidual de Guaíba, localizado na Depressão Central, do Rio Grande do Sul. O fato dos levantamentos da composição específica de orquídeas em Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Estacional Decidual formarem um grupo distinto confirma o contato dos limites desses dois tipos vegetacionais, descrito por Teixeira et al., (1986).

Distribuição vertical - Na posição inferior do fuste ocorreram sete espécies, enquanto que, 19 distribuíram-se na porção superior do fuste, 22 nos ramos primários e 11 nos ramos intermediários. Somente quatro espécies distribuíram-se nos ramos externos dos forófitos (Tabela 1). As espécies Campylocentrum aromaticum Barb. Rodr. e Christensonella cogniauxiana (Hoehne), Szlach., Mytnik, Górniak & Smiszek, não apresentaram restrições em relação à distribuição vertical ao longo do forófito, ocorrendo em todos os estratos, possivelmente porque são espécies mais tolerantes às variações de umidade e de luminosidade. A maior riqueza de espécies encontrada na base da copa e nos ramos primários (66%) pode ser atribuída à maior disponibilidade e qualidade de substrato (bifurcação, ramos horizontais e acúmulo de matéria orgânica) para a fixação de epífitos (Steege & Cornelissen, 1989; Schütz-Gatti, 2000; Rogalski & Zanin, 2003).

Acianthera karlii (Pabst) C.N.Gonçalves & Waechter, Acianthera luteola (Lindl.) Pridgeon & M.W. Chase, Anathallis adenochila (Loefgr.) F. Barros, Anathallis obovata (Lindl.) Pridgeon & M.W. Chase, Brassavola tuberculata Hook., Lankesterella ceracifolia Ames, Phymatidium delicatulum Lindl. e Specklinia groby (Bateman ex Lindl.) F. Barros foram encontradas apenas no fuste, possivelmente porque preferem ou toleram ambientes mais sombreados. A baixa ocorrência de espécies nos ramos externos (12%) pode estar relacionada ao fato da ramificação ser muito recente, dificultando a instalação de algumas espécies.

Fenologia - A floração distribuiu-se por todos os meses do ano (Tabela 2). A incidência de espécies floridas foi maior durante os meses de março (início do outono) e setembro (início da primavera), apresentando nove e 11 espécies, respectivamente, demonstrando uma tendência de que picos de floração ocorrem em períodos de clima mais ameno. O menor número de espécies em floração foi registrado em agosto (inverno), sugerindo que de maneira geral o frio exerce um efeito restritivo sobre esta fenofase (Waechter, 1992). Entretanto, Anathallis adenochila (Loefgr.) F. Barros, Anathallis sp e Octomeria sancti-angeli Kraenzl. destacaram-se pela intensa atividade biológica, não apresentando um período de floração definido, sendo comum encontrá-las florescendo em todos os meses do ano. A única espécie que ocorreu em mais de um ambiente e que floresceu em meses diferentes foi Trichocentrum pumilum (Lindl.) M. W. Chase & N. H. Williams, sendo que indivíduos floridos foram encontrados em dezembro, no Parque dos Pinheiros, e de fevereiro a março no Parque Municipal Henrique Luiz Roessler. Segundo Newstrom et al., (1994), os padrões fenológicos podem variar dentro de uma espécie, se avaliados em diferentes ecossistemas. O presente estudo ampliou o conhecimento da composição florística, da distribuição vertical e da fenologia das espécies de orquídeas epifíticas, visto que existiam lacunas sobre o táxon estudado nestes parques do Rio Grande do Sul. Além disso, os resultados apresentados contribuirão para a atualização do plano de manejo do Parque Municipal Henrique Luiz Roessler e para a elaboração do plano de manejo do Parque Municipal da Ronda e do Parque dos Pinheiros.

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Tabela 1. Lista de espécies e distribuição vertical de Orchidaceae epifíticas encontradas no Parque Municipal da Ronda (PMR), no Parque dos Pinheiros (PP), no Parque Municipal Henrique Luiz Roessler (Parcão), no Estado do Rio Grande do Sul. FOM – Floresta Ombrófila Mista e FES – Floresta Estacional Semidecidual. 1 = distribuição na metade inferior do fuste; 2 = distribuição na metade superior do fuste; 3 = distribuição nos ramos primários; 4 = distribuição nos ramos intermediários e 5 = distribuição nos ramos externos.

ESPÉCIES PMR (FOM)

PP (FOM)

PARCÃO (FES)

DISTRIBUIÇÃO VERTICAL

Acianthera cryptantha (Barb. Rodr.) Pridgeon & M.W. Chase X X 1,2,3

Acianthera hygrophila (Barb. Rodr.) Pridgeon & M.W. Chase X X 3

Acianthera karlii (Pabst) C.N.Gonçalves & Waechter X 2

Acianthera luteola (Lindl.) Pridgeon & M.W. Chase X X 2

Acianthera saundersiana (Rchb. f.) Pridgeon & M.W. Chase X X 3,4,5

Anathallis adenochila (Loefgr.) F. Barros X 1 ,2

Anathallis dryadum (Schltr.) F. Barros X 3

Anathallis linearifolia (Cogn.) Pridgeon & M.W. Chase X X 3

Anathallis obovata (Lindl.) Pridgeon & M.W. Chase X X 1,2

Anathallis sp X X 3

Brassavola tuberculata Hook. X 2 Brasiliorchis porphyrostele (Rchb.f.) R. Singer, S. Koehler & Carnevali

X X 3,4,5

Bulbophyllum regnellii Rchb. f. X X 3,4

Campylocentrum aromaticum Barb. Rodr. X X 1,2,3,4,5

Capanemia superflua (Rchb. f.) Garay X X 2,3

Capanemia thereziae Barb. Rodr. X X 3

Capanemia sp X 4

Cattleya intermedia Graham X 3 Christensonella cogniauxiana (Hoehne), Szlach., Mytnik, Górniak & Smiszek

X X

1,2,3,4,5

Epidendrum caldense Barb. Rodr. X 2,3

Lankesterella ceracifolia Ames X 2

Octomeria sancti-angeli Kraenzl. X 2,3,4

Octomeria umbonulata Schltr. X X 2,4

Oncidium bifolium Sims X 3

Oncidium flexuosum Lodd. X 2,3

Oncidium cf. fimbriatum Lindl. X 3

Oncidium hookeri Rolfe X X 3,4

Oncidium ottonis Schltr. X X 1,2,3

Oncidium paranaense Kraenzl. X 3

Phymatidium aquinoi Schltr. X X 2,4

Phymatidium delicatulum Lindl. X 2

Specklinia groby (Bateman ex Lindl.) F. Barros X X 1,2

Trichocentrum pumilum (Lindl.) M. W. Chase & N. H. Williams X X 2,3,4 TOTAL 23 22 7 -

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Tabela 2. Período de floração das espécies de Orchidaceae epifíticas, registradas nas três áreas de estudo, referente ao ano de 2007. O quadrado preenchido simboliza o período no qual a orquídea floresceu.

FLORAÇÃO Espécies J F M A M J J A S O N D

Acianthera cryptantha Acianthera hygrophila Acianthera karlii Acianthera luteola Acianthera saundersiana Anathallis adenochila Anathallis dryadum Anathallis linearifolia Anathallis obovata Anathallis sp Brassavola tuberculata Brasiliorchis porphyrostele Bulbophyllum regnellii Campylocentrum aromaticum Capanemia superflua Capanemia thereziae Cattleya intermedia Christensonella cogniauxiana Epidendrum caldense Lankesterella ceracifolia Octomeria sancti-angeli Octomeria umbonulata Oncidium bifolium Oncidium flexuosum Oncidium fimbriatum cf. Oncidium hookeri Oncidium ottonis Oncidium paranaense Phymatidium aquinoi Phymatidium delicatulum Specklinia groby Tricocentrum pumilum TOTAL 4 5 9 7 5 5 5 3 11 8 7 8

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Figura 1. Mapa do Estado do Rio Grande do Sul com a localização das áreas de estudo, apontadas com marcadores coloridos (Fonte: Google Earth, 2008).

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Figura 2. Dendograma de similaridade florística entre a composição específica de orquídeas epifíticas de diferentes fragmentos florestais do Estado do Rio Grande do Sul. Onde: 1Floresta Ombrófila Mista Passo Fundo (Buzatto, 2006); 2Floresta Ombrófila Mista Parque dos Pinheiros (dados do atual estudo); 3Floresta Ombrófila Mista Parque Municipal da Ronda (dados do atual estudo); 4Floresta Estacional Semidecidual Guaíba (Buzatto et al., 2007); 5Floresta Estacional Decidual Lajeado (Freitas & Jasper, 2001); 6Floresta Estacional Semidecidual Parcão (dados do atual estudo) e 7Floresta Estacional Decidual Augusto César (Rogalski & Zanin, 2003).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em decorrência do interesse conservacionista do táxon estudado foram registradas,

adicionalmente, para o Parque Municipal da Ronda: Oncidium sp. (rupícola); Cleistes sp.;

Cyanaeorchis arundinae (Rchb. f.) Barb. Rodr. (de ocorrência rara para o Rio Grande do

Sul); Malaxis excavata (Lindl.) Kuntze; Morfo 1 e Morfo 2, todas terrícolas. As espécies que

ainda não estão identificadas já foram encaminhadas para especialistas na área. O registro

fotográfico dessas espécies pode ser conferido no Anexo 4.

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ANEXOS

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24 Anexo 1. Orquídeas epifíticas registradas nas três áreas de estudo, no Estado do Rio Grande do Sul (a

maioria das fotos é de captura da autora, as demais, estão especificadas com os respectivos autores).

Prancha 1. A. Acianthera cryptantha; B. Acianthera hygrophila; C. Acianthera karlii; D. Acianthera luteola; E. Acianthera saundersiana; F. Anathallis adenochila;

E F

A

B

C D

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25 Anexo 1. Continuação Prancha 2. A. Anathallis dryadum; B. Anathallis linearifolia; C. Anathallis obovata; D. Anathallis sp.; E. Brassavola tuberculata; F. Brasiliorchis porphyrostele.

A B

C D

E F

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26 Anexo 1. Continuação.

Prancha 3. A. Bulbophyllum regnellii; B. Campylocentrum aromaticum; C. Capanemia superflua; D. Capanemia thereziae; E. Capanemia sp.; F. Cattleya intermedia (Foto Rodrigo Fleck).

A B

C D

E F

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Anexo 1. Continuação. Prancha 4. A. Christensonella cogniauxiana; B. Epidendrum caldense; C. Lankesterella ceracifolia; D. Octomeria sancti-angeli; E. Octomeria umbonulata; F. Oncidium bifolium.

A B

C D

E F

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28 Anexo 1. Continuação. Prancha 5. A. Oncidium flexuosum; B. Oncidium fimbriatum; C. Oncidium hookeri; D. Oncidium ottonis; E. Oncidium paranaense; F. Phymatidium aquinoi.

A B

C D

E F

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29 Anexo 1. Continuação. Prancha 6. A. Phymatidium delicatulum; B. Specklinia groby; C. Trichocentrum pumilum.

A

B

C

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Anexo 2. Matriz de presença e ausência utilizada para a construção do dendograma de

similaridade florística entre grupos de orquídeas epifíticas, em diferentes tipos vegetacionais

do Rio Grande do Sul, (acrônimos formados pelas três letras iniciais do nome genérico e

específico – veja anexo 3).

ACRÔNIMOS FEDAC FESG FOMPF FEDL FESPAR FOMPP FOMPMR Acicry 0 0 1 0 0 1 1 Acihyg 0 0 1 0 0 1 1 Acibid 0 1 0 0 0 0 0 Aciglu 0 1 0 0 0 0 0 Acikar 0 0 0 0 0 0 1 Acilut 0 0 0 0 0 1 1 Acisau 0 1 0 1 0 1 1 Anaade 0 1 0 0 1 0 0 Anacor 0 1 0 0 0 0 0 Anadry 0 0 0 0 0 0 1 Analin 0 0 0 0 0 1 1 Anamal 0 1 0 0 0 0 0 Anaobo 1 1 0 0 0 1 1 Anatsp 0 0 0 0 0 1 1 Baraus 0 1 0 0 0 0 0 Barcra 0 0 1 0 0 0 0 Barpor 0 0 0 1 0 0 0 Bratub 0 1 0 1 1 0 0 Brapor 1 1 0 0 0 1 1 Bulreg 1 0 1 0 0 1 1

Camaro 1 1 0 1 1 1 0 Cambur 0 0 0 1 0 0 0 Camgri 0 0 1 0 0 0 0 Campar 0 0 0 1 0 0 0 Camula 1 0 0 1 0 0 0 Capaus 0 1 0 0 0 0 0 Capmic 1 0 0 0 0 0 0 Capsup 1 0 1 0 0 1 1 Capthe 0 0 0 0 0 1 1 Catint 0 1 0 1 1 0 0 Cattig 0 1 0 0 0 0 0 Chrcog 0 0 0 0 0 1 1 Chrvit 0 1 0 0 0 0 0 Dryzeb 0 1 0 0 0 0 0 Epical 0 0 0 0 0 0 1 Epiden 1 0 0 0 0 0 0 Epiful 0 1 0 0 0 0 0 Epirig 0 1 0 0 0 0 0

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Anexo 2. Continuação. Gompla 1 0 0 0 0 0 0 Isolin 1 1 0 1 0 0 0

Lancer 0 1 0 1 0 1 0 Lepuni 1 0 0 0 0 0 0 Maxchr 1 0 0 0 0 0 0 Maxfer 0 0 0 1 0 0 0 Maxpic 1 0 0 1 0 0 0 Maxver 1 0 0 0 0 0 0 Milfla 1 0 0 0 0 0 0 Milreg 1 0 0 0 0 0 0 Notfra 0 1 0 0 0 0 0 Octcha 0 1 0 0 0 0 0 Octgra 0 1 0 0 0 0 0 Octrio 0 1 0 0 0 0 0 Octsan 0 0 1 0 0 0 1 Octumb 0 1 0 0 0 1 1 Oncbif 1 1 1 1 0 1 0 Onccil 0 1 0 0 0 0 0 Onccon 1 0 0 0 0 0 0 Oncfim 0 1 0 1 0 1 0 Oncfle 0 1 0 1 1 0 0 Onchia 1 0 0 0 0 0 0 Onchoo 0 0 0 0 0 1 1 Onclon 0 1 0 0 0 0 0 Oncmac 0 0 1 0 0 0 0 Oncott 0 0 1 0 0 1 1 Oncpar 0 0 0 0 0 0 1 Oncpul 1 0 0 0 0 0 0 Oncsph 0 0 0 1 0 0 0 Oncwid 1 0 0 0 0 0 0 Ornrad 0 0 0 1 0 0 0 Phlsim 1 0 0 0 0 0 0 Phyaqu 0 0 0 0 0 1 1 Phydel 0 0 0 0 0 0 1 Plaqua 0 1 0 0 0 0 0 Plehat 0 0 1 0 0 0 0 Pleall 1 0 0 0 0 0 0 Pleaph 1 0 0 1 0 0 0 Plecar 0 1 0 0 0 0 0 Plecre 1 0 0 0 0 0 0 Plemac 1 0 0 0 0 0 0 Plepub 1 0 0 0 0 0 0 Plerio 0 0 0 1 0 0 0

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Anexo 2. Continuação. Plesmi 0 0 0 1 0 0 0 Pleson 1 0 0 1 0 0 0 Polcon 1 1 0 0 0 0 0 Polest 0 0 0 1 0 0 0 Spegro 0 1 0 0 0 1 1 Sopcer 1 0 0 1 0 0 0 Stepap 0 1 0 0 0 0 0 Trimat 0 0 1 0 0 0 0 Tripum 1 1 0 1 1 1 0 Zygall 0 1 0 0 0 0 0

Wareug 1 0 0 0 0 0 0

Legenda. Presença (1), ausência (0), Floresta Estacional Decidual Augusto César (FEDAC),

Floresta Estacional Semidecidual Guaíba (FESG), Floresta Ombrófila Mista Passo Fundo

(FOMPF); Floresta Estacional Decidual Lajeado (FEDL), Floresta Estacional Semidecidual

Parcão (FESPAR), Floresta Ombrófila Mista Parque dos Pinheiros (FOMPP) e Floresta

Ombrófila Mista Parque Municipal da Ronda (FOMPMR).

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Anexo 3. Relação das espécies amostradas nos levantamentos que geraram a matriz de

presença e ausências do anexo 2 e seus respectivos acrônimos.

ESPÉCIES ACRÔNIMOS Acianthera cryptantha Acicry Acianthera hygrophila Acihyg Acianthera bidentula Acibid Acianthera glumacea Aciglu Acianthera karlii Acikar Acianthera luteola Acilut Acianthera saundersiana Acisau Anathallis adenochila Anaade Anathallis corticicola Anacor Anathallis dryadum Anadry Anathallis linearifolia Analin Anathallis malmeana Anamal Anathallis obovata Anaobo Anathallis sp. Anatsp Barbosella australis Baraus Barbosella crassifolia Barcra Barbosella porschii Barpor Brassavola tuberculata Bratub Brasiliorchis porphyrostele Brapor Bulbophyllum regnelli Bulreg Campylocentrum aromaticum Camaro Campylocentrum burchellii Cambur Campylocentrum grisebachii Camgri Campylocenntrum parahybunense Campar Campylocentrum ulaei Camula Capanemia australis Capaus Capanemia micromera Capmic Capanemia superflua Capsup Capanemia thereziae Capthe Cattleya intermedia Catint Cattleya tigrina Cattig Christensonella cogniauxiana Chrcog Christensonella vitelliniflora Chrvit Dryadella zebrina Dryzeb Epidendrum caldense Epical Epidendrum densiflorum Epiden Epidendrum fulgens Epiful Epidendrum rigidum Epirig Gomesa planifolia Gompla Isochilus linearis Isolin

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Anexo 3. Continuação. Lankesterella ceracifolia Lancer Leptotes unicolor Lepuni Maxillaria chrysantha Maxchr Maxillaria ferdinandiana Maxfer Maxillaria picta Maxpic Maxillaria vernicosa Maxver Miltonia flavescens Milfla Miltonia regnelli Milreg Notylia fragrans Notfra Octomeria chamaeleptotes Octcha Octomeria grandiflora Octgra Octomeria riograndensis Octrio Octomeria sancti-angeli Octsan Octomeria umbonulata Octumb Oncidium bifolium Oncbif Oncidium ciliatum Onccil Oncidium concolor Onccon Oncidium fimbriatum Oncfim Oncidium flexuosum Oncfle Oncidium hians Onchia Oncidium hookerii Onchoo Oncidium longipes Onclon Oncidium macronyx Oncmac Oncidium ottonis Schltr. Oncott Oncidium paranaense Oncpar Oncidium pulvinatum Oncpul Oncidium sphegiferum Oncsph Oncidium widgreni Oncwid Ornithophora radicans Ornrad Phloeophila similis Phlsim Phymatidium aquinoi Phyaqu Phymatidium delicatulum Phydel Platyrhiza quadricolor Plaqua Pleurobotryum hatschbachii Plehat Pleurothallis alligatorifera Pleall Pleurothallis aphtosa Pleaph Pleurothallis caroli Plecar Pleurothallis crepiniana Plecre Pleurothallis macropoda Plemac Pleurothalis pubescens Plepub Pleurothallis riograndensis Plerio Pleurothallis smithiana Plesmi Pleurothallis sonderana Pleson

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Anexo 3. Continuação. Polystachya concreta Polcon Polystachya estrellensis Polest Specklinia groby Spegro Sophronitis cernua Sopcer Stelis papaquerensis Stepap Trichosalpinx matinhensis Trimat Trichocentrum pumilum Tripum Zygostates alleniana Zygall Warmingia eugenii Wareug

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36 Anexo 4. Orquídea rupícula e orquídeas terrestres registradas para o Parque Municipal da Ronda, São Francisco de Paula, RS.

Prancha 1. A. Oncidium sp.; B. Cleistes sp. (Foto Rodrigo Fleck); C. Cyanaeorchis arundinae (Foto Daniel Bühler); D. Malaxis excavata; E. Morfo 1 (Foto Rage W. Maluf); F. Morfo 2 (Foto Rage W. Maluf).

A B

C D

E F

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NORMAS DO PERIÓDICO ESCOLHIDO

REVISTA PESQUISAS – SÉRIE BOTÂNICA

INFORMAÇÃO PARA OS AUTORES

1. PESQUISAS publica trabalhos de investigação científica e documentos inéditos em

línguas de uso corrente na ciência.

2. Os autores são os únicos responsáveis pelas opiniões emitidas nos trabalhos assinados.

3. A publicação de colaborações espontâneas depende da aprovação da Comissão

Editorial e todos os artigos serão avaliados pelo Conselho Científico. Se necessário, também

serão avaliados por Consultores Externos.

4. Os artigos devem ser redigidos em plataforma compatível com Microsoft Word 2003

(DOC ou RTF), com fonte Arial, corpo 10, parágrafos justificados à esquerda e à direita,

espaço entre as linhas simples, em folha tamanho A4.

5. O artigo deve conter Resumo no mesmo idioma, mínimo 3 palavras-chave, além de

uma versão em inglês do resumo (Abstract), nos mesmos padrões, e mínimo 3 Key words.

6. Figuras, em preto e branco ou tons de cinza, devem ser remetidas fora do texto, na

seqüência em que aparecem, em formato JPG ou CDR – versão 12 ou anteriores, com

resolução mínima de 300 dpi (pontos por polegadas). Largura máxima: 12 cm; altura máxima

16cm (ou 1417x190 pixels). Figuras coloridas serão submetidas à avaliação do Editor.

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7. As tabelas e os gráficos (em preto e branco) sem fundos coloridos ou sombreados,

dados em caixa baixa, sem negritos, a não ser para algum destaque ocasional e muito

importante, compatível com a plataforma Microsoft Excel 2003 (XLS). Podem estar inclusos

no texto.

8. As legendas das figuras devem ser inseridas após as referências bibliográficas.

9. O título do trabalho sintético e em caixa alta, com o nome de gêneros e espécies em

itálico e os nomes dos grupos sistemáticos a que pertencem entre parêntesis.

10. Logo abaixo do título, o nome do(s) autor (es), com a indicação da titulação máxima,

instituição, endereço e e-mail, em nota de rodapé. Não haverá outras notas de rodapé em todo

o texto.

11. Todos os subtítulos em caixa baixa e negrito.

12. No corpo do texto serão escritos em itálico os nomes científicos (gênero e espécie), as

palavras estrangeiras e latinas, quando aplicável. Evitar o uso do negrito.

13. As citações bibliográficas, no texto, serão feitas de acordo com o seguinte modelo:

Cronquist (1981); (Cronquist, 1981); ou (Barroso, 1978; Cronquist, 1981). No caso de mais

de três autores: Holmgren et al., (1990). Somente as obras citadas no texto constituirão as

referências bibliográficas.

14. Na listagem das obras citadas no texto os sobrenomes dos autores são escritos em

caixa alta, títulos de livros, revistas e/ou coletâneas em itálico, as diversas palavras dos títulos

em minúscula, com as devidas exceções para línguas estrangeiras. Embora na grafia das

revistas e coletâneas se possam usar as abreviações da World List of International Scientific

Periodicals, é preferível usar os títulos sem abreviar.

a. Modelo para citar livro:

RAMBO, B. 1956. A fisionomia do Rio Grande do Sul. 2ª ed. Porto Alegre, Livraria

Selbach.

b. Para artigo de revista:

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MARCHIORETTO, M.S. 1989. A família Phytolaccaceae no Rio Grande do Sul.

Pesquisas, Botânica 40:25-67.

c. Para documentos On-line:

ARNT, F.V. As pinturas rupestres como testemunho de ocupação pré-colonail em

Tibagi, Paraná. Disponível em http://www.anchietano.unisinos.br/tibagi.htm. Acesso em 25

abr. 2005.

5. Os artigos podem ser remetidos em uma dessas formas:

a. Em duas cópias impressas, mais Disquete ou CD

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Em ambos os casos será confirmado o recebimento do artigo via correio eletrônico.

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