Comportamento Semanal de Mercado | Página 01
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Expectativas
Inflação
Fonte: Focus BCB
Inflação nos EUA afeta o dólarDiante dos sinais de que a inflação nos EUA permanece abaixo da meta perseguida pelo Fed, o dólar se
depreciou globalmente em razão da menor probabilidade de que ocorra uma postura mais dura de política
monetária. Assim, em relação ao real, a divisa encerrou cotada em R$ 3,14, com uma queda de 0,32%. O
mercado de juros brasileiro acompanhou esse movimento, com o swap DI pré fixado de 360 dias encerrando
em 7,11% (-0,06 p.p.) e a taxa de juros real ex-ante ficando em 2,99% a.a. (-0,05 p.p.) – o menor patamar
desde junho de 2013. Os dados de desempenho do comércio em agosto, divulgados na PMC, mostraram uma
queda de 0,5% para o varejo restrito e uma leve alta de 0,1% para o ampliado. Este último foi puxado pelo
aumento de 2,8% nas vendas de veículos. A inflação medida pelo IGP-DI acelerou ao apresentar um avanço de
0,6% na margem, entretanto acumula uma queda de 2,0% no ano. O resultado do mês foi consequência do
aumento de 1,0% para o índice de preços ao produto amplo (IPA), em razão da alta marginal nos preços dos
bens intermediários (1,4%). Por fim, o FMI revisou as suas perspectivas para o desempenho econômico global.
No que tange ao Brasil, agora são esperados avanços de 0,7% para 2017 e de 1,5% para 2018, com aumentos
de 0,04 p.p. e de 0,02 p.p. em relação às estimativas anteriores, respectivamente.
As projeções de inflação divulgadas no Boletim Focus
mostraram uma relativa alta na semana. Em relação a
outubro, agora é esperado que o IPCA fique em
0,40%, ante 0,38% na semana anterior. Para
novembro, não houve alterações, permanecendo em
0,35%. Para o final de 2017, houve um leve aumento
de 0,02 p.p., com a expectativa indicando uma inflação
de 3,00%, figurando no piso inferior da meta. Também
sem modificações, para 2018 é esperada uma inflação
de 4,02%. Em relação ao PIB, houve uma nova revisão
para cima, que apontou crescimentos de 0,72% para
2017 e de 2,50% para 2018. Quanto ao cenário fiscal,
o Prisma Fiscal, pesquisa de mercado elaborada pela
Secretaria de Política Econômica do Ministério da
Fazenda, mostra pioras para a arrecadação federal e o
resultado primário ao fim de 2017 diante da percepção
de elevação das despesas.
Fonte: BCB
Fonte: SPE/MF
0,60% 0,70% 0,72%
2,20%2,43% 2,50%
15/09/17 06/10/17 13/10/17
PIB - Mediana das projeçõesVariação anual
2017 2018
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13/10/17 Há 1 semana Há 4 semanas
Out 0,40 0,38 0,35
Nov 0,35 0,35 0,39
2017 3,00 2,98 3,08
2018 4,02 4,02 4,12
IPCA (%)Mediana - agregado
1 mês atrás Hoje 1 mês atrás Hoje
Arrecadação
Federal115,7 115,8 1.337,9 1.335,8
Receita Líquida 101,4 100,4 1.134,5 1.140,8
Despesa Tota l 100,8 101,6 1.292,2 1.296,8
Resultado
Primário-1,2 -2,8 -159,0 -158,4
Outubro 2017Em R$ Bilhões
Prisma FiscalMedianas
Taxa de Juros
Comportamento Semanal de Mercado | Página 02
Fonte: B3 Fonte: B3
Fonte: B3
2,99%2,8%
3,3%
3,8%
4,3%
4,8%
5,3%
abr/
17
mai
/17
jun
/17
jul/
17
ago
/17
set/
17
ou
t/1
7
a.a.
Taxa Real de JurosEx- ante
7,0%
7,4%
7,8%
8,2%
8,6%
9,0%
hoje 3 6 12 18 24 30 36 42 48
Meses
Estrutura a Termo das Taxas de Juros
13/10/17
06/10/17
15/09/17
a.a.
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Os prêmios no mercado de juros futuros recuaram na semana em meio à antecipação do provável
movimento do Fed em relação à taxa básica de juros norte-americana. A taxa de juros para o swap DI
pré fixada de 360 dias apresentou uma queda de 0,06 p.p., encerrando em 7,11% a.a.. Em linha, a
taxa de juros real ex-ante encerrou em 2,99% a.a., com um recuo de 0,05 p.p. na semana. Quanto à
estrutura a termo das taxas de juros, o comportamento não foi unânime ao longo da curva. Enquanto
os vértices de menor prazo apresentaram retrações mais intensas, os de prazo mais longo
apresentaram ligeiras variações. O vértice de dois anos terminou com uma queda de 0,02 p.p.,
enquanto que o de três anos apresentou um pequeno avanço de 0,01 p.p..
7,11%
7%
8%
9%
10%
11%
abr/
17
mai
/17
jun
/17
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17
ago
/17
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17
ou
t/1
7
a.a.
Swap DI Pré - 360
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Comportamento Semanal de Mercado | Página 03
Fonte: Bloomberg
3,14
3,0
3,1
3,2
3,3
3,4
abr/
17
mai
/17
jun
/17
jul/
17
ago
/17
set/
17
ou
t/1
7
Real/US$
Câmbio
Fonte: Bloomberg
Diante dos sinais a vindos dos EUA de que a
inflação de preços ao consumidor no país reage
lentamente, a expectativa é de que não haja uma
postura mais dura de política monetária por parte
do Fed. Contudo, o mercado de renda fixa
precifica que há pouco mais de 80% de chance
de uma elevação de juros em dezembro. Assim,
o dólar encerrou a semana com uma leve queda
em relação ao real. Terminado cotado a R$ 3,14,
a divisa norte-americana se depreciou em 0,32%
frente à moeda brasileira. Em linha, o índice que
acompanha o desempenho das moedas de
países emergentes frente ao dólar encerrou com
uma alta de 0,9%, aos 69,84 pts.. Já o Dollar
Index, indicador que mede o comportamento da
moeda norte-americana em relação às principais
divisas globais, terminou aos 93,09 pts., com uma
retração de 0,8% na semana.
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Fonte: J.P. Morgan
69,84
67
69
71
73
abr/
17
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/17
jun
/17
jul/
17
ago
/17
set/
17
ou
t/1
7
Índice Emergentes*
*Cesta de Moedas:
Lira turca, Rublo russo, Rand sul-africano, Florim húngaro, Real, Peso mexicano,
Peso chileno, Reminbi chinês, Rupia indiana e Dólar de Singapura.
93,09
90
92
94
96
98
100
102
abr/
17
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/17
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/17
jul/
17
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17
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7
Dollar Index
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Comportamento Semanal de Mercado | Página 04
Fonte: J.P. Morgan
Fonte: Bloomberg
57,17
44
49
54
59
abr/
17
mai
/17
jun
/17
jul/
17
ago
/17
set/
17
ou
t/1
7
PetróleoBrent - última cotação US$
Aversão ao Risco
Na semana, houve uma relativa interrupção do
movimento de menor aversão ao risco. No que
tange à economia brasileira, o prêmio do CDS de
cinco anos registrou uma queda de quatro pontos,
terminando aos 181 pts.. Movimento semelhante
foi observado para África do Sul e Rússia,
enquanto que para o México foi vista uma forte
alta diante do aumento das tensões em torno das
negociações sobre a continuidade do acordo de
livre comércio da América do Norte (Nafta).
Quanto ao petróleo, o barril do tipo Brent
encerrou cotado a US$ 57,17, com uma alta de
2,8% na semana. Esse movimento ocorre mesmo
diante da crescente preocupação em relação ao
aumento da produção norte-americana e os seus
potenciais efeitos sobre os esforços da OPEP
para o corte da produção da commodity.
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
320
310
320
330
340
350
abr/
17
mai
/17
jun
/17
jul/
17
ago
/17
set/
17
ou
t/1
7
EMBIPontos-base
Fonte: Bloomberg
-4
0
-3-5
0
7
-2
20
98
4
16
-2
Bra
sil
Fran
ça
Esp
anh
a
Áfr
ica
do
Su
l
Ch
ile
Méx
ico
Rú
ssia
Credit Default Swap (CDS)Variação em pontos base
Na semana No mês
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Comportamento Semanal de Mercado | Página 05
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
No mês de agosto, o volume de vendas do varejo
divulgado pelo IBGE por meio da PMC mostrou
uma queda de 0,5% na margem para os dados
com ajuste sazonal, abaixo do esperado pelo
mercado e sinalizando que a recuperação será
gradual. Em julho, o mesmo indicador havia
ficado na neutralidade. Esse resultado foi
influenciado pelos fortes recuos das categorias de
material de escritório (-6,7%), vestuário (-3,4%) e
combustíveis (-2,9%). Por outro lado, o comércio
varejista ampliado, que leva em consideração a
venda de veículos e de materiais de construção,
apresentou um leve avanço marginal de 0,1%,
repetindo o desempenho de julho. Esses dois
componentes do varejo ampliado apresentaram
expressivos avanços de 2,8% e de 1,8% no mês,
respectivamente, com ajuste sazonal. Assim, no
acumulado em 12 meses, ambos os indicadores
figuram em trajetória de melhora ao apresentarem
quedas de 1,6%, ante as retrações de 6,7% para
o varejo restrito e de 10,2% para o varejo
ampliado observadas em ago/2016.
Fonte: IBGE
Fonte: IBGE Fonte: IBGE
PMC – ago/17
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-2,9%
-0,3%
-3,4%
1,7%
-0,5%
-3,1%
-6,7%-0,4%
2,8%
1,8%
-0,5%
0,1%
-2,1%
0,7%
0,1%
0,4%
-0,7%
-0,1%3,8%
-0,1%
-0,7%
1,0%
0,0%
0,1%
Combustíveis
Supermecados
Vestuário
Eletrodomésticos
Art. Farmacêuticos
Papelaria
Mat. Escritório
Outros artigos
Veículos
Mat. Construção
Com. Varejista
Com. Varejista ampliado
Variação mensal por segmentoCom ajuste sazonal jul/17
ago/17
-1,6%
-12%
-7%
-2%
3%
8%
ago/1
2
dez/1
2
abr/
13
ago/1
3
dez/1
3
abr/
14
ago/1
4
dez/1
4
abr/
15
ago/1
5
dez/1
5
abr/
16
ago/1
6
dez/1
6
abr/
17
ago/1
7
Volume de vendas no varejoAcumulado em 12 meses
Ampliado Restrito
-0,4%-0,7%
-0,5%
0,9%
-1,7%
5,2%
-0,2%
-1,2%
1,1%
0,2%
0,8%
0,0%
-0,5%
-1,3%
0,2%0,0%
0,5%0,2%
3,2%
0,4%
-0,7%
1,4%
-0,2%
2,5%
0,1% 0,1%
ago
/16
set/
16
ou
t/1
6
no
v/1
6
de
z/1
6
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/17
fev/
17
mar
/17
abr/
17
mai
/17
jun
/17
jul/
17
ago
/17
Variação MensalCom ajuste sazonal
Restrito Ampliado
Comportamento Semanal de Mercado | Página 06
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Em setembro, foi observada uma aceleração para
o IGP-DI, que encerrou com um avanço de 0,6%
na margem, ante a alta de 0,2% no mês anterior.
Este foi o maior aumento mensal desde junho de
2016. Mesmo assim, o índice acumula quedas de
2,0% no ano e de 1,0% em 12 meses. Na
abertura, o principal componente que contribuiu
para a aceleração no mês foi o índice de preços ao
produto amplo (IPA), que se elevou em 1,0% em
razão da alta marginal nos preços dos bens
intermediários (1,4%). Esse grupo é o único que
apresenta uma evolução anual positiva (1,2%),
enquanto que os bens finais e as matérias-primas
esboçam quedas de 3,1% e de 8,9%,
respectivamente. Já o índice de preços ao
consumidor (IPC) ficou estável na margem diante
da continuidade da deflação em alimentação (-
0,5%) e habitação (-0,4%) e do avanço nos preços
de vestuário (0,6%) e transportes (0,5%). O índice
nacional de custo da construção civil também
desacelerou no mês ao fechar em 0,1%, ante 0,4%
em ago/2016.
Fonte: FGV
Fonte: FGV Fonte: FGV
IGP-DI – set/17
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0,6%
1,0%
0,0%
0,1%
0,2%
0,3%
0,1%
0,4%
IGP-DI
IPA
IPC
INCC
Variação mensalAbertura do índice
ago/17 set/17
-3,1%
1,2%
-8,9%
-15%
-10%
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
set/
15
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5
jan
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16
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6
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17
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17
IPA-EP ÍndicesVariação anual
Bens Finais Bens Intermediários
Matérias-primas brutas
0,0%0,1% 0,1%
0,8%
0,4%
0,1%
-0,4%
-1,2%
-0,5%
-1,0%
-0,3%
0,2%
0,6%
set/
16
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t/1
6
no
v/1
6
de
z/1
6
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Variação mensal
Comportamento Semanal de Mercado | Página 07
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou o seu novo relatório semestral sobre o desempenho
econômico mundial. O documento destaca que a tendência de retomada do crescimento global, já
indicada na divulgação de abril/2017 e revisada em julho/2017, está ganhando cada vez mais força. Os
bons números de investimentos, comércio internacional e produção sustentam essa visão, que também é
corroborada pela melhora dos indicadores de confiança dos empresários e dos consumidores. Diante do
desempenho no primeiro semestre do ano melhor do que o esperado para os países da Europa, Japão e
China, agora é esperado que a economia mundial cresça 3,6% em 2017, 0,1 p.p. acima da estimativa do
meio do ano. Para 2018, a projeção é de um avanço de 3,7%. Entretanto, é destacado que a
recuperação não é unânime e que apresenta certas vulnerabilidades uma vez que há um significativo
número de países que apresentam um desempenho fraco em meio a um cenário de baixos níveis de
inflação e produtividade. Para as economias avançadas, agora é esperado um crescimento de 2,2% em
2017 e de 2,0% em 2018, com aumentos de 0,2 p.p. e de 0,1 p.p. em relação a julho, respectivamente.
Essa revisão para cima é decorrente da melhor percepção em relação aos países europeus e do
desempenho acima do potencial para os EUA. Já para os países emergentes, não houve mudanças em
relação à perspectiva para 2017, que permanece em 4,6% de crescimento. Para 2018, houve um
aumento de 0,1 p.p., indo agora para uma projeção de 4,9% de avanço. No que tange à América Latina,
o relatório destaca a manutenção do dinamismo para os países da América Central, abarcados pelo
fortalecimento das economias caribenhas. Para o Brasil, houve revisões para cima tanto para 2017 – de
0,3% para 0,7% – quanto para 2018 – de 1,3% para 1,5%. O texto cita como justificativa para esses
números a melhora observada no primeiro semestre, que marcou o fim do período recessivo, calcada
principalmente na expansão do consumo. Entretanto, alerta para o ainda baixo nível de investimentos e
para a presença de incertezas políticas.
FMI – WEO - out/17
Informativo Assessoria Econômica 06 a 13 de outubro de 2017| www.abbc.org.br
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Assessoria Econômica
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