PALAVRA INTRODUTÓRIA
Jesus veio para que tivéssemos vida em
abundância (Jo 10.10) e deu-nos poder para, em
Seu nome, repreendermos o adversário (Lc
10.19). Ele sabe que, em nossa vida, as maiores
investidas do Maligno acontecem nos momentos
de crise.
Satanás, porque é um ser espiritual,
percebe o que está acontecendo e aparece com
propostas quase irresistíveis. Durante a tentação
no deserto (Mt 4.1-11), Jesus não considerou as
proposições do diabo, mas atentou para quem as
estava fazendo, es resistiu ao inimigo até o fim
(Tg 4.7). Este é o segredo da vitória !
1. A TENTAÇÃO
Durante os quarenta dias em que Cristo
esteve no deserto, antes de iniciar o Seu
ministério terreno, Satanás ficou ali, apenas
observando. Não ousou aproximar-se sem
antes descobrir como poderia atacar. Ele
esperou que Jesus tivesse algum problema, e,
quando o Senhor sentiu fome, aproximou-se
para explorar aquela necessidade. Só que o
Mestre não se deixou vencer porque, além de
estar cheio do Espírito Santo, usou a palavra
de Deus para repreender o adversário (Mt 4.1-
11).
1.1. O PROPÓSITO DA TENTAÇÃO
De acordo com o dicionário Aurélio, a palavra
tentação significa mostrar uma disposição de ânimo
para a prática de coisas diferentes ou censuráveis, ou
seja a tentação é um desejo impetuoso, arrojado,
forte, vigoroso que pode nos levar ao pecado.
O filho de Deus foi conduzido ao deserto pelo
Espírito Santo, para ser tentado como Adão (Gn 3.3-6;
Mt 4.1) e testificar ao mundo que Satanás seria
vencido, de uma vez por todas. Assim, podemos
concluir que o deserto não é apenas um lugar de
tentação e de tribulação, mas acima de tudo, é
também onde Deus espera que sejamos preparados
para mostrar ao mundo a excelência de Seu poder e a
Sua soberania.
1.2. OS LIMITES DA TENTAÇÃO
O nome Satanás, em hebraico, quer dizer adversário. Ele é
assim chamado porque, em virtude de suas disposições hostis,
promove todo tipo de impiedade, opondo-se a Deus e aos homens.
O Diabo não é onipotente (só Deus o é), mas, dentro dos
limites permitidos por Deus, tem poder e sabe como agir. Deus
permitiu a Satanás ter algum domínio aqui na terra, porém jamais lhe
deu domínio e o poder sobre toda terra (Jó 1.6-12).
Satanás não é onipresente (só Deus o é); como não pode
estar em todos os lugares ao mesmo tempo, tem milhares de
demônios obedecendo às suas ordens, fazendo o seu trabalho de
oprimir e destruir o homem.
Satanás não é onisciente (só Deus o é), mas consegue
sugerir pensamentos maus à nossa mente. É por isso que em
momento algum devemos desobedecer à Palavra de Deus.
O maior objetivo do inimigo é tirar o homem da presença de
Deus; por isso, ele vive procurando formas de levá-lo a desobedecer
e a cair no pecado.
1.3. A RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE TENTAÇÃO E PECADO
De acordo com o texto de Tiago 1.14,15, compreendemos
que tentação não é pecado. O pecado passa por um processo de
concepção e de consumação. Primeiro o ser humano pensa,
depois planeja, e, finalmente, pratica-o. E o resultado disso é a
morte espiritual (Rm 8.6). A tentação faz parte da natureza
pecaminosa do homem. Porém, devemos lutar cairmos nessas
armadilhas do diabo (Tg 4.7)
Os vocábulos “atraído” e “engodado” (Tg 1.14)
expressam a intensidade com que o desejo seduz um indivíduo
até ele se envolver de forma trágica. O pecado não se impõe a
quem reluta, mas é fruto de uma escolha em função de seus
atrativos. “Concebido” (Tg 1.15) sugere a imagem da vontade de
uma pessoa pendendo para o mal e, finalmente, sendo dominada
por ele. “Consumado” (Tg 1,15) sugere concluir um objetivo. A
ideia aqui é que o pecado alcançou a maturidade e apoderou-se
do caráter do individuo. A morte, aqui não se refere à morte
física.
2. A FRAQUEZA HUMANA
O diabo utiliza os melhores
instrumentos que tem para nos tentar
com o intuito de levar-nos ao pecado.
Ele é estratégico; por isso, apela para a
nossa natureza humana e espera a hora
de maior fragilidade para utilizar o que
tem de mais eficaz no seu arsenal.
Então, ataca em três áreas específicas;
a concupiscência da carne, a
concupiscência dos olhos e a soberba
da vida (1 Jo 2.16)
2.1 A CONCUPISCÊNCIA DA CARNE
Paulo declarou que as tentações ocorrem dentro da
esfera humana: Não veio sobre vós tentação, senão humana
(1 Co 10.13 a). O texto anteriormente citado (Mt 4.1-11) também
nos ensina que a tentação está ligada ao que provoca desejo
ou ao que desperta vontade em nossa carne (Rm 8.5)
Carne é uma expressão teológico-bíblica usada para
definir a natureza pecaminosa do homem. Mesmo depois de
convertido, o cristão continua trazendo dentro de si essa
natureza carnal, que precisa ser combatida e mortificada,
subjugada ao Espírito Santo (Gl 5.16)
Escrevendo aos gálatas, Paulo fez uma alusão ao
conflito espiritual existente no cristão (Gl 5.17-21); ou
escolhermos fazer a vontade da carne, praticando as obras
que caracterizam o estilo de vida mundano (1Co 6.10), e
sofrermos a morte espiritual; ou escolhemos ser submissos à
Deus e obtemos a vida eterna de Cristo (Gl 5-24).
2.2 A CONCUPISCÊNCIA DOS OLHOS
A concupiscência dos olhos é tudo aquilo que
atrai com maior força e com maior veemência a nossa
natureza carnal. Existem três elementos que exercem
potencial atração do ser humano, apesar de não serem
os únicos: o sexo, o dinheiro e o poder.
Satanás sabe disso e tenta tirar proveito. Ele
promete satisfazer as necessidades de nossa natureza
pecaminosa promovendo falsas facilidades e criando
situações que nos levam a tomar decisões precipitadas,
ou seja, ele trabalha com aquilo quem mais atinge nossa
área psicoemocional ( 1 Pe 5.8). Mas, Jesus venceu o
diabo, venceu as tentações, e dá-nos poder para
vencermos também (Mt 4.10,11; 2 Co 12.9)
2.3 A SOBERBA DA VIDA
O inimigo sabe que a soberba precede a
ruína, e a altivez do espírito precede a queda (Pv
16.18); por isso, ele tenta levar o homem a crer em
sua própria deidade a fim de fazê-lo cair (Jr 17.5). O
orgulho e a soberba conduzem ao autoengano
quanto ao que é realmente somos e,
consequentemente, à queda.
Deus conhece o oração do homem, e,
quando este se exalta, deixando a soberba tomar o
lugar da humildade, Deus o faz cair até que ele se
coloque novamente na posição de servo, pois a
glória dos servos está no Senhor (2 Co 10.17,18).
PASSOS PARA VENCER A TENTAÇÃO
1.Não confie em sua própria
força
2.Corra da tentação
3.Resista ao diabo
4.Ore
5.Jejue
6.Esteja alerta e vigilante
7.Use a palavra de Deus
Todos nós, em algum momento da vida, seremos tentados a tomar um atalho para atingir nossos
objetivos de forma rápida. Para que não venhamos comprometer nossa integridade, é preciso que nos
mantenhamos fiéis a Deus e à Sua palavra, não nos permitindo subornar pelas facilidades. Só assim seremos grandemente abençoados pelo Senhor e
daremos bom testemunho de nossa fé.
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