Colinérgicos, Anticolinérgicos e
Anticolinesterásicos
Prof: Me. Carlos Renato Nogueira
Farmacêutico-Bioquímico
Mestre em Neurofarmacologia (UFC)
Acetilcolina
Transmissor liberado pelos neurônios
ganglionares e pelo pós-ganglionar da
inervação PARASSIMPÁTICA.
- Repouso
- Digestão →
- Saciedade
- Tranquilidade
- ↑ motilidade gástrica
- ↑ peristaltismo - ↑ secreções gástricas
- ↑Salivação
Inervação Parassimpática
Receptores
• Nicotínicos:
• Abrem canais de sódio (estimulação)
• Receptores ionotrópicos
• Ativação de gânglios autônomos
• Ativação de musculatura voluntária-JNM
• Cérebro (estimulação)
Junção Neuromuscular – Placa Motora
Receptores Muscarínicos
• M1(Neural) - Estimulação
- SNC e SNP
- Demência
• M2 (Cardíacos) - Bradicardia
- Coração
- Pré-sinápticos(central e periférico)
• M3 (Glândulas e musc. lisos)
- Contração de musculo liso visceral
- Broncoconstrição
- Contração da pupila (miose)
- Aumento de secreções das glândulas
digestivas
• M4 (SNC)
• M5 (SNC)
Receptores Muscarínicos
Ainda em estudo
Tipo Localização Mecanismo Pós-
receptor
M1 “neuronal” SNC, pós-gangliores, pré-sinápticos,
neurônios periféricos, estômago IP3, DAG
M2 “cardíaco” Coração, terminação nervosa pré-
sináptica, músculo liso
Inibe AC, ativa canais
de K+
M3 “glandular” Glândulas, músculo liso, endotélio IP3, DAG
M4 SNC? Inibe AC
M5 SNC? IP3, DAG
NM Sinapse neuromuscular de músculos
esqueléticos
Canal iónico de Na+,
K+
NN Corpo celular pós-ganglionar, dendritos Canal iónico de Na+,
K+
Efeitos da Acetilcolina
Miose
F.C. Contratilidade
Broncoconstrição
Motilidade gastrintestinal (+) secreção glândulas (+) secreção HCl
• Glândulas
- Sudoríparas, salivar, lacrimal, aumento da secreção.
• SNC
- Excitação
- Funções cognitivas (memória)
- Nicotina – tremor / emese - estimulação do centro respiratório - convulsão e coma
• Bexiga
- Detrusor - contração
Acetilcolina = Memória
A carência o morte dos neurônios colinérgicos no SNC leva ao Alzheimer.
Grupos Farmacológicos
• Agentes Colinérgicos
• Anticolinérgicos
• Anticolinesterásicos
• Bloqueadores Ganglionares
• Bloqueadores Neuromusculares
Colinérgicos
(Parassimpaticomiméticos)
Ligam-se aos receptores de acetilcolina,
ativando-os e imitando os efeitos da
mesma.
- Pilocarpina
- Betanecol
- Carbacol
- Agonistas muscarínicos não seletivos.
Usos Terapêuticos
• Pilocarpina – Colírio
Induz a contração da pupila (miose) no
tratamento do glaucoma.
• Betanecol – Hospitalar
Induz a contração do musculo liso da
bexiga atônica.
Colaterais
Efeitos diretos da estimulação parassimpática exagerada
- Diarréia
- Incontinência urinária
- Náuseas
- Vômitos
- Cólicas
- Sudorese
- Vasodilatação
Contra-Indicações
- Asma - Parkinson - Ulceras - Cardiopatas
Anticolinérgicos
(Parassimpaticolíticos)
Ligam-se aos receptores da acetilcolina
bloqueando-os
- N-metil- Escopolamina
- Brometo de Ipratrópio
- Cloridrato de Atropina
• Antagonistas muscarínicos não seletivos.
• Interferem pouco com os receptores nicotínicos
Usos Terapêuticos • N-Metil-Escopolamina
- Cólicas
- Antiespasmódico
• Brometo de Ipratrópio
- Induzir relaxamento brônquico
Colaterais Efeitos diretos do bloqueio parassimpático.
- Boca seca (xerostomia)
- Olhos secos
- Visão turva
- Taquicardia
- Constipação
- Diminuição de secreção gástrica
- Relaxamento de musculo liso
Órgão Ação
Olhos Midríase (fotofobia), ciclopegia (paralisia de acomodação), visão borrada em pacientes com glaucoma.
Respiratório Diminui a secreção das glândulas mucosas; Relaxa a musculatura Bronquial
Cardíaco - Dose Altas: Taquicardia ( bloqueia os receptor M2 do nodo SA) -A pressão Arterial permanece constante.
Vasculares Ao contrário dos efeitos hipotensores produzidos pelos agonistas colinérgicos, os antagonistas não produzem efeito sobre a pressão arterial, pois a maioria dos vasos de resistência não possuem inervação colinérgica.
Órgão Ação
GI -Antiespasmódico (↓ motilidade GI), constipação. -Diminuição e abolição das secreções salivares (xerostomia) dificuldade para deglutir. - Doses altas: reduz as secreções gástricas
SNC Excitação central, nervosismo, irritabilidade, desorientação, alucinações, delírios, ↑temperatura corporal (intensificada pela perda de secreção-suor). Dose alta: depressão central, coma, paralisia bulbar, perda de memória.
Glândulas Diminuição das secreções mediado por M3: salivar, lagrimal, sudoríparas pele seca, calor, visão turva, boca seca.
Tracto urinário
Diminui a pressão da bexiga e reduz a frequência de contrações.
Anticolinesterásicos Drogas capazes de inibir a
Acetilcolinesterase (AchE), provocando
acúmulo de acetilcolina e saturação de
seus receptores.
- Organofosforados
- Carbamatos
- Chumbinho
- Rivastigmina
- Neostigmina
Exacerbação dos efeitos da acetilcolina por inibição da colinesterase.
Sintomas da intoxicação
- Broncoconstrição
- Incontinência urinária e fecal.
- Espasmos musculares
- Bradicardia
- Sudorese intensa
- Salivação excessiva (espumante)
- Miose
- Cólicas vigorosas
Tratamento da Intoxicação
Administrar ANTAGONISTAS colinérgicos em altas doses!
- Atropina
- Ipratrópio
- Uso de agonistas adrenérgicos β2 (Salbutamol, fenoterol...)
- Carvão ativado (intoxicação recente)
- Monitoramento da atividade da AchE.
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