COLÉGIO ESTADUAL REGENTE FEIJÓENSINO MÉDIO E PROFISSIONAL
Rua Do Rosário, 194 - Fone : 3225-1626/3225-1741Ponta Grossa / Pr CEP:84010-150e-mail: [email protected]
1. Identificação do Estabelecimento
1.1 Estabelecimento de Ensino: COLÉGIO ESTADUAL REGENTE FEIJÓ – ENSINO
MÉDIO E PROFISSIONAL
Código: 0033
1.2 Município: PONTA GROSSA
Código: 2010
1.3 Dependência Administrativa: ESTADUAL
1.4 NRE: PONTA GROSSA
Código: 025
1.5 Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
1.6 Ato de Autorização do Estabelecimento: (quadro abaixo)
1.7 Ato de reconhecimento/renovação do Estabelecimento: (quadro abaixo)
ENSINO MÉDIO
Resolução de Autorização de Funcionamento do Estabelecimento
Resolução Nº. 1414/75 – DOE 30/12/75Resolução de Reconhecimento do Estabelecimento
Resolução Nº. 715/82 – DOE 31/03/82Resolução de Reconhecimento de Curso
Resolução Nº. 5260/85 – DOE 09/12/85Resolução de Renovação de Reconhecimento do Curso
Resolução Nº. 4930/07 – DOE 24/01/2008
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EDUCAÇÃO PROFISSIONALResolução de Autorização de Funcionamento do Curso Técnico em Secretariado Integrado:
Resolução nº 892/06 de 16/03/2006
Resolução de Reconhecimento do Técnico em Secretariado Integrado:
Resolução nº 1091/09 de 25/05/2009Resolução de Autorização de Funcionamento do Curso Técnico em Secretariado Subsequente:
Resolução nº 607/06 de 02/03/2006
Resolução de Reconhecimento do Curso Técnico em Secretariado Subsequente:Resolução nº 1080/09 de 25/05/2009
Resolução de Autorização de Funcionamento do Curso Técnico em Recursos Humanos:
Resolução nº 2827/09 de 25/08/2009
Resolução de Reconhecimento do Curso Técnico em Recursos Humanos:
Em trâmiteResolução de Autorização de Funcionamento do Curso Técnico em Administração:
Em trâmiteCELEM
Resolução de Autorização de Funcionamento dos Cursos do CELEM
Resolução. Nº 3977/2006 – DOE 24/08/06
1.8 Ato/Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar: PARECER Nº
208/2008 – NRE Ponta Grossa – Data 29/10/2008.
1.9 Distância do Estabelecimento ao NRE: +/- 1,5 Km.
1.10 Localização: Urbana
2. Organização da Entidade Escolar
2.1 Modalidade de Ensino: Médio e Profissional Integrado e Subsequente.
2.2 Número de Turmas: 73
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Número de alunos: 2.530
Número de Professores: 132
Número de Pedagogos: 07
Número de Funcionários: 31
Número de Diretor Auxiliar: 03
Número de salas de aulas: 24
Número de alunos com necessidades especiais: 05
Número de turmas Línguas Estrangeiras: Espanhol: 04 turmas
Alemão : 03 turmas
2.3 Turno de Funcionamento: manhã, tarde e noite.
2.4 Ambientes Pedagógicos:
- Laboratório de Ciências;
- Biblioteca;
- Laboratório de Informática;
- Auditório;
3. Histórico da Instituição
O Colégio Estadual Regente Feijó – Ensino Fundamental e Médio, situado à Rua
do Rosário, 194, Centro, no município de Ponta Grossa, foi criado pela necessidade de
se ampliar a oferta do Ensino Ginasial no Estado do Paraná.
No dia 05 de março de 1927, o Diário Oficial da república nº 5052, publicou o
Parecer nº 11 de 21 de fevereiro de 1927, criando o Ginásio Regente Feijó, o qual
funcionava na Rua Doutor Colares esquina com a Rua Augusto Ribas. Em 1939, para
acomodar o grande número de alunos matriculados, o Ginásio mudou de endereço,
passando a funcionar em definitivo no prédio atual.
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Na medida em que ocorreram as reformas de ensino, o Ginásio obedecendo à
legislação vigente passou por algumas alterações estruturais e de denominação:
Ginásio Regente Feijó – 1927 a 1941
● 1930-1950 – Realizou “Exames de Madureza”, que beneficiam adultos que não
tinham frequentado os estudos seriados na juventude, sua denominação oficial era
Exame de Licença Ginasial - Artigo 91;
● 1938 os cursos Normais e Ginasiais foram fundidos, passando a funcionar juntos no
mesmo estabelecimento, os professores integraram-se ao Corpo Docente do Ginásio
Regente Feijó.
Colégio Regente Feijó – 1942 a 2000
• 1942 a Reforma de Francisco Campos que reorganizou o Ensino Secundário,
alterou o seu nome através de Decreto nº 40.244 de 09/04/42;
• 1943 o Exmo. Presidente da República Dr. Getúlio Vargas, autorizou o
funcionamento dos Cursos Clássicos e Científico, em nível de 2º Graus;
• 1969 o Colégio voltou a realizar os exames para suprir a escolaridade dos jovens e
adultos, com a denominação de Exames do Artigo 99, para 1º e 2º Ciclos;
• 1971 o Professor Sebastião Nascimento Filho, foi designado Coordenador da
Comissão Executiva Regional, para implantar os Exames Supletivos no Regente
Feijó;
• 1973 – 1974 – foi “Escola Núcleo” do Complexo Escolar nº 1, do município piloto de
Ponta Grossa;
• 2000 - passa a denominar-se Colégio Estadual Regente Feijó – Ensino Fundamental
e Médio, ofertando a segunda etapa do Ensino Fundamental – 5ª a 8ª séries, Ensino
Médio – Educação Geral, Magistério e Secretariado;
• 2006 - o Colégio Estadual Regente Feijó – Ensino Fundamental, Médio e
Profissional, devido aos cursos de educação profissional implantados.
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4. Fundamentação Teórica
Não me ensine nada que eu não possa descobrir. Provoque minha curiosidade e não me dê apenas respostas. Desarrume minhas idéias e me dê apenas pistas de como ordena-las. Não me mostre exemplos. Antes me encoraje a ser exemplo vivo de tudo o que posso ajudar! Sejamos, juntos, inventores, descobridores, navegantes e piratas de nossa aprendizagem. Não fale apenas de um passado distante ou de um futuro imprescindível. Esteja comigo hoje, alterando as sensações de quem ensina e de quem aprende
Autor Desconhecido
O atual para paradigma educacional remete-nos a um repensar da prática de
ensino, porque, nos dias que se seguem, nós, enquanto educadores, não somos mais
os detentores exclusivos do conhecimento. Com o avanço da tecnologia, o
conhecimento torna-se acessível a todas as camadas da população. Por essa ótica,
vemos a importância de um novo perfil dos profissionais da educação, isto é, que faça a
diferença como mediador do conhecimento reflexivo e crítico e responsável pelo
ensino/aprendizagem.
A humanidade tem provas suficientes de que os muros podem e devem ser
derrubados, que os espaços geográficos são: construídos por formas visíveis e
materiais, construídos pelas sociedades através das relações que se estabelecem. Mas
será que somos mais do que isso? Somos educadores! Procuramos levar nossas
experiências profissionais e de outras participações vividas, que estão inseridas no
resgate humano e social. Com esses desafios dialéticos, não podemos destituir o
Humano e Divino. Fazemos nossas relações e escolhas, e elas, sendo bem orientadas,
viabilizam a formação holística do ser humano.
A História da Educação nos mostra que
Há mais de dois mil anos que Sócrates perguntava como se aprende a ser virtuoso. Depois de ouvir de Sócrates que a virtude não podia ser ensinada, pois nem o virtuoso Péricles, rei de Atenas, conseguira transmitir a sua virtude política ao seu próprio filho, Menon, seu discípulo estranhava: se existem homens virtuosos e a virtude nao é alguma coisa inata no próprio homem, eles
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devem ter aprendido, de alguma maneira, a ser virtuosos. E Sócrates retruca: se o nosso raciocínio foi até agora correto, só podemos concluir que a virtude não se aprende. O diálogo socrático termina assim, sem solucionar a questão do aprendizado da virtude, isto é, da educação, como se havia proposto no início. [...] Os educadores e pedagogos modernos, entre eles Paulo Freire, superaram essa contradição, mostrando que “ninguém educa ninguém, mas que todos nos educamos juntos”.1
Projeto Político Pedagógico é o plano global da instituição, nunca definitivo, que
se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que se define claramente o tipo de ação
educativa que se quer realizar. Podemos dizer que é para a intervenção diária na
prática pedagógica, mudança da realidade, norteando o trabalho a curto, médio e longo
prazo.
A ideologia em relação ao tipo de sujeitos que a escola pretende formar dá o tom
político ao projeto. É possível distinguir entre uma prática que se preocupa com a
formação de cidadãos críticos, participativos, responsáveis e sujeitos de sua própria
história e outra de repasse e repetição de conteúdo sem estar atenta ao
desenvolvimento humano.
A importância da escola construir este documento é reconhecida pela legislação,
Lei 9394/96 da LDB. Segundo Souza e Corrêa é preciso pensar o projeto político
pedagógico como um direito e um dever da escola e como um dos desafios para o
avanço na organização de trabalhos pedagógicos.
É preciso perceber que existem três eixos que estão interligados –
administrativo, financeiro e pedagógico – e que delineiam a identidade da escola.
Autores que discutem a questão da autonomia reconhecem a limitação da escola em
relação a esses eixos, sendo, portanto uma autonomia relativa segundo Veiga.
5. Marco situacional
O Colégio Estadual Regente Feijó está inserido em uma comunidade que não
pode ser considerada homogênea. Situado no coração da cidade, o colégio atende
1 GADOTTI, Herbert. Educação e Compromisso. 4ª edição – Papirus.
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alunos oriundos de todos os bairros circundantes da cidade. É justamente esta
localização centralizada que emprega este aspecto ao colégio, pois a área central
encontra-se atualmente tomada pelo comércio. Os alunos do período diurno
(manhã/tarde) advêm de variadas localidades e possuem as mais diversas condições
econômicas.
O perfil sócio-econômico dos alunos é muito variável. Há filhos de comerciantes
bem sucedidos. Filhos de pais com empregos estáveis, bem como filhos de pais que se
encontram momentaneamente desempregados.
No campo religioso, pelo grande número de alunos que o colégio comporta, há
uma grande pluralidade religiosa. Assim, os alunos possuem valores variados, seja no
âmbito religioso, social, político e cultural.
Observando os registros das matrículas dos discentes pode-se observar que há
alunos advindos de famílias beneficiadas por programas sociais, bem como o programa
bolsa-escola, e o programa de distribuição de passes escolares gratuitos para empresa
de ônibus.
Portanto não há como traçar um perfil de comunidade escolar que servirá para
descrever perfeitamente as características de tal comunidade.
Alguns alunos não necessitam trabalhar para sustentar a si próprio ou a sua
família. Há casos de alunos que buscam estágios na indústria e no comércio, mas a
grande parte destes o faz por opção própria.
No período vespertino, o perfil dos alunos é muito próximo dos alunos do
matutino. O diferencial em relação a estes dois períodos reside no fato de que a tarde o
colégio oferece o curso profissionalizante de Técnico em Secretariado Integrado ao
Ensino Médio
Portanto o alunado deste curso visa, além da formação na grade comum do
Ensino Médio, uma inserção mais imediata no mercado de trabalho.
Já o período noturno apresenta uma realidade totalmente diversa dos outros dois
turnos. Muitos dos alunos que frequentam o Ensino Médio no período noturno já são
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arrimos de família. Trabalham nas imediações do colégio e o procuram para completar
o Ensino Médio. Há os que são repetentes e que optam por se inserir no mercado de
trabalho transferindo os estudos para a noite. Portanto, é evidente que os professores
devam se adaptar a este contexto. Muitos alunos vêm ao colégio imediatamente depois
de seus turnos de trabalho, o que pode ser constatado no fato de que muitos vestem
ainda os trajes que são usados nas empresas em que trabalham. Este aspecto é por si
um entrave para a instituição do uniforme escolar no período noturno, por exemplo.
A realidade do colégio é assim extremamente complexa, e os conceitos que
fundamentam os planos pedagógicos do mesmo, pela realidade do colégio, devem ser
constantemente refletidos e revisados, para que problemas sérios possam ser
resolvidos. Um aspecto que evidencia bem esta diversidade de turnos pode ser
constatado nos índices de alunos transferidos e desistentes, apresentados nos registros
de classe, bem como no Sistema Estadual de Registros Escolares (SERE).
Os índices de reprovação refletem valores que são extrínsecos ao colégio.
Podem-se analisar questões políticas, sociais e educacionais num plano mais holístico
com base nos dados que a escola colhe todos os finais de ano e semestre.
Muitos alunos do noturno desistem devido a complicações de natureza mais ampla,
pois estes números podem ser observados já no primeiro bimestre, em que a nota,
evidentemente, não pode ser um fator de desestímulo. Provavelmente muitos não
ponderam que o nível de exaustão será acentuado em seus trabalhos devido ao fato de
estarem estudando. Necessidades físicas, como alimentação e moradia, têm um apelo
muito mais acentuado em relação às necessidades culturais e educacionais na vida de
qualquer ser humano, o que implica que a opção entre largar o emprego ou a escola
torna-se automaticamente em uma imposição, e o aluno acaba optando pelo emprego.
Isto acaba originando num ciclo que é um problema de ordem social, pois o indivíduo
não possui qualificação educacional, aspecto que faz com que não tenha muitas
chances de um bom emprego que poderia lhe oferecer tempo e incentivo para os
estudos. Assim, ter-se-á mais um cidadão sem qualificação que fica sujeito a empregos
extenuantes que não propiciam nenhuma possibilidade de aperfeiçoamento
educacional, o que acaba sendo análogo a uma condenação para este indivíduo.
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Devido à localização central do colégio, pode-se usar uma alternativa para
atenuar este processo. Por isso o colégio implantou três cursos técnicos subseqüentes:
Secretariado (1 ano), Recursos Humanos (1 ano) e Administração (1 ano e meio). E
também o curso Técnico Secretariado Integrado com a duração de 4 anos.
6. Ato Conceitual
Escola e sociedade possuem um ciclo que freqüentemente se renova. Se por um
lado é a escola que define as relações que se estabelecem no âmbito social, por outro,
é a sociedade que determina o que se ensina na escola.
Os recentes avanços no campo da ciência e o advento de novas tecnologias
implicam que a escola deve preparar cidadãos conscientes, que serão sujeitos ativos
numa sociedade; que entenderão quais o alcance da tecnologia em suas vidas e que,
portanto, poderão usar os artifícios tecnológicos, e não ser usados por ela. Uma escola
deve ter em todo o seu projeto educacional a perspectiva de que está aperfeiçoando
seres humanos e construindo o plano em que se efetivará o exercício da cidadania.
Se o processo de globalização tende a desenvolver mentalidades mais
individualistas no ideário das pessoas, é a escola que deve oferecer o contraponto
humanizante a este processo. Isto requer que todo o processo educacional seja
constantemente levado à reflexão, num exercício que pode ser considerado como uma
vigília pedagógica. Processo em que a direção, a equipe pedagógica, os professores,
os funcionários, os alunos e os pais dos alunos devem estar constantemente atentos
para as mudanças sociais, postando-se diante das mesmas de maneira crítica. A
educação, por definição, não se trata apenas de repasse de conhecimentos, e sim de
aperfeiçoamento de seres humanos.
A educação deve ser vista como sendo uma maneira de humanização. A
educação é o fim em si, pois é somente através deste processo que as pessoas podem
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conseguir autonomia numa sociedade, podem exercer plenamente a sua cidadania, e
podem contribuir para o desenvolvendo de um mundo mais fraterno e tolerante.
Portanto a escola deve preparar os alunos para aceitar as diferenças, pois numa
sociedade são justamente as relações entre fatores muitas vezes divergentes que
possibilitam seu pleno funcionamento. A escola, por mais que seja laica, deve salientar
que todos devem ter uma preocupação com o plano espiritual, e que o respeito pelas
preferências religiosas é base fundamental sobre a qual repousa a própria essência de
sua religião, qualquer que ela seja.
A escola deve ensinar ciência, mas sempre em vista de que ela é desenvolvida
por humanos, e que a aplicação de tais ciências é que determina e configura as
relações de poder num plano social.
A educação não pode ser doutrinadora, no sentido de desenvolver no ideário dos
educandos uma mentalidade de massa. O processo pedagógico deve preparar para a
sociedade, mas oportunizando ao aluno a possibilidade de que o mesmo possa, por si
próprio, refletir sobre a sociedade em que está inserido. Assim, estará criando uma
sociedade apta a recriar a escola, ou seja, aquilo que a escola ensina. Os valores
adjacentes a este processo são imprescindíveis para a soberania de uma nação. Deve-
se aprender o que é dos outros, mas nunca esquecer-se aquilo que é próprio. Muito
deve ser assimilado, mas outra grande parte deve ser superada, e outras tantas
abandonadas. Ou seja, a escola não pode ser perpetuadora de modelos sociais, mas
sim, a base para a reformulação dos mesmos quando isto se tornar necessário.
Portanto, a relação entre sociedade e escola é simbiótica, pois é dentro da
escola que as sociedades encontram os germens para a sua evolução, e são
sociedades evoluídas que possibilitam melhorias no plano educacional que acabarão
refletindo no melhoramento da própria sociedade.
7. Marco operacional
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Falar em diversidade e pluralidade a partir de uma visão holística inclui os seguintes atores: professor, aluno, família, comunidade, ambiente e todo o contexto educacional. Implica refletir sobre concepções e habilidades individuais. [...] visto dessa maneira, currículo não é algo frio e descontextualizado, ao contrário é algo vivo feito por gente para gente, precisa ser visto enquanto ação. 2
O colégio é uma instituição que se preocupa com a formação integral do aluno.
Deve, portanto, trabalhar no coletivo, e esse coletivo definimos como gestão
compartilhada, isto é: todos os setores da escola participarem do planejamento,
tomadas de decisões, ações a serem desenvolvidas no cotidiano escolar. Nossa linha
de ação tende a ser progressista, baseada numa fundamentação teórica que nos levam
a democratização dos encaminhamentos escolares a fim de tentar humanizar o corpo
discente, pois que os mesmos brincam de matar gente, ofendendo a vida, destruindo
sonhos. Por esta razão propõe-se a trabalhar possibilitando a construção do
conhecimento visando o desenvolvimento social, científico e humano a saber:
1- Formação continuada: é imprescindível para todos os profissionais
relacionados à educação, porque o aperfeiçoamento faz parte da vida de qualquer
profissional. O professor, atualmente, convive com muitos paradigmas impostos pelo
modelo social, e sempre acaba se confrontando com a novidade por um lado, e por
outro, com a tradição.
Os educadores encontram muitos desafios e o que é fácil de perceber no atual
contexto escolar é que cada vez que tentam transpô-los, vislumbram sempre com mais
dificuldades no caminho. Eles se vêem comprometidos dentro da linha citada acima,
com um programa previamente estabelecido, e em muitos casos, a competência deste
profissional é posta em causa caso ele não consiga acompanhar tal programa.
Ao selecionar conteúdos o professor deve cuidar para fazê-lo de forma que monte um prisma em torno do aluno e não uma parede em sua frente, o que equivale dizer que o professor deve fazer essa seleção de maneira filosófica, tentando representar às diversas possibilidades de aspectos de se ver a questão.
2 SILVA, 2006, p. 30.
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O papel da escola que tem como função social ensinar e a sociedade sugere a
modernização dos educadores. A mídia é nossa parceira, assim como o giz e a lousa
quando ambos estão comprometidos, a aula vira um laboratório.
A comunidade escolar do Colégio Estadual Regente Feijó está certa de que
poderá contribuir para aprimorar a sociedade em que está inserida. Serão
implementadas várias medidas, como as já citadas, no anseio de estruturar um
ambiente pedagógico mais propício para o desenvolvimento de cidadãos críticos e
ativos no contexto político, econômico e social:
2- Departamento de Cerimonial e Protocolo: a criação do Departamento de
Cerimonial e Protocolo é uma ação estratégica, pois além de enaltecer a imagem do
Colégio em eventos e formaturas, auxilia na parte organizacional da escola.
3- Intervenção psicopedagógica no processo ensino/aprendizagem: o índice de
alunos com dificuldade de aprendizagem atinge um patamar médio num universo de
2.600 alunos. A preocupação para com este problema, neste sentido, a escola propõe
neste Projeto Político Pedagógico aproveitar os conhecimentos psicopedagógicos das
pedagogas que possuem o Curso de Especialização neste curso.
4- Bullying: uma prática que ocorre diariamente nos colégios. Adolescentes e
crianças são vítimas constantes de ofensas e constrangimentos. Danos podem causar
impactos psicológicos para a vida inteira. Os principais alvos do bullying dentro dos
colégios são alunos considerados ‘diferentes’.
A coordenadora do Centro de Apoio ao Adolescente, Inah Santos, afirma que
muitas vezes os alunos que se comportam desta maneira não tem noção do quão
violenta é a atitude deles, eles não têm essa noção e sempre pegam como vítimas,
alunos considerados diferentes. São os ‘gordinhos’, os que usam óculos ou que
estudam demais, afirma. Os professores devem estar atentos na sala de aula para
perceber quando está ocorrendo bullying.
5- Gravidez na adolescência.
6- Visitas a museus tanto em Ponta Grossa.
7- Visitas a Igrejas.
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8- Visitas a Prédios Históricos.
9- Viagens.
Nada mais democrático do que ensinar com o compromisso para que haja a
aprendizagem por parte de todos os alunos. A preocupação da escola com o
atendimento à diversidade social, econômica e cultural existentes, que lhe garante ser
reconhecida como instituição voltada, indistintamente para a inclusão de todos os
indivíduos. Sendo ainda um grande desafio estabelecer propostas de ensino que
“reconheçam” a todos de maneira igualitária.
10- Diversidade: percebe-se o grande desafio de incluir a todos, nessa
perspectiva, devemos assumir o compromisso político e social de garantir a todos o
direito ao acesso à escolarização. Para isso é necessário que a escola identifique e
reconheça os diferentes sujeitos (educadores e educandos).
11- Projeto sobre sexualidade (Nelsina Comel): fazer acontecer a
interdisciplinaridade usando a hora-atividade para encontros frutíferos, junto com as
pedagogas ou trocando idéias com seus pares para solidificar um dos quesitos mais
importantes para a qualidade do ensino. Os professores deverão apropriar-se de
técnicas para atrair os alunos, com dificuldades ou não, procurando recursos com os
pedagogos pesquisando exemplos de aulas da mídia.
12- Jogos Interséries das modalidades que o colégio tem condições de oferecer.
13- Mostra de trabalhos, com aproveitamento de material descartado.
14- Olimpíadas de matemática: essas vêm definidas pelo Governo Federal com
material de apoio e conteúdos satisfatórios. A análise é feita pelas professoras de
matemática.
15- Saúde e Nutrição.
16- Convênio com o Colégio Sant’Ana.
17- Curso de Serviço Social da UEPG.
18- Avaliação institucional: com objetivo de verificar o desempenho dos
profissionais que nela atuam. Oferecendo um feedback para que os mesmos possam
se adequar à filosofia deste colégio. Os resultados serão processados pela equipe
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pedagógica e serão divulgados a todos os interessados. Assim, acredita-se que
estaremos dando um grande passo rumo à democratização do ensino.
19- Momento Cívico: organizado pelas professoras Coleta Vieira Batista e Elis
Regina Siduoski, tendo como colaboradoras as professoras Elizabete de Fátima
Kosloski, Irene Schwab e Tânia Mara Santos.
20- Noite da Poesia.
21- Recital no Regente.
22- O Regente em festa (1º de abril).
23- Concurso de Textos Temáticos.
24- Dança no Regente.
25- Fanfarra
26-Projeto Fero com Ciência.
27-Projeto Moda na 2ª Guerra Mundial.
28- Dia do professor e dia do estudante e outros que se apresentarem.
29-Semana dos Cursos Profissionalizantes com palestras, seminários, simpósios
e outros que surgirem posteriormente.
Para contribuir com a Gestão Democrática temos a considerar:
1- Conselho Escolar: é um órgão colegiado, representativo da Comunidade
Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a
organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar
em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a
Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento do Colégio,
para o cumprimento da função social específica do colégio.
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O projeto de ação estará articulado nos profissionais que atuam na escola,
preservada a especificidade de cada área de atuação.
2- APMF: pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos
Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político-
partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus
Dirigentes e Conselheiros.
3- Grêmio Estudantil: A criação do grêmio estudantil está prevista para o primeiro
semestre de 2010. O grêmio será a organização que representará os interesses dos
estudantes na escola. Ele permitirá que os alunos discutam, criem e fortaleçam
inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na
comunidade.
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O grêmio será também um importante espaço de aprendizagem, cidadania,
convivência, responsabilidade e de luta por direitos.
Por isso, é importante deixar claro que um de seus principais objetivos é
contribuir para aumentar a participação dos alunos nas atividades do Colégio,
organizando campeonatos, palestras, projetos e discussões, fazendo com que eles
tenham voz ativa e participem – junto com pais, funcionários, professores,
coordenadores e diretores – da programação e da construção das regras dentro no
âmbito do Colégio.
O Grêmio Estudantil poderá fazer muitas coisas, desde organizar festas nos
finais de semana até exigir melhorias na qualidade do ensino. Ele terá o potencial de
integrar mais os alunos entre si, com toda a escola e com a comunidade.
4- Palestras, seminários, simpósios: o Colégio continuará desenvolvendo
parcerias para oferecer aos alunos eventos que contribuem significativamente para sua
formação. Alguns parceiros já tradicionais continuarão auxiliando na construção e no
engrandecimento educacional do Colégio, entre estas empresas e instituições,
destacam-se as seguintes: SESC, SENAI, SESI, SENAC, Universidade Tecnológica
Federal do Paraná – UTFPR, Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG.
8. Organização do tempo escolar:
No ano de 2010 matricularam-se 2530 alunos distribuídos em três turnos assim
discriminados:
Período da Manhã:
Ensino Médio: 908 alunos;
Período da Tarde:
Ensino Médio: 462 alunos;
Educação Profissional:
- Curso Técnico em Secretariado Integrado: 334 alunos;
Período da Noite:
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Ensino Médio: 378 alunos;
Educação Profissional:
- Curso Técnico em Secretariado Integrado: 130 alunos;
- Curso Técnico em Secretariado Subseqüente: 60 alunos;
- Curso Técnico em Recursos Humanos: 61 alunos;
- Curso Técnico em Administração: 30 alunos.
Os cursos técnicos subseqüentes são oferecidos à comunidade sob a forma de
semestres, variando as disciplinas em cada semestre.
O Curso Técnico em Secretariado Subsequente tem a duração de dois
semestres, totalizando 12 meses.
O Curto Técnico em Recursos Humanos Subsequente tem a duração de dois
semestres, totalizando 12 meses.
O Curto Técnico em Administração Subsequente tem a duração de três
semestres, totalizando 18 meses.
Este colégio oferece Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM, cuja
regulamentação esta contida na Resolução 3977/2006. Por estar destinado a alunos
com alguns conhecimentos em línguas estrangeiras modernas adquiridas em cursos
anteriormente freqüentados, fora do currículo da educação básica, o curso de
aprimoramento em línguas estrangeiras modernas ofertado pelo CELEM deverá
contemplar todas as habilidades de comunicação oral e escrita por meio de atividades
atraentes, progressivas, variadas e organizadas.
Sendo o aluno o foco do processo ensino/aprendizagem para que o mesmo
obtenha êxito na proposta a metodologia a ser empregada pelos professores deverá ser
variada tais como: utilização de textos fotocopiados, filmes, CDs, revistas, livros
paradidáticos, jornais, cartas cartazes, gravuras e outros. Deverá desenvolver
diferentes atividades pedagógicas como: teatro, declaração, jogos, pesquisas,
celebrações, atividades culinárias, músicas, jogos, atividades em grupo, em duplas que
venham preparar os alunos para situações consideradas compatíveis com as
necessidades da língua estrangeira moderna em diferentes situações como: estudo,
trabalho, passeio, viagem, convivência e outras ocasiões.
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Sendo a escola um espaço democrático, com objetivos claros e bem definidos, o
aluno tem por direito participar de agremiações estudantis, com o objetivo de
desenvolver sem potencial crítico sem tender para uma facção política partidária. A
participação estudantil no grêmio tende a resgatar o aluno com consciência política e
social.
Grêmio é a organização dos estudantes na Escola, ele é formado por alunos de
forma independente, desenvolvendo atividades culturais e esportivas, produzindo jornal,
organizando debates sobre assuntos de interesse dos estudantes que não fazem parte
do currículo escolar como compra de livros e outros.
A organização, o funcionamento e as atividades do grêmio serão estabelecidas
em seu estatuto, aprovado em assembléia geral do corpo discente. Este será
regulamentado no regimento escolar e enviado ao NRE para a devida análise e
aprovação.
No momento este colégio não possui esta agremiação, para 2007 será feito um
estudo com os alunos no início do ano letivo para posterior eleição.
8.1 Organização curricular: ofertada através de disciplinas.
8.2Base Nacional Comum:
A partir de 2010, as disciplinas contempladas na Base Nacional Comum, conforme
a matriz curricular do Ensino Médio, estão ofertadas sob a forma de blocos assim
discriminados:
BLOCO 01:
-Biologia
-Educação Física
-Filosofia
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-História
-Lingua Estrangeira Moderna
BLOCO 02:
-Arte
-Física
-Geografia
-Matemática
-Sociologia
-Química
O curso de Técnico em Secretariado Integrado é ofertado em séries com a duração
de quatro anos.
8.3 Parte Diversificada:
No Ensino Médio as disciplinas de Filosofia e Sociologia estão contempladas na
matriz curricular da Base Nacional Comum conforme a Legislação vigente, nas três
séries. A disciplina de Língua Estrangeira Moderna (Inglês), nas três séries, na Parte
Diversificada. A disciplina de Espanhol é ofertada no Curso Técnico em Secretariado –
Área profissional Gestão, integrado ao Ensino Médio na 3ª e 4ª séries.
8.4 Como são ofertados estudos sobre o Estado do Paraná: inserido na disciplina de
História no Ensino Médio, e demais cursos.
9. Avaliação
É evidente que não é possível estabelecer um parâmetro que deva ser seguido
como regra para os sistemas avaliativos. O aprendizado de uma disciplina da área das
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Ciências Exatas não pode ser mensurado com os mesmos métodos com os quais se
avalia uma disciplina das Ciências Humanas, por exemplo. Outrossim, está previsto que
os professores, dentro dos planos de ensino específico de cada disciplina, tenham
liberdade para elaborar a melhor forma de avaliar os discentes de acordo com os
conteúdos ministrados. Entretanto, a orientação sugerida aos docentes é que tenha em
mente que a avaliação é um processo contínuo que não pode se encerrar numa única
avaliação. Sendo um processo, deve acontecer ininterruptamente, em todos os
momentos e deve contemplar o crescimento individual.
A avaliação tradicional, centrada em provas, notas e boletins, ainda predomina na
maioria de nossas escolas. Mas esse método vem sofrendo muitas críticas e, aos
poucos, vêm surgindo novas experiências.
Uma pergunta muito simples permite ver tudo o que há de prejudicial na visão
tradicional: O que queremos quando "avaliamos" as crianças? Classificá-las em ordem
de notas ou contar com mais um instrumento para ajudar cada uma a aprender?
A discussão dessa questão leva a uma conclusão evidente: na educação elementar,
a avaliação não pode mais servir para selecionar quem passa e quem reprova e para
dividir a turma numa maioria de alunos "médios", cercada por uma minoria de
"melhores" e outra de "piores" do que a média.
É preciso que a avaliação sirva para que todos possam ter experiências de sucesso,
para nos orientar sobre as dificuldades, os pontos positivos e as necessidades de cada
um. Não para comparar os alunos entre si de acordo com um critério único, criando
competição, inveja e frustração, mas para auxiliar cada um a evoluir em relação a si
mesmo.
A aceitação dessas idéias está na origem de tentativas de avaliar de outra forma.
Surgem os conceitos de avaliação permanente (feita pela observação cotidiana de cada
aluno e com dados mais qualitativos) e de auto-avaliação (em que o próprio aluno
verifica o que sabe, o que não sabe e o que precisa saber).
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Uma experiência que aparece com freqüência cada vez maior e permite ilustrar o
espírito das novas formas de avaliar é o uso de pastas e "portfólios". Eles são montados
pelos próprios alunos com materiais como textos, desenhos e outros recolhidos ao
longo do tempo e que, ao serem comparados, permitem ao aluno observar e analisar a
sua própria evolução.
É difícil mudar a avaliação sem alterar todo o modo de operar da escola. Isso
porque, em locais onde todo o trabalho é predefinido pelo currículo e pelos livros
didáticos, a necessidade de saber para "passar na prova" acaba sendo um recurso a
que os professores, sem liberdade para sair dos programas, recorrem como forma
extrema de prender a atenção dos alunos.
De qualquer forma, mesmo sabendo que notas e boletins continuam sendo os
métodos preferidos das escolas (e dos pais!), devemos louvar o esforço daquelas que,
pelo menos, estão tentando renovar seu modo de avaliação (introduzindo a montagem
de pastas e outras formas de auto-avaliação, por exemplo).
É evidente que não é possível estabelecer um parâmetro que deva ser seguido
como regra para os sistemas avaliativos. O aprendizado de uma disciplina da área das
Ciências Exatas não pode ser mensurado com os mesmos métodos com os quais se
avalia uma disciplina das Ciências Humanas, por exemplo. Outrossim, está previsto que
os professores, dentro dos planos de ensino específico de cada disciplina, tenham
liberdade para elaborar a melhor forma de avaliar os discentes de acordo com os
conteúdos ministrados. Entretanto, a orientação sugerida aos docentes é que tenha em
mente que a avaliação é um processo contínuo que não pode se encerrar numa única
avaliação. Sendo um processo, deve acontecer ininterruptamente, em todos os
momentos e deve contemplar o crescimento individual de cada discente, buscando um
crescimento homogêneo da classe, mas preservando as habilidades individuais de
aprendizado de cada aluno.
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As avaliações, quando feitas pautadas no sistema tradicional (questões
objetivas, discursivas ou somatórias), que são importantes para preparar os alunos para
concursos e vestibulares que utilizam estes métodos, devem contemplar a recuperação
de nota. Tal recuperação deve se dar paralelamente, ou seja, imediatamente após as
avaliações, acompanhadas de explicações prévias daqueles pontos em que o aluno
encontrou maior dificuldade de aprendizado.
A avaliação não pode ser considerada um instrumento de punição ou de
repreensão, mas sim, mais um momento no processo de aprendizagem dos alunos.
Sendo assim, as notas obtidas em tais avaliações não podem ser ponderadas como os
únicos meios de julgamento para a aprovação ou reprovação do aluno. O Colégio
contempla a realização de Conselhos de Classe em quais os alunos terão seus
desempenhos analisados por toda a equipe pedagógica e pelo conjunto de professores
que lecionam na classe dos mesmos. O Conselho de Classe possui autoridade de
decisão soberana para aprovar alunos que eventualmente não tenham alcançado a
média de notas anuais prevista, tal decisão será coletiva, com base numa série de
conjuntos acerca do desempenho do educando ao longo de todo o ano letivo. Poderão
ser levados em conta fatores que possam ter ocorrido na vida pessoal de cada aluno e
que eventualmente possam ter prejudicado seu rendimento escolar.
A avaliação não pode ser considerada um instrumento de punição ou de
repressão, mas sim, mais um momento no processo de aprendizagem dos alunos.
Sendo assim, as notas obtidas em tais avaliações não podem ser ponderadas como os
únicos meios de julgamento para a aprovação ou reprovação do aluno. O Colégio
contempla a realização de Conselho de Classe em quais os alunos terão seus
desempenhos analisados por toda a equipe pedagógica e pelo conjunto de professores
que lecionam na classe dos mesmos. O Conselho de Classe possui autoridade de
decisão soberana para aprovar alunos que eventualmente não tenham alcançado a
média de notas anuais prevista, tal decisão será coletiva, com base numa série de
conjuntos acerca do desempenho do educando ao longo de todo o ano letivo. Poderão
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ser levados em conta fatores que possam ter ocorrido na vida pessoal de cada aluno e
que eventualmente possam ter prejudicado seu rendimento escolar.
Sistema de Avaliação:
Nos estudos realizados sobre avaliação a escola decidiu que o sistema de
avaliação seguirá o seguinte critério:
- 5,0 (cinco vírgula zero) pontos: Provas.
Ex.: prova escrita, oral, de consulta, em duplas, objetivas e outras.
- 5,0 (cinco vírgula zero) pontos: Trabalhos
Ex.: relatórios de filmes, de trabalhos apresentados em salas pelos colegas, simpósios,
fichamento de livros, resenhas, uso dos laboratórios de Ciências e Informática,
seminários, leitura de textos e livros de todas as disciplinas.
Recuperação:
Deverá ser paralela a cada momento avaliativo.
Ex: prova ou outro instrumento: valor 3,0 (três vírgula zero) – o aluno tira 2,0 (dois
vírgula zero), está sujeito a recuperação para tentar chegar ao 3,0. se a nota da
recuperação for inferior à avaliação, prevalecerá a nota maior.
Todo o trabalho que não alcançar os objetivos propostos pelo professor deverá
ser refeito no quesito não atingido.
Obs.: não há necessidade de fragmentar tantas vezes os 5,0 pontos, mas pelo menos
duas vezes.
Ex.: 2,0 + 3,0 = 5,0
3,0 + 2,0 = 5,0
2,5 + 2,5 = 5,0
Os conteúdos a serem seguidos, obrigatoriamente, devem ser estabelecidos nas
Diretrizes Curriculares contidos no Plano de Trabalho Docente, registrados no livro de
chamada e consequentemente, fazer parte do registro de conteúdos do caderno do
aluno.
Durante o processo pedagógico deverá ser realizado a recuperação paralela
conforme valor de cada instrumento avaliativo, de acordo com a legislação vigente.
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9.1 Formas de Registros: livros de chamada e sistema informatizado SERE.
9.2 Periodicidade da Avaliação: no decorrer do processo ensino/aprendizagem e os
valores quantitativos são apresentados no final de cada bimestre.
10. Estratégias do Colégio para articulação com a família e comunidade:
- Reuniões de acompanhamentos bimestrais;
- Palestras.
11. Acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico:
- Comissão;
- Conselho Escolar;
- Comunidade Escolar;
- APMF.
12. Conselho de Classe
É fundamental compreender que o Conselho de Classe é muito mais complexo
que a simples retrospectiva do comportamento e notas do aluno no decorrer do período
(mês, bimestre, trimestre, etc.), e que neste espaço, tornam-se possíveis as mudanças,
ainda que pequenas e gradativas, mas que sigam uma mesma direção. Expressa-se
aqui, a intencionalidade do ato educativo, que requer competência profissional, reflexão
crítica sobre a prática, comprometimento com a aprendizagem do aluno, sem que isso
signifique, excluir a “afetividade e a alegria” do processo educativo..
No processo de organização do Conselho de Classe é necessário considerar a
definição de critérios, os quais devem ser qualitativos e não quantitativos, e que
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sustentam a função deliberativa e orientam a prática pedagógica. É importante ressaltar
que as discussões no Conselho de Classe final, as quais são medidas pela equipe
pedagógica, bem como respaldadas e presididas pela direção escolar devem, por sua
vez, se sustentar sobre alguns parâmetros (critérios qualitativos):
• Avanços obtidos na aprendizagem;
• Trabalho realizado para que o aluno melhore a aprendizagem;
• Desempenho do aluno em todas as disciplinas;
• Acompanhamento do aluno no ano seguinte;
• Situações de inclusão;
• Questões estruturais que prejudicam os alunos (ex: falta de professores sem
reposição);
• Não há nota mínima estabelecida: todos os alunos que não atingiram média para
aprovação devem ser submetidos à análise e decisões do Conselho;
• Não há número de disciplinas para aprovar ou reprovar. Mesmo que o aluno
tenha sido reprovado em todas as disciplinas, o que deve ser analisado.
13. Referências Bibliográficas
ADORNO, Theodor, W. Educação após Auschwitz. In COHN, Gabriel (Org.). São Paulo:
Editora Ática, 1986. (Coleção Grandes Cientistas Sociais).
ASPIS, Renata Pereira Lima. O professor de filosofia: o ensino de filosofia no ensino
médio como experiência filosófica. Cadernos Cedes, Campinas, vol. 24, n. 64, p. 305-
320, set./dez. 2004. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br> Acesso em: 18 abr.
2006.
FREUD, Sigmund. Escritos sobre a psicologia do inconsciente. Rio de Janeiro: Imago,
2004.
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_______________ . O mal estar na civilização. Rio de Janeiro: Imago, 1997.
MARCUSE, Herbert. O fim da utopia. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1969.
ORTEGA Y GASSET, José. Meditação da técnica. Rio de Janeiro, Livro Ibero-
Americano, 1963.
PARANÁ (Estado). Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio.
Orientações curriculares. Paraná, 2006.
PLATÃO. A República. São Paulo: Nova Cultural, 2005. (Coleção Os Pensadores).
SILVA, Maria de Fátima Minetto Caldeira. Currículo na educação inclusiva: entendendo
esse desafio. Curitiba: IBPEX, 2006.
VALENTE, José Armando. Por quê o Computador na Educação? In: Computadores e
Conhecimento: Repensando a Educação, 1993. Cap. 2, Separata n. 2. 1995. Disponível
em: <http://www.nied.unicamp.br/publicacoes/separatas/Sep2.pdf> Acesso em: 18 abr.
2006.
VAZ, Adriana Maria Saura. O ensino de filosofia e “A educação de si mesmo” refletindo
com Nietzsche. 2000. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação,
Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
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