COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
PONTA GROSSA
OUTUBRO - 20061 - APRESENTAÇÃO
Os inúmeros problemas educacionais e o verdadeiro papel da
educação formal são motivos de ampla discussão na sociedade
hodierna. Urge empreender um esforço coletivo para vencer as barreiras
e entraves que inviabilizam a construção de uma escola pública que
eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja instrumento
real de transformação social, espaço em que se aprenda a aprender, a
conviver e a ser com e para os outros, contrapondo-se ao atual modelo
gerador de desigualdades e exclusão social.
O presente projeto surge da necessidade da escola de ter um
plano norteador de todas as ações educacionais, pois a dinâmica
escolar necessita mudar, avançar, aperfeiçoar, recriar, cumprindo assim
seus objetivos e metas.
Sendo o projeto o marco diferencial entre uma escola e outra, nele
estarão explicitados os princípios que a escola pretende seguir,
expressando as crenças e os propósitos da coletividade escolar a partir
da realidade identificada.
Eis assim um caminho a seguir: um trabalho resultado da
discussão entre todos os sujeitos que compõem as diversas faces da
escola e contempla as necessidades e anseios dos diferentes setores,
além da participação da comunidade.
2 - IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
2.1 Estabelecimento de Ensino: COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
Código: 0130
2.2 Município: PONTA GROSSA
Código: 2010
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2.3 Dependência Administrativa: ESTADUAL
2.4 NRE: PONTA GROSSA
Código: 025
2.5 Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
2.6 ENDEREÇO: RUA PADRE JOÃO ANTONIO S/N
PONTA GROSSA – PARANÁ
CEP: 84015-360 FONE FAX 42-3224-1892
e-mail: [email protected]
2.7 Ato de Autorização do Estabelecimento:
Resolução nº 4648/78 de 20.02.78
2.8 Ato de Reconhecimento/renovação do Estabelecimento
Resolução nº 2773/81 de 21.12.81
2.9 Ato/Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar nº
068/2004 de 17.12.2004
2.10Distância do Estabelecimento ao NRE: 3,5 Km
2.11 Local: Urbana
3- ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
3.1 Modalidade de Ensino
Ensino Fundamental (5ª a 8ª série)
Ensino Médio e Integrado
Educação Profissional - Subseqüente
3.2 Número de Turmas: 37
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Número de Alunos: 1.200
Número de Professores: 57
Número de Pedagogos: 06
Número de Funcionários: 19
Número de Diretor Auxiliar: 01
Número de sala de aula: 15
Número de alunos com necessidades especiais: 00
3.3 Turno de Funcionamento: manhã, tarde e noite
3.4 Ambientes Pedagógicos:
- Sala de Recursos
- Salas de Contra -Turno
- Sala de Apoio Pedagógico
- Sala de Vídeo
- Laboratório de Ciência/Biologia/Química/Física
- Biblioteca
- Laboratório de Informática
- Auditório
4 - OBJETIVOS GERAIS
Delinear perspectivas para uma gestão escolar democrática,
eficiente e de qualidade, na busca da garantia do aprendizado
significativo do aluno, voltado para inclusão, atendendo a
diversidade dos alunos, independente de sua procedência,
socioeconômica, acúmulo intelectual e expectativas educacionais;
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Melhorar a qualidade de ensino através de ações coletivas e
democráticas;
Gerar compromisso de todos os envolvidos como processo ensino
aprendizagem;
Vivenciar o cotidiano da escola os princípios de igualdade, de
qualidade de ensino e gestão democrática;
Levar o corpo docente e discente a aprender a conhecer,
aprender, a fazer, a conviver e a ser.
5 - MARCO SITUACIONAL
Uma sociedade é reflexo da evolução moral, cultural e educacional
de um povo. A questão do que é justo ou injusto numa sociedade é um
tanto subjetiva, pois depende sob quais critérios é analisada. Do ponto
de vista econômico a situação é clara: muitos têm pouco e poucos têm
muito. Esse fato torna uma sociedade injusta e excludente, deixando à
margem de uma formação cultural e profissional emancipadora, a maior
parte da população.
Nos dias de hoje, vivenciamos uma sociedade imediatista, seletiva
e consumista, e essa inversão de valores tem se revelado predadora dos
jovens, oriundos das classes menos privilegiadas financeiramente e
culturalmente. Esse contexto tem produzido alunos/cidadãos pouco
críticos, atuantes e sem muitas expectativas quanto ao futuro
profissional; num mercado de trabalho que tem se mostrado restrito à
mão de obra especializada e com baixos salários, numa política sócio-
econômica castradora de novas oportunidades.
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Segundo Rodrigues “a crescente inserção da tecnologia de
informação nas atividades humanas, também, tem criado novos
paradigmas sobre os relacionamentos humanos (quer seja pessoal,
profissional ou econômico), na concepção do papel do cidadão no
progresso de toda a sociedade e também sobre a concepção do que é
educação, formação profissional e pessoal”. As transformações pelas
quais vem passando a sociedade humana em busca de adaptação e
interação com os novos conceitos trazidos pela popularização da
tecnologia tem exigido uma reflexão mais profunda dos impactos
observados nos relacionamentos humanos e nas novas formas de
estrutura do armazenamento e da divulgação do conhecimento
humano.
A sociedade em conjunto com a escola precisa assumir a
responsabilidade de discutir como a tecnologia pode ser usada de forma
mais eficaz na formação humana e intelectual do aluno e na construção
de um mundo mais justo tanto economicamente, como socialmente,
moralmente e culturalmente.
As mudanças que vêm ocorrendo nas relações do ser humano
com seu espaço cotidiano, exigem dele uma postura reflexiva de como
elas interferem no seu viver. È através dos conhecimentos reflexivos
que se torna um cidadão crítico e atuante na sociedade em que se
insere. Um cidadão capaz de cobrar uma melhor distribuição de renda,
um maior mercado de trabalho e com remuneração mais justa, capaz de
suprir as necessidades de alimentação, moradia, saúde e lazer,
construindo assim uma sociedade mais justa, tal como desejamos.
Mas para que o jovem possa acessar esse caminho idealizado é
preciso provê-lo de uma boa formação física, intelectual, profissional,
moral, ética afetiva e espiritual.
Nossa escola pública abriga o jovem, mas não o prepara para a
vida e principalmente não o capacita a disputar em condições de
igualdade o mercado de trabalho.
Os órgãos escolares mantidos pelo poder público, em especial o
Ensino Fundamental e Médio, recebem alunos com características
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heterogêneas, tanto economicamente como culturalmente. Na região de
Ponta Grossa, em particular, predomina a classe média baixa. Porém
significativa parcela de nossa população encontra-se, segundo dados do
último senso, abaixo da linha da pobreza, dados esses que classificaram
nossa cidade como um dos maiores bolsões de pobreza do Estado do
Paraná.
Esse contexto produz uma clientela heterogênea em nossas
escolas, que se debatem entre a transmissão formal do saber e o
assistencialismo paternalista, além de políticas pedagógicas populistas
que, em busca de índices favoráveis de sucesso, interferem na tão
propagada autonomia da escola e no fazer pedagógico dos professores.
O alto índice no consumo de drogas, nas últimas décadas,
transformou a toxicomania num grave problema social e que desaguou
na escola com reflexos traumáticos e ainda não delineados com clareza.
A desestruturação familiar também vem atingindo nossa sociedade
contemporânea e traz para a escola crianças carentes de afeto e
compreensão, estressadas e ansiosas. Nesse contexto familiar onde à
educação dos filhos é delegada a outros, a solidão e a incerteza quanto
ao futuro fazem parte da rotina familiar e cada vez mais a escola recebe
jovens que passam pelo conhecimento formal sem refletir sobre ele,
jovens que, quando muito, apenas repetem as informações recebidas.
Analisando-se o cotidiano escolar e as práticas educativas nele
desenvolvidas, percebe-se que, além das dificuldades já citadas, há
vários outros fatores responsáveis pela desmotivação de professores e
alunos: a falta de recursos humanos, pedagógicos e de espaço físico
suficiente para atender a demanda, resultados medíocres obtidos junto
ao desempenho dos alunos, políticas pedagógicas inovadoras,
inconstantes e distantes da realidade docente e discente e do contexto
social em que a escola se insere, criam um clima de insatisfação nos
meios educacionais e na sociedade em geral.
Diante dessa realidade encontra-se o projeto de uma escola de
massa que não consegue absorver o número de alunos e ainda o
impacto de gerenciar novas formas de tratar o conhecimento e o ensino.
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A escola pública deveria funcionar de forma eficaz no combate às
desigualdades sociais, pois oferece terreno fértil para estabelecer uma
maior ligação entre as classes populares e as mais privilegiadas
economicamente e construir um caminho para uma sociedade mais
justa e equilibrada. Para tanto se faz necessário que se adeqüe às
necessidades de nosso mundo globalizado e informatizado e seja um
espaço que estimule a interação entre educadores e educandos,
despertando nesses o gosto pelo estudo, pela pesquisa pelo
pensamento crítico e reflexivo, e pela superação de limites.
È de consenso geral a necessidade de uma escola mais
integradora, formadora, democrática e acertiva, que valorize a
aquisição do saber e a evolução moral do aluno, num processo de
integração do ser ao saber.
Diante da heterogeneidade de nosso alunado, não só quanto à
faixa etária, mas também quanto ao nível sócio-econômico e cultural,
torna-se um tanto abstrata a proposição de tornar mensurável o quanto
os conhecemos.
A maioria deles provém de classe média baixa e enfrentam
problemas sócio-econômicos e culturais comuns à maioria das famílias
atuais como: desestruturação familiar, desmotivação, baixa auto-
estima, falta de perspectivas quanto à inserção no mercado de trabalho,
pouca ou nenhuma noção de valores morais, entre outros.
Há em nossa escola, também, uma pequena parcela de alunos de
uma classe média mais abastada. Estes freqüentavam a escola privada
e, na maior parte dos casos, de lá saíram por não se adaptarem,
principalmente, às regras disciplinares de tais entidades educacionais.
Agregam-se a estes mencionados, uma minoria de alunos
oriundos das camadas mais pobres da população, alguns desamparados
até dos direitos básicos a uma existência digna, que geralmente
residem nas adjacências do bairro onde se localiza a escola.
Atualmente contamos com alunos egressos do ensino médio, que
encontram-se cursando a modalidade de subseqüente ou pós-médio da
educação profissional, bastante heterogênea no que diz respeito à idade
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e classe social. Muitos vieram pela necessidade da empresa em se
adequar às leis ambientais.
Considerando os apontamentos delineados, nos embasamos numa
concepção de educação que é entendida como processo de
desenvolvimento e conhecimento capaz de provocar situações de
construção progressiva das noções e operações e suas interações com o
meio, portanto a educação é condição formadora necessária ao
desenvolvimento natural do ser humano.
Numa outra perspectiva a educação é fator de suma importância
na passagem das formas mais primitivas de consciência para a
consciência crítica que por sua vez não é um produto acabado, mas um
vir a ser contínuo.
Nesse contexto de educação a escola aparece como uma
possibilidade ao aluno, de desenvolver a ação motora, verbal e mental
que poderá intervir no processo sócio - cultural e inovar a sociedade
diante de sua própria ação.
Inserido na concepção de educação e de crescimento do nosso
educando vimos na implantação e implementação de um curso técnico
uma nova perspectiva.
Após análise do contexto e, sobretudo do histórico do
estabelecimento em eventos de relevância na área ambiental,
passamos a ofertar o Curso Técnico em Meio Ambiente.
Nossa região, que se destaca como agrícola, apresenta também
um crescimento industrial elevado, o que justifica a escolha pelo Técnico
em Meio Ambiente. Esse contexto demanda de profissionais qualificados
para diagnosticar, analisar, compreender, tomar decisões, propor
soluções e elaborar laudos sobre os problemas ambientais em toda sua
amplitude e diversidade.
Após análise desse contexto e do histórico do estabelecimentoO
decreto 5.154/04 possibilita a articulação plena do Ensino Médio com a
educação profissional, com a oferta integrada do Ensino Médio técnico e
os programas subseqüentes.
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“Como elementos articuladores da organização curricular
integrada temos o trabalho, a cultura, a ciência e a tecnologia”,
segundo Lima Filho.
De acordo com o autor acima citado: “A educação, tendo o
trabalho como princípio educativo, é processo de humanização e de
socialização competente para participação na vida social e, ao mesmo
tempo, processo de qualificação para o trabalho, mediação a
apropriação e construção de saberes e conhecimentos, de ciência e
cultura, de técnicas e tecnologias”.
Nas duas modalidades ofertadas, integrada ao ensino médio ou
subseqüente toma-se "o trabalho como foco, como totalidade rica de
complexas relações", como afirma Kuenzer.
Assim a escola deve ser um local onde seja possível o crescimento
mutuo do professor e dos alunos no processo de conscientização, o que
implica uma escola diferente da que se tem atualmente, com seus
currículos e prioridades pré- estabelecidos, sem discussão junto a
comunidade.
A indisciplina é apontada pela maioria dos professores como um
sério entrave no processo ensino-aprendizagem. Aceitando-se a
abordagem de que “a indisciplina é conseqüência do pouco
desenvolvimento moral do indivíduo”, o que pode ser confirmado
através de bibliografia especializada (Araújo, 1996ª e 1996b;
Menin,1996; De La Taille, 1992 e 1996 entre outros).Aceitando-se,
assim, a relação entre moralidade e indisciplina, faz-se necessário
atentar para o papel da escola no processo de educação moral, pois se
o professor identifica a indisciplina como entrave pedagógico, logo a
disciplina é condição para o ensino.
Diante de tal conceito é fundamental não confundir disciplina com
coação, práticas de dominação e subordinação. O respeito obtido
através dessas práticas não garante a moralidade, tal como entendida
por Piaget.
O exercício da autoridade parece estar relacionado com os
problemas que envolvem historicamente a profissão docente. O
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processo de construção da autoridade do professor é evidenciada por
Tardif (2002) que ressalta a importância da dimensão afetiva na relação
professor/aluno e a necessidade do professor buscar uma harmonia
entre as ações dos alunos e as suas, uma vez que trabalha com grupos
heterogêneos.
Um fator reconhecidamente responsável pelo reconhecimento da
autoridade do professor em sala de aula é a posse do conhecimento. O
professor deve saber mais do que seus alunos a respeito do que se
propõe a ensinar e de posse desse conhecimento cabe a ele a escolha
das técnicas mais apropriadas de como repassá-lo aos alunos.
Desejamos para esses alunos uma abordagem diferenciada que
vise atingir os objetivos propostos na LDB, que busca garantir a todos
igualdade de condições para acesso e permanência na escola. Uma
escola que saia da teoria, da suposição e desenvolva, junto ao aluno,
um processo ensino-aprendizagem aplicável na prática cotidiana e que
propicie o acesso a melhores e concretas expectativas para o futuro.
Tanto Anísio como Schon são categóricos ao afirmar que ensinar
não é somente uma ciência aplicada. O ensino é uma atividade que
pressupõe o exercício de um talento artístico, pois há uma arte na
sistematização de problemas, uma arte na implementação e uma arte
na improvisação – todas necessárias para mediar o uso, na prática, da
ciência aplicada e da técnica. (Schon, 2000, p.22)
Ser professor implica na aquisição de saberes diversos que
incluem o cognitivo, o relacional, a prática e o humano, saberes esses
que buscam dar eficiência ao profissional da educação. È de senso
comum que um professor profissional alia o conhecimento teórico e
cultural à técnica e métodos de sua aplicação. Do ponto de vista da
ação docente, um professor é considerado profissional, hoje, quando se
concebe como detentor de saberes profissionais, quando é capaz de
analisar e reconstruir sua prática de modo crítico e
compartilhadamente. (In: Profissão Docente: algumas dimensões e
tendências).
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Mesmo depois de tantas comprovações exigidas para que o
professor possa exercer sua profissão, o ato de lecionar tem se tornado
uma prática complexa, pois o saber e a experiência do professor
atuante em “sala de aula” e conhecedor da realidade cotidiana no
processo ensino-aprendizagem, é desprezada mediante as teorias dos
catedráticos, ou professores de gabinete especialistas em educação.
A concepção emancipadora da educação e aprendizagem,
sustentada por Paulo Freire, que convergem para a reflexidade do
sujeito como caminho para sua autonomia profissional vem de encontro
ao Art. 12,13 e 14 da LDB.394/96, mas na prática, tal abordagem não se
concretiza na real aplicação do que foi citado. Observa-se que por mais
que evoluam os conhecimentos a respeito da subjetividade do
profissional em educação, que pouco ou muito pouco se faz com relação
a proporcionar uma efetiva valorização do professor.
Outro aspecto que gera grande constrangimento na categoria
docente é o fato de o professor ser considerado um profissional da
educação, uma vez que, obedece às exigências que a caracteriza como
profissional. È detentor de saberes profissionais adquiridos de forma
sistematizada e acadêmica, é capaz de analisar e reconstruir sua prática
de modo crítico e compartilhadamente passa a fazer parte do quadro
funcional de uma instituição através de seleção para ingresso, tem
organização sindical que lhe proporciona assistência e orientação e
salários regulados por determinação legal, mas recebe como uma classe
proletária.
Em nossa sociedade contemporânea, constantemente são
inventadas e forjadas novas necessidades num contínuo processo de
insatisfação consumista, e é claro que esse processo atinge também a
classe docente. Desprestigiados pela sociedade, desgastados pela
jornada excessiva de trabalho e desestimulados pela corrosão salarial,
que vem ocorrendo no Brasil desde a década de 70, os profissionais da
educação encontram-se cada vez mais sem energia de buscar soluções
para as questões da educação. Daí a improvisação, a fragmentação, a
crise ética e os contínuos conflitos que muitas vezes são apontadas no
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meio docente. Tal abordagem nos remete a inquietação apontada por
Peres (2002 p. 161): “Quando se olha o presente, é preciso perguntar: o
que há atrás dele? Que percurso conduziu a este lugar? Qual o suporte
simbólico para esta construção presente?”.
Nóvoa (1998) adverte para a necessidade de se superar essa
situação de miserabilidade que acabou por envolver os professores e
que interfere sobre a ação pedagógica.
Mesmo diante de tantas dificuldades e rejeitando a estigmatização
da profissão como sacerdócio, os professores têm buscado formas de
superação desse contexto socioeconômico. Há uma busca incansável de
novas e melhores maneiras de se lidar com as condições desgastantes
da profissão, inclusive com a heterogeneidade de nossa clientela e as
necessidades que esta impõe à realidade escolar: violência doméstica,
desmotivação, ausência dos pais no processo de escolarização dos
filhos, consumo de drogas, baixa estima entre outras.
A prática dessa pedagogia solidária, registrada em nossas escolas
públicas, contraria a literatura dos anos de 1990, que enfatizava o
alheiamento do professor quanto a realidade sócio-econômica e cultural
do seu aluno.
No momento em que a humanidade enfrenta uma crise de
valores, educar é uma arte. È preciso estar preparado ou buscar
preparar-se para enfrentar os desafios que o mundo atual nos coloca. È
inegável o papel dos conhecimentos disciplinares, curriculares e da ação
pedagógica na formação de um professor, mas há que se levar em
conta que o saber docente traz a marca das experiências pessoais do
indivíduo. Marcas essas que têm permitido aos docentes superarem os
obstáculos do seu fazer pedagógico.
Apesar do contexto desestimulante, um número expressivo de
professores mostra uma outra face da docência – a experiência positiva
construída no magistério e a necessidade de lutas permanentes no
cotidiano escolar em busca de valorização da categoria.
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6 - MARCO CONCEITUAL
Diante do atual contexto social brasileiro onde a globalização
deixa marcas de exclusão na vida das pessoas e na família, destaca-se
a Educação como condição fundamental para o desenvolvimento e
evolução da sociedade. Assim, torna-se necessário pensar em ações
para minimizar tais efeitos, formando cidadãos críticos, criativos,
inovadores e com condições de aprender sempre transformando esta
realidade para melhor.
O Ensino Público está experimentando transformações profundas,
com alterações das práticas pedagógicas e da organização escolar, na
tentativa de tornar a escola mais eficaz e mais humana, para garantir
ao aluno o acesso, permanência e sucesso. A educação assume grande
importância no cenário dessas transformações, com vista na construção
da cidadania, na consolidação de uma sociedade democrática e justa,
que possibilita a integração social e o direito do cidadão de aprender.
Nesse sentido faz-se necessário repensar a problemática educacional,
criando novas perspectivas para melhorar a escola.
Partindo disso, a uma nova modalidade de atendimento mais
integrado, que é a Sala de Recurso. Esta foi implantada para atender no
interior das escolas regulares, as necessidades das diferenças
individuais, bem como no direito de cada um ter oportunidades iguais
mediante atendimento diferenciado.
A inclusão social é um dos temas mais discutidos atualmente. Para
garantir o acesso imediato nos espaços sociais e favorecer a
participação de todos, independente das necessidades educativas
especiais, buscando o direito de igualdade.
A idéia de uma sociedade inclusiva se fundamenta numa filosofia
que reconhece e valoriza a diversidade, construindo a identidade
pessoal na trama das relações sociais, na existência cotidiana. A escola
é um dos principais espaços de convivência do ser humano e tem o
papel primordial no desenvolvimento do educando e cabe ao educador,
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proporcionar aos alunos com necessidades educativas especiais a
atingir níveis de seu potencial.
A inclusão vem já há muito tempo, sendo vislumbrada, mais ainda
com muitos medos, principalmente porque ela irá exigir mudanças
frente a um novo paradigma educativo, o qual como diz Mantoam: “Que
inclusão, é a nossa capacidade de entender e reconhecer no outro e,
assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas
diferentes de nós.” A inclusão possibilita aos que são discriminados pela
deficiência, pela classe social ou pela cor, que por direito, ocupem o seu
espaço na sociedade.
Acredita-se que uma das grandes metas das Políticas Públicas,
conforme a proposta para Educação Inclusiva será: inserir os alunos
com necessidades educativas especiais na rede regular de ensino,
constitui-se o primeiro passo para a jornada da inclusão.
Cabe ressaltar que Ponta Grossa, é uma dos municípios pólos do
Programa Educação Inclusiva, direito a diversidade, um conjunto de
materiais que ao apoiar a formação e assessorar profissionais na área
educacional, transformam sua prática pedagógica direcionando-a para o
atendimento da diversidade das necessidades educativas especiais dos
alunos, com o enfoque de uma educação inclusiva de respostas a
diversidade dos alunos.
Os estudos sobre o Estado do Paraná são realizados
interdisciplinarmente, principalmente integrados aos conteúdos de
História e Geografia. Priorizando esses estudos torna-se possível a
aquisição do saber escolar, relacionado com as experiências cotidianas
dos alunos que passam a conhecer o seu processo histórico
desenvolvendo nestes o sentimento de pertença, bem como
favorecendo a construção de uma identidade.
7 - MARCO OPERACIONAL
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Os profissionais da educação especialmente os docentes,
precisam conta com uma formação continuada, mediante atividades de
capacitação e assessoramentos centrados na escola sem afastar-se do
sujeito da aprendizagem que é o aluno.
Na concepção inclusiva, a adaptação ao conteúdo escolar é
realizada pelo próprio aluno que testemunha a sua emancipação
intelectual. Essa emancipação é conseqüência do processo de auto-
regulação da aprendizagem, em que o aluno assimila o novo
conhecimento, de acordo com suas possibilidades de incorpora-lo ao
que já conhece, sem perder de vista, que os alunos aprendem de
diferentes maneiras e em diferentes tempos, de acordo com
individualidade de cada um.
Metas para um ensino de qualidade e inclusivo:
• aprendizagem como eixo, porque a escola foi feita
para fazer com que todos os alunos aprendam;
• garantir tempo e condições para que todos os alunos
possam aprender de acordo com o perfil de cada um;
• abrir espaços para que a cooperação, o diálogo, a
solidariedade e o espírito crítico sejam exercitados;
• ofertar capacitação para os professores, com o
embasamento teórico e prático necessário para
realizar um trabalho de qualidade aos alunos com
necessidades educativas especiais;
• possibilitar adequações curriculares que valorizem e
respeitem as aprendizagens, as possibilidades de
desempenho, usando conteúdos significativos do meio
social superando assim a abordagem diconizante
entre teoria e prática, trazendo a sociedade para
dentro da escola e vice-versa.
O Colégio Polivalente oferta o Programa de Sala de Recursos, no
período da manhã e tarde, tendo como professora e especialista Cleusa
Regina A. Martins.
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Esse programa proporciona assistência aos alunos, cujo
desenvolvimento requer atendimento complementar diferenciado de
forma a subsidiar com atividades diversificadas extra-curriculares e
extra-classes dos conceitos e conteúdos defasados no processo ensino
aprendizagem. Esse atendimento é realizado em pequenos grupos com
programação desenvolvida para atender as necessidades individuais do
aluno, sendo observadas as áreas de desenvolvimento, a saber:
cognitiva, psicomotora, social e acadêmica.
Para um processo de inclusão efetiva é necessário abandonar
antigos paradigmas, revendo o papel da escola e da gestão escolar.
Uma escola de qualidade requer reflexões sobre gestão escolar revendo
o atual papel centralizador, autoritário, realizado através de atividades e
tarefas meramente administrativas, esquecendo-se das atividades
pedagógicas, do processo social e organizacional e de sua interação
com a sociedade. As dimensões de grupo, as relações interpessoais e de
comunicação, a democratização na tomada de decisões, a interação
entre currículo e realidade cultural, não tem sido objeto de atenção da
grande maioria de gestores das escolas, talvez por falta de qualificação,
de conhecimento, habilidades e de uma formação continuada dentro
das escolas.
Nesse contexto evidencia-se a necessidade de uma gestão
democrática, comprometida, participativa e competente, buscando a
elaboração de um planejamento coletivo, estabelecendo parcerias,
desenvolvendo ações pedagógicas, tendo em vista a oferta de um
ensino de qualidade para os alunos. Para assegurar uma educação de
qualidade é imprescindível proporcionar a integração dos professores e
funcionários, pais e alunos, levando-se em conta a efetivação do projeto
pedagógico e desenvolvendo a valorização das pessoas, através de uma
formação continuada dentro da escola, com a participação de toda a
comunidade. Para tanto, deve-se proporcionar serviços de apoio como
segurança, limpeza, instalações, equipamentos para operacionalização
da proposta pedagógica da escola.
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Sendo o coletivo prioridade da escola, remete-se numa reflexão
sobre o processo de gestão escolar, que é entendida como um trabalho
compartilhado com todos os envolvidos no processo educacional, tendo
uma perspectiva democrática mais aberta e igualitária na qual se
processa maior integração entre a direção, os docentes, funcionários,
pais, alunos e outros integrantes da comunidade, contribuindo para um
clima de harmonia, diálogo e valorização. A gestão se constrói no
cotidiano e na prática pedagógica, atuando de forma coletiva, aberta a
mudanças junto a toda comunidade escolar, para que se possa atingir a
gestão verdadeiramente democrática.
Tendo como base a gestão compartilhada faz-se necessário
realizar um trabalho dinâmico, discutido, decidido e sustentado pela
comunidade escolar, buscando debater problemas e tomadas de
decisão visando a melhoria da escola para assegurar ao aluno uma
formação integral de cidadão consciente de seu tempo, frente às
diversidade provocadas pelas transformações do conhecimento e da
tecnologia, criando nele a responsabilidade de tornar-se sujeito de sua
própria aprendizagem tendo no professor mediador e facilitador da
mesma.
O exercício pleno da cidadania é garantido pelo desenvolvimento
das potencialidades cognitivas, afetivas, sociais e profissionais.
Para tanto sendo o currículo uma organização do conhecimento
escolar, não pode ser estático cristalizado. Muito pelo contrário, é um
elemento dinâmico, devendo estar em constante movimento no
processo educacional. Pensar o currículo é pensar o tipo de organização
que a escola deseja anotar. Veiga chama a atenção (1997:27), para o
fato de que no momento atual, no contexto social, historicamente
situado e culturalmente determinado a que se pensar " em novas
formas de organização curricular em que o conhecimento escolar
estabeleça uma relação aberta e interrelacione-se em torno de uma
idéia geradora". A isso chamamos de organização interdisciplinar onde
os conteúdos deixam de ter um significado por si só, passando a
interagirem-se num todo mais amplo. Pode-se avançar um pouco mais
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na organização curricular, adotando-se além desta, outras formas
organizacionais, sendo uma delas a transversalidade ou seja, " o
tratamento transversal de temáticas sociais na escola como forma de
contemplá-las na sua complexidade, sem restringi-las à abordagem de
uma única área" (PCN, 1997) e ainda, a interculturalidade, que é um
tipo de organização que leva em conta as diferenças culturais, as
diversas culturas e subculturas existentes entre os componentes
escolares, privilegiando-as na estruturação de seus conteúdos
curriculares, os quais necessitam estar em processo de interação
constante.
Para que se efetive o currículo visando uma organização
interdisciplinar, estaremos desenvolvendo projetos bimestrais onde toda
comunidade escolar estará envolvida.
O trabalho na perspectiva de projetos, parte de uma visão segundo
a qual o conhecimento da realidade constitui um processo ativo, no qual
os alunos vão conseguindo interpretar a realidade compreendendo a
cada vez mais profundamente. Trata-se de um processo ativo e
participativo.
Projeto - Formação
O projeto de Formação tem como objetivo principal resgatar valores
e educar para a convivência social, através de ações fundamentais que
despertem interesses entre os valores morais, éticos e humanos.
O principal intuito é trazer para os integrantes da atual sociedade
em que vivemos condições mais prósperas e mais positivas, moldando o
caráter coletivo e proporcionando reais valores para valorização da vida
humana.
A educação é função primordial de todas as instituições de ensino.
Mas educar significa também preparar os jovens para o convívio social
contribuindo para a melhoria e desenvolvimento de todo o País.
Projeto Cultural
Cultura diz respeito à humanidade como um todo e ao mesmo
tempo a cada um dos povos, nações, sociedades e grupos humanos, (...)
Cada realidade cultural tem sua lógica interna, a qual devemos procurar
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conhecer para que façam sentido as suas práticas, costumes,
concepções e as transformações pelas quais estas passam. (...)
Entendido assim, o estudo da cultura contribui no combate a
preconceitos, oferecendo uma plataforma firme para o respeito e
dignidade nas relações neste sentido o projeto cultural tem como
objetivos:
- Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio-cultural
brasileiro, bem como aspectos sócio culturais de outros povos e
nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada
em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de
etnia ou outras características individuais e sociais;
- Utilizar as diferentes linguagens – verbal, musical, matemática,
gráfica, plástica e corporal – como meio para produzir, expressar e
comunicar suas idéias, interpretar e usufruir das produções
culturais em contextos públicos e privados, atendendo a
diferentes intenções e situações de comunicação.
Projeto Científico
O projeto científico tem como objetivo principal “ Aprender a
conhecer”. O aumento dos saberes que permitem compreender o
mundo favorece o desenvolvimento da curiosidade intelectual, estimula
o senso crítico e permite compreender o real, mediante a aquisição da
autonomia na capacidade de discernir.
Aprender a conhecer garante o aprender a aprender e constitui o
passaporte para a educação permanente na medida em que oferece as
bases para continuar aprendendo ao longo da vida.
O desenvolvimento pessoal permeia a concepção dos componentes
científicos, tecnológicos socioculturais e as linguagens. O conceito de
ciências está presente, bem como a concepção de que a produção do
conhecimento é situada sócio cultural, econômica e politicamente, num
espaço e num tempo.
Projeto Esportivo
A influência do esporte no sistema escolar é de tal magnitude que
temos não o esporte da escola, mas sim o esporte na escola.
20
É com o corpo que somos capazes de ver, ouvir, falar, perceber e
sentir as coisas. Os relacionamentos com a vida e com os outros corpos
dá-se pela comunicação e pela linguagem que o corpo é e possui.
A linguagem corporal – desenvolvida não somente pela Educação
Física, como também pela Arte - aglutina e expõe uma quantidade
infinita de possibilidades, que a escola estimula e aprofunda.
Neste sentido os objetivos propostos para este projeto são:
- Participar de atividades em grandes e pequenos grupos,
compreendendo as diferenças individuais e procurando colaborar
para que o grupo possa atingir os objetivos a que se propôs;
- Compreender as noções conceituais de esforço, intensidade e
freqüência, aplicando-as em suas práticas corporais;
- Participar das atividades propostas como:
- Jogos
- Resgate de brincadeiras populares.
- Narração de fatos e elaboração de coreografias.
As atividades poderão estar articuladas perfeitamente com Português,
História, Geografia, Sociologia etc... A vida de integração não é única, e
sim de duas mãos, o que significa que as demais áreas devem utilizar-se
do movimento, buscando também integrar-se de forma eficiente com a
Educação Física.
Em relação a organização curricular, o tempo escolar é seriado
para o ensino fundamental, médio e médio integrado e semestral para o
subseqüente. A matriz curricular do ensino fundamental, médio e
integrado está organizada em forma de disciplinas, tendo uma Base
Nacional Comum (BNC) e uma Parte Diversificada (PD) . A BNC
compreende 92% da carga horária, ficando a PD com 08% atendendo a
Língua estrangeira moderna (Inglês).
O Ensino de Filosofia está contemplado nas áreas de humanas e
de ciências. A Sociologia integra de forma interdisciplinar todas as
áreas.
No curso médio integrado, a Filosofia e a Sociologia integram a
Parte Diversificada em forma de disciplinas.
21
A operacionalização do currículo implica um ensino que
desenvolve a inteligência, priorizando as atividades do sujeito inserido
numa situação social. A aprendizagem verdadeira se dá no exercício
operacional da inteligência e só se realiza realmente quando o aluno
elabora seu conhecimento. Nesse sentido o ensino deve levar
progressivamente ao desenvolvimento de operações, evitando que
ocorra a fixação de uma forma de ação, sem reversibilidade e
associatividade. O ensino de fatos deve ser substituído pelo ensino de
relações. A aprendizagem, se refere as aquisições relacionadas com
informações, e se dá no decorrer do desenvolvimento. A inteligência é o
instrumento de aprendizagem mais necessário.
Numa outra abordagem, o ensino aprendizagem consiste na
superação do homem na luta por sua libertação, assumindo atitudes
frente à situações de opressão em que se encontram. Esta superação
exige reconhecer-se criticamente em relação a situações de opressão,
engajando- se numa prática onde o diálogo exerce papel fundamental
na percepção da realidade opressora, assumindo a sua situação e
lutando para transformar esta realidade no processo ensino
aprendizagem vise a construção do conhecimento através de interações
coletivas, pelo diálogo que possibilita a transformação das situações
existenciais.
Face as concepções descritas, busca-se um processo de avaliação
que auxilie o aluno no processo de aprendizagem significativa e não
avaliação apenas para a promoção. Deseja-se que o aluno aprenda e a
avaliação é um dos aspectos desse processo de aprendizagem. A
promoção é uma decorrência do processo de aprendizagem.
Como instrumento auxiliar de aprendizagem, a avaliação tem uma
dimensão explicitamente prospectiva e não meramente retrospectiva
e/ou classificatória de ações passadas, transformar o futuro.
A avaliação sendo contínua e mediadora do processo educativo,
não pode ser uma ação pedagógica finalizadora do processo, apenas, ou
divisória de etapas de um todo que não devia ser fragmentado.
22
A dimensão diagnóstica da avaliação é fundamental para a
eficácia do processo educativo. O diagnóstico busca as causas, as
hipóteses, as relações entre vários fatores integrantes no processo
educativo e que podem interferir no trabalho que se realiza. A avaliação
deve acompanhar a aprendizagem do aluno e diagnosticar as causas
que interferem no processo de forma positiva ou negativa, e a partir do
diagnóstico, reorientar as ações que compõe o trabalho pedagógico.
O processo de avaliação do rendimento escolar será expresso em
notas de 0,0 a 10,0 para fins de acompanhamento, de transferência
para outro estabelecimento de ensino e conclusão de determinada
série. A periodicidade da avaliação ocorre bimestralmente, sendo quatro
bimestres para os cursos seriados e dois bimestres para o curso
subseqüente que é semestral.
O referido acompanhamento dos níveis de aprendizagem dar-se-á
primeiramente e primordialmente pelo professor durante as atividades
propostas em sala de aula, seguido do acompanhamento do pedagogo
em situações de visitas às salas de aula; entrevistas com professores
em hora/atividade ou a qualquer momento que se faça necessário
consultar registros de produtividade do aluno; conversas com alunos e
reuniões com representantes de turma; encaminhamentos de novas
intervenções pedagógicas na escola, quando necessárias, como às
Salas de Apoio e Sala de Recurso; encontros coletivos e individualizados
com pais de alunos para diálogo sobre interferências na aprendizagem
dos alunos que precisam ser reforçadas para sustentar o rendimento ou
revistas ao ponto de substituí-las ou suprimí-las do quotidiano do aluno
para otimizar sua construção de conhecimentos. Ao término de cada
bimestre, os resultados qualitativos e quantitativos obtidos pelos alunos
serão ainda discutidos pelo Conselho de Classe que apontará caminhos
de superação das dificuldades preponderantes em cada turma. Os pais
serão reunidos, igualmente, ao término de cada bimestre para ciência
dos resultados do aproveitamento escolar dos seus filhos, das
orientações do Conselho de Classe e para estudos de temas relevantes
da educação familiar e escolar.
23
Aos alunos da Sala de Recurso será oferecida uma flexibilização
na forma das avaliações, mediante orientações da profissional
responsável pelas atividades da Sala de Recurso aos professores de
cada disciplina.
Na avaliação do rendimento escolar preponderará o aspecto
qualitativo sobre o quantitativo.
Sempre que o nível de aprendizagem for insuficiente será
desenvolvida a recuperação paralela atividade obrigatória, ao longo do
processo de ensino aprendizagem integrada ao planejamento, ficando
sob a responsabilidade do professor, que deverá para isso diversificar
suas metodologias de ensino, evitando assim as grandes defasagens de
aprendizagem.
A escola não ofertará o Regime de Progressão Parcial, tendo o
aluno que ser aprovado em todas as disciplinas para avançar uma série
de um ano para o outro.
É preciso um rompimento com o modelo tradicional de avaliação,
que fuja da aplicação de provas com medidor de conhecimento, que se
instale um novo modelo, onde o aluno seja acompanhado e estimulado
constantemente, podendo assim ser avaliado, também constantemente,
em função da construção em si dos conhecimentos que tenha sido
capaz de auferir e processar.
Considerando as questões abordadas, parte-se para a definição de
linhas de ação e redimensionamento da organização escolar. Propõe-se
inicialmente, algumas metas para a organização da gestão da escola:
Gestão democrática e participativa;
Promover um ensino de qualidade, com integração de todas as
disciplinas;
Acompanhar o rendimento dos alunos;
Viabilizar junto às empresas estágios para os alunos;
Promover festivais de música, teatro, poesia e outros, visando a
integração de toda a comunidade;
24
Apoiar a participação dos alunos nos jogos;
Viabilizar treinos nas diversas modalidades de esporte;
Promover palestras com profissionais de todas as áreas, para que
os alunos conheçam as mais diversas profissões, possibilitando a
todos uma escolha consciente de uma profissão para o futuro;
Manter o uso do uniforme, com possibilidade de escolha da cor
camiseta (branca, azul ou amarela) com o logotipo do colégio;
Manter a carteirinha, visando a segurança de todos;
Eleger representantes de turmas, que serão o elo de ligação entre
os alunos e direção. Cada turma terá um diário de bordo que será
utilizado nas reuniões mensais para discutir diretamente com a
direção assuntos referentes a escola;
Viabilizar cursos básicos de computação, que serão ministrados
por estagiários dos cursos pós-médio de alguns colégios da
cidade;
Preservar a qualidade da merenda escolar;
Disponibilizar material esportivo para os alunos;
Zelar pelo respeito e dignidade de toda a comunidade;
Apoiar atividades do Grêmio Estudantil;
Implementar o atendimento para acesso a pesquisa on-line no
laboratório de informática
Organizar grupos de alunos para apoio em projetos de:
- esporte: apoiar atividades esportivas dentro do colégio;
- ciências: promover atividades de cunho científico e de
pesquisa na escola;
- imprensa: divulgação, jornal, informativos e rádio-escola;
- arte: organizar atividades artísticas e culturais;
25
- eventos: atividades festivas, comemorativas e cívicas;
A dinamização dessas propostas exige repensar algumas questões
de organização da estrutura física, tais como:
Assegurar os recursos físicos, ambientais e materiais necessários
à acessibilidade dos alunos com necessidades especiais.
Providenciar mesas novas para o refeitório;
Reaver a solicitação da quadra coberta;
colocação de ventiladores nas salas de aula;
Manutenção geral (pintura, vidros, calçadas, jardins, carteiras, e
outros);
Implementar o acervo da biblioteca.
Investir em materiais para os laboratórios, pedagógicos,
esportivos e de manutenção para todos os setores;
Implementar a horta;
Viabilizar parcerias para construção do passeio em volta do
Colégio;
Solicitar mesas para tênis de mesa;
Assegurar materiais pedagógicos para sala de recursos.
A aquisição de materiais e organização da estrutura física,
depende de recursos financeiros que serão viabilizados através de:
Verba do fundo rotativo; Verba do PDDE; Verbas suplementares;
Recursos da APM e Clube de Mães.
Para o desenvolvimento da proposta, se faz necessário uma
estrutura de recursos humanos que será organizada junto ao NRE,
através do preenchimento das demandas de professores, funcionários e
equipe pedagógica. È imprescindível abertura de vagas específicas
para inspetor de alunos, que serão o apoio necessário para
acompanhamento e segurança dos alunos. Lutar por uma demanda
justa de acordo com a estrutura do colégio que é diferenciada dos
26
demais e zelar pela valorização dos professores e funcionários do
colégio, são aspectos importantes para a organização da estrutura de
recursos humanos.
Sendo o trabalho pedagógico crucial para a escola, ele está
relacionado diretamente com todas as questões propostas até então,
pois, depende delas para apoiar as ações que se seguem:
Implementar o projeto político pedagógico;
Orientar os professores a realizarem um plano de ensino
individualizado com propostas pedagógicas adequadas as
necessidades especiais do aluno encaminhados para sala de
recurso.
Elaborar uma proposta curricular que contemple a formação
integral do aluno, visando a interdisciplinaridade e
contextualização dos conteúdos;
Preparar professores, funcionários, familiares e comunidade para
compreensão das diferenças individuais e melhor aceitação dos
alunos que estão aquém e além dos padrões considerados
normais;
Apoiar o desenvolvimento de projetos de interesse do grupo e da
comunidade;
Manter o computador e uma impressora matricial na sala de hora
atividade dos professores;
Buscar através de projetos, recursos para a aquisição de
computador para sala de recurso;
Organizar a sala de materiais pedagógicos, tornando-a mais
prática e com acesso viável a todos;
Organizar os espaços de materiais de manutenção, limpeza e de
uso da secretaria;
Reestruturar a videoteca, com gravação de novas fitas;
27
Dar continuidade ao trabalho de valorização do professor e do
funcionário;
Incluir nos encontros de formação, temas sobre educação
especial;
Implementar três salas ambientes, uma para cada área do
conhecimento;
Elaborar um plano de gestão com participação de todos os
segmentos da escola para aprovação do Conselho Escolar;
Acolher propostas de estágios para contribuir no processo de
ensino-aprendizagem;
Estabelecer projetos junto à equipe pedagógica de
acompanhamento e assessoramento do professor, funcionário,
aluno e família;
Estruturar e organizar a sala de recursos, garantindo da melhor
forma seu funcionamento;
Dinamizar a sala de apoio;
Promover momentos de discussões, para tomada de decisão
sempre de forma coletiva, para encaminhar todas as atividades
que serão desenvolvidas na escola, garantindo a democracia
como princípio para todas as ações e encaminhamentos.
Adotar como princípios de gestão, a defesa da escola pública,
gratuita, laica, universal e de qualidade;
Garantir o funcionamento dos vários órgãos de representação da
escola: Conselho escolar, APMF, Grêmio estudantil, colegiados e
outras instâncias;
Eleger um colegiado de professores, funcionários e pais;
Assegurar a formação continuada e momentos de estudo dirigido
durante o ano letivo para os professores e funcionários, previstos
em calendário;
28
Buscar junto à SEED apoio para implementação do curso Técnico
em Meio Ambiente.
Todas as propostas apresentadas, serão rediscutidas
coletivamente e realizadas prioritariamente de acordo com a
necessidade da escola e da comunidade. Para efetivação das propostas
serão realizadas as seguintes atividades e estratégias:
Reuniões bimestrais com a toda comunidade, para informações,
discussões e avaliação das atividades desenvolvidas pelo colégio;
Organização de um manual informativo, onde constarão direitos e
deveres (professores, alunos, pais e outros); calendário; datas de
reuniões e outras atividades; palestras; horário e funcionamento
de todos os setores do colégio; e todas as informações que se
fizerem necessárias;
Projetos bimestrais com a participação de toda a comunidade;
1º Bimestre – Projeto de Formação
2º Bimestre – Projeto Cultural
3º Bimestre – Projeto Científico
4º Bimestre – Projeto Esportivo
Encontros quinzenais entre direção, equipe pedagógica,
representantes dos professores e funcionários, alunos e pais
quando necessário;
Encontros mensais com professores, funcionários e representantes
da comunidade, para avaliação da proposta pedagógica.
Para promover a aproximação e participação dos pais e
comunidade no colégio, serão viabilizadas reuniões bimestrais para
entrega de boletins, discussão das dificuldades de aprendizagem,
avaliação das ações de todos os envolvidos no processo para novos
encaminhamentos.
Os espaços físicos da escola são disponibilizados para
encontros de família, igreja, torneios esportivos, e também para
29
exposição de trabalhos que são realizados pela comunidade. Todos os
pais são convidados para visitação de feiras, mostras e exposições
realizadas pelos alunos.
8 - PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
A prática de construção de um projeto, deve estar amparada por
concepções teóricas sólidas e supõe o aperfeiçoamento e a formação de
seus agentes. Só assim serão rompidas as resistências em relação a
novas práticas educativas. Os agentes educativos devem sentir-se
atraídos por essa proposta, pois só assim terão uma postura
comprometida e responsável. Trata-se, portanto, da conquista coletiva
de um espaço para o exercício da autonomia.
A elaboração do projeto político-pedagógico deve começar pela
reflexão sobre a prática para, em seguida, fundamentá-la. Mas isso só é
possível se criarmos as condições concretas para a formação
continuada do/a professor/a e de todos os segmentos escolares, tarefa
dos governos responsáveis pelas respectivas redes ou sistemas de
ensino e também da própria escola. Esta, ao iniciar a construção do seu
projeto, inicia um processo de formação continuada da comunidade
escolar, demanda que vai surgindo de forma mais evidente dada as
características desse trabalho que por isso é, em si mesmo, político-
pedagógico e formativo.
Tendo em vista a gestão democrática proposta, entende-se que é
pertinente possibilitar a todos os envolvidos no processo, uma
sistemática de formação, em que ocorra o crescimento individual e
coletivo, de forma permanente, contínua e em serviço.
30
O desenvolvimento da proposta se dará inicialmente através do
incentivo na participação de todos, em cursos de formação e
capacitação profissional que são ofertados pelas Instituições de Ensino
Superior e pela SEED. O apoio no desenvolvimento de projetos de
interesse do grupo e da comunidade, será também uma forma de obter
novos conhecimentos e de compartilhá-los.
Articular junto aos professores, saídas de campo, visitas nas
instituições, participação em eventos e teatros, viagens regionais para
enriquecimento dos conteúdos das áreas de conhecimento. Estas
atividades estarão incorporadas aos projetos bimestrais que serão
desenvolvidos ao longo do ano letivo.
A hora atividade será organizada por áreas de conhecimento, para
uma maior integração entre os professores, estabelecendo grupos de
estudos por área e com a pessoa responsável pela sala de recursos,
para planejar atividades e ações que visem a melhoria da aprendizagem
dos alunos especiais.
Serão organizados momentos de discussões, para tomada de decisão
sempre de forma coletiva, para encaminhar todas as atividades que
serão desenvolvidas na escola, garantindo a democracia como princípio
para todas as ações e encaminhamentos do PPP. Estes momentos de
estudos dirigidos durante o ano letivo para os professores e
funcionários, previstos em calendário.
A formação se estenderá a toda comunidade, com reuniões
bimestrais, para informações, discussões e avaliação das atividades
desenvolvidas pelo colégio, com encontros semanais entre direção,
equipe pedagógica, representantes dos professores e funcionários,
alunos e pais quando necessário. Estes encontros trarão dados e
sugestões, que permitirão a avaliação da proposta pedagógica.
Serão proporcionados momentos que favoreçam as relações
interpessoais e a auto-estima de toda equipe do colégio. Serão
realizados três momentos de confraternização ao longo do ano, com
brincadeiras, lanches para a comemoração dos aniversários de cada
31
período. Estas atividades são de grande importância para o
estabelecimento da harmonia, alegria e felicidade de todos.
9 - ACOMPANHAMENTO DO PPP
A gestão escolar está empenhada para garantir o funcionamento dos
vários órgãos de representação da escola: Conselho escolar, APMF,
Grêmio estudantil, colegiados e outras instâncias, para que de fato se
faça uma gestão democrática e com participação de toda comunidade.
O acompanhamento e a avaliação do projeto político pedagógico se
fará pela comissão, que se reúne semanalmente para planejar ações
necessárias para o bom desenvolvimento da escola. O conselho escolar
é órgão que aprova o PPP e que faz o acompanhamento em reuniões
bimestrais dos membros do conselho. A APMF, tem os representantes da
comunidade que atuam diretamente nas ações da escola, vem
participando das discussões e da elaboração do PPP, estando
empenhada no acompanhando o desenvolvimento das ações da escola.
Aprende-se fazendo e, ao se fazer, aprende-se a (re)aprender. O
conjunto destas (re)aprendizagens, reflexões, ações e relações, somado
ao trabalho pedagógico, administrativo, financeiro e comunitário da
escola – tudo registrado como resultado da leitura do mundo, deve ser
traduzido na forma de princípios, diretrizes e propostas de ação. E isso
nos possibilita estruturar o PPP da escola, bem como organizar ou
reorganizar o seu currículo.
10 – AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo que possibilita a melhoria e
dinamiza o trabalho, possibilitando uma análise da realidade
educacional, de seus avanços e necessidades, auxiliando a tomada de
32
decisão coletiva sobre a realidade. O ato de avaliar é assim uma fonte
de conhecimento e de novos objetivos a serem alcançados num
processo permanente de crescimento. A avaliação será uma atividade
permanente, podendo promover adaptações constantes nas diferentes
fases do processo de planejamento.
Para que a avaliação seja efetiva, é imprescindível a
participação de todos da comunidade escolar. Por isso, propomos uma
avaliação semestral através de instrumentos destinados aos pais,
professores, funcionários e alunos, os quais indicarão os avanços e os
aspectos a serem melhorados para obtenção dos objetivos propostos.
Outro instrumento que será utilizado é o relatório, destinado aos
parceiros, APMF, Grêmio Estudantil, Conselho Escolar e Equipe
Pedagógica. Utilizaremos ainda, caixas de sugestões, colocadas em
pontos de fácil acesso.
De posse dos resultados de todos os instrumentos
utilizados, propomos a realização de um fórum avaliativo, com a
participação de representantes de todos os segmentos da comunidade
escolar. Neste fórum serão analisadas todas as questões, para tomada
de decisão coletiva.
Conforme a LDB/96 em seu artigo 24; O Regimento
Escolar/04 em seus artigos 86 a 96; o Projeto Político Pedagógico/06
deste Colégio em seu marco conceitual; a Resolução nº 3794/04 da
SEED em seu artigo 1º; a reunião com o corpo docente do Colégio em
02/02/06 em suas sugestões e decisões; seguiremos neste ano os
seguintes critérios de Avaliação:
a) A avaliação dever ser contínua, cumulativa do desempenho do
aluno, com prevalências dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais.
b) A avaliação dever ser entendida como um dos aspectos de ensino
pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da
aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de
acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos
33
alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes
valor, favorecendo ao professor tomar decisões quanto ao
aperfeiçoamento das situações de aprendizagem por ele criadas,
que devem estimular de formas diferentes (auditiva, visual e
cinestésica) a compreensão e assimilação de conteúdos pelos
alunos.
c) É vedada a avaliação em que os alunos são submetidos a uma só
oportunidade de aferição, devendo acontecer em diversos
momentos ao longo de cada bimestre e diversificada em suas
formas: provas, trabalhos de pesquisa (disciplinar, multidisciplinar
e interdisciplinar), exercícios, tarefas, confecção de maquetes,
cartazes e outros, conforme a necessidade dos conteúdos em cada
área de conhecimento.
d) A avaliação prospectiva – que transforma o futuro deve
preponderar à avaliação retrospectiva - que apenas classifica
ações passadas, resultados até então obtidos.
e) Os resultados da avaliação do aproveitamento escolar serão
sintetizados em notas bimestrais, expressas numa escala de “0”
(zero) a “10” (dez), devendo reservar-se 50% (5 pontos) para
trabalhos, exercícios, tarefas, confecção de materiais e outros e
50% (5 pontos) para provas.
f) Os instrumentos de avaliação devem ser discutidos com a equipe
pedagógica com antecedência suficiente para efetuar possíveis
alterações, quando necessárias, até a data de aplicação aos
alunos.
g) O professor deve apresentar no início do ano, a cada turma, seu
planejamento e sua proposta de avaliação para cada bimestre,
podendo colher assinatura dos alunos, como cientes, num
documento que descreva o anteriormente citado.
h) Orientações para as provas:
- Fazer o aluno registrar os conteúdos que serão avaliados;
- Fazer constar ao final de cada questão o seu valor;
34
- Elaborar questões abertas e fechadas na mesma prova.
- O professor deve providenciar as cópias das provas após
estudo do instrumento com equipe pedagógica
- Em caso de falta do aluno em dia de prova, o aluno poderá
fazê-la posteriormente, apenas com o acordo do professor,
mediante justificativa.
i) Orientações para os trabalhos de pesquisa, tarefas e exercícios:
- O professor deve passar ao aluno referências, itens que serão
avaliados com o valor de cada um, o valor do trabalho na
média bimestral, a data máxima de entrega e se aceitará
após esta data ou não, com seu valor, que a entrega será
exclusivamente ao professor;
- O trabalho de pesquisa deve ser entregue conforme modelo
de estrutura e normas técnicas estabelecido pelo Colégio;
- Em caso de falta do aluno em dia de avaliação em sala de
aula, o aluno poderá fazer depois da data, com o acordo do
professor, mediante justificativa.
- As atividades de sala de aula com atribuição de nota, como
exercícios, deverão ser apresentados pelo aluno ao professor,
durante a mesma aula, para correção e avaliação
j) Orientações para recuperação paralela:
- A recuperação cabe aos alunos de baixo rendimento (aluno
que não atingir 60%do valor da prova), compreende nova
explicação do conteúdo de forma diferente á explicação
anterior e deverá ser ofertada nova prova com mesmo valor,
que será somado à nota dos trabalhos;
- A recuperação de conteúdo avaliado em trabalhos de
pesquisa deverá ser feita da seguinte forma: marca-se a
primeira data de recebimento, corrige-se e devolve-se ao
aluno para que ele refaça e marca-se a segunda data de
recebimento, já com as devidas correções feitas pelo aluno.
35
Caso o aluno entregue o trabalho apenas na segunda data e
isto tenha sido proposto e/ou aceito pelo professor, este não
se obriga a dar as mesmas condições de uma correção antes
da atribuição da nota final, evitando as contínuas mudanças
de datas que atrasam o processo.
k) Os alunos de sala de recurso deverão ser avaliados de forma
diferenciada, seguindo adaptação curricular.
11 PROGRAMA SUPERAÇÃO
Os alunos que ao final do bimestre não tenham atingido
rendimento no bimestre serão incluídos no programa
superação.
12 PROJETO DE REPOSIÇÃO DE AULAS
Todas as faltas devem ser apresentadas à direção.
a) Cursos e eventos ofertados pela SEED - professor deixará
atividades para serem aplicadas no período e fará a reposição
de conteúdo.
b) Faltas com ou sem atestado – reposição de aula aos
sábados ou contra-turno, de acordo com projeto apresentado
à Equipe Pedagógica em um prazo de trinta dias.
12 REFERÊNCIAS
Ensino Médio: Construção Política: sínteses das salas temáticas /
coordenação: Marise Nogueira Ramos, Rosiver Pavan; Secretaria de
Educação Média e Tecnológica, 2003
36
FONSECA, D. M.(org). Administração Educacional: um compromisso
democrático. São Paulo: Papirus, 1994.
Gestão Em Rede. A nova gestão escolar. Brasília, n.23, p.11, setembro,
2000
Gestão Em Rede. Escola Autônoma, uma programação em busca da
qualidade. Brasília, n.14, p.16, maio/junho, 1999.
Gestão Em Rede. Planejamento educacional e suas estratégias
básicas. Brasília, n.7, p.11, maio, 1998.
LÜCK, H. Gestão Educacional: estratégia para a ação global e coletiva no
ensino. In: FINGER, Almeri Paulo [et al]. Educação: caminhos e
perspectivas. Curitiba: Champagnat, 1996.
NÓVOA, A. Relação Escola-Sociedade: novas respostas para um velho
problema. In: SERBINO, R. V. et al. Formação de professores. São
Paulo, Fundação Editora da UESP, 1998 – (seminários e debates).
TARDIF, M. Saberes profissionais dos professores e
conhecimentos universitários. In: REVISTA BRASILEIRA DE
EDUCAÇÃO. Jan/fev/mar/abr. 2000 n. 13 ANPED –
SCHON, D. Educando o profissional reflexivo: um novo design para
o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre, ARTMED, 2000
MENDONÇA, A.V. Anísio Teixeira e a Universidade de Educação. Rio
de Janeiro, Editora UERJ, 2002.
RODRIGUES, M. C. - Dissertação de Mestrado em Administração de
Empresas, Pontifícia Universidade católica de São Paulo, São Paulo,
1999.
37
LIMA FILHO, D. L. A descolarização da escola: impactos da reforma
da educação profissional (período 1995 a 2002). Curitiba, Editora Torre
de Papel, 2003.
KUENZER, A. Ensino de 2º graus: o trabalho como princípio educativo.
São Paulo. Cortez, 1998.
38
A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento do
cidadão, no sentido pleno da palavra. Então, cabe a ela definir-se pelo
tipo de cidadão que deseja formar, de acordo com a sua visão de
sociedade. Cabe-lhe também a incumbência de definir as mudanças que
julga necessário fazer nessa sociedade, através das mãos do cidadão
que irá formar.
Definida a sua postura, a escola vai trabalhar no sentido de
formar cidadãos conscientes, capazes de compreender e criticar a
realidade, atuando na busca da superação das desigualdades e do
respeito ao ser humano.
Quando a escola assume a responsabilidade de atuar na
transformação e na busca do desenvolvimento social, seus agentes
devem empenhar-se na elaboração de uma proposta para a realização
desse objetivo. Essa proposta ganha força na construção de um projeto
político-pedagógico.
Este projeto político-pedagógico é o fruto da interação entre os
objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, que estabelece,
através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma nova
realidade. É, antes de tudo, um trabalho que exigiu comprometimento
de todos os envolvidos no processo educativo: professores, equipe
técnica, alunos, seus pais e a comunidade como um todo.
Que Autonomia É Essa?
Chegamos ao ponto crucial dessa discussão: O que realmente significa
autonomia na escola e para a escola?
Para que a escola seja realmente um espaço democrático e não se
limite a reproduzir a realidade sócio-econômica em que está inserida,
cumprindo ordens e normas a ela impostas por órgãos centrais da
educação, deve-se criar um espaço para a participação e reflexão
coletiva sobre o seu papel junto à comunidade:
39
"Assim, torna-se importante reforçar a compreensão cada vez mais
ampliada de projeto educativo como instrumento de autonomia e
domínio do trabalho docente pelos profissionais da educação, com
vistas à alteração de uma prática conservadora vigente no sistema
público de ensino. É essa concepção de projeto político-pedagógico
como espaço conquistado que deve constituir o elemento diferencial
para o aparente consenso sobre as atuais formas de orientação da
prática pedagógica." ( Pinheiro, 1998)
Essa é a necessidade de conquistar a autonomia, para estabelecer uma
identidade própria da escola, na superação dos problemas da
comunidade a que pertence e conhece bem, mais do que o próprio
sistema de ensino.
Essa autonomia, porém, não deve ser confundida com apologia a um
trabalho isolado, marcado por uma liberdade ilimitada, que transforme a
escola numa ilha de procedimentos sem fundamentação nas
considerações legais de todo o sistema de ensino, perdendo, assim, a
perspectiva da sociedade como um todo.
Deve-se, portanto, estar atento ao perigo do descaso político, que
confunde autonomia com descompromisso do poder público, dando
margem a este de eximir-se de suas obrigações.
A autonomia implica também responsabilidade e também
comprometimento com as instituições que representam a comunidade
(conselhos de escola, associações de pais e mestres, grêmios
estudantis, entre outras), para que haja participação e compromisso de
todos.
Concluindo as reflexões, acreditamos que é este o papel social da
escola, atuando frente às profundas desigualdades sócio-econômicas,
que excluem da escola uma parcela da população, marginalizada pelas
concepções e práticas de caráter conservador, inspiradas no
neoliberalismo.
40
Devemos nos mobilizar pela garantia do acesso e da permanência do
aluno na escola. Não basta esperar por soluções que venham
verticalmente dos sistemas educacionais. Urge criar propostas que
resultem de fato na construção de uma escola democrática e com
qualidade social, fazendo com que os órgãos dirigentes do sistema
educacional, possam reconhecê-la como prioritária e criem dispositivos
legais que sejam coerentes e justos, disponibilizando os recursos
necessários à realização dos projetos em cada escola.
Do contrário, a escola não estará efetivamente cumprindo o seu papel,
socializando o conhecimento e investindo na qualidade do ensino. A
escola tem um papel bem mais amplo do que passar conteúdos. Porém,
deve modificar a sua própria prática, muitas vezes fragmentada e
individualista, reflexo da divisão social em que está inserida.
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1 - Marco Situacional2 - Marco Doutrinal3 - Marco Operativo
II - DiagnósticoIII - Programação1 - Objetivos Gerais2 - Políticas e Estratégias3 - Determinações Gerais
I - Marco Referencial1 - Marco SituacionalHá mais de uma década, a humanidade vive sob a hegemonia política e ideológica do neoliberalismo: processo intercultural, mundialização, aldeia global...parecem as palavras de ordem para caracterizar a época histórica em que vivemos. O capitalismo, responsável por inúmeras diferenças entre os homens, desenvolveu e desenvolve a indústria de massa, gerada de grande homogeneização, apagando diferenças e padronizando estilos de vida. Consumismo, competição permanente, enriquecimento rápido, aparecem como os grandes objetivos do presente.O Brasil não poderia ficar à margem da história mundial e das conseqüências, nem sempre positivas, desse processo cujo modelo sócio-econômico é representado pelo crescente número de excluídos e pela contínua concentração de renda. A educação, sempre considerada como prioridade pelos órgãos governamentais, continua sendo elitista, onde os menos favorecidos lutam por uma escola pública mais eficiente e por um acesso à Universidade mais democrático e menos excludente. Uma educação que leva ao individualismo egoísta, ao hedonismo e à concorrência sem limites. O ser humano fica, assim, reduzido a um mero instrumento de produção, consumo e prazer. As mercadorias, o dinheiro, o erotismo e a exploração das emoções fortes valem mais do que a pessoa e seus valores.Nesse panorama, porém, a ciência e a tecnologia tiveram avanços significativos, revolucionando a produção, o próprio ambiente escolar e o comportamento das pessoas: internet, telefonia celular e outros meios de comunicação que oferecem ao homem comodidade, segurança e precisão. Com tudo isso, poderíamos supor uma grande melhoria de vida, mas sabemos que isso só ocorre com uma pequena parcela da sociedade, justamente com a minoria mais sintonizada com a lógica do mercado.Mas, nessa conjuntura pouco 'humanizante', há um aspecto bastante animador: nunca se viu na história do Brasil e do mundo tanta campanha em prol dos menos favorecidos. Parece que o mundo todo está saturado de guerras, de corrupção, de imperialismos gratuitos, de injustiças gritantes, de continuísmos políticos! Em meio aqueles que se despiram dos valores morais, religiosos, adotando todo tipo de materialismo, nunca faltam os que ainda são regidos pela lei de Deus, da bondade e da solidariedade. E, como é da própria essência do ser humano, a vontade de mudar parece o elemento sempre presente e atuante, clamando por outra globalização, que passe pela solidariedade, pela mundialização dos direitos humanos, pela democracia e pela cultura da paz.E, um dos temas que mais desperta atenção na atualidade é o do meio ambiente. Não se trata simplesmente de preservar o equilíbrio dinâmico dos ambientes vitais, com a regeneração de ecossistemas degradados pela ambição humana e pelo processo de industrialização! O planeta Terra precisa de uma ecologia social, que reeduque o ser humano a conviver com a natureza e a relacionar-se fraternalmente com ela, pois o efeito final da devastação e do uso avassalador dos recursos naturais resulta na baixa qualidade de vida humana. Nesse sentido, a ética planetária representa um apelo e uma alternativa mais do que global para o problema.Por fim, considerando que todo projeto pedagógico não pode distanciar-se do contexto histórico, torna-se imperativo levar em consideração a realidade amazônica e, em particular, a do Estado do Amapá. Historicamente, o Governo brasileiro sempre viu nossa região como 'periferia', onde se fazia necessário a implantação de um modelo de desenvolvimento concebido em benefício dos grandes grupos econômicos ou voltado para atender as necessidades dos grandes centros econômicos nacionais ou estrangeiros. Dessa maneira, a Amazônia foi forçada a se integrar em uma divisão (inter)nacional do trabalho sem que suas realidades internas fossem levadas em consideração, principalmente a identidade e os interesses de sua própria população, que vem sendo diretamente afetada e alijada nesses planejamentos desenvolvimentistas até os dias atuais. A partir da década de 90, o discurso desenvolvimentista para a região passa a ser permeado de preocupações ecológicas. De qualquer maneira, o Amapá continua marcado pelo isolamento, com um nível extremamente baixo de produtividade, insuficiente para impulsionar autonomamente um processo de profundas transformações.A Área de Livre Comércio do Amapá, criada em 1991, não trouxe o desenvolvimento esperado, menos ainda o processo de industrialização. As expectativas de progresso e geração de empregos e a falta de uma política agrícola que incrementasse a população rural provocaram uma concentração urbana. Isso gerou todo tipo de problemas sociais, tais como a violência, a delinqüência juvenil, o tráfico e o consumo de drogas, os roubos e os assaltos, a desvalorização e o desrespeito à vida gerando um clima de medo e insegurança. Cerca de 76% da população do Estado vive em áreas urbanas com perspectivas sombrias de sobrevivência.A criação de novos municípios, em 1992, só atendeu aos interesses de elites que controlam o poder político no Estado, sem tentar reverter a situação de pobreza e dependência da população rural.As únicas alternativas de emprego e segurança continuam sendo o Governo do Estado e as
Tempo em Macapá
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