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Recife, 02 de março de 2017.
Recife, 2 de março de 2017.
Recife, 25 de fevereiro de 2017.
Recife, 26 de fevereiro de 2017.
Recife, 1º de março de 2017.
02/03/2017
Velho Chico na PB– Segundo levantamento do Ministério da Integração, faltam apenas
40,3 km para que as águas do Rio São Francisco cheguem ao açude Poções, em
Monteiro (PB), estrutura final do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São
Francisco - que vai beneficiar os estados de Pernambuco e da Paraíba. Após passar pela
última Estação de Bombeamento (EBV-6) na noite de terça-feira passada, as águas
estão enchendo o reservatório Campos, em Sertânia, desde a manhã de ontem,
totalizando 176,7 km. O projeto irá beneficiar o município paraibano de Monteiro nos
próximos dias. Em seguida, a água vai percorrer o rio Paraíba até o reservatório
Boqueirão para reforçar o abastecimento em Campina Grande.
1º/03/2017
Grave rompimento em Adutora interrompe
distribuição em Iguaraci, Tuparetama, Ingazeira e
Jabitacá
Os municípios de
Iguaraci, Tuparetama e Ingazeira, além do Distrito de Jabitacá estão com o
fornecimento de água suspenso e o pior, com previsão média de 15 dias a um mês para
normalizar a distribuição.
Segundo o Chefe da Compesa em Iguaracy, Ubirani Rodrigues, falando ao TV Web
Sertão, engenheiros da empresa identificaram a cerca de 8 quilômetros do Sítio Riacho
do Meio, em Tabira, o rompimento de trecho da tubulação feita a partir da Adutora do
Pajeú para socorrer as cidades e o distrito ano passado.
O dano foi causado pela força das chuvas que caíram na segunda em Tabira. A força da
água foi tanta que destruiu todas as bases da adutora lançando os tubos a vários metros
de distância.
A adutora atravessava um riacho que tem uma correnteza muito forte. A empresa que
fez a obra está sendo questionada por não ter feito a devida ancoragem de concreto no
local. Resultado: o trabalho terá que ser todo refeito. A previsão do reparo é de, no
mínimo, quinze dias.
1º/03/2017
CF 2017: Desmatamento da Caatinga continuará sendo
denunciado durante quaresma
Com o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida”, a Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre oficialmente, na Quarta-feira de Cinzas,
dia 01/03/2017, a Campanha da Fraternidade 2017 (CF 2017).
Na Diocese de Afogados da Ingazeira, o Bispo Diocesano Dom Egídio Bisol abriu a
quaresma na missa desta manhã. A Campanha da Fraternidade aos fiéis durante a
celebração da “missa de cinzas” às 18h, na Catedral do Senhor Bom Jesus dos
Remédios, presidida pelo Padre Juacir Delmiro. Outro momento importante será o
encontro sobre a CF no Stella Maris, em Triunfo, dia 11 de março.
A campanha, que tem como lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15), alerta para o
cuidado da Casa Comum, de modo especial dos biomas brasileiros. Segundo o bispo
auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, a
proposta é dar ênfase à diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a
vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho. Para
ele, a depredação dos biomas é a manifestação da crise ecológica que pede uma
profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que
neles vivem, sejamos conduzidos à vida nova”, afirma.
Ainda de acordo com o bispo, a CF deseja, antes de tudo, levar à admiração, para que
todo o cristão seja um cultivador e guardador da obra criada. “Tocados pela
magnanimidade e bondade dos biomas, seremos conduzidos à conversão, isto é, cultivar
e a guardar”, salienta.
A cerimônia de lançamento nacional contará com as presenças do arcebispo de Brasília
e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, do secretário geral da Conferência,
dom Leonardo Steiner, e do secretário de articulação institucional e cidadania do
Ministério do Meio Ambiente, Edson Duarte.
No Brasil, a Campanha já existe há mais de 50 anos e sua abertura oficial sempre
acontece na Quarta-feira de Cinzas, quando tem início a Quaresma, época na qual a
Igreja convida os fiéis a experimentarem três práticas penitenciais: a oração, o jejum e a
esmola.
Na região do Pajeú, a Diocese de Afogados da Ingazeira vai focar o debate no
desmatamento do bioma Caatinga, que vem sendo dizimado por conta da exploração
ilegal de madeira levada para outras regiões sem fiscalização dos órgãos de controle.
Também pela falta de controle nos municípios das matas ciliares, rios e córregos, que
sofrem com a exploração desenfreada. O Grupo Fé e Política Dom Francisco será o
encabeçador desses debates junto à sociedade civil.
24/02/2017
Asbraer e Banco do Brasil querem que escritórios das
Emateres sejam correspondentes bancários para
crédito rural
Brasília (24/02/2017) – Em reunião realizada na tarde desta quinta-feira, 23, entre os
diretores de Distribuição e de Agronegócio do Banco do Brasil, e o presidente da
Asbraer e Emater-DF, Argileu Martins, ficou acertada uma parceria entre as duas
entidades para que todas as Emateres do Brasil possam ser parceiras do Banco como
correspondentes bancários, com procedimentos padronizados para concessão de crédito
do Pronaf. Além disso, foi discutida parceria para viabilizar serviços para os médios
produtores, também para o crédito rural. Nas tratativas, um acordo deverá ser assinado
para que as Emateres se tornem correspondentes bancários, fazendo a concessão do
crédito rural mais eficiente, fácil e ágil. A assinatura conjunta desse acordo poderá
acontecer durante a Assembleia Geral da Asbraer.
"Queremos tornar essa parceria que já temos com algumas Emateres, no País, mais
robusta e acreditamos que esse acordo é um bom instrumento. Já temos um modelo de
minuta que usamos em operações de crédito rural e vamos aperfeiçoa-la para que se
adeque a essa parceria. Esta é uma oportunidade para aumentarmos nossa rede de
atuação, beneficiando um público que terá um atendimento mais ágil e com orientações
técnicas diretas”, assegurou o diretor de Agronegócio do BB, Marco Túlio Moraes da
Costa.
Para Reinaldo Kazufumi Yokoyama, diretor de Distribuição/Brasília, serão necessários
apenas alguns ajustes para cuidar das especificidades das operações. “Tivemos uma boa
experiência recente com crédito rural, em Minas Gerais e vamos aplicar os ajustes que
foram necessários lá nesta parceria”, afirmou.
O modelo de minuta será padrão, facilitando a consolidação da parceria, de modo que os
executores das Emateres possam ser correspondentes de crédito. “Estamos estreitando
as relações entre as empresas de Ater e o Banco do Brasil para não só ampliar a oferta
de crédito mas qualificar esse crédito rural”, avaliou Argileu Martins.
E quando fala em qualificação de crédito rural, o presidente da Asbraer e Emater-DF faz
questão de destacar os ganhos para todos os participantes dessa nova modalidade de
empréstimo. “Qualifica, porque o agricultor passará a acessar o crédito rural dentro do
escritório da Emater do seu município. Isso significa uma discussão prévia com o
extensionista que o atende, permitindo que este agricultor receba orientações antes de
tomar decisões sobre o sistema de produção a ser utilizado”.
Além disso, continua explicando Argileu, “o crédito, por estar sendo operacionalizado
por meio de um escritório de extensão rural, será automaticamente acompanhado pelo
extensionista. Isso faz toda a diferença. Hoje, o técnico não tem controle e nem sabe
qual produtor está acessando crédito e não pode opinar sobre o que é melhor. Com esta
oportunidade será possível ajuda-lo a maximizar seu crédito de acordo com sua
produção”.
As Emateres, ao assumir a função de correspondente bancário, serão remuneradas pelo
serviço prestado, além de receber remuneração pela adimplência do empréstimo, dentro
do percentual da carteira de crédito que ela estiver trabalhando.
Por: Christina Abelha
1º/03/2017
Previsão de chuvas abaixo da média no Agreste e Sertão de Pernambuco
Pelo menos 70 cidade do Agreste estão em situação de emergência por causa dos efeitos
da estiagem Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
A poucos dias do fim verão e início do outono, o Instituto Nacional de Meteorologia
(Inmet) - seção Pernambuco divulgou o prognóstico de chuvas dos próximos três meses:
março, abril e maio. De acordo com os indicadores apresentados nesta quarta-feira (1º),
há 40% de probabilidade de que chova menos do que o esperado no Agreste e no Sertão
de Pernambuco. As estimativas ainda apontam para 35% de chances de que as
precipitações fiquem dentro do considerado 'normal' e apenas 25% para que chova mais
do que o aguardado. No do Recife e Região Metropolitana, a previsão é de que as
chuvas fiquem dentro do considerado normal para o período.
De acordo com o chefe da Seção de Previsão do Tempo do Inmet Recife, o
meteorologista Ednaldo Correia de Araújo, as chuvas previstas para este trimestre são
de grande importância para amenizar os efeitos da seca na região do Semiárido. "No
caso do Agreste ainda pode chover até meados de julho, mas no caso do Sertão, as
precipitações de março e abril são determinantes porque a partir de maio, praticamente,
não chove mais por lá", explicou o especialista.
Atualmente, pelo menos 70 municípios do Agreste pernambucano estão em situação de
emergência por causa da estiagem. O decretou foi divulgado no Diário Oficial no dia 31
de janeiro e tem validade de 180 dias. Confira a média histórica de precipitação no
Grande Recife, Agreste e Sertão pernambucanos:
- Grande Recife - Agreste - Sertão
Março - 256 mm Março: 95 mm Março: 136 mm
Abril - 337 mm Abril: 109 mm Abril: 104 mm
Maio - 318 mm Maio: 96 mm Maio: 40 mm
Os municípios que estão em situação de emergência são os seguintes: Agrestina, Águas
Belas, Alagoinha, Altinho, Angelim, Belo Jardim, Bezerros, Bom Conselho, Bom
Jardim, Bonito, Brejão, Brejo da Madre de Deus, Buíque, Cachoeirinha, Caetés,
Calçado, Camocim de São Félix, Canhotinho, Capoeiras, Jurema, Lagoa do Ouro,
Lagoa dos Gatos, Lajedo, Limoeiro, Machados, Orobó, Palmeirina, Panelas,
Paranatama, Passira, Pedra, Pesqueira, Poção, Riacho das Almas, Sairé, Salgadinho,
Saloá, Sanharó, Caruaru, Casinhas, Correntes, Cumaru, Cupira, Feira Nova, Frei
Miguelinho, Garanhuns, Gravatá, Iati, Ibirajuba, Itaíba, Jataúba, João Alfredo, Jucati,
Jupi, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambucá, São Bento do Una, São
Caetano, São João, São Joaquim do Monte, São Vicente Ferrer, Surubim, Tacaimbó,
Taquaritinga do Norte, Terezinha, Toritama, Tupanatinga, Vertente do Lério, Vertentes
e Venturosa.
Janeiro quente e com altas temperaturas Ainda segundo as estatísticas divulgadas pelo Inmet-PE, o mês de janeiro de 2017 por o
período em que a temperatura máxima excedeu os valores climatológicos
principalmente no Nordeste do Brasil. As anomalias apontaram temperaturas 5°C acima
das médias históricas em áreas isoladas no sertão de Pernambuco e no centro-sul da
Bahia. Ou seja, se a média de temperatura máxima em Petrolina é de 31.9ºC, em janeiro
deste ano esse número pode ter chegado aos 36.9ºC.
02/03/2017
Seca violenta em Ouricuri é destaque em série de
reportagem da TV Record; assista
A serie de reportagem ‘Grande Seca’, do Jornal da Record, exibido pela TV Record,
destacou em seu último episódio o estado de Pernambuco. A série fez um abordagem
sobre a situação da estiagem em todos os estados nordestinos na maior seca dos últimos
anos que tem castigado a região.
A cidade de Ouricuri, no sertão do Araripe, foi o destaque no último episódio da série.
A matéria contou como vem sendo duro para o povo da região ver plantações perdidas e
a criação dizimada por causa da forte estiagem que persiste no território nordesinto.
Assista ao vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=-2VMSHfa9FQ
01/03/2017
Reunião discute fortalecimento da apicultura em
Lagoa Grande
Apicultores de Lagoa Grande, no sertão do São Francisco, discutiram com autoridades
locais, um plano de incentivo para essa cadeia produtiva que engloba mais de 3 mil
produtores no município. O encontro com a presença do prefeito Vilmar Cappellaro
(PMDB), representantes do IPA; Associação dos Produtores do Morro do Mel; e do
Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar – Sintraf, e o secretário municipal
da Agricultura, Reginaldo Alencar.
Foram apresentadas demandas e a reunião foi marcada pelo início de um diálogo sobre
projetos de organização das comunidades e de geração de renda. Com grande área
produtiva de 1.850 Km2, Lagoa Grande, a capital da uva e do vinho do nordeste, possui
mais de 50 Associações de Produtores Rurais, Assentamentos e Sindicatos com larga
escala de produção.
O prefeito Vilmar Cappellaro destacou o esforço para reorganizar a gestão municipal e
ampliar os serviços buscando parceiras em assistência técnica para caprinovinocultura
(Jutaí); fruticultura (Ilha do Pontal, Malhada Real, Ouro Verde, Vermelhos), tomate e
pisicultura (Açude Saco), entre outras.
“Temos potencial imenso de desenvolvimento. Nosso desejo é criar a feira de
comercialização e distribuição. Queremos melhorar o abastecimento de água,
organizar o matadouro e ampliar a compra através do PAA e PNAE. Vamos atuar em
várias frente”, explicou o prefeito.
Para o presidente da Associação dos Produtores do Morro do Mel, foi uma reunião
produtiva em que todos foram ouvidos para que a gestão e parceiros possam contribuir
para o fortalecimento da apicultura no município.
“Com esta visão e com a ajuda destes parceiros, tenho certeza que teremos daqui para
frente dias melhores” declarou. (Foto: Ascom PMLG)
28/02/2017
Técnicas para controlar a sanidade dos peixes em
tanques e viveiros
Para obtenção da amostragem, não é
necessário fazer a despesca total ou capturar uma amostra muito grande de exemplares –
pode ser de três a cinco peixes, de acordo com o tamanho deles e do tanque/viveiro.
Quando os peixes tiverem aproximadamente 60g utiliza-se uma amostragem de cinco
animais por tanque/viveiro ou lago; quando tiverem acima desse peso, utiliza-se uma
amostragem de 3 animais por tanque/viveiro.
Devem ser acondicionados vivos, em sacos plásticos próprios para transporte, com água
do local, e levados imediatamente ao laboratório para as análises parasitológicas.
Obtém-se o muco dos peixes por método de raspagem, ou seja, realizar raspado por toda
a superfície do corpo do peixe, utilizando uma lâmina de vidro de microscopia. Após a
coleta de todos os peixes do mesmo tanque, o material pode ser examinado em
microscopia óptica.
Em seguida, realiza-se a anestesia dos peixes e só depois, a biometria de cada animal.
Fragmentos de brânquias devem ser colocados individualmente em uma lâmina para
microscopia, ou seja, uma lâmina por peixe.
Durante exames de rotina, este procedimento pode ser realizado com mais agilidade.
Pode-se conter o peixe com ajuda de um pano úmido e fazer a coleta do muco em um
frasco, ou realizar apenas o esfregaço do muco em uma lâmina, e em seguida, com
muito cuidado, realizar outro esfregaço da brânquia e levar o material imediatamente
para exame em microscopia óptica, sem precisar eutanasiá-lo. Neste caso, ele pode ser
devolvido ao tanque. Todavia, este procedimento com peixes muito pequenos dificulta o
acesso às brânquias, sendo necessário utilizar anestésicos e a eutanásia.
Conforme a pesquisadora Márcia Ishikawa, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente
(Jaguariúna, SP) e uma das autoras do estudo, “os peixes cultivados podem apresentar
uma fauna parasitária considerável nas brânquias e muco e não manifestar qualquer
sintoma clínico de doenças, mas que podem ser importantes como indicador sobre a
qualidade do manejo sanitário ou mesmo da sua saúde. São produzidos em um ambiente
cuja visualização de qualquer alteração no comportamento ou sintoma pode ser
observada ou não. Por isso, é importante padronizar metodologias que facilitem esse
monitoramento”.
Para interpretar esses exames, é necessário treinamento para identificação básica dos
principais parasitos que podem ser encontrados nas brânquias e muco dos peixes. Em
algumas regiões do Brasil, Monogenoidea e tricodinídeos têm sido os ectoparasitos
mais observados. Representam potencial de patogenicidade quando ocorre um
desequilíbrio na relação ambiente-hospedeiro-parasito. No entanto, estes mesmos
parasitos podem ser caracterizados como indicadores de qualidade do ambiente de
cultivo, pois a sua presença em diferentes intensidades e diversidades podem ser
decorrentes da qualidade do ambiente, ou mesmo da saúde do peixe, sendo possível
fazer a relação entre estes.
Uma quantidade muito grande de parasitos, acima de 10 por lâmina, demonstra que a
saúde dos peixes precisa de atenção especial, e se possível, um especialista deve efetuar
um diagnóstico mais preciso e orientar um tratamento específico. Não é necessário
esperar a ocorrência de mortalidade de peixes para que um especialista em diagnóstico
de doenças seja acionado.
23/02/2017 Estudo completo dos solos brasileiros vai começar este
ano
O Programa Nacional de Solos do Brasil (PronaSolos)vai mapear o território brasileiro e gerar
dados com diferentes graus de detalhamento para subsidiar políticas públicas, auxiliar gestão
territorial, embasar agricultura de precisão e apoiar decisões de concessão do crédito agrícola,
entre muitas outras aplicações. Orçado em até R$ 3 bilhões de reais, o Pronasolos deve gerar
ganhos de R$40 bilhões ao País dentro de uma década, de acordo com especialistas. Esta fase
inicial, de elaboração, tem um orçamento de 845 mil reais.
“Os levantamentos sistemáticos de solos no Brasil pararam nos anos 80 do século passado”,
disse o pesquisador Maurício Rizzato, da Embrapa Solos. “Com o PronaSolos envolveremos
diversos ministérios e órgãos federais em torno de um objetivo: fazer o mapeamento do solo de
norte a sul do Brasil no período entre 10 e 30 anos, em escalas que tornem viáveis a correta
tomada de decisão e estabelecimento de políticas públicas nos níveis municipal, estadual e
federal – 1:25 mil, 1:50 mil, 1:100 mil, respectivamente”, completa o pesquisador. Isso significa
que cada um centímetro do mapa corresponde a um quilômetro de área (na escala de 1:100 mil).
A definição das escalas dependerá das prioridades governamentais. O maior detalhamento (de
1:25 mil) é desejável, por exemplo, para o planejamento de propriedades e na agricultura de
precisão, o que vai influenciar diretamente na concessão de crédito rural.
O Brasil paga um preço alto por não conhecer melhor seu solo: falta de água no campo e em
grandes metrópoles; intensos processos erosivos do solo na área rural, que agravam enchentes e
provocam desperdício de insumos agropecuários, entre várias outras consequências. Dados do
Ministério do Meio Ambiente (MMA) indicam que 140 milhões de hectares de terras brasileiras
estão degradadas, o que corresponde a 16,5% do território nacional. “E a legislação sobre o
tema é difusa, existem 26 leis de conservação do solo, em diferentes escalas: ministerial,
estadual etc.”, revela o chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Solos José Carlos
Polidoro.
A implantação dos Pronasolos deverá proporcionar ganhos na produtividade, economia nos
insumos e auxiliar na sustentabilidade do sistema agrícola, diminuindo as emissões de gases do
efeito estufa”, conclui a chefe geral da Embrapa Cocais (São Luís-MA) Maria de Lourdes
Mendonça.
25/02/2017 Medicamento para combate a mosca-dos-estábulos
estão perdendo a eficiência
Pesquisadores da Embrapa em Campo Grande (MS) detectaram a ocorrência de resistência da mosca-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans) à cipermetrina, inseticida do grupo dos piretroides. Produtos comerciais com este e outros acaricidas e inseticidas têm ampla ação e são utilizados em propriedades rurais no controle de ectoparasitos do gado, como a mosca-dos-chifres e carrapatos. Os pesquisadores advertem que produtos comerciais com o princípio ativo têm demonstrado eficácia reduzida em surtos do inseto. “É de se esperar que ao longo dos anos ocorra a seleção de moscas resistentes, é uma seleção genética. A pesquisa confirmou que essa situação já é uma realidade complexa e de difícil reversão”, afirma Thadeu Barros, veterinário e entomologista da Embrapa, responsável pelo estudo de avaliação da suscetibilidade de adultos e larvas a inseticidas. A descoberta de Barros e do médico-veterinário Paulo Cançado traz implicações não apenas ao controle da mosca, mas a outros estudos que envolvem monitoramento de populações e métodos de controle químico e biológico. “Muda o foco do nosso trabalho e a busca por uma solução fica mais difícil, pois essa ferramenta de baixo custo, o uso da cipermetrina, poderia ser adaptada. Agora partiremos para uma solução, possivelmente, com custo e estratégias diferentes”, confirma Cançado. A mosca-dos-estábulos tem aproximadamente o tamanho e a aparência geral de uma mosca comum, alimentando-se principalmente de mamíferos, como equinos, suínos e bovinos, além de picar os cães e o próprio homem. O dano direto causado pela picada dolorosa causa irritação e perda de sangue dos animais, que podem diminuir o peso entre 15% e 20% e provocar uma queda de até 60% na produção de leite. Ainda não existem estimativas sobre os prejuízos indiretos, os quais incluem a transmissão de patógenos, problemas reprodutivos e mortalidade por doenças secundárias, dentre outros.
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