Cíntia AméliaIsabella Gomes
Jéssica AyraLaila Sousa
2010
CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTECURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE
RECICLAGEM DE PET
INTRODUÇÃO O PET - Politereftalato de Etileno - é um poliéster, polímero termoplástico
produzidos a partir de processos petroquímicos
Desenvolvido em 1941 pelos químicos ingleses Whinfield e Dickson.
Utilizado na fabricação de embalagens de bebidas e alimentos no início da década de 1980, Por ser um material inerte, leve, resistente e transparente.
No Brasil a introdução da embalagem de PET, foi em 1988, trazendo vantagens ao consumidor.
Principais propriedades: • Boa resistência mecânica térmica e química; • Fácil reciclabilidade (propriedades termoplásticas). • Possui baixa densidade, • Transparência,• Facilidade de moldagem e• Apresenta uma excelente barreira para gases e odores.
APLICAÇÕES
Canetas injetadascom copoliésteres PET
Garrafas
Máscaras protetoras
Além de embalagens para refrigerantes, águas, sucos, óleos comestíveis, medicamentos, cosméticos, produtos de higiene e limpeza, destilados, isotônicos, cervejas, entre vários outros como embalagens termoformadas, chapas e cabos para escova de dente.
Embalagens termoformadas para alimentos, doces
Frascos e tampas de cosméticos PET copoliéster
PROCESSO DE PRODUÇÃO DE PET
O PET é produzido por monômeros de etileno glicol e o ácido tereftálico ou o tereftalato de metila, por meio de uma reação de condensação
O processo em geral utilizado na obtenção de peças ocas é através da insuflação de ar no interior do molde, de forma a permitir a expansão da massa plástica, até a obtenção da forma desejada.
MOLDAGEM POR SOPRO
Os grânulos de resina são aquecidos e comprimidos em um tubo líquido. A resina entra no molde frio e o ar comprimido é soprado para dentro do tubo da resina. O ar expande a resina contra as paredes do molde. Este método é utilizado para fazer garrafas plásticas.
Máquina Sopradora
O parison é extrudado entre duas metades do molde. O molde se fecha e tem início o sopro e o resfriamento do molde. O molde se abre e o produto final é extraído.
RECICLAGEM
Os diferentes polímeros (plásticos) para serem reciclados devem ser amolecidos a altas temperaturas, separadamente.
A separação é, portanto, a primeira etapa do processo de reciclagem, tendo em conta diferentes propriedades físicas dos polímeros: densidade, condutividade térmica, temperatura de amolecimento, etc.
RECICLAGEM Para facilitar a reciclagem foram criados códigos numéricos e abreviações facilmente identificáveis através do número 1 no triângulo e pela tradicional marca da injeção.
RECICLAGEM ENERGÉTICA - O PET é queimado liberando um calor muito forte que pode ser aproveitado na geração de energia elétrica (usinas termelétricas), alimentação de caldeiras e altos-fornos. O PET tem alto poder calorífico e não exala substâncias tóxicas quando queimado. Outros materiais combustíveis também podem ser utilizados. Este processo, entretanto, não é usado para o PET, pois o alto valor da sucata indica a reciclagem mecânica como a mais favorável.
RECICLAGEM QUÍMICA - O plástico sofre reações químicas e, portanto, se transforma em outro tipo de plástico que então poderá ser utilizado na indústria. Ex: reciclagem do PET para a produção de resina de poliéster, usada na fabricação de fibras para a confecção de roupas.
RECICLAGEM MECÂNICA - no Brasil, é a mais utilizada; é mais barata e mantém uma boa qualidade do produto. Os plásticos são submetidos a processos físicos (ex:polietileno, polipropileno).
HIDROGENAÇÃO
As cadeias são quebradas mediante o tratamento com hidrogênio e calor, gerando produtos capazes de serem processados em refinarias.
GASEIFICAÇÃO Os plásticos são aquecidos com ar ou oxigênio, gerando-se gás de síntese contendo monóxido de carbono e hidrogênio.
QUIMÓLISE Consiste na quebra parcial ou total dos plásticos em monômeros na presença de glicol/metanol e água.
PIRÓLISE
É a quebra das moléculas pela ação do calor na ausência de oxigênio. Este processo gera frações de hidrocarbonetos capazes de serem processados em refinarias.
RECICLAGEM QUÍMICA
FIGURA: Processos de reciclagem químicaFonte: Plastivida, 2010.
RECICLAGEM MÊCANICA
FIGURA: Processos da reciclagem energéticaFonte: Plastivida, 2010.
RECICLAGEM ENERGÉTICA
RECICLAGEM Nos Estados Unidos, o grau de reciclagem das garrafas PET está
decaindo. Chegou a 23,1% em 2005, depois de ter atingido um percentual de 39,7% em 1997.
No Brasil, ao contrário, quase a metade das garrafas PET são encaminhadas para a reciclagem. Em 2005, 47% delas foram reprocessadas, segundo dados do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre).
Por outro lado, sabemos que no Brasil,as garrafas que não seguem para reciclagem quase nunca vão para aterros sanitários. Acabam em lixões, terrenos baldios, praias e rios, como é fácil constatar.
RECICLAGEM NO BRASIL
CURIOSIDADES A reciclagem de uma tonelada de PET economiza 130 Kg de petróleo.
As garrafas de PET usadas são reaproveitáveis especialmente como matéria-prima da indústria têxtil - Cinco garrafas de PET de dois litros são suficientes para fabricar uma camiseta tamanho extra-grande ou 33 cm2 de carpete.
68% de todo refrigerante produzido no país é embalado em garrafas PET.
1 kg de garrafas PET equivale : 16 garrafas de 2.5 litros ou 20 garrafas de 2.0 litros ou 24 garrafas de 1.5 litros ou 26 garrafas de 1.0 litro ou 36 garrafas de 600 ml.
CONCLUSÃO
O aproveitamento da PET é claro, o desafio está no recolhimento deste material de forma adequada antes de sua disposição final, que na maioria dos casos, infelizmente é no corpo hídrico, em terrenos baldios ou lixões. É fundamental o aproveitado da PET, transformando-o em novos produtos de qualidade a baixo custo, sendo fabricados novos materiais que anteriormente seriam dispostos em lixões ou aterros, comprometendo o meio ambiente. A reciclagem de garrafas PET proporciona ainda geração de renda para aqueles que sobrevivem como Catadores nos Lixões e contribui para a diminuição do impacto ambiental.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ABIPET, Associação Brasileira da Indústria do PET. Reciclagem. Disponível em: < http://www.abipet.org.br/reciclagem.php >. Acesso em: 4 jul. 2010.
•NUNES,Juliana Rosa; ALVES, José Dafico Alves; FERREIRA, Osmar Mendes Ferreira. Reciclagem de pet: potencial para aproveitamento na fabricação de novos produtos. Disponível em: <http://www.ucg.br/ucg/prope/cpgss/ArquivosUpload/36/file/RECICLAGEM%20DE%20PET%20POTENCIAL%20PARA%20APROVEITAMENTO%20NA%20FABRICA%E2%80%A6.pdf >. Acesso em: 4 jul. 2010
•RECICLOTECA. Materiais Recicláveis Plástico. Disponível em: <http://www.recicloteca.org.br/Default.asp?ID=47&Editoria=5&SubEditoria=17&Ver=1>. Acesso em: 4 jul. 2010.
PLASTIVIDA. Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos. Disponível em: <http://www.plastivida.org.br> . Acesso em: 01. jul. 2010.
PARENTE, Ricardo Alves. Elementos estruturais de plástico reciclado.
142 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Estruturas) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
Acesso em: 01 jul. 2010.
RECICLAGEM do plástico. Desenvolvido por Celso Monteiro. Disponível em: <http://ambiente.hsw.uol.com.br/reciclagem-plastico.htm>. Acesso em: 01 jul. 2010.
SORRINI, Edvaldo. Garrafas PET, problemas ou solução?. Disponível em: <http://www.itu.com.br/colunistas/artigo.asp?cod_conteudo=10250>. Acesso em: 4 jul. 2010.
Top Related