CIÊNCIA MODERNA
22 de Novembro de 2011
São Bernardo do Campo
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CIÊNCIA MODERNA
22 de Novembro de 2011
São Bernardo do Campo
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CIÊNCIA MODERNATrabalho direcionado à disciplina de
filosofia e orientado pelo Prof. Pablo
Fabiano Barbosa Carneiro. Realizado
pelos seguintes alunos do 1EMMA:
Camila da Silva Pereira (nº 07), Thalita da
Silva Campregher (nº 10), Vanessa dos
Santos Almeida (nº 12), Jacqueline
Marinelli Ferreira (nº 14), Ana Carolina da
Silva (nº 21), Julia C. F. F. Lopes (nº 24) e
Lucas Vieira Carvalho (nº 31).
22 de novembro de 2011
São Bernardo do Campo
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SUMÁRIO
1. Introduções...............................................................................................61.1. Camila Pereira...............................................................................61.2. Thalita Campregher.......................................................................71.3. Vanessa Almeida...........................................................................81.4. Jacqueline Marinelli.......................................................................91.5. Ana Carolina da Silva...................................................................101.6. Julia Lopes...................................................................................111.7. Lucas Carvalho............................................................................12
2. Precedentes do Pensamento Moderno...................................................133. Reforma Protestante...............................................................................14
3.1. Motivos.........................................................................................143.2. A Reforma Luterana.....................................................................143.3. A Reforma Calvinista....................................................................153.4. A Reforma Anglicana...................................................................153.5. A Contrarreforma Católica...........................................................153.6. Intolerância..................................................................................16
4. Revolução Científica..............................................................................174.1. Método Cartesiano......................................................................184.2. Experimentalismo Baconiano......................................................19
5. Leonardo da Vinci...................................................................................206. Galileu Galilei..........................................................................................22
6.1. Alguns atos importantes de Galileu..............................................227. René Descartes......................................................................................238. Francis Bacon.........................................................................................259. Características........................................................................................2610.Sociologia................................................................................................28
10.1. Objetos de estudo da sociologia..................................................2911.Karl Marx.................................................................................................3112.Ética Moderna.........................................................................................3213.Medicina..................................................................................................3314.Andreas Vesalius....................................................................................3415.William Harve..........................................................................................3516.Genética..................................................................................................3617.Psicologia................................................................................................37
17.1. História da Psicologia...................................................................3818.Racionalismo...........................................................................................4119.Biogênese...............................................................................................4220.Química...................................................................................................4521.Antoine Lavoisier.....................................................................................4622. Invenções que Mudaram o Mundo..........................................................48
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22.1. Fotografia.....................................................................................4822.2. Telefone.......................................................................................4822.3. Luz Elétrica..................................................................................4822.4. Carro............................................................................................4822.5. Rádio............................................................................................4822.6. Televisão......................................................................................4922.7. Satélite.........................................................................................4922.8. Computador..................................................................................4922.9. Internet............................. ...........................................................4922.10. Super Acelerador de Partículas...................................................5022.11. Energia Nuclear...........................................................................5022.12. Antibióticos...................................................................................5022.13. Vacinas.........................................................................................5122.14. Anestesia......................................................................................5122.15. Radiografia...................................................................................5122.16. Pílula Anticoncepcional................................................................5122.17. Telescópio....................................................................................5222.18. Máquina a Vapor..........................................................................52
23.Conclusões.............................................................................................5323.1. Camila Pereira..............................................................................5323.2. Thalita Campregher......................................................................5423.3. Vanessa Almeida.........................................................................5523.4. Jacqueline Marinelli......................................................................5723.5. Ana Carolina da Silva...................................................................5823.6. Julia Lopes...................................................................................5923.7. Lucas Carvalho............................................................................60
24. Referências Bibliográficas......................................................................61
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1. INTRODUÇÕES
1.1 INTRODUÇÃO – CAMILA PEREIRA
O período com maior impulso na tecnologia e no raciocínio lógico com a
combinação de observação experimental e a descrição dos fenômenos,
criando-se para tudo uma base sólida para comprovação de qualquer teoria,
que passou a se desenvolver no século XVI com a publicação “Das revoluções
dos Mundos Celestes” de Nícolas Copérnico.
Foi um poderoso movimento de ideias, de embate com a Igreja Católica,
os costumes da época, a moral onde Bacon, Nícolas Copérnico, Isaac Newton,
Galileu Galilei, Tycho Brahe e Kepler foram os grandes agentes nas mudanças,
que deram a base para muitas outras descobertas. As transformações
aconteceram em muitos ramos como na: física, filosofia e sociologia.
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1.2 INTRODUÇÃO – THALITA CAMPREGHER
O início do Renascimento trouxe uma longa série de transformações
Algumas delas mostraram os seus primeiros indícios ainda no período
medieval e tiveram muito que ver com, entre outros fatos, o aparecimento de
novas classes que já não estavam inseridas na rígida estrutura feudal, própria
do mundo rural medieval. Cidades que se desenvolvem e onde começa a surgir
também uma indústria. O homem renascentista começou a virar-se mais para
si do que para os dogmas bíblicos e a interessar-se cada vez mais pelas ideias,
durante tantos séculos esquecidas, dos grandes filósofos gregos, de modo a
fazer renascer os ideais da cultura. As mudanças acima apontadas irão estar
na base de um acontecimento de importância capital na história da ciência: a
criação, por Galileu (1.564-1.642), da ciência moderna.
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1.3 INTRODUÇÃO – VANESSA ALMEIDA
Após muito tempo do monopólio da Igreja, a ciência moderna surgiu e
revolucionou o modo de pensar de muitos durante o período renascimento
cultural, numa época onde os experimentos se tornam de maior valor que as
explicações religiosas sem nexo. Os principais nomes do renascimento são
Galileu Galilei, Willian Harvey, Nicolau Copérnico entre outros cientistas
importantes.
Serão abordadas durante o trabalho as principais ciências incidentes do
renascimento como a medicina, a sociologia, a psicologia etc., os aspectos da
Idade moderna, assim como o desenvolvimento e o desligamento da ciência
sobre a Igreja.
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1.4 INTRODUÇÃO – JACQUELINE MARINELLI
Esse trabalho tem como objetivo explicar as novas concepções da
ciência moderna e suas características, além de seus desdobramentos, como
por exemplo, a sociologia, dando ao leitor conhecimento sobre o tema
retratado.
Em cada época encontramos uma maneira distinta de agir e pensar,
assim em cada uma se encontra problemas que se diferem e como
conseqüência uma visão de mundo diferente. Isso não foi diferente durante a
Idade Moderna, contexto em que surge a Ciência moderna.
Essa nova ciência está ligada ao Renascimento que propôs novas
maneiras de se pensar, provocando mudanças na sociedade. Nesse contexto
surge o fundador da ciência moderna Galileu Galilei (1.564-1.642). Este, junto
com outros dois nomes, Copérnico (1.473-1.543) e Francis Bacon (1.561-
1.626), deram contribuições importantes para a nova ciência.
Em geral durante esse período alguns conceitos foram revistos, como
por exemplo, o modelo geocêntrico e a velocidade da queda dos corpos.
Assim, esse período apresentou conceitos muito importantes que até hoje são
estudados por nós da maneira que foram propostos nessa época.
Nesse trabalho apresentaremos além de conceitos sobra a Ciência
moderna, conceitos sobre seus desdobramentos. Aqui serão apresentados
conteúdos sobre sociologia, psicologia, astronomia, nova ética e algumas
biografias, como a de Galileu Galilei, Karl Marx, Nicolau Copérnico e Sigmund
Freud.
Apresentaremos os conceitos importantes sobre cada tema. Em
sociologia, por exemplo, apresentamos desde sua história até seu maior autor
que foi Karl Marx, incluindo seus objetos de estudo e uma breve explicação
sobre outros dois importantes sociólogos: Émile Durkheim e Max Weber.
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1.5 INTRODUÇÃO – ANA CAROLINA DA SILVA
Desde seus primórdios, o ser humano teve necessidade de desenvolver
objetos que o auxiliassem a sobrevivência no mundo hostil, indo de clavas até
pequenas vilas onde poderiam se proteger por um tempo.
Entretanto tudo se transformou e se aperfeiçoou. Vilas tornaram-se
cidades, cavalos substituídos por meios de locomoção melhores e após o
Renascimento, a busca pela verdade cientifica das coisas, fez com que o
homem ultrapassasse tudo que um dia ele julgou conhecer.
Com novos conhecimentos adquiridos, foi mais fácil a sociedade ter
certos avanços e nesse trabalho visamos falar um pouco sobre fatos mais
recentes, mas que mesmo assim foram importantes e de novas ciências que
vem surgindo para continuar ajudando nossas vidas.
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1.6 INTRODUÇÃO – JULIA LOPES
A revolução científica moderna foi idealizada por Galileu, podendo assim
ser considerado o pai da ciência moderna. A Ciência moderna trouxe consigo
uma ruptura lógica entre o pensamento tradicional, teísta, especulativo,
metafísico. Esse pensamento da Idade Média trouxe poucos avanços ao ser
humano, fazendo que homem tenta-se criar um novo pensamento para
conseguir avançar, deixando de lado a Igreja e a religião e tornando-se
antropocentrista. Criando para essa nova Era um pensamento moderno,
imanentista. O pensamento medieval já não era o suficiente, os valores da
nova ciência que foram surgindo e muitos desses valores foram tirados da
antiguidade com os antigos pensadores, valores empíricos, técnicos e a
procura de uma razão.
Durante esse trabalho mostraremos que foi um processo longo, porém
não se consegue definir realmente quanto durou essa transição de lógicas.
Relataremos também alguns dos precedentes que serviram como “base” surgir
esse pensamento, os personagens que ajudaram a caracterizar essa nova
maneira de pensar, os períodos dessa lógica, as características dessa nova
ciência, as novas ciências que sugiram graças a essa nova maneira de pensar
e uma nova lógica as ciências que já existiam.
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1.7 INTRODUÇÃO – LUCAS CARVALHO
No decorrer do trabalho, será esclarecida a importância que a
“atualização” da ciência teve para que a Idade Média fosse “superada”. A
Ciência Moderna foi uma das maiores motivadoras ao avanço. Intelectualidade
e novidade transpiravam no ambiente europeu.
Várias ciências essenciais à Humanidade serão destacadas aqui:
Medicina, psicologia, sociologia, genética, química, racionalismo, ética, etc.
Além de todas as diversas ciências (e as variações de ciências existentes) que
apareceram na Idade Moderna.
A importância da Ciência Moderna se alinha a importância da Idade
Moderna. Sem ambas, ainda haveria uma visão estereotipada e centrada do
conhecimento e do saber.
Mas resta saber quando o homem era mais feliz. Antes, quando a toda a
responsabilidade era de Deus, ou agora, que ele nem sequer sabe a quem
atribuir essa responsabilidade.
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2. Precedentes do Pensamento Moderno
Durante a Idade Média, religião e civilização, teologia e filosofia, Igreja e
Estado, clero e laicado, estavam harmonizados na unidade cristã, que acabou
originando o pensamento humanista, que constitui o espírito característico do
pensamento moderno. Este pensamento começa com a importância dada aos
interesses e aos ideais materiais e terrenos. O homem torna-se o centro do
universo, o valor deixa de ser teocrático, especulativo, metafísico, para se
tornar empírico e técnico.
Os Precedentes do Pensamento Moderno são especulativos, podendo ser
resumidos desta forma: o panteísmo neoplatônico, o aristotelismo
averroísta (doutrina filosófica de Averroes) e o nominalismo de Ockham, os
quais foram se afirmando contemporaneamente a uma gradual decadência do
genuíno pensamento teocrático.
O panteísmo neoplatônico teve a sua primeira grande manifestação, no
âmbito do cristianismo, com Scoto Erígena. Tentara firmar-se novamente na
época de Tomás de Aquino com Mestre Eckart, o iniciador da mística alemã.
E receberá uma nova original elaboração do Humanismo com Nicolau de
Cusa e com Giordano Bruno, o maior pensador da Renascença.
O averroísmo latino afirmara na Idade Média a sua famosa doutrina das
duas verdades: o que não é verdadeiro em filosofia pode ser verdadeiro em
religião e vice-versa. Em uma época tão religiosa, como a Idade Média, a
afirmação religiosa podia ter a prevalência sobre a negação filosófica;
obscurecendo-se a fé, como na Renascença, devia prevalecer uma concepção
anticristã, aristotélica ou não.
O nominalismo de Ockham marca a conclusão lógica da decadência
escolástica pós-tomista, apesar de seus partidários se comprazerem em
denominá-la via modernorum. E, ao mesmo tempo, apresenta um elemento
fundamental da filosofia moderna com o seu empirismo e nominalismo.
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3. Reforma Protestante
3.1 Motivos
O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. Podemos
destacar como causas dessas reformas: abusos cometidos pela Igreja
Católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento
renascentista.
A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua
identidade. Gastos com luxo e preocupações materiais estavam tirando o
objetivo católico dos trilhos.
A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada
vez mais inconformada, pois os clérigos católicos estavam condenando seu
trabalho. O lucro e os juros, típicos de um capitalismo emergente, eram vistos
como práticas condenáveis pelos religiosos.
No campo político, os reis estavam descontentes com o papa, pois este
interferia muito nos comandos que eram próprios da realeza.
O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos
da Igreja. O homem renascentista começava a ler mais e formar uma opinião
cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos, com mais acesso a livros,
começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo. Um pensamento
baseado na ciência e na busca da verdade através de experiências e da
razão.
3.2 A Reforma Luterana
O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar
fortemente os dogmas da Igreja Católica. Afixou na porta da Igreja de
Wittenberg as 95 teses que criticavam vários pontos da doutrina católica.
As 95 teses de Martinho Lutero condenavam a venda de indulgências e
propunham a fundação do luteranismo (religião luterana). De acordo com
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Lutero, a salvação do homem ocorria pelos atos praticados em vida e pela fé.
Embora tenha sido contrário ao comércio, teve grande apoio dos reis e
príncipes da época. Em suas teses, condenou o culto às imagens e revogou o
celibato.
Martinho Lutero foi convocado as desmentir as suas 95 teses na Dieta de
Worms, convocada pelo imperador Carlos V. Em 16 de abril de 1521, Lutero
não só defendeu suas teses como mostrou a necessidade da reforma da
Igreja Católica.
3.3 A Reforma Calvinista
Na França, João Calvino começou a Reforma Luterana no ano de 1534.
De acordo com Calvino, a salvação da alma ocorria pelo trabalho justo e
honesto. Essa ideia calvinista atraiu muitos burgueses e banqueiros para o
calvinismo. Muitos trabalhadores também viram nesta nova religião uma forma
de ficar em paz com sua religiosidade. Calvino também defendeu a ideia da
predestinação (a pessoa nasce com sua vida definida).
3.4 A Reforma Anglicana
Na Inglaterra, o rei Henrique VIII rompeu com o papado, após este se
recusar a cancelar o casamento do rei. Henrique VIII funda o anglicanismo e
aumenta seu poder e suas posses, já que retirou da Igreja Católica uma grande
quantidade de terras.
3.5 A Contrarreforma Católica
Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis,
bispos e papas reúnem-se na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento)
com o objetivo de traçar um plano de reação. No Concílio de Trento ficou
definido:
- Catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos
jesuítas;
- Retomada do Tribunal do Santo Ofício - Inquisição: Punir os acusados de
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heresias;
- Criação do Index Librorium Proibitorium (Índice de Livros Proibidos): evitar a
propagação de ideias contrárias à Igreja Católica.
3.6 Intolerância
Em muitos países europeus, as minorias religiosas foram perseguidas e
muitas guerras religiosas ocorreram, frutos do radicalismo. A Guerra dos
Trinta Anos (1618-1648), por exemplo, colocou católicos e protestantes em
guerra por motivos puramente religiosos. Na França, o rei mandou assassinar
milhares de calvinistas na chamada Noite de São Bartolomeu.
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4. Revolução Científica
A Revolução Científica marca o início da modernidade e se caracteriza
pelo interesse do ser humano voltado para a técnica e ciência experimental,
através de uma metodologia que assegure um conhecimento que tenha um
desdobramento prático para a sociedade e para a vida humana no mundo. O
período chamado de Revolução Científica é, em geral, delimitado até Newton,
o ápice do mecanicismo.
O Renascimento e o Humanismo, que marcaram esse grito de liberdade
humana frente às verdades aceitas por autoridade, trazem consigo uma nova
forma de fazer ciências, inclusive como forma de serem considerados como
conhecimento verdadeiro e seguro. O ponto de partida dessa nova ciência está
na obra “Sobre a Revolução dos Orbes Celestes”, de 1543, de autoria de
Nicolau Copérnico. O que esse novo espírito científico traz de novo é um
método que se volta a Platão e aos pitagóricos, dando ênfase à explicação
matemática do mundo.
Os valores da Renascença e do Humanismo na modernidade levaram a
postura humana a uma atitude de valorização do ser humano. No
discernimento humano como capaz, de através da razão chegar à verdade,
sem necessitar de revelações místicas. E a única forma de se chegar a essa
conclusão seria através de um método estabelecido na observação e na
experimentação, e não em uma verdade que se revela sozinha.
Da Vinci decreta o espírito da revolução científica nos seguintes termos:
"A sabedoria é filha da experiência. A experiência jamais engana; e os que se
lamentam dos seus logros deveriam antes lamentar-se da sua ignorância porque
pedem à experiência aquilo que está para lá dos seus limites. Em contrapartida, pode
o juízo enganar-se sobre a experiência; e para evitar o erro não há outra via senão
reduzir todos os juízos a cálculos matemáticos o servir-se exclusivamente da
matemática para entender e demonstrar as razões das coisas que a experiência
manifesta. A matemática é o fundamento de toda a certeza."
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Relataremos as ideias de Descartes e Bacon que consolidaram o novo
espírito científico da modernidade e foram determinantes filosoficamente para
caracterizar a Revolução Científica.
4.1 O Método Cartesiano
A obra O Discurso do Método de Descartes inaugurou uma nova
epistemologia e uma nova maneira de olhar a realidade. Não é por acaso que é
tida como fundadora da filosofia moderna. Descartes se preocupou em
construir um modo para que pudéssemos chegar a um conhecimento seguro.
Esse modo é o caminho, o cogito.
Descartes chega a seu método assumindo uma postura cética no sentido
de chegar através da dúvida metódica ao verdadeiro conhecimento. Seu
método estabelece que tanto os sentidos quanto a percepção não se tornam
como um conhecimento seguro, e faz um sistema pelos seguintes preceitos
básicos: (Evidência; Análise; Síntese e Evidência do Conjunto ou Intuição
Geral).
O caminho cético proposto por Descartes buscou algo que fundamentasse
a possibilidade do conhecimento seguro. Para isso, ele cria o argumento do
Cogito, cujo objetivo é estabelecer os fundamentos do conhecimento e
encontrar uma certeza imune a qualquer questionamento cético.
O Cogito, portanto, a partir da descoberta de uma realidade primária,
necessária e indubitável, se torna uma das bases científicas da nova ciência
a ser feita. Com Descartes, fundamentalmente, a ciência é base dos dois
princípios que melhor caracterizam seu pensamento: o Racionalismo e o
Mecanicismo.
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4.2 Experimentalismo Baconiano
Francis Bacon é considerado o fundador do pensamento moderno por
excelência, juntamente com Descartes. Bacon defende o preceito básico que é
o método experimental. Bacon se constitui na primeira expressão do empirismo
e baseia seu método experimental no indutivismo, opositor do método dedutivo
cartesiano, que pecaria pelo racionalismo em excesso. Assim como Descartes,
a preocupação de Bacon era assegurar um método isento de erros e que leve
o ser humano ao conhecimento verdadeiro através da razão.
Sua principal obra, o Novum Organum (1620), Bacon enxerga a filosofia
moderna como o método pelo qual o homem se libertará da superstição,
preconceitos e ilusões. Segundo Bacon, a ciência teria a função de trazer
benefícios à humanidade sendo através da crença no progresso, o método
indutivo, a experiência como guia, a ciência aplicada interagindo com a
técnica e o controle efetivo da natureza. A ciência, a partir de Bacon, balizaria
toda sua metodologia nos fundamentos que mais caracterizam seu
pensamento: a Experiência e a Técnica.
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5. Leonardo da Vinci – O Gênio Renascentista
Leonardo nasceu a 15 de abril de 1452, na vila de Vinci, perto de Florença.
Era filho ilegítimo de Piero da Vinci.
Em 1470, Piero da Vinci levou alguns desenhos de seu filho para o artista
Andrea del Verrocchio, célebre professor. Verrocchio recebeu-o em sua casa
como aprendiz, até 1477. Com ele, Leonardo aprendeu as técnicas da pintura
e escultura, bem como de ferreiro e mecânico. Sabe-se que ele, após deixar o
estúdio de Verrocchio, permaneceu vários anos em Florença. Como protegido
de um Médici: Lourenço, o Magnífico.
Após Lourenço rejeitar seu projeto para canalização do rio Arno, Leonardo
muda-se para Milão, onde Ludovico Sforza tinha se firmado no poder.
Leonardo escreveu-lhe uma carta de apresentação na qual ele colocava "os
seus segredos" à sua disposição. Dizia-se capaz de construir pontes portáteis
para perseguir o inimigo, cavar túneis por baixo de rios e destruir fortalezas.
Afirmava ter inventado um novo tipo de bombarda, uma carreta blindada e um
navio à prova de bombas. Além de proclamar-se capaz de realizar obras de
pintura e escultura à altura de qualquer artista importante da época. Ludovico
mandou chamar o audacioso jovem e pôde verificar assombrado, a
universalidade de seus conhecimentos.
Alguns biógrafos afirmam que Ludovico acolheu Leonardo devido a um
projeto para o erguimento de uma estátua em homenagem a seu pai,
Francesco Sforza. Outros argumentam que foram os dotes musicais de
Leonardo que o impressionaram.
Em 1499, quando Milão foi conquistada por Luís XII, Leonardo abandonou a
cidade e permaneceu por um breve tempo em Mântua, protegido pela duquesa
Isabella Gonzaga. Foi à Veneza, e ali residiu até abril de 1500, quando
Ludovico foi definitivamente derrotado e preso. Leonardo desistiu de voltar à
Milão e seguiu à Florença. Só voltaria àquela cidade em 1506, a convite de
Charles d’Ambrosie, marechal de Chaumont e braço direito do Rei da França
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na Lombardia. Em setembro do ano seguinte, porém, regressou à Florença
para cuidar da divisão dos bens de seu pai, que falecera sem deixar
testamento. Lá ele permaneceu até 1511, período no qual fez amizade com
Francesco Melzi, a quem confiaria seus manuscritos ao morrer.
Em 1512, Leonardo transferiu-se para Roma, onde havia intenso
movimento cultural e contava com a admiração do Papa Leão X. Embora
aparentemente favorável, o ambiente da cidade revelou-se adverso a
Leonardo, tanto por suas experiências científicas mal interpretadas como pela
presença de uma geração mais jovem de artistas.
Na França, Leonardo viveu seus últimos dias, morrendo a 2 de maio de
1519, após receber os sacramentos da Igreja, e, ao que se conta, nos braços
do rei Francisco I.
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6. Galileu Galilei – O Gênio da Ciência Moderna
Galileu Galilei nasceu em 15 de Fevereiro de 1564 na cidade de Pisa, na
Itália. É o fundador da Ciência Moderna, conhecido como um grande Físico,
Matemático e Astrônomo. A ciência de Galileu não busca mais a essência ou
a substância das coisas, mas sim a função.
Fez a descoberta da Lei dos Corpos e enunciou o Principio da Inércia.
Além de tudo foi um dos principais representantes do Renascimento
Cientifico dos séculos XVI e XVII.
Em 1642, Galileu morreu cego e condenado pela Igreja Católica por suas
convicções científicas. Teve suas obras censuradas e proibidas. Contudo, uma
de suas obras (sobre mecânica) foi publicada mesmo com a proibição da
Igreja, em zona protestante onde Igreja católica não tinha influência
significativa.
6.1 Alguns atos importantes de Galileu:
- Construiu a primeira luneta astronômica;
- Foi o primeiro a contestar as afirmações de Aristóteles;
- Fez a balança hidrostática, que, posteriormente, deu origem ao relógio de
pêndulo;
- Observou a composição estelar da Via Láctea, os satélites de Júpiter, as
manchas do Sol e as fases de Vênus. Publicados em livros pelo mundo todo.
- Colocou em xeque, várias ideias Aristóteles. Entre elas, a dos Corpos Leves
e Pesados caírem com velocidades diferentes. Segundo ele, os corpos leves e
pesados caem com a mesma velocidade.
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7. René Descartes
Descartes, por vezes chamado de o fundador da filosofia moderna e o
pai da matemática moderna, é considerado um dos pensadores mais
influentes da história humana.
Nasceu em La Haye, a 300 quilômetros de Paris. Com um ano de idade,
Descartes perdeu a mãe e foi criado pela avó. Seu pai se casou novamente e
chamava o filho de "pequeno filósofo". Mais tarde, aborreceu-se com ele
quando não quis exercer o direito, curso que concluiu na universidade de
Poitiers em 1616.
Em 1618, Descartes foi para a Holanda e se alistou no exército de Maurício
de Nassau. Nessa época, fez amizade com o duque filósofo, doutor e físico
Isaac Beeckman, e a ele dedicou o "Compendium Musicae", um pequeno
tratado sobre música.
Em 1619, viajou para a Dinamarca, Polônia e Alemanha, onde no dia 10 de
novembro, teve uma visão em sonho de um novo sistema matemático e
científico. Três anos depois retornou a França e passou os anos seguintes em
Paris e em outras partes da Europa. Em 1628, Descartes, incentivado pelo
cardeal De Bérulle, escreveu "Regras para a Direção do Espírito". Buscando
tranquilidade, partiu para os Países Baixos.
Em 1637, publicou anonimamente "Discurso sobre o Método para Bem
Conduzir a Razão a Buscar a Verdade Através da Ciência". Seu nome e suas
teorias se tornaram conhecidos nos círculos ilustrados e sua afirmação "Penso,
logo existo" (Cogito, ergo sum) tornou-se popular.
Em 1641, surgiu sua obra mais conhecida: as "Meditações Sobre a Filosofia
Primeira", com os primeiros seis conjuntos de "Objeções e Respostas". Os
autores das objeções foram Johan de Kater; Mersene; Thomas Hobbes;
Arnauld e Gassendi.
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Em 1643, a filosofia cartesiana foi condenada pela Universidade de
Utrecht (Holanda) e, acusado de ateísmo, No ano seguinte, lançou "Princípios
de Filosofia", um livro em grande parte dedicado à física.
Frente a insistentes convites, Descartes foi para Estocolmo em 1649, com o
objetivo de instruir a rainha de 23 anos em matemática e filosofia. Graças à
rigorosidade do clima sueco, sua saúde se deteriorou. Em fevereiro de 1650,
ele contraiu pneumonia e, dez dias depois, morreu. Em 1667, depois de sua
morte, a Igreja Católica colocou suas obras no Índice de Livros Proibidos.
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8. Francis Bacon
Francis Bacon nasceu em Londres, em 22 de janeiro de 1561, e morreu na
mesma cidade em 9 de abril de 1626. Sua educação orientou-se para a vida
política, na qual alcançou posições elevadas..
Eleito em 1584 para a Casa dos Comuns, sucessivamente desempenhou,
durante o reinado de Jaime I, as funções de procurador-geral, fiscal-geral,
guarda do selo e grande chanceler.. Acusado de corrupção pela Casa dos
Comuns, foi condenado ao pagamento de pesada multa e proibido de exercer
cargos públicos.
A obra de Bacon representa tentativa de realizar o vasto plano de
"Instauratio magna" ("Grande restauração"). De acordo com o prefácio do
"Novum organum" ("Novo método"), publicado em 1620, a "Grande
restauração" deveria desenvolver-se através de seis partes: "Classificação das
ciências", "Novo método ou Manifestações sobre a interpretação da natureza",
"Fenômenos do universo ou História natural e experimental para a
fundamentação da filosofia", "Escala do entendimento ou O fio do labirinto",
"Introdução ou Antecipações à filosofia segunda" e "Filosofia segunda ou
Ciência nova".
A realização desse plano compreendia uma série de tratados que, partindo
do estado em que se encontrava a ciência da época, estudavam o novo
método que deveria substituir o de Aristóteles, descreviam o modo de se
investigarem os fatos, passavam ao plano da investigação das leis e voltavam
ao mundo dos fatos, para nele promoverem as ações que se revelassem
possíveis.
Obviamente, a impossibilidade de realizar obra de tamanho vulto foi logo
percebida por Bacon, que produziu apenas certo número de tratados. Não
obstante, a primeira parte da "Grande restauração" chegou a completar-se e se
encontra nos "Nove livros sobre a dignificação e progressos da ciência". O
"Novo método ou Manifestações sobre a interpretação da natureza" apareceu
em 1620.
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9. Características
Durante o Renascimento onde se introduziu a experimentação científica
modificou-se radicalmente a compreensão e concepção teórica de mundo,
ciência, conhecimento e método. De acordo com Bacon, a natureza é mestra
do homem e para dominá-la era preciso obedecê-la.
Para isso era necessária a indução experimental cuidando de várias
coisas que ainda não aconteceram. Depois de ter essas informações concluir a
respeito dos casos positivos. Isto passou a ser conhecido como método
científico e deveria seguir os seguintes passos:
Experimentação;
Formulação de hipóteses;
Repetição da experimentação por outros cientistas;
Repetição do experimento para análise das hipóteses;
Formulação das generalizações e leis.
A Revolução Científica Moderna foi idealizada por Galileu ao introduzir
a matemática e a geometria como linguagens da ciência e o teste quantitativo
experimental e com isto estipular a chamada verdade científica. A visão do
universo por Galileu era de um mundo aberto, unificado, determinista,
geométrico e quantitativo. Diferentemente da concepção aritostélica,
impregnada pelos resquícios das crenças míticas e religiosas. Com isto, Galileu
estabeleceu o domínio do diálogo científico com o diálogo experimental, que
era o diálogo entre o homem e a natureza. O homem deveria com sua razão e
inteligência teorizar e construir a interpretação matemática do real e à
natureza caberia responder se concordava ou não com o modelo sugerido.
Newton, interpretando diferentemente as teses de Galileu, afirmava que
suas leis e teorias eram tiradas dos fatos, sem interferência da especulação
hipotética. Esse seria o método ideal, através do qual se poderia submeter à
prova, uma a uma, as hipóteses científicas.
26
Assim criou-se o método científico indutivo-confirmável, com
pequenas variações, no seguinte formato:
Observação dos elementos que compõem o fenômeno;
Análise da relação quantitativa existente entre os elementos que
compõem o fenômeno;
Introdução de hipóteses quantitativas;
Teste experimental das hipóteses para a confirmação;
Generalização dos resultados em lei.
O sucesso das aplicações de Newton no decorrer de três séculos gerou
uma confiabilidade cega neste tipo de ciência que fez com que, não apenas
as ciências naturais, mas também as sociais e humanas, procurassem esse
ideal científico e o aplicassem para ter os mesmos resultados.
Dentre as várias ciências modernas, descreveremos algumas que foram de
extrema importância na história da Idade Moderna e da Contemporânea. Além
disso, figuras célebres destas e de outras áreas serão destacadas.
27
10.Sociologia
A sociologia surgiu através da tentativa de Augusto Comte de unificar os
estudos relativos ao homem (a História, a Psicologia e a Economia). Comte
desenvolveu como linha de pensamento o positivismo, que consiste no
afastamento da teologia ou metafísica da existência humana, dizendo que a
vida humana passou pelas mesmas fases históricas distintas e se o indivíduo
compreendesse este progresso poderia resolver os problemas sociais.
Assim podemos concluir que a Sociologia é uma das ciências que tem
como objeto de estudo a sociedade, sua organização social e os processos
que interligam os indivíduos, como por exemplo, instituições. Também
podemos citar que a sociologia tem a função de observar os fenômenos
recorrentes nas relações sociais e formular explicações, que podem ser
gerais ou teóricas sobre o fato social, além de se preocupar com eventos
únicos, por exemplo, o surgimento do capitalismo, e explicar seus significados
e importâncias que tais eventos têm na nossa vida.
Embora a sociologia tenha surgido com Augusto Comte foi com Karl
Marx, Émile Durkheim e Max Weber que a Sociologia se definiu e seus
fundamentos como ciência foram institucionalizados.
Para que isso fosse possível, Émile Durkheim se baseou no que é
conhecido como fatos sociais, que são as formas e padrões pré-estabelecidos
de um grupo social, dessa forma são exteriores ao indivíduo, coercitivos e
coletivos. O estudo realizado por Durkheim sobre os fatos sociais foi muito
importante, pois foi esse estudo que definiu a sociologia como uma ciência.
No entanto esses estudos só foram possíveis a partir da Revolução
Industrial, que traz o início da sociedade moderna. Com esta revolução
iniciou-se um nova era, pois a sociedade estava sofrendo mudanças e passava
a desenvolver problemas sociais.
Outro importante participante desta ciência foi Karl Marx, este, no
entanto, tinha como objetivo analisar e propor explicações para os problemas
da época, como por exemplo, desemprego, miséria e desigualdades sociais e
não estabelecer ideias para a sociologia como os outros estudiosos.
28
Max Weber desenvolveu um raciocínio próximo ao de Émile Durkheim,
entretanto ao invés de se preocupar com uma análise objetiva da sociologia,
decidiu compreender a ciência por si só, direcionando as ciências sociais para
a imparcialidade, o que contribuiu para o surgimento da profissão sociólogo. O
sociólogo cumpre a função de estudar as estruturas da sociedade, como
classes sociais, violência, gênero e instituições, religião, entre outros.
O conhecimento sociólogo é um meio de se aperfeiçoar no
conhecimento social, ajudando a compreender de maneira mais eficaz o
comportamento dos grupos sociais e a sociedade como um todo. Sendo uma
disciplina da área de humanas, a sociologia é uma forma significativa de
consciência social além de formação de pensamento crítico.
10.1 Objetos de estudo da sociologia
Como objetos de estudo da sociologia encontramos vários temas, dentre
eles cultura, religião e desigualdade social.
De uma forma geral, cultura é um conjunto de manifestações artísticas,
sociais, linguísticas e comportamentais de um povo. No entanto, seu sentido
pode ser mais abrangente, porque pode ser considerada como tudo o que o
homem realiza através de sua racionalidade, afinal todos os conhecimentos
adquiridos são transmitidos de geração a geração. A produção de cultura é
importantíssima, pois é ela que nos diferencia dos animais irracionais.
Assim, fazem parte da cultura atividades como música,, rituais religiosos,
invenções, língua, hábitos alimentares, formas de organização social, leis etc.
Mesmo com o passar do tempo e das evoluções que sofremos, a cultura
permanece intacta, e continua a ser passada às próximas gerações, como uma
memória coletiva. Não podemos esquecer que a cultura é um elemento social,
não podendo se desenvolver individualmente.
Se pensarmos de uma forma abrangente, religião é a crença na
existência de forças ou entidades sobre-humanas responsáveis pela criação,
ordenação e sustentação do universo.
29
A religião acompanha o homem desde seu nascimento e sempre esteve
presente nas organizações sociais e foi responsável por várias etapas de
nossa organização social ao decorrer da história, como podemos notar durante
o feudalismo. Portanto podemos dizer que os seres humanos sempre foram
acompanhados pela religião, independente da sua crença.
A desigualdade social é um problema que afeta a sociedade de forma
global. Ela é decorrente da distribuição desigual da renda em um local, que
pode ser decorrente do desenvolvimento econômico e geralmente é mais bem
observada em países não desenvolvidos.
É um problema de grande foco, pois a desigualdade social pode gerar
expressões profundas na população, como por exemplo, desemprego, baixa
escolaridade, fome, mortalidade infantil, entre outros. Assim, é importante que
seja foco de estudos para que se possa chegar a possíveis soluções.
30
11.Karl Marx
Karl Heinrich Marx nasceu em Tréveris (Alemanha) em 05 de Maio de 1818.
Foi um filósofo, cientista político, e socialista revolucionário muito influente em
sua época, além de economista. Era idealizador de uma sociedade com
distribuição de renda justa e equilibrada.
Karl Marx inicia seus estudos em 1830. Mais tarde ingressou na
Universidade de Bonn e depois na Universidade de Berlim. Durante sua estadia
em Berlim, Marx ingressou no Clube dos Doutores e neste lugar perdeu o
interesse pelo Direito e passou a se interessar por Filosofia.
Como filósofo, Karl foi expulso de muitos países europeus por ser
radicalista. Ele se envolveu com radicais franceses e alemães, durante 1840, e
por fim levantou a bandeira do comunismo e atacou o sistema capitalista.
Segundo seu pensamento, o capitalismo era o principal responsável pela
desorientação humana. Desse modo, defendia que a classe de trabalhadores
deveria se unir e derrubar os capitalistas e acabar com o este sistema, já que
para ele era o responsável pela intensificação das diferenças sociais.
Karl Marx foi escritor do livro Capital, publicado em 1867, com o tema
focado para a economia. No livro é retratado estudos sobre o acúmulo de
capital, de forma que mostra que os excedentes gerados ficam sempre com os
capitalistas, classe que cada vez mais obtém prestígio social, pois fica mais
rica à custa do empobrecimento da camada trabalhadora.
Além da obra Capital, também escreveu, com ajuda de Engels, o livro
Manifesto Comunista, onde também faz críticas ao capitalismo.
Karl Marx faleceu em Londres (Inglaterra) no dia 14 de Março de 1883. No
entanto seus ideais não morreram com ele e deixou muitos seguidores, por
exemplo, Lênin. Suas ideias mesmo nos dias atuais influenciam muitos
historiadores e cientistas sociais, além de pessoas comuns.
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12.Ética Moderna
Denomina-se Ética Moderna as diversas tendências que surgiram nesse
campo a partir do século XVI até o inicio do século XIX. Apesar da ética já ter
sido estudada antes, é considerada moderna devido aos novos temas e a nova
maneira de se pensar. Podemos dizer que em oposição à ética teocêntrica
religiosa, a ética moderna segue a tendência antropocêntrica. Podemos citar
algumas doutrinas éticas como a Ética Aplicada, Bioética, Ética Ambiental e
a Ética nos negócios.
A alteração de ponto de vista dentro do campo ético aconteceu ao mesmo
tempo em que as mudanças na economia, política e ciência se consolidavam.
Tais transformações ocorreram conforme o sistema feudal foi sendo
substituído pelo modelo capitalista de produção, causando uma nova
mudança nas classes sociais como o estabelecimento de uma nova classe
social, a burguesia, que lutou para se impor política e economicamente.
Acontece juntamente o surgimento do Estado Moderno.
A ruptura entre o sistema teocêntrico feudal e o antropocentrismo capitalista
é evidenciada por Maquiavel que rompe com a moral religiosa ao defender
que o estado deve ter uma moral própria. A partir de Descartes, surge a ética
antropocêntrica onde a filosofia tem como base o homem.
Para Marx, a moral tinha uma função social e, em uma sociedade dividida
em classes antagônicas, ela serviria para definir relações e condições de
existência de acordo com a classe dominante. Até hoje existem diferentes
morais para diferentes classes, dessa forma não pode existir uma moral
universal e atemporal. De acordo com essa ideia, sempre que se tentou criar
uma moral universal, essa refletia interesses da minoria dominante, sendo
assim os homens necessitariam de uma moral que não fosse reflexo das
relações sociais vigentes. Nietzsche transforma o homem em ser capaz de
transmutar valores, e o bem em tudo que intensifica no homem o sentimento de
poder, a vontade de poder e o próprio poder. O mal seria tudo que vem da
fraqueza.
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13.Medicina
O interesse pelas artes e ciência proporcionou progressos importantes na
medicina. Os conhecimentos da Antiguidade foram estudados por médicos, já
que os egípcios e gregos podiam fazer operações complexas, e isso foi
difundido para toda a Europa. A medicina passou por diversas mudanças
nesse período, por exemplo, os médicos passaram a analisar a medicina e os
tratamentos medicinais de modo mais objetivo, não atribuindo como na Idade
Média a um Deus. A atribuição a espíritos malignos e demônios deixou de ser
uma explicação convincente, o que acontecia frequentemente anteriormente.
Foram feitas diversas pesquisas em nível anatômico e em nível cirúrgico,
devido à análise de campos de batalha. Surgiram medicamentos e
tratamentos naturais para pessoas com ferimentos de guerra. Feridos
permitiram serem feitas cirurgias e análise do corpo de forma mais profunda.
Outra coisa que permitiu um pleno desenvolvimento essa ciência foi o grande
número de doenças não tratadas que eram presentes na sociedade.
Muitos cadáveres foram dissecados, houve muitas amputações, e
apareceram muitos curativos a base de plantas medicinais. Todos esses
tratamentos possibilitaram um melhor conhecimento dos órgãos do corpo,
assim como o regulamento e funcionamento do organismo humano.
Provavelmente, nenhum avanço na medicina teria se concretizado se não
fosse o microscópio. É o instrumento mais importante da história da medicina,
tanto na pesquisa e ensino, quanto no diagnóstico clinico. Sem ele não seria
possível a bacteriologia, a histologia (estudo dos tecidos orgânicos) e a
patologia (estudo das bases orgânicas das doenças). A partir de Antonie van
Leeuwenhoek, o cientista holandês que notabilizou o uso do microscópio, no
século XVII, tornou-se a ferramenta básica da pesquisa médica, sendo usado
por grandes nomes como Pasteur, Koch e Virchow.
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14.Andreas Vesalius
O belga nascido em Bruxelas, Andries van Wesel, é considerado o fundador
da anatomia humana.
Membro de uma família de médicos e filho de um farmacêutico formou-
se em medicina em Louvain, mas transferiu-se para a Faculdade de Medicina
da Universidade de Paris, onde fez sua especialização, aprendeu a dissecar
animais e cadáveres humanos e se aprofundou nos estudos de medicina
árabe. Recebeu com louvor seu diploma de doutor na Universidade de Pádua.
Passou a lecionar, então, nas universidades de Bolonha e de Pádua, nessa
época demonstrou que as descrições anatômicas de Galeno, fisiologista grego
que viveu em Roma, referiam-se, ao invés de homens, macacos, pois na
antiguidade grega a dissecação de cadáveres humanos era rigorosamente
proibida por motivos religiosos. Para isso desenvolveu dissecações de corpos
humanos e com a descrição de suas descobertas ajudou a corrigir noções
equivocadas que prevaleciam desde a Antiguidade e estabeleceu os
fundamentos da moderna ciência da anatomia, tornando-se, sem dúvida, o
principal sábio histórico desta ciência e consagrado como o pai da anatomia
científica moderna.
Sua principal obra foi De humanis corporis fabrica libri septem (1543),
em sete volumes, sobre a estrutura do corpo humano, considerado o mais bem
acabado livro publicado na Renascença, dividido em sete volumes, com várias
ilustrações de página inteira, feitas por Jan van Calcar, e mais de seiscentas
páginas, na mais fina impressão da época.
Após vários anos na corte imperial em Madri, foi condenado à morte, pela
Inquisição, por ter dissecado um corpo humano. Para escapar à fogueira, sua
pena foi comutada numa peregrinação obrigatória até Jerusalém, na Terra
Santa. Na viagem de volta, adoeceu e morreu na ilha de Zante ou Zacyn, na
então república de Veneza, na costa da Grécia.
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15.William Harve
Médico inglês nascido em Folkestone, Kent, grande figura da medicina de
seu tempo, cujas descobertas sobre o coração e a circulação do sangue
revolucionaram a medicina, que só a partir de então adquiriu fundamento
científico.
O mais velho dos sete filhos de Thomas Harvey, aos 10 anos foi enviado
para a King's School, em Canterbury, e aos 16 entrou em Cambridge, onde
obteve o grau de bacharel em medicina. Diplomou-se em Pádua (1602),
universidade mais avançada de sua época. De volta à Inglaterra, tornou-se
membro do Colégio Real de Médicos, foi médico de Carlos I, Jaime I e Francis
Bacon, e titular do Hospital de São Bartolomeu.
A partir dos estudos e conclusões de Cláudio Galeno, nas descobertas do
brilhante médico espanhol Miguel Servet (1509-1553), que descrevera a
circulação pulmonar e o retorno do sangue ao ventrículo esquerdo, e
realizando experiências com dissecação de corpos de animais e de humanos,
Harvey descobriu que o sangue era distribuído pelo corpo em um fluxo
contínuo e em um único sentido. No livro Exercitatio anatomica de motu cordis
et sanguinis inanimalibus, publicado em Frankfurt (1628), apresentou sua
revolucionária teoria sobre a circulação sanguínea, lançando a memorável
exposição sobre o mecanismo da circulação sanguínea. Com base em seus
conhecimentos de anatomia e fisiologia, desprezou a hipótese corrente de que
as artérias continham uma mistura de sangue e ar e propôs o caráter cíclico da
circulação sanguínea, com o coração funcionando como uma bomba. Este livro
influenciou as técnicas cirúrgicas e também a veterinária e, depois dele,
sucederam-se descobertas importantes nos setores da anatomia, da fisiologia
e da patologia.
Pioneiro, pois, no conhecimento das funções do coração e na
demonstração da circulação do sangue, criou as bases da fisiologia, o estudo
das funções do corpo, Morreu em Londres.
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16.Genética
Em 1866, Gregor Mendel estabeleceu pela primeira vez os padrões de
hereditariedade de algumas características existentes em ervilheiras,
mostrando que obedeciam a regras estatísticas simples. Embora nem todas
as características mostrem estes padrões de hereditariedade mendeliana, o
trabalho de Mendel provou que a aplicação da estatística à genética poderia
ser de grande utilidade.
A partir da sua análise estatística, Mendel definiu o conceito de alelo como
sendo a unidade fundamental da hereditariedade. O termo "alelo" tal como
Mendel o utilizou, expressa a ideia de "gene", enquanto que nos nossos dias
ele é utilizado para especificar uma variante de um gene.
Só depois da morte de Mendel é que o seu trabalho foi redescoberto,
entendido (início do século XX) e lhe foi dado o devido valor por cientistas que
então trabalhavam em problemas similares.
Mendel teve sucesso onde vários experimentadores falharam devido que
também faziam cruzamentos com plantas e com animais falharam totalmente.
O fracasso desses pesquisadores explica-se pelo seguinte: eles tentavam
entender a herança em bloco, isto é, considerando todas as características do
individuo ao mesmo tempo; não estudavam uma característica de cada vez,
como fez Mendel. Somente quando se compreendia o mecanismo de
transmissão de certa característica é que Mendel se dedicava a outra,
verificando se as regras valiam também nesse caso. O sucesso de Mendel
deveu-se também a algumas particularidades do método que usava: a
escolha do material, a escolha de características constantes e o tratamento
dos resultados. Além de ele ter escolhido ervilhas para efetuar seus
experimentos, espécie que possui ciclo de vida curto, flores hermafroditas o
que permite a autofecundação, características variadas e o método empregado
na organização das experimentações eram associados à aplicação da
estatística, estimando matematicamente os resultados obtidos.
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17.Psicologia
Define-se como psicologia, a ciência que estuda a mente e o
comportamento do ser humano. Basicamente, são três grandes vias que
interagem entre si: via ativa (hábitos, vontades, tendências), via afetiva
(prazer, dor, paixão, amor) e via intelectiva (sensação, percepção,
imaginação, ideias). Essa interação se dá através de expressões no cotidiano
que determinam o nosso modo de agir e de ser (sínteses mentais) como
atenção, inteligência, julgamento, raciocínio e personalidade.
O desenvolvimento psicológico consiste na formação das sínteses
mentais. A personalidade, por sua vez, é a expressão dessas sínteses mais
as características herdadas pelos grupos sociais que nos envolvem.
Os principais objetos de estudo da psicologia são o interesse de:
Conhecer as funções psicológicas básicas;
Saber como é o desenvolvimento dessas funções;
Saber o que ajuda ou atrapalha nesse desenvolvimento;
Saber como propor tratamentos para os fatores aos fatores que
atrapalham esse desenvolvimento em todas as fases da vida;
Entender o ambiente no qual vivemos e todos os desdobramentos que
ele pode ocasionar.
Desse modo, fica explicito o fato da complexidade do ser humano e a
grande dificuldade da interpretação da mente e do comportamento do mesmo.
A psicologia tem um campo de estudo muito amplo. Há a psicologia
clínica, escolar, estudo dos processos psiconeurológicos, e vários outros
campos.
Podemos caracterizar a psicologia como uma ciência aplicada, mas
também como uma ciência básica de grande importância para qualquer campo
do conhecimento.
A psicologia conhecida atualmente é o resultado da mistura de métodos e
preocupações vindas da filosofia e da fisiologia. Avanços nos campos
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genéticos, neurofisiologistas e bioquímicos foram essenciais para o
esclarecimento sobre processos psicológicos básicos, como hereditariedade,
agressividade, ansiedade e depressão.
17.1 História da Psicologia
Há milhares de anos, desde que o Homem percebeu que era um ser
pensante, respostas para suas dúvidas vêm sendo buscadas. No entanto, o
comportamento e a conduta humana sempre foram extremamente fascinantes
e estão registrados historicamente ao longo desses anos. Desse modo, a
Psicologia apresenta um paradoxo: É, ao mesmo tempo, uma das ciências
mais antigas e uma das mais recentes disciplinas acadêmicas.
Na história da psicologia, o nome que mais se destacou foi René Descartes.
Foi a partir dele que os dogmas religiosos e tradicionais foram quebrados. Ou
seja, a essência da psicologia surgiu com Descartes. O filósofo é considerado a
ligação entre o Renascimento e a Idade Moderna.
O pensamento de Descartes insistia que a relação entre o corpo e alma era
dualista. Não havia mais importância da alma, como a visão teológica pregava.
Para ele, o corpo abarcava todas as funções da sobrevivência, e mente tinha
uma única e “simples” função: pensar.
Entretanto, Descartes insistia em encontrar um ponto de conexão entre o
corpo e a mente. Ou seja, havia a necessidade de se encontrar o lugar da
mente. E de acordo com Descartes, a “conexão” estava no cérebro.
Da mente, emanam dois tipos de ideias: as ideias derivadas – geradas a
partir da experiência sensorial – e as ideias inatas – desenvolvem-se
exclusivamente a partir da mente.
Atualmente, a Escola Empirista – defensora das experiências sensoriais – é
considerada a base teórica e metodológica da Psicologia. Enquanto discutia-
se a importância dos sentidos para a aquisição de conhecimento, a fisiologia
preocupava-se em entender como era o funcionamento dos sentidos.
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Até o século XIX, era tida como uma corrente da filosofia – assim como a
ética e a lógica – até que na Alemanha, foi desenvolvida como uma disciplina
independente. Estima-se que esse campo de estudo experimental começou em
1879, quando Wilhelm Wundt fundou o primeiro laboratório exclusivamente
dedicado à investigação psicológica na cidade alemã de Leipzig.
Logo após, o desenvolvimento da psicologia experimental, várias
psicologias aplicadas começaram a aparecer. Houve a aparição da Pedagogia;
Psicologia para Indústria, direito, e de outras profissões.
A Psicologia é constantemente conhecida pela sua fragmentação e disputas
teóricas. Além disso, caracteriza-se por grandes escolas ou sistemas. As
escolas eram formulações teóricas sobre o que é (ou deveria ser) a psicologia.
Dentre esses sistemas, destacaram-se a Psicanálise, Behaviorismo e o
Gestalt.
A Teoria da Psicanálise foi elaborada pelo alemão Sigmund Freud no início
do século XX. Há uma incerteza no fato de considerar a Psicanálise uma
escola psicológica ou uma área do conhecimento independente (do mesmo
modo que a psicologia se desvencilhou da filosofia). Vários detalhes do mundo
ganharam uma nova interpretação graças a Freud: as neuroses, a infância, a
sexualidade, os relacionamentos humanos, a subjetividade, a sociedade, etc.
A Psicanálise pode ser vista como uma alternativa de “dar conta do
sofrimento psíquico” e de entender o funcionamento mental como um todo.
Freud articulou suas ideias a ponto de construir modelos para a compreensão
de fenômenos psíquicos.
O modelo psicanalítico da mente considera que a atividade mental é
baseada no papel central do inconsciente dinâmico. O contato com a realidade
teórica da psicanálise põe em evidência uma multiplicidade de abordagens,
com diferentes níveis de abstração, conceituações conflitantes e linguagens
distintas. Mas isso deve ser entendido em um contexto histórico-cultural e em
relação às próprias características do modelo psicanalítico da mente.
A ideia central do behaviorismo é formulada como a possibilidade de
existir uma “ciência de comportamento”. De acordo com o pensador, a visão
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pode ser diferente, mas nunca perdendo sua essência. Há uma polêmica em
torno de o Behaviorismo ser a própria psicologia (vista de modo diferente) ou
uma área da psicologia.
A Gestalt foi uma oposição ao processo de estudo de fatores da mente: o
comportamento, as emoções e a percepção. Por volta de 1870, estudiosos
alemães começaram a pesquisar a percepção humana. Estas pesquisas
geraram a Psicologia da Gestalt. De acordo com essa doutrina, não se pode
conhecer o todo através das partes, e sim as partes através do conjunto.
Segundo o austríaco Ehrenfels, há duas características da forma – as
sensíveis, inerentes ao objeto; e as formais – que incluem nossas impressões
sobre a matéria. A união destas sensações gera a percepção.
A História da Psicologia “esbarra” na história do pensamento sobre a
consciência, o inconsciente e o comportamento humano. Historicamente, a
psicologia sempre esteve atrelada à filosofia, para entender os processos da
razão, pensamento, sentimento e percepção. Atrelada também á arte e a
literatura para entender a irracionalidade e a criatividade. Além de estar unida á
fisiologia, com o fim de entender o comportamento como parte do sistema
nervoso.
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18.Racionalismo
O Racionalismo foi um movimento cultural situado entre os séculos XVI e
XIX. Teve uma perspectiva cultural global. Foi uma das correntes filosófico
científicas do homem da Idade Moderna.
Para o Racionalismo, o homem pode chegar pela razão, a verdades de
valor absoluto. Seja a partir de fatos, os quais, ultrapassando a mera força
dos sentidos, o homem pode, com a força da razão, abstrair e atingir
condições transcendentais do mundo; seja a partir da pura intuição, que
prescinde dos fatos.
O que o Racionalismo buscava, na verdade, era conhecer a essência. Por
isso, não se prendia aos fatos ou ao mundo sensível, mas afirmava que a
razão humana poderia transcender e chegar ao conhecimento de realidades
transcendentes. Pela força da abstração e das concatenações racionais.
Essa corrente se aproximava, assim, da metafísica, de Platão. Não se
pode, entretanto, incorrer no erro de achar que o Racionalismo é apenas uma
corrente teórica. Ao contrário, terá consequências também na ética e,
mesmo, na política. Descartes, Kant e Hegel, trataram da problemática acerca
de Deus e da religião, tema central das discussões filosóficas medievais, agora
com as contribuições do homem moderno.
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19.Biogênese
Até ao século XIX considerava-se que todos os seres vivos existentes se
apresentavam como sempre tinham sido. Toda a Vida era obra de uma
entidade toda poderosa, fato que servia para mascarar o fato de não existirem
conhecimentos suficientes para se criar uma explicação racional.
Esta explicação, o Criacionismo, no entanto, já no tempo da Grécia Antiga
não era satisfatória. De modo a contornar a necessidade de intervenção divina
na criação das espécies, surgem várias teorias alternativas.
Aristóteles elaborou uma dessas teorias, cuja aceitação se manteve durante
séculos, com a ajuda da Igreja Católica, que a adotou. Esta teoria considerava
que a Vida era o resultado da ação de um princípio ativo sobre a matéria
inanimada, a qual se tornava, então, animada. Deste modo, não haveria
intervenção sobrenatural no surgimento dos organismos vivos, apenas um
fenômeno natural, a geração espontânea.
No início da Idade Moderna essas ideias ainda existiam, por exemplo, Van
Helmont (1577 – 1644) ainda considerava que os “cheiros dos pântanos
geravam rãs e que a roupa suja gerava ratos, adultos e completamente
formados”.
Todas estas teorias consideravam possível o surgimento de Vida a partir de
matéria inanimada, fosse qual fosse o agente catalisador dessa transformação.
No século XVII, Francisco Redi, naturalista e poeta, discordou das ideias
de Aristóteles, negando a existência do princípio ativo e defendendo que todos
os organismos vivos surgiam a partir de inseminação por ovos e nunca por
geração espontânea.
Para demonstrar a veracidade da sua teoria, Redi realizou uma experiência
que se tornou célebre pelo fato de ser a primeira a utilizar um controle. Colocou
carne em oito frascos. Selou quatro deles e deixou os restantes quatro abertos,
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em contacto com o ar. Em poucos dias verificou que os frascos abertos
estavam cheios de moscas e de outros vermes, enquanto que os frascos
selados se encontravam livres de contaminação.
Esta experiência parecia negar a abiogênese de organismos
macroscópicos, tendo sido aceita pelos naturalistas da época.
No entanto, a descoberta do microscópio veio levantar a questão
novamente. A teoria da abiogênese foi parcialmente reabilitada, pois parecia a
única capaz de explicar o desenvolvimento de microrganismos visíveis apenas
ao microscópio.
Esta situação manteve-se até ao final do século XVIII, quando o assunto foi
novamente debatido por dois famosos cientistas da época, Needham e
Spallanzani:
Needham utilizou várias infusões, que colocou em frascos. Esses
frascos foram aquecidos e deixados ao ar durante alguns dias.
Observou que as infusões rapidamente eram invadidas por uma
multidão de microrganismos. Interpretou estes resultados pela
geração espontânea de microrganismos, por ação do princípio ativo
de Aristóteles.
Spallanzani usou nas suas experiências 16 frascos. Ferveu durante
uma hora diversas infusões e colocou-as em frascos. Dos 16 frascos,
quatro foram selados, quatro fortemente tapados, quatro tapados
com algodão e quatro deixados abertos ao ar. Verificou que a
proliferação de microrganismos era proporcional ao contacto com
o ar. Interpretou estes resultados com o fato de o ar conter ovos
desses organismos, logo toda a Vida proviria de outra, pré-existente.
No entanto, Needham não aceitou estes resultados, alegando que a
excessiva fervura teria destruído o principio ativo presente nas infusões.
A polêmica manteve-se até 1862, quando o francês Louis Pasteur, pôs
definitivamente termo á ideia de geração espontânea com uma série de
experiências conservadas para a posteridade pelos museus franceses.
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Pasteur colocou diversas infusões em balões de vidro, em contacto com
o ar. Alongou os pescoços dos balões á chama de modo a que fizessem várias
curvas. Ferveu os líquidos até que o vapor saísse livremente das extremidades
estreitas dos balões. Verificou que, após o arrefecimento dos líquidos, estes
permaneciam inalterados, tanto em odor como em sabor. No entanto, não se
apresentavam contaminados por microrganismos.
Para eliminar o argumento de Needham, quebrou alguns pescoços de
balões, verificando que imediatamente os líquidos ficavam infestados de
organismos. Concluiu, assim, que todos os microrganismos se formavam a
partir de qualquer tipo de partícula sólida, transportada pelo ar. Nos balões
intactos, a entrada lenta do ar pelos pescoços estreitos e encurvados
provocava a deposição dessas partículas, impedindo a contaminação das
infusões.
Ficou definitivamente provado que, nas condições atuais, a Vida surge
sempre de outra Vida, pré-existente.
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20.Química
A química com formato de ciência só passou a existir depois do século XVI.
Até então, o que mais se aproximava da química era a alquimia – tentativa de
transformar metais comuns em ouro na Idade Média.
Já no século XVI, o suíço Theophrastus Bombastus Paracelsus propôs que
a Alquimia deveria se preocupar principalmente com o aspecto médico em
suas investigações (isso ficou conhecido como Iatroquímica). Segundo ele, os
processos vitais podiam ser interpretados e modificados com o uso de
substâncias químicas. Sua contribuição no diagnóstico e no tratamento de
algumas doenças foi digna de nota.
A ciência química surge no século XVII a partir dos estudos de alquimia
populares entre muitos dos cientistas da época. Considera-se que os princípios
básicos da química foram vistos pela primeira vez na obra do cientista britânico
Robert Boyle: The Sceptical Chymist (1661). A química, como denominada
atualmente, começa a ser explorada um século mais tarde com os trabalhos do
francês Antoine Lavoisier e as suas descobertas em relação ao oxigênio com
Carl Wilhelm Scheele, à lei da conservação da massa e à refutação da teoria
do flogisto como teoria da combustão.
Nesta época estudou-se o comportamento e propriedades dos gases
estabelecendo-se técnicas de medição. Aos poucos, foi-se desenvolvendo e
refinando o conceito de elemento como uma substância elementar que não
podia ser descomposto em outras. Também esta época desenvolveu-se a
teoria do flogisto para explicar os processos de combustão.
Por volta do século XVIII a química adquire definitivamente as
características de uma ciência experimental. Desenvolvem-se métodos de
medição cuidadosos que permitem um melhor conhecimento de alguns
fenômenos como o da combustão da matéria, Antoine Lavoisier, o responsável
por perceber a presença do carbono nos seres vivos e a complexidade de suas
ligações em relação aos compostos inorgânicos e refutador da teoria do
flogisto, e assentou finalmente os pilares fundamentais da química moderna.
45
21.Antoine Lavoisier
"Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Com essa
frase Lavoisier definiu baseado em reações químicas, a famosa lei da
conservação da matéria. Com suas pesquisas e obras, o cientista francês
revolucionou a imagem da química moderna.
Seu "Tratado Elementar da Química" nivelou a química com a física, como
ciência específica e quantitativa, distanciando-a definitivamente da alquimia.
Antoine Lavoisier foi o primeiro a observar que o oxigênio, em contato com
uma substância inflamável, produz a combustão. Pertence a ele a
constatação de que a água é uma substância composta, formada por
hidrogênio e oxigênio. Foi uma comprovação surpreendente para uma época
em que a água era tida e aceita como substância simples.
Nessa pesquisa ele completou os estudos de John Priestley (1733-1804),
químico inglês autor de experimentos pioneiros com gases, em especial o que
hoje chamamos de oxigênio, e de Henry Cavendish (1731-1810), outro químico
inglês, famoso por ter reconhecido o gás que atualmente é denominado
hidrogênio.
Filho de família nobre, foi educado de forma tradicional. Formado em
Direito, nunca exerceu a profissão: era fascinado pela ciência. Criou um novo
método para preparar salitre, um dos ingredientes da pólvora, além de
descobrir que o diamante é uma forma cristalina do carbono.
Uma das principais características do trabalho de pesquisa de Lavoisier era
a frequente utilização da balança. Isso o levou à descoberta da importância
fundamental da massa da matéria. Ao concluir que a soma das massas dos
reagentes é igual à soma das massas dos produtos de uma reação, o cientista
estabeleceu a Lei de Conservação das Massas.
46
Lavoisier acreditava na verdade testada e obtida em laboratório, não em
suposições. A revolução que ele causou na química foi resultado de um esforço
consciente de provar várias experiências sob o enfoque de uma única teoria.
O clima político e social da França era conturbado, antecipando a
Revolução que viria depois. A posição política de Lavoisier era malvisto pela
população e lhe trouxe a fama de corrupto. Caiu em desgraça na Revolução
Francesa.
Lavoisier foi preso e acusado de desvio de dinheiro público. Julgado,
culpado, foi guilhotinado, aos 51 anos de idade.
47
22. Invenções que Mudaram o Mundo
22.1 Fotografia (1839) - O pintor e físico francês Louis Daguerre descobre
que a imagem pode ser capturada e reproduzida por meio de uma câmera
escura. Em sua homenagem, durante os primeiros anos, a máquina
fotográfica era conhecida como daguerreótipo.
Hoje: A imagem digital, que dispensa filme e revelação, transformou a
fotografia em um hobby de milhões de pessoas em todo o mundo.
22.2 Telefone (1876) - Embora vários inventores estivessem trabalhando no
projeto do telefone, foi o escocês Alexandre Graham Bell quem realizou a
primeira ligação entre dois aparelhos. "Doutor Watson, preciso do senhor
aqui imediatamente", foi a primeira frase pronunciada ao telefone para um
de seus assistentes.
Hoje: Cada vez mais o celular facilita a vida do usuário em todos os
sentidos.
22.3 Luz Elétrica (1879) - O desenvolvimento da lâmpada incandescente
pelo americano Thomas Edison é o marco da captura da energia
elétrica. Ela alavancaria o desenvolvimento da indústria e revolucionaria
o modo de vida das pessoas.
Hoje: Mais de 90% das casas, no Brasil, possuem luz elétrica. Nos países
desenvolvidos, esse número é de quase 100%.
22.4 Carro (1886) - O engenheiro alemão Gottlieb Daimler desenvolve o
primeiro veículo de quatro rodas movido por motor a gasolina. O veículo
é considerado o primeiro automóvel da História.
Hoje: O carro é o principal meio de transporte da atualidade.
22.5 Rádio (1896) - Criado pelo italiano Guglielmo Marconi, o rádio teria sua
primeira transmissão realizada na virada do século XIX para o XX, em
1901. Ele enviou ondas de rádio de um balão, na Inglaterra, que foram
captadas na Costa Oeste dos Estados Unidos.
48
Hoje: O rádio trocou o entretenimento dos primeiros tempos pela
prestação de serviços. Nisso, é imbatível.
22.6 Televisão (1924) - A primeira transmissão para a comunidade científica
ocorreu em Londres e foi captada em um aparelho de 30 linhas de
definição. Era possível ver apenas o contorno de imagens de pessoas. Na
França, a primeira transmissão foi feita em 1935, da Torre Eiffel. Nos
Estados Unidos, em 1939. No Brasil, em 1953.
Hoje: A TV é o principal meio de entretenimento das pessoas. No futuro
próximo, cada telespectador montará a própria programação.
22.7 Satélite (1957) - O Sputnik, russo, foi o primeiro satélite lançado no
espaço. Criado para pesquisa espacial, seu uso foi ampliado para
estudos meteorológicos a partir dos anos 60. O Telstar, primeiro satélite
de comunicações, foi lançado, em 1962, pelos Estados Unidos.
Hoje: A ideia de Aldeia Global depende 100% dos satélites.
22.8 Computador (1945) - Embora a invenção do computador pessoal date
do fim dos anos 70, ele está prestes há completar 70 anos. O primeiro, o
Enniac, pesava 30 toneladas, usava cartões perfurados e tinha, entre
outras funções, de fazer cálculos de balística para o Exército americano.
O desenvolvimento de microprocessadores permitiu a criação de
computadores pessoais de mesa e portáteis, os laptops.
Hoje: O computador se tornou uma ferramenta indispensável na vida
cotidiana, seja profissionalmente, seja como instrumento de pesquisa,
comunicação pessoal e entretenimento.
22.9 Internet (1969) - Criada para fins militares, a comunicação em rede por
computador passou a ser usada para pesquisa em universidades nos
anos 80 e ganhou uso comercial na metade dos anos 90. No Brasil, o
serviço foi implantado em 1995. Em 2000, o país adotou o sistema de
banda larga.
Hoje: A vida sem a rede é praticamente inimaginável.
49
22.10 Super Acelerador de Partículas - O LHC (LARGE HÁDRONS
COLIDER), grande colisor de hádrons ou superacelerador, é um projeto
desenvolvido na Europa com o objetivo de auxiliar no estudo de
partículas elementares, utilizando um gigantesco túnel em forma
circular com 27 km de comprimento. Um feixe de partículas é gerado e
acelerado pelo túnel a velocidades próximas as da luz, para conseguir isto
o LHC é dotado de anéis magnéticos que direcionam o feixe de partículas,
composto de prótons para a colisão com outro feixe. Com isso espera-se a
descoberta de partículas elementares. Acreditava-se que o próton, o
elétron e o nêutron eram partículas elementares, que não eram
constituídas por outras partículas, porém com a avanço da ciência
descobriu-se que elas eram formadas por partículas ainda menores, os
quarks. Com o LHC espera-s e comprovar a existência do bóson de
higgs, uma partícula ainda não observada experimentalmente, mas que
serviria para validar todo o modelo de partículas descrito na ciência dos
dias de hoje, e forneceria dados para melhorar a compreensão da origem
do universo, pela sua importância e ligação com a origem do universo é
chamada por alguns de "Partícula de Deus".
22.11 Energia Nuclear - Uma grande fonte de energia é a Usina Nuclear.
Para alguns países, é uma das principais fontes de energia. A energia
nuclear é uma energia limpa, mas perigosa. Há relatos de desastres
ambientais que geraram marcas profundas no país e na população, como
em Chernobyl. No Brasil, há duas usinas nucleares e outra está em
construção. As usinas ficam em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
22.12 Antibióticos – De todas as descobertas voltadas ao bem-estar
humano, esta foi a que transformou mais profundamente a nossa história,
ao livrar-nos da maioria das infecções bacterianas que provocavam
grande mortalidade no passado, como a tuberculose, a pneumonia, a
meningite, a sífilis, a crupe, a gangrena, e outras. A partir da penicilina,
descoberta ao acaso pelo médico inglês Alexander Fleming, em 1928,
tornou-se uma grande indústria na Segunda Guerra Mundial.
50
22.13 Vacinas – Juntamente com os antibióticos, foi a descoberta médica que
mais salvou vidas e que aumentou a longevidade média humana em
algumas décadas, ao prevenir que bilhões de crianças e adultos fossem
afetados por doenças que devastaram a humanidade, como a varíola (a
primeira doença natural extinta pela mão do homem), a febre amarela, a
febre tifoide, a poliomielite (desenvolvida por Jonas Salk, em 1954), o
tétano, a raiva, e tantas outras. E, ao contrário dos antibióticos, aos quais
as bactérias podem se tornar resistentes, as vacinas, usadas pela primeira
vez pelo médico inglês Edward Jenner, em 1796 (descobridor da vacina
contra a varíola), são sempre efetivas. Também são as únicas armas para
prevenir doenças causadas por vírus.
22.14 Anestesia – A luta para vencer a dor sempre foi uma prioridade para a
medicina, desde Hipócrates. Foi uma das mais importantes
descobertas/invenções médicas de todos os tempos. Como as demais, é
muito recente: apenas em 1846 que o dentista americano Thomas Green
Morton usou o éter pela primeira vez para fazer extrações dentárias e
cirurgias na cidade de Boston.
22.15 Radiografia – Uma das mais espetaculares e influentes invenções, o
aparelho de radiografia, pelo físico alemão Wilhelm Röntgen, em 1895,
revolucionou a medicina ao permitir que os médicos obtivessem imagens
não invasivas do corpo dos pacientes, ou seja, sem precisar abri-los.
Milhares de diagnósticos se tornaram possíveis.
22.16 Pílula anticoncepcional – Pode ser usada para tratar doenças, mas
sua invenção teve enorme impacto social, ao liberar centenas de milhões
de mulheres do fardo da gravidez indesejada. Isso incentivou o
desenvolvimento de uma nova classe de mulheres profissionais nas
sociedades modernas, e foi uma das prováveis causas da "revolução
sexual" dos anos 70, ao permitir o sexo fora do casamento sem medo da
gravidez. A pílula foi desenvolvida por dois médicos americanos entre 1950
e 1955, Gregory Pincus e Carl Djerassi, incentivados pelas feministas e
51
ativistas sociais Margaret Sanger (que inventou o termo "controle do
nascimento") e Katharine McCormick, uma rica herdeira industrial, que
financiou a pesquisa que levou, dentro de uma década à comercialização
do primeiro anticoncepcional oral. Chamava-se Enovid e foi colocada no
mercado em 1961, pela Searle.
22.17 Telescópio – Costuma-se dizer que Hans Lippershey, um fabricante de
lentes neerlandês,construiu em 1608 o primeiro instrumento para a
observação de objetos à distância: o telescópio. O conceito que
desenvolveu era a utilização desse tubo com lentes para fins bélicos e
não para observações do céu.
A notícia da construção do tubo com lentes por Lippershey espalhou-se
rapidamente e chegou até o astrônomo Galileu Galilei, que, em 1609,
apresentou várias versões do aparelho feitas por ele mesmo a partir de
experimentações e polimento de vidro. Galileu logo apontou o telescópio
para o céu noturno, sendo considerado o primeiro homem a usar o
telescópio para investigações astronômicas. O telescópio de Galileu
também é conhecido por luneta.
Galileu, utilizando seu instrumento ótico, descobriu diversos fenômenos
celestes, entre os quais as manchas solares, as crateras e o relevo lunar,
as fases de Vênus, os principais satélites de Júpiter, e a natureza da Via
Láctea como a concentração de incontáveis estrelas, iniciando assim uma
nova fase da observação astronômica na qual o telescópio passou a ser o
principal instrumento, relegando ao esquecimento os melhores
instrumentos astronômicos da Antiguidade (astrolábios, quadrantes,
sextantes, esferas armilares, etc.).
22.18 Máquina a Vapor - No final do século XVII, Thomas Savery utilizou
uma máquina a vapor pela primeira vez para retirar água de poços de
minas. Esta máquina permitia transformar a energia armazenada no vapor
quente em energia utilizável. Na máquina de Savery, o vapor,
proveniente de água aquecida até à ebulição numa caldeira, entrava numa
câmara. Esta câmara era arrefecida por aspersão com água fria, o que
52
provocava a condensação do vapor no seu interior. O vácuo criado desta
forma era então aproveitado para puxar água da mina.
Em 1763, James Watt concluiu que o rendimento energético aumentaria
significativamente se a condensação do vapor decorresse no exterior do
cilindro, ou seja, se o aquecimento e o arrefecimento se fizessem em
zonas distintas. Em conjunto, estas inovações permitiram a aplicação da
máquina a vapor à indústria e aos transportes, dando um grande contributo
para a Revolução Industrial.
Foi somente no final do século XIX que Charles Algernon Parsons
apresentou a turbina a vapor, que além de apresentar um melhor
rendimento produzia diretamente um movimento rotativo, o que evitava o
recurso a complicados sistemas de transmissão para transformar o
movimento de vaivém do pistão em movimentos rotativos.
Embora a máquina a vapor tivesse sido muito utilizada, já é praticamente
impossível encontrar este tipo de mecanismo. No entanto, a geração de
eletricidade em centrais termoelétricas ou nucleares é feita recorrendo à
produção de vapor, que depois circula numa turbina acoplada a um
gerador.
53
23. CONCLUSÕES
23.1 CONCLUSÃO – CAMILA PEREIRA
O sucesso da formulação de teorias de Newton se deu com base no
processo construtivo de dedução, formulação de hipótese que são métodos de
análise juntamente com o experimentalismo que comprova as teorias.
Com bases nesses dois métodos não apenas as ciências naturais, mas
também as sociais e humanas, procuraram esse ideal cientifico e o aplicaram
para ter os mesmos resultados.
Ciência Modera foi a criação de novos conceitos e tecnologias, com Galileu
Galilei na formulação do principio da inércia e suas engenhosas máquinas
muito a frente de seu tempo, que são usadas nos dias de hoje, a continuação
de pensamentos como a fé que com o tempo perdeu seu absolutismo ou a
modificação de outros conceitos como a teoria heliocêntrica.
54
23.2 CONCLUSÃO – THALITA CAMPREGHER
A Ciência Moderna Surgiu através dos brilhantes estudos de Galileu Galilei,
com uso da astronomia heliocêntrica e com o seu famoso invento: o telescópio,
ou seja, foi a uma revolução científico-tecnológica moderna.
O homem vai em busca da verdade e do conhecimento científico e não por
idéias, depoimentos, ou sentidos (rompe com as concepções filosóficas); foi um
dos elementos que fomentou o surgimento do pensamento moderno.
Com o surgimento da Ciência Moderna fez com que exista uma substituição
dos Cosmos, por novas ciências. Utilizando-se muito da Matemática e Física.
A Idade Média onde a religião e civilização, teologia e filosofia, Igreja e
Estado, estavam “unidos”, foram de fato destruídos pelo humanismo que iniciou
o pensamento moderno.
55
23.3 CONCLUSÃO – VANESSA ALMEIDA
A idade moderna proporcionou uma nova visão de mundo a principal delas
foi à saída do Teocentrismo, onde Deus era o centro do mundo, para a entrada
do Antropocentrismo, onde o ser humano tem mais valor que as figuras divinas.
Dessa valorização surgiu à necessidade de explicar os fatos que pela Igreja já
não tinham sentido, e por esse motivo a ciência que era vinculada ao
catolicismo se tornou independente.
Novas ciências foram admitidas nessa época como a sociologia que até
então não era necessária, pois a religião era posta em primeiro lugar, a
medicina que não era desenvolvida, pois anteriormente às doenças eram
autorias de espíritos maléficos, mas com essa nova perspectiva tratamentos a
base de plantas, muitos tratamentos foram trabalhados.
O movimento renascentista que abrangeu as artes e a ciência teve um
grande empecilho a Igreja católica, já que a reforma do período feudal para um
período antropocêntrico causou-a um desagrado perante seus fieis, então veio
a tona uma Contrareforma que apesar de dificultar o estudo, não consegui por
fim ao conhecimento.
O nome mais importante do movimento renascentista foi o de Galileu Galilei
que com seu conhecimento, adicionou os métodos da experimentação, difundiu
os ideais greco-romanos, e foi pioneiro em varias ciências como a física e a
astronomia, mas como muitos cientistas que se oponham a Igreja, foi
perseguido pela Inquisição e teve que pagar uma pena de prisão domiciliar.
“A Ciência Moderna realizou, a contento e com êxito, o processo de
ruptura, negação e desconstrução do modelo predominante nos séculos
anteriores. A partir dos séculos XVI e XVII, iniciou-se definitivamente o
processo de construção e o estabelecimento de suas bases e fundamentos, a
fim de legitimar-se científica e socialmente, e se constituir como paradigma
56
válido, hegemônico e dominante, ascendendo-se sobre os demais tipos de
conhecimento”. 1
1[] PEREIRA,<http://www.biblioteca.pucminas.br/teses/Educacao_PereiraRA_1.pdf>, página 26) . Como disse Pereira, a Ciência moderna revolucionou.
57
23.4 CONCLUSÃO – JACQUELINE MARINELLI
Com todas as pesquisas realizadas e as informações obtidas de
diversos lugares foi possível concluir sobre a importância da Ciência moderna.
A mudança de pensamentos de uma Idade para a outra foi proveitoso de
diversas formas, inclusive para que exista hoje o que é conhecido como
Ciência moderna.
Dessa forma foi possível a evolução da sociedade como um todo
possibilitando novas formas de organizações e pensamentos para que a
sociedade passasse a ser cada vez melhor. Assim foi necessária reformulação
dos conceitos conhecidos o que acabou criando os desdobramentos da Ciência
moderna, como a sociologia, psicologia, nova ética e astronomia.
Para isso pudemos contar com a participação de grandes
revolucionários, como foi citado no trabalho. Como exemplo é possível citar
Galileu Galilei (o próprio fundador da Ciência moderna), Karl Marx, Sigmund
Freud e Nicolau Copérnico.
É necessário ressaltar que tais mudanças não acontecerem
rapidamente, foi necessário um grande período de tempo para que se
chegasse a novos conceitos.
De uma forma geral, a Ciência moderna foi revolucionária e especial,
tornou possível uma nova visão de mundo, a criação de novos estudos,
principalmente voltado para o homem, e é hoje uma das responsáveis pelo
avanço tecnológico.
58
23.5 CONCLUSÃO – ANA CAROLINA DA SILVA
Com o passar dos anos, o ser humano teve uma necessidade de se
reinventar e mudar as coisas ao seu redor, para que melhor se desenvolvesse
isso desde sua tecnologia, até sua maneira de ver o mundo, ou seja, seus
valores. O Homem passou a criticar as suas vivências e ir atrás de verdadeira
verdade. Se compararmos o mundo moderno com a Idade Média, notaremos
muitas revoluções. Novas invenções fizeram com que nós tenhamos um
planeta distinto de séculos atrás e o fluxo de novos conhecimentos é tão
grande que em poucos meses algo novo já fica ultrapassado.
Esse é o novo ritmo da Ciência Moderna.
59
23.6 CONCLUSÃO – JULIA LOPES
Durante toda a pesquisa e construção do trabalho podemos notar a
extrema importância da mudança de pensamento da Idade Média, teísta, para
o pensamento Moderno, que procura a razão para os acontecimentos baseada
em experiências e fatos. Sem essa mudança de lógica o ser humano não teria
tido o avanço tecnológico que teve ao usar essa nova maneira de pensar uma
prova disso são as ciências (como vimos anteriormente) que surgiram como a
Sociologia e as ciências como a Ética que ganharam novos conceitos.
Como vimos durante o trabalho todas essas mudanças, seja o sistema
feudal para o capitalismo, ou seja do pensamento medieval ao pensamento
moderno, não foi algo que mudou de uma hora para outra, teve uma série de
processos, consequências, e algumas de suas características foram
inspiradas em pensamentos de grandes pensadores da antiguidade como
Platão, todos os fatores que ajudaram na construção dessa nova maneira de
pensar acabaram-na tornando a Ciência Moderna especial e necessária para
acompanhar a Idade Moderna .
60
23.7 CONCLUSÃO – LUCAS CARVALHO
A Ciência Moderna é rigidamente entrelaçada ao Renascimento.
Quando as novidades nos campos literários, artísticos, arquitetônicos
chegaram no século XIV, a ciência não podia permanecer atrasada. O rebuliço
na ciência foi gigantesco, a ponto de que ou apareceram novas ciências, ou as
ciências já existentes foram reformuladas.
A fuga do teocentrismo foi, com certeza, um dos fatores que facilitou a
ascensão das novas ciências (ou das ciências reformuladas). A
“responsabilidade” de Deus em tudo o que ocorria já não convencia. A Igreja já
enfraquecia seu monopólio dentro da sociedade europeia. Consequentemente,
a partir da queda de monopólio, a credibilidade da Igreja não era mais tão
grande. Desse modo, discordar da Igreja não era sinônimo de morrer (no caso
dos mais rebeldes).
A importância de Galileu é inquestionavelmente importante na Ciência
Moderna. A partir de Galilei, a ciência passou a ter uma ótica que não se
assemelhava nem à época da Grécia Antiga.
Todas as ciências que aqui descrevemos tiveram seu papel divisor de
águas em algum momento da História. Coincidentemente (ou propositalmente),
ambas foram pedras no sapato de pessoas poderosas. A sociologia, por
exemplo, despertou em vários governos conservadores problemas em relação
a desigualdade social, respeito às diferenças, entre outros.
Outra inegável característica da Ciência Moderna foi a presença de
grandes gênios. Alguns, mal-intencionados, mas a maioria, sempre zelava pelo
presente e pelo futuro da Humanidade. As deduções, hipóteses, inventos
sempre nasceram dentro do cérebro de pessoas famintas por novidades,
avanços, etc. Se a Humanidade é o que é atualmente, tem que agradecer
profundamente a gênios como Galileu, Copérnico, Da Vinci, Marx, Freud,
Durkheim, Giordano Bruno, Newton, Comte, van Leeuwenhoek e muitos outros.
24. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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