CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL
MICHELLE VILAR PONTES FIDELIS
FOBIAS ESPECÍFICAS
São Paulo
2018
MICHELLE VILAR PONTES FIDELIS
FOBIAS ESPECÍFICAS
Trabalho de conclusão de curso Lato Sensu
Área de concentração: Terapia Cognitivo-Comportamental
Orientadora: Profa. Dra. Renata Trigueirinho Alarcon
Coorientadora: Profa. Msc. Eliana Melcher Martins
São Paulo
2018
Fica autorizada a reprodução e divulgação deste trabalho, desde que citada a fonte.
Fidelis, Michelle Vilar Pontes Fobias Específicas Michelle Vilar Pontes Fidelis, Renata Trigueirinho Alarcon, Eliana Melcher Martins – São Paulo, 2019. 27 f. + CD-ROM Trabalho de conclusão de curso (especialização) - Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC). Orientadora: Profª. Drª. Renata Trigueirinho Alarcon Coorientadora: Profª. Msc. Eliana Melcher Martins Fobias Específicas I. Fidelis, Michelle Vilar Pontes. II. Alarcon, Renata Trigueirinho. III. Martins, Eliana Melcher.
Michelle Vilar Pontes Fidelis
Fobias Específicas
Monografia apresentada ao Centro de Estudos em
Terapia Cognitivo-Comportamental como parte das
exigências para obtenção do título de Especialista
em Terapia Cognitivo-Comportamental
BANCA EXAMINADORA
Parecer: ____________________________________________________________
Prof. _____________________________________________________
Parecer: ____________________________________________________________
Prof. _____________________________________________________
São Paulo, ___ de ___________ de _____
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a todos aqueles que, como eu, vislumbram
possibilidades de mudança e transformação através do conhecimento,
independentemente da área profissional que atuam.
Dedico também aos colegas da saúde que acreditam e se empenham, cada
qual em sua função, para uma melhora real na vida de outras pessoas.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a vida pela oportunidade de chegar aqui, de aprender e de ter
alegria para continuar. Obrigada a todas as pessoas que tornaram possível o meu
aprendizado.
RESUMO
O presente trabalho buscou o entendimento do transtorno fobia específica,
assim como exemplificar e entender os mecanismos de seus sub- tipos. Foram
estudados casos da ansiedade fobia específica onde o tratamento se deu pela
terapia cognitivo- comportamental, atendendo à expectativa de paciente e terapeuta
com significativa melhora na qualidade de vida. Foram descritos métodos
específicos a cada tipo de fobia citada, e, por fim organizados didaticamente os
artigos mais relevantes assim como seus resultados.
Palavras-chave: Fobias Específicas; Técnicas de Terapia Cognitivo-
Comportamental.
ABSTRACT
This present study searched the understanding of the disorder specific phobia,
like as to exemplify and to understand the mechanisms of their subtypes. Was
studied cases of anxiety specific phobia that the treatment used was the cognitive-
behavioral therapy, attending the expectancy of patient and therapist with significant
improvement in your life´s quality. Specific methods were described for each mode of
phobia cited, and finally, were organized the most relevant articles like this your
results.
Keywords: Specific Phobias; Thechiques of Cognitive- Behavioral Therapy.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8
2 OBJETIVO .............................................................................................................. 10
3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 11
4 RESULTADOS ....................................................................................................... 12
4.1 Definindo ansiedade, fobia específica e possíveis fatores de formação ……….12
4.2 Fundo de cena da formação da terapia cognitivo- comportamental ...................15
4.3 Tratamento das Fobias Específicas.....................................................................16
5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 22
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 25
8
1. INTRODUÇÃO
No último século pode-se acompanhar a crescente disseminação do
conhecimento formal e seu descobrimento pelo público em geral, através de maior e
mais intenso acesso à informação. Transtornos como a ansiedade, o pânico e a
agorafobia se tornam mais conhecidos, mas ainda com muitos erros de definições
devidos suas especificações, assim como tratamentos inadequados, sendo usados
muitas vezes de forma generalizada.
O medo é um mecanismo natural ao animal e faz parte do processo de
sobrevivência. Porém, quando ultrapassa certos limites pré-definidos ao senso
comum, é persistente e aparentemente irracional, torna- se uma fobia. E, conforme
descreve Lotufo Neto (apud ARAUJO, 2011), “quando o medo excessivo apresenta
estímulo definido, denomina-se fobia específica”.
As fobias específicas, antes chamadas de fobias simples, podem, a primeira
vista, parecer sem importância. Mas e se esse medo for uma “fobia no trânsito”, e
você depender de um extenso percurso diariamente para o seu sustento? Diversos
artigos e livros aumentam a abordagem sobre o assunto, como um artigo da revista
Planeta:
“Imagine cruzar na rua com uma garota linda e então você começa a tremer e a suar frio? Provavelmente você sofre de caliginefobia, um terror por belas mulheres. Ou então poderia sofrer de filematofobia, um medo doido de beijar e ser beijado. Há quem não suporta a visão de um joelho, nem mesmo os seus (genufobia), quem treme quando cai a neve (quionofobia) e quem tem um tal pavor das sombras (erebofobia) que acaba decidindo viver na escuridão. Outros temem os ângulos e os cantos das casas e dos edifícios (gonofobia), um prato de sopa de verduras (lachanofobia) ou aproximar-se de um computador (ciberfobia). Esses distúrbios existem, são sérios, podem atacar qualquer pessoa e bloqueá-la.” (REVISTA PLANETA, 2018)
O tema “Fobias Específicas” foi escolhido, pois os “simples medos” podem
afetar o cotidiano, as relações interpessoais e até o desenvolvimento profissional de
uma pessoa. Alterações que podem parecer insignificantes aos demais ou
sensacionalismo de quem externaliza. Mas que são explicadas racionalmente, e
então, podem racionalmente serem tratadas.
“A psicopatologia deriva de perturbações que ocorrem no pensamento do paciente. (...) Os processos cognitivos são afetados pela biologia e, assim, podem alterar as vias neurais e o funcionamento dos neurotransmissores“. (SUDAK, 2008)
9
Ou seja, as reações ás fobias específicas podem também ser avaliadas em
vista da alteração biológica que causa no indivíduo acometido.
Neste trabalho foram abordadas as causas das fobias específicas e seus
tratamentos com foco na terapia cognitivo-comportamental (TCC), e na menção de
artigos exemplificando, foram mencionadas as técnicas associadas conforme
descreve cada autor.
Na TCC, o terapeuta deve conduzir o paciente a descobrir a raiz do
pensamento que, quando processado de mesma forma, levará ao mesmo resultado.
Abordaremos as fobias específicas levando em consideração as cognições que
interiorizaram tais sentimentos, para então racionalmente conduzir o paciente a
respostas positivas em relação ao medo inicial.
10
2. OBJETIVO
Esse trabalho teve como objetivo apresentar métodos de tratamento para
fobias específicas com base na terapia cognitivo-comportamental e avaliar sua
efetividade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
⎯ Conceituar fobias específicas,
⎯ Entender possíveis causas,
⎯ Apresentar métodos de tratamento da TCC,
⎯ Avaliar a eficácia da TCC em pesquisas publicadas.
11
3. METODOLOGIA
Essa monografia teve como base uma leitura aprofundada da terapia
cognitivo-comportamental, no tratamento de fobias específicas junto a uma revisão
bibliográfica de artigos publicados sobre o tema. Para sua realização, foram
pesquisadas as seguintes bases de dados: Scielo, BVS, Periódicos Capes, Google
acadêmico e literatura relacionada ao tema de psicologia e psiquiatria. As palavras-
chaves utilizadas foram: Fobias Específicas, Terapia Cognitivo-Comportamental e
suas técnicas.
Critérios de inclusão e exclusão: Exclusão de terapias em grupo e
generalizadas. Inclusão de análises de processos de formação do indivíduo, da
origem do medo, transtornos psiquiátricos e psicológicos diversos para comparação,
terapias baseadas no autoconhecimento e mudança no comportamento e, terapias
em conjunto com a terapia cognitivo-comportamental.
Técnica empregada: dados de casos já publicados sempre com referência à
fonte, analisando as técnicas utilizadas, o processo e seus resultados.
12
4. RESULTADOS
4.1. Definindo ansiedade, fobia específica e possíveis fatores de formação
A ansiedade é um componente do ser humano que, até certo nível, coopera
para o alcance de objetivos: a lenha necessária para que o fogo cumpra sua função.
Porém, como tudo em excesso, provoca males físicos e psicológicos. Como
descreve Sheehan (2000), quem sofre de ansiedade relata sintomas como
sentimentos de medo, pânico e apreensão, junto com a tendência a ter temas de
desgraças dominando seus pensamentos (percepção). A manifestação física pode
incluir palpitações, rigidez do tórax, suor, sequidão da boca, aumento da vontade de
defecar, urinar, dores de cabeça e tontura. Manifestações da ansiedade sem ter
havido um estímulo proporcional entram na definição dos transtornos de ansiedade.
A fobia específica é um dos transtornos da ansiedade, onde um medo por
algo ou situação bem delineada, sem uma explicação racional, incapacita o indivíduo
que sofre desse transtorno. Conforme o entendimento da definição de Neto (2000,
pág 99), o termo “específica” foi redefinido readequando a expressão, fobia simples,
que dava a alguns a falsa ideia de algo fácil de resolver ou mesmo de pouca
importância, focalizando nessa nova definição a natureza do problema.
Nesse tipo de transtorno podemos, por vezes, associar o “condicionamento
clássico” à sua origem, processo devido a dois estímulos simultâneos. O russo Ivan
Pavlov, ganhador do prêmio Nobel, realizou experiências nessa área no início do
século XX, conforme cita Sheehan (2000) em sua obra. Ele percebeu a associação
que um cachorro fazia entre o gosto do alimento e a visão do prato de comida. Ao
ver o prato, o cachorro salivava, não pelo prato, mas pela possibilidade do gosto do
alimento. A partir daí, demonstrou que o cachorro poderia associar a comida a outro
estímulo. Passou a ascender uma lâmpada, que não era motivo de salivação pelo
cachorro, antes de oferecer um pedaço de carne. Então o cachorro salivava. Após
repetidas vezes em que ascendia a lâmpada e oferecia a carne, passou a ascender
a lâmpada mas sem oferecer comida. E mesmo assim o cachorro salivava. A luz,
que não era motivo para salivação, passou a ser associada a carne.
Correlacionando, podemos compreender que quando o indivíduo evita
determinadas situações que associa ao objeto do medo, alimenta-se o ciclo pela
13
afirmação do problema e, se as pessoas que comumente estão a sua volta toleram
essas limitações, torna-se fácil para o indivíduo não precisar ou querer mudar.
Conforme indica Tito Paes de Barros Neto (2000), o diagnóstico é válido
apenas se a esquiva, medo ou antecipação ansiosa a esses objetos ou situações
interferirem, significativamente, na rotina diária, prejudicando o desempenho ou a
vida social do indivíduo, ou mesmo causarem grande sofrimento. É comum crianças
terem medos, que se dissipam e resolvem naturalmente conforme as fases de
desenvolvimento. Porém, quando esses temores continuam na idade adulta,
dificilmente têm remissões espontâneas.
A fobia específica pode ser ainda definida como um medo irracional com
persistência superior a seis meses. Podemos classificar os Transtornos de
Ansiedade descritos no DSM-V (Diagnostic and Statistical Manual of Mental
Disorders pela Associação Americana de Psiquiatria, 2014), em Agorafobia, Fobia
Específica e Fobia Social (Transtorno de ansiedade social), estudados em
separados por suas especificidades. Quanto às fobias específicas, o DSM-V (2014)
classifica em subtipos:
✓ Animal: medo causado por animais ou insetos;
✓ Ambiente Natural: circunstâncias naturais como medo de vendavais, medo de
altura ou até de chuva;
✓ Sangue-injeção-ferimento: o medo de procedimentos clínicos invasivos ou
cirúrgicos, ou mesmo a visão de sangue ou ferimentos;
✓ Situacional: como túneis, aviões, elevadores, pontes ou mesmo dirigir.
Na maioria das fobias específicas acima, o coração acelera e pode haver
elevação da pressão arterial. Já na fobia sangue-injeção-ferimento, há um diferencial
quanto à resposta fisiológica, ocorrendo breve aceleração inicial do ritmo cardíaco
com seguida desaceleração e queda da pressão arterial e tono muscular, podendo
acarretar no desmaio. Nesse tipo de fobia (sangue-injeção-ferimento), a prevalência
se dá em mulheres, com início aproximado aos 09 anos de idade, com forte
tendência familiar em primeiro grau (D´El REY e MONTIEL, 2001).
Uma pessoa pode ter mais de uma fobia de subtipos diferentes ou do mesmo
grupo, não há uma amarração quanto a elas.
Podemos ainda nos usar da explicação sobre a ansiedade “normal”, de
Coryell e Winkur (SHEEHAM, 2000, pág 24), que possui três componentes
principais: processos cognitivos (pensamentos), excitação fisiológica e estratégias
14
de enfrentamento. Esses componentes sofrem alteração fora do padrão comum
quando o indivíduo possui transtornos de ansiedade como a fobia específica.
Sheehan (2000, pág 27) apresenta uma tabela mostrando a escolha do
tratamento psicológico como principal abordagem, com inclusão dos componentes
da ansiedade (tabela 1). Para análise do tema, o foco foram as Fobias específicas
com tratamento pela Terapia Cognitvo-Comportamental.
Tabela 1. Reação normal de ansiedade e respectivos tratamentos psicológicos
REAÇÃO NORMAL DE ANSIEDADE TRATAMENTO PSICOLÓGICO
PROCESSOS COGNITIVOS
Pode haver preocupação excessiva com pensamentos negativos, interpretações equivocadas de sensações físicas e noções catastróficas em relação ao perigo potencial de circunstâncias cotidianas normais.
Pensamentos inadequados que podem ser responsáveis por provocar “sintomas de ansiedade” e recaídas. Podem se beneficiar através da terapia cognitiva (trabalhar esses pensamentos)
EXCITAÇÃO FISIOLÓGICA
Pode se tornar excessiva, chegando ao ataque de pânico. Sintomas como ritmo cardíaco acelerado, tensão muscular, transpiração aumentada e mudança no padrão respiratório.
Técnicas de relaxamento podem ser úteis para reduzir a excitação fisiológica excessiva.
ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO
Pode haver uma confiança no comportamento de evitação, levando o indivíduo a perder as chances de descondicionar a reação de ansiedade e de reavaliar o perigo real de determinada situação.
A terapia cognitiva e o relaxamento são formas que visam o enfrentamento mais positivo dos problemas de ansiedade (incluindo aqui as fobias).
Fonte: Sheehan, 2000, Adaptado.
Podemos dizer ainda que quando o medo torna- se incontrolável, ou a
ansiedade se liga a muitas situações, a pessoa é levada à ajuda psiquiátrica
(CLARIDGE, 1988, pág 92). De forma semelhante, nas fobias específicas o
indivíduo afetado apresenta pouca capacidade de resolução de conflitos, e a busca
pela ajuda profissional vem geralmente pela piora do quadro com sintomas como
depressão e apatia, conforme entendimento casado da leitura de Claridge (1988) e
Neto (2000) Nesse momento, as terapias de foco cognitivo apresentam, dentre
outros pontos relevantes, tratamentos de tempo limitado com resultados específicos
e orientados para objetivos (SUDAK, 2008).
A terapia cognitivo-comportamental como forma de enfrentamento vem se
mostrado muito eficaz. Mesmo nova em relação a outras formas de terapias, possui
base empírica suficiente para sua credibilidade.
Há divergência literária quanto à origem da fobia específica no indivíduo.
Alguns autores atribuem a situações vivenciadas e perpetuadas no cognitivo do
15
indivíduo. Para outros não, como o psiquiatra Tito Paes de Barros Neto (2000), que
segue a linha de raciocínio que a grande maioria dos fóbicos não possui histórico de
trauma, e clareia essa ideia correlacionando esses casos, pós-trauma, aos
transtornos de estresse pós- traumático; em sua análise, uma determinada situação
não tem poder suficiente para constituir a fobia, diferentemente dos casos de
estresse pós-traumático. A investigação do paciente e a possibilidade de haver ou
não uma origem, influenciará no tipo de tratamento a ser adotado, assim como na
reestruturação congnitivo-comportamental a ser traçada.
4.2. Fundo de cena da formação da terapia cognitivo-comportamental
Albert Ellis em 1962 desenvolveu a Terapia Racional Emotiva, onde a
construção cognitiva, através de pensamentos negativos, seria a base dos
transtornos psicológicos. Aaron Beck, no período de 1959-1979, desenvolveu as
terapias cognitivo-comportamentais, desenvolvidas e sistematizadas inicialmente em
resposta aos questionamentos de validação da psicanálise e sua eficácia nos
transtornos mentais. Seu foco era o processo psicológico envolvido na depressão.
Iniciou sua investigação nos sonhos dos pacientes. Conforme descreve Pereira &
Rangé (2011) em 1959, Beck quantificou os 20 primeiros sonhos de pacientes
deprimidos (n=18) e não deprimidos (n=12) encontrando diferença significativa no
conteúdo onírico quanto ao tema masoquista de pacientes deprimidos quando
comparado ao conteúdo dos não deprimidos. Repetiu o estudo, com uma
confirmação ainda maior, além do paralelo desses sonhos de pacientes deprimidos
e sua relação com os pacientes em estado de vigília. Assim, concluiu certos padrões
cognitivos que podem ser facilmente ativados em momentos de sobrecarga
emocional, como a depressão e as ansiedades. Provocar uma observação objetiva
desses pacientes sobre si mesmos mostrou significativa melhora em seus
comportamentos (PEREIRA E RANGÉ, 2011)
Não o fato ou a situação, mas a interpretação dada pelo indivíduo é o que
influencia em como ele sente e se porta no mundo. A mesma situação será sentida
de forma diferente por indivíduos diferentes. As distorções cognitivas presentes nos
estados ansiosos superestimam os riscos internos e externos, aliadas a
subestimação dos recursos para lidar com a causa do estresse fóbico.
16
4.3. Tratamento das Fobias Específicas
O uso de drogas quando no tratamento apenas das fobias específicas trazem
menos resultados que as terapias cognitivas e comportamentais. Por sua vez, a
associação de terapia com tranquilizantes (como benzodiazepínicos) auxilia no
processo de habituação às novas exposições, em consequência da diminuição da
ansiedade (NETO, 2000, pág 101).
Há hoje consultórios especializados nas fobias específicas, com técnicas
diversas, como a dessensibilização sistemática (dentro da terapia cognitivo–
comportamental), através das etapas de exposição assistida, auto-exposição,
manejo dos pensamentos negativos e catastróficos, entre outras adequadas ao
caso, conforme nos explica Neto (2000), e nos descreve algumas técnicas menos
usuais comportamentais, como a Implosão ou Inundação, que visa enfrentar o
problema de vez, sem degraus. Diferenciam-se quanto às imagens, onde na
implosão a imaginação exacerba o medo. Já na inundação, a exposição prolongada
ao estímulo fóbico, pode causar os comportamentos de evitação, conforme bem
define o artigo de Eduardo Augusto Remor (2000). A exposição deve ser repetida e
de longa duração, podendo ser imaginária ou in vivo. Baseia-se no principio de
habituação da ansiedade, que decai após seu limite no indivíduo, retomando o que
diz Neto (2000).
A técnica de Tensão Aplicada, adjacente à exposição gradual, tende a ser
utilizada para tratar fobia de sangue e ferimentos, escolhida com base no diferencial
fóbico de resposta fisiológica. Conforme Ost & Sterner (1987), a técnica busca
ensinar o paciente como tencionar e contrair os músculos do corpo ao primeiro sinal
de diminuição da pressão arterial, evitando que a pessoa tenha uma síncope ao
entrar em contato com o estímulo fóbico (D’EL REY e MONTIEL, 2001). A técnica
apresenta ações objetivas tencionando os músculos dos braços, pernas e tronco até
sentir calor no rosto, seguida de relaxamento não completo da musculatura; então,
aguarda- se meio minuto e repete-se a técnica por 05 vezes.
Neto (2000) cita a combinação de uma técnica de exposição ao vivo com
modelação desenvolvida por Ost, utilizando apenas uma sessão, onde o paciente
imita o terapeuta. Em um exemplo citado por Neto (2000), o psiquiatra Ricks Warren
aplicou a técnica em mulher de 36 anos com fobia de cobra. Com seu
consentimento, trouxe ao consultório no dia combinado um filhote de jiboia em um
17
primeiro momento dentro de um recipiente de vidro e depois, reforçando com a
paciente a necessidade de vencer o medo e iniciou a exposição com o contato visual
com o animal. A paciente que de início tinha se deslocado ao outro lado do
consultório, conseguiu essa primeira vitória permanecendo a uns 3 metros do pote,
quando o terapeuta então retira o animal e o segura; momento em que a paciente se
retrai novamente ao lado oposto do consultório e logo retorna próxima ao terapeuta.
A paciente consegue segurar a cobra com luvas e, ao final da sessão segurou sem
luvas e ainda deixou o animal livre rastejar pelo seu pescoço. Isso tudo durou cerca
de 3 horas e meia, resultando na satisfação da paciente com o resultado obtido.
Com a gravação da sessão, a paciente pôde rever a reforçar positivamente o
resultado diversas vezes. Assim, em se tratando de fobias de animais a exposição
ao vivo se apresenta eficaz, onde, através da dessensibilização sistemática pode-se
diminuir a ansiedade inicial.
A auto-exposição deve ter uma exposição ao objeto ou situação fóbica com
decréscimo de pelo menos 50% na intensidade da ansiedade. As hierarquias da
construção da sessão terapêutica devem ter de 5 a 12 itens, de acordo com o tipo
de fobia. Ainda falando de animais, NETO (2000) mostra de forma prática a
elaboração de uma hierarquia (adaptada):
1. Um desenho do animal temido em branco e preto;
2. Uma gravura colorida do animal;
3. Uma foto do animal;
4. Ler um conteúdo como uma história onde a ideia do animal seja fortemente
presente e recorrente;
5. Assistir a um vídeo buscando o animal em ação/ interação com o ambiente e os
indivíduos;
6. Em caso de um animal de fácil reprodução material, o contato com essa réplica
(uma barata ou rato de borracha, por exemplo);
7. Fazer o contato visual com o animal há 01 ou 02 metros;
8. Fazer conto físico,
9. Interagir com o animal (se possível, a depender do animal).
No caso de acrofobia, medo de altura, considerado quando é irracional por
não apresentar perigo real, como a aproximação de uma janela totalmente fechada,
mas com vista larga, da qual não se consegue olhar para baixo. O medo tido nessa
fobia da classe do Ambiente Natural pode ser até de pequenas alturas, como uma
18
escada rolante. Vamos mostrar como Neto (2000) apresentou uma hierarquia a essa
exposição:
1. Subir em um banquinho;
2. Subir em um degrau de escada;
3. Subir vários degraus da mesma escada;
4. Descer uma escada rolante;
5. Subir no forro de uma casa;
6. Subir em uma árvore;
7. Atravessar uma passarela;
8. Ir à torre de uma igreja;
9. Comtemplar a vista de um mirante,
10. Ir ao topo de um edifício com vista panorâmica.
A exposição interoceptiva busca promover habituação, sendo bem utilizada
em sintomas que desencadeiam ataques de pânico, como medos de dirigir e avião.
Nesses tipos fóbicos situacionais, como o medo de dirigir, são para alguns extensão
da agorafobia, mas para esse estudo consideraremos sua classificação em fobia
específica, não nos interessando sua classificação literária no quesito do tratamento.
Os sintomas de pânico nesse tipo são frequentes, levando a readequação da rotina
do indivíduo onde possa ao máximo fugir dessa situação. Pode-se usar a exposição
interoceptiva seguida de exposição ao vivo. Criar passos claros como descritos nos
exemplos de hierarquia anteriores é a base do tratamento, dividindo em fases desde
entrar no carro, com objetivo de controlar e suavizar a ansiedade, até o momento em
que dará voltas no quarteirão e dirigirá pela cidade, conforme podemos resumir do
método desenvolvido por Neto (2000) em seu já citado livro “Sem medo de ter
medo”.
Há, porém, tipos fóbicos de mais difícil exposição, como o caso de medo de
avião. Pela dificuldade em executar os passos no próprio avião, o tratamento através
da simulação imaginária do passo-a-passo da viagem torna- se mais utilizado. Incluir
as situações objetivas, como o check-in, e as prováveis, como ruídos ou
turbulências. Neto (2000) ainda menciona em sua obra como forma de tratamento
para este tipo fóbico (avião), a exposição gradual: com a formação de grupos fóbicos
ou mesmo o uso de simulador de vôo, sendo essas formas mais onerosas e nem
sempre disponíveis.
19
No caso de medo de doenças, ele pode ser de uma ou doenças em geral,
levando o fóbico a evitar o assunto, como conversar sobre ou ver notícias correlatas,
ou mesmo se assegurar constantemente que está sadio. A terapia cognitivo-
comportamental nesses casos, racionalizando a ideia que todos podem ficar
doentes, é mais utilizada. Introduzir o assunto e se expor ao diálogo sobre é um dos
pontos que Neto coloca para reflexão (2000). Abaixo relação de alguns artigos sobre
técnicas da TCC para tratamento de Fobias Específicas (tabela 2).
Tabela 2. Técnicas e Resultados de Aplicações Comportamentais para Fobias Específicas a partir de artigos revisados
AUTOR ANO
TIPO FÓBICO TÉCNICAS RESULTADOS
Renata Toscano Sobreira Camurça
2015
Situacional: Medo de dirigir e fobia de ladeiras
Psicoeducação, conceitualização cognitiva, reação colaboradora, dessensibilização sistemática e exposição ao vivo com auxílio de fármacos.
Redução dos sintomas de ansiedade e ao final total estabilidade com alta também da medicação.
Neuraci Gonçalves de Araujo
2011 Injeção – Ferimento - Sangue
Dessensibilização sistemática a partir de situações similares amenizadas com foco final no parto.
Cesariana sem apresentar respostas psicofisiológicas que prejudicassem o parto e posterior melhora em outras situações envolvendo cuidados médicos.
Catarina de Castro Lopes; Sónia Cortinhas, Carvalho; Maria Raquel Barbosa.
2014
Situacional: Medo de próteses dentárias
Intervenção EMDR: Estimulação bilateral ocular para que a paciente conseguisse ficar diante da prótese- o objeto fóbico.
Melhoria na qualidade de vida, sem medo às próteses, ansiedade ou desconforto.
Gustavo J. D´El Rey Fonseca, Douglas Cardoso Beidel; Carla Alessandra Pacini.
2001 Injeção – Ferimento - Sangue
Tensão aplicada, exposição gradual de acordo com a hierarquia construída e orientação do paciente.
Paciente aprendeu a avaliar e interromper sua cadeia cognitiva reduzindo a ansiedade antecipatória e a esquiva fóbica.
Eduardo Augusto Remos
2000
Situacional: Medo de voar de avião.
técnicas de relaxamento, tarefas comportamentais, dessensibilização sistemática em imaginação, detecção de distorções cognitivas, discussão de ideias irracionais e autoexposição in vivo.
Mudanças positivas comportamentais e melhorias após o final do tratamento.
20
A tabela 2 cita outras técnicas além das já expostas no trabalho, descritas
abaixo.
No artigo de Renata Toscano Sobreira Camurça (2015), onde o tipo fóbico
refere-se ao medo de dirigir e ladeiras, é utilizada a psicoeducação, conceitualização
cognitiva, reação colaboradora, dessensibilização sistemática e exposição ao vivo
com auxílio de fármacos, ao todo de 48 sessões de 45 minutos cada. Colom & Vieta,
2004 (apud FIGUEIREDO, SOUZA, DELL´ÁGLIO JR E ARGIMON, 2009), define
psicoeducação o ato de intervenção onde se informa ao paciente dados sobre o seu
diagnóstico, como a etiologia (possíveis causas), o funcionamento, o tratamento
mais indicado e prognósticos. Junto à psicoeducação, a colaboração do paciente é
fundamental para o resultado. No caso citado de medo de dirigir e ladeiras, foi
necessário reestruturar a forma de pensar, com respostas adaptativas frente a
situação problema..
No caso da fobia de próteses, foi citada a Intervenção EMDR: Estimulação
Bilateral Ocular, sigla em inglês para a definição de Eye Movement Desensitization
and Reprocessing, prática psicoterapêutica para atendimento às pessoas com algum
tipo de estresse ou mesmo transtorno pós-traumático, que consiste em fazer com
que o próprio cérebro faça uma espécie de autorregulação, sendo observados
resultados muito mais rápidos que as terapias tradicionais (Marques, 2016). José
Roberto Marques explica ainda, enquanto conceitualização da técnica, que na
EMDR há um processamento espontâneo onde o cérebro acessa inúmeras
lembranças e situações até mesmo inesperadas, por estímulos rítmicos e bilaterais,
proporcionando a reordenação da causa das lembranças negativas e traumáticas,
levando a reversão do quadro pós-traumático. Conduz o paciente a novas e
positivas conexões neurais. É como se o movimento dos olhos “ajudasse” o cérebro
a lembrar da informação. Nessa técnica, pode- se inferir que a memória é o ponto
chave do tratamento, e entende- se a fobia enquanto consequência de um evento,
sendo este um dos pontos de vista em relação à origem das fobias específicas, por
vezes emaranhadas ao tratamento de estresse pós- traumático.
Completando a conceitualização das técnicas utilizadas nos artigos junto à
Terapia Cognitivo-Comportamental, entende-se a tarefa comportamental como o
diálogo do paciente consigo mesmo em busca de explicações alternativas ao
problema (DATILLIO, 2012). No caso da paciente com fobia de voar de avião,
21
buscou- se detectar as distorções cognitivas da paciente avaliando suas ideias
irracionais básicas sobre controle e incapacidade para ser afetiva.
Não se esgotam aqui os tipos de tratamento, pelo contrário, o acervo
disponível ao assunto é variado e muitas vezes, o tratamento é realizado em
associação com outras técnicas. Procurou-se, assim, clarear e instigar às
possiblidades terapêuticas cognitivo-comportamentais.
22
5. DISCUSSÃO
Com base nas informações reunidas percebe- se que o tratamento cognitivo-
comportamental para as fobias específicas apresenta resultados concretos e
podemos dizer mensuráveis: o paciente pode e deve, objetivamente, compreender o
processo que passou e, assim, quais os pontos de melhora na sua vida.
Diversos artigos vêm nos colocando frente ao assunto, mas nem sempre com
um desenrolar detalhado ao terapeuta. A origem das fobias específicas não é um
consenso, como apresentado neste trabalho. Para alguns, oriundas de traumas e
situações específicas, associadas por vezes com o estresse pós- traumático. Para
outros, como defende NETO (2000) a grande maioria dos fóbicos não possui
histórico de trauma.
Em Fobia específica: passo a passo de uma intervenção bem sucedida
(ARAÚJO, 2011), identificam-se as etapas do tratamento com base na terapia
comportamental, onde a paciente ao fim tem como superada a queixa (fobia sangue-
ferimento- injeção) e pode realizar seu seguimento médico com qualidade e, ainda,
cita-se posteriormente a permanência do aprendizado terapêutico à situações
semelhantes, envolvendo injeções, sangue e procedimentos médicos em geral.
Vem se tornando cada dia mais frequente a procura do terapeuta não apenas
para queixas como a depressão, mais conhecida pelo púbico em geral, mas para os
medos específicos que podem se tornar uma barreira entre o indivíduo e importantes
etapas do seu desenvolver: o medo de avião que poderá gerar déficits mensurados
em cifras a um empresário, o medo de dirigir que poderá prejudicar o convívio social;
enfim, fobias que levam o indivíduo a um nível de estresse demasiado a ponto de
prejudicar sua saúde física, mental ou emocional, ou mesmo o desvie de afazeres
tanto cotidianos quanto únicos.
Sem medo de ter medo (NETO, 2000), é uma leitura de fácil entendimento e
mostra, conforme apresentamos ao longo do trabalho, uma metodologia objetiva e
clara tanto ao terapeuta quanto ao paciente.
As técnicas abordadas nos artigos e livros estudados apresentam caminhos
que o terapeuta deverá escolher conforme análise do caso, em consideração ao
23
paciente, seu histórico, recursos diversos disponíveis ao tratamento (como o
ambiente que se dará a terapia) e o objetivo almejado.
Por ser um tema extenso, foi necessária a leitura dos artigos com técnicas
conjuntas, para depois detalhar as técnicas da TCC utilizadas, deixando o trabalho
mais objetivo em relação ao assunto de fobias específicas em si.
24
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os tipos de fobias específicas que o DSM- V classifica podem ser
desdobradas em subtipos, onde terá o tratamento foco no processo cognitivo; em
como adquirir o controle sobre suas ações e reações.
O primeiro ponto: pensar, conhecer e indagar sobre o assunto. Quais as
origens? Como classificar? Um caso a ser tratado como fobia específica? Qual tipo
de terapia se fará mais eficaz ao caso?
Em resposta a ultima questão, a terapia cognitivo-comportamental apresenta-
se eficaz e ainda delimita aos envolvidos, desde o início, o objetivo e prazo a ser
realizada.
Assim, os estudos na área de fobias específicas e os tratamentos realizados
são importantes para proporcionar ao indivíduo melhor qualidade de vida.
25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAUJO, Neuraci Gonçalves de. Artigo: Fobia específica: passo a passo de uma intervenção bem-sucedida. 2011. Disponível em: <http://www.rbtc.org.br/detalhe_artigo.asp?id=149> Acessado em 25 de Junho de 2018. CAMURÇA, Renata Toscano Sobreira. Artigo: Caso clínico de fobia específica: intervenção psicológica, fazendo uso da terapia cognitivo-comportamental. Disponível em: <http://cbtc.fbtc.org.br/Edicao/2015/admin/trabalhosCBTC/TA_XCBT C012.pdf> Acessado em 20 de Agosto de 2018. CLARIDGE, Gordon. Origens da Enfermidade Mental. São Paulo: Summus, 1988. DATTILIO, Frank M. Manual de terapia cognitivo- comportamental para casais e famílias. Artes Médicas, 2012. FIGUEIREDO, Ângela Leggerini de. SOUZA, Luciano de. DELL´ÁGLIO JR, José Caetano. ARGIMON, Irani Iracema de Lima. Artigo: O uso da psicoeducação no tratamento do transtorno bipolar. Disponível em: < http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452009000100003> Acessado em 06 de Outubro de 2018. LOPES, Catarina de Castro. CARVALHO, Sónia Cortinhas. BARBOSA, Maria Raquel. Artigo: Tratamento de fobia específica por dessensibilização e reprocessamento por meiodos movimentos oculares. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ptp/v16n1/03.pdf> Acessado em 20 de Agosto de 2018. MARQUES, José Roberto. 2016. Disponível em: https://www.jrmcoaching.com.br/blog/emdr-dessensibilizacao-e-reprocessamento-por-meio-dos-movimentos-oculares/> Acessado em 06 de Outubro de 2018. NETO, Tito Paes de Barros. Sem medo de ter Medo. 2000.São Paulo: Casa do Psicólogo. OLIVEIRA, Tory - Depressão, a doença do século XXI. Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/entrevistas/a-doenca-do%E2%80%A8-seculo -xxi/> Acessado em 25 de Junho de 2018. PLANETA, Revista. Medo de Tudo, Disponível em: <https://www.revistaplaneta.com.br/medo-de-tudo> Acessado em 25 de Junho de 2018. PSICOLOGIA, Oficina de. O que são fobias específicas? Tão frequentes e tão mal compreendidas. Disponível em: <https://www.oficinadepsicologia.com/fobias-especificas/> Acessado em 25 de Junho de 2018.
26
RAMOS, Renato T. Fobias específicas: classificação baseada na fisiopatologia Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rpc/v34n4/a06v34n4.pdf> Acessado em 25 de Junho de 2018. RANGE, Bernard & colaboradores. Psicoterapias cognitivo- comportamentais: um diálogo com a psiquiatria. 2011. Artmed. REMOR, Eduardo Augusto. Artigo Scielo: Tratamento psicológico do medo de viajar de avião, a partir do modelo cognitivo: caso clínico. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722000000100021 >. Acessado em 26 de Agosto de 2018. REY, Gustavo J. Fonseca D´El. MONTIEL, José Maria. Arquivo Ciência Saúde Unipar: Fobia de Sangue- Injeção- Ferimentos: Revisão Bibliográfica, 2001. Disponível em: < http://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/viewFile/1121/984> Acessado em 28 de Agosto de 2018. REY, Gustavo J. Fonseca D´El. BEIDEL, Douglas Cardoso. PACINI, Carla Alessandra. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva: Tratamento da fobia social generalizada: comparação entre técnicas. Disponível em < http://www.usp.br/rbtcc/index.php/RBTCC/article/view/14/3> Acessado em 01/08/2018. SHEEHAN, Elaine. Ansiedade, Fobias e Síndrome do Pânico: Esclarecendo suas Dúvidas. São Paulo: Guias Ágora, 2000. SUDAK, Donna M. Terapia Cognitivo- Comportamental. Porto Alegre: Artes Médicas, 2008.
27
ANEXO
Termo de Responsabilidade Autoral
Eu Michelle Vilar Pontes Fidelis, afirmo que o presente trabalho e suas
devidas partes são de minha autoria e que fui devidamente informado da
responsabilidade autoral sobre seu conteúdo.
Responsabilizo-me pela monografia apresentada como Trabalho de
Conclusão de Curso de Especialização em Terapia Cognitivo Comportamental, sob
o título “Fobias Específicas”, isentando, mediante o presente termo, o Centro de
Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC), meu orientador e
coorientador de quaisquer ônus consequentes de ações atentatórias à "Propriedade
Intelectual", por mim praticadas, assumindo, assim, as responsabilidades civis e
criminais decorrentes das ações realizadas para a confecção da monografia.
São Paulo, __________de ___________________de______.
_______________________
Assinatura do (a) Aluno (a)
Top Related