setembro de 2014
César Filipe Barbosa Gomes de Araújo
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Universidade do MinhoInstituto de Educação
A Metodologia de Trabalho de Projeto como promotora da aprendizagem dos alunos: uma abordagem a um curso profissional
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Relatório de Estágio Mestrado em Ensino de Informática
Trabalho realizado sob a orientação da
Doutora Lia Raquel Moreira Oliveira
Universidade do MinhoInstituto de Educação
setembro de 2014
César Filipe Barbosa Gomes de Araújo
A Metodologia de Trabalho de Projeto como promotora da aprendizagem dos alunos: uma abordagem a um curso profissional
DECLARAÇÃO
Nome: César Filipe Barbosa Gomes de Araújo
Endereço eletrónico: [email protected]
Número do Bilhete de Identidade: 11077413
Título do relatório: A Metodologia de Trabalho de Projeto como promotora da aprendizagem
dos alunos: uma abordagem a um curso profissional
Supervisora: Doutora Lia Raquel Moreira Oliveira
Ano de conclusão: 2014
Designação do Mestrado: Mestrado em Ensino de Informática
AUTORIZADA A REPRODUÇÃO INTEGRAL DESTE RELATÓRIO APENAS PARA EFEITOS DE
INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE
COMPROMETE.
Universidade do Minho, setembro de 2014
Assinatura:
________________________________________________
(César Filipe Barbosa Gomes de Araújo)
iii
AGRADECIMENTOS
À minha supervisora Doutora Lia Raquel Moreira Oliveira, pelo apoio, disponibilidade, ajuda e
ensinamentos ao longo do meu estágio profissional.
Ao meu orientador cooperante professor Luís Baptista, pelo apoio, disponibilidade, ajuda e
ensinamentos ao longo do meu estágio profissional.
A todos os professores do Mestrado em Ensino de Informática, pelos ensinamentos que
certamente me tornaram mais competente para o desempenho do papel de professor.
A todos os colegas do Mestrado em Ensino de Informática, pois 2 anos de convivência não
podem deixar de ser registados.
Ao meu colega de mestrado Paulo Torres, também meu colega de estágio na escola ALFACOOP,
também meu colega de grupo em todos os trabalhos no âmbito das diferentes UC´s, pelo
companheirismo ao longo destes 2 anos.
À escola ALFACOOP, na pessoa de todos aqueles que possibilitaram e facilitaram a minha
integração.
Aos alunos da turma 10ºF da escola ALFACOOP, por me aceitarem e trabalharam em prol de
um objetivo comum.
…aos meus Pais,
…à Cristina,
para a Margarida...
iv
v
RESUMO
Este relatório insere-se no âmbito do estágio profissional do Mestrado em Ensino de
Informática da Universidade do Minho, no decurso do ano letivo de 2013/2014 e retrata todo o
trabalho de investigação realizado, no âmbito da minha intervenção pedagógica subordinada ao
tema “A Metodologia de Trabalho de Projeto como promotora da aprendizagem dos alunos: uma
abordagem a um curso profissional”.
O contexto onde se realizou o estágio foi a escola ALFACOOP – Externato Infante D.
Henrique em Braga, onde intervim como professor estagiário na lecionação do módulo de
Criação de Páginas Web, com a turma 10ºF do curso profissional de Técnico/a de Análise
Laboratorial.
Incutido por uma metodologia de investigação do tipo Investigação-Ação (I-A), recorri a
um conjunto de métodos, técnicas e instrumentos de recolha de dados, por forma a ajudarem-
me na análise e compreensão da situação em concreto e orientar a minha investigação no
sentido de dar resposta a quatro objetivos fundamentais, nomeadamente: avaliar o impacto da
adoção da metodologia de trabalho de projeto na motivação dos alunos para a aprendizagem;
avaliar o impacto da adoção da metodologia de trabalho de projeto nas aulas; avaliar a
satisfação dos alunos na utilização na plataforma de edição de páginas web – Wix; e avaliar o
impacto das estratégias de ensino-aprendizagem adotadas nas aulas, no aproveitamento dos
alunos.
Desta forma e atendendo às especificidades dos alunos da turma e concretamente à
problemática identificada – alunos desmotivados para a aprendizagem e, tratando-se o fator
motivação por si só uma das forças importantes que orientam as ações dos alunos, contribuindo
e muito para a criação de um ambiente de sala de aula produtivo, adotei como filosofia de
ensino na minha intervenção pedagógica, a metodologia de trabalho de projeto. Esta consiste
numa metodologia de ensino-aprendizagem, que promove a participação ativa dos alunos na
realização de trabalhos baseados em temas ou em problemas, que resultam dos seus interesses
e das suas necessidades.
Em balanço final, os resultados obtidos na investigação permitem afirmar que a adoção
desta metodologia constituiu-se como uma resposta adequada à problemática identificada, na
medida em que permitiu aos alunos melhorarem os seus índices de motivação, levando-os a
interessarem-se e participarem ativamente no processo de ensino-aprendizagem e desta forma,
alcançarem com sucesso os objetivos pedagógicos inerentes ao módulo.
vi
vii
ABSTRACT
The present report describes the work developed during my teaching practice of the
Master in Teaching Computers from the University of Minho, during the school year of
2013/2014 and is focus in all the research work performed, in the field of my pedagogical work
entitled “The Project Method as a promoter of student learning: an approach to a professional
course”.
The teaching practice was developed in the school ALFACOOP – Externato Infante D.
Henrique in Braga, where I worked as a trained teacher in the subject Creating Web Pages, with
10 º F class from the professional course of Technician of Laboratorial Analysis.
Instilled by a Research Methodology Action, I used several methods, techniques and
instruments for data collection, aiming to help me in the analysis and evaluation of the different
situations and to follow my research aiming to achieve four main aims, namely: to evaluate the
impact of using the project method on the students motivation for learning; to evaluate the
impact of using the project method in the classroom; to evaluate the students' satisfaction in
using the website building platform – Wix; and to evaluate the impact of all the learning strategies
adopted in the classroom, in student achievement.
On this way and taking into account the profile of the students, specially the identified
problematic – students unmotivated for learning and, because the motivation factor is one of the
important forces that guide the actions of the students, contributing for the creation of an
environment able to promote the learning process, I decided to adopt as strategy of teaching, the
project method. This consists in a methodology of teaching-learning that promotes an active
participation of the students in performing the works based in topics or real problems that take
into account their specific interests and needs.
As final remarks, the results obtain in the research allowed to conclude that the adoption
of this methodology is an important tool for the efficient resolution of the identified problematic,
allowing to enhance the levels of motivation, and, as a consequence to a more active
participation and interest in the process of teaching-learning and, by this way, to reach with
success the pedagogic goals proposed.
viii
ix
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS .................................................................................................................. iii
RESUMO ................................................................................................................................... v
ABSTRACT .............................................................................................................................. vii
ÍNDICE ..................................................................................................................................... ix
ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................................ xii
ÍNDICE DE GRÁFICOS.............................................................................................................. xiii
ÍNDICE DE TABELAS ............................................................................................................... xiv
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 15
2. METODOLOGIA DE TRABALHO DE PROJETO .................................................................. 19
2.1. Contextualização ..................................................................................................... 19
2.2. Fases de desenvolvimento ....................................................................................... 20
2.3. O papel do aluno e do professor .............................................................................. 23
2.4. Vantagens e Desvantagens ...................................................................................... 24
2.5. Semelhanças e diferenças entre a Metodologia de Trabalho de Projeto e a
Aprendizagem Baseada em Problemas ............................................................................... 24
3. CONTEXTO E PLANO GERAL DE INTERVENÇÃO .............................................................. 27
3.1. Contexto de Intervenção .......................................................................................... 27
3.1.1. Escola ............................................................................................................. 27
3.1.2. Turma ............................................................................................................. 28
3.1.3. Disciplina/Módulo ........................................................................................... 31
3.1.4. Documentos reguladores do processo de ensino-aprendizagem ........................ 32
3.1.5. Ensino profissional ........................................................................................... 33
3.1.6. Perfil geral de desempenho profissional docente .............................................. 37
3.2. Plano geral de intervenção....................................................................................... 38
3.2.1. Metodologia de investigação ............................................................................ 38
3.2.2. Métodos e técnicas de recolha de dados .......................................................... 40
3.2.3. Estratégias de ensino-aprendizagem................................................................. 42
3.2.3.1. Estratégia exploratória .................................................................................. 42
3.2.3.2. Estratégia de intervenção ............................................................................. 52
x
3.2.4. Desenho da intervenção................................................................................... 54
3.2.5. Planificação das aulas ..................................................................................... 56
4. DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO .................................................... 59
4.1. Desenvolvimento da intervenção .............................................................................. 59
4.1.1. Aula 1 ............................................................................................................. 59
4.1.2. Aula 2 ............................................................................................................. 60
4.1.3. Aula 3 ............................................................................................................. 63
4.1.4. Aula 4 ............................................................................................................. 64
4.1.5. Aula 5 ............................................................................................................. 65
4.1.6. Aula 6 ............................................................................................................. 66
4.1.7. Aula 7 ............................................................................................................. 66
4.1.8. Aula 8 ............................................................................................................. 68
4.1.9. Aula 9 ............................................................................................................. 68
4.1.10. Aula 10 ........................................................................................................... 70
4.1.11. Aula 11 ........................................................................................................... 73
4.1.12. Aula 12 ........................................................................................................... 74
4.1.13. Aula 13 ........................................................................................................... 75
4.1.14. Aula 14 ........................................................................................................... 76
4.1.15. Aula 15 ........................................................................................................... 77
4.1.16. Aula 16 ........................................................................................................... 78
4.1.17. Aula 17 ........................................................................................................... 78
4.1.18. Aula 18 ........................................................................................................... 79
4.1.19. Aula 19 ........................................................................................................... 79
4.1.20. Aula 20 ........................................................................................................... 80
4.1.21. Aula 21 ........................................................................................................... 81
4.1.22. Avaliação do trabalho ....................................................................................... 82
4.2. Avaliação da intervenção ......................................................................................... 83
4.3. Atividades não letivas .............................................................................................. 90
5. CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES E RECOMENDAÇÕES .......................................................... 91
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 95
7. ANEXOS ......................................................................................................................... 99
Anexo 1 - Questionário inicial ................................................................................................ 101
xi
Anexo 2 - Planificação modular .................................................................................................. 107
Anexo 3 - Plano de aula ............................................................................................................. 109
Anexo 4 - Grelha de planeamento de um website ...................................................................... 111
Anexo 5 - Enunciado do projeto ................................................................................................. 113
Anexo 6 - Questionário final ....................................................................................................... 117
Anexo 7 - Grelha de avaliação contínua ..................................................................................... 121
Anexo 8 - Grelha de observação das fichas de trabalho ............................................................ 123
Anexo 9 - Grelha de correção do projeto final ............................................................................ 125
Anexo 10 - Grelha de avaliação final .......................................................................................... 129
xii
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Percurso de aprendizagem dos alunos ................................................................... 54
Figura 2 – Nuvem de conceitos associados às páginas web (1ª versão) ................................... 60
Figura 3 – Nuvem de conceitos associados às páginas web (2ª versão) ................................... 61
Figura 4 – Nuvem de editores de páginas web ........................................................................ 62
Figura 5 – Palestra ................................................................................................................. 90
xiii
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Respostas à questão “Qual é o teu sexo?” ............................................................. 28
Gráfico 2 – Respostas à questão “Qual é a tua idade?” ........................................................... 29
Gráfico 3 – Respostas à questão “Qual é a localidade onde moras?” ....................................... 29
Gráfico 4 – Respostas à questão “Qual é a profissão do teu pai?” ........................................... 30
Gráfico 5 – Respostas à questão “Qual é a profissão da tua mãe?” ......................................... 30
Gráfico 6 – Respostas à questão “Qual é a escolaridade dos teus pais?” ................................. 31
Gráfico 7 – Modalidade de ensino segundo a idade ................................................................. 35
Gráfico 8 – Modalidade de ensino segundo o nível de escolaridade dominante da família ........ 35
Gráfico 9 – Modalidade de ensino segundo a origem socioprofissional da família ..................... 36
Gráfico 10 – Gosto dos alunos pelo uso do computador para estudar ou fazer os trabalhos de
casa ....................................................................................................................................... 48
Gráfico 11 – Preferência na realização dos trabalhos em sala de aula ..................................... 49
Gráfico 12 – Conhecimento dos alunos acerca da criação de websites .................................... 50
Gráfico 13 – Conhecimento de ferramentas de criação de websites ......................................... 50
Gráfico 14 – Conhecimentos de linguagem HTML ................................................................... 51
xiv
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 – Fases de desenvolvimento da metodologia de trabalho de projeto (Perspetivas de
alguns autores) ....................................................................................................................... 22
Tabela 2 – O papel do aluno e do professor numa metodologia de trabalho de projeto ............ 24
Tabela 3 – Semelhanças entre a metodologia de trabalho de projeto e a aprendizagem baseada
em problemas ........................................................................................................................ 25
Tabela 4 – Diferenças entre a metodologia de trabalho de projeto e a aprendizagem baseada em
problemas .............................................................................................................................. 26
Tabela 5 – Evolução dos alunos matriculados em cursos profissionais .................................... 33
Tabela 6 – Métodos, técnicas e instrumentação da recolha de dados ...................................... 41
Tabela 7 – Diário do professor ................................................................................................ 46
Tabela 8 – Atividades preferidas dos alunos no uso do computador ........................................ 47
Tabela 9 – Motivação dos alunos para a aprendizagem na disciplina de TIC ............................ 49
Tabela 10 – Conhecimento de ferramentas de criação de websites ......................................... 51
Tabela 11 – Calendarização do percurso de aprendizagem dos alunos .................................... 55
Tabela 12 – Critérios de avaliação .......................................................................................... 56
Tabela 13 – Escala de classificação das fichas de trabalho ..................................................... 67
Tabela 14 – Calendarização do trabalho de projeto ................................................................. 70
Tabela 15 – Grupos de trabalho .............................................................................................. 72
Tabela 16 – Momentos e critérios de avaliação do trabalho de projeto ..................................... 83
Tabela 17 – Informação acerca da motivação dos alunos para a aprendizagem durante o módulo
de Criação de Páginas Web .................................................................................................... 85
Tabela 18 – Informação acerca da metodologia de trabalho adotada nas aulas ....................... 86
Tabela 19 – Informação acerca da ferramenta de edição de páginas web adotada nas aulas ... 88
Tabela 20 – Avaliação final do módulo .................................................................................... 89
15
1. INTRODUÇÃO
Este relatório insere-se no âmbito do estágio profissional do Mestrado em Ensino de
Informática da Universidade do Minho, no decurso do ano letivo de 2013/2014. Sob o tema “A
Metodologia de Trabalho de Projeto como promotora da aprendizagem dos alunos: uma
abordagem a um curso profissional”, pretende-se, neste relatório de estágio e na sequência da
intervenção pedagógica subjacente, retratar todo o trabalho de investigação realizado à luz de
uma metodologia de Investigação-Ação (I-A) e por forma a dar resposta à questão orientadora de
todo o trabalho, nomeadamente: “A metodologia de trabalho de projeto constitui um fator de
motivação, para a aprendizagem dos alunos?”.
Neste âmbito, o contexto onde decorreu o estágio foi na escola ALFACOOP – Externato
Infante D. Henrique que é uma escola cooperativa, constituída em 20 de setembro de 1983 por
um grupo de professores, e integra a rede de oferta pública de educação e formação, oferecendo
o ensino regular básico e secundário gratuito ao abrigo de um contrato de associação com o
Ministério da Educação e Ciência, bem como cursos do ensino profissional financiados pelo
POPH. Esta escola situa-se em Ruílhe, que é uma freguesia rural e limítrofe do concelho de
Braga. Quanto à turma alvo da minha intervenção pedagógica constituiu uma turma do 10.º ano
de escolaridade (10º F), do curso profissional de Técnico/a de Análise Laboratorial, composta
por 20 alunos. Em relação à disciplina que lecionei, a mesma integra a componente de
formação sociocultural do curso e trata da disciplina de Tecnologias de Informação e
Comunicação, em concreto o seu módulo número 3 designado de Criação de Páginas Web. Este
módulo teve a duração de 34 horas e decorreu no período de 17 de Março a 20 de Junho de
2014.
Relativamente à problemática subjacente à minha intervenção pedagógica, a mesma
teve por base o fator motivação dos alunos para a aprendizagem. Ora o fator motivação é, por si
só “uma das forças importantes que orientam as ações dos alunos”, contribuindo e muito para a
criação de um ambiente de sala de aula produtivo (Arends, 1999, p. 122). Também Pérez
(2009) assinala o fator motivação, como um dos fatores principais que influenciam o êxito da
aprendizagem dos alunos. Assim sendo, parece-me de todo relevante investir a minha prática
pedagógica sobre esta problemática. Também porque ao longo do meu percurso profissional
como formador na área de Informática, me deparei com turmas distintas no campo da
motivação, é caso para dizer que não há turmas iguais e que, mesmo dentro duma turma, cada
16
indivíduo é único em termos de características, necessidades e interesses. Por isso, realizar esta
intervenção sobre esta problemática significa tornar-me e tornar os alunos mais competentes.
Desta forma, adotei como filosofia de ensino na minha intervenção pedagógica, a
metodologia de trabalho de projeto, como forma de promover a aprendizagem em alunos
desmotivados de um curso profissional. Esta constitui uma metodologia de ensino-aprendizagem
que teve a sua génese a partir de ideias enunciadas por John Dewey em 1897, acerca da
utilização do trabalho de projeto como “recurso pedagógico na construção do conhecimento”
(Barbosa & Moura, 2013, p. 61) e mais tarde consubstanciadas por William Kilpatrick, em 1918,
no seu artigo “The Project Method” onde defendia o trabalho de projeto como alternativa ao
ensino convencional, expositivo e transmissor de conhecimentos, através de uma nova
abordagem que fosse ao encontro dos interesses e das necessidades dos alunos (Kilpatrick,
2006). Assim sendo a minha opção por esta metodologia deve-se essencialmente ao facto, de a
mesma constituir uma solução para o problema encontrado, na medida em que, vem
proporcionar aos alunos um maior interesse e motivação para a aprendizagem (Ferreira, 2013),
onde os seus conhecimentos, as suas experiências e os seus recursos são valorizados,
constituíndo desta forma estímulos para a aquisição de novos conhecimentos (Monteiro, 2007),
proporcionando assim, “aprendizagens com mais sentido e utilidade à sua vida em sociedade”
(Ferreira, 2013, p. 325).
Neste intuito, pretende-se ao longo desta intervenção e com a adoção desta filosofia de
ensino, alcançar aquele que é o objetivo primeiro da escola e que se trata da promoção da
aprendizagem dos alunos, nomeadamente e neste caso em concreto, no que concerne às
competências expressas no referencial de formação do curso relativas ao módulo de Criação de
Páginas Web. Assim, prevê-se ao longo desta intervenção garantir um conjunto de condições, por
forma a atingir esse objetivo e que passam por: promover a motivação dos alunos para a
aprendizagem; promover a participação ativa dos alunos do processo de ensino-aprendizagem, e
desta forma responsabilizando-os pela sua própria aprendizagem; promover o trabalho
cooperativo e colaborativo entre todos os alunos da turma; promover a autonomia dos alunos na
execução das diferentes tarefas; promover a criatividade dos alunos; promover a capacidade de
investigação dos alunos; e promover um bom ambiente de sala de aula, de respeito mútuo entre
os colegas e o professor, sem conflitos e distrações e onde os alunos se ajudam mutuamente.
Paralelamente aos objetivos pedagógicos anteriormente expressos, é também objetivo de
investigação nesta intervenção e de acordo com a respetiva questão orientadora:
17
1. Avaliar o impacto da adoção da metodologia de trabalho de projeto na motivação dos
alunos para a aprendizagem;
2. Avaliar o impacto da adoção da metodologia de trabalho de projeto nas aulas;
3. Avaliar a satisfação dos alunos na utilização na plataforma de edição de páginas web
– Wix
4. Avaliar o impacto das estratégias de ensino-aprendizagem adotadas nas aulas, no
aproveitamento dos alunos.
Por fim e para um melhor enquadramento de todo o trabalho realizado ao longo da minha
intervenção pedagógica, apresento de seguida a estrutura geral deste relatório de estágio:
No capítulo 1 denominado Introdução é explicitado sumariamente, o tema e a questão
orientadora desta intervenção/investigação, o contexto onde a mesma decorreu, a
problemática e consequente filosofia de ensino adotada nas aulas e a sua pertinência,
os objetivos pedagógicos e de investigação que se pretendem alcançar, bem como, a
presente estrutura do relatório;
No capítulo 2 denominado Metodologia de Trabalho de Projeto é feito um
enquadramento teórico, baseado numa revisão de literatura acerca da metodologia de
ensino-aprendizagem adotada nas aulas – a Metodologia de Trabalho de Projeto –,
mais concretamente no que concerne à contextualização, às fases de
desenvolvimento, aos papéis do aluno e do professor, às vantagens e desvantagens e
às semelhanças e diferenças com a aprendizagem baseada em problemas;
No capítulo 3 denominado Contexto e plano geral de intervenção, numa primeira fase
é caraterizado o contexto onde decorreu a intervenção propriamente dita,
nomeadamente no que concerne à escola, à turma, à disciplina e aos documentos
reguladores do processo de ensino-aprendizagem. É também feito, um
enquadramento teórico baseado numa revisão de literatura e numa análise estatística
acerca da modalidade de ensino profissional em Portugal, bem como é também
realizada uma interpretação ao Decreto-Lei n.º240/2001 de 30 de Agosto que
estabelece o perfil geral do desempenho docente. Numa segunda fase, é apresentado
o plano geral de intervenção, nomeadamente no que concerne à metodologia de
investigação que lhe está subjacente e aos respetivos métodos, técnicas e
instrumentos de recolha de dados utilizados para o efeito. São também apresentadas
as estratégias de ensino-aprendizagem a adotar durante a intervenção, à luz de uma
18
investigação preliminar e de uma revisão de literatura realizadas. Nesta fase é ainda
realizado o desenho da intervenção, mediante uma análise da planificação modular,
idealizando desta forma o percurso de aprendizagem dos alunos e os respetivos
instrumentos de avaliação a utilizar. É feita também, uma revisão de literatura acerca
da planificação das aulas e da sua importância;
No capítulo 4 denominado Desenvolvimento e avaliação da intervenção é descrito,
detalhadamente, todo o processo de intervenção propriamente dito, desde a sua
implementação aula após aula e terminando com a avaliação da intervenção. Na fase
de implementação são descritas todas as aulas realizadas, decorrentes das notas de
campo resultantes do processo investigativo das mesmas e consolidadas por uma
revisão de literatura. Na fase de avaliação é feito um balanço final, baseado nos
resultados obtidos à luz daqueles que foram os objetivos de investigação nesta
intervenção. Neste capítulo é apresentada também uma atividade não letiva levada a
cabo na escola, que pese embora não faça parte da intervenção propriamente dita,
contribuiu de alguma forma para a minha integração naquelas que são as dinâmicas
da escola;
No capítulo 5 denominado Conclusões, limitações e recomendações são apresentadas
as conclusões, as limitações e as recomendações face aos objetivos de investigação e
aos resultados da intervenção/investigação propriamente dita.
19
2. METODOLOGIA DE TRABALHO DE PROJETO
2.1. Contextualização
Também designada de abordagem por projetos (Katz, 2009), pedagogia de projeto
(Cosme & Trindade, 2001), aprendizagem baseada em projetos (Santoro, Borges, & Santos,
2001), educação baseada em projetos (Andrade & Cavalcante, 2009), ensino baseado em
projetos (Ferreira, 2004), ou mesmo trabalho de projeto (Santos, Fonseca, & Matos, 2009), esta
metodologia de ensino-aprendizagem teve a sua génese a partir de ideias enunciadas por John
Dewey em 1897, acerca da utilização do trabalho de projeto como “recurso pedagógico na
construção do conhecimento” (Barbosa & Moura, 2013, p. 61) e mais tarde consubstanciadas
por William Kilpatrick, em 1918, no seu artigo “The Project Method” onde defendia o trabalho de
projeto como alternativa ao ensino convencional, expositivo e transmissor de conhecimentos,
através de uma nova abordagem que fosse ao encontro dos interesses e das necessidades dos
alunos (Kilpatrick, 2006).
Desde então, muitos foram os autores que se debruçaram sobre essa temática, dos
quais se destacam as seguintes conceptualizações da metodologia de trabalho de projeto:
“O trabalho de projeto pode ser considerado uma abordagem pedagógica centrada
em problemas” (Vasconcelos, 2006, p. 3);
“Um estudo aprofundado de um determinado tema” (Katz & Chard, 2009, p. 3);
“O Trabalho de Projeto é um método de trabalho que se centra na investigação,
análise e resolução de problemas em grupo” (Monteiro, 2007, p. 87);
“Uma metodologia assumida em grupo que pressupõe uma grande implicação de
todos os participantes, envolvendo trabalho de pesquisa no terreno, tempos de
planificação e intervenção com finalidade de responder aos problemas encontrados”
(Leite, Malpique, & Santos, 1989, p. 140);
“Um estudo aprofundado de um assunto ou problema que um grupo, mais ou
menos alargado, de crianças leva a cabo a partir de um interesse forte dos seus
elementos e baseado numa planificação conjunta do próprio grupo” (Rangel, 2002,
p. 12)
“O trabalho de projeto é, pois, uma metodologia investigativa centrada na resolução
de problemas” (Castro & Ricardo, 2002, p. 11).
Dos conceitos anteriores associados à ideia chave de Kilpatrick (2006), ressalta a
opinião generalizada, de que a metodologia de trabalho de projeto consiste numa metodologia de
20
ensino-aprendizagem, que promove a participação ativa dos alunos na realização de trabalhos
baseados em temas ou em problemas, que resultam dos seus interesses e das suas
necessidades. Pressupõe então que o trabalho não pode ser imposto aos alunos, contribuindo
desta forma, para uma adesão e participação ativa e motivada de todos, estimulando-os para a
aquisição de novas aprendizagens (Monteiro, 2007). O trabalho está portanto centrado nos
alunos, “são eles que escolhem os temas, os problemas dos projetos que vão desenvolver,
investigar e apresentar o produto final” (Monteiro, 2007, p. 87). Este trabalho desenvolve-se em
pequenos grupos, onde os seus elementos se apoiam, interagem, cooperam e colaboram entre
si (Monteiro, 2007). Esta metodologia pode ser utilizada em todas as idades e como tal, em
qualquer nível de ensino (Rangel & Gonçalves, 2010), bem como, em todas as disciplinas
(Ferreira & Santos, 2000). Quanto à duração dos projetos, “não existe uma regra fixa e
definitiva” (Rangel & Gonçalves, 2010, p. 28), o mesmo dependerá do tipo de projeto, do tempo
que se tem disponível, das especificidades dos alunos, entre outros, sendo que segundo Rangel
e Gonçalves (2010) o aconselhável é que não seja tão curto, que não permita respeitar a
realização das suas fases de desenvolvimento, nem tão longo, ao ponto dos alunos perderem o
interesse e o entusiasmo pelo mesmo.
No que concerne ao enquadramento desta metodologia no sistema de ensino em
Portugal, o trabalho de projeto figurou como uma área curricular não disciplinar1 (Ferreira,
2013). Inicialmente com a designação de “Área-escola”, nos finais da década de 80 início da
década de 90 do século XX e posteriormente com a designação de “Área de Projeto”, após a
reorganização curricular do ensino básico em 2001 e do ensino secundário em 2004 (Ferreira,
2013). A partir de 2011, a “Área de Projeto” é eliminada da estrutura curricular do sistema de
ensino português (PORTUGAL, 2011). Não obstante a existência ou não de uma área não
curricular de trabalho de projeto no nosso sistema de ensino, o mesmo deverá ser adotado pelos
professores das diferentes disciplinas, no âmbito do seu trabalho com os alunos em sala de
aula, na medida em que “cria condições para os alunos construírem aprendizagens significativas
dos conteúdos programáticos” (Ferreira, 2013, p. 319).
2.2. Fases de desenvolvimento
Segundo (Ramos, 2008) um problema ou produto a construir, deverá ser encarado á luz
de uma metodologia de trabalho de projeto, sempre que: apresente algum grau de 1 “Trata-se de uma área que, não tendo um programa definido, se concretiza pela elaboração e pelo desenvolvimento de um projeto que resulta
dos interesses dos alunos e para o qual todas as áreas curriculares disciplinares, ou disciplinas contribuem”. (Ferreira, 2013, p. 319)
21
complexidade, englobe um conjunto vasto de tarefas a realizar, exija um tempo relativamente
longo para a sua resolução, requeira conhecimentos em várias áreas do saber e onde sejam
necessários recursos humanos e materiais para execução das diferentes tarefas. Nesta medida e
após consciencialização acerca da adoção da metodologia de trabalho de projeto para
abordagem de um determinado tema ou problema em concreto, apresentam-se de seguida as
respetivas fases de desenvolvimento, de acordo com Monteiro (2007, p. 90):
1. “Identificação da situação-problema – esta fase corresponde à escolha da situação-
problema que constituirá o projeto a desenvolver pelo grupo de trabalho. Depois de
identificado o campo de problemas escolhe-se e formula-se o problema a investigar.
Esta escolha tem de ser fundamentada, isto é, deve ser explicitada a razão ou
razões da escolha;
2. Formulação de problemas parcelares – a situação-problema deve ser descrita,
enquadrada, caracterizada, o que permitirá o seu desdobramento em problemas
parcelares;
3. Esboço de planificação de trabalho – nesta fase procede-se ao levantamento dos
recursos (meios de resolução do problema) e limitações condicionantes do
desenvolvimento do trabalho. São definidas as tarefas a levar a cabo pelos diferentes
elementos do grupo, a escolha dos métodos e técnicas de pesquisa e a respetiva
calendarização. Este esboço de planificação está sujeito a várias reformulações;
4. Investigação e produção – o contato com o meio através do trabalho de campo é o
momento privilegiado da recolha de dados que depois terão de ser tratados. É a
partir dos dados recolhidos e trabalhados, da integração dos conhecimentos
relacionados com a realidade estudada, que se concretiza o produto ou os produtos.
Estes refletem a articulação entre a teoria e a prática, entre o saber e o saber-fazer;
5. Apresentação dos trabalhos – os produtos finais são apresentados à comunidade
podendo assumir formas diversas: relatórios, filmes, exposições, dramatizações,
objetos, maquetes, etc.;
6. Avaliação – a avaliação é feita ao longo do desenvolvimento do projeto. A avaliação
contínua – auto e heteroavaliação – permite reformular estratégias e refletir sobre a
dinâmica do grupo de trabalho. A avaliação do produto final é uma avaliação global
– do processo e do produto.”
22
Estas fases descritas por Monteiro (2007, p. 90) no seu livro “Guia do Aluno – Área de
Projeto 12º ano”, são aquelas que são coincidentes com o descrito por outros autores citados
por Rosa (2012), nomeadamente, Ferreira e Santos (2000) que sugerem 10 fases; Castro e
Ricardo (2002) que sugerem 8 fases e Cosme e Trindade (2001) que sugerem 7 fases. A
seguinte tabela (Tabela 1), identifica cada uma das fases de acordo com os autores
anteriormente referenciados.
Ferreira e Santos (2000) Castro e Ricardo (2002) Cosme e Trindade (2001)
1. Identificação do
problema;
2. Identificação e escolha
dos problemas parciais;
3. Constituição dos grupos
de trabalho;
4. Planificação do trabalho;
5. Trabalho de campo;
6. Dinâmica da teorização e
pesquisa no terreno;
7. Produção dos registos e
apresentação ao grande
grupo;
8. Crítica avaliativa dos
trabalhos de grupo;
9. Globalização;
10. Avaliação do Trabalho de
projeto.
1. Escolha do problema
geral;
2. Identificação e escolha de
problemas parcelares;
3. Planificação do trabalho;
4. Desenvolvimento do
projeto;
5. Avaliação intermédia do
progresso;
6. Preparação da
apresentação pública do
projeto;
7. Apresentação pública do
projeto;
8. Balanço final.
1. Formulação e seleção do
problema central;
2. Formulação de problemas
parcelares;
3. Planificação do trabalho;
4. Desenvolvimento do
projeto;
5. Preparação da
apresentação pública do
projeto;
6. Apresentação pública do
projeto;
7. Avaliação final.
Tabela 1 – Fases de desenvolvimento da metodologia de trabalho de projeto (Perspetivas de alguns autores)
Ora, pode-se concluir, então, que uma metodologia de trabalho de projeto envolve um
conjunto de fases de desenvolvimento abertas e flexíveis, dependendo da perspetiva do professor
e atendendo às especificidades do projeto a desenvolver, a definição ou adaptação de cada uma
das fases a implementar.
23
2.3. O papel do aluno e do professor
Como já foi referido anteriormente, a metodologia de trabalho de projeto vem romper
com os métodos convencionais de ensino, centrados na transmissão de conhecimentos por
parte do professor e na passividade dos alunos e desta forma, proporcionar um novo modelo de
ensino-aprendizagem impulsionado pela experimentação e pelos interesses dos alunos. Esta era
já, também, a perspetiva de Dewey (2002), que refere, “a instituição escolar tem assim a
possibilidade de associar-se à vida, de tornar-se uma segunda morada da criança, onde ela
aprende através da experiência direta, em vez de ser um local onde apenas decora lições, tendo
em vista, numa perspetiva algo abstrata e remota, uma hipotética vivência futura” (Dewey,
2002, p. 26).
Assim, esta nova forma de ensino-aprendizagem, traz consigo uma alteração daqueles
que são os papéis dos diferentes intervenientes em sala de aula. Nesta medida, apresentam-se
de seguida (Tabela 2) aqueles que são os papéis do aluno e do professor, à luz da metodologia
de trabalho de projeto e em consonância com Monteiro (2007); Ramos (2008); e Ferreira
(2013).
Papel do Aluno Papel do Professor
Papel ativo e central no processo de
ensino-aprendizagem;
São responsáveis pela seleção do
tema/problema do projeto a
desenvolver e por todo o trabalho que
lhe está inerente, tendo como foco os
objetivos a atingir e a qualidade do
produto final;
São responsáveis pela gestão eficaz do
tempo e das tarefas;
São responsáveis por trabalhar em
equipa, em pequenos grupos e como
tal de forma colaborativa e/ou
cooperativa;
São responsáveis pela sua própria
aprendizagem.
Papel de orientador no processo de
ensino-aprendizagem;
São responsáveis por uma gestão
flexível dos conteúdos programáticos;
Adotam medidas de diferenciação
curricular e pedagógica;
Assumem face ao projeto uma atitude
de crítica construtiva e no sentido de
uma melhoria contínua do projeto em
curso;
Observam, acompanham e apoiam os
diferentes grupos de trabalho no
desenvolvimento do projeto, ajudando-
os no esclarecimento de dúvidas e a
ultrapassarem as dificuldades, bem
como, na superação de conflitos ou
24
bloqueios;
São responsáveis por avaliar o
trabalho dos alunos (o percurso e o
produto final).
Tabela 2 – O papel do aluno e do professor numa metodologia de trabalho de projeto
2.4. Vantagens e Desvantagens
Partindo dos interesses dos alunos, a metodologia de trabalho de projeto tem como
vantagem, proporcionar-lhes um ensino com sentido e utilidade, motivando-os para a
aprendizagem e desta forma contribuindo para o desenvolvimento de novas competências,
tornando-os bem-sucedidos quer na escola quer na sociedade. De entre essas competências
destacam-se: a estimulação do trabalho cooperativo e/ou colaborativo, a criação de hábitos de
pesquisa e como tal a capacidade de selecionar e analisar a informação em função dos
objetivos, o desenvolvimento do trabalho autónomo, a responsabilidade, a capacidade de
tomada de decisões, a capacidade de liderança e o aprender a aprender (Ferreira, 2013).
Se por um lado a metodologia de trabalho de projeto traz vantagens aos alunos
relativamente ao ensino convencional, também pode trazer algumas desvantagens,
nomeadamente: a complexidade do método e o tempo que a mesma exige (Ferreira, 2013). A
complexidade do método, na medida em que é necessário gerir e orientar cada grupo de
trabalho de forma personalizada, dando-lhes a resposta adequada na diversidade das dúvidas e
questões que colocam. O tempo, na medida em que pode tornar-se um obstáculo ao
cumprimento dos programas disciplinares, uma vez que esta metodologia requer todo um
percurso de trabalho que só será bem conseguido com a sua execução num determinado
período de tempo.
2.5. Semelhanças e diferenças entre a Metodologia de Trabalho de Projeto e a
Aprendizagem Baseada em Problemas
Sendo a metodologia de trabalho de projeto centrada na resolução de problemas
suscitados a partir do interesse dos alunos, então, qual é a diferença desta metodologia em
relação à aprendizagem baseada em problemas, uma vez que esta é também e segundo Arends
(2008), uma metodologia de base construtivista, que funciona em torno de questões e
problemas da vida real e significativos para os alunos.
25
Nesta medida Rosa (2012) e Barbosa e Moura (2013), identificam um conjunto de
semelhanças (Tabela 3) e diferenças (Tabela 4) entre essas duas metodologias com base em
diferentes parâmetros, por forma a fazermos a distinção entre as mesmas. Desta forma são
apresentadas de seguida as respetivas tabelas, adaptadas a partir da informação disponibilizada
pelos autores referenciados.
Parâmetro
Semelhanças
Metodologia de
Trabalho de Projeto
Aprendizagem Baseada
em Problemas
Modelo de ensino-aprendizagem Construtivismo
Papel do professor Orientador do processo de ensino-aprendizagem
Papel do aluno Os alunos têm um papel central e ativo no processo de
ensino-aprendizagem
Trabalho de grupo Constitui a essência destas duas metodologias, onde os
alunos são incentivados a interagirem de forma
colaborativa e/ou cooperativa
Processo investigativo Existe a promoção da investigação em diferentes suportes,
por forma a obterem soluções reais para problemas reais
Interdisciplinaridade Favorecem a interdisciplinaridade
Avaliação É realizada ao longo do processo de aprendizagem e no
final
Tabela 3 – Semelhanças entre a metodologia de trabalho de projeto e a aprendizagem baseada em problemas
Parâmetro
Diferenças
Metodologia de
Trabalho de Projeto
Aprendizagem Baseada
em Problemas
Situação geradora Tem origem num problema, necessidade, oportunidade, ou interesse
Tem origem num problema
Seleção da situação geradora É definido pelos alunos É definido pelo professor Duração Exige um período de tempo
de média duração na sua
concretização (4 a 12
semanas)
Os problemas devem ser
analisados num curto
espaço de tempo (2 a 4
semanas)
Complexidade As tarefas apresentam
algum grau de
complexidade e exigência
As soluções devem ser
simples e viáveis
Fases de desenvolvimento O trabalho desenvolve-se ao
longo de um percurso com
etapas mais abertas e
O trabalho desenvolve-se ao
longo de um percurso com
etapas bem definidas
26
flexíveis
Resultado final Requer um produto final Não exige um produto final
Tabela 4 – Diferenças entre a metodologia de trabalho de projeto e a aprendizagem baseada em problemas
De referir por fim, e segundo Barbosa e Moura (2013), que a adoção destas
metodologias ativas constitui-se como uma mais valia no âmbito da lecionação, particularmente
no que concerne ao ensino profissional, na medida em que “com métodos ativos os alunos
assimilam maior volume de conteúdo, retêm a informação por mais tempo e aproveitam as
aulas com mais satisfação e prazer.” (Barbosa & Moura, 2013, p. 56)
27
3. CONTEXTO E PLANO GERAL DE INTERVENÇÃO
3.1. Contexto de Intervenção
3.1.1. Escola
Este projeto de intervenção decorreu na escola ALFACOOP – Externato Infante D.
Henrique, que é uma escola cooperativa constituída em 20 de setembro de 1983 por um grupo
de professores e integra a rede de oferta pública de educação e formação, oferecendo o ensino
regular básico e secundário gratuito ao abrigo de um contrato de associação com o Ministério da
Educação e Ciência, bem como cursos do ensino profissional financiados pelo POPH. Esta
escola situa-se em Ruílhe, que é uma freguesia rural e limítrofe do concelho de Braga (EIDH,
2010).
No que diz respeito à equipa docente, a escola conta, atualmente, com um quadro
estável de 87 professores. Estes, e consoante a área científica a que pertencem, estão
organizados em 6 departamentos curriculares com o “objetivo de desenvolverem de forma
conjunta, dirigida, coordenada e devidamente planificada as atividades didáticas, científicas,
culturais, sociais e de qualquer outra índole que tenham por finalidade melhorar a ação
educativa”. (EIDH, 2012, p. 37).
Quanto aos alunos, a escola conta no ano letivo 2013/2014 com 55 turmas do 5º ao
12º ano de escolaridade. O total de alunos ronda os 1500, o que perfaz uma média de 27
alunos por turma. Estes advêm na sua maioria das freguesias limítrofes dos concelhos de Braga,
Barcelos e Vila Nova de Famalicão numa proporção similar entre os mesmos.
De referir também uma estreita relação entre a escola, a família e a comunidade. A
ALFACOOP considera, que “a educação é uma tarefa partilhada com os pais e nessa convicção,
favorece a participação e organização dos pais na sua associação” (EIDH, 2013, p. 3). Também
através da Associação Académica ALFACOOP XXI a escola tem por finalidade o desenvolvimento
e promoção de atividades desportivas, recreativas, culturais e formativas dirigidas aos alunos, às
famílias e à comunidade, em interação com outras escolas e outras associações congéneres de
âmbito local, regional e nacional.
No que concerne às infraestruturas da escola, mais especificamente no que diz respeito
à sala de informática onde decorreu a intervenção com a turma, a salientar que a mesma possui
as condições adequadas a um bom desenrolar do processo de ensino-aprendizagem. Salienta-se
também a valorização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) por parte da escola,
que se reflete através da disponibilização de uma plataforma de e-learning para suporte ao
28
processo de ensino-aprendizagem; de um serviço próprio de email para alunos, professores e
funcionários; e do portal SIGE (Sistema Integrado de Gestão de Escolas) para alunos e
encarregados de educação, por exemplo.
3.1.2. Turma
A turma alvo da minha intervenção constituiu uma turma do 10.º ano de escolaridade
(10º F) do curso profissional de Técnico/a de Análise Laboratorial.
Com o intuito de recolher mais informação acerca do perfil dos alunos da turma foi
elaborado um inquérito por questionário2 (Anexo I), cuja apresentação e análise dos resultados
obtidos numa amostra de 20 alunos, é descrita de seguida.
Assim, quanto à distribuição dos alunos por género (Gráfico 1), 13 alunos são do sexo
feminino e 7 alunos do sexo masculino.
Gráfico 1 – Respostas à questão “Qual é o teu sexo?”
A idade dos alunos (Gráfico 2) varia entre os 14 e os 17 anos, sendo que a média de
idades é de 16,2 anos.
2 Esta técnica de recolha de dados é descrita no ponto 3.2.2 deste relatório de estágio.
13
7
Distribuição dos alunos por género
Feminino Masculino
29
Gráfico 2 – Respostas à questão “Qual é a tua idade?”
Todos os alunos com exceção de 1, são oriundos de freguesias rurais e limítrofes dos
concelhos de Braga, Famalicão e Barcelos, sendo que o concelho mais representativo (Gráfico 3)
é o concelho de Braga com 45% dos alunos.
Gráfico 3 – Respostas à questão “Qual é a localidade onde moras?”
Relativamente à profissão dos pais dos alunos (Gráfico 4), a mais representativa é o
grupo dos carpinteiros e dos que trabalham na construção civil. Registe-se também uma taxa de
15% de pais sem trabalho se incluirmos aqueles que já faleceram ou estão desempregados.
1 3 7 9 0
2
4
6
8
10
14 15 16 17
Nº
de
alu
no
s
Idade
Distribuição dos alunos por idade
9 3 8 0
2
4
6
8
10
Braga Barcelos Famalicão
Nº
de
alu
no
s
Concelho
Distribuição dos alunos por concelho
30
Gráfico 4 – Respostas à questão “Qual é a profissão do teu pai?”
Em relação às mães dos alunos (Gráfico 5), a profissão mais representativa é o grupo
das costureiras. Registe-se também uma taxa de 19% de mães sem trabalho se incluirmos
aquelas que são domésticas ou estão desempregadas.
Gráfico 5 – Respostas à questão “Qual é a profissão da tua mãe?”
Quanto à escolaridade média dos pais dos alunos (Gráfico 6), 52,5% apresentam um
nível de escolaridade até ao 2º ciclo e apenas 2,5% concluíram o ensino secundário.
1 3 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 3 0
1
2
3
Cam
ion
ista
Car
pin
teir
o
Co
mer
cian
te
Co
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do
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Dem
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Nº
de
pai
s
Profissão
Profissão do pai
1 3 2 3 1 1 2 2 1 1 1 2 0
1
2
3
Au
xilia
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ista
Tip
ógr
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Emp
rega
da
fab
ril/
têxt
il
Nº
de
mãe
s
Profissão
Profissão da mãe
31
Gráfico 6 – Respostas à questão “Qual é a escolaridade dos teus pais?”
Em resumo, a turma alvo da minha intervenção é caracterizada como uma turma de um
curso profissional do 10.º ano de escolaridade, composta por 20 alunos, 13 do sexo feminino e
7 do sexo masculino, com uma média de idades de 16,2 anos. São todos de nacionalidade
portuguesa e provêm de um meio rural e limítrofe predominantemente dos concelhos de Braga e
Famalicão. No que concerne às habilitações literárias dos pais, as mesmas são maioritariamente
ao nível do 2º ciclo, informação que se vê refletida nas respetivas profissões com baixo nível de
educação exigido.
3.1.3. Disciplina/Módulo
A disciplina alvo da minha de intervenção integra a componente de formação
sociocultural do curso profissional de Técnico/a de Análise Laboratorial e trata da disciplina de
Tecnologias de Informação e Comunicação, em concreto o seu módulo número 3 designado de
Criação de Páginas Web. Este módulo tem uma carga horária de 34 horas.
Em termos gerais e de acordo com a respetiva planificação modular (Anexo 2) pretende-
se com este módulo dotar os alunos dos conhecimentos e das destrezas necessárias, por forma
a tornarem-se capazes de desenvolver websites com sucesso e com recurso a uma determinada
ferramenta de edição de páginas web. Em específico, pretende-se que no final do módulo os
alunos sejam capazes de:
Identificar e explicar os principais conceitos associados às páginas web;
Distinguir as diferentes técnicas de edição de páginas web;
Enumerar diferentes programas ou ferramentas de edição de páginas web;
Distinguir as diferentes fases de desenvolvimento de um website;
2 8 2 0 8 2 9 3 1 5 02468
10
1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Ensinosecundário
Não sei
Nº
de
pai
s Nível de escolaridade
Escolaridade dos pais
Pai Mãe
32
Efetuar o planeamento de um website, através da identificação e descrição das
principais variáveis que lhe estão inerentes;
Reconhecer a importância do planeamento, como trabalho prévio na criação de um
website;
Criar e editar páginas web com recurso a uma ferramenta própria;
Publicar um website num servidor web.
3.1.4. Documentos reguladores do processo de ensino-aprendizagem
Ao longo da minha intervenção recorri a um conjunto de documentos, que serviram de
guia na prossecução do meu trabalho na escola. De entre esses documentos destaco: o Decreto-
Lei n.º240/2001 de 30 de Agosto, o projeto educativo de escola (PEE), o projeto curricular de
escola (PCE), o regulamento interno da escola, o registo modular da disciplina, a planificação do
módulo e os critérios de avaliação do módulo.
Quanto ao Decreto-Lei n.º240/2001 de 30 de Agosto, este vem definir aquelas que são
as competências exigidas pelo Ministério da Educação no desempenho da profissão docente
(PORTUGAL, 2001). Ora, atuando eu como professor, considero ser de todo importante ter como
referência este documento, por forma a orientar e balizar a minha atuação, segundo aquele que
deve ser o perfil de professor.
No que diz respeito ao PEE3, ao PCE4 e ao regulamento interno da escola5, estes
constituem-se como documentos específicos da instituição onde decorreu a minha intervenção e
aos quais recorri na medida em que considerei ser importante, ao integrar-me como um novo
membro da comunidade educativa da escola, ter conhecimento desses documentos e reger a
minha atuação à luz das suas linhas orientadoras.
Quanto ao registo modular da disciplina, à planificação do módulo e aos critérios de
avaliação do módulo, estes constituem-se como documentos específicos da disciplina e módulo
alvo da minha intervenção. Estes documentos foram previamente criados no início do ano letivo
pelo meu orientador cooperante aos quais tive acesso no sentido de selecionar o módulo a
3 O PEE consiste num documento que “define princípios e linhas orientadoras gerais, assentes nas características da comunidade educativa, de
acordo com as orientações nacionais” (Leite, 2000, p. 5).
4 O PCE consiste num documento com um “conjunto de decisões articuladas, partilhadas pela equipa docente de uma escola, tendentes a dotar
de maior coerência a sua atuação, concretizando as orientações curriculares de âmbito nacional em propostas globais de intervenção pedagógico-didática adequadas a um contexto específico” (Leite, 2000, p. 6).
5 O regulamento interno da escola consiste num documento que define todo um conjunto de “normas regulamentares que orientam os diversos
membros da comunidade educativa no desempenho das suas funções concretas” (EIDH, 2012, p. 2).
33
lecionar; aferir acerca dos conteúdos e objetivos do módulo; e aferir acerca dos respetivos
critérios de avaliação da disciplina.
3.1.5. Ensino profissional
Atendendo à especificidade da turma alvo da minha intervenção, uma turma de um
curso profissional, considero ser pertinente abordar esta modalidade de ensino, alternativa ao
ensino secundário regular.
Assim sendo e segundo Azevedo (2010), os cursos profissionais surgiram em 1989
aquando da criação das escolas profissionais, em contrato-programa entre o Estado e os
parceiros locais. Este tipo de cursos veio oferecer à população jovem uma nova oportunidade
educativa através de um percurso de formação mais curto, mais prático e em articulação com o
mercado de trabalho. Têm a duração de 3 anos e estão organizados segundo uma estrutura
modular permitindo desta forma uma maior flexibilidade e adaptação aos ritmos de
aprendizagem de cada aluno.
No que concerne aos números e segundo os dados mais recentes do Direção-Geral de
Estatísticas da Educação e Ciência6 (DGEEC), no ano letivo de 2012/2013 estavam matriculados
no ensino secundário em cursos profissionais 115 885 alunos, o que corresponde a 32% do total
de alunos matriculados no ensino secundário (DGEEC, 2014, p. 79). No sentido de se perceber
a evolução no que concerne aos alunos matriculados em cursos profissionais ao longo dos
últimos anos letivos, apresenta-se a seguinte tabela com base nos dados estatísticos da DGEEC
entre os anos letivos de 2004/2005 a 2012/2013:
Alunos matriculados no ensino secundário
Ano letivo Total de alunos Alunos em CP % Alunos em CP
2012/2013 361 832 115 885 32%
2011/2012 348 434 113 749 33%
2010/2011 344 621 110 462 32%
2009/2010 341 459 107 266 31%
2008/2009 329 137 93 438 28%
2007/2008 349 477 70 177 20%
2006/2007 356 711 47 709 13%
2005/2006 347 400 36 943 11%
2004/2005 376 896 36 765 10%
Tabela 5 – Evolução dos alunos matriculados em cursos profissionais
6 Os dados estatísticos encontram-se disponíveis no site da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, em http://www.dgeec.mec.pt/
34
Numa análise aos dados apresentados, podemos verificar a cada novo ano letivo um
aumento do número de alunos matriculados em cursos profissionais, sendo que os aumentos
mais significativos registaram-se na transição para os anos letivos de 2007/2008 e 2008/2009,
após o período experimental nos anos letivos entre 2004/2005 e 2006/2007 aquando da
introdução dos cursos profissionais nas escolas secundárias públicas (Despacho n.º 14
758/2004 - 2.ª série, 2004).
Ainda na sequência da introdução dos cursos profissionais nas escolas secundárias
públicas, Azevedo (2010) relata um conjunto de premissas, como salvaguarda da credibilização
do ensino profissional conquistado desde 1989 pelas escolas profissionais, nomeadamente, que
uma escola “sem qualquer cultura de ensino profissional, sem qualquer programa de formação
dos diretores e dos docentes, sem programa publicamente debatido e escrutinado de
equipamentos e instalações para tão grande número de cursos”, servirá apenas para criar
“caixotes do lixo” para onde serão colocados os alunos com maiores dificuldades de
aprendizagem (Azevedo, 2010, p. 28).
Ora, este alerta de Azevedo (2010) induz-me a perceber qual é o perfil dos alunos à
entrada nos cursos profissionais no 10º ano. Assim, serão apresentados com base nos dados
mais recentes disponibilizados pela DGEEC referentes ao ano letivo de 2010/2011 (Machado,
Nóvoas, Fernandes, & Pereira, 2011), um conjunto de gráficos que comparam os perfis dos
alunos dos cursos cientifico-humanísticos (CCH, cursos com certificação escolar), e dos cursos
profissionais (CP, cursos com dupla certificação – escolar e profissional), tendo em conta três
variáveis: a idade, o nível de escolaridade dominante dos pais e a origem socioprofissional
dominante da família. De referir que a escolha destas variáveis deve-se, essencialmente, ao
facto, de serem aquelas com as quais é possível comparar os respetivos resultados, com a
informação disponível acerca do perfil da turma alvo da minha intervenção.
35
Gráfico 7 – Modalidade de ensino segundo a idade
Uma análise ao gráfico apresentado (Gráfico 7), permite aferir que, 67% dos alunos que
ingressam no 10º ano num curso profissional tiveram uma ou mais retenções durante o seu
percurso escolar, em contraponto com os alunos que ingressam no 10º ano nos cursos
cientifico-humanísticos, onde apenas 16% tiveram uma ou mais retenções. Destes dados ressalta
a ideia de que, grande número dos alunos que frequentam os cursos profissionais são alunos
com dificuldades de aprendizagem.
Gráfico 8 – Modalidade de ensino segundo o nível de escolaridade dominante da família
Uma análise ao gráfico apresentado (Gráfico 8), permite aferir que, 61,7% dos alunos
que ingressam no 10º ano num curso profissional advêm de famílias com um nível de
escolaridade dominante até ao 3º ciclo, em contraponto com os alunos que ingressam no 10º
ano nos cursos cientifico-humanísticos, onde 58,2% advêm de famílias com um nível de
escolaridade superior ao 3º ciclo. Destes dados ressalta a ideia duma estratificação social
84%
12% 3% 1% 33% 29% 21% 17%
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
<=15 16 17 >=18
% d
e a
lun
os
Idade
Modalidade de ensino segundo a idade
CCH CP
6,30%
35,50% 26,70% 31,50%
15,50%
46,20%
17,10% 21,10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
<= 1º ciclo >= 2º ciclo e <= 3ºciclo
Ensino secundário Ensino superior
% d
e a
lun
os
Nível de escolaridade
Modalidade de ensino segundo o nível de escolaridade dominante da família
CCH CP
36
relativamente aos alunos que frequentam cada uma das modalidades de ensino, ou seja, alunos
oriundos de famílias de com um nível de escolaridade mais baixo, têm propensão para
frequentar maioritariamente os cursos profissionais.
Gráfico 9 – Modalidade de ensino segundo a origem socioprofissional da família
Uma análise ao gráfico apresentado (Gráfico 9), permite aferir que, os alunos filhos de
“Operários” ou “Empregados Executantes” que ingressam no 10º ano são em maior número
(56,2%) nos cursos profissionais, em contraponto com os alunos que ingressam no 10º ano nos
cursos cientifico-humanísticos, cuja origem socioprofissional da família é de “Empresários,
Dirigentes e Profissionais Liberais” ou “Profissionais Técnicos ou de Enquadramento” num total
de 54,8%. Destes dados ressalta mais uma vez a ideia duma estratificação social relativamente
aos alunos que frequentam cada uma das modalidades de ensino, ou seja, alunos oriundos de
famílias de categorias profissionais inferiores, têm propensão para frequentar maioritariamente
os cursos profissionais.
Em síntese e de acordo com as três variáveis estudadas, pode-se afirmar quanto ao
perfil dos alunos que frequentam os cursos profissionais que se trata maioritariamente de alunos
com dificuldades de aprendizagem, oriundos de famílias com um nível de escolaridade baixo e
de categorias profissionais inferiores, dando aqui a ideia de uma estratificação social entre
aqueles que frequentam os cursos cientifico-humanísticos ou os cursos profissionais.
Confrontando esta análise com o perfil da turma alvo da minha intervenção apresentado
anteriormente (ponto 3.1.2.), pode-se verificar que os resultados são coincidentes.
Ora, é minha opinião que o ensino profissional é uma alternativa muito válida para os
alunos que não se enquadram no ensino secundário regular, seja por que motivos forem,
nomeadamente, por dificuldades de aprendizagem, pelo facto de não terem intenção de
32,80%
22,00% 9,10%
22,10% 13,90% 22,60% 9,10%
12,10% 29,10%
27,10%
0%
10%
20%
30%
40%
Emp
resá
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% d
e a
lun
os
Categoria profissional
Modalidade de ensino segundo a origem socioprofissional da família
CCH CP
37
frequentar o ensino superior, por pretenderem uma formação mais prática ou por quererem
aprender uma profissão que vá de encontro aos seus interesses, por forma a ingressarem no
mercado de trabalho aquando da conclusão do ensino obrigatório. Considero que o ensino
profissional deve ser olhado como uma mais-valia por todos os intervenientes no processo
educativo e como tal devem ser salvaguardadas um conjunto de premissas, tal como referido
por Azevedo (2010, p. 28), para que esta modalidade de ensino não caia na descredibilização.
3.1.6. Perfil geral de desempenho profissional docente
Tratando-se esta intervenção no desempenho da profissão docente, ainda que na vertente
de professor estagiário, parece-me pertinente aflorar neste contexto as competências que lhe
estão inerentes. Desta forma, quem define essas competências é o governo português através
de decreto-lei, no caso em concreto, o perfil de desempenho profissional do professor é disposto
no Decreto-Lei n.º240/2001 de 30 de Agosto (PORTUGAL, 2001). Segundo o mesmo Decreto-
Lei, o perfil geral de desempenho dos professores, vê a sua operacionalização em quatro
dimensões fundamentais, nomeadamente, a dimensão profissional, social e ética; a dimensão
do desenvolvimento do ensino e da aprendizagem; a dimensão de participação na escola e de
relação com a comunidade; e a dimensão de desenvolvimento profissional ao longo da vida. De
seguida serão detalhadas cada uma dessas dimensões de acordo com o referido decreto-lei:
1. A dimensão profissional, social e ética, está relacionada com aquela que é a sua função
em sala de aula e com o tipo de relação que estabelece com os alunos. Desta forma o
professor deverá: assumir a função específica de ensinar; exercer a sua atividade na
escola; fomentar a autonomia dos alunos; garantir o bem-estar dos alunos; respeitar as
diferenças culturais e pessoais dos alunos; ter boa capacidade de comunicação e de
relacionamento com os alunos; e ter em conta o seu papel de cidadão e de professor no
desempenho das suas funções;
2. A dimensão do desenvolvimento do ensino e da aprendizagem, está relacionada com a
forma como o professor promove a aprendizagem dos alunos em sala de aula, no
âmbito de um currículo7. Desta forma o professor deverá: promover a aprendizagem
tendo como referência os objetivos do projeto curricular de turma; utilizar saber próprios
inerentes à sua área de especialização, bem como outros saberes transversais e
7 “Currículo é o conjunto dos pressupostos de partida, das metas que se deseja alcançar e dos passos que se dão para as alcançar, é o conjunto
de conhecimentos, habilidades, atitudes, etc. que são considerados importantes para serem trabalhados na escola, ano após ano.” (Zabalza, 1998, p. 12)
38
multidisciplinares; organizar o ensino à luz da estratégia pedagógica que melhor se
adeque aos alunos; falar em bom português; recorrer às TIC (Tecnologias da Informação
e Comunicação) como suporte às aulas e promover a aquisição de competências
básicas neste domínio; promover a participação ativa dos alunos; desenvolver
estratégias pedagógicas diferenciadas de acordo com o perfil do aluno; apoiar os alunos
com mais dificuldades ou NEE (Necessidades Educativas Especiais); impor regras e gerir
conflitos; e avaliar os alunos em diferentes modalidades;
3. A dimensão de participação na escola e de relação com a comunidade, está relacionada
com o envolvimento entre o professor e os demais atores do processo educativo, e
também com a comunidade. Desta forma o professor deverá: promover a formação
integral do aluno para a cidadania democrática; participar na elaboração do Projeto
Educativo de Escola (PEE) e no Projeto Curricular de Escola (PCE); integrar no PCE
saberes e práticas sociais da comunidade; colaborar com todos os intervenientes do
processo educativo; promover interações com as famílias; cooperar com outras
instituições da comunidade; e cooperar na elaboração e realização de estudos e de
projetos de intervenção integrados na escola e no seu contexto;
4. A dimensão de desenvolvimento profissional ao longo da vida, está relacionada com as
aprendizagens que o professor desenvolve ou adquire ao longo da sua carreira. Desta
forma o professor deverá: refletir sobre as suas práticas por forma a avaliar o seu
desempenho; ter em conta os aspetos éticos e deontológicos aquando da tomada de
decisões; trabalhar em equipa, partilhando saberes e experiências; desenvolver
competências pessoais, sociais e profissionais; e participar em projetos de investigação
relacionados com o ensino, a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos.
3.2. Plano geral de intervenção
3.2.1. Metodologia de investigação
A metodologia de investigação subjacente a esta intervenção foi a metodologia
Investigação-Acão (I-A) indo desta forma ao encontro, daquelas que são as orientações expressas
no dossiê de estágios dos mestrados em ensino da Universidade do Minho (Vieira, 2013). Além
dessa indicação a opção por esta metodologia deve-se essencialmente e em consonância com
Coutinho (2011) por se tratar da forma mais valiosa a utilizar por um professor que tem que
responder às novas exigência de uma situação em concreto, no sentido de proceder a mudanças
39
ou de alterar um determinado status quo e, desta forma intervir na reconstrução de uma
determinada realidade. Outras metodologias de investigação terão outro âmbito de aplicação,
nomeadamente e segundo Coutinho (2011, p. 318): “se pretendermos saber mais sobre um
número limitado de variáveis e as relações causais entre elas”, o método de investigação
experimental ou quase-experimental será o mais indicado, já “se quisermos investigar alguma
organização ou um determinado grupo em profundidade, o estudo etnográfico ou outros
métodos qualitativos serão preferíveis”.
Existem na literatura diferentes conceptualizações para a metodologia de investigação I-A
dada a diversidade de contextos de investigação, em que a mesma se aplica (Coutinho, 2011).
De entre essas diferentes conceptualizações, Coutinho (2011, pp. 312-313), citando diferentes
autores, destaca as seguintes:
“(…) um estudo de uma situação social que tem como objetivo melhorar a qualidade
da ação dentro da mesma”;
“(…) a I-A não só se constitui como uma ciência prática e moral como também
como uma ciência crítica”;
“(…) uma intervenção na prática profissional com a intenção de proporcionar uma
melhoria”;
“(…) um processo reflexivo que vincula dinamicamente a investigação, a ação e a
formação, realizada por profissionais das ciências sociais, acerca da sua própria
prática”;
“(…) é um processo em que os participantes analisam as suas próprias práticas de
uma forma sistemática e aprofundada, usando técnicas de investigação”;
“(…) uma família de metodologias de investigação que incluem ação (ou mudança) e
investigação (ou compreensão) ao mesmo tempo, utilizando um processo cíclico ou
em espiral, que alterna entre ação e reflexão crítica”.
Uma análise geral às diferentes conceptualizações apresentadas, permite aferir, e num
contexto de ensino-aprendizagem, que a metodologia de investigação I-A consiste num processo
que decorre no âmbito de uma intervenção pedagógica, onde o professor reflete sobre a sua
própria prática, no sentido de uma melhoria contínua da mesma e com recurso a um conjunto
de técnicas de investigação. Ora, foi exatamente com esta visão que procurei desenvolver a
minha intervenção a cada aula, planeando-a previamente, atuando em sala de aula na promoção
da aprendizagem dos alunos com recurso a um conjunto de métodos e técnicas pedagógicas,
40
observando o seu desempenho e refletindo sobre cada prática no sentido de realizar ajustes,
alterações ou correções contribuindo desta forma para uma melhoria contínua do processo de
ensino-aprendizagem.
3.2.2. Métodos e técnicas de recolha de dados
Qualquer que seja a metodologia de investigação adotada num determinado projeto é
necessário proceder-se à recolha de informação, através de um conjunto de métodos e técnicas
adequadas para posterior tratamento, análise dos dados, reflexão e consequente tomada de
decisão. Na literatura e no âmbito da investigação na educação surgem muitas vezes os termos
“método” e “técnica” sem que haja uma clarificação acerca do seu conceito. Desta forma,
método consiste no “caminho para chegar ao conhecimento científico” e técnica constitui os
“procedimentos de atuação” (Coutinho, 2011, p. 22).
Nesta medida, Coutinho (2011, pp. 317-318) citando António Latorre divide as técnicas
de recolha de dados associadas à I-A em 3 categorias, nomeadamente:
“Técnicas baseadas na observação – estão centradas na perspetiva do investigador,
em que este observa em direto e presencialmente o fenómeno em estudo;
Técnicas baseadas na conversação – estão centradas na perspetiva dos
participantes e enquadram-se nos ambientes de diálogo e de interação;
Análise de documentos – centra-se também na perspetiva do investigador e implica
uma pesquisa e leitura de documentos escritos que se constituem como uma boa
fonte de informação.”
No caso em concreto desta intervenção pedagógica, a tabela que se segue (Tabela 6)
identifica o conjunto de métodos, técnicas e instrumentação da recolha de dados utilizados ao
longo da mesma.
Método / Técnica Instrumentação
Análise documental
Documentos da escola (Projeto educativo de escola – PEE; projeto curricular de escola – PCE; regulamento interno da escola;
registo modular da disciplina; planificação do
módulo e critérios de avaliação do módulo)
Inquérito por questionário Questionário inicial de caraterização dos
alunos da turma (formulário online)
Questionário final de avaliação das
estratégias de ensino-aprendizagem
41
(formulário online)
Observação participante
(aulas relativas à prática
pedagógica do orientador
cooperante e aulas relativas à
intervenção pedagógica)
Diário com as notas de campo do tipo
descritivo
Grelha de observação
Portfólio de ensino
Fichas de trabalho e Projeto final
Grelhas de correção e de avaliação
Tabela 6 – Métodos, técnicas e instrumentação da recolha de dados
Assim sendo, e numa primeira fase aquando do início do estágio profissional, foi
necessário conhecer de forma pormenorizada, tanto quanto possível, a escola onde a
intervenção iria decorrer, por forma a reger a minha atuação à luz das suas linhas orientadoras.
Desta forma, o método e técnica utilizados foram a análise documental, a partir da leitura de um
conjunto de documentos internos da escola tais como o PEE, o PCE, e o regulamento interno. O
mesmo procedimento foi seguido no sentido de conhecer o módulo, os conteúdos programáticos
e os objetivos de aprendizagem, bem como aferir acerca dos critérios de avaliação da disciplina.
Para isso foram consultados o registo modular da disciplina, a planificação do módulo e o
respetivo documento com os critérios de avaliação.
Posteriormente, e aquando da observação da prática pedagógica do orientador
cooperante, no sentido de traçar o perfil da turma e aferir acerca dos seus interesses e
motivações para a aprendizagem, assim como os seus conhecimentos prévios relativamente ao
módulo a lecionar na intervenção pedagógica, foi elaborado um inquérito por questionário (Anexo
I), desenvolvido com a ferramenta de formulários do Google e disponibilizado online aos alunos,
para preenchimento com a devida autorização do orientador cooperante. Este questionário era
anónimo e com garantia de confidencialidade das respostas, aliás conforme recomendações
éticas da investigação em educação (Lima, 2006). Ainda no decurso das aulas de observação da
prática pedagógica do orientador cooperante e imediatamente após cada aula, foram elaboradas
notas de campo do tipo descritivo (Coutinho, 2011) na forma de um diário, de maneira a
descrever o funcionamento e a dinâmica de cada aula, a atitude dos alunos em sala de aula e
perante a aprendizagem, o seu comportamento e as suas dificuldades de aprendizagem. Ainda
no âmbito da observação das aulas mas aquando da intervenção pedagógica, foram igualmente
elaboradas, imediatamente após cada aula, notas de campo do tipo descritivo, agora mais
detalhadas, com o intuito de realizar eventuais ajustes, alterações ou correções à estratégia
42
pedagógica utilizada contribuindo, desta forma, para uma melhoria contínua do processo de
ensino-aprendizagem.
Durante a intervenção pedagógica e no seu término, no sentido de medir a
aprendizagem dos alunos, foi realizada a análise e avaliação dos trabalhos resultantes da prática
letiva, tais como as fichas de trabalho e o projeto final, mediante o preenchimento das respetivas
grelhas de correção e de avaliação.
No final da intervenção, no sentido de avaliar o impacto nos alunos das estratégias de
ensino-aprendizagem utilizadas nas aulas, foi elaborado um outro inquérito por questionário
(Anexo 6), desenvolvido com a ferramenta de formulários do Google e disponibilizado online aos
alunos, para preenchimento com a devida autorização do orientador cooperante. Este
questionário era também anónimo e com a garantia de confidencialidade das respostas.
3.2.3. Estratégias de ensino-aprendizagem
3.2.3.1. Estratégia exploratória
Numa primeira fase e no sentido de conhecer e perceber o público-alvo da minha
intervenção pedagógica e consequentemente idealizar o trabalho futuro a desenvolver, utilizei
duas técnicas de recolha de dados, já identificadas anteriormente (ponto 3.2.2.) e que foram: a
observação participante e o inquérito por questionário.
No âmbito da técnica de observação participante, a mesma decorreu aquando da
observação dos alunos em ambiente de sala de aula durante a prática pedagógica do orientador
cooperante, no período de novembro de 2013 a março de 2014 e cujos resultados se traduzem
no seguinte diário:
Data e Hora Notas de campo
2013/11/18
09:20-10:20
Nesta aula foi entregue e proposta pelo professor a correção do teste de
avaliação referente ao Módulo 1 – Folha de cálculo. Constatei que nem todos os
alunos seguiram as indicações do professor, optando por navegar na web em
sites lúdicos. Esta observação, permitiu-me desde já retirar algumas ilações em
relação à turma, verifiquei que alguns alunos chegam à aula depois da hora de
entrada; que alguns alunos distraem-se facilmente por sites na web não
relacionados com a aprendizagem como o Facebook, o Youtube e jogos on-line;
que alguns alunos estão desmotivados para a aprendizagem não realizando as
tarefas propostas pelo professor; e que alguns alunos têm bastantes
43
dificuldades de aprendizagem evidenciada na nota negativa que tiveram no
teste realizado referente ao módulo em curso.
2013/11/24
09:20-10:20
Nesta aula foi proposta pelo professor e aos alunos com nota negativa no teste
de avaliação do módulo em curso, a resolução do mesmo para esclarecimento
de dúvidas e preparação para o teste de recuperação. Aos restantes alunos foi
proposta a realização da seguinte atividade: tirar fotografias a vários espaços da
escola, tendo em vista o início do Módulo 2 – Aquisição e Tratamento de
Imagem Estática. Reportando-me aos alunos que tiveram nota negativa no teste
de avaliação, os que estiveram presentes em sala de aula eram 4, num total de
6 com nota negativa. Dos presentes, observei que 3 alunos dedicaram-se a
resolver o teste e esclarecer dúvidas com apoio do professor e o meu próprio
apoio. O restante aluno com nota negativa, recusou-se a executar a atividade
proposta pelo professor. Este é um aluno completamente desmotivado e
desenquadrado do processo de ensino-aprendizagem.
2013/12/02
09:20-10:20
Nesta aula foi proposta por mim e aceite pelo orientador cooperante o
preenchimento de um inquérito por questionário por parte dos alunos, no
âmbito de um trabalho de grupo referente à UC de Psicologia da adolescência,
acerca da temática do Sedentarismo. O questionário foi disponibilizado online e
preenchido pelos alunos (21) com o meu devido apoio para esclarecimento de
dúvidas sempre que solicitado. Uma vez realizado o inquérito foi proposta pelo
orientador cooperante uma atividade de criação de um cartaz do curso, no
Microsoft Publisher. Observei que nem todos os alunos executaram a atividade
proposta, preferindo distrações na Web (jogos on-line, vídeos, outros).
2013/12/09
09:20-10:20
Nesta aula foi proposta pelo orientador cooperante a realização no Photoshop
de um cartaz do curso. Apoiei os alunos na realização do mesmo, tentando
ajudar e incentivando-os para a realização do mesmo. Observei alguns
comportamentos distrativos e 1 elemento não realizou a atividade proposta pelo
professor.
2013/12/16
09:20-10:20
Nesta aula e conforme pedido prévio aceite pelo meu orientador cooperante foi
proposto por mim aos alunos, o preenchimento de um inquérito por
questionário que envolveu a recolha de informação por forma a traçar o perfil
dos alunos da turma. Assim sendo, o objetivo deste questionário foi caracterizar
44
os alunos alvo da minha intervenção e aferir dos seus interesses, motivações e
conhecimentos na área a que diz respeito o módulo a lecionar, perspetivando
desta forma aquela que será a minha intervenção futura. Este questionário foi
disponibilizado online e teve o contributo de 20 alunos da turma.
2014/01/13
09:20-10:20
Nesta aula os alunos concluíram um trabalho prático, em grupos de 2
elementos, acerca da temática da fotografia. Apoiei os alunos na realização do
mesmo, tentando ajudar e incentivando-os para a realização do mesmo.
Observei alguns comportamentos distrativos e pouco empenho na realização do
trabalho por parte de alguns alunos. Constatei e foi-me confirmado pelo
orientador cooperante a desistência de 3 alunos do curso, de referir que estes
eram aqueles que apresentavam maior resistência à realização das atividades
propostas pelo professor e com pior aproveitamento, assim sendo, à presente
data, a turma é composta por 20 alunos, 14 do sexo feminino e 6 do sexo
masculino. Em discussão com o orientador cooperante, ficou definido que o
início da minha intervenção pedagógica estará previsto para o dia 18 de
fevereiro, como tal, aproveitei para falar mais em concreto acerca da minha
proposta de intervenção, sendo que a mesma foi bem aceite pelo orientador
cooperante.
2014/01/20
09:20-10:20
Nesta aula os alunos realizaram um cartaz no Photoshop acerca das regras de
segurança num laboratório clínico. Apoiei os alunos na realização do mesmo,
ajudando, esclarecendo dúvidas e incentivando-os para a realização dessa
atividade. Observei alguns comportamentos distrativos e pouco empenho na
realização do trabalho por parte de alguns alunos. Em discussão com o
orientador cooperante, ficou redefinido que o início da minha intervenção
pedagógica estará previsto para a última semana de fevereiro.
2014/01/27
09:20-10:20
Nesta aula e com a devida autorização prévia do orientador cooperante, realizei
com 5 alunos um teste de usabilidade a uma plataforma web no âmbito de um
trabalho para a UC Avaliação e Concepção de Materiais Escolares de
Informática. De referir a boa colaboração dos mesmos na realização do teste.
Os restantes alunos realizaram um trabalho no âmbito do módulo a decorrer,
nomeadamente, a aplicação de um efeito Pop Art a uma fotografia, com o
Photoshop.
45
2014/02/03
09:20-10:20
Nesta aula os alunos tiveram como tarefa a aplicação de um conjunto de efeitos
sobre uma imagem no Photoshop. Apoiei os alunos na realização da mesma,
ajudando, esclarecendo dúvidas e incentivando-os para a realização dessa
atividade. Observei alguns comportamentos distrativos e pouco empenho na
realização do trabalho por parte de alguns alunos. Em discussão com o
orientador cooperante, ficou redefinido que o início da minha intervenção
pedagógica estará previsto para o dia 10 de março. A pedido do orientador
cooperante e conforme a minha manifestação prévia de participar em atividades
promovidas na escola, fiquei de preparar em colaboração com o meu colega de
estágio Paulo Torres, uma palestra acerca da temática da Segurança na
Internet no âmbito do Dia Internet Segura a decorrer no mês de fevereiro na
ALFACOOP, mais especificamente nos dias 25 e 27. A apresentação decorrerá
no auditório da escola com a presença das turmas do 5º ano de escolaridade.
2014/02/24
09:20-10:20
Por motivo de baixa médica do orientador cooperante, esta aula foi ministrada
por um professor substituto, à qual assisti com a devida autorização de ambos
os professores. A oportunidade de observar a turma com outro professor foi
importante, na medida em que verifiquei de que forma os alunos reagiam a um
novo professor e consequentemente, a uma outra forma de atuar. Nesta aula os
alunos tiveram como proposta de trabalho o início do desenvolvimento de um
trabalho prático final no Photoshop, que decorrerá durante as próximas 4 aulas
e que será alvo de avaliação de cada aluno no módulo. Procurei apoiar os
alunos na realização do mesmo, ajudando, esclarecendo dúvidas e
incentivando-os para a realização dessa atividade. Observei alguns
comportamentos distrativos e pouco empenho na realização do trabalho por
parte de alguns alunos. Em discussão com o professor substituto e uma vez
que houve uma semana em que os alunos não tiveram aulas de TIC, verifiquei
que o início da minha intervenção estará previsto para o dia 17 de março.
2014/03/10
09:20-10:20
Por motivo de baixa médica do orientador cooperante, esta aula foi ministrada
por um professor substituto, à qual assisti com a devida autorização de ambos
os professores. Nesta aula os alunos tiveram como proposta de trabalho a
continuação do desenvolvimento de um trabalho prático final no Photoshop.
Procurei apoiar os alunos na realização do mesmo, ajudando, esclarecendo
46
dúvidas e incentivando-os para a realização dessa atividade. Observei alguns
comportamentos distrativos e pouco empenho na realização do trabalho por
parte de alguns alunos. No final da aula aproveitei para falar com o professor
substituto acerca da turma e do meu projeto de intervenção que se iniciará na
próxima aula, dia 17 de março.
Tabela 7 – Diário do professor
Numa apreciação global, as principais conclusões após análise das referidas notas de
campo, foram as seguintes:
Quanto ao funcionamento e à dinâmica das aulas, estas funcionaram
maioritariamente através da proposta de resolução atividades práticas acerca da
temática em estudo. O professor iniciava cada aula com uma exposição à turma
acerca do trabalho a desenvolver, recorrendo à instrução direta sempre que se
justificasse, para exemplificar a execução das diferentes tarefas. No decurso da aula
o professor seguia o desenvolvimento do trabalho dos alunos apoiando-os e
esclarecendo dúvidas. Neste âmbito, foi notória a aversão dos alunos para o método
expositivo e aquando da utilização da instrução direta os alunos dispersavam muito
facilmente não acompanhando desta forma as instruções do professor;
Quanto à atitude dos alunos em sala de aula e perante a aprendizagem, foram
constantes as suas distrações, revelando pouco empenho e motivação para a
realização das atividades propostas e consequentemente um manifesto
descomprometimento para com a sua aprendizagem. Os alunos dispersam-se muito
facilmente por sítios na web que em nada estão relacionados com os conteúdos
programáticos a abordar, não acatam prontamente as atividades propostas pelo
professor, requerendo deste a insistência constante para um trabalho produtivo.
Também neste âmbito, foi manifestamente constatado a ausência de métodos de
trabalho e consequentemente de aprendizagem por parte dos alunos em sala de
aula, ou seja, em momento algum foi verificado o hábito dos alunos registarem no
caderno ou noutro suporte aspetos relevantes para a aprendizagem de uma
determinada temática;
47
Quanto ao comportamento dos alunos, foi notório o incumprimento de algumas
regras básicas em sala de aula, tais como, o uso do telemóvel, o comer em sala de
aula, o levantar da cadeira sem pedir licença e conversas paralelas despropositadas;
Quanto às dificuldades dos alunos, com tão pouco empenho por parte de alguns e
descomprometimento quanto à sua aprendizagem, foram notórias as dificuldades
evidenciadas na realização das atividades propostas.
Em relação à técnica de inquérito por questionário (Anexo I), os dados seguintes
traduzem aqueles que foram os resultados obtidos a partir da amostra de 20 alunos, no que
concerne aos seus interesses e motivações para a aprendizagem, bem como aos seus
conhecimentos prévios relativamente ao módulo a abordar aquando da intervenção pedagógica.
Assim e no que se refere às atividades preferidas dos alunos no uso do computador
(Tabela 8), estas passam maioritariamente pela participação em redes sociais (95%), por ouvir
música (85%) e pelo visionamento de vídeos (75%). Já a utilização do computador por parte dos
alunos para atividades relacionadas com as aulas, tais como estudar ou fazer os trabalhos de
casa, reúne a concordância de apenas 40% dos alunos.
Atividades Alunos
n %
Jogos online 12 60%
Ouvir música em sites específicos 17 85%
Participar em redes sociais (ex: facebook, tumblr, ask.fm, etc.) 19 95%
Conversar com os amigos em chats 13 65%
Estudar/ Fazer os trabalhos de casa 8 40%
Ver vídeos online 15 75%
Ler jornais online 4 20%
Pesquisar na Internet 13 65%
Utilizar o correio eletrónico 7 35%
Tabela 8 – Atividades preferidas dos alunos no uso do computador
Quanto à preferência dos alunos na realização dessas atividades com recurso ao
computador, a maioria e na mesma proporção (55%), refere gostar muito de participar em redes
sociais e de ouvir música. Já se analisarmos as preferências dos alunos no que concerne a
48
atividades relacionadas com as aulas, tais como estudar ou fazer os trabalhos de casa (Gráfico
10), 65% dizem que gostam pouco ou mesmo que não gostam de o fazer.
Gráfico 10 – Gosto dos alunos pelo uso do computador para estudar ou fazer os trabalhos de casa
Quanto à motivação dos alunos para a aprendizagem na disciplina de TIC (Tabela 9), se
por um lado manifestam interesse pela matéria que estão a aprender, referem-se esforçados
para ter bons resultados, manifestam uma boa perceção acerca das suas capacidades de
aprendizagem e persistência na resolução dos problemas propostos em sala de aula, por outro
lado, referem que aprender é aborrecido, demonstram pouco empenho na realização das
atividades propostas em sala de aula e distraem-se com bastante facilidade.
Motivação dos alunos Discordo
totalmente Discordo
Não concordo/
Não discordo Concordo
Concordo
totalmente
Estou muito interessado em
aprender 0% 5% 10% 75% 10%
Penso que o que estamos a
aprender é interessante 0% 0% 15% 75% 10%
Esforço-me muito para ter bons
resultados 0% 5% 10% 75% 10%
Nas aulas trabalho o melhor que
posso 5% 5% 20% 60% 10%
Gosto do que estou a aprender 0% 10% 25% 60% 5%
Gosto de aprender coisas novas
nas aulas 0% 5% 15% 65% 15%
Penso que aprender é
aborrecido 25% 5% 35% 35% 0%
Quando estou nas aulas
participo nas atividades 0% 5% 30% 50% 15%
6 1 12 1 0
5
10
15
Gosto Gostomuito
Gostopouco
Não gosto
Nº
de
alu
no
s
Estudar ou fazer os trabalhos de casa
49
propostas
Quando estou nas aulas apenas
finjo que estou a trabalhar 25% 25% 15% 30% 5%
Estou com atenção nas aulas 0% 10% 25% 65% 0%
Quando estou nas aulas distraio-
me frequentemente 5% 30% 25% 35% 5%
Sei que serei capaz de aprender
a matéria dada nas aulas 0% 5% 15% 70% 10%
Tenho a certeza que percebo as
matérias ensinadas nas aulas 0% 15% 30% 50% 5%
Quando tenho dificuldades em
perceber uma matéria, não
desisto até a compreender
5% 10% 20% 55% 10%
Quando encontro um problema
difícil, continuo a trabalhar até o
resolver
5% 10% 20% 60% 5%
Tabela 9 – Motivação dos alunos para a aprendizagem na disciplina de TIC
Relativamente à forma como os alunos gostam de trabalhar em sala de aula na
realização dos trabalhos propostos (Gráfico 11), bem como à forma como aprendem mais, as
respostas são coincidentes, 55% tem preferência pelo trabalho em pares.
Gráfico 11 – Preferência na realização dos trabalhos em sala de aula
No que concerne ao conhecimento dos alunos acerca da criação de websites (Gráfico
12), apenas 10% dos alunos afirma ter já criado um website, utilizando para o efeito a
ferramenta de criação de websites Kompozer.
6 11 3 0
2
4
6
8
10
12
Em grupo Em pares Sozinho(a)
Nº
de
alu
no
s
Realização de trabalhos em sala de aula
50
Gráfico 12 – Conhecimento dos alunos acerca da criação de websites
Quanto ao conhecimento de ferramentas de criação de websites (Gráfico 13), apenas
10% dos alunos afirma conhecer alguma ferramenta para criação de websites, dando como
exemplo a ferramenta de criação de websites Kompozer.
Gráfico 13 – Conhecimento de ferramentas de criação de websites
No que concerne à linguagem de produção de páginas web (Gráfico 14), a maioria dos
alunos (65%), refere não ter conhecimentos acerca da mesma.
18
2
Criação de websites
Não Sim
18
2
Conhecimentos de ferramentas de criação de websites
Não Sim
51
Gráfico 14 – Conhecimentos de linguagem HTML
Relativamente às ferramentas de criação de websites (Tabela 10), a maioria dos alunos,
nunca trabalhou com qualquer das ferramentas apresentadas.
Programa/Ferramenta
Alunos
Sim Não
n % n %
Webnode 0 0% 20 100%
Dreamweaver 0 0% 20 100%
Wix 1 5% 19 95%
Google sites 8 40% 12 60%
WordPress 3 15% 17 85%
Joomla 0 0% 20 100%
Weebly 0 0% 20 100%
Microsoft Expression 4 20% 16 80%
Notepad ++ 4 20% 16 80%
Google Web Designer 1 5% 19 95%
Tabela 10 – Conhecimento de ferramentas de criação de websites
Numa apreciação global aos resultados do questionário e relativamente aos interesses
dos alunos no uso do computador, constata-se o gosto dos mesmos por atividades lúdicas, tais
como, o acesso às redes sociais, ouvir música e ver vídeos, em contraponto com atividades de
estudo ou trabalhos escolares. No que diz respeito à motivação dos alunos para a aprendizagem,
regista-se o aborrecimento dos mesmos pelas matérias lecionadas e a sua falta de empenho na
13
7
Conhecimentos em Linguagem HTML
Não Sim
52
realização das atividades propostas, assim como a falta de atenção nas aulas. Constatou-se
também a preferência dos alunos pelo trabalho em pares, na realização dos trabalhos na
disciplina de TIC. No que concerne aos conhecimentos prévios relativamente aos conteúdos a
abordar aquando da intervenção pedagógica, pode dizer-se que os mesmos são praticamente
nulos.
Em conclusão e no que concerne a esta investigação prévia realizada e traduzida nos
resultados obtidos com as técnicas de recolha de dados observação participante e inquérito por
questionário pode-se aferir, que a problemática subjacente à minha intervenção pedagógica, tem
por base o fator motivacional dos alunos para a aprendizagem. Ora o fator motivação é, por si só
“uma das forças importantes que orientam as ações dos alunos”, contribuindo e muito para a
criação de um ambiente de sala de aula produtivo (Arends, 1999, p. 122). Também Pérez
(2009) assinala o fator motivação, como um dos principais fatores que influenciam o êxito da
aprendizagem dos alunos. Assim sendo, parece-me de todo relevante investir a minha prática
pedagógica sobre esta problemática.
3.2.3.2. Estratégia de intervenção
Atendendo às especificidades dos alunos da turma e como tal a problemática
identificada – alunos desmotivados para a aprendizagem, esta intervenção irá ser suportada
preferencialmente por métodos de ensino centrados no aluno, onde o professor assumirá um
papel de facilitador e orientador do processo de ensino-aprendizagem. Esta visão do processo de
ensino-aprendizagem vai ao encontro do corroborado por Coll et al, (2001), na sua abordagem
construtivista da aprendizagem, onde o aluno é o ator mais importante, é ele quem constrói o
próprio conhecimento através a ação, reflexão e abstração. Ele é o último responsável pela sua
aprendizagem e mais ninguém pode realizar essa tarefa em seu lugar. Os alunos devem ser
capazes de construir conhecimento nas suas mentes. Os professores podem facilitar este
processo, ensinando formas que tornem a informação relevante e carregada de significado para
os alunos, permitindo-lhes descobrir e aplicar novas ideias e deixando que eles se tornem
conscientes das suas estratégias de aprendizagem (Coll, et al., 2001).
Como consolidação desse modelo de ensino-aprendizagem em sala de aula, prevê-se a
adoção de uma metodologia de trabalho de projeto, na lecionação do módulo de Criação de
Páginas Web. Esta é uma “metodologia de ensino-aprendizagem de base construtivista” (Rosa,
2012, p. 6) que, segundo Sanches (2001, p. 77), “introduz nas dinâmicas da aula uma forma
53
diferente de ser e de estar, gera mais competências, desenvolve a autonomia, a
responsabilidade e o respeito pelo outro, donde o saber, o saber ser, o saber estar, o saber fazer
encontram ai a complementaridade necessária”.
Desta forma, a operacionalização da metodologia de trabalho de projeto em sala de aula
será traduzida e tal como a sua própria definição, através da realização de um projeto baseado
num tema ou num problema que resulta dos interesses e das necessidades dos alunos (Ferreira,
2013). Assim e segundo Arends (1999), relacionar as matérias e as atividades de aprendizagem
com os interesses dos alunos, fará com que os mesmos se sintam mais motivados. Também
segundo o mesmo autor, o facto de os alunos sentirem que têm influência nas decisões tomadas
em sala de aula, é um fator motivacional (Arends, 1999). De referir também que o trabalho de
projeto, possibilitará a adoção por parte do professor de uma pedagogia diferenciada, que
segundo Sanches (2001), irá permitir gerir a heterogeneidade da turma, possibilitando que
alunos com diferentes capacidades participem a níveis diferenciados e com objetivos diferentes.
No final do desenvolvimento do projeto estará prevista uma apresentação do produto final à
turma pelos alunos, por forma a defenderem e mostrarem aos restantes colegas o trabalho
desenvolvido, constituindo desta forma e segundo Rangel (2002) uma mais valia para todos, na
medida em que percecionam as diferentes aprendizagens realizadas.
Também por definição de projeto, subentende-se que a sua execução ocorrerá em
trabalho de grupo. Ora esta opção é também corroborada por Sá (2001) que vê no
desenvolvimento do trabalho de grupo um dos objetivos do ensino, na medida em que “as
atividades de grupo, quando desenvolvidas na escola, levam a que os alunos partilhem saberes
e responsabilidades, aprendam a ouvir e respeitar as opiniões dos colegas, a ser solidários, a
compreender a vantagem do “nós”, abandonando o egoísmo do “eu”, a valorizar o diálogo em
detrimento do silêncio, a trocar a competição pela cooperação, a perder o medo de errar,
adquirindo o sentimento de segurança, e acima de tudo, permite o desenvolvimento do espírito
de tolerância, desenvolvendo também, pela prática, uma autêntica noção de democracia” (Sá,
2001, p. 21).
Devo referir, por fim que, não obstante a minha intervenção ter como base a utilização
de uma metodologia de trabalho de projeto, prevê-se também o recurso a outros métodos de
ensino-aprendizagem, como por exemplo: o método expositivo aquando da introdução de novos
conceitos, contextualizações ou sínteses dos conteúdos aprendidos; o método de instrução direta
aquando da necessidade de proporcionar uma prática guiada em relação à execução de
54
Etapa 1: Apresentação
do módulo
Etapa 2: Conceptualização
teórica
Etapa 3: Planeamento de
um website
Etapa 4: Ferramenta de edição de páginas web
Etapa 5: Trabalho de
projeto
diferentes tarefas no computador e o método de discussão em sala de aula aquando da
necessidade de dialogar com a turma acerca de determinados conteúdos ou conceitos novos ou
aprendidos. Ora esta estratégia de ensino-aprendizagem baseada numa diversidade de
metodologias, vai ao encontro do corroborado por Rangel e Gonçalves (2010) quando referem
que apesar da metodologia de trabalho de projeto ser “muito rica do ponto de vista das
aprendizagens que proporciona (…) a diversidade de objetivos e aprendizagens a promover,
implica que se recorra, igualmente, a uma diversidade de abordagens e metodologias” (Rangel &
Gonçalves, 2010, p. 26).
3.2.4. Desenho da intervenção
A estratégia a adotar aquando da intervenção propriamente dita irá incidir sobre o ensino
e a aprendizagem de um conjunto de conteúdos programáticos previamente definidos e
expressos na planificação do módulo de Criação e Páginas Web (Anexo 2). Nesta medida e após
uma análise à referida planificação, idealizei a minha intervenção no que concerne ao percurso
de aprendizagem dos alunos, à luz do seguinte esquema:
Figura 1 – Percurso de aprendizagem dos alunos
Assim e conforme a figura anterior, o percurso de aprendizagem dos alunos assenta em
5 etapas fundamentais. Numa primeira etapa designada de Apresentação do módulo, o objetivo
passará pela contextualização do módulo a abordar, explicitando os objetivos a atingir, os
conteúdos programáticos a lecionar, as estratégias de ensino-aprendizagem a adotar, bem como
os procedimentos e critérios de avaliação que lhe estão subjacentes. Numa segunda etapa
designada de Conceptualização teórica, o objetivo passará por dotar os alunos dos
55
conhecimentos necessários, por forma a serem capazes de identificar e explicar os principais
conceitos associados às páginas web, bem como distinguir as diferentes técnicas de edição de
páginas web e enumerar diferentes programas ou ferramentas de edição de páginas web. Na
etapa três designada de Planeamento de um website, o objetivo passará por dotar os alunos dos
conhecimentos necessários, por forma a serem capazes de efetuar o planeamento de um
website através da identificação e descrição das principais variáveis que lhe estão inerentes, bem
como reconhecer a importância do planeamento como trabalho prévio na criação de um
website. Na etapa quatro designada de Ferramenta de edição de páginas web, o objetivo passará
por dotar os alunos dos conhecimentos necessários, por forma a familiarizá-los com uma
ferramenta de edição de páginas web e desta forma, tornarem-se capazes de criar páginas web
e publicar um website num servidor web. Por fim na etapa cinco designada de Trabalho de
projeto, pretende-se que os alunos apliquem e consolidem os conhecimentos adquiridos nas
etapas anteriores, por forma a serem capazes de desenvolver um website com sucesso
distinguindo as suas diferentes fases e os respetivos outputs.
Quanto à calendarização do percurso de aprendizagem dos alunos (Tabela 11), estão
previstas 34 horas de lecionação, no período de 17 de março a 20 de junho de 2014.
Aulas
Etapas
Horas 1 2 1 2 1 2 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 2 1 1 2 2
Dias
17-m
ar
18-m
ar
24-m
ar
25-m
ar
31-m
ar
01-a
br
22-a
br
28-a
br
29-a
br
05-m
ai
06-m
ai
19-m
ai
20-m
ai
26-m
ai
27-m
ai
02-ju
n 03
-jun
06-ju
n 09
-jun
16-ju
n 17
-jun
20-ju
n
1. Apresentação do módulo
2. Conceptualização teórica
3. Planeamento de um website
4. Ferramenta de edição de páginas web
5. Trabalho de projeto
Tabela 11 – Calendarização do percurso de aprendizagem dos alunos
Em relação aos critérios de avaliação (Tabela 12), as orientações pedagógicas em vigor
na escola determinam critérios de avaliação, em que a componente de atitudes e valores
corresponde a 20% e o domínio dos conhecimentos a 80%.
56
Critérios de avaliação
Avaliação Contínua (20%) Avaliação Sumativa (80%)
Assiduidade (2%)
Pontualidade (3%)
Atitudes (5%)
Responsabilidade (5%)
Autonomia (5%)
Fichas de trabalho (20%)
Projeto final (60%)
Tabela 12 – Critérios de avaliação
De referir que a opção por esta via de avaliação dos conhecimentos, deve-se
essencialmente ao caráter prático subjacente quer aos cursos profissionais quer à própria
disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação, bem como ao perfil dos alunos da
turma, mais propensos para a prática e avessos à exposição de conteúdos. O facto de a mesma
incidir em fichas de trabalho tem a ver com a necessidade de orientar os alunos para o domínio
de uma ferramenta de criação de páginas web, já a realização do projeto final permitirá além de
aplicar e consolidar os conhecimentos adquiridos, possibilitar outras competências como o
trabalho colaborativo e/ou cooperativo, a autonomia, o espírito de equipa, a entreajuda, a
criatividade, bem como, a responsabilização do aluno perante a sua aprendizagem.
3.2.5. Planificação das aulas
Uma vez realizado o desenho da minha intervenção, que me permitiu pensar em traços
gerais como iria abordar o módulo em sala de aula durante o seu decurso, bem como a forma
como iria proceder à avaliação dos alunos, é tempo de iniciar a intervenção propriamente dita.
Contudo, parece-me de suma importância refletir acerca daquele que é o trabalho prévio a cada
aula por parte do professor, e que se trata da planificação das aulas.
Desta forma, planificar uma aula constitui o ato prévio de pensar como a mesma se irá
desenrolar, definindo à partida um conjunto de aspetos chave tais como, os conteúdos a
lecionar, os objetivos a alcançar e a estratégia pedagógica a implementar (Zabalza, 1998). Assim
e no que concerne aos conteúdos, é tarefa do professor e mediante o programa da disciplina
e/ou outros referenciais, selecionar os temas a abordar em cada aula, bem como, o grau de
profundidade dos mesmos. Algumas sugestões a ter em conta aquando da seleção dos
conteúdos a abordar nas aulas e segundo Arends (2008), passam por, clarificar e simplificar os
conteúdos mais difíceis; ter cuidado com a quantidade de informação e o número de conceitos a
57
apresentar numa aula; manter uma sequência lógica na abordagem dos conteúdos; ter em
atenção os conhecimentos anteriores dos alunos; tentar relacionar os conteúdos com o que é
abordado noutras áreas disciplinares. Quanto aos objetivos, estes servem para transmitir aquilo
que os alunos devem aprender numa aula, servindo assim para o professor avaliar a evolução do
aluno e para os alunos orientarem o seu trabalho (Arends, 2008). No que se refere às
estratégias pedagógicas, estas consistem na forma como o professor pretende operacionalizar o
seu trabalho e os trabalhos dos alunos em sala de aula tendo como referência os objetivos a
atingir. Passa por selecionar os métodos e técnicas pedagógicas, as atividades a desenvolver, os
materiais e recursos necessários e a modalidade de avaliação que lhe está subjacente. Segundo
Arends (2008), o professor aquando da seleção da estratégia pedagógica a adotar deverá ter em
conta as especificidades dos seus alunos e assim, dar mais tempo aos alunos com mais
dificuldades, para que completem uma determinada tarefa e desta forma, proporcionar mais
trabalhos aqueles que a terminam rapidamente; adaptar as matérias e o seu aprofundamento ao
perfil dos alunos; utilizar diferentes atividades de aprendizagem uma vez que os alunos divergem
na maneira como preferem aprender; e possibilitar aos alunos a escolha de projetos
consistentes com as suas capacidades.
Quanto à importância da planificação e segundo Arends (2008) destacam-se um
conjunto de benefícios de uma boa planificação, nomeadamente, que a consciencialização dos
alunos acerca dos objetivos de aprendizagem torna-os mais concentrados, e que uma
planificação cuidadosa dos professores faz com que a aula decorra de forma regular, com
menos problemas de disciplina e com menos interrupções. No entanto Arends (2008), alerta
para o facto de a planificação poder tornar os professores insensíveis às ideias e necessidades
dos alunos, uma vez que podem centrar-se em demasia nos objetivos previamente definidos e
não dar azo a outras possibilidades. Este alerta vem também ao encontro do que Zabalza (1998)
refere quando diz que, planificações muito rígidas e prescritivas onde tudo é minuciosamente
previsto, não dão azo ao improviso nem às ideias ou contribuições dos alunos.
Nesta medida, e atendendo ao exposto anteriormente, aquando da minha intervenção
pedagógica, realizei o planeamento de cada aula tendo para o efeito elaborado um modelo
próprio (Anexo 3). De referir que este modelo foi elaborado com base na planificação modular
disponibilizada pela escola, bem como noutros planos de aula que utilizei no âmbito da minha
atuação como formador na área de Informática em diferentes entidades.
58
59
4. DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO
4.1. Desenvolvimento da intervenção
4.1.1. Aula 1
Tratando-se esta aula o início da minha intervenção, procurei numa primeira fase
contextualizar o módulo a iniciar, explicitando os objetivos a atingir, os conteúdos a abordar, as
estratégias a adotar, bem como os procedimentos e critérios de avaliação que lhe estão
subjacentes. No sentido de evitar distrações e para que os alunos estivessem atentos foi-lhes
pedido no início da aula, que desligassem os monitores e que orientassem a sua posição para o
professor, por forma a observarem a referida exposição e desta forma, darem a sua opinião em
relação à proposta de trabalho para o módulo a iniciar, bem como esclarecerem eventuais
dúvidas que fossem surgindo. Neste âmbito, os alunos mantiveram uma postura atenta e em
concordância com o exposto.
Uma vez feita a contextualização do trabalho a realizar ao longo do módulo, propus à
turma a realização de uma atividade prática, que consistiu numa pesquisa web acerca dos
principais conceitos associados às páginas web. A opção pela atividade prática em vez da
exposição dos conceitos, deve-se essencialmente ao facto de os alunos serem avessos ao
método expositivo, conclusão esta retirada com a observação da prática pedagógica do
orientador cooperante, onde foi verificado que os alunos se distraem com bastante facilidade,
apresentando portanto dificuldades de atenção e de concentração, assim esta atividade vem
suprir essa problemática, contribuindo também para que de forma autónoma os alunos
identifiquem alguns conceitos associados às páginas web. Esta atividade teve uma duração
prevista de 10 minutos, fim dos quais cada aluno deveria indicar ao professor 3 conceitos que
encontrou. Nesta fase o objetivo não é que os alunos saibam explicar o(s) conceito(s), mas sim
que identifiquem os principais conceitos associados às páginas web. De referir também que os
alunos tiveram um bom desempenho nesta atividade, todos participaram e contribuíram com
resultados para a mesma.
No final da atividade prática foi feito o registo pelo professor das contribuições de cada
aluno com recurso à ferramenta web Wordle8. Ora, esta ferramenta permitiu obter uma visão
geral dos diferentes conceitos (Figura 2), destacando aqueles que foram repetidos com mais
frequência e dando de alguma forma a ideia daqueles que serão os conceitos mais importantes
8 O Wordle é uma ferramenta online, que gera uma “nuvem de palavras”, destacando em tamanho aquelas que são mais repetidas. Esta
ferramenta está acessível a partir do endereço http://www.wordle.net.
60
a reter, tratando-se então uma ferramenta útil para o efeito pretendido, possibilitando também a
análise e discussão à posteriori dos resultados obtidos.
Figura 2 – Nuvem de conceitos associados às páginas web (1ª versão)
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, todos os alunos
participaram e contribuíram na atividade proposta. No entanto há a registar algumas lacunas no
que concerne à sua postura em sala de aula, ou seja alguns alunos têm tendência para se
levantarem e saírem do seu lugar sem autorização, pelo que uma boa atitude em sala de aula
será um aspeto a reforçar nas aulas subsequentes. Também o facto de a turma apresentar
lacunas no que concerne à atenção e concentração em sala de aula, faz-me reforçar a adoção
de uma metodologia centrada no aluno através da realização de atividades práticas, contrapondo
desta forma, com uma metodologia centrada do professor. De referir por fim que em todas as
aulas que se justifique o recurso ao método expositivo, este deverá ocupar pouco tempo da aula
(15 min no máximo.), período no qual os alunos deverão desligar os monitores por forma a
estarem atentos e precaver as distrações.
4.1.2. Aula 2
Numa fase inicial, procurei fazer uma revisão dos conteúdos abordados, através da
análise e discussão da nuvem de conceitos (Figura 2), resultante da atividade da aula anterior.
Esta análise e discussão, decorreu através de questões lançadas à turma acerca dos conceitos
expostos e de que forma os mesmos poderiam ser agrupados ou eliminados, uma vez que
alguns conceitos significavam a mesma coisa e outros não se enquadram na temática em
estudo. Assim, foi pedido aos alunos para observarem a respetiva nuvem de conceitos e
61
identificassem aqueles que eram similares ou que estavam desenquadrados, dando desta forma
origem a uma revisão do mesmo. Os alunos tiveram uma participação satisfatória nesta
atividade, ou seja embora não identificando todos os conceitos similares ou desenquadrados,
contribuíram com algumas sugestões embora que, nem sempre as mais corretas. Como
resultado desta atividade foi feita uma revisão (Figura 3) à nuvem de conceitos anterior.
Figura 3 – Nuvem de conceitos associados às páginas web (2ª versão)
Uma vez terminada a revisão da aula anterior, foi proposta aos alunos uma nova
atividade prática, que consistiu na pesquisa do significado de um dos conceitos expostos (Figura
3). Assim, por ordem alfabética foi pedido a cada aluno que escolhe-se um conceito que teria
que procurar o seu significado e no final, aquando de uma discussão geral explica-lo à turma por
palavras suas. Esta atividade teve a duração total de 55 minutos e o objetivo é que os alunos
consigam explicar os principais conceitos associados às páginas web. Os alunos tiveram uma
boa participação nesta atividade, todos procuraram pelo significado do seu conceito, contudo a
referir alguma dificuldade em traduzir por palavras suas a correspondente explicação, o que
demonstra algumas lacunas dos alunos no que concerne à interpretação de conceitos.
Posteriormente e uma vez terminada essa atividade, partiu-se para a abordagem da
temática relacionada com os “Editores de páginas web”. A abordagem desta temática foi similar
ao realizado anteriormente, ou seja através da realização de uma atividade prática que consistiu
numa pesquisa web acerca das ferramentas ou programas para criação de páginas web. Esta
atividade teve a duração prevista de 15 minutos, fim dos quais cada aluno deveria indicar ao
professor 2 ferramentas ou programas que encontrou. Nesta fase o objetivo é que os alunos
saibam enumerar diferentes programas ou ferramentas de edição de páginas web. De referir
também que os alunos tiveram em bom desempenho nesta atividade, todos participaram e
62
contribuíram com resultados para a mesma. No final desta atividade prática foi feito o registo
pelo professor das contribuições de cada aluno com recurso à ferramenta web Wordle (Figura 4).
Figura 4 – Nuvem de editores de páginas web
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, todos os alunos
participaram e contribuíram nas atividades propostas embora com resultados e empenho
diferentes, registando-se também que alguns alunos dispersam-se em demasia por outras
atividades além das indicadas pelo professor, tais como jogos online, acesso a redes sociais ou
sites de visionamento de vídeos, por exemplo. Ora, considero que a relevância do aluno deverá
ser sempre para a atividade pedagógica proposta, contudo será muito difícil evitar estes desvios
até porque a escola não bloqueia o acesso a determinados websites, assim aquando da adoção
de comportamentos desse tipo, os alunos serão aconselhados a adotarem o comportamento
desejado e caso não o façam, serão penalizados na avaliação correspondente.
Como estratégia pedagógica nas aulas subsequentes, prevê-se o enfoque do trabalho na
realização do planeamento de um website, onde o aluno assumirá o papel ativo e o professor o
papel de orientador no processo de ensino-aprendizagem. Esta visão do processo de ensino-
aprendizagem vai ao encontro do corroborado por Coll, et al. (2001), na sua abordagem
construtivista da aprendizagem onde o aluno é o ator mais importante, é ele quem constrói o
próprio conhecimento através a ação, reflexão e abstração. Ora, este papel ativo dos alunos
confere-lhes mais responsabilidades, na medida em que a autonomia no trabalho tem como
complemento a responsabilização dos alunos perante a sua aprendizagem (Monteiro, 2007).
63
4.1.3. Aula 3
Numa fase inicial, procurei fazer uma revisão dos conteúdos abordados, através da
análise e discussão da nuvem de editores de páginas web (Figura 4), resultante da atividade da
aula anterior. Esta análise e discussão decorreu em turma através de questões ao grupo e
direcionadas, no sentido de clarificar as diferenças entre as ferramentas apresentadas quanto à
sua gratuitidade, ao tipo de ambiente de desenvolvimento e à respetiva técnica de edição. Nesta
fase o objetivo é que os alunos distingam as diferentes ferramentas, bem como as técnicas de
edição de páginas web. Os alunos tiveram uma participação satisfatória nesta atividade, ou seja
contribuíram às solicitações do professor, embora com algumas distrações.
Uma vez feita a revisão da aula anterior, foi proposta aos alunos uma atividade prática a
realizar em pares, que consistiu no planeamento de um website. De referir que não tive
participação na seleção dos pares, na medida em que os alunos no âmbito de outras disciplinas
estão habituados a trabalhar em conjunto, pelo que optei por deixar que os alunos mantivessem
essa rotina de trabalhar com quem mais gostam, evitando desta forma constrangimentos ou
conflitos. Assim, foi disponibilizado por e-mail uma grelha de planeamento (Anexo 4) que se
pretendeu que os alunos preenchessem, mediante um trabalho de pesquisa, análise e seleção
de informação na web acerca de uma mesma temática – Galeria de Arte. Esta atividade está
prevista para as aulas 3, e 4, e o objetivo consiste em dotar os alunos das competências e dos
conhecimentos necessários, por forma a serem capazes de efetuar o planeamento de um
website e assim, reconheçam a sua importância como trabalho prévio na criação de um website.
Tratando-se esta, uma fase que requer uma grande componente de investigação irá permitir
também aos alunos adquirir competências e conhecimentos neste âmbito. Espera-se também
preparar os alunos, para aquando da realização do planeamento do website referente ao seu
projeto futuro, sejam já autónomos na realização do mesmo. Quanto à participação dos alunos,
a salientar que tiveram uma boa participação nesta atividade, começaram por transferir a
respetiva grelha de planeamento e iniciaram a atividade propriamente dita.
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, na sua globalidade os
alunos participaram e contribuíram nas atividades propostas embora com resultados e empenho
diferentes, registando-se também que alguns alunos se continuam a dispersar em demasia por
outras atividades além das indicadas pelo professor, tais como jogos on-line, acesso a redes
sociais e sites de visionamento de vídeos, por exemplo. Também ficou mais uma vez claro
aquando da discussão em turma que alguns alunos tendem a dispersar conversando entre si,
64
desta forma em situações que verifiquem a necessidade de discussão em turma, prevê-se a
estimulação da participação de todos através de questões à turma e/ou direcionadas, bem como
o recurso a estratégias para que esta se torne efetiva, nomeadamente através das diferentes
técnicas de modificação de comportamento descritas por Sprinthall e Sprinthall (1993) como o
reforço positivo ou a moldagem. Por outro lado, situações indesejadas como distrações ou
conversas paralelas, procurar-se-ão ser suprimidas detetando-as atempadamente e
repreendendo o(s) aluno(s) no sentido de alterar o comportamento indesejado.
4.1.4. Aula 4
Numa fase inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, definindo a continuação e
conclusão da atividade iniciada na aula anterior, acerca do planeamento de um website. Os
alunos tiveram uma participação satisfatória nesta aula, ao longo da realização da atividade
foram surgindo dúvidas que foram prontamente esclarecidas pelo professor e à medida que
cada grupo ia terminando o seu trabalho foi feita uma revisão do mesmo pelo professor,
detetando anomalias e sugerindo correções. Uma vez revisto e dado como concluído pelo
professor o trabalho de cada grupo, os alunos enviaram-no por e-mail para o endereço indicado.
A opção por esta estratégia de trabalho deve-se ao facto de permitir que os alunos realizem a
atividade proposta de acordo com o seu ritmo, possibilitando também, um apoio individualizado
por parte do professor e ajustado às necessidades de cada grupo. Esta é uma visão corroborada
por Sanches (2001) quando refere que a adoção de uma pedagogia diferenciada, irá permitir
gerir a heterogeneidade da turma, possibilitando que alunos com diferentes capacidades
participem a níveis diferenciados e com objetivos diferentes.
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, na sua globalidade os
alunos participaram e contribuíram na atividade proposta embora com resultados e empenho
diferentes, registando-se também que alguns alunos se continuam a dispersar por outras
atividades além das indicadas pelo professor, tais como, jogos on-line, acesso a redes sociais e
sites de visionamento de vídeos, por exemplo.
Quanto à estratégia pedagógica na aula subsequente, prevê-se o enfoque do trabalho na
apresentação da plataforma online de edição de páginas web – Wix9 e, desta forma promover a
autonomia dos alunos e a sua responsabilização perante a aprendizagem, bem como promover
9 O Wix surgiu em 2006 e consiste numa plataforma online para o desenvolvimento de websites, permitindo aos seus utilizadores a criação de
websites em HTML5 através das suas ferramentas de arrastar-e-soltar e com possibilidade de adaptação dos mesmos ao ecrã do computador ou dos dispositivos móveis. Esta plataforma está acessível a partir do endereço www.wix.com.
65
o trabalho colaborativo e/ou cooperativo, onde o professor assumirá um papel de orientador no
processo de ensino-aprendizagem.
4.1.5. Aula 5
Numa fase inicial, procurei fazer uma revisão dos conteúdos abordados na aula anterior
através de questões direcionadas à turma relacionadas com o planeamento de um website e no
sentido de perceber se os alunos eram capazes de descrever a importância do planeamento de
um website e de identificarem as principais variáveis que lhe estão inerentes. Os alunos tiveram
uma boa participação na discussão, foram respondendo às questões colocadas com sucesso,
embora se tenham verificado algumas distrações. Uma vez realizada a referida revisão,
procedeu-se à definição dos objetivos para a aula em curso.
Assim foi proposta aos alunos a realização de uma atividade em pares, para registo na
plataforma online de edição de páginas web – Wix e seleção de um template ao seu critério mas
orientado para a temática subjacente ao website em desenvolvimento – Galeria de Arte. Desta
forma, pretendeu-se que os alunos tomem um primeiro contato com o ambiente de trabalho do
Wix e comecem já a realizar algumas tarefas como a seleção, edição e gravação de um template
de um website. Os alunos tiveram uma boa participação nesta atividade, ao longo da realização
da mesma foram surgindo dúvidas que foram prontamente esclarecidas pelo professor e no final
da aula todos tinham a tarefa concluída com sucesso.
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, na sua globalidade os
alunos participaram e contribuíram na atividade proposta embora com níveis de empenho
diferentes, registando-se também que alguns alunos se continuam a dispersar por outras
atividades além das indicadas pelo professor, tais como, jogos on-line, acesso a redes sociais e
sites de visionamento de vídeos, por exemplo.
Quanto à estratégia pedagógica nas aulas subsequentes, prevê-se o enfoque do trabalho
dos alunos na utilização da plataforma online de edição de páginas web – Wix e desta forma,
promover a autonomia dos alunos e a sua responsabilização perante a aprendizagem, bem
como promover o trabalho colaborativo e/ou cooperativo, onde o professor assumirá um papel
de orientador no processo de ensino-aprendizagem.
66
4.1.6. Aula 6
Numa fase inicial, procurei fazer uma revisão dos conteúdos abordados na aula anterior
através de questões direcionadas à turma, relacionadas com os primeiros passos para criação
de um website com o Wix e no sentido de perceber se os alunos eram capazes de os descrever.
Os alunos tiveram uma boa participação nesta discussão respondendo com sucesso às questões
colocadas. Uma vez realizada a referida revisão, procedeu-se à definição da proposta de trabalho
para a aula em curso.
Desta forma foi proposta aos alunos, a realização de uma ficha de trabalho em pares,
para criação de páginas web referentes a um website com uma temática comum e com recruso
à plataforma online de edição de páginas web – Wix. Assim, foi disponibilizado por e-mail aos
alunos o material de apoio e a ficha de trabalho correspondente, que prevê a realização de
operações como: inserir e apagar páginas web; definir uma página web como homepage; inserir
texto e imagens em páginas web e formatá-los; e inserir hiperligações para a web e para e-mail.
Quanto à participação dos alunos na atividade proposta, a mesma foi satisfatória, ao longo da
realização da atividade foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram
prontamente esclarecidas pelo professor, contudo apenas 3 em 10 pares conseguiram terminar
com sucesso a atividade proposta, facto que para o sucedido se deve maioritariamente à
distração dos alunos, ao pouco empenho demonstrado e à pouca ou mesmo nenhuma
colaboração entre alguns pares de alunos.
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu aquém das expectativas, na
sua globalidade os alunos participaram e contribuíram na atividade proposta mas com níveis de
empenho e resultados diferentes. O facto relatado de alguns alunos não terem concluído o
trabalho proposto, por falta de empenho e colaboração associado às distrações, prevê-se na
próxima aula o alerta para o sucedido com reforço da ideia de que o trabalho proposto para cada
aula, terá que ser realizado na sua totalidade e caso não se verifique esta premissa, haverá
penalização na avaliação do aluno.
4.1.7. Aula 7
Numa fase inicial, procurei fazer uma revisão dos conteúdos abordados na aula anterior
através da contextualização do trabalho realizado e de questões direcionadas à turma e
individualizadas, no sentido clarificar os conceitos mais importantes do desenvolvimento anterior,
tais como os conceitos de homepage e os diferentes tipos de hiperligação. Os alunos tiveram
67
uma boa participação nesta discussão respondendo com sucesso às questões colocadas. Uma
vez realizada a referida revisão, aproveitei para tecer algumas considerações acerca da forma
como se desenrolou o trabalho na aula anterior. Ora, atendendo à pouca produtividade e pouca
colaboração evidenciada pela maioria dos grupos de trabalho, foi proposta aos alunos uma
escala de classificação das próximas fichas de trabalho tendo em conta 2 critérios de avaliação:
a conclusão e a colaboração. Assim, a cada aula e a cada ficha de trabalho, cada grupo será
avaliado com uma nota correspondente ao grau de conclusão com sucesso da mesma e ao grau
de colaboração entre os elementos do grupo de trabalho, conforme escala apresentada (Tabela
13). Esta estratégia pretende prevenir alguma falta de empenho e de articulação nos elementos
que compõem o grupo de trabalho e consequentemente, premiar aqueles cujo desempenho e
articulação é excelente. Registe-se que não houve objeções por parte dos alunos à proposta de
classificação apresentada.
Critérios de avaliação Nota
Conclusão Colaboração
Total Total 20
Total Parcial 16
Total Nenhuma 12
Parcial Total 15
Parcial Parcial 11
Parcial Nenhuma 7
Não realizou a ficha de trabalho 0
Tabela 13 – Escala de classificação das fichas de trabalho
Seguidamente procedeu-se à definição do trabalho para a aula em curso, desta forma foi
proposta aos alunos a continuação da criação das páginas web referentes ao website em
desenvolvimento. Assim, foi disponibilizado por e-mail aos alunos a ficha de trabalho a realizar
na aula, que prevê a realização de operações como: adicionar páginas com layout pré-definido;
inserir texto; aplicar estilos; organizar imagens em slideshow; inserir botões; e inserir
hiperligação para documento. Quanto à participação dos alunos na atividade proposta, a mesma
foi satisfatória, ao longo da realização da atividade foram surgindo dúvidas específicas a cada
grupo de trabalho que foram prontamente esclarecidas pelo professor registando-se uma maior
colaboração entre os elementos do grupo, pese embora apenas 3 em 10 pares terem concluído
o trabalho proposto.
68
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, na sua globalidade os
alunos participaram e contribuíram na atividade proposta, houve um maior empenho e
colaboração entre os elementos do grupo de trabalho. Na situação relatada acerca da não
conclusão do trabalho proposto para a aula pela maioria dos grupos, registe-se como principal
fator a necessidade de conclusão do trabalho em atraso.
4.1.8. Aula 8
Numa fase inicial, procurei fazer uma revisão dos conteúdos abordados na aula anterior
através da contextualização do trabalho realizado e de questões direcionadas à turma, no sentido
clarificar os conceitos mais importantes do desenvolvimento anterior particularizando para os
diferentes tipos de hiperligação e os novos elementos incorporados nas páginas, nomeadamente
a galeria de imagens e os botões. Os alunos tiveram uma boa participação nesta discussão
respondendo com sucesso às questões colocadas. Uma vez realizada a referida revisão,
procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em curso.
Desta forma, foi proposta aos alunos a continuação da criação das páginas web
referentes ao website em desenvolvimento. Assim e uma vez que nem todos os grupos
terminaram o trabalho da aula anterior, nesta aula foi pedido aos alunos que a concluíssem.
Quanto à participação dos alunos na atividade proposta, a mesma foi muito boa, aqueles que
não tinham concluído o trabalho terminaram-no com sucesso e aqueles que haviam concluído o
trabalho procederam às necessárias correções ou ajustes, além de auxiliarem outros colegas na
finalização do mesmo. Ora este intercâmbio intergrupal é também salutar na medida em que,
além de consolidar o espírito de equipa proporciona àquele que ajuda o exercício da tarefa e
como tal, obriga-o a aplicar os conhecimentos e assim aumentar a sua mestria, já aquele que
recebe as explicações recebe o benefício de aprender (Bessa & Fontaine, 2002).
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu muito bem, todos os alunos
participaram e contribuíram na atividade proposta, houve um maior empenho e colaboração
entre os elementos do grupo de trabalho, assim como se verificou uma maior entreajuda entre
os diferentes grupos de trabalho.
4.1.9. Aula 9
Numa fase inicial, procurei fazer uma revisão dos conteúdos abordados na aula anterior
através da contextualização do trabalho realizado, dando ênfase aos principais elementos
69
incorporados nas páginas desenvolvidas, tais como as galerias de imagem do tipo Slideshow, e
Grid, e os botões com hiperligação para documentos. Os alunos tiveram uma boa participação
nesta discussão respondendo com sucesso às questões colocadas. Uma vez realizada a referida
revisão, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em curso.
Desta forma, foi proposta aos alunos a conclusão da criação das páginas web referentes
website em desenvolvimento. Assim, foi disponibilizado por e-mail aos alunos a ficha de trabalho
a realizar na aula, que prevê a realização de operações como: adição de páginas com layout pré-
definido; inserção de texto; aplicação de estilos; organização de imagens em Slideshow; inserção
e configuração de objeto Slider; inserção e configuração de objeto Google Maps; inserção e
personalização de formulário; e publicação do website num servidor web. Quanto à participação
dos alunos na atividade proposta, a mesma foi muito boa, todos com exceção de um par
terminaram-no com sucesso. O principal motivo para a não conclusão do trabalho por parte de
um dos grupos, deve-se essencialmente à falta de empenho e de união entre os seus elementos.
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu muito bem, ao longo da sua
realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente
esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre
os elementos do grupo de trabalho e uma maior entreajuda entre os diferentes grupos de
trabalho.
Quanto à estratégia pedagógica nas aulas subsequentes, prevê-se o enfoque no trabalho
de projeto. Este consiste numa metodologia de ensino-aprendizagem, que promove a
participação ativa dos alunos na realização de trabalhos baseados em temas ou em problemas,
que resultam dos seus interesses e das suas necessidades (Kilpatrick, 2006). A essência desta
metodologia reside no trabalho de grupo “o que permite desenvolver o sentido de
responsabilidade, solidariedade e o espírito de equipa” (Monteiro, 2007, p. 87) proporcionado,
desta forma o trabalho cooperativo e colaborativo, uma vez que “o conhecimento constrói-se no
processo de interação entre os alunos, entre os alunos e o professor, bem como com outros
elementos da comunidade (Monteiro, 2007, p. 87) e nesta medida essas interações irão
promover atitudes positivas, não só em relação aos conteúdos em estudo, como aos próprios
alunos (Bessa & Fontaine, 2002).
70
4.1.10. Aula 10
Numa fase inicial, procurei fazer um ponto de situação acerca do trabalho que tinha
vindo a ser desenvolvido nas últimas aulas e que foi finalizado na aula anterior, dando especial
ênfase ao processo de publicação de um website num servidor web e lançando desde já a
primeira atividade da aula, que consistiu na personalização do endereço do website. Assim, foi
disponibilizado por e-mail aos alunos a ficha de trabalho a realizar na aula, que prevê a
personalização de um endereço de um website de forma gratuita. Os alunos tiveram uma muito
boa participação nesta atividade, concluindo-a no tempo previsto e com sucesso. Uma vez
realizada a referida atividade, procedeu-se à definição de uma nova proposta de trabalho a iniciar
na aula em curso e a decorrer ao longo das próximas aulas até ao término do módulo.
Desta forma, foi apresentado e explicado aos alunos o trabalho de projeto, que envolve a
sua operacionalização em 7 fases distintas, com 3 momentos de avaliação, a decorrer no
período de 06 de maio a 20 de junho de 2014 e num total de 18 horas de trabalho efetivo
conforme a seguinte calendarização (Tabela 14). Neste âmbito, a referir que os alunos tiveram
uma participação atenta e de aceitação face ao exposto.
Aulas
Fases de desenvolvimento do
trabalho de projeto
Horas 1 1 2 1 2 1 2 2 1 1 2 2
Dias
06-m
ai
19-m
ai
20-m
ai
26-m
ai
27-m
ai
02-ju
n 03
-jun
06-ju
n 09
-jun
16-ju
n 17
-jun
20-ju
n 1. Identificação da temática
2. Escolha e identificação dos temas
3. Planificação do trabalho *
4. Desenvolvimento do trabalho *
5. Preparação da apresentação do trabalho à turma
6. Apresentação do trabalho à turma *
7. Avaliação do trabalho
*Momentos de avaliação
Tabela 14 – Calendarização do trabalho de projeto
A salientar que estas 7 fases propostas neste trabalho de projeto são baseadas nas 10
fases descritas por Many e Guimarães (2006) e correspondem àquelas que a meu ver, se
enquadram nas especificidades do projeto a realizar, nomeadamente quanto à duração, ao grau
de dificuldade, à temática e também, tendo em conta o próprio perfil dos alunos. Esta opção
está em consonância com vários autores quando referem que, as fases de desenvolvimento de
71
um projeto não são estanques nem hierarquizadas (Many & Guimarães, 2006), tendo portanto o
professor a liberdade de as adaptar e de as integrar umas dentro das outras.
Desta forma, após realizada a apresentação, e a respetiva explicação, e esclarecidas
todas as dúvidas, partiu-se para o desenvolvimento do trabalho de projeto propriamente dito.
Pretende-se então com este trabalho de projeto e em termos gerais, dotar os alunos dos
conhecimentos e das capacidades necessárias, por forma a tornarem-se capazes de desenvolver
websites com sucesso. Neste contexto foi disponibilizado por e-mail aos alunos o enunciado do
projeto (Anexo 5), bem como outros materiais de suporte à realização do mesmo. Assim, nesta
aula e conforme calendarização (Tabela 14) está prevista a realização das seguintes fases:
Fase 1 – Identificação da temática, nesta fase procurou-se escolher “uma temática
pertinente em função das necessidades, interesses dos alunos e das aprendizagens
a adquirir” (Many & Guimarães, 2006, p. 16). Nesta medida, a opção pela temática
em estudo, passa pelo desenvolvimento de um website com a plataforma online de
edição de páginas web – Wix. Neste âmbito a decisão pela temática foi sugerida pelo
professor, tendo em conta as aprendizagens a adquirir pelos alunos, contudo
assinala-se que houve total aceitação por parte de todos os alunos, aquando da
discussão com a turma sobre a mesma. Esta opção está em consonância com Many
e Guimarães (2006), quando referem que a temática global pode ser escolhida pelo
professor, embora tenha que ser discutida com os alunos em sala de aula. Nesta
fase há assinalar também, o recurso à plataforma online de edição de páginas web
– Wix em contraponto com o planificado pelo orientador cooperante, que previu a
utilização do programa Dreamweaver CS5 como suporte ao desenvolvimento do
website. Para este ajuste contribuiu não só o perfil dos alunos da turma, com
lacunas no campo da motivação, concentração e aproveitamento, como também o
facto de integrarem um curso que não é da área de Informática e como tal o caráter
não premente de dotar os alunos com conhecimentos aprofundados numa
ferramenta profissional e como tal mais exigente no que concerne à sua usabilidade,
nem de dominarem uma linguagem de programação associada, bem como pelo
facto de o Wix dispor de um ambiente de desenvolvimento fácil, simples, intuitivo,
gratuito e com bastantes potencialidades para a criatividade;
Fase 2 – Escolha e identificação dos temas, nesta fase “os alunos refletem sobre a
temática identificada e propõem e optam por um tema derivado desta” (Many &
72
Guimarães, 2006, p. 19) e “em função dos seus próprios interesses” (Many &
Guimarães, 2006, p. 24). Nesta medida foi responsabilidade dos alunos escolherem
os temas de trabalho. Neste âmbito, também o agrupamento em pequenos grupos
foi decisão dos alunos. Esta opção está em consonância com Many e Guimarães
(2006), quando refere que a escolha dos grupos de trabalho é da responsabilidade
dos alunos. Neste âmbito, foi requisito do professor que o número de alunos por
grupo deveria ser de dois elementos. As razões para esta decisão prendem-se com o
facto de considerar ser o número indicado, tendo em conta não se tratar de um
projeto de elevada complexidade, não ser demasiadamente longo e tratando-se de
alunos com algumas dificuldades, considero que um grupo mais extenso poderia
estar mais propenso a um menor empenho por algum dos elementos.
Quanto à participação dos alunos no trabalho em curso, a mesma foi muito boa, todos
os alunos escolheram o seu tema de trabalho e organizaram-se em pares, tal como é
apresentado na seguinte tabela:
Grupos de trabalho
Nº do grupo Nº do Aluno Tema do projeto
1 7019
EMINEM – Artista de música RAP 7136
2 6481
MINI COOPER – Modelo de automóvel 8675
3 8671
AVRIL LAVIGNE – Artista de música POP 6737
4 8677
SKRILLEX – DJ, Cantor e Guitarrista 6801
5 6244
CHANEL – Galeria de moda 8412
6 6694
AR DESPORTIVO – Deportos radicais 8400
7 8684
AREC CUNHA – Clube de Futebol 6774
8 8409
C.D. JUVENTUDE S.PEDRO – Clube de Futsal 8403
9 6808
HELLO KITTY – Personagem de uma gatinha branca 8669
10 8648
ANSELMO RALPH – Artista de música R&B 6741
Tabela 15 – Grupos de trabalho
73
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu muito bem, ao longo da sua
realização foram surgindo dúvidas específicas que foram prontamente esclarecidas pelo
professor, tendo-se verificado um bom desempenho na realização das diferentes atividades por
parte dos alunos.
Como estratégia pedagógica nas aulas subsequentes, prevê-se o enfoque do trabalho na
realização da 3ª fase do trabalho de projeto – Planificação do trabalho e desta forma, promover
a autonomia dos alunos e a sua responsabilização perante a aprendizagem, bem como
promover a criatividade e o trabalho colaborativo e/ou cooperativo, onde o professor assumirá
um papel de orientador no processo de ensino-aprendizagem.
4.1.11. Aula 11
Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as
diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada
a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em
curso.
Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14) está previsto o início da realização
da seguinte fase:
Fase 3 – Planificação do trabalho, nesta fase os alunos são responsáveis por
perspetivar o trabalho a desenvolver através de um esboço, que poderá ser numa
folha de papel, por forma a servir de referência aos elementos do grupo no
desenvolvimento do trabalho futuro (Many & Guimarães, 2006). Neste âmbito, a
planificação irá ser traduzida numa grelha (Anexo 4), previamente disponibilizada
aos alunos pelo professor e contempla um conjunto de aspetos chave a considerar
em relação ao website a desenvolver. Esses aspetos chave são: o tema, a descrição,
os objetivos, o público-alvo, a estrutura, os conteúdos, a ferramenta e o layout. Estes
correspondem àqueles que considerei relevantes tendo em conta a especificidade do
projeto a desenvolver e em consonância com Azul, et al (2005); Figueiredo (2004) e
Millhollon e Castrina (2003). Nesta medida foi pedido aos grupos que preenchessem
a respetiva grelha de planeamento, mediante resposta a cada um dos respetivos
aspetos chave e através de um trabalho de pesquisa, análise e seleção da
informação a partir da web, mais especificamente em websites relacionados com o
seu tema de projeto.
74
Pretende-se então, com a realização desta fase que os alunos desenvolvam as
competências e os conhecimentos necessários, por forma a serem capazes de efetuar o
planeamento de um website e assim, reconheçam a sua importância como trabalho prévio na
criação de um website. Tratando-se esta, uma fase que requer uma grande componente de
investigação irá permitir também aos alunos adquirir competências e conhecimentos neste
âmbito. Quanto à participação dos alunos no trabalho em curso, a mesma foi muito boa, todos
os grupos iniciaram o preenchimento da grelha de planeamento, através de um trabalho de
investigação na web.
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu muito bem, ao longo da sua
realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente
esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre
os elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em relação ao
professor.
4.1.12. Aula 12
Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as
diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada
a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em
curso.
Desta forma e conforme calendarização (Tabela 14), está prevista a conclusão da Fase 2
– Planeamento do trabalho. Quanto à participação dos alunos no trabalho em curso, em termos
gerais foi boa, todos os grupos concluíram com sucesso a respetiva fase, submetendo no final
da aula por e-mail a grelha de planeamento, para avaliação pelo professor. Esta grelha
contempla um esboço do trabalho a desenvolver para cada projeto de grupo em específico,
contudo a mesma será certamente alvo de alterações com o decorrer do desenvolvimento do
projeto. Nesta medida Many e Guimarães (2006) referem que “o facto do resultado do trabalho
de projeto ser diferente do planificado não significa que seja pior ou melhor – será sempre
diferente” (Many & Guimarães, 2006, p. 25), pelo que considero até que seja salutar que hajam
alterações a uma planificação, uma vez que evidência também uma reflexão por parte dos
alunos sobre o desenrolar do trabalho.
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, ao longo da sua
realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente
75
esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre
a generalidade dos elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em
relação ao professor. Não obstante o referido, há a assinalar a ausência de colaboração e
cooperação entre alguns elementos que trabalham em conjunto, na medida em que foi
observado pelo professor que apenas um desses elementos contribuiu para a realização das
diferentes tarefas. Ora, é premissa num trabalho de grupo que os alunos “têm que perceber que
deve haver regras interiorizadas por todos, no sentido de se respeitarem, de todos contribuírem
para a realização das tarefas que eles próprios assumiram e de se responsabilizarem quer pelo
cumprimento dos objetivos a que se propuseram, quer pelo bom funcionamento do grupo”
(Ferreira, 2013, p. 324). Nesta medida foi alertado aos respetivos alunos pelo professor, para
que alterem essa mesma postura, prevendo-se nas aulas seguintes o reforço da ideia do
trabalho em equipa estimulando-os em prol de um objetivo comum.
Como estratégia pedagógica nas aulas subsequentes, prevê-se o enfoque do trabalho na
realização da 4ª fase do trabalho de projeto – Desenvolvimento do trabalho e desta forma,
promover a autonomia dos alunos e a sua responsabilização perante a aprendizagem, bem
como promover o trabalho colaborativo e/ou cooperativo, onde o professor assumirá um papel
de orientador no processo de ensino-aprendizagem.
4.1.13. Aula 13
Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as
diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada
a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em
curso.
Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14) está previsto o início da realização
da seguinte fase:
Fase 4 – Desenvolvimento do trabalho, esta constitui a fase mais extensa e onde os
alunos são responsáveis pelo desenvolvimento de um produto final, com base na
planificação previamente definida e de um trabalho de investigação em diferentes
suportes (Many & Guimarães, 2006). Neste âmbito, o produto final corresponderá a
um website. Nesta medida foi pedido aos grupos a criação das páginas web
correspondentes ao seu tema de projeto e com recurso à plataforma de edição de
páginas web – Wix.
76
Pretende-se então, com a realização desta fase que os alunos desenvolvam as
competências e os conhecimentos necessários, por forma a serem capazes de criar as páginas
web, sendo que na sua globalidade as mesmas deverão incluir os seguintes elementos
obrigatórios: títulos de página, textos e formatação; imagens simples e galerias de imagens de
no mínimo 3 tipos diferentes (grelha, slideshow, slider, por exemplo.); hiperligações para as
páginas do website, para a web, para e-mail, para redes sociais e para documento(s); inclusão
de vídeo(s) e/ou músicas; formulário de contacto devidamente personalizado; e apps (do Google
maps, por exemplo). De referir também e tratando-se esta, uma fase que requer uma grande
componente de investigação irá permitir também aos alunos adquirir competências e
conhecimentos neste âmbito. Quanto à participação dos alunos no trabalho em curso, a mesma
foi boa, todos os grupos iniciaram esta fase, através de um trabalho de investigação e de
criação/edição de páginas web.
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, ao longo da sua
realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente
esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre
a generalidade dos elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em
relação ao professor. Não obstante o referido, há a assinalar a ausência de colaboração e
cooperação entre alguns elementos que trabalham em conjunto, na medida em que foi
observado pelo professor que apenas um desses elementos contribuiu para a realização das
diferentes tarefas. Este foi um problema já detetado na aula anterior, cujo alerta e incentivo não
surtiu efeito. Ora, segundo Barbosa e Moura (2013), a responsabilidade de aprender é em
última instância do aluno e por mais que o professor se empenhe a motivá-lo ou a incentivá-lo
para um trabalho produtivo, se o aluno não quiser e não fizer a sua parte, os objetivos de
aprendizagem não serão alcançados, independentemente das tentativas do professor para
alterar esta situação. Nesta medida prevê-se na aula seguinte uma nova intervenção por parte do
professor, por forma a tentar restabelecer as devidas condições de trabalho.
4.1.14. Aula 14
Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as
diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada
a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em
curso.
77
Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14) está prevista a continuação da
realização da Fase 4 – Desenvolvimento do trabalho. Quanto à participação dos alunos no
trabalho em curso, a mesma foi boa, todos os grupos continuaram a realizar esta fase, através
de um trabalho de investigação e de criação/edição de páginas web.
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, ao longo da sua
realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente
esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre
a generalidade dos elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em
relação ao professor. No que concerne à problemática relacionada com a ausência de
colaboração e cooperação entre alguns elementos que trabalham em conjunto, mais uma vez
conversei com os mesmos, no sentido de perceber o porquê dessa postura quanto ao trabalho
em equipa e de que forma poderíamos relançar a dinâmica de trabalho. Esta intervenção do
professor vai ao encontro de Many e Guimarães (2006) quando referem que “(…) o professor
poderá solicitar uma discussão que permita expor as dificuldades de cada um e, sobretudo, que
possibilite a reorganização dos papéis e posturas dos elementos” (Many & Guimarães, 2006, p.
80).
4.1.15. Aula 15
Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as
diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada
a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em
curso.
Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14) está prevista a continuação da
realização da Fase 4 – Desenvolvimento do trabalho. Quanto à participação dos alunos no
trabalho em curso, a mesma foi muito boa, de referir que 2 grupos estão em vias de concluir
esta fase do trabalho de projeto, pelo que o mesmo tem sido revisto pelo professor por forma a
verificar as funcionalidades implementadas e sugerir alterações ou correções e mesmo a
implementação de novas funcionalidades. Neste âmbito e à medida que cada grupo vai
terminando os projetos será dada, pelo professor, ênfase à análise dos seguintes critérios:
conteúdo, aspeto gráfico, navegabilidade do website e criatividade. Desta forma, pretende-se que
os alunos percecionem e consolidem algumas regras a ter em conta, aquando do
desenvolvimento web.
78
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu muito bem, ao longo da sua
realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente
esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre
os elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em relação ao
professor. Salienta-se também algum esforço dos elementos visados pela ausência de dinâmica
de grupo, em alterar essa mesma postura.
4.1.16. Aula 16
Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as
diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada
a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em
curso.
Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14) está prevista a continuação da
realização da Fase 4 – Desenvolvimento do trabalho. Quanto à participação dos alunos no
trabalho em curso, a mesma foi muito boa, de referir que um dos grupos concluiu esta fase do
trabalho de projeto cumprindo após revisão pelo professor, com todos os critérios exigidos na
sua implementação.
Em termos de conclusão, posso referir que esta aula correu muito bem, ao longo da sua
realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente
esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre
os elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em relação ao
professor.
4.1.17. Aula 17
Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as
diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada
a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em
curso.
Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14) está prevista a continuação da
realização da Fase 4 – Desenvolvimento do trabalho. Quanto à participação dos alunos no
trabalho em curso, a mesma foi muito boa, de referir que houve mais um grupo que concluiu
79
esta fase do trabalho de projeto cumprindo após revisão pelo professor, com todos os critérios
exigidos na sua implementação.
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu muito bem, ao longo da sua
realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente
esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre
os elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em relação ao
professor.
4.1.18. Aula 18
Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as
diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada
a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em
curso.
Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14) está prevista a continuação da
realização da Fase 4 – Desenvolvimento do trabalho. Quanto à participação dos alunos no
trabalho em curso, a mesma foi muito boa, de referir que houve mais um grupo que concluiu
esta fase do trabalho de projeto cumprindo após revisão pelo professor, com todos os critérios
exigidos na sua implementação.
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu muito bem, ao longo da sua
realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente
esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre
os elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em relação ao
professor.
4.1.19. Aula 19
Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as
diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada
a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em
curso.
Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14) está prevista a conclusão da
realização da Fase 4 – Desenvolvimento do trabalho. Quanto à participação dos alunos no
trabalho em curso, a mesma foi boa, de referir que todos os grupos que ainda não haviam
80
finalizado o website, deram por terminada esta fase do trabalho de projeto, pese embora se
tenha observado que alguns grupos não cumpriram com todos os critérios exigidos na sua
implementação. Ora, para este facto contribuiu alguma falta de empenho e cooperação ou
colaboração entre os seus elementos, apesar de todos os alertas e incentivos que foram feitos
pelo professor ao longo desta fase de trabalho. Esta aula culminou com a publicação do
respetivo website num servidor web e com o envio por e-mail por parte de cada grupo de
trabalho, do link correspondente ao endereço do website desenvolvido para posterior avaliação.
Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu muito bem, ao longo da sua
realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente
esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre
os elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em relação ao
professor.
Como estratégia pedagógica nas aulas subsequentes, prevê-se o enfoque do trabalho na
realização da 5ª fase do trabalho de projeto – Preparação da apresentação do trabalho à turma
e desta forma, promover a autonomia dos alunos e a sua responsabilização perante a
aprendizagem, bem como promover o trabalho colaborativo e/ou cooperativo, onde o professor
assumirá um papel de orientador no processo de ensino-aprendizagem.
4.1.20. Aula 20
Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as
diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada
a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em
curso.
Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14), nesta aula está prevista a
realização da seguinte fase:
Fase 5 – Preparação da apresentação do trabalho à turma, nesta fase os alunos são
responsáveis por elaborar e preparar uma apresentação à turma, acerca do produto
final resultante do trabalho de projeto (Many & Guimarães, 2006). Neste âmbito, a
preparação da apresentação incidirá na criação de um guião no PowerPoint.
Pretende-se então nesta fase, que os alunos construam um guião para a referida
apresentação, sendo que o mesmo deverá possuir a seguinte estrutura: o diapositivo 1, deverá
incluir além de um título para a apresentação, informação acerca da escola, do curso, do
81
módulo, do ano letivo e dos elementos do grupo de trabalho; o diapositivo 2, deverá incluir
informação acerca do tema e a descrição do website; o diapositivo 3, deverá incluir informação
acerca dos objetivos do website; o diapositivo 4, deverá incluir informação acerca do público-alvo
do website; e o diapositivo 5, deverá incluir o esquema com a estrutura de páginas do website
com uma hiperligação para o respetivo endereço e desta forma possibilitar fazer a apresentação
online do mesmo. Uma vez concluída a apresentação, foi pedido aos alunos para a enviarem por
email para o endereço do professor para posterior avaliação. Quanto à participação dos alunos
na atividade proposta, a mesma foi boa, todos os grupos com uma exceção, concluíram a
referida apresentação, cumprindo após revisão pelo professor, com todos os critérios exigidos na
sua implementação.
Em termos de conclusão, posso referir que esta aula correu bem, ao longo da sua
realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente
esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado empenho, cooperação, colaboração, e autonomia
na maior parte dos grupos de trabalho. No caso em concreto do grupo que não realizou a
apresentação o motivo é o do costume, “a colega de grupo faltou”, “eu é que fiz tudo”, “não
faço sozinha a apresentação”, isto apesar da insistência por parte do professor para contrariar
esta postura. De referir também que após concluída a atividade da aula, foi pedido aos alunos
para preenchessem um questionário online, para avaliação do impacto nos alunos das
estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas nas aulas (Anexo 10). O mesmo foi realizado com
sucesso pelos 20 alunos que compõem a turma e os seus resultados serão analisados
posteriormente.
4.1.21. Aula 21
Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as
diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada
a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em
curso.
Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14), nesta aula está prevista a
realização da seguinte fase:
Fase 6 – Apresentação do trabalho à turma, nesta fase os alunos são responsáveis
por sintetizar e partilhar com a turma o resultado do trabalho de projeto (Many &
Guimarães, 2006). Neste âmbito, a apresentação traduzir-se-á numa exposição à
82
turma por parte dos elementos do grupo, com uma participação obrigatória e
equilibrada de ambos e mediante um guião anteriormente definido. Nesta medida, o
tempo máximo estipulado para realizar a apresentação é de 10 minutos, havendo
também no final de cada apresentação um tempo para discussão de 5 minutos, no
sentido de efetuar eventuais apreciações, comentários ou perguntas. Esta discussão
final vem proporcionar o debate com a turma e “pode servir para cruzar informações
comuns aos grupos de trabalho por meio de comparações ou divergências” (Many &
Guimarães, 2006, p. 34).
Pretende-se então nesta fase, que os alunos com a sua apresentação e com a
apresentação dos colegas, além de partilharem os saberes adquiridos, percecionem todos os
trabalhos que foram realizados e assim, tomem consciência dos aspetos positivos e negativos
resultantes de cada projeto e desta forma os considerem em projetos futuros. Quanto à
participação dos alunos na atividade proposta, a mesma foi muito boa, todos os grupos com
uma exceção, apresentaram o produto final do seu trabalho à turma, que assistiu à mesma de
forma ordeira, interessada e responsável. No caso em concreto do grupo que não realizou a
apresentação, o motivo foi pelo facto de a colega de grupo ter faltado e também por manifesta
consciência de que o produto final estava aquém do exigido, pese embora os conselhos,
incentivos e a insistência do professor para a realização da apresentação.
Em termos de conclusão, posso referir que esta aula correu muito bem, na sua
globalidade os projetos foram bem conseguidos havendo mesmo alguns classificados como
“Muito bom”, contudo há a salientar que dois dos projetos realizados não reuniram os requisitos
mínimos exigidos pelo que foram classificados como “Insuficiente”, o que para o sucedido
contribuiu uma manifesta falta de empenho e ausência de uma dinâmica de grupo.
No final da aula e tratando-se esta da última, foi feito pelo professor um balanço do
trabalho desenvolvido pelo professor e pelos alunos, que foi considerado como manifestamente
positivo de ambas as partes, além disso foram feitos os agradecimentos e os desejos de boa
sorte para as etapas futuras.
4.1.22. Avaliação do trabalho
A avaliação do trabalho constituiu-se como a 7ª fase do desenvolvimento do trabalho de
projeto e consiste na atribuição pelo professor de uma classificação ao grupo pelo trabalho
desenvolvido (Many & Guimarães, 2006). Embora esta classificação seja atribuída no final, a
83
mesma acompanhou todas as fases de desenvolvimento do trabalho de projeto, tal como
especificado na seguinte tabela:
Momentos e Critérios de avaliação
1º Momento –
Planeamento do trabalho
(20%)
2º Momento –
Desenvolvimento do
trabalho (60%)
3º Momento –
Apresentação à turma
(20%)
Tema; Descrição; Objetivos;
Público-alvo; Estrutura;
Conteúdo; Ferramenta; e
Layout
Conteúdo; Aspeto gráfico;
Navegabilidade; Criatividade;
Empenho; e Articulação
Apresentação eletrónica;
Expressão oral; Gestão do
tempo; e Articulação
Tabela 16 – Momentos e critérios de avaliação do trabalho de projeto
Numa análise aos critérios de avaliação identificados, pode-se verificar que os critérios
“Empenho” e “Articulação”, foram aqueles que permitiram diferenciar cada elemento dentro de
um mesmo grupo. Quer isto dizer que houve diferenciação na nota do projeto dentro de um
mesmo grupo, consoante a observação das aulas pelo professor no âmbito desses critérios e tal
como previsto por (Many & Guimarães, 2006).
4.2. Avaliação da intervenção
É momento agora de avaliar todo o trabalho desenvolvido à luz daqueles que foram os
objetivos de investigação desta intervenção. Nesta medida, serão detalhados de seguida os
procedimentos realizados e os resultados obtidos por forma a dar resposta a cada um desses
objetivos.
Em relação aos objetivos de investigação, (1) Avaliar o impacto da adoção da
metodologia de trabalho de projeto na motivação dos alunos para a aprendizagem; (2) Avaliar o
impacto da adoção da metodologia de trabalho de projeto nas aulas; e (3) Avaliar a satisfação
dos alunos na utilização na plataforma de edição e páginas web – Wix, foi elaborado um
inquérito por questionário10 (Anexo 6) que envolveu a recolha de informação dos alunos, no
âmbito de três questões fundamentais consoante objetivos de investigação anteriormente
identificados.
10 Esta técnica de recolha de dados é descrita no ponto 3.2.2. deste relatório de estágio.
84
Assim, é feita de seguida a apresentação e análise dos resultados obtidos, cuja amostra
do estudo é constituída pelos 20 alunos do 10º ano de escolaridade, do curso profissional de
Técnico/a de Análise Laboratorial, da Escola ALFACOOP – Externato Infante D. Henrique.
Relativamente ao primeiro objetivo de investigação, (1) Avaliar o impacto da adoção da
metodologia de trabalho de projeto na motivação dos alunos para a aprendizagem, os dados
(Tabela 17) refletem uma melhoria considerável em todos os aspetos motivacionais analisados,
em comparação com os dados obtidos no início do módulo com o questionário inicial e onde os
problemas inicialmente detetados como o aborrecimento pela aprendizagem, a falta de empenho
e a falta de atenção, vêm-se aqui debelados. Verifica-se assim, uma evolução dos alunos no que
diz respeito ao interesse pela aprendizagem, ao esforço e empenho despendido na realização
das atividades propostas, ao gosto pela matéria lecionada, à persistência na resolução dos
problemas, à perceção acerca das suas capacidades de aprendizagem e também em relação à
sua atenção em sala de aula.
Motivação dos alunos Discordo
totalmente Discordo
Não concordo/
Não discordo Concordo
Concordo
totalmente
Mantive-me muito interessado
em aprender 0% 0% 10% 50% 40%
Penso que o que aprendemos foi
interessante 0% 0% 5% 65% 30%
Esforcei-me muito para ter bons
resultados 0% 5% 10% 55% 30%
Nas aulas trabalhei o melhor que
pude 0% 0% 25% 45% 30%
Gostei do que aprendi 0% 0% 5% 65% 30%
Gostei de aprender coisas novas
nas aulas 0% 0% 10% 65% 25%
As aulas foram aborrecidas 10% 35% 45% 10% 0%
Nas aulas participei ativamente
nas atividades propostas 0% 0% 15% 70% 15%
Nas aulas apenas fingi que
estive a trabalhar 45% 40% 15% 0% 0%
Mantive-me atento nas aulas 0% 0% 30% 60% 10%
Nas aulas distraí-me com
frequência 20% 20% 50% 10% 0%
85
Tabela 17 – Informação acerca da motivação dos alunos para a aprendizagem durante o módulo de Criação de
Páginas Web
Quanto ao segundo objetivo de investigação, (2) Avaliar o impacto da adoção da
metodologia de trabalho de projeto nas aulas, os dados (Tabela 18) traduzem a opinião dos
alunos acerca da forma como as aulas decorreram e de como se processou a aprendizagem dos
alunos. Neste sentido, é possível afirmar que: a metodologia de trabalho de projeto adotada nas
aulas foi bem aceite pelos alunos e contribuiu como um fator motivacional para a sua
aprendizagem; a organização dos alunos em pares na realização do trabalho de projeto foi tida
pelos alunos como uma forma de obtenção de uma melhor aprendizagem, o que para isso
contribuiu certamente a cooperação e/ou colaboração entre os respetivos elementos, pese
embora e conforme opinião de alguns alunos a mesma não se tenha verificado ou ficou aquém
do esperado; a realização do trabalho de projeto não envolveu um elevado grau de dificuldade e
constituiu um fator motivacional para a aprendizagem dos conteúdos programáticos; por fim e
em relação ao papel do professor nesta metodologia é opinião da maioria dos alunos, que o
professor esteve sempre disponível para ajudar, para esclarecer dúvidas e para incentivar e
motivar na realização do trabalho de projeto.
Metodologia de trabalho Discordo
totalmente Discordo
Não concordo/
Não discordo Concordo
Concordo
totalmente
Realizar projetos é uma forma
estimulante para aprender 0% 0% 5% 75% 20%
Preferia que a matéria tivesse
sido lecionada de forma mais
tradicional (exposição da matéria
e fichas de trabalho)
50% 20% 20% 10% 0%
Não gostei da forma como o 45% 35% 20% 0% 0%
Fui capaz de aprender a matéria
dada nas aulas 0% 5% 15% 55% 25%
Tenho a certeza que percebi as
matérias ensinadas nas aulas 0% 0% 15% 60% 25%
Quando tive dificuldades em
perceber uma matéria, não
desisti até a compreender
0% 5% 20% 55% 20%
Quando encontrei um problema
difícil, continuei a trabalhar até o
resolver
0% 5% 30% 55% 10%
86
professor abordou a matéria nas
aulas
Aprendo mais quando trabalho
em pares 0% 5% 20% 50% 25%
Empenho-me mais a trabalhar
individualmente do que em
pares
30% 30% 15% 15% 10%
Houve colaboração e/ou
cooperação entre os elementos
do grupo de trabalho
5% 5% 15% 50% 25%
Nem todos os elementos do
grupo participaram ativamente
no projeto
30% 25% 25% 15% 5%
O projeto que tive que
desenvolver para este módulo foi
interessante
0% 0% 15% 55% 30%
Não gostei de ter realizado o
meu projeto 35% 45% 10% 5% 5%
A realização do projeto
aumentou o meu interesse pela
matéria
0% 0% 40% 40% 20%
A realização do projeto manteve-
me desmotivado para a
aprendizagem
30% 25% 30% 15% 0%
Senti dificuldades em realizar o
projeto 10% 5% 70% 10% 5%
O projeto que realizei foi fácil de
desenvolver 0% 5% 30% 45% 20%
O professor esteve sempre
disponível para me ajudar a
realizar o projeto.
0% 0% 5% 65% 30%
O professor esteve sempre
disponível para o esclarecimento
de dúvidas.
0% 0% 5% 60% 35%
O professor incentivou-me e
motivou-me na realização do
projeto
0% 0% 5% 65% 30%
Tabela 18 – Informação acerca da metodologia de trabalho adotada nas aulas
87
No que concerne ao terceiro objetivo de investigação, (3.) Avaliar a satisfação dos alunos
na utilização na plataforma de edição e páginas web – Wix, os dados (Tabela 19) traduzem o
grau de satisfação dos alunos no uso da mesma. A recolha desta informação foi baseada no
questionário SUS (System Usability Scale), que consiste num conjunto de 10 questões numa
escala de Likert (1-5), cujo resultado final mede numa escala de 0 a 100 o grau de satisfação
dos utilizadores no uso de um determinado software (Brooke, 1996). Segundo Tullis e Albert
(2008, p. 149) “(...) você pode pensar acerca de uma média SUS abaixo do valor de 60 como
sendo relativamente fraca, enquanto que uma acima de 80 pode ser considerada como bastante
boa.”. Desta forma e atendendo à média dos resultados obtidos (71,38) pode-se afirmar então,
que na sua globalidade os alunos ficaram satisfeitos no que concerne à utilização do Wix, como
plataforma de suporte ao projeto de desenvolvimento do website.
88
Plataforma de edição de páginas
web – Wix
Alunos
a1 a2 a3 a4 a5 a6 a7 a8 a9 a10 a11 a12 a13 a14 a15 a16 a17 a18 a19 a20
1. Penso que gostaria de utilizar o Wix
com frequência 3 4 4 4 3 5 4 3 5 4 3 5 4 4 4 4 4 3 4 5
2. Achei o Wix demasiado complexo 2 2 4 2 2 4 4 3 1 2 4 1 3 1 3 3 4 4 2 1
3. Acho que o Wix é fácil de usar 5 4 4 4 4 4 3 3 5 4 4 5 4 4 5 4 4 2 4 5
4. Penso que precisaria da ajuda de
alguém para utilizar o Wix 3 3 4 3 2 4 1 3 1 2 3 1 3 1 3 2 4 4 2 1
5. Achei que o Wix disponibiliza um
conjunto de funcionalidades bem
integradas
5 4 4 4 4 4 4 3 5 4 4 5 3 4 4 4 4 4 4 5
6. Achei o Wix muito confuso de utilizar 1 1 3 2 2 2 1 3 1 2 3 1 3 1 3 2 3 4 2 1
7. Penso que a maioria das pessoas
seria capaz de aprender a utilizar o Wix
facilmente
5 4 4 4 4 4 5 3 5 4 4 5 4 4 4 4 4 3 4 5
8. Achei o Wix muito complicado de
utilizar 1 1 3 2 2 2 2 3 1 2 2 1 3 1 2 2 3 3 2 1
9. Senti-me confiante a utilizar o Wix 4 4 4 4 3 4 3 3 5 4 3 5 3 4 4 4 4 3 4 5
10. Preciso de muito trabalho e prática
para aprender a utilizar o Wix 2 1 3 4 2 4 1 2 1 2 3 1 3 1 4 2 3 4 1 5
Classificação 83 80 58 68 70 63 75 53 100 75 58 100 58 88 65 73 58 40 78 90
Media 71,38
Tabela 19 – Informação acerca da ferramenta de edição de páginas web adotada nas aulas
89
Em relação ao objetivo de investigação, (4) Avaliar o impacto das estratégias de ensino-
aprendizagem adotadas nas aulas no aproveitamento dos alunos, conforme orientações
pedagógicas em vigor na escola, no que concerne ao domínio das atitudes e valores, a mesma
incidiu nos registos de faltas, e atrasos, e na observação das aulas e foi traduzida no
preenchimento de uma grelha de avaliação (Anexo 7). No que diz respeito ao domínio dos
conhecimentos, no que concerne às fichas de trabalho a mesma incidiu na observação das
aulas e foi traduzida no preenchimento de uma grelha de observação (Anexo 8). Também no
domínio dos conhecimentos, mas no que diz respeito ao trabalho de projeto a mesma incidiu na
análise do mesmo em 3 momentos distintos e foi traduzida no preenchimento das respetivas
grelhas de correção (Anexo 9). No final foi elaborada uma grelha e avaliação que contempla a
nota final dos alunos (Anexo 10) tendo em conta dos critérios anteriormente especificados.
Nesta medida, é apresentada de seguida a avaliação final do módulo (Tabela 20), que
traduz um aproveitamento positivo por parte de todos os alunos:
Pauta final
Nº do Aluno Nota final
6694 17
6801 12
6244 12
7136 18
6808 10
8412 10
6737 13
8671 14
8677 14
8684 14
7019 18
6741 11
8409 14
8669 10
8675 14
8403 14
6481 15
8400 17
6774 13
8648 14
Tabela 20 – Avaliação final do módulo
90
4.3. Atividades não letivas
Além das atividades de caráter letivo, no âmbito do meu estágio profissional na
ALFACOOP, tive também a oportunidade de colaborar em atividades de caráter não letivo
inseridas naquelas que são as dinâmicas da escola. Desta forma e em colaboração e
cooperação com o meu colega de estágio na escola Paulo Torres, com a responsável do CRE
(Centro de Recursos Educativos) da escola Drª Luísa Santos e em consonância com o meu
orientador cooperante professor Luís Baptista, preparei e apresentei a palestra subordinada ao
tema “Segurança na Internet”, inserida no "Dia Internet Segura" promovido pela ALFACOOP. De
referir também que a palestra teve como público alvo todos os alunos do 5º ano de escolaridade,
distribuídos por dois dias e com o objetivo de consciencializar os alunos para uma boa utilização
da Internet e alertá-los para os perigos associados ao seu uso.
Figura 5 – Palestra
91
5. CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES E RECOMENDAÇÕES
Em traços gerais posso afirmar que estou muito satisfeito com o trabalho que desenvolvi
ao longo da minha intervenção pedagógica. Para sustentar este sentimento, reporto-me à análise
dos resultados obtidos em resposta a cada um dos objetivos de investigação subjacente a esta
intervenção. Assim, e relativamente ao primeiro objetivo (1) Avaliar o impacto da adoção da
metodologia de trabalho de projeto na motivação dos alunos para a aprendizagem, os dados
recolhidos refletiram uma melhoria considerável em todos os aspetos motivacionais analisados,
em comparação com os dados obtidos no início do módulo, desta forma verificou-se uma
evolução dos alunos no que diz respeito ao interesse pela aprendizagem, ao esforço e empenho
despendido na realização das atividades propostas, ao gosto pela matéria lecionada, à
persistência na resolução dos problemas, à perceção acerca das capacidades de aprendizagem
e também, em relação à sua atenção ou concentração em sala de aula.
Quanto ao segundo objetivo (2) Avaliar o impacto da adoção da metodologia de trabalho
de projeto nas aulas, os dados recolhidos refletiram uma aceitação plena desta metodologia em
sala de aula por parte dos alunos e cuja forma, como se desenrolou todo o trabalho constituiu-se
como fator motivacional para a aprendizagem dos mesmos, nomeadamente o trabalho de grupo,
o grau de dificuldade do projeto, o interesse pelo projeto e o próprio papel de orientador do
professor durante todo o processo.
No que concerne ao terceiro objetivo (3) Avaliar a satisfação dos alunos na utilização na
plataforma de edição e páginas web – Wix, os dados recolhidos refletiram que, foi claramente
positivo o grau de satisfação dos alunos no uso da mesma, pelo que não constituiu um
obstáculo à qualidade do trabalho desenvolvido.
Por fim e relativamente ao quarto objetivo (4) Avaliar o impacto das estratégias de
ensino-aprendizagem adotadas nas aulas no aproveitamento dos alunos, os dados resultantes da
avaliação final dos alunos traduzem um aproveitamento positivo por parte de todos os alunos,
pelo que os objetivos de aprendizagem foram alcançados com sucesso. De referir também que
para além destas evidências, também o feedback obtido pelo meu orientador cooperante e pela
minha supervisora vão ao encontro da perspetiva de que o estágio profissional correu de forma
muito satisfatória, pelo que sinto que cumpri o papel de professor com sucesso.
Este foi um trabalho longo que teve o seu início com a observação da prática pedagógica
do orientador cooperante, em novembro de 2013 e o seu término após intervenção pedagógica,
em junho de 2014. Pelo meio, há todo um trabalho que este relatório pretende retratar e cujo
92
objetivo máximo, inserido no âmbito do estágio profissional do Mestrado em Ensino de
Informática, foi tornar-me competente no desempenho das funções de professor.
Incutido por uma metodologia de investigação do tipo Investigação-Ação (I-A), procurei
responder às exigência da situação com a qual me deparei, no sentido de proceder a mudanças
ou de alterar um determinado status quo existente e, desta forma, intervir na reconstrução dessa
mesma realidade. Neste sentido recorri a um conjunto de métodos, técnicas e instrumentos de
recolha de dados, por forma a ajudarem-me na análise e compreensão da situação em concreto,
para consequente orientação ou tomada de decisão.
Atendendo às especificidades dos alunos da turma, nomeadamente alunos
desmotivados para a aprendizagem e tratando-se o fator motivação por si só “uma das forças
importantes que orientam as ações dos alunos”, contribuindo e muito para a criação de um
ambiente de sala de aula produtivo (Arends, 1999, p. 122), adotei como filosofia de ensino na
minha intervenção pedagógica, a metodologia de trabalho de projeto. A opção por esta
metodologia deve-se essencialmente ao facto, de a mesma constituir uma solução para o
problema encontrado, na medida em que, vem proporcionar aos alunos um maior interesse e
motivação para a aprendizagem (Ferreira, 2013), onde os seus conhecimentos, as suas
experiências e os seus recursos são valorizados, constituíndo desta forma estímulos para a
aquisição de novos conhecimentos (Monteiro, 2007), proporcionando assim, “aprendizagens
com mais sentido e utilidade à sua vida em sociedade” (Ferreira, 2013, p. 325).
Em balanço final, considero que a adoção desta metodologia constituiu-se como uma
resposta adequada à problemática identificada, na medida em que permitiu aos alunos
melhorarem os seus índices de motivação, levando-os a interessarem-se e participarem
ativamente no processo de ensino-aprendizagem e desta forma, desenvolverem competências no
que concerne ao trabalho cooperativo e/ou colaborativo, à sua autonomia na realização das
diferentes tarefas, bem como, à sua responsabilização perante a aprendizagem dos diferentes
conteúdos programáticos. Contudo e atendendo à diversidade de objetivos de aprendizagem
adotei ao longo da minha intervenção outras metodologias, até porque apesar da metodologia de
trabalho de projeto ser “muito rica do ponto de vista das aprendizagens que proporciona (…) a
diversidade de objetivos e aprendizagens a promover, implica que se recorra, igualmente, a uma
diversidade de abordagens e metodologias” (Rangel & Gonçalves, 2010, p. 26).
No que concerne às dificuldades sentidas durante a minha intervenção, saliento a
própria gestão dos trabalhos de projeto, ou seja, os projetos foram realizados em pares e como
93
tal era esperado que houvesse uma interação e participação ativa de ambos os elementos. O
garantir que esta fosse uma norma cumprida por todos os alunos foi trabalho árduo do professor
em alguns dos grupos. Assim recomenda-se em situações análogas futuras, ter especial atenção
aquando da formação dos grupos de trabalho, por forma a garantir o trabalho de projeto sobre
um tema escrupulosamente do interesse de todos os alunos. Neste âmbito também se
recomenda uma divisão rigorosa e, equilibrada e devidamente registada das diferentes tarefas a
realizar pelos elementos do grupo de trabalho e a exigência do cumprimento das mesmas. Desta
forma considero que, se tudo ficar muito bem definido à partida, o desenrolar do trabalho de
projeto ocorrerá com normalidade e sem necessidade de remendos.
94
95
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Formar, nº 72 (págs. 25-29).
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96
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99
7. ANEXOS
100
101
An
exo
1 –
Qu
estio
ná
rio in
icial
Questionário inicial
Este questionário tem como objetivo caracterizar os alunos de uma turma do ensino profissional e aferir dos seus
interesses, motivações e conhecimentos. É um estudo no âmbito do Estágio Curricular do Mestrado em Ensino de
Informática da Universidade do Minho.
Ressalve-se que não há respostas corretas ou erradas, o importante é que sejam o reflexo daquela que é a tua
realidade. Por favor sê o mais SINCERO(A) possível nas tuas respostas.
O questionário é ANÓNIMO e por isso dispensa o preenchimento do teu nome. Será garantida a confidencialidade
das tuas respostas, as quais serão utilizadas exclusivamente para este estudo.
O tempo estimado para o preenchimento deste questionário é entre 5 e 10 minutos.
OBRIGADO PELA TUA COLABORAÇÃO.
Informação acerca dos dados de caraterização do aluno
1. Qual é o teu sexo? *
Masculino
Feminino 2. Qual é a tua idade? * Exemplo: 15 (Escreve o número apenas).
3. Qual é a tua nacionalidade? *
4. Qual é a localidade onde moras? * Exemplo: Ruílhe-Braga (Escreve a freguesia seguida do concelho).
5. Qual é a distância da tua casa à escola? *
0-5km
5-10km
10-15km
+ de 15km 6. Qual é o nome da tua escola? *
7. Qual é o teu ano de escolaridade? *
8. Qual é a tua turma? *
9. Qual é a profissão do teu pai? *
10. Qual é a profissão da tua mãe? *
11. Qual é a escolaridade dos teus pais? *
Curso
superior Ensino
secundário 3º Ciclo 2º Ciclo 1º Ciclo
Sem escolaridade
Não sei
Pai
102
An
exo
1 –
Qu
estio
ná
rio in
icial
Curso
superior Ensino
secundário 3º Ciclo 2º Ciclo 1º Ciclo
Sem escolaridade
Não sei
Mãe
Informação acerca dos interesses dos alunos no uso do computador
12. Das seguintes atividades, quais são as que realizas quando utilizas o computador? *
Jogos online
Ouvir música em sites específicos
Participar em redes sociais (ex: facebook, tumblr, ask.fm, etc.)
Conversar com os amigos em chats
Estudar/Fazer os trabalhos de casa
Ver vídeos online
Ler jornais online
Pesquisar na Internet
Utilizar o correio eletrónico
Outra: 13. Assinala a tua opinião, em relação às seguintes atividades no uso do computador:
Não gosto Gosto pouco Gosto Gosto muito
1. Jogos online
2. Ouvir música em sites específicos
3. Participar em redes sociais (ex: facebook, tumblr, ask.fm, etc.)
4. Conversar com os amigos em chats
5. Estudar /Fazer os trabalhos de casa
6. Ver vídeos online
7. Pesquisar na Internet
8. Utilizar o correio eletrónico
9. Outro (no caso de teres indicado na questão anterior)
103
An
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1 –
Qu
estio
ná
rio in
icial
Informação acerca da motivação dos alunos para a aprendizagem na disciplina de TIC
14. Assinala em que medida as seguintes afirmações descrevem as tuas experiências de aprendizagem, na disciplina de TIC?
Discordo
totalmente Discordo
Não concordo / Não discordo
Concordo Concordo totalmente
a. Estou muito interessado em aprender.
b. Esforço-me muito para ter bons resultados.
c. Penso que o que estamos a aprender é interessante.
d. Nas aulas trabalho o melhor que posso.
e. Gosto do que estou a aprender.
f. Quando estou nas aulas participo nas atividades propostas.
g. Gosto de aprender coisas novas nas aulas.
h. Estou com atenção nas aulas.
i. Penso que aprender é aborrecido.
j. Quando estou nas aulas apenas finjo que estou a trabalhar.
k. Quando estou nas aulas distraio-me frequentemente.
l. Quando tenho dificuldades em perceber uma matéria, não desisto até a compreender.
104
An
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1 –
Qu
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ná
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icial
Discordo
totalmente Discordo
Não concordo / Não discordo
Concordo Concordo totalmente
m. Sei que serei capaz de aprender a matéria dada nas aulas.
n. Quando encontro um problema difícil, continuo a trabalhar até o resolver.
o. Tenho a certeza que percebo as matérias ensinadas nas aulas.
15. Como preferes trabalhar em sala de aula, na realização de trabalhos na disciplina de TIC? *
Sozinho(a)
Em pares
Em grupo 16. Como achas que aprendes mais em sala de aula, na realização de trabalhos na disciplina de TIC? *
Sozinho(a)
Em pares
Em grupo Informação acerca dos conhecimentos dos alunos na temática de criação de websites
17. Já criaste algum website? *
Sim
Não 17.1. Se respondeste "Sim" na questão anterior, indica a ferramenta que utilizaste?
18. Conheces alguma ferramenta de criação de websites? *
Sim
Não
105
An
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1 –
Qu
estio
ná
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icial
18.1. Se respondeste "Sim" na questão anterior, indica qual/quais?
19. Tens conhecimentos de linguagem HTML? *
Sim
Não 20. Já trabalhaste com algum dos seguintes programas/ferramentas? *
Sim Não
a. Webnode
b. Dreamweaver
c. WIX
d. Google sites
e. WordPress
f. Joomla
g. Weebly
h. Microsoft Expression
i. Notepad ++
j. Google Web Designer
106
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An
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Pla
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ção
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Módulo 3 Criação de Páginas Web
Conteúdos Objetivos Metodologia Avaliação Horas
Técnicas de Implantação - Programação de páginas Web - Editores de páginas Web - Editores de imagens e efeitos especiais - Editores e programas de animação gráfica - Ferramentas e utilitários Criação de páginas Web - Conceitos de ergonomia e amigabilidade de uma página Web - Conceitos de HTML e hipertexto Programa de edição de páginas Web: Dreamweaver Apresentação do programa - O ambiente de trabalho do Dreamweaver e seus componentes - Os painéis de objetos - Propriedades dos objetos Planeamento e criação de um Web site - Planeamento de um Web site - Criação e gestão de um Web site Criação de documentos HTML - Criação, abertura e guarda de documentos HTML - Definição das propriedades Desenho de páginas Inserção e formatação de texto - Inserção de texto e objetos
Identificar as técnicas de implantação de páginas na Web
Identificar linguagens de programação Enumerar editores de páginas Web Enumerar editores de imagens e efeitos especiais Enumerar editores e programas de animação gráfica
de páginas Web Enumerar ferramentas e utilitários de construção de
páginas Web Explicar os conceitos de ergonomia e amigabilidade de
uma página Web Definir documentos HTML Definir o conceito de hipertexto Descrever as principais características do programa de
construção de páginas Web Identificar os componentes da área de trabalho Reconhecer a importância do planeamento na
construção de um site Criar, abrir, guardar, imprimir e publicar um Web site Aplicar estilos Manipular o aspeto de um site Inserir imagens Aplicar som a uma página Inserir um formulário na página Aplicar frames Criar e adicionar hiperligações Aplicar efeitos de animação Efetuar a publicação do site num servidor Web Explicar como se faz a manutenção e a atualização de
um Web site
Ensino de conceitos Método expositivo Aprendizagem por
descoberta orientada Aprendizagem cooperativa Resolução de fichas de
trabalho
Fichas de trabalho Elaboração de um projeto Observação do
desempenho
34
Planificação modular
Tecnologias de Informação e
Comunicação
108
An
exo
2 –
Pla
nifica
ção
mo
du
lar
- Definição da fonte, tamanho, cor e alinhamentos Inserção de imagens - Inserção de imagens na página - Criação de imagens dinâmicas - Utilização de um editor de imagens externo Multimédia - Inserção de objetos multimédia - Importação de conteúdos do Flash - Inserção de um filme Shockwave numa página Web - Adição de som - Inserção de controlos ActiveX Camadas dinâmicas - Criação e manipulação de camadas - Criação de animação nas camadas com a Linha do Tempo Formulários - Criação de formulários Hiperligações -Criação e edição de links Publicação - Publicação das páginas num servidor Web - Gestão e atualização do conteúdo de um site
Descrever as potencialidades multimédia do programa Efetuar operações com camadas dinâmicas
109
An
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3 –
Pla
no
de
au
la
Módulo: Criação de Páginas Web Turma: 10.º F
N.º da aula: Horário: Data:
Sumário: Faltas: Atrasos:
Objetivos Fases Conteúdos Estratégias / Métodos / Atividades Tempo
(Minutos) Recursos Avaliação
Intr
oduç
ão
Des
envo
lvim
ento
Con
clus
ão
Plano de aula
Tecnologias de Informação e
Comunicação
110
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An
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Gre
lha
de
pla
ne
am
en
to
Grupo Grelha de planeamento de um website Nome do aluno: [Escreve aqui, o nome de um dos elementos do grupo]
Nome do aluno: [Escreve aqui, o nome de um dos elementos do grupo]
Tema: [Escreve aqui, o assunto do website]
Descrição: [Escreve aqui, uma descrição acerca do tema do website]
Objetivos: [Escreve aqui, quais são as finalidades do website, o que se pretende com a sua presença online. Nota: deves identificar no mínimo 3 objetivos]
Público-alvo: [Escreve aqui, a quem se destina o website, indica características como o género, a faixa etária, a classe social, a região, entre outros que sejam importantes
realçar.]
Estrutura:
[Escreve aqui, o nome de cada uma das páginas que compõem o website. Uma sugestão será consultares websites relacionados com o mesmo tema, por forma a
verificares que tipos de estrutura de páginas é que usam]
Conteúdos: [Escreve aqui, para cada uma das páginas que identificaste na estrutura anterior, o seu nome, a sua finalidade e o tipo de elementos que a compõem (texto,
imagem, galeria de imagens, hiperligações, vídeos, sons, formulários, etc.)]
Ferramenta: [Escreve aqui, o nome da ferramenta ou programa que pretendes usar para desenvolver o website]
Layout: [Escreve aqui, a categoria, sub-categoria e o nome do template que vai servir de base à criação do website]
Nome da
página 2
Nome da
página 3
Nome da
página 4
Nome da
página 5
Nome da
Homepage
Designação
do website
Nome da
página 6
Grelha de planeamento
Tecnologias de Informação e
Comunicação
112
113
An
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5 –
En
un
ciad
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o p
roje
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Enunciado do projeto
Pretende-se com este projeto que os alunos, em grupos de 2 elementos, desenvolvam um website acerca de um
tema do seu interesse e com recurso à plataforma online de edição de páginas web – Wix.
1. Fases a realizar ao longo do desenvolvimento do projeto
No sentido de orientar cada grupo no desenvolvimento do projeto, detalham-se de seguida o conjunto de fases que
os mesmos deverão realizar, para o correto desenrolar do trabalho:
Fase 1: Identificação da temática
A opção pela temática em estudo, passa pelo desenvolvimento de um website com a plataforma online de
edição de páginas web – Wix.
Fase 2: Escolha e identificação de temas
Pretende-se que dada a temática, os alunos escolham um tema do seu interesse e se organizem em
pequenos grupos de 2 elementos.
Fase 3: Planeamento do trabalho
Pretende-se que cada grupo projete o website a desenvolver, através do preenchimento de uma grelha de
planeamento disponibilizada pelo professor;
Uma sugestão e a partir do tema selecionado que deverá ser distinto para cada grupo, passará por
pesquisar na Internet websites relacionados com essa temática, por forma verificar como os mesmos
estão estruturados, que tipo de elementos integram e desta forma retirar ideias para o seu
desenvolvimento;
Uma vez preenchida a grelha de planeamento, deverá ser enviada para apreciação e avaliação por e-mail,
para o endereço do professor: [email protected].
Fase 4: Desenvolvimento do trabalho
Pretende-se que cada grupo proceda à criação de cada uma das páginas que compõem o website e de
acordo com o planeamento previamente realizado, pese embora possa haver a necessidade de efetuar
eventuais ajustes;
Cada website deverá ser composto por um mínimo de 6 páginas, sendo que na sua globalidade o website
deverá incluir no mínimo os seguintes elementos:
a. Títulos de página, textos e formatação;
b. Imagens simples e galerias de imagens de no mínimo 3 tipos diferentes (grelha, slideshow,
slider, por exemplo.);
114
An
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5 –
En
un
ciad
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roje
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c. Hiperligações para as páginas do website, para a web, para e-mail, para redes sociais e para
documento(s);
d. Inclusão de vídeo(s) e/ou músicas;
e. Formulário de contacto devidamente personalizado;
f. Apps (do Google maps, por exemplo);
g. Além destes, poderás incluir outros elementos que consideres relevantes e que serão tidos em
conta aquando da avaliação.
Uma vez concluída a criação do website, publica-o e partilha o respetivo endereço para o e-mail do
professor: [email protected].
Fase 5: Preparação da apresentação dos projetos
Pretende-se que cada grupo proceda à criação de uma apresentação no PowerPoint, para apresentação
do seu projeto à turma.
A apresentação deverá ser constituída por 5 diapositivos e deverá respeitar a seguinte estrutura:
o Diapositivo 1: deverá incluir além de um título para a apresentação, informação acerca da
escola, do curso, do módulo, do ano letivo e dos elementos do grupo de trabalho;
o Diapositivo 2: deverá incluir informação acerca do tema e a descrição do website;
o Diapositivo 3: deverá incluir informação acerca dos objetivos do website;
o Diapositivo 4: deverá incluir informação acerca do público-alvo do website;
o Diapositivo 5: deverá incluir o esquema com a estrutura de páginas do website com uma
hiperligação para o respetivo endereço e desta forma possibilitar fazer a apresentação do
mesmo.
Uma vez criada a apresentação a mesma deverá ser enviada para o e-mail do professor:
Fase 6: Apresentação dos projetos
Pretende-se que os alunos apresentem o produto final do seu trabalho à turma;
De referir, que a apresentação deverá decorrer num máximo de 10 minutos divididos de forma
equilibrada por ambos os elementos do grupo. No final haverá também um tempo, para algumas
considerações ao trabalho realizado e eventuais perguntas e respostas.
115
An
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En
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2. Calendarização
O projeto decorrerá conforme a seguinte calendarização:
Aulas
Fases de desenvolvimento do
trabalho de projeto
Horas 1 1 2 1 2 1 2 2 1 1 2 2
Dias
06-m
ai
19-m
ai
20-m
ai
26-m
ai
27-m
ai
02-ju
n 03
-jun
06-ju
n 09
-jun
16-ju
n 17
-jun
20-ju
n
1. Identificação da temática
2. Escolha e identificação de temas
3. Planificação do trabalho *
4. Desenvolvimento do trabalho *
5. Preparação da apresentação do projeto
6. Apresentação do projeto *
7. Avaliação do projeto
*Momentos de avaliação
3. Avaliação do projeto
A avaliação do projeto incidirá sobre os seguintes elementos:
Momentos e Critérios de avaliação
1º Momento – Planeamento do
trabalho
(20%)
2º Momento –
Desenvolvimento do trabalho
(60%)
3º Momento – Apresentação
do projeto
(20%)
Tema; Descrição; Objetivos; Público-
alvo; Estrutura; Conteúdo;
Ferramenta; e Layout
Conteúdo; Aspeto gráfico;
Navegabilidade; Criatividade;
Empenho; e Articulação entre os
elementos do grupo
Dispositivos; Expressão oral; Gestão
do tempo; Articulação entre os
elementos do grupo
116
117
An
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6 –
Qu
estio
ná
rio fin
al
Questionário final
Este questionário tem como objetivo avaliar o impacto nos alunos, das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas nas aulas. É um estudo no âmbito do Estágio Curricular do Mestrado em Ensino de Informática da Universidade do Minho. Ressalve-se que não há respostas corretas ou erradas, o importante é que sejam o reflexo daquela que é a tua realidade. Por favor sê o mais SINCERO(A) possível nas tuas respostas. O questionário é ANÓNIMO, por isso dispensa o preenchimento do teu nome. Será garantida a confidencialidade das tuas respostas, as quais serão utilizadas exclusivamente para este estudo. O tempo estimado para o preenchimento deste questionário é entre 5 e 10 minutos. OBRIGADO PELA TUA COLABORAÇÃO.
Informação acerca da motivação dos alunos para a aprendizagem, durante o módulo de Criação de Páginas Web 1. Assinala em que medida as seguintes afirmações descrevem as tuas experiências de aprendizagem, durante o módulo de Criação de Páginas Web?
Discordo
totalmente Discordo
Não concordo / Não discordo
Concordo Concordo totalmente
a. Mantive-me muito interessado em aprender.
b. Esforcei-me muito para ter bons resultados.
c. Penso que o que aprendemos foi interessante.
d. Nas aulas trabalhei o melhor que pude.
e. Gostei do que aprendi.
f. Nas aulas participei ativamente nas atividades propostas.
g. Gostei de aprender coisas novas nas aulas.
h. Mantive-me atento nas aulas.
i. As aulas foram aborrecidas.
j. Nas aulas apenas fingi que estive a trabalhar.
k. Nas aulas distraí-me com frequência.
118
An
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6 –
Qu
estio
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rio fin
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Discordo
totalmente Discordo
Não concordo / Não discordo
Concordo Concordo totalmente
l. Quando tive dificuldades em perceber uma matéria, não desisti até a compreender.
m. Fui capaz de aprender a matéria dada nas aulas.
n. Quando encontrei um problema difícil, continuei a trabalhar até o resolver.
o. Tenho a certeza que percebi as matérias ensinadas nas aulas.
Informação acerca da metodologia de trabalho adotada nas aulas 2. Assinala em que medida as seguintes afirmações descrevem o trabalho de projeto (website) que realizas-te?
Discordo
totalmente Discordo
Não concordo / Não discordo
Concordo Concordo totalmente
a. Realizar projetos é uma forma estimulante para aprender.
b. Aprendo mais quando trabalho em pares.
c. O professor esteve sempre disponível para me ajudar a realizar o projeto.
d. Não gostei de ter realizado o meu projeto.
e. Houve colaboração e/ou cooperação entre os elementos do grupo de trabalho.
f. O professor incentivou-me e motivou-me na realização do projeto.
119
An
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6 –
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Discordo
totalmente Discordo
Não concordo / Não discordo
Concordo Concordo totalmente
g. Senti dificuldades em realizar o projeto.
h. A realização do projeto manteve-me desmotivado para a aprendizagem.
i. Preferia que a matéria tivesse sido lecionada de forma mais tradicional (exposição da matéria e fichas de trabalho).
j. Empenho-me mais a trabalhar individualmente do que em pares.
k. O professor esteve sempre disponível para o esclarecimento de dúvidas.
l. Nem todos os elementos do grupo participaram ativamente no projeto.
m. O projeto que tive que desenvolver para este módulo foi interessante.
n. O projeto que realizei foi fácil de desenvolver.
o. Não gostei da forma como o professor abordou a matéria nas aulas
p. A realização do projeto aumentou o meu interesse pela matéria.
120
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6 –
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estio
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rio fin
al
Informação acerca da ferramenta de edição de páginas web adotada nas aulas
3. Assinala em que medida as seguintes afirmações descrevem a tua satisfação em relação à ferramenta Wix?
Discordo
totalmente Discordo
Não concordo / Não discordo
Concordo Concordo totalmente
a. Penso que gostaria de utilizar o Wix com frequência.
b. Achei o Wix demasiado complexo.
c. Acho que o Wix é fácil de usar.
d. Penso que precisaria da ajuda de alguém para utilizar o Wix.
e. Achei que o Wix disponibiliza um conjunto de funcionalidades bem integradas.
f. Achei o Wix muito confuso de utilizar.
g. Penso que a maioria das pessoas seria capaz de aprender a utilizar o Wix facilmente.
h. Achei o Wix muito complicado de utilizar.
i. Senti-me confiante a utilizar o Wix.
j. Preciso de muito trabalho e prática para aprender a utilizar o Wix.
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An
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Gre
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de
ava
liaçã
o co
ntín
ua
Módulo: Criação de Páginas Web Data: 20-06-2014 Turma: 10.º F
Critério de avaliação: Avaliação contínua
Número do aluno Nome Assiduidade
(2%) Pontualidade
(3%) Atitudes
(5%) Responsabilidade
(5%) Autonomia
(5%) Nota
Grelha de avaliação contínua
Tecnologias de Informação e
Comunicação
122
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An
exo
8 –
Gre
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de
ob
serva
ção
Escala de classificação (Conclusão/Colaboração): T/T; T/P; T/N; P/T; P/P; P/N; (T=Total; P=Parcial; NR=Não realizou a ficha)
Módulo: Criação de Páginas Web Data: 20-06-2014 Turma: 10.º F
Critério de avaliação: Avaliação sumativa
Grupos Ficha de trabalho 1 Ficha de trabalho 2 Ficha de trabalho 3 Ficha de trabalho 4
Conclusão Colaboração Conclusão Colaboração Conclusão Colaboração Conclusão Colaboração
Grelha de observação das fichas de trabalho
Tecnologias de Informação e Comunicação
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ção
do
pro
jeto
fina
l
Módulo: Criação de Páginas Web Data: 20-06-2014 Turma: 10.º F
Critério de avaliação: Avaliação sumativa
Grupos
1º Momento de avaliação – Planeamento do trabalho Nota
Tema Descrição Objetivos Público-alvo Estrutura Conteúdo Ferramenta Layout
2,50% 10% 20% 15% 15% 30% 2,50% 5%
Grelha de correção do projeto final
Tecnologias de Informação e Comunicação
126
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do
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fina
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Grupos
2º Momento de avaliação - Desenvolvimento do trabalho Nota
Conteúdo Aspeto gráfico Navegabilidade Criatividade Empenho Articulação
50% 10% 10% 10% 10% 10%
Módulo: Criação de Páginas Web Data: 20-06-2014 Turma: 10.º F
Critério de avaliação: Avaliação sumativa
Grelha de correção do projeto final
Tecnologias de Informação e Comunicação
127
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ção
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pro
jeto
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Grupos
3º Momento de avaliação – Preparação e apresentação do trabalho
Apresentação eletrónica Expressão oral Gestão do tempo Articulação Nota
25% 25% 25% 25%
Módulo: Criação de Páginas Web Data: 20-06-2014 Turma: 10.º F
Critério de avaliação: Avaliação sumativa
Grelha de correção do projeto final
Tecnologias de Informação e Comunicação
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– G
relh
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e a
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Módulo: Criação de Páginas Web Data: 20-06-2014 Turma: 10.º F
Critério de avaliação: Avaliação final
Número do aluno Nome AV. Formativa
(20%)
AV. Sumativa Nota final
Fichas de trabalho (20%) Projeto final (60%)
Grelha de avaliação final
Tecnologias de Informação e Comunicação
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