CEART – CENTRO DE ARTES (PÓS-GRADUAÇÃO)
COMUNICAÇÃO ORAL
1. A CENA DA CIDADE: INTERVENÇÃO URBANA E OS COLETIVOS ARTÍSTICOS DE CURITIBA............................................................................................................
André Luiz Antunes Netto Carreira, Cleber Braga
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2. DE ARLEQUIM A JOÃO GRILO: EM BUSCA DO ARQUÉTIPO DO LOUCO........................................................................................................................................ André Luiz Antunes Netto Carreira, Diego de Medeiros Pereira
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3. O HIBRIDISMO ENTRE A MÚSICA E A CENA NO ESPETÁCULO RAINHA [(S)]: DUAS ATRIZES EM BUSCA DE UM CORAÇÃO............................................................ André Luiz Antunes Netto Carreira, Ive Novaes Luna
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4. A ATRIZ NO ODIN TREATRET. FRONTEIRAS ENTRE CRIAÇÃO E APRENDIZAGEM.......................................................................................................................... André Luiz Antunes Netto Carreira, Lara Tatiane De Matos
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5. PERFORMANCE URBANA............................................................................................................................................................................................................ Beatriz Ângela Cabral , Michele Louise Schiocchet
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6. DA IMAGEM À CENA: IMAGENS VISUAIS COMO MATERIAL PARA IMPROVISAÇÃO..................................................................................................................... Beatriz Ângela Vieira Cabral, Wagner Monthero
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7. A BUSCA DO ATOR: UMA RELAÇÃO DA PREPARAÇÃO XAMÂNICA COM A PREPARAÇÃO DO ATOR............................................................................................. José Ronaldo Faleiro, Paulo Márcio Da Silva Pereira
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8. INTERLOCUÇÃO ENTRE MONSTROS _ BECKETT, BATAILLE E PINTORES CONTEMPORÂNEOS ....................................................................................................... Milton de Andrade Leal Junior, Adriana Maria dos Santos
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9. O RITMO NO TRABALHO DO ATOR............................................................................................................................................................................................. Milton de Andrade Leal Junior, Andréia Paris
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10. ENSINO DE ARTE E INCLUSÃO SOCIAL COM SÍNDROME DE DOWN: DO GRUPO DE TRABALHO AO ESPAÇO EXPOSITIVO............................................................. Neli Klix Freitas, Helene Paraskevi Anastasiou
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11. A CONSTITUIÇÃO SOCIAL DO DESENHO DE CRIANÇAS SURDAS E O ENVOLVIMENTO DO PROFESSOR DE ARTE E DO PROFESSOR INTÉRPRETE NESTE PROCESSO.................................................................................................................................................................................................................................. Neli Klix Freitas, Janaí de Abreu Pereira
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12. OS (DES)CAMINHOS DE UMA CULTURA DE GRUPO E O TEATRO COMO BUSCA........................................................................................................................... Sandra Meyer Nunes, Cristóvão de Oliveira
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13. A PERFORMANCE E TEATRALIDADE NO TEATRO DE ORGIAS E MISTÉRIOS DE HERMANN NITSCH................................................................................................ Vera Collaço, Eder Sumariva Rodrigues
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14. BAILADOS NOS ANOS 20............................................................................................................................................................................................................. Vera Regina Martins Collaço, Laura Cascaes
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15. O AMBIENTE DA CENA NO RADIOTEATRO: PROCEDIMENTOS ARTÍSTICOS DE RADIOTÉCNICOS, RADIOATORES E RADIODRAMATURGOS................................... Vera Regina Martins Collaço, Leon De Paula
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16. AS PROPOSTAS DE ENCENAÇÃO DE ÓPERA DE STANISLAVSKI E BRECHET................................................................................................................................... Vera Regina Martins Collaço, Rosane Faraco Santolin
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A CENA DA CIDADE: INTERVENÇÃO URBANA E OS COLETIVOS ARTÍSTICOS DE CURITIBA
Prof. Dr. André Carreira
1, Cleber Braga
2
Palavras-chave: Intervenção urbana, coletivos artísticos, espaço público.
Esta comunicão apresenta o projeto de pesquisa “A Cena da Cidade: Intervenção Urbana e os Coletivos
Artísticos de Curitiba”, que tem como objetivo compreender como se dá a apropriação da intervenção
urbana pelos coletivos artísticos Companhia Silenciosa, Couve-Flor MiniComunidade Artística, Elenco de
Ouro e o Grupo Interlux Arte Livre. Este trabalho busca compreender como os criadores destes coletivos
estabelecem relações entre o seu criar e o seu intervir no corpo da cidade. A metodologia que orienta estta
pesquisa trata de dar voz a estes criadores, individual ou coletivamente, a partir de um processo de registro
de suas experiências e memórias. O elemento central é a compreensão dos criadores como narradores de si
mesmos, o que está baseado na concepção de narrativa de Walter Benjamin. O projeto parte de uma
contextualização histórico-conceitual que envolve a criação cênica da/na rua, considerando
particularmente as intervenções urbanas, com o fim de estabelecer relações com a fala destes coletivos.
1 Orientador, Professor do Departamento de Artes Cênicas - CEART
2 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC - [email protected].
1
DE ARLEQUIM A JOÃO GRILO: EM BUSCA DO ARQUÉTIPO DO LOUCO
André Carreira1, Diego de Medeiros Pereira
2
Palavras-chave: Arquétipos, Commedia dell’arte, Tipos brasileiros.
O presente trabalho se refere a uma pesquisa acerca do conceito de arquétipo no universo da dramaturgia,
estética e historicidade teatral. Trata-se de uma busca de manifestações do que o psiquiatra Carl Jung
conceitua com “arquétipo do Louco (ou Bobo)”. A partir de uma discussão sobre conceitos como “tipo”,
“personagem”, “estereótipo” e “arquétipo”, a pesquisa realiza um levantamento bibliográfico e
historiográfico do personagem-tipo Arlequim, da Commedia dell’arte, e suas relações com personagens
das farsas atelanas, com os demônios medievais, com os bobos-da-corte, bem como, com personagens do
universo teatral brasileiro como Malazarte e João Grilo; buscando afirmar a existência de “substratos
cômicos universais”. Proponho um diálogo com pesquisadores e grupos teatrais que trabalham sobre
“tipos” brasileiros assim como a Scuola Sperimentale dell’attore (Pordenone – Itália), a qual estuda as
relações existentes entre os “tipos” da Commedia dell’arte e as diversas manifestações teatrais do mundo.
Um elemento que parece essencial de ser observado ao lançar-se um olhar sobre a Commedia dell’arte, é
de como essa, a partir da reformulação de “tipos” cômicos anteriores a ela, recria um universo que dialoga
com o cotidiano da trupe e com a tradição teatral. Finalmente, o trabalho questiona se seriam esses “tipos”
criações aleatórias ou haveria uma origem arquetípica que conduziria a criação e recriação de tais figuras.
1 Orientador, Professor do Departamento de Artes Cênicas – CEART.
2 Doutorando do Programa de Pós-graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC - [email protected]
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O HIBRIDISMO ENTRE A MÚSICA E A CENA NO ESPETÁCULO RAINHA[(S)]: DUAS ATRIZES EM BUSCA DE UM CORAÇÃO
Prof. Dr. André Luiz Antunes Netto Carreira
1, Ive Novaes Luna
2
Palavras-chave: Música, cena, hibridismo.
O artigo trata da construção da cena a partir da música proposta pelo músico paulista Lincoln Antonio,
responsável pela trilha sonora do espetáculo “Rainhas: duas atrizes em busca de um coração”, composta
de nove canções executadas ao vivo por duas vozes e piano, e quatro temas instrumentais executados,
também ao vivo, por piano e trompete. A partir desse material proponho uma análise a respeito do que
poderíamos chamar de música de cena, refletindo sobre como tornar cantável um texto cênico e, ainda, de
como estar atento às necessidades dramatúrgicas do espetáculo já distanciadas do texto dramatúrgico
original. Esta última análise se relaciona com o fato de o texto clássico original “Maria Stuart”, de
Friedrich Schiller (1759-1805), ter sido adaptado para nossa época. A adaptação foi sendo feita ao longo
dos ensaios pelas atrizes Georgette Fadel e Isabel Teixeira, e pela diretora Cibele Forjaz, que
incorporaram elementos da atualidade vivida por elas ao texto. Assim como as atrizes partem do texto
original para sua atualização, o músico inicia sua proposta musical utilizando-se de canções do músico
inglês John Dowland, contemporâneo das rainhas, e vai, junto com o elenco e a diretora, modificando seu
percurso. Ao mostrar essa trajetória, pretendo esclarecer como a música dessa cena específica foi se
adaptando às adaptações, por pretender um corpo em conexão com a corporeidade nascida das ações das
atrizes.
1 Orientador, Professor do Departamento de Artes Cênicas - CEART
2 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Teatro – PPGT - UDESC – [email protected]
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A ATRIZ NO ODIN TEATRET. FRONTEIRAS ENTRE CRIAÇÃO E APRENDIZAGEM
André Luis Antunes Netto Carreira1, Lara Tatiane de Matos
2
Palavras-chave: Aprendizagem; gênero; atrizes
Esta comunicação aborda as relações de aprendizagem e docência, que são importantes materiais no
estudo sobre articulações de gênero, dentro de um grupo de teatro como o Odin Teatret. O texto analisa a
passagem da condição de aluna para a de professora vivida por cada uma das atrizes (Else Marie Laukvik,
Iben Nagel Rasmussen, Roberta Carreri e Julia Varley), e como esta mudança de status dentro da
hierarquia do Odin Teatret contribui para definir os espaços ocupados por estas atrizes no que diz respeito
às suas escolhas pessoais. O trabalho também reflete sobre o poder de decisão das atrizes dentro do grupo.
A pesquisa apresentada aqui está baseada em consulta a material bibliográfio e em uma residência de três
meses na sede do grupo. A mesma foi realizada a partir de uma perspectiva de estudos de gênero.
1 Orientador, Professor do Departamento de Artes Cênicas - CEART
2 Mestranda do Programa de Pós-graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC - [email protected]
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PERFORMANCE URBANA
Beatriz Angela Cabral1, Michele Louise Schiocchet
2.
Palavras-chave: Site-specific, Performance, Intervenção urbana.
Este artigo investiga processos de composição de obras artísticas para espaços quotidianos, partindo de
uma reflexão sobre a arte site-specific e suas derivações, considerando os desdobramentos e
transformações no uso e na percepção das espacialidades cotidianas ocorridas desde o surgimento deste
termo na década de 60. A abordagem cita algumas teorias relacionadas ao espaço urbano e seu uso
cotidiano, servindo-se de conceitos como os de produção do espaço, terceiro espaço e espaços de fluxos
encontrados nas obras de Henri Lefebvre, Michel de Certeau, Edward Soja e Manuel de Castells. Em
seqüência relacionam-se tais princípios, avaliando de que maneira uma mudança na compreensão da
noção de espaço poderia alterar a forma em que a performance se relaciona com a cidade. Levam-se em
consideração os diversos níveis de inter-relação obra x site, buscando avaliar não somente a relação da
obra com um espaço geográfico, mas também com espaços e entre espaços sociais, conceituais e suas
varias intersecções. O estudo pretende apontar para possíveis processos de composição performática para
espaços urbanos, questionando que tipo de propósitos poderia ter a arte site-specific e de que maneira a
relação obra x site poderia ser simbiótica.
1 Orientadora, Professora do Departamento de Artes Cênicas - CEART
2 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC – [email protected]
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DA IMAGEM À CENA: IMAGENS VISUAIS COMO MATERIAL PARA IMPROVISAÇÃO
Beatriz Angela Vieira Cabral1, Wagner Monthero
2
Palavras-chave: improvisação, experienciação, memórias.
Este estudo analisa processos de improvisação a partir de um conjunto de imagens visuais. As imagens são
consideradas como material de criação ou estímulos para a improvisação e criação de cenas. O trabalho se
desenvolve procurando ampliar os processos perceptivos e sensoriais do ator em interação com as
imagens, buscando a expressividade a partir da estimulação de memórias ocultas. Esta prática é amparada
pela filosofia de Henri Bergson em interação com o conceito de experienciação desenvolvido por Viola
Spolin. O eixo do processo criativo está na construção de atmosferas e na descoberta de ações físicas a
partir do estímulo imagético. Os atores inicialmente trabalham sozinhos e posteriormente em grupo,
interagindo entre si, com o espaço e com objetos. O trabalho em grupo tem o potencial de promover a re-
significação das ações e atribuição de novos sentidos às mesmas. A construção de narrativas se dá pela
interação entre as noções de jogo teatral e jogo dramático, este desenvolvido por Jean Pierre Ryngaert.
1 Orientadora, Professora do Departamento de Artes Cênicas – CEART
2 Mestrando do Programa de Pós-graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC - [email protected]
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A BUSCA DO ATOR: UMA RELAÇÃO DA PREPARAÇÃO XAMÂNICA COM A PREPARAÇÃO DO ATOR
Prof. Dr. José Ronaldo Faleiro.
1; Paulo Márcio da Silva Pereira.
2
Palavras-chave: Ator guerreiro, xamanismo, energia.
Esta pesquisa, denominada provisoriamente “A busca do ator: uma relação da preparação xamânica com a
preparação do ator” visa desenvolver através de uma pesquisa prática e teórica um treinamento do ator que
permita resgatar ou recriar a ideia do ator original, ou como venho chamando, do ator guerreiro.
Remetendo a um processo de autoconhecimento que possibilite novas perspectivas de percepção e de
trabalho com a energia. Pretende trabalhar com a percepção, no sentido de ampliá-la ao limite de suas
possibilidades, o que pode significar romper os parâmetros da percepção normal; trabalhar a consciência
visando um estado de consciência intensificada, através de práticas que abordem, por exemplo, a memória
e os sonhos e ainda que busque trabalhar a energia, partindo do princípio de que possuímos um corpo
energético, objetivando um melhor aproveitamento dessa energia. O conceito de ator guerreiro está muito
próximo em essência, no meu entender, do conceito de ator santo utilizado por Grotowski no início de seu
trabalho, bem como da ideia de atleta da afetividade lançada por Artaud e igualmente do ator-bailarino de
Barba, todos eles referências altamente relevantes para essa pesquisa. Nesse processo busco ampliar a
percepção do ator através de exercícios específicos, preparar o corpo e a voz de maneira adequada para a
função criadora acumulando a energia necessária. Fazem parte do processo o Pa kua (arte marcial chinesa)
e a Tensegridade (exercícios desenvolvidos por Carlos Castaneda a partir de sua aprendizagem dos
treinamentos desenvolvidos pelos xamãs do México antigo).
1 Orientador, professor do Departamento de Artes Cênicas - CEART
2 Doutorando do Programa de Pós-graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC - [email protected]
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INTERLOCUÇÃO ENTRE MONSTROS - BECKETT, BATAILLE E PINTORES CONTEMPORÂNEOS
Prof.Dr.Milton de Andrade Leal Junior
1, Adriana Maria dos Santos
2
Palavras-chave: Beckett, Corpo, Pintura
Esta pesquisa versa sobre as relações encontradas na dramaturgia de Samuel Beckett e
artistas visuais do século XX que convergem em um estudo do corpo mutilado ou portador
de próteses como reflexão acerca do personagem em constante devir. As relações com a
obra de Georges Bataille se constituem na medida em que conceitos como informe e
experiência aprofundam a tensa relação entre a apresentação do corpo na obra e o
observador , sugerindo um distanciamento resultante da abjeção frente ao corpo atormentado
e, em certo sentido, lacônico na sua forma de expressão. Artistas como Jean Rustin,
Margueritta Manzelli e Vânia Mignone são trazidos a esta interlocução por sua obra
essencialmente pictórica conduzir a esta relação com personagens de Beckett os quais são
aqui eleitos: Molloy de livro do mesmo nome, Winnie da peça Dias Felizes e os personagens
de Fim de Partida. Ainda está sendo agregada a esta pesquisa uma parte da produção em
pintura de minha autoria, a qual visa dialogar com as teorias de Beckett acerca do fracasso,
do impedimento e do silêncio, através de pessoas convidadas a caracterizar alguns dos
personagens na figura do modelo vivo. Os escritos e pinturas são parte do que chamo
interlocução entre monstros, sendo este último um ícone referente para pensar a transgressão
do corpo.
1 Orientador, Professor do Departamento de Artes Cênicas - CEART
2 Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC - [email protected]
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O RITMO NO TRABALHO DO ATOR
Prof. Dr. Milton de Andrade Leal Junior1, Andréia Paris
2
Palavras-chave: Ritmo; Trabalho do ator; Métrica. Fluidez.
Neste artigo problematiza-se o conceito de ritmo que as teorias teatrais e musicais do Ocidente têm
desenvolvido, uma vez que, devido à sua complexidade, encontram-se estudiosos defendendo a sua
potência como elemento métrico outros como elemento fluido. Estudando a etimologia do próprio
conceito e estudiosos como Mário de Andrade, Bruno Kiefer, Sérgio Magnani, Murray Schafer,
Constantin Stanislavski e Vsévolod Meyerhold, percebe-se e apropria-se, na pesquisa, do ritmo como um
elemento duplo e paradoxal por trata-se de um fenômeno que acarreta tanto o fluido quanto o métrico. O
presente trabalho é parte da pesquisa de mestrado realizada no Programa de Pós-Graduação da
Universidade do Estado de Santa Catarina intitulada A Escuta do Sussurro: Percepção e Composição do
Ritmo no Trabalho do Ator, defendida em 2010.
1 Orientador, Professor do Departamento de Artes Cênicas do CEART
2 Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC - [email protected]
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ENSINO DE ARTE E INCLUSÃO SOCIAL COM SÍNDROME DE DOWN: DO GRUPO DE TRABALHO AO ESPAÇO EXPOSITIVO
Neli Klix Freitas
1, Helene Paraskevi Anastasiou
2
Palavras- chave: ensino de arte, inclusão, síndrome de down.
Esta pesquisa objetiva verificar o ensino de arte para pessoas com necessidades educativas especiais em
ambientes não formais de ensino e investigar o tipo de mediação necessária e possível no ensino de arte
para sujeitos adultos. Buscamos determinar as expectativas institucionais quanto ao ensino e a produção
desses sujeitos, o envolvimento familiar neste processo e em que medida isso altera o processo e a
produção. Para isso, iniciamos uma pesquisa com cinco pessoas adultas com Síndrome de Down que
freqüentam a ONG Amigo Down, em SC. A pesquisa que está sendo realizada envolve um grupo de aulas
nos quais são abordados conceitos e linguagens da Arte. O recolhimento de dados, iniciado em 2011, está
sendo registrado em vídeo. Ao filmar as aulas, se obtém um material rico e que pode ser observado e
analisado posteriormente, possibilitando a verificação de falas e atividades do processo. Como
procedimento metodológico escolhemos a pesquisa-ação, considerando que esta metodologia tem a
função de diagnosticar uma situação e iniciar uma ação que consiste em acompanhar, observar e conferir
sentido buscando soluções para os possíveis problemas. Tomaremos, os sujeitos participantes vistos como
seres sociais e históricos, inseridos em contextos sociais, com sua história de vida e na ação educacional
proposta alguns elementos da construção do conhecimento e de sua própria construção neste processo. A
pesquisa toma a unidade institucional e o grupo de trabalho como foco do interesse partindo-se então do
conhecimento existente sobre a organização e sobre o grupo que se definiu como foco.
1 Orientadora, Professora do Departamento de Artes Visuais – CEART/UDESC
2 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais – PPGAV/CEART/UDESC -
10
A CONSTITUIÇÃO SOCIAL DO DESENHO DE CRIANÇAS SURDAS E O ENVOLVIMENTO DO PROFESSOR DE ARTE E DO PROFESSOR INTÉRPRETE
NESTE PROCESSO.
Neli Klix Freitas1, Janaí de Abreu Pereira
2
Palavras – chave: Desenhos, Significados, Cultura Surda
A proposta deste projeto é a de identificar, analisar e interpretar desenhos e relatos de alunos surdos,
produzidos a partir da influência das aulas de artes e as correlações que os mesmos fazem com imagens
estéticas e do cotidiano.Na pesquisa,toma-se a inclusão social do aluno surdo como uma questão de
políticas públicas e de ações bilaterais, onde tanto a sociedade quanto o aluno, constroem juntos as
relações sociais.A formulação sobre o imaginário e sobre os significados, especialmente nas acepções da
obra de Vygotsky oferece subsídios a este campo de conhecimento. Nessa perspectiva em relação à
influência dos professores de arte e professores-intérpretes, inúmeros desafios se apresentam, implicando
questões conceituais e empíricas relacionadas com a surdez, uma vez que uma boa parte das informações
são auditivas, e a criança surda para obtê-las, necessita da inserção da lingua de sinais, auxiliando nas
narrativas visuais dos desenhos.
1 Orientadora, Professora do Departamento de Artes Visuais – CEART
2 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais – PPGAV/CEART/UDESC - [email protected]
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OS (DES)CAMINHOS DE UMA CULTURA DE GRUPO E O TEATRO COMO BUSCA
Profª Drª Sandra Meyer Nunes1, Cristóvão de Oliveira
2.
Palavras-chave: cultura de grupo, grupalidade, trabalho pessoal.
RESUMO: O texto apresenta a trajetória da Periplo, Compañia Teatral fazendo um percurso que
contempla sua elaboração poética, a formação do grupo, a criação de um projeto artístico de características
próprias e a construção de linguagem a partir do trabalho pessoal de seus integrantes. Buscamos destacar
alguns princípios de trabalho deste grupo que possam dialogar com as grupalidades contemporâneas, além
de rever o conceito de cultura de grupo preconizado pelo teatrólogo italiano Eugenio Barba. Entendendo a
grupalidade como um grau de potências singulares que se reúnem para desenvolver práticas que atendam
aos desejos e necessidades pessoais, discutiremos os caminhos percorridos por este grupo através das
ideias desenvolvidas por Peter Pál Pelbart acerca de afecção. Tal qual o filósofo, os portenhos acreditam
que não sabemos o quanto podemos afetar ou sermos afetados pelo trabalho do outro. Assim, todo
processo artístico é caracterizado por uma investigação pessoal minuciosa no sentido de que a busca é um
importante caminho na criação de linguagens cênicas próprias. Também destacamos a contribuição deste
grupo nas práticas pedagógicas que visam complementar a formação do ator que, segundo a pesquisadora
Josette Feral, transpõe um importante obstáculo na busca por uma técnica pessoal.
1 Orientadora, Professora do Departamento de Artes Cênicas – CEART/UDESC
2 Mestrando do Programa de Pós-graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC - [email protected]
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A PERFORMANCE E TEATRALIDADE NO TEATRO DE ORGIAS E MISTÉRIOS DE HERMANN NITSCH
Profa. Dra. Vera Collaço
1, Eder Sumariva Rodrigues
2
Palavras-chave: Hermann Nitsch, performance, real/ficcional.
Este texto tem por objetivo realizar algumas reflexões da obra do artista austríaco Hermann Nitsch a partir
do conceito de teatralidade, abordando também aspectos de virtualidade e realidade gerada em suas
performances. O cerne do trabalho de Nitsch envolve pintura, música e teatro ao mesmo tempo em que
transcende os seus limites da vida real, atinge um processo de estetização da vida quotidiana, em
coexistência com a prática social dos indivíduos (público) que interage com a performance. Utilizando de
animais recém-sacrificados para compor a cena, a obra performática de Nitsch tem forte impacto nos
espectadores, coloca-os em posição desconfortável, evocando atos ritualísticos para reorganizar
pensamentos sobre a sociedade contemporânea na qual estão inseridos. Sua performance deixa o
espectador em situação perturbadora, num estado de apreensão indagando-se se o vê diante de seus olhos é
real ou ficcional, artístico ou verídico, natural ou artificial.
1 Orientadora, Professora do Departamento de Artes Cênicas - CEART/UDESC
2 Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Teatro - PPGT/CEART/UDESC - [email protected]
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BAILADOS NOS ANOS 20
Vera Regina Collaço1, Laura Cascaes
2
Palavras-chave: Corpo, Dança, Modernidade
Este artigo busca investigar a dança no Teatro de Revista carioca, para analisar as influências do
imaginário da modernidade nos bailados, bem como identificar algumas técnicas de dança incorporadas
junto à produção da cena revisteira, considerando os dançarinos, a preparação corporal e as rupturas
representadas pela modernidade em relação à dança deste período. Para tal, pauta-se no método da história
cultural, tendo como procedimento metodológico, estudos existentes sobre este gênero teatral e análise de
fotografias das cenas dos espetáculos. Para tanto, serão analisados os bailados de um tipo de Revista, a
Revista da década de 1920, que ainda apresenta um fio de enredo, mesmo que de forma muito tênue.
1 Doutoranda, Professora do Departamento de Artes Cênicas – CEART/UDESC
2 Mestranda Laura Silvana Ribeiro Cascaes do Programa de Pós-Graduação em Teatro – PPGT/CEART/UDESC -
14
O AMBIENTE DA CENA NO RÁDIOTEATRO: PROCEDIMENTOS ARTÍSTICOS DE RADIOTÉCNICOS, RADIOATORES,
E RADIODRAMATURGOS
Profa. Dra. Vera Regina Martins Collaço1, Leon de Paula
2
Palavras-chave: Ars Acústica, História do radioteatro, Áudio-ficções
Com este projeto, tenho por objetivos investigar e analisar os procedimentos artísticos que eram
adotados pelos profissionais de radioteatro (contra-regras, discotecários, atores e atrizes, diretores e
dramaturgos), a fim de que fosse criado o suporte necessário para a veiculação e consolidação – junto
ao público ouvinte – das histórias que eram transmitidas semanalmente, em episódios seriados pelas
rádios. A metodologia utilizada para a pesquisa, que terá o foco dirigido à performance de caráter
teatral no meio radiofônico, será basicamente composta pela coleta e posterior análise de depoimentos
de entrevistados, além de coleta e análise de documentos (revistas, fotos, manuscritos, textos,
gravações em áudio e vídeos etc) constantes dos arquivos de instituições, tais como o Museu da
Imagem e do Som (no Rio de Janeiro), a Casa da Memória e o Museu da Imagem e do Som (em
Florianópolis) e outras, que possam servir à pesquisa; bem como de acervos pessoais dos profissionais
desse período, que possam contribuir para com a pesquisa. Completa a metodologia uma extensa
pesquisa bibliográfica para levantar os parâmetros do teatro realizado no ambiente do rádio.
1 Orientadora, Professora do Departamento de Artes Cênicas - CEART-UDESC
2 Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Teatro -PPGT/CEART-UDESC - [email protected]
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AS PROPOSTAS DE ENCENAÇÃO DE ÓPERA DE STANISLAVSKI E BRECHT
Vera Regina Martins Collaço1, Rosane Faraco Santolin
2
Palavras-chave: ópera, brecht, stanislavski.
Esta pesquisa tem o objetivo de inquirir sobre as manifestações no ramo da ópera de dois grandes nomes
da história do teatro: Konstantin Stanislavski e Bertolt Brecht. Com isso, pretende-se, através de revisão
bibliográfica, apontar quais as concepções e práticas de ópera de cada encenador, a partir de elementos
constituintes do espetáculo, tais como: atuação, papel da música, gestual, relação com o público. Serão
vistas, no decurso da análise de tais elementos, convergências e divergências em seus trabalhos. Ao final
da pesquisa, intenta-se também identificar quais contribuições histórico-sociais foram promovidas por
cada encenador em sua época e quais contribuições perpetuaram posteriormente aos seus trabalhos.
1 Orientadora, Professora do Departamento de Artes Cênicas - CEART
2 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Teatro - PPGT/CEART/UDESC – [email protected]
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