PORTFÓLIO DE ARQUITECTURA
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Experiência
Sobre
Carlos Filipe Pinho Neves11-11-89 Rua da Fronteira 8704505-687 Caldas de S. Jorge [email protected] Integrado em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (2007-2014)Programa ERASMUS na Universidade Técnica de Praga (2011-2012)Curso de Iniciação Pedagógica (pelo CNE) | Curso de Primeiros Socorros (pela ProfiForma)
Autocad; Archicad; 3DS Max (motor v-ray); Sketchup Pro (motor v-ray), Adobe Illustrator, Photoshop e Indesign; CorelDraw, Microsoft Office
(2014-presente) ERESERV - Urban Solutions: desenvolvimento de produtos e projetos relacionados com espaços e mobiliário urbanos, implantação e manutenção de infraestruturas. Contacto directo com regimes de concursos públicos e adjudicações, bem como os processos de planeamento, orçamentação, execução e instalação das soluções.(2015-presente) PATORRA: consultoria de projeto e assistência de produção de estruturas, revestimentos e equipamentos.Considero-me alguém fiel aos princípios, com capacidade de previsão de problemas, sem medo de arriscar, e através da arquitectura pretendo marcar a diferença com um percurso pautado pela sustentabilidade, no verdadeiro sentido do termo, integralmente trabalhada no projecto. Sou bastante pragmático nas abordagens criativas e adquiri uma vasta experiência em trabalho e liderança de grupos, pedagogia, resolução de conflitos e contribuição para uma ambiente de trabalho estimulante e motivado. Os meus principais interesses são a reabilitação, sistemas construtivos (flexibilidade, ecologia e high-tech-lowtech) habitação e softwares de projecto inteligentes.
14818 22 2834
Residência de Investigadores Construção da Casa Burguesa do Porto Bloco de habitação colectiva
Centro do Conhecimento
4
36“Intervir no Património Industrial”Cliff House
Modelação 3D / Montagem Fotografia
A concepção de uma solução para o último lote sul da frente marítima da freguesia da Foz do Douro através de uma residência para investigadores e um centro de dia previu-se da maior dificuldade quer pela forma, quer pelo programa. Este projeto resulta numa diferenciação do ritmo de lotes na envolvente e de uma total integração no arranjo urbano feito em toda a envolvente do forte de S. João Baptista e do jardim do Passeio Alegre, unificados por uma linguagem homogénea. Houve uma forte exploração da forma do topo sul deste edifício, com referências obvias, de modo a não fazer um corte abruto da vista sobre o mar, marcar a entrada do edifício e permitir o acesso público e livre a uma interessante zona coberta. A residência localiza-se no piso 1 e superiores, onde os quartos de viram unicamente para o mar, e o centro de dia no piso 0 (marginal) debaixo da rampa que resolve as cotas entre as duas ruas e que facilita as acessibilidades.
RESIDÊNCIA DE INVESTIGADORESFoz do Douro 2009 > Projecto II FAUP > prof. Madalena Pinto da Silva, Manuel Montenegro
vistas geral da implantação
vistas geral em maquete
4
alçado sul
piso 0 piso 1 piso 2 piso 3
alçado da rua da Senhora da Luz
alçado da Marginal
secção A
AAA A
5
vistas de maquete
6
desenhos de apresentação
7
CASA BURGUESA DO PORTOFoz do Douro 2009 > Construção I FAUP > prof. Nuno Valentim, António Neves
O exercício de estudar aprofundadamente um exemplar da tipologia portuense do séc XIX revelou-se extraordinariamente enriquecedora para a compreensão da construção na Arquitectura e decisivo na vontade de investigar o património e reconhecer a importância da preservação. O edifício em estudo é uma casa unifamiliar na rua Padre Luís Cabral, na Foz do Douro, com uma interessante implantação em gaveto com cotas díspares e com uma diversidade de soluções estruturais que serviram de mostra para a riqueza da arquitetura da habitação corrente do Porto no séc. XIX
alçado da rua Padre Luís Cabral
8
alçado do tardoz
9
pormenor secção a:1. ripa 2. telha de marselha 3. vara 4. rincão5.caleira 6. guarnição exterior 7. contra frechal 8. viga 9. tabuado 10. soleto de ardosia 11. barrote 12. argamassa de saibro 13. fasquio 14. estuque 15. rufo em chapa de zinco 16. calço 17. aro do caixilho 18. mata-juntas 19. travessa superior da folha fixa 20. alizare 21. travessa de peito
pormenor da secção secção da fachada
1
2
3
4
1
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
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6
16
17
18
19
20
21
10
alçado, secção e planta de porta exterior com portada:
1. couceira 2. batente mata-juntas 3. almofada 4. couceira intermédia 5.travessa superior do caixilho da bandeira 6. travessa da bandeira 7. travessa superior do caixilho móvel 8. pinázio 9. vidro 10. travessa intermédia 11. travessa inferior
1
1 3 42
3 1
1 1
3
1 0
9
8
7
6
5
2
11
secção da parede do sobrado
pormenor da piso sobre o vão das escadas
12
alça
do d
a ru
a do
Par
aíso
da
Foz
13
BLOCO DE HABITAÇÃO COLECTIVAAldoar 2010 > Projecto III, Construção II e Teoria II FAUP > prof. Luís Viegas, António Madureira, Eliseu Gonçalves, Manuel Mendes
Esta proposta de habitação colectiva em acesso directo, muito mais direcionada para o sistema do que para a resolução da implantação em si, resultou do desenvolvimento prático e teórico da flexibilidade como ferramenta de projecto. A galeria pode desenvolver-se a partir de um ou mais acessos verticais, e permite que os fogos se articulam de forma totalmente modular. A composição da fachada homogeniza os conteúdos funcionais para que, independentemente do número de blocos, dimensões, disposição e escala, o diálogo da linguagem saia reforçado. A franca simplificação estrutural permite que todos os elementos técnicos sejam colocados pelo exterior também por forma a que a volumetria seja completamente regular, e para que a profundidade dos vãos, de dimensão única, criem uma composição marcante. A flexibilidade é também pensada na vida útil dos materiais e da esturura, já que os vários níveis são o mais independentes possíveis para que as intervenções possam decorrer da forma mais simples e económica possível.
maquete t3 - piso inferior
vistas da maquete do bloco
14
planta do bloco - piso 3
planta do bloco - piso 2
planta do bloco - piso 1
vistas da rua vistas geral da implantação
15
Local
Estrutura
Espaço
Infraestruturas
loteamento tipologia de galeriahorizontal e verticalcontinuidade e adaptabilidade a
diferentes orientações e desníveis
separação funcional de habitação e serviços
paredes portantes perímetro do módulo
sequencial open space
espaços amplos e regulares livre disposição dos objectos (pelo habitante)
acessos percursos simples liberdade de usos no mesmo espaço
independência da modulação
Pele vão único opacidade tipológica e funcional
modular na composição
Módulot2t3t1t4
entre acessos - duas frentes>
>
mesma hierarquia compartimental topo da galeria - tres frentes
Expansão
Conversão
Multifuncionalidade
Diversidade
Polivalência
unidade da linguagem independentemente das dimensões
A galeria e a modulação dos fogos permitem a adaptação dos blocos de habitação aos diferentes arruamentos, a dispô-los paralela ou perpendicularmente à rua, adaptá-los a qualquer comprimento ou cércea, mantendo sempre a mesma lógica de funcionamento.
As paredes portantes no perimetro do módulo dão liberdade para que no interior deste possom decorrer modificações antes, durante e depois a contrução. As infra-estruturas organiza-se de forma a não forçar qualquer obrigatoriedade compartimental, e consequentemente, permite a reconversão, agregação ou subdivisão dos espaços em usos diversificados no que toca à função de habitação, ou mesmo na conversão desta.
O posicionamento dos acessos permite a colocação de funções diferentes ao longo da galeria, sepados com a mínima privacidade. Tal como na conversão, não prejudica o funcionamento geral pois os módulos são autónomos.
A exploração da inclusão do máximo de tipologias de habitaçãp correspondeu necessariamente à modulação estrutural. Os sistemas de acesso e as infraestruturas permitem uma modulação livre, onde o único elemento estrutural diferenciador são as caixas de escadas nos duplex. As quatro tipologias atendem à diversidade das necessidades e respondem com o maior rigor e economia possíveis.
Os espaços da habitação têm em comum um carácter sóbrio e liguagem depurada, pelo que não indicam usos específicos ou disposições dos objectos. Podem também servir diferentes usos, o que afasta em certa medida a necessidade de recorrer à conversão.
maquete t3 - piso superior
esquema - camadas construtivas e ferramentas de flexibilidade
16
1
7
2
3456
11
8 9 3 4 10
12
13
14
3
5
16151718
19
20
22232425
262728
21
30
29
315
31
32
33
Legenda1 - capacete de zinco2 - chapa de zinco3 - isolamento térmico4 - tela asfáltica5 - regularização6 - platibanda de betão7 - substracto vegetal8 - manta geotêxtil9 - tela anti-raízes10 - laje de betão armado11 - caleira12 - placa de GRC13 - fixador de GRC14 - guarnição de GRC15 - ardósia16 - argamassa cerezitada17 - betão leve18 - soleira de GRC19 - reboco acrílico delgado20 - rodapé de ardósia21 - rufo de plástico22 - lajeta de granito
23 - sistema de recolha de água tipo "aquadrein"24 - caixa de areia25 - cubo de granito 5 cm26 - pendural27 - cantoneira metálica28 - tecto falso chapa metálica29 - reboco30 - manta geotêxtil31 - tela asfáltica32 - dreno33 - microbetão34 - betão de limpeza35 - tela betonítica
P1
P1 P1
P1
P2P3
P2P3P2P3
P2P3
3435
CARLOS FILIPE PINHO NEVES
12 DE JULHO 2009
FAUP5/6TURMA B PROJECTO III
legenda secção c:1. capacete de zinco 2. chapa de zinco 3. isolamento térmico 4. tela asfáltica 5. regularização 6. platibanda de betão 7. substracto vegetal 8. manta geotêxtil 9. tela anti-raízes 10. laje de betão armado 11. caleira 12. placa de GRC 13. fixador de GRC 14. padieira de GRC 15. pavimento de ardósia 16. argamassa cerezitada 17. betão leve 18. soleira de GRC 19. reboco acrílico delgado 20. rodapé de ardósia 21. rufo de plástico 22. lajeta de granito 23. sistema de recolha de água “aquadrein” 24. caixa de areia 25. cubo de granito 40mm 26. pendural 27. cantoneira de alumínio 28. placa de gesso cartonado 29. reboco 30. manta geotêxtil 31. tela asfáltica 32. dreno 33. microbetão 34. betão de limpeza 35. tela bentonítica
secção a
secção c - detalhe construtivo
secção b
17
CARLOS FILIPE PINHO NEVES
TURMA C
3a fase centro do conhecimento
FAUP
PROJECTO IV
13 JUNHO 2011
46
54
50
46
44
36
38
g
f
49
45
43
5048
4953
40
40
52
5453
51
52
53
52
53
52
52
60
59
58
57
565554
5150 5249
48
47
36
54
44
40
45
43
42
41
46
45
44
4342
41
4039
3534
33
3231
30
29
36
35
3433
37
4241
4038
39
37
38
39
40
41
42
43
46
44.5
44
4546
47
48
53
48
50
5251
50
37
32
32
33
31
33
32
30
31
29
28
27
26
40
40
35
30
25
41
4243
55
60
35
30
2520
64 63626160595858
5957
565554
54
52
51
55
56
57
57
59
59
58
58
61
61
61
57
62
56
35
56
5960616263646559
60
61
575855
6160
59
62
63
64
64
65
6159 58
57
5759586061
6465
63
63
8 9 10
7
12
1110
9 87
15
12 1314
181615 17
19
1819
2021
2223
34
33
32
52
49
5150
53
56 55
45
48
43
39
53
52
ALÇADO RIO 1/200
PLANTA IMPLANTAÇÃO 1/500
ESM
1/5
CENTRO DO CONHECIMENTOCampo Alegre 2011 > Projecto IV FAUP > prof. Fancisco Vieira de Campos
alçado sul
vista superior - implantação
O Centro do Conhecimento é um elogio à topografia do Porto e aos seus muros. Eles organizam as cotas, os percursos e conduzem aos espaços. A manutenção das espécies arbóreas não invasoras organizou desde logo o programa e volumetrias, o núcleo de choupos altos determinou o espaço central e as restantes árvores um cuidado enquadramento na paisagem, com o qual o interior do edificio está em constante comunicação A grande rampa até ao pátio central organiza o terreno transversalmente, permite que o planalto seja usado corno espaço polivalente em anfiteatro natural, e eleva a importância histórica dos caminhos antigos da Pena e do Gólgota, a nascente do terreno. A implantação a meia cota, em que grande parte das coberturas são percorríveis, permite a permanência dos grandes muros junto à estrada, e uma grande interacção com todos os espaços do terreno, uma multiplicidade de percursos e acessos que se quer aproximar do promenade arquitectural presente na arquitectura do Arq. Álvaro Siza. O diálogo entre a linguagem pétrea e transparente pretende reforçar a ideia entre o edifício muro e o momento em que ele se solta, resultando num rasgo volumétrico que forma esse mesmo espaço central.
18
CARLOS FILIPE PINHO NEVES
TURMA C
3a fase centro do conhecimento
FAUP
13 JUNHO 2011
PROJECTO IV 4/5
arquivo
área de arquivo
área expositiva
50
49
53
45
51
50
sala plana
backstage
descargas
estacionamento reservado
loja
maquinas
estacionamento
arrumoswc serviços
bengaleiro
recepçãogabinete
gabinete
gabinete
gabinete
planta estacionamento 1/200
1/100
1/100
1/100 1/100
1/100
planta piso 1 1/200
CARLOS FILIPE PINHO NEVES
TURMA C
3a fase centro do conhecimento
FAUP
13 JUNHO 2011
PROJECTO IV 4/5
arquivo
área de arquivo
área expositiva
50
49
53
45
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sala plana
backstage
descargas
estacionamento reservado
loja
maquinas
estacionamento
arrumoswc serviços
bengaleiro
recepçãogabinete
gabinete
gabinete
gabinete
planta estacionamento 1/200
1/100
1/100
1/100 1/100
1/100
planta piso 1 1/200
secção a
vista sudoeste
vista este
vista sudeste
vista nordeste
vista sudoeste
vista norueste
secção b
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planta - piso -1
planta - piso 0
20
3a fase centro do conhecimento
CARLOS FILIPE PINHO NEVES
13 JUNHO 2011
FAUPTURMA C PROJECTO IV
1
ab
c
d
e
f
g
h
f
i
j
Legenda porta interiora - parede de betãob - reboco e regularizaçãoc - guarnição lateral da portad - dobradiçae - folha móvel maciça c/ vidrof - folha móvel maciça s/ vidrog - puxadorh - guarnição superiori - soleiraj - betão leve
Secção - Detalhes Fachada1 - guarda metálica2 - betão absorvente3 - manta geotextil4 - extracto vegetal5 - caleira6 - chapa zinco7 - brise metálica8 - capa metálica9 - tela asfástica10 - pre-aro metálico11 - caixilho superior alumínio12 - laje de cobertura em betão armado13 - pilar (vista)14 - fixador de brises (vista)15 - bolo de argamassa16 - barrote de madeira17 - pavimento madeira18 - caixilho inferiror19 - poliestireno extrudido20 - regularização21 - pavimento granito polido22 - grelha de ventilação23 - guia granito24 - pavimento cubo granito 5x525 - caixa de recolha de águas26 - conduta ventilação inferior27 - betão leve28 - banco de areia29 - massame de betão30 - dreno31 - cascalho32 - manta betonítica33 - betão de limpeza34 - lajeta de granito35 - fixador de GRC36 - tabuleiro de fachada de GRC37 - parede de betão armado38 - placagem de GRC39 - pendural40 - blackout escuro motorizado41 - calha de aço galvanizado42 - gesso cartonado43 - suporte metálico
Plantas1 - caixilho lateral2 - parede de betão armado3 - fixador de GRC4 - tabuleiro de GRC5 - ombreira de madeira6 - regularização e reboco7 - pilar de betão armado8 - brise metálica9 - fixador brises10 - lâmina metálica 12mm11 - vidro duplo
23456
789
1011
12
13
14
171615
18
1920
2122
27
23
2526
24
29
39
28
porta - planta 1/2
porta - perfil 1/2
3031
3233
34
36
35
37
38
39
42
40
43
41
1
34
38
2
5
6
6
1
10
8
7
9
11
pormenores construtivos - fundações fachada cobertura - perfil 1/10
vão - planta 1/10 pormenor de fachada - planta 1/10
porta - perfil 1/2
porta - planta 1/2
5/5secção - detalhe construtivo
21
CLIFF HOUSEHlubočepy, Praga 2012 > SPA.CZ Competition > patrocínio Molab Sudio
vista da lagoa
O Vale Prokopske é uma zona industrial desactivada no meio de uma área florestal, com uma pequena pedreira desactivada, um complexo fabril, e a linha ferroviária que a servia. O desafio era o de trazer uma mais -valia ao vale através da criação livre de uma pequena estrutura que complementasse a oferta turística crescente e o futuro empreendimento habitacional que irá substituir a fábrica. Esta proposta é um exercício de síntese comprometida com a tradição da Escola do Porto, onde o local e as vicissitudes da encomenda determinam integralmente o desenvolvimento do projecto. A vivência e estudo do local permitiu descobrir um espaço interessante, a falha na encosta da pedreira debruçada sobre o lago, por onde era retirada a pedra, e cujo abandono foi progressivamente devolvendo esta paisagem à natureza. A força deste espaço fez surgir com presteza o desenho de um volume simples que tira partido da multiplicidade de precursos, as diferença de cotas por entre paredes rochosas, e a vista deslumbrante em redor. A materialização foi feita com recurso às travessas dos caminhos de ferroque se encontravam obsoletas, empilhadas às centenas junto à linha que por ali passa, e que permitem uma expressividade tectónica com um carácter único. O reaproveitamento deste recurso natural e de elevada qualidade materializa uma proposta que dá pistas sobre a história daquele vale industrial, onde a Natureza voltou a dominar o que o Homem modificou, tornando-se uma síntese de sustentabilidade numa arquitetura para todos.
22
vista sul vista este
vista norte
23
maquete
24
vista interior
vista interior
entrada oeste
vista superior
vista do vão
vista interior
pormenor encaixe da madeira
25
1 5
+3
+1
+9
percursos exist. estrada urbanização 1 5
+3
+1
+9
percursos exist. estrada urbanização 1 5
+3
+1
+9
percursos exist. estrada urbanização
1 5
+3
+1
+9
percursos exist. estrada urbanização 1 5
+3
+1
+9
percursos exist. estrada urbanização
1 5
+3
+1
+9
percursos exist. estrada urbanização secção a
secção csecção b
planta nível +1 planta nível +3 planta nível +91 4m
26
platforma
abrigo
terraço
fixação através de varão roscado quetrava várias travessas
50cm
75cm
100cm
200cm
125cm
250cm
300cm
travessas rectas para seccionaraplicar proteção nas faces após corte
9
26
10
4
3
140
21
acessibilidades
trilhosexistente:
estradaautocarrocomboio
ciclovia
Envolvente
manutenção zero
um castelo passeio refúgio esconderijo
detalhemontagem
50 cm
75 cm100 cm
200 cm
125 cm
250 cm
300 cm
remover árvoresescavar 50 cm
primeiro o edifíciodepois a plataforma
rasgo de 25cmnas laterais
50 cm
75 cm
100 cm
200 cm
125 cm
250 cm
300 cm
50 cm
75 cm
100 cm
200 cm
125 cm
250 cm
300 cm
implantação unidades de madeira
cons
truç
ãoen
quad
ram
ento
que material?a forma espaço que conforto?
travessas da ferrovia junto a linha de comboio no parque
extremamente resistentematerial local: poupança de recursos
resistentenatural
económicalocal
confortávelecológica
espaço comumtoda a gente se vê
simples sólidapermanente
50 cm
75 cm
100 cm
200 cm
125 cm
250 cm
300 cm
50 cm
75 cm
100 cm
200 cm
125 cm
250 cm
300 cm
50 cm
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100 cm
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125 cm
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50 cm
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200 cm
125 cm
250 cm
300 cm
50 cm
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125 cm
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50 cm
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50 cm
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100 cm
200 cm
125 cm
250 cm
300 cm
1
2
madeira
local pedreira desactivada - fenda na ravina
estratégia tranquilo vista privilegiada acessível
50 cm
75 cm
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125 cm
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300 cm
50 cm
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100 cm
200 cm
125 cm
250 cm
300 cm
hipó
tese
furo de 2cm segundo esquema para modelação dos encaixes e fixação independentemente da posição das travessas
platforma
abrigo
terraço
fixação através de varão roscado quetrava várias travessas
50cm
75cm
100cm
200cm
125cm
250cm
300cm
travessas rectas para seccionaraplicar proteção nas faces após corte
9
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10
4
3
140
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acessibilidades
trilhosexistente:
estradaautocarrocomboio
ciclovia
Envolvente
manutenção zero
um castelo passeio refúgio esconderijo
detalhemontagem
50 cm
75 cm100 cm
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remover árvoresescavar 50 cm
primeiro o edifíciodepois a plataforma
rasgo de 25cmnas laterais
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implantação unidades de madeira
cons
truç
ãoen
quad
ram
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que material?a forma espaço que conforto?
travessas da ferrovia junto a linha de comboio no parque
extremamente resistentematerial local: poupança de recursos
resistentenatural
económicalocal
confortávelecológica
espaço comumtoda a gente se vê
simples sólidapermanente
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125 cm
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300 cm
50 cm
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200 cm
125 cm
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300 cm
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local pedreira desactivada - fenda na ravina
estratégia tranquilo vista privilegiada acessível
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hipó
tese
furo de 2cm segundo esquema para modelação dos encaixes e fixação independentemente da posição das travessas
platforma
abrigo
terraço
fixação através de varão roscado quetrava várias travessas
50cm
75cm
100cm
200cm
125cm
250cm
300cm
travessas rectas para seccionaraplicar proteção nas faces após corte
9
26
10
4
3
140
21
acessibilidades
trilhosexistente:
estradaautocarrocomboio
ciclovia
Envolvente
manutenção zero
um castelo passeio refúgio esconderijo
detalhemontagem
50 cm
75 cm100 cm
200 cm
125 cm
250 cm
300 cm
remover árvoresescavar 50 cm
primeiro o edifíciodepois a plataforma
rasgo de 25cmnas laterais
50 cm
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implantação unidades de madeira
cons
truç
ãoen
quad
ram
ento
que material?a forma espaço que conforto?
travessas da ferrovia junto a linha de comboio no parque
extremamente resistentematerial local: poupança de recursos
resistentenatural
económicalocal
confortávelecológica
espaço comumtoda a gente se vê
simples sólidapermanente
50 cm
75 cm
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200 cm
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fixação através de varão roscado quetrava várias travessas
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trilhosexistente:
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travessas da ferrovia junto a linha de comboio no parque
extremamente resistentematerial local: poupança de recursos
resistentenatural
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confortávelecológica
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local pedreira desactivada - fenda na ravina
estratégia tranquilo vista privilegiada acessível
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furo de 2cm segundo esquema para modelação dos encaixes e fixação independentemente da posição das travessas
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“INTERVIR NO PATRIMÓNIO INDUSTRIALO caso da Guimarães 2012”, 2013-14 > Dissertação de Mestrado 2014 FAUP > orientação prof. Eliseu Gonçalves
Preambulo da prova:
“Esta dissertação surge da vontade de aprofundar um tema ligado à sustentabilidade na arquitetura, tendo a firme crença de que é contraproducente, e em última análise inútil, enveredar por práticas dentro da disciplina sem estar completamente inerente a todas elas o facto de o grande desafio deste século ser precisamente o da preservação ambiental. A partir da Revolução Industrial mudaram radicalmente as formas de construir, dois séculos e meio foram suficientes para transformar radicalmente os estilos de vida e um impacto da presença humana no planeta tal, que devia estar no primeiro plano de discussão de todas as áreas, mudar a nossa forma de agir, e nomeadamente a nossa forma de construir. Prevê-se que em poucas décadas 75% da população mundial viva em cidades. Este crescimento acelerado das áreas urbanas está à mercê de ritmos e fatores externos que aceleram a renovação das estruturas e a expansão da área construída, regradas pela especulação, o que tem significado uma desestruturação e destruição generalizada do território, dos recursos, e da sua identidade. A cidade como manifestação construída de uma civilização tem na sua construção um denominador torpe do surgimento do problema em mãos, e não podem de forma alguma ficar alheias ao facto de ter que garantir, em primeiro lugar, a própria sustentabilidade. A hierarquia das necessidades humanas, descritas por Abraham Maslow em 1943, facilmente se transporta para o sentido de prioridade que tem que haver na própria arquitetura, isto se o objetivo for o da posteridade. De nada servirá exaltar a riqueza das cidades, das grandes obras “de arquitetura da humanidade e dos grandes mestres, se só os transportarmos no futuro para um número limitado de gerações. A sustentabilidade da sua construção corresponderá necessariamente à base dessa pirâmide. Por outro lado, a desindustrialização ocidental levou a que muitos dos edifícios ficassem devolutos e mais uma vez, se criasse um fenómeno de desaproveitamento agravado. A preservação de muitas delas pode ser vista segundo uma política dos 3 R’s aplicada ao urbanismo, neste caso a reutilização para a qual a arquitetura tem a responsabilidade de conjugar esforços, lançar o debate e apresentar soluções que recuperem a sua importância patrimonial. Assim sendo, e querendo dissipar algum eventual pessimismo aparente neste discurso, vejo a intervenção em edifícios e estruturas industriais como uma oportunidade tão pragmática como simbólica do nosso tempo para reorganizar as prioridades do desenvolvimento urbano e da preservação dos valores culturais, se quisermos uma arquitetura como ferramenta transformadora e de verdadeira responsabilidade social.”
INTERVIR NO PATRIMÓNIO INDUSTRIAL: UM ESTUDO DO CASO GUIMARÃES 2012
Img.17 Implantações dos casos de estudo
Fábrica Asa Intituto do Design
Centro Avançado de Formação Pós-Graduada
Casa da Memória Laboratório de Paisagem
Fábrica Asa CAAA
0 100m50
INTERVIR NO PATRIMÓNIO INDUSTRIAL: UM ESTUDO DO CASO GUIMARÃES 2012
Img.17 Implantações dos casos de estudo
Fábrica Asa Intituto do Design
Centro Avançado de Formação Pós-Graduada
Casa da Memória Laboratório de Paisagem
Fábrica Asa CAAA
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INTERVIR NO PATRIMÓNIO INDUSTRIAL: UM ESTUDO DO CASO GUIMARÃES 2012
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Fábrica Asa Intituto do Design
Centro Avançado de Formação Pós-Graduada
Casa da Memória Laboratório de Paisagem
Fábrica Asa CAAA
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INTERVIR NO PATRIMÓNIO INDUSTRIAL: UM ESTUDO DO CASO GUIMARÃES 2012
Img.17 Implantações dos casos de estudo
Fábrica Asa Intituto do Design
Centro Avançado de Formação Pós-Graduada
Casa da Memória Laboratório de Paisagem
Fábrica Asa CAAA
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INTERVIR NO PATRIMÓNIO INDUSTRIAL: UM ESTUDO DO CASO GUIMARÃES 2012
Img.17 Implantações dos casos de estudo
Fábrica Asa Intituto do Design
Centro Avançado de Formação Pós-Graduada
Casa da Memória Laboratório de Paisagem
Fábrica Asa CAAA
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INTERVIR NO PATRIMÓNIO INDUSTRIAL: UM ESTUDO DO CASO GUIMARÃES 2012
Img.17 Implantações dos casos de estudo
Fábrica Asa Intituto do Design
Centro Avançado de Formação Pós-Graduada
Casa da Memória Laboratório de Paisagem
Fábrica Asa CAAA
0 100m50
INTERVIR NO PATRIMÓNIO INDUSTRIAL: UM ESTUDO DO CASO GUIMARÃES 2012
Img.17 Implantações dos casos de estudo
Fábrica Asa Intituto do Design
Centro Avançado de Formação Pós-Graduada
Casa da Memória Laboratório de Paisagem
Fábrica Asa CAAA
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Fábrica ASA Casa da Memória
Centro A. de Formação Pós-Graduada C.A.A.A. C. Ciência Viva
Instituto do Design Laboratório de Paisagem
implantações na mesma escala das sete fábricas
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Esta prova de dissertação compreende o estudo dos processos e práticas associadas à intervenção em edifícios industriais devolutos, ameaçados ou em ruína, com interesse patrimonial, apoiado no caso das sete intervenções levadas a cabo em Guimarães no contexto da Capital Europeia da Cultura em 2012. Num primeiro momento é feita uma abordagem à industrialização da própria cidade, tendo em conta a sua inserção no Vale do Ave, e as transformações territoriais e da arquitetura ligada à indústria. Na sequência disso, os aspetos da desindustrialização ocidental e da região em foco são fundamentais para perceber os movimentos de valorização dos testemunhos da história da indústria e a necessidade os preservar, compreendendo os problemas inerentes à sua intervenção. Recorre-se à análise de três exemplos internacionais de movimentos culturais em cidades nas quais a indústria teve uma importância fundamental e também atravessaram complicados processos de desindustrialização. Na segunda parte introduz-se o contexto da Capital Europeia da Cultura como momento de viragem importante na renovação do tecido urbano e industrial da cidade, e a relação com as sete intervenções em causa. A história das produções e o processo de reconversão dão o mote para a análise detalhada dos projetos e o estudo das consequências das mesmas na arquitetura industrial e na relação urbana.
29
Fábrica ASA - antes e depois
Ricardo Rodrigues, Centro Ciência Viva - antes e depois
N.A.A.A. Arquitectos, C.A.A.A. - antes e depois
José Manuel Soares / Fase, Instituto do Design - antes e depois
30
Miguel Guedes, Casa da Memória - antes e depois
Pitágoras Arquitectos, Casa da Memória - antes e depois
Cannatà e Fernandes, Laboratório de Paisagem - antes e depois
31
85
0
Contexto urbano
Usuários
Conteúdo
Estratégia de intervenção
Diagrama de associações
Relação de Apreensão
Logica de adaptabilidade
Impacto ambiental
Difuso
Privado
Mistura
Reocupação
Fechado
Diversidade
Conteúdos
Consolidado
CAAAFábrica Asa
CAAAFábrica Asa
Lab. PaisagemFábrica AsaC. Ciência Viva
Fábrica AsaCentro Avançado
Fábrica AsaCasa da Memória
Fábrica AsaCAAA
Lab. PaisagemFábrica Asa
Instituto DesignCentro Avançado
Instituto DesignCentro Avançado
Instituto DesignCentro Avançado
Instituto DesignCasa da MemóriaC. Ciência Viva
Instituto DesignCasa da MemóriaC. Ciência VivaLab. Paisagem
Instituto DesignCentro AvançadoLab. Paisagem
Casa da MemóriaLab. PaisagemC. Ciência Viva
Casa da MemóriaLab. PaisagemC. Ciência Viva
Casa da MemóriaLab. Paisagem
CAAALab. Paisagem
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Casa daMemóriaC. Ciência Viva
C. Ciência VivaInstituto DesignCentro AvançadoCasa da MemóriaCAAA
Institucional
Conhecimento
Fusão
Atravessamento
Transformação
Estrutural
Público
Identidade
Renovação
Transparência
Abrabgência
Formal
diagrama de associações para análise dos casos de estudo
32
Muitos dos testemunhos industriais representam importantes avanços históricos e sublimes exemplos das tipologias, estruturas, materiais, e implantação urbana a cada tempo. O interesse em preservá-los terá que ver com os valores em si contidos, o que significa transportá-los para o presente e como os integrar na cidade de hoje. Na perspetiva pós-moderna da relação da arquitetura com o passado, a memória, o contexto presente, o entendimento da reutilização industrial tem-se mostrado cada vez mais um campo aberto de experiências, necessário para o diálogo entre novo e velho, a consequente aceitação da sua mútua importância, a diversidade e uso dos espaços, e a leitura contínua das evoluções a que estes estão sujeitos, para perceber como a sua arquitetura, nunca definitiva, lhes pode responder. A musealização dos espaços industriais tem sido um recurso valioso nos exemplares mais excecionais, mas não se mostra suficiente para responder a todas as necessidades. A reintrodução da função original e génese do espaço, a própria produção industrial, não parece ser uma solução, até porque foi a primeira causa do abandono. Os novos e contrastantes usos que vão, com relativa facilidade, dando resposta aos espaços, são pontos de rotura necessários ao diálogo cada vez mais alargado sobre o futuro do património industrial, mas derivado dessa condescendência, mostram-se igualmente dúbios, e até perigosos. Na perspetiva prática, as vantagens do edifício industrial têm evidenciado o sentido de oportunidade pela economia inerente a estes espaços. Têm recorrentemente a capacidade para acolher mudanças que outras tipologias não terão, quer pela sua escala, feito para ser rentável e adaptável, quer pelo maior sentido de reprodutibilidade material e formal. O problema fundamental de intervir, e nomeadamente quando se reconverte um espaço industrial, será o de garantir o equilíbrio no diálogo entre o espaço de carácter patrimonial e os novos elementos. A reutilização para fins culturais foi o primeiro movimento na reconversão destes espaços e tem sido a mais mediática e recorrente, compreensível pelo reconhecimento e maior sensibilização do valor da indústria. É propícia a uma intervenção focada na relação do espaço com o meio urbano e sociológico, e tem funcionado como primeiro catalisador da regeneração urbana. Mas naturalmente as cidades não têm capacidade de destinar tantos espaços a esse fim, e outros usos mais ordinários têm surgido, como o comércio, serviços, a habitação. Esta última é absolutamente central na consolidação do espaço urbano. O grau de reversibilidade da intervenção, tal como em outros tipos de património arquitetónico, mostra-se como ferramenta imprescindível em contextos urbanos e espaços nos quais esta é mais delicada ou urgente, quer pela especificidade, quer pela quantidade. Os arquitetos terão uma responsabilidade e instrumentos diferentes do passado. Tornou-se também claro que é preciso haver critério no que preservar, e como preservar, quer no próprio espaço industrial, quer nos seus conjuntos edificados. “Uma cidade que se constrói é, ao mesmo tempo, uma cidade que se destrói (...) que essa destruição não seja senão uma readaptação inteligente às novas exigências” (GOITIA, Fernando Chueca,1992, p.189) em que a indústria tem agora um papel diferente na renovação urbana, e mantém as suas marcas integrada no espaço e tempo urbanos, ou vai desaparecendo, qual destruição criadora aplicada ao urbanismo. Mas em Guimarães e no Ave não se fala de património arquitetónico da mesma maneira que histórico, simbólico e sentimental. Não existe uma importância considerável nas arquiteturas anónimas da indústria, mas sim em todo um movimento, uma poeira industrial feita de acumulação, da economia dos materiais e formas austeras, que de maneira singular foi criando e transformando o espaço urbano. Nos próprios conjuntos recuperados não havia uma excecional qualidade, para além da morfologia urbana e técnicas construtivas tradicionais das fábricas de Couros, nenhum dos casos apresentava características espacialmente singulares, tipologias únicas, avanços construtivos e de engenharia, composição ou valores estéticos superiores, quanto mais alguma aproximação aos movimentos do início do séc. XX. Assumem o valor patrimonial através do seu papel perante a história da cidade, onde a comunidade revê os lugares das atividades produtivas tradicionais, do quotidiano e do coletivo, não pelos espaços singulares em si, mas como representativos de toda a glória industrial de uma região. É precisamente esse sentido que os torna importantes para uma consolidação e transformação urbana fundada na comunidade, mas não houve até há poucas décadas nenhum plano ordenador do território, ou neste caso para a indústria.O crescimento urbano e capacidade de renovação não se mostraram direcionados, nem havia tal consciência até há poucos anos, para absorver naturalmente estes espaços num tecido nem sempre consolidado. As ferramentas de preservação e regeneração que têm sido aplicadas ao centro histórico nas últimas décadas têm reinterpretadas para os núcleos industriais, e essa dificuldade têm-se refletido no estado em que se encontram os vestígios da indústria. Contudo, esse espírito de valorização, com resultados comprovados tem-se vindo a alastrar às restantes partes da cidade. Este caso evidenciou que acontecimentos importantes e excecionais como a CEC são alavancas importantes para o movimento de recuperação e a consciencialização acerca da situação do património, mas não podem ser um simples ponto de partida, já que esse terá de ser um aspeto natural e inerente ao ato de a construir e transformar a cidade. Os espaços industriais renovados podem constituir exemplos icónicos e comprovados da vantagem económica, ecológica e social da regeneração urbana, enquanto favorece o enraizamento da identidade e se torna espaço para o encontro social com os seus valores e história. Trata-se de perceber como é que a arquitetura pode responder, com a mesma energia do Movimento Moderno, aos desafios do seu tempo, e garantir cada vez mais a qualidade de vida para toda a sociedade sem comprometer as necessidades das gerações futuras.
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MODELAÇÃO 3D / MONTAGEM
Museu do Pescador - TGOE 2008
E-Learning Café - CAAD 2010
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Renovação Urbana Smíchov - Projeto V 2012
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FOTOGRAFIAFotografia analógica 32mm com Canon A1 e Zenit E
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