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Page 1: CAPÍTULO UM

Capítulo Um:

A porta vermelha

Já era tarde quando cheguei à casa de tia Petúnia. O ar

fresco de uma noite tranqüila me fazia pensar no lado

positivo de estar me mudando definitivamente para

aquele lugar. Tia Petúnia era, sem benefício de dúvida,

uma boa pessoa. Mas o que talvez me deixasse ainda

mais fascinado com a idéia de viver com ela, fosse o

fato de que logo encontraria o tio Ernesto.

Ele era um grande historiador, conhecia de tudo um

pouco e talvez fosse o melhor professor de todos; não

por ser formado para dar aulas, isso ele não era, mas

porque seus ensinamentos eram tão valiosos quanto

uma possível fonte mágica de um saber infinito.

Page 2: CAPÍTULO UM

Coloquei minha pequena mala frente à grande porta

vermelha e toquei a campainha. O carro que havia me

trazido já havia partido quando aporta se abriu.

_ Entre, querido, vai congelar se demorar muito.

_ Obrigado. –disse quando a tia Petúnia me retirou o

casaco respingado de vestígios de neblina e me

entregou um grande cobertor acompanhado de uma

xícara com um delicioso chocolate quente.

_ Como foi à viagem querido?

_ Desgastante, mas eu não me recordava de quão

bonito era este lugar.

_ Realmente, não há lugar mais bonito que o vilarejo

Diamante. Mas quando foi mesmo a última vez que

esteve aqui? –ela perguntou ajeitando a lenha da

lareira e se sentando ao meu lado.

Page 3: CAPÍTULO UM

Vilarejo Diamante:

Atrás de uma grande colina, existe uma pequena vila.

Nesta vila, existem poucas casas, grandes e belas

casas, porém poucas.

Não é difícil chegar lá, não pra quem sabe que

Diamante, de fato existe.

Diamante não tem este nome por um motivo

supérfluo. No vilarejo existe um lago, e este traz exímia

beleza, principalmente no inverno; época em que se

congela por completo, dando a cidade um grande

presente. Um lago de gelo, o lago de diamante.

UM ANO ANTES...

Continua...