ANO III N° 16 Março / Abril de 2012
Candeia Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
―E achado em forma como ho-
mem, humilhou-se a si mesmo, sen-
do obediente até à morte de cruz‖.
–Paulo. (Filipenses, 2:8.)
O Mestre desceu para servir,
Do esplendor à escuridão...
Da alvorada eterna à noite plena...
Das estrelas à manjedoura...
Do infinito à limitação...
Da glória à carpintaria... Da grandeza à abnegação...
Da divindade dos anjos à miséria dos
homens...
Da companhia de gênios sublimes à
convivência dos pecadores...
De governador do mundo a servo
de todos...
De credor magnânimo a escravo...
De benfeitor a perseguido...
De salvador a desamparado...
De emissário do amor a vítima
do ódio... De redentor dos séculos a prisio-
neiro das sombras...
De celeste pastor à ovelha opri-
mida...
De poderoso trono à cruz do
martírio...
Do verbo santificante ao angustia-
do silêncio...
De advogado das criaturas a réu
sem defesa...
Dos braços dos amigos ao encon-
tro de ladrões...
De doador da vida eterna a sen-
tenciado no vale da morte...
Humilhou-se e apagou-se para
que o homem se eleve e brilhe
para sempre!
Oh! Senhor, que não fizestes por
nós, a fim de aprendermos o ca-
minho da Gloriosa Ressurreição
no Reino? Pão Nosso
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
PELO ESPÍRITO EMMANUEL
JESUS PARA O HOMEM
- OS FENÔMENOS ESPÍRITAS
PELO MUNDO
02
- SOBRE OS MÉDIUNS 03
- O INFERNO E OS DEMÔNIOS 04
- QUESTÃO DE FÉ 05
- PSICOLOGIA E ESPIRITISMO—
NOÇÃO DO INCONSCIENTE 06
- SUBDESENVOLVIMENTO ESPI-
RITUAL
07
- CHICO XAVIER POR ELE MES-
MO
08
- A SOCIEDADE É O QUE DELA
FIZEMOS... E SERÁ O QUE DELA
FIZERMOS...
- ACRETITA EM ALAH E AMAR-
RA BEM O TEU CAMELO
09
- EVANGELIZAÇÃO DA INFÂN-
CIA
10
- NEM O MENDIGO 11
NESTA EDIÇÃO:
INTERESSES ESPECIAIS
-OS FENÔMENOS ESPÍRITAS PELO
MUNDO:- Muita gente “boa”, por aí,
imagina que os fatos espíritas são ocor-
rências específicas de nosso país!
- SOBRE OS MÉDIUNS:- Ninguém
pode ser médium perfeito se estiver
obsedado.
-O INFERNO E OS DEMÔNIOS:- O Espiritismo trás para a humanidade
um ensinamento proporcional às suas
necessidades.
- PSICOLOGIA E ESPIRITISMO-
NOÇÃO DO INCONSCIENTE:- A vida intelectual inconsciente consti-
tui a base do nosso espírito.
- É QUESTÃO DE FÉ:- A fé, positiva-
mente, é a mais difícil das virtudes,
porque implica na aceitação
de cada momento vivido, na dor ou na
alegria.
- A SOCIEDADE É O QUE DELA
FIZEMOS... E SERÁ O QUE DELA
FIZERMOS...Será que não somos, pelo
menos parcialmente, responsáveis pelos
acontecimentos à nossa volta?
LIVRARIA ―LÉON DENIS‖ - NOVOS LANÇAMENTOS
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Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
ANO III N° 16 Março / Abril de 2012
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OS FENÔMENOS ESPÍRITAS PELO MUNDO
“Se alguém tem sede, que venha a mim e beba. Porque quem crê em mim, do seu interior fluirão rios de água
viva.”
“Não precisava que alguém o informasse a respeito dos homens, pois sabia muito bem o que havia no coração
de cada um”. JESUS
M uita gente “boa”, por aí, imagina que os fatos espíritas são ocorrências específicas de nosso país! E quando o assunto é “mediunidade”, uma parte conside-rável de “espíritas” brasileiros só conhece o nome do querido médium Francisco Cândido Xavier sendo, ainda, incapazes de mencionar algumas das características medi-únicas peculiares desse grande companheiro da seara
Espírita.
Por essa razão vamos trazer, a partir desta edição, o re-lato desses fatos ocorridos pelo mundo afora (e incluin-do no Brasil) para que possamos melhor conhecer sobre a questão da manifestação daqueles que já viveram na Terra, através de tantos outros companheiros que, mui-
tas vezes, nem mesmo militam o espiritismo!
Para iniciarmos vamos trazer um relato sobre a médium (católica) TEREZA NEUMANN.Teresa nasceu numa Sex-ta-Feira da paixão em 1898 no norte da Bavária. Aos 20 anos ela sofreu um acidente que a deixou cega e paralíti-ca. Em 1923 ficou curada e desde então Teresa nunca mais se alimentou ou tomou líquidos, exceto um pouco de água por dia.Teresa Neumann (a estigmatizada de
Konnersreuth) era filha de um alfaiate de Konnersreuth.
Veja aqui algumas das frases ou palavras que a
estigmatizada pronunciava durante as crises que sofria:
- Salabu(crucificado)
- Jebudaje(Judeu)
- Schlamaraboni (Eu te saúdo mestre). (Estas palavras Judas as proferiu no jardim das
Oliveiras.)
- Magerabaísebuajannaba; Jannabamagera-baísebua(segundo Teresa Neumann teria sido estas palavras que os Apóstolos proferiram quan-
do Jesus foi traído).
- Abba Shabock lá hon(Pai perdoa-lhes -
palavras ditas pelo Cristo, na cruz.).
AmenAmamalachbjaniatteesmib'parde- sa.(Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso - palavras que Jesus teria dirigido ao bom
ladrão).
Certa ocasião, em que diversos orientalistas emi-nentes a cercavam, a estigmatizada ouviu de novo as pala-vras pronunciadas pelo Mestre na cruz, entre elas a excla-mação: As-che! (Tenho sede!). Concordes, todos aqueles orientalistas declararam que teria enunciado esse pensa-mento por meio da palavra SACNENA. "Ora, do ponto de vista teórico", - elucida o Prof. Ernesto Bozzano - "é alta-mente sugestiva esta substituição de palavras, uma vez que
ninguém a tinha em mente.”.
Mas, de onde teria ela tirado a inesperada e cor-reta palavra: AS-CHE? Os orientalistas não chegaram, a
respeito, a conclusão alguma.
Em outra ocasião, estando a seu lado o Dr. Wutz, notável orientalista, a registrar as palavras que ia proferin-do, ouviu-a pronunciar uma frase arameia que não lhe pareceu correta. Observou, então, à estigmatizada: "Teresa isto não é possível. As palavras que disseste não são aramaico." Respondeu ela: "Repeti as palavras que medisse-ram. " Perplexo e duvidoso, regressando a casa, apressou-se em consultar documentos aramaicos; e, num dos mais antigos dicionários desse idioma deparou com uma frase idêntica à que a jovem pronunciara. Teresa Neumann, na verdade, falava o mais puro e autêntico aramaico, fato que seria ratificado por esse Prof. de Teologia semítica na Uni-
versidade de Yale.
Finalmente, o Prof. Ernesto Bozzano levanta a seguinte questão: “admitindo-se que Teresa Neumann se achasse realmente em comunicação como Mundo Espiri-tual, quem era a entidade que lhe transmitia, em língua aramaica, as frases da “Paixão de Jesus”?". A vidente per-cebia junto dela Santa Te- resa, isto é, a santa cujo nome lhe fora dado; mas, as palavras em aramaico, que eram, de sua parte, repetidas foneticamente, ela as aprendia por Clariaudiência, e não se sabe se declarou, alguma vez, que
era a entidade que lhe as transmitia.
O certo é que muitos dos que estudaram, de per-to, o fenômeno retiram-se convencidos de que a estigma-tizada se achava em comunicação com uma personagem que não só viveu ao tempo de Jesus, como foi testemunha
ocular de sua Paixão.
Teresa partiu em 1962. No livro de Paola Giovet-ti's“Theresa Neumann”, a vida de Tereza é detalhadamente
revelada para quem queira saber mais.
JOSÉ ALVAREZ RIVERA
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Página 3 Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “ Leon Denis”
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INICIAÇÃO ESPIRITUAL
- É aprendendo a servir de boa-vontade que entra-
mos nos domínios da espiritualização.
O episódio tem algo em comum com outro descrito
pelo Espírito André Luiz, no livro “Nosso Lar”, psicogra-
fia de Francisco Cândido Xavier.
.x.x.x.x.x.
-Mantenha a serenidade, considerando que a vida pode
nos oferecer experiências difíceis, mas sempre compatíveis
com nossas necessidades evolutivas. Nenhum obsessor produ-
zirá tempestades em nosso íntimo se evitarmos nuvens som-
brias de irritação ou desalento.
-Não maldiga nem verbere a ação dos agressores espiritu-
ais, quando sob seu assédio. Ser-lhes-á impossível agredir
indefinidamente alguém capaz de compreender e revelar.
-Empenhe-se por disciplinar seus pensamentos e impulsos.
Se o obsessor não se afasta, podemos nos afastar dele com a
elevação de nosso padrão vibratório, cultivando o equilíbrio.
Uma Razão Para Viver - Richard Simonetti
pode receber, e que, por outro lado, estão submetidos a
práticas de natureza supersticiosa, encontram-se inega-
velmente sob uma obsessão bem caracterizada, sobretu-
do quando o Espírito dominador se vangloria de um no-
me que todos, Espíritos e encarnados, devem honrar e
respeitar e não deixar que o profanem a qualquer pro-
pósito.
É incontestável que, submetendo ao crivo da razão e
da lógica todas as informações e comunicações dos Espí-
ritos, será fácil repelir o absurdo e o erro. Um médium
pode estar fascinado, um grupo enganado, mas o contro-
le severo de outros grupos, o conhecimento adquirido e
a alta autoridade moral dos dirigentes, junto às comuni-
cações dos principais médiuns que recebem, com lógica
e autenticidade reconhecidas, de Espíritos esclarecidos,
farão rapidamente justiça a esses ditados mentirosos e
astuciosos de uma turba de Espíritos mentirosos e malé-
volos.
OBS: Um dos caracteres distintos desses Espíritos que
querem impor-se, fazendo aceitar suas idéias bizarras e siste-
máticas, é a pretensão, como se fossem eles os únicos a sa-
berem, a ter razão contra todo mundo. Sua tática é a de
evitar a discussão. Quando se vêem combatidos de maneira
vitoriosa pelos argumentos irresistíveis da lógica, recusam-se
desdenhosamente a responder e determinam aos seus mé-
diuns que se afastem dos Centros onde suas idéias não são
aceitas. Esse isolamento é o que há de mais fatal para os
médiuns, porque sofrem sem defesa o jugo desses Espíritos
obsessores, que os levam como cegos, frequentemente, pelos
caminhos mais perigosos. ALLAN KARDEC – O LIVRO DOS MÉDIUNS
R epelí impiedosamen-
te todos esses Espíritos que se
querem fazer conselheiros exclu-
sivos, pregando a divisão e o iso-
lamento. São quase sempre Espí-
ritos vaidosos e medíocres, que
procuram impor-se aos homens
fracos e crédulos, prodigalizando-lhes louvores exage-
rados a fim de fasciná-los e mantê-los sob seu domínio.
São geralmente Espíritos famintos de poder. Tiranos
políticos ou particulares quando vivos, querem ainda
tiranizar outras vítimas após a morte. Desconfiai em
geral das comunicações que revelam um caráter místico
e estranho ou que prescrevem cerimônias e práticas
bizarras. Há sempre, nesses casos, legítimo motivo de
suspeita.
De outro lado, lembrai-vos de que quando uma ver-
dade deve ser revelada á humanidade ela é comunicada,
por assim dizer instantaneamente a todos os grupos
sérios, que possuem médiuns sérios, e não a este ou
àquele em particular, com exclusão dos demais.
Ninguém pode ser médium perfeito se estiver obse-
dado e a obsessão é evidente quando um médium só
recebe comunicações de determinado Espírito, por
mais alto que este procure se colocar a si mesmo.
Em conseqüência, todo médium, todo grupo que
se acredita privilegiado por comunicações que só ele
ERASTO - (discípulo de São Paulo)
C onta-se que Gandhi foi procurado, numa
de suas comunidades, por dois homens
que desejavam fazer sua iniciação espiri-
tual. Ambos estavam entusiasmados com
a oportunidade de conviver com o grande líder hindu,
conscientes de que receberiam preciosas orientações.
O Mahatma recebeu-os de bom grado e, tão logo
se instalaram, pediu-lhes que tomassem das vassouras e
varressem o chão. Depois que descascassem batatas,
cortassem verduras e rachassem lenha para o fogão.
À tarde encaminhou-os à limpeza das fossas nas
aldeias vizinhas. Os dois iniciantes dos valores espiritu-
ais passaram o resto do dia desinfetando instalações
sanitárias com água e creolina.
Ao anoitecer, foram convidados à meditação.
No dia seguinte, a mesma rotina.
No terceiro dia, um deles, aproximando-se de
Gandhi, perguntou:
- Mestre, quando começa nossa iniciação?
- Já começou...
- Como assim?
SOBRE OS MÉDIUNS
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riores equivale a apenas vislumbrar
o mal da humanidade. Os ensinos
dos Espíritos clarearam o caminho
da vida, resolveram os obscuros
problemas do futuro, fortificaram a
fé vacilante, restabeleceram a justiça
nas suas bases inabaláveis. Graças a
eles, uma multidão de incrédulos e
de ateus restabeleceram a crença
em Deus e na
imortalidade; ho-
mens ignorantes e
viciosos retorna-
ram ao bem e à
verdade. É esta a
obra do demônio,
e Satã, se existis-
se, seria bastante
cego para traba-
lhar em detrimento dos seus inte-
resses?
Basta alguma sagacidade para
distinguir a natureza dos espíritos e
separar, as nossas relações com e-
les, a parte do que deve ser rejeita-
do ou conservado. Jesus disse:
“Reconhece-se a árvore pelos fru-
tos!” A linguagem e as instruções
dos espíritos elevados são sempre
impregnadas de dignidade, de sabe-
doria e de caridade. Não visam se-
não o progresso moral do homem e
desinteressam-se do que é material.
As comunicações dos espíritos
inferiores pecam pelos defeitos con-
trários. Formigam de contradições e
A poiando-se nos casos de
obsessão, nas manifesta-
ções ruidosas dos espíri-
tos levianos e zombetei-
ros, a Igreja acreditou dever atribuir
aos demônios todos os fenômenos
do Espiritismo e condená-los como
inúteis ou perigosos. Antes de rejei-
tar essa interpretação, convém, pri-
meiro, lembrar que o catolicismo
acolheu da mesma forma todas as
fraudes descobertas, todos os pro-
gressos consideráveis que marca-
ram as etapas da história. Não há
quase conquistas científicas que não
tenham sido consideradas como
obras diabólicas.
O mundo invisível, dissemos, é
a réplica da humanidade. Os espíri-
tos são apenas as almas mais ou
menos perfeitas, dos homens de-
sencarnados, e nossas relações com
eles devem ser reguladas com tanta
reserva e prudência quanto nossas
relações com nossos semelhantes.
Não ver no Espiritismo senão
as manifestações dos espíritos infe-
tratam, geralmente, de assuntos vulga-
res, sem valor moral. Os espíritos le-
vianos ou inferiores abandonam-se, de
preferência, às manifestações físicas.
O Espiritismo trás para a huma-
nidade um ensinamento proporcional
às suas necessidades. Vem restabele-
cer na sua pureza primitiva, explicar,
completar a doutrina do Evangelho,
arrancá-la do
espírito de
especulação,
dos interesses
de casta, de-
volver-lhe seu
papel verdadei-
ro e sua influ-
ência sobre as
almas.
A religião cristã alterou-se com o
passar das idades, e, hoje, não exerce
mais senão uma ação enfraquecida,
insuficiente, sobre os costumes e os
caracteres. Ora, a tarefa devoluta ao
Cristianismo, o Espiritismo acaba de
retomá-la e a persegue. É aos espíritos
invisíveis que cabe a missão de resta-
belecer todas as coisas, de penetrar
nos meios mais humildes como nos
mais orgulhosos, e, em multidão inu-
merável, trabalhar na regeneração das
sociedades humanas. A teoria dos de-
mônios e do inferno eterno não pode
ser mais invocada por nenhum ho-
mem sensato. Satã é apenas um mito.
Nenhuma criatura é votada eterna-
mente ao mal.
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
ANO III N° 16 Março / Abril de 2012
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O INFERNO E OS DEMÔNIOS
LÉON DENIS - Depois da Morte
A felicidade eterna é realização superior fora dos qua-
dros transitórios da carne, é incontestável; contudo, se
você deseja perseverar no campo dos prazeres fáceis e
inferiores das esferas mais baixas, dentro delas permane-
cerá, indefinidamente.
Deus está conosco, em todas as circunstâncias, é ver-
dade indiscutível; todavia, se você não estiver com Deus,
ninguém pode prever até onde descerá seu espírito, nos
domínios da intranqüilidade e da sombra.
CHICO XAVIER - ANDRÉ LUIZ
A vida física é uma
escola abençoada, é
insofismável; mas, se
voce não se apro-
veitar dela a fim de aprender
suficientemente as lições que
se destinam a seu engrandeci-
mento espiritual, em nada lhe
valerá o ingresso no aprendi-
zado humano.
O caminho do bem é laborioso e difícil, não pade-
ce dúvida; no entanto, se você não se dispuser a segui-
lo, ninguém o livrará da perigosa influência do mal.
PENSE NISSO . . .
―A religião cristã alterou-se com o
passar das idades, e, hoje, não e-
xerce mais senão uma ação enfra-
quecida, insuficiente, sobre os cos-
tumes e os caracteres. Ora, a tare-
fa devoluta ao Cristianismo, o Espi-
ritismo acaba de retomá-la e a per-
segue.‖
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Seu objetivo é consolar em mais do que isso, libertar o ho-
mem.
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É QUESTÃO DE FÉ
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Não basta ver, é necessário,
sobretudo, compreender‖, diz ainda
o Evangelho
A Doutrina Espírita é
esclarecedora e não se interessa
em manter o seguidor na ignorância,
pois não deseja lucros.
Seu objetivo é consolar em mais
do que isso, libertar o homem. Libertá-lo não do pecado, do cas-
tigo divino ou das o-
pressões sociais, passa-
geiras e necessárias,
mas de si mesmo, sem
dúvida o seu maior
inimigo. Isso só será
conseguido através do
conhecimento.
É preciso cuidado. A
doutrina veio para ocu-
par o lugar deixado
pelos cristãos imprevi-
dentes, que transfor-
maram a pureza das
lições de Jesus em teo-
rias complicadas demais para que to-
dos pudéssemos entender.
Não nos envolvamos pela vaidade.
Jesus quis fazer da Palestina o berço
do cristianismo. Os homens não O
compreenderam e o programa teve
de ser adiado por quase vinte séculos.
Foi reiniciado na Terra do Cruzei-
ro , o Coração do Mundo, mas preci-
sa da nossa colaboração para que seja
sedimentada aqui a Pátria do Evange-
lho. Se buscarmos soluções banais,
mágicas e vazias para resolver cada
problema, mais uma vez a planificação
do Cristo será adiada.
A tarefa do Espiritismo é impor-
tante e sua execução é da responsabi-
lidade dos espíritas. Quem aceitar a
tarefa comece a agir, mas cuidando
de manter a indispensável pureza
doutrinária.
Correio Fraterno do ABC
PONTOS DE VISTA
Octávio Caúmo Serrano
A fé, positivamente, é a mais
difícil das virtudes, porque im-
plica na aceitação de cada
momento vivido, na dor ou na ale-
gria. Guia-se pela certeza de que o
Pai é o supremo comandante dos
acontecimentos. Caridade já faze-
mos e se ainda não damos de nós,
já damos do nosso, com alguma
generosidade. A fé, porém, que
afirmamos ter,
quase não se vê
em nossas ati-
tudes.
Ainda con-
fundimos fé
com adoração
e com o co-
mércio que
tentamos esta-
belecer com
Deus, para que
nos livre das
dificuldades.
A propos-
ta de fé do Espiritismo se baseia na
razão e não pede facilidades, mas
justiça; não espera anistia das faltas,
mas força para corrigi-las; não pe-
de a cura da doença, mas reequilí-
brio para que o espírito seja o mé-
dico do corpo. A fé tem certeza
que o Dono do Universo tudo sa-
be e tudo pode. Que Ele nos deixa
com a carga da cruz para que a
levemos até o fim e nos livremos
do fardo, em definitivo.
Neste momento de invenções,
confusões e personificações, pelas
dificuldades da maioria surgem cen-
tenas de salvadores, alguns dentro
da própria Casa Espírita. São os
novidadeiros e o simples está
perdendo a vez. Estão inovando,
sofisticando e incrementando o
Espiritismo, para que, seguindo o
modismo atual, também seja mo-
dernizado.
―A fé se baseia na perfeita
compreensão daquilo que se de-
ve crêr.
―A resistência do incrédulo,
convenhamos, quase sempre
se deve menos a ele do que à
maneira pela qual lhe apre-
sentam as coisas. ―O Evangelho Segundo o Espiritismo‖
Cap XIX).
O alerta da espirituali-
dade nos itens 6 e 7
do capítulo acima, é
dirigido às religiões
que não o Espiritismo.
A lição data de l864, lançamen-
to do livro Imitação do Evange-
lho, atual O Evangelho Segundo o
Espiritismo, quando a fé se reduzia
aos dogmas da época. Essa fé foi
definida pelos espíritos como ce-
ga, pois não era resultante da ra-
zão e fazia com que o praticante
de uma religião seguisse as orien-
tações de forma totalmente irra-
cional.
O que víamos, então, era
uma obediência fanática acompa-
nhada de grande inconformação
com a própria vida. Tudo era feito
para fugir do castigo divino. A o-
ração era mecânica, sem que a
prece saísse do coração. Repetía-
mos palavras cujos significados
desconhecíamos, em vezes pré
estabelecidas, como num ritual.
Cumprida essa parte, cada um
ficava quites com Deus.
Passados aproximadamente
150 anos e o alerta se volta agora
também para os espíritas.
―A tarefa do Espiri-
tismo é importante e
sua execução é da res-
ponsabilidade dos es-
píritas. Quem aceitar a
tarefa comece a agir,
mas cuidando de man-
ter a indispensável pu-
reza doutrinária.‖
6
uma influência preponderante, visto que é a ori-
gem da enfermidade do indivíduo.‖ A idéia fixa
pode-se revelar durante os “ataques, sonhos, sonam-
bulismos, ou pelos atos subconscientes ou pelos sub-
conscientes e as escritas automáticas”. Aí está o em-
brião da Psicanálise. Em 1895, Delanne (‖A evolução
Anímica‖) refere-se muito mais ao inconsciente. Em
uma primeira passagem, declara que a ― vida intelec-
tual inconsciente constitui a base do nosso espíri-
to‖. Depois admite que haja registro inconsciente de
percepções não assinaladas pelo consciente, das quais
―possível será encontrar o vestígio mediante uns
tantos processos.‖ Julga que durante a aprendizagem
de um idioma, as palavras, decoradas de início, pas-
sam ao inconsciente, como quaisquer outras noções,
e o seu uso torna-se ―operação automática‖. Um
dos subcapítulos do citado livro intitula-se O Incons-
ciente Psíquico e nele Delanne explica que tudo o
que fazemos e aprendemos fica gravado na área in-
consciente deixando lugar para novas noções e crian-
do vasto acervo de elementos mentais. Comenta: ―É
a esse tesouro que denominamos – o inconscien-
te. Tem, portanto, o espírito o seu armazém de
idéias e sensações.‖ Indica a existência do pré-
consciente ao referir o material que pode voltar ao
consciente por um certo esforço. Tratando da me-
mória, esclarece: ―nós pudemos constatar a obriga-
ção indeclinável de admitir o inconsciente, isto é,
as lembranças não mais percebidas pelo eu nor-
mal e que, no entanto subsistem‖. Parte do capítulo – NOÇÃO DO INCONSCIENTE
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon
ANO III N° 16 Março / Abril de 2012
É de máxima importância destacar que a usual ativi-
dade mental, da qual temos plena noção, está longe de
expressar tudo quanto existe no espírito. O contrário é a
verdade. Sabe-se que há um amplo nível composto de
conteúdos e processos inconscientes, independentes da
consciência pessoal, e cuja influência sobre esta é podero-
sa. Assim, o espírito humano possui mais de um núcleo
de funcionamento (veja André Luiz, ―No mundo Mai-
or‖).
Na porção final do século passado falou-se bastante
e claramente sobre inconsciente ou subconsciente. Con-
vém, por razões consistentes, demonstrar que o Espiritis-
mo, antes delas, reconhecera a importância do conheci-
mento dos fatos relativos à parte inconsciente da mente,
pondo-se também nessa questão, de acordo com a Ciên-
cia – antecipando-a até.
Em 1883, Gabriel Dellane (O Espiritismo perante
a Ciência), tratando da sugestão de realização pós-
hipnótica, postula a extrema necessidade de investigar-se
acuradamente a zona mental dita inconsciente. Por essa
época, a existência de conteúdos e processos psíquicos
alheios à consciência estava bem averiguada. Psiquiatras e
psicólogos franceses e ingleses pesquisavam ativamente,
em doentes e sãos, fenômenos ligados ao hipnotismo.
Pierre Janet, por exemplo, pensava que as idéias fixas, no
geral ignoradas pelos doentes, eram a causa das perturba-
ções mentais: ―essa idéia fica fora da consciência
normal e, entretanto, não exerce menos, por isso,
Página 6
PSICOLOGIA & ESPIRITISMO - NOÇÃO DO INCONSCIENTE
ESCOLHA DAS PROVAS
Dando ao Espírito a liberdade de escolha,deixa-lhe
toda a responsabilidade de seus atos e suas conse-
quências, de maneira que nada entrava o seu futuro;
o caminho do bem; como o do mal, lhe está aberto.
Se sucumbe , resta-lhe a consolação de que nem tu-
do se acabou para ele; Deus, na bondade, lhe dá a
oportunidade de recomeçar o que foi mal feito. É
necessário, aliás, distinguir o que é obra da vontade
de Deus do que é da vontade do homem.Se um peri-
go vos ameaça, não fostes vós que criastes, mas Deus;
contudo, pela própria vontade, a ele vos expondes
porque vedes um meio de adiantar-vos e Deus per-
mitiu.
E le próprio escolhe o gênero de
provas que quer suportar e é isso que
consiste o seu livre arbítrio.
-NÃO É DEUS QUE LHE IMPÕE,
ENTÃO, AS TRIBULAÇÕES DA VIDA
COMO CASTIGO?
-Nada ocorre sem a permissão de Deus, pois é Ele
quem estabelece todas as lei que regem o Universo.
Perguntai , então, por que fez tal lei ao invés de ou-
tra.
QUESTÃO 258:- QUANDO NO ESTADO ERRANTE E ANTES DE SE REENCARNAR, O ESPÍRITO TEM
A CONSCIÊNCIA E A PREVISÃO DAS COISAS QUE LHE SUCEDERÃO DURANTE A VIDA?
CARLOS TOLEDO RIZZINI
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―Ora, quanto ao que está enfermo na fé,
recebei-o não em contenda de disputa.‖ –
(Romanos,14:1.)
Q uando a palavra subde-
senvolvimento toma lugar na de-
signação de grupos humanos me-
nos dotados de mais amplo recur-
sos, na ordem material da vida
terrestre, não será impróprio refe-
rir- nos à outra espécie de carên-
cia – a carência de valores do espí-
rito.
Isso nos induz a reconhecer a existência de uma
retaguarda enorme de criaturas empobrecidas de espe-
rança e coragem, não obstante quase toda ela constituí-
da de companheiros com destaque merecido na cultura
e na prosperidade da Terra.
Abastece-te de suficiente amor para compreendê-
los a auxiliá-los.
São amigos chamados a caminhar nas frentes da
evolução, com áreas enormes de influência e possibili-
dade no trabalho do bem de todos, mas detentores de
escassos recursos no campo do sentimento para supor-
tarem, com êxito, as crises das épocas de mudanças.
...
Esse encontrou diferenças de conduta nos des-
cendentes fascinados pelas experiências passageiras de
equipes sociais em transição e se marginalizou nas mo-
léstias da inconformidade; aquele traumatizou-se com
as provações coletivas em que grupos vários de pessoas
se viram defrontadas pela desencarnação em conjunto e
se refugiou nas instituições de repouso e tratamento
mental; outro observou criaturas queridas a se desgar-
rarem do lar, para se realizarem livremente nos ideais
próprios, e transformou-se em doente complexo; e
outros muitos viram a morte dos entes mais caros, ar-
rancados ao corpo nas engrenagens da própria civiliza-
ção e mergulharam-se na dor que acreditam sem con-
solo.
Se podes enxergar os conflitos impostos ao mun-
do pelo materialismo que vem desfibrando o ânimo de
tantas criaturas, enternece-te com os sofrimentos de
quantos se encontram nas faixas do subdesenvolvimen-
to espiritual e trabalhemos nas novas construções de
fé.
CEIFA DE LUZ – XICO XAVIER – ESPÍRITO EMMANUEL.
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita „Leon Denis”
ANO III N° 16 Março / Abril de 2012
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SUBDESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL
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CHICO XAVIER POR ELE MESMO
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
ANO III N° 16 Março / Abril de 2012
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-O magistrado dá a sentença, mas quem a
executa é o carcereiro.
-Tem muita gente que é meio boa e meio
ruim. Gregório, do livro “Libertação”, era um juiz
cruel, mas olhava para André Luiz com alguma bon-
dade nos olhos.
-A verdade é um veneno. Nem Cristo quis
defini-la.
- Toda vez que involuntariamente passei na
frente dos Espíritos, eles me deixaram falando sozi-
nho.
-A culpa só se resolve com amor e trabalho.
-Os Espíritos amigos nos ajudam. Quando
nos veem em apuros estendem a ajuda. Nunca pedi
socorro aos Amigos Espirituais que eles não me am-parassem.
-O amor verdadeiro é ter e não possuir.
-Quem ama verdadeiramente quer a felicida-
de da pessoa querida.
-O amor é uma força tão intensa que, se não
fosse controlada, seria avassaladora.
O Criador controla essa força comparti-
mentando-a em amor de mãe, de pai, de esposa,
esposo, filhos, irmãos e amigos.
KARDEC PROSSEGUE –ADELINO DA SILVEIRA
“Sei o que devo ser
e ainda não sou, mas
rendo graças a Deus por
estar trabalhando, em-
bora lentamente por
dentro de mim próprio,
para chegar, um dia, a
ser o que devo ser‖.
A s frases a seguir foram ouvidas em diver-
sas circunstâncias e muitas delas em
épocas recuadas. Quando possível o re-
gistro imediato, anotava mentalmente e,
ao chegar em casa, passava-as para o papel.
-Não cortes onde possas desatar. -Em casa que muito cresce, o amor desapa-
rece.
-No Centro Espírita, temos o Espiritismo
prático e, fora dele, as pessoas estão procurando
em nós o Espiritismo praticado.
-Existem dois tipos de renúncia: a renúncia
produtiva que gera o bem para os outros, e a re-
núncia vazia.
-O amor tem várias gradações. A mais alta
delas é amar sem possuir.
-Em portas que muitos batem, alguém sem-
pre sai chorando.
E m uma época em que a necessidade do estudo
torna-se cada vez mais importante no proces-
so de transformação da criatura humana, é
preciso enxergar o homem como um ser inte-
gral, dotado de espírito e matéria. Para tanto, o Cen-
tro Espírita, como escola das almas, pode contribuir
sobremaneira para a concretização deste princípio. É
no Centro Espírita que aprendemos o verdadeiro sen-
tido das coisas. É nele que descerramos o véu da igno-
rância que cobre nosso entendimento acerca das ver-
dades espirituais. Mas, diferentemente das escolas con-
vencionais, nele também encontramos a oportunidade
do trabalho redentor, onde podemos colocar em práti-
ca os acontecimentos adquiridos.
No artigo O Centro Espírita como universidade
aberta, o autor destaca: “É neste deserto de respos-
tas coerentes, durante o longo período que as pes-
soas se ausentam dos bancos escolares, que o
Centro Espírita do século XXI deve se consti-
tuir como universidade aberta e permitir que ca-
da interessado participe do debate, do estudo, do
exercício, a fazer o exercício consciente do seu livre
-arbítrio‖. Para isso, continua, é necessário ao Centro
Espírita se instrumentalizar para operar como uni-
versidades abertas ao povo, preenchendo o espaço
vazio na educação continuada. Por outro lado, as
universidades precisam incluir em seus currículos o
conteúdo espiritista para que os estudantes, muni-
dos de uma visão mais abrangente, possam evitar
armadilhas da ignorância sobre as leis naturais até
então não estudadas em nossos currículos materia-
listas e agnósticos‖.
Allan Kardec, em Obras Póstumas, no capítulo Pro-
jeto – 1868, já destacava a necessidade do estudo quan-
do afirma que ―um curso regular de Espiritismo seria
professado com o fim de desenvolver os princípios
da Ciência e de difundir o gosto pelos estudos sé-
rios‖, contribuindo assim o Centro Espírita para que
cada um de nós alcancemos com prontidão o papel de
agentes da transformação interior que esperamos ver no
mundo em que vivemos. RIE 2008
CENTRO ESPÍRITA
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Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
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S entados à frente da TV, assis-
timos aos noticiários que nos
falam de um mundo repleto
de violência, corrupção, imo-
ralidades, inversão de valores.
Parece-nos que, nesta socieda-
de, já não mais importa o amanhã,
somente o hoje merece nosso cui-
dado e atenção.
Mas, quando nos inquirimos em
nossos raros momentos de reflexão,
algo nos incomoda; sentimos o vazio
resultante de nossa indiferença:
Será que não somos, pelo me-
nos parcialmente, responsáveis pelos
acontecimentos à nossa volta?
Como conseguiremos mudar
nossa inerte insatisfação?
A par disso, recordemos as
colocações do Codificador, contidas
no “Credo Espírita”, em Obras Pós-
tumas:
―O progresso geral é a resul-
tante de todos os progressos indi-
viduais; mas, o progresso individu-
al não consiste apenas no desen-
volvimento da inteligência, na
aquisição de alguns conhecimen-
tos. Nisso mais não há do que u-
ma parte do progresso, que não
conduz necessariamente ao bem,
pois que há homens que usam o
mal do seu saber. O progresso
consiste, sobretudo, no melhora-
mento moral, na depuração do
Espírito, na extirpação dos maus
germes que em nós existem. Esse
o verdadeiro progresso, o único
que pode garantir a felicidade
ao gênero Humano por ser o o-
posto mesmo do mal. [...]‖
Pelo que se conclui a revisão
de valores é a única resposta viável.
Não é possível que valores
A SOCIEDADE é o que dela FIZEMOS . . . E será
o que dela FIZERMOS...
morais coexistam pacificamente
numa sociedade em que a con-
quista de vantagens é o que im-
porta, sejam elas lícitas ou não,
tenham alguém sido ou não pre-
judicado.
Nenhum valor moral pode
subsistir em meio a determinação
de que o sucesso acima de tudo
é lei.
É fundamental entendermos
que, quando o importante é o
que parecemos ser, o que osten-
tamos e adquirimos, então passa-
mos a valorizar a matéria, sobre-
pujando a nossa verdadeira essên-
cia, a espiritual, deixando assim os
instintos serem o guia de nossa
existência terrena.
A mudança, a reforma, a
transformação íntima, é o ponto
de partida para alcançarmos uma
nova fase em nossa existência.
Mas, tememos a mudança porque
sabemos que para que ela se dê, é
necessário romper com os ciclos
viciosos, com os quais muitas ve-
zes nos satisfazemos. Tememos o
rompimento com o passado, por
medo de perdermos o contato
com a nossa identidade histórica;
e mais, porque nos intimida a idéi-
a de darmos fim aos relaciona-
mentos que consideramos neces-
sários para a nossa existência.
Apesar destes obstáculos, é
preciso perseverar com coragem
e convicção em busca de novas
luzes em nossas vidas, iluminando
não somente a nós, mas, princi-
palmente, aos nossos tutelados
que necessitam de orientação
moral em meio a um mundo re-
pleto de atrativos materialistas e
auto destrutivos.
Somente assim poderemos
ambicionar merecer uma existên-
cia mais harmoniosa, em um mun-
do regenerado, acompanhados
por aqueles que amamos e que
compartilham de nossas experi-
ências evolutivas. LICURGO SOARES DE LACERDA FILHO
REFORMADOR 2011
ACREDITA EM ALAH E
AMARRA BEM TEU
CAMELO
C erta vez, crentes vieram
em grande número a fim de escutar
as palavras do profeta Maomé. Um
homem escutou de maneira especial-
mente atenta e devotada, orou com
fé e fervor, finalmente, deixou a pre-sença do profeta quando a noite caia.
Mal havia saído, quando voltou cor-
rendo e gritou com voz trêmula:
-Ó, meu senhor! Essa manhã
montei meu camelo para poder te
escutar, ó profeta de Alah. Agora
meu camelo se foi, por toda redonde-
za não há um camelo que se possa
avistar. Fui obediente a ti, atendi to-
das as tuas palavras e confiei no po-
der de Alah. Agora, ó senhor, meu
camelo se foi, acaso é essa a justiça
divina? Será essa a recompensa por
minha fé? É esse o agradecimento por
minhas orações?
Maomé escutou essas palavras
desesperadas e respondeu com um
sorriso amigo:
-Acredita em Alah, e amarra
bem teu camelo.
Obs:- Peça a Deus proteção e
ajuda em tuas tarefas, mas não
esqueças de cumprir o que é tua
obrigação.
ALÉM DO HORIZONTE
10
Av Emb.PEDRO DE TOLEDO,382
Jd. AGUAPEÚ
11730-000 MONGAGUÁ -SP
Tel: (013) 3448- 3218 (013) 9629-9317
www.geeld.blosgspot.com
CONHEÇA O ESPIRITISMO, ESTUDE O
ESPIRITISMO, COMPREENDA O
ESPIRITISMO, VIVENCIE O
ESPIRITISMO
Candeia
GR U PO D E E S TU D O S
E S PÍR IT A
“ L É O N D E N IS ”
Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
ANO III N° 16 Março / Abril de 2012
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―Confiar é sempre uma atitude po-
sitiva quando se conhece o valor da-
quilo ou daquele em quem se confi-
a.‖ PASTORINO
DIRETORIA
Presidente VERA LÚCIA S.N PEREIRA
Vice Presidente
DIONÍCIA MENDEZ RIVERA 1º Secretário
PARAGUASSU NUNES PEREIRA 2º Secretário
MARCIA SINIGAGLIA N. PEREIRA 1º Tesoureiro
JOSÉ ALVAREZ RIVERA
2º Tesoureiro DURVALINO BARRETO
Conselho Fiscal
MARIA ISABEL MACEDO, ADIRSON PEREI-RA GOMES e RAMATHIS MACEDO DA
ROCHA
—-oooOOOooo—- Responsáveis pelo CANDEIA
PARAGUASSU N PEREIRA e VERA LÚCIA S.N
PEREIRA Revisão
JOSÉ A.RIVERA, PARAGUASSU N. PEREIRA e VERA LÚCIA S.N. PEREIRA
Diagramação PARAGUASSU NUNES PEREIRA
Impressão
GRÁFICA ITANHAÉM
EVANGELIZAÇÃO DA INFÂNCIA
―Aquele, porém,
que recebe a semente em
boa terra é o que escuta a
palavra, que lhe presta aten-
ção e em quem ela produz
frutos, dando cem ou sessen-
t a , o u t r i n t a p o r
um .‖ (Mateus, 13:23.)
A passagem em desta-
que, cont ida na
―Parábola do Semea-
dor‖, se expressa na
ação da evangelização espírita
infanto-juvenil, no seu sentido
amplo: semeiam os evangelizado-
res quando trabalham em benefí-
cio da divulgação do Espiritismo;
semeiam as crianças e os jovens,
ao serem evangelizados, na busca
da segurança moral e do amor,
indispensáveis à felicidade do ser;
semeiam os pais ao atenderem às
responsabilidade que lhes são
conferidas nos cuidados a se ter
para com os filhos, encaminhando
-os às escolas de evangelização; e
semeiam os dirigentes espíritas,
ao avaliarem a importância dessa
tarefa nobilíssima, que é desenvol-
vida e organizada nas unidades
fundamentais do Movimento Espí-
rita, que são: os centros, os gru-
pos e as demais instituições.
O Espírito Emmanuel, em
mensagem psicografada por Fran-
cisco Cândido Xavier, no ano de
1938, e reproduzida em Reforma-
dor de agosto de 2011, devido à
sua plena atualidade, observa: [...]
Nenhuma mensagem do mun-
do espiritual pode ultrapassar
a lição permanente e eterna do
Cristo, e a questão, sempre no-
va, do Espiritismo é acima de
tudo, evangelizar, ainda mesmo
com sacrifício de outras ativi-
dades de ordem doutrinária.
A alma humana está cansada
de ciência sem sabedoria e, enve-
nenado pelo pensamento moder-
no, o cérebro, nas suas funções
culturais, precisa ser substituído
pelo coração, pela educação do
sentimento.
O Evangelho e o trabalho
incessante pela renovação do
homem interior devem constituir
a nossa causa comum[...].
Ora, a infância é a fase mais
profícua para motivar o desabro-
char das capacidades e aptidões
dos indivíduos favorecendo a sua
evangelização. Sobre essa asser-
ção, os Espíritos superiores afir-
mam:
Encarnando, com o objetivo
de aperfeiçoar o Espírito durante
esse período, é mais acessível às
impressões que recebe, capazes
de lhe auxiliarem o adiantamen-
to, para o que devem contribuir
os incumbidos de educá-lo.
E concluem, em outra ques-
tão de O Livro dos Espíritos:
[...]Os Espíritos só entram
na vida corporal para se aper-
feiçoarem, para se melhora-
rem. A delicadeza da idade
infantil os torna brandos, aces-
síveis aos conselhos da experi-
ência e dos que devam fazê-los
progredir. Nessa fase é que se
lhes pode reformar os caracte-
res e reprimir os maus pendo-
res. Tal o dever que Deus im-
pôs aos pais, missão sagrada
de que terão de dar contas[...].
É nesse período fértil que as
crianças devem receber as orien-
tações iniciais de uma boa educa-
ção moral-cristã, que lhe permita,
na idade adulta, aplicar as leis
divinas sem transgredi-las, e que
poderá livrá-las dos descomedi-
mentos futuros a que estão sub-
metidos todos aqueles que não
foram preparados para proceder
corretamente, esforçando-se pa-
ra tudo fazer pelo bem do próxi-
mo. O homem “praticando a lei
de Deus, a muitos males se forra-
rá e proporcionará a si mesmo
felicidade tão grande quanto o
comporte a sua existência gros-
seira”. CLARA LILA GONZALES DE ARAÚJO
REFORMADOR – Jan 2012.
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Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
ANO III N° 16 Março / Abril de 2012
O voluntário servia num bazar
beneficente de roupas, promovido
pelo operoso Centro Espírita.
Muita gente, muitas vendas.
Deparou-se, em dado instante, com
uma calça encalhada, a única que não
fora vendida.
Surpreso, logo a identificou.
Era sua.
Foi reclamar com a esposa.
- Você pôs no bazar minha calça de estimação?
Ela respondeu reticente:
- Bem... não fui eu...
- Certamente, artes de nossa serviçal!
- Na verdade eu a doei a um necessitado que bateu
em nossa porta. Fiquei com pena. Estava andrajoso.
- E daí?
- Ao que parece, meu querido, ele a dispensou, tra-
zendo-a ao nosso bazar.
Imagine, leitor amigo, o status da referida!
Nem o mendigo quis ficar com ela!
O episódio remete-nos a velha tendência humana: o
apego, inspirado, ao raro, em persistente sentimento de
usura, sob a égide do egoísmo.
Livros, roupas, objetos de uso pessoal, móveis, utensí-
lios diversos permanecem anos segregados no porão do
esquecimento.
Os proprietários, à maneira de escravos dos próprios
haveres, recusam-se ao benefício da alforria, da qual des-
frutariam se os encaminhassem aos carentes, antes de se
transformarem em trastes pelo impiedoso tempo.
Guardamos tanto, e por tanto tempo, que se tornam
imprestáveis, uma dor de cabeça para nossos herdeiros.
Khalil Gibran, em O Profeta, tem uma observa-
ção notável a esse respeito:
Tudo que possuís será um dia dado.
Dai agora, portanto, para que a época da dádiva
seja vossa e não de vossos herdeiros.
Diga-se de passagem, em tal situação temos a
doação dos herdeiros não por desprendimento, mas
simplesmente porque não lhes têm serventia alguma.
Assim engrossam o rol das inutilidades que atulham as
entidades beneficentes a que são destinadas.
Algo a ponderar, amigo leitor: Acúmulo de tras-
tes em vida costuma impor dificuldades na morte.
Há Espíritos extremamente perturbados porque
os herdeiros vaporizam suas adoradas relíquias, após
concluírem que não há o que fazer com elas.
Melhor cultivar desapego, reduzir o patrimônio
do que é inutilidade para nós, mas que ainda pode ter
alguma utilidade para irmãos carentes.
Caixão, como diz o ditado popular, não tem ga-
vetas.
Só levaremos para o mundo espiritual nossas a-
quisições morais, espirituais e intelectuais, e também o
lastro pesado do apego ao que se refere à vida transi-
tória, impedindo que desfrutemos das benesses da vida
eterna.
Com o propósito de fazer circular roupas, livros
e objetos de uso pessoal, consideremos o tempo ocio-
so.
Um amigo costuma examiná-los periodicamente.
Se estiverem sem uso nos últimos dois anos, des-
tina-os as instituições filantrópicas.
É uma boa medida para que não pretendamos
tornar permanente o que é transitório, evitando o ve-
xame de constatar que nem os mendigos usariam o
que insistimos em reter. REFORMADOR – Dez-2011.
NEM O MENDIGO
Página 11
RICHARD SIMONETTI
TENDÊNCIAS E INFLUÊNCIAS
T udo o que acontece na minha vida é produto das
minhas atitudes espirituais e materiais. Embora
certas ações sejam induzidas por outrem, cabe-
me filtrá-las, concretizá-las ou não, segundo meu
discernimento.
A partir do momento que passo à ação, seja apenas
por pensamento ou exteriorizando comportamento, ou
créditos ou débitos serão acrescidos ao meu plano de vida.
Créditos me elevarão, débitos me exigirão resgate.
Enfim, para conquista da paz, devo somente e sempre
ter pensamentos salutares, pois são chaves que abrem as
portas para comportamentos benignos, fortalecendo as
boas tendências e atraindo amorosas influências.
ROBERTO QUARESMA – RIE
COM DEUS SEMPRE
N a treva exterior e íntima, Deus é clarida-
de.
Na guerra incessante e impiedosa, Deus
é paz.
Na soledade e no abandono, Deus é companhia.
No sofrimento, no problema e na amargura, Deus é
solução.
No trabalho e na dificuldade, Deus é apoio.
Na emergência e no desespero, Deus é auxílio.
No fracasso e na queda, Deus é misericórdia.
Em qualquer circunstância, na dor ou na felicidade,
no abandono ou no amor, na glória ou no insucesso
Deus é o Pai amoroso de todos os instantes, velando,
paciente e incansável, desde antes dos tempos e dos
espaços, em favor de todos nós. RUMOS LIBERTADORES – JOANNA DE ÂNGELIS / DIVALDO P FRANCO
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Boletim Informativo do Grupo de Estudos Espírita “Leon Denis”
ANO III N° 16 Março / Abril de 2012
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REINÍCIO DAS ATIVIDADES E NOVAS TURMAS NA PRIMEIRA SEMANA DE
MARÇO 2012 (013) 9629-9317— com VERA LÚCIA
Tel:- (013) 3448 - 3218 . (013) 9629-9317
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